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Capitulo 1. Dimitri. Rose. O nome dela rodava em minha mente. Por que ela tinha que ser tão difícil? Por que ela tinha que ser tão teimosa? Se ela virasse uma strigoi tudo isso seria mais fácil. Ele não teria que matá-la. Não...Matá-la não, transformá-la a força. Mas ela era perigosa demais. Ela quase o matou a mais ou menos um mês atrás. Aprofundando a estaca até que ela quase atingisse seu coração. Deixando-o inconsciente no rio até que ele acordou e puxou a estaca. Nesse momento ele estava agradecendo por ela ser tão impulsiva e irresponsável. E agora ele tinha uma arma para usar contra ela. O amor. Ela o amava, embora ele não entendesse mais esse sentimento. Ele gostava dela e do corpo dela mais era só isso. Mas um dia foi mais...Uma voz murmurou em sua mente. Não, ela era só bonita e ele gostava de seu gênio mais ela era perigosa. Ele a ensinou tudo ele sabia o que ela podia fazer. Mas do mesmo modo ela também sabia o que ele podia fazer. Ela era forte e rápida mais ele era mais. E ele sabia que podia usar seus sentimentos contra ela. Ele usaria. E só de pensar em sentir o sangue dela de novo...sua boca salivava. Tudo bem que ele já matara muitas pessoas desde que fora despertado mais o sangue dela era melhor...mais doce do que o dos outros. Melhor. Como se fosse mágica as lembranças daquela noite da cabana voltaram a ele. Ele lembrou de como se sentira feliz ao sentir o corpo dela contra o dele de senti-la ser feliz, de fazê-la feliz. A visão do corpo dela nu abraçado a seu peito o calor, a pele morena, os olhos escuros o corpo perfeito. De passar suas mãos por lugares que ele sempre quis tocar mais nunca pode antes daquele dia...O corpo dele ainda a queria mais ele já não sentia o que sentiu naquele dia. Ele se sentia tolo só de pensar em sentir aquilo de novo. Mas ele nunca mais poderia se sentir daquele jeito...Vivo...foi assim que ele se sentiu. Mas ele não estava mais vivo. Não depois que Nathan o mordeu. Na verdade ele estava vivo, mas não do jeito que ele precisava para estar com Rose. Ele passou a mão no cabelo. Não isso foi uma má idéia. Pensar em Rose só o fazia pensar mais em coisas como: Se Nathan não o tivesse despertado sua vida realmente seria melhor. Ele estaria com Rose e nada poderia os impedir. Eles tinham um plano, eles ficariam juntos, ele se lembrava do quanto doeu para ele desistir de Lissa, mas Rose importava mais...ele gostava...ele precisava de Rose. Mas era tão complicado! Ele não podia mais fazer isso se ele não a matasse outros tentariam e ele não poderia impedir os outros a não ser que ele quisesse confrontar metade dos strigoi dos EUA e da Rússia. Ela matou muitos de nós. Pensou ele. Mais do que o suficiente para continuar viva. As marcas no pescoço dela...ela o superou como ele sabia que ela faria. Ele se sentia orgulhoso dela mesmo ela tendo matado tantos. Ele a queria ele a teria nem que fosse a força. Ela seria uma Strigoi mesmo ele sabendo que ela agora o odiava. Na verdade ela ainda não o odiava mais ela tinha nojo do que ele era e... Não ele iria parar de pensar sobre isso. Rose agora é passado. Eu vou transformá-la e ela vai ser minha para sempre. Mas se não houver alternativa? Se eu tiver que matá-la? O que eu vou fazer? Ele sabia a resposta para essas perguntas. Se ele a matasse ele teria que continuar sozinho ele não queria mais ninguém além dela. Se ela não fosse dele não seria de ninguém. E ele também se ele não a tivesse ele jurou ali mesmo ele nunca mais teria ninguém. Ele se levantou da cadeira em que estava sentado e se preparou para sair. Já era tarde e ele precisava se alimentar. Capitulo 2. Rose. Eu estava em um dilema, só faltava um mês e meio para a formatura e eu havia prometido para a

Capitulo 1. o amava, embora ele não entendesse mais esse sentimento. Ele gostava dela e do corpo dela mais era só isso. Mas um dia foi mais...Uma voz murmurou em sua mente. Não,

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Capitulo 1.

Dimitri.

Rose. O nome dela rodava em minha mente. Por que ela tinha que ser tão difícil? Por que ela tinha

que ser tão teimosa? Se ela virasse uma strigoi tudo isso seria mais fácil. Ele não teria que matá-la.

Não...Matá-la não, transformá-la a força.

Mas ela era perigosa demais.

Ela quase o matou a mais ou menos um mês atrás. Aprofundando a estaca até que ela quase

atingisse seu coração. Deixando-o inconsciente no rio até que ele acordou e puxou a estaca. Nesse

momento ele estava agradecendo por ela ser tão impulsiva e irresponsável. E agora ele tinha uma

arma para usar contra ela. O amor.

Ela o amava, embora ele não entendesse mais esse sentimento. Ele gostava dela e do corpo dela

mais era só isso.

Mas um dia foi mais...Uma voz murmurou em sua mente.

Não, ela era só bonita e ele gostava de seu gênio mais ela era perigosa. Ele a ensinou tudo ele sabia

o que ela podia fazer. Mas do mesmo modo ela também sabia o que ele podia fazer.

Ela era forte e rápida mais ele era mais. E ele sabia que podia usar seus sentimentos contra ela. Ele

usaria. E só de pensar em sentir o sangue dela de novo...sua boca salivava.

Tudo bem que ele já matara muitas pessoas desde que fora despertado mais o sangue dela era

melhor...mais doce do que o dos outros. Melhor.

Como se fosse mágica as lembranças daquela noite da cabana voltaram a ele.

Ele lembrou de como se sentira feliz ao sentir o corpo dela contra o dele de senti-la ser feliz, de

fazê-la feliz. A visão do corpo dela nu abraçado a seu peito o calor, a pele morena, os olhos escuros

o corpo perfeito. De passar suas mãos por lugares que ele sempre quis tocar mais nunca pode antes

daquele dia...O corpo dele ainda a queria mais ele já não sentia o que sentiu naquele dia. Ele se

sentia tolo só de pensar em sentir aquilo de novo. Mas ele nunca mais poderia se sentir daquele

jeito...Vivo...foi assim que ele se sentiu. Mas ele não estava mais vivo. Não depois que Nathan o

mordeu. Na verdade ele estava vivo, mas não do jeito que ele precisava para estar com Rose.

Ele passou a mão no cabelo. Não isso foi uma má idéia. Pensar em Rose só o fazia pensar mais em

coisas como: Se Nathan não o tivesse despertado sua vida realmente seria melhor. Ele estaria com

Rose e nada poderia os impedir. Eles tinham um plano, eles ficariam juntos, ele se lembrava do

quanto doeu para ele desistir de Lissa, mas Rose importava mais...ele gostava...ele precisava de

Rose. Mas era tão complicado! Ele não podia mais fazer isso se ele não a matasse outros tentariam e

ele não poderia impedir os outros a não ser que ele quisesse confrontar metade dos strigoi dos EUA

e da Rússia. Ela matou muitos de nós. Pensou ele. Mais do que o suficiente para continuar viva. As

marcas no pescoço dela...ela o superou como ele sabia que ela faria. Ele se sentia orgulhoso dela

mesmo ela tendo matado tantos. Ele a queria ele a teria nem que fosse a força. Ela seria uma Strigoi

mesmo ele sabendo que ela agora o odiava. Na verdade ela ainda não o odiava mais ela tinha nojo

do que ele era e...

Não ele iria parar de pensar sobre isso. Rose agora é passado. Eu vou transformá-la e ela vai ser

minha para sempre. Mas se não houver alternativa? Se eu tiver que matá-la? O que eu vou fazer?

Ele sabia a resposta para essas perguntas.

Se ele a matasse ele teria que continuar sozinho ele não queria mais ninguém além dela. Se ela não

fosse dele não seria de ninguém. E ele também se ele não a tivesse ele jurou ali mesmo ele nunca

mais teria ninguém.

Ele se levantou da cadeira em que estava sentado e se preparou para sair. Já era tarde e ele precisava

se alimentar.

Capitulo 2.

Rose.

Eu estava em um dilema, só faltava um mês e meio para a formatura e eu havia prometido para a

minha mãe que me formaria, mas um mês e meio pode ser muito tempo.Fato.Quando se tem um

strigoi atrás de você, ou quando se tem que salvar o homem que você ama.

Bom eu sabia por onde eu tinha que começar, eu teria que libertar Victor, mas o que eu ainda não

sabia era como eu ia fazer isso.

- Litlle Dhampir?

- A droga Adrian, você me assustou. Adrian e eu éramos um história complicada, quando eu sai da

academia, disse que se voltasse daria a ele uma chance e...Eu voltei.

- Na semana seguinte em que eu voltei para a academia, encontrei com Adrian próximo ao ginásio

em que eu treinava com Dimitri, na verdade não sei o que eu estava fazendo ali, talvez o habito de ir

até lá depois das aulas?Não acho que não. Eu ultimamente estava tentando me apegar em qualquer

lembrança que eu poderia ter de Dimitri. É eu sei isso já estava ficando chato.

Adrian se aproximou com um sorriso de quem estava aprontando alguma coisa.Little Damphir,

estava te procurando por todo lugar, tenho alguma coisa para você. Ele enfiou a mão no casaco e

tirou um bilhete.

- Esse é o bilhete que eu havia prometido escrever, lembra?Então fiz o meu dever de casa.

- Como eu podia esquecer, Adrian,você não para de me lembrar isso,posso abrir agora?

- Deve. E ele me deu um sorriso de tirar o fôlego e então parou esperando a minha reação.

- Ok, senhor escritor, vamos ver como ficou esse seu trabalho de casa. Desdobrei o bilhete que

dizia:

O amor deve ser como água, puro e cristalino, como a terra, forte e bonito, como o ar, livre e solto... O amor é como os teus olhos que me fascinam, como a tua boca, que faz delirar, como tudo que lhe pertence, pois esse tudo foi tocado por suas mãos delicadas e macias. O amor é em si resumido em uma só palavra; você. Eternamente você!"

Sempre seu, Adrian.

- Adrian, obrigada, eu adorei então eu me inclinei para abraçá-lo, e quando eu me afastei para olhá-

lo ele segurou o meu rosto, e disse:

- Rose?

- Droga, o que fiz agora, você nunca me chama de Rose, bom seja lá o que for fala logo.

- Você vai me deixar falar ou não?Então ele suspirou e disse:

- Rose, desde o primeiro dia em que eu te vi, eu te amei, eu só preciso de uma chance, eu fui sincero

quando disse que faria qualquer coisa por você, eu posso te ajudar a superar o que aconteceu, eu

estou aqui, e vou estar sempre se você quiser.

- Adrian, eu não posso, eu disse me afastando. Eu sempre soube o que ele sentia por mim, e estava

disposta a dar uma chance para ele, pois quando sai da academia atrás de Dimitri eu achava que só

havia um opção, para nós dois. Matá-lo. Mas agora que eu descobri que ele ainda está vivo, atrás de

mim, mas vivo, e que eu posso tentar trazer ele de volta. Eu não podia. Eu precisava de Dimitri,

meu corpo gritava por ele, Dimitri sempre foi a minha salvação e a minha perdição, e por mais

errado que sempre pareceu, o meu corpo sempre me dizia que era o certo.

- Eu preciso ir, eu disse já indo em direção ao meu quarto.

- Em que mundo você está Little Dhampir?Você ouviu, o que eu estava falando?Adrian, me

arrancou dos meus pensamentos.

- Adrian, desculpa, eu não dormi muito essa noite. Você viu a Liss?Eu precisava falar com ela, é

meio urgente. Na verdade eu não precisava falar com a Lissa, eu precisava fugir do Adrian.

- Eu acho que ela está nos alimentadores, você quer que eu vá com você até lá, não que você precise

de um guardião, mas.

- Não Adrian obrigada, eu vou sozinha. Na verdade a ultima coisa que eu precisava agora era ter

que me preocupar com minha relação com o Adrian.E bom na verdade eu precisava de um

guardião. O meu guardião Dimitri Belikov.

- Te vejo depois Adrian, eu disse já me afastando. E não precisa bancar o segurança, eu vou estar

segura aqui dentro da escola.

Capitulo 3

Rose.

Depois que eu falei com Adrian eu estava indo para o dormitório e pensando.

Eu já não entendia mais o que estava acontecendo comigo. Todos os dias esses sonhos me

perseguiam. Quando eu fui usada, bem na verdade foi por vontade própria como meretriz de

sangue. Esses sonhos era terríveis todas as noites eu me lembrava dele de quando ele me beijava,

mesmo sendo um strigoi ele ainda beijava bem posso garantir, De suas mãos levantando a bainha do

vestido que eu usava e como eu queria que fosse mais. Eu queria voltar no tempo para aquela noite,

à noite em que eu perdi o controle sobre a escuridão de lissa e ele me ajudou...Bem na verdade foi

um pouco mais do que ajudar. Nós dormimos juntos naquela vez tínhamos solução para quase

tudo...a não ser pelo fato de ele ter virado um Strigoi. Assim que eu cheguei aqui ninguém acreditou

que eu estava de volta.

Vários pensaram que eu era um fantasma e vários nem me reconheceram direito.

Eu mudei muito.

Eu não fazia mais brincadeiras e quase não falava com ninguém. Eddie também estava assim

embora ele fosse um pouco menos drástico com tudo isso ele sorria muito. Mas para mim, os

sorrisos me cobravam um preço muito caro.

Os sonhos.

Nesses sonhos eu me lembro de tanta coisa! Eu queria tanto que fosse Real!

Mas não era.

Dimitri nunca mais seria meu. E ele estava me ameaçando de morte. Morte não. Algo pior do que a

morte virar um strigoi. Mas se eu conseguisse falar com o irmão de Victor talvez eu pudesse fazer

algo talvez eu pudesse curá-lo!

Agora os “Amigos” que eu tinha tinham medo de mim. Quase não havia mais espaço no meu

pescoço para mais marcas molninja e eu ainda nem me formei! Alguns idiotas não cansavam de me

pedir para lhes contar o que aconteceu mais eu não podia contar eu nunca contava a não ser para

minha mãe. Janine Hathaway.

Eu sorri um pouco ao pensar nela.

Minha Mãe dura e sensível ao mesmo tempo. Ela sempre quis o melhor para mim. Por isso sei que

ela ficou fula quando eu fui para a Rússia fazer sabe se lá o que e abandonei a academia.

Quando eu conversei com ela realmente foi um momento complicado.

Eu me lembro exatamente do que aconteceu lá.

“Eu estava sentada no meu quarto depois de ser re – admitida na academia quando a porta se abriu

quase sem fazer nenhum barulho. Instintivamente eu puxei a estaca do bolso do meu casaco.

Quando vi quem era relaxei e recoloquei a estaca no casaco. Era Minha Mãe.

- Você me prometeu respostas Rose. – disse ela – e agora eu quero que você me conte tudo. – disse

ela sentando em uma cadeira e puxando-a para perto de mim.

Suspirei. Não há como mentir para Janine Hathaway muito menos enganá-la.

Eu fechei meus olhos.

-Por onde você quer que eu comece? – perguntei.

- Por que você foi para a Rússia? – perguntou ela sem piedade.

- Para matar – respondi sem emoção. Abri os olhos.

- Quem? – perguntou ela Sua expressão era dura.

- Dimitri Belikov. – eu disse escondendo toda a emoção da minha voz.

- quem?! – perguntou ela arregalando os olhos como se estivesse em choque.

- Dimitri Belikov – murmurei de novo.

- Por que? – perguntou ela com a expressão endurecendo.

- Eu prometi a ele. – respondi. Segurei as lagrimas falar de Dimitri estava me deixando mal.

- Por que? – repetiu ela. A expressão continuava dura.

- Ele me pediu, se um de nós se tornasse um strigoi o outro iria matá-lo. – respondi abaixando a

cabeça para não olhá-la nos olhos.

De repente ela suspirou e balançou a cabeça.

- Eu já suspeitava. – murmurou ela. Eu ergui meus olhos e olhei para ela. Sua expressão era infeliz.

- Suspeitava do que? – perguntei encarando-a.

- O que você e Belikov tinham Rose? – perguntou ela com o rosto infeliz.

Eu não consegui responder parecia que metade dos guardiões já havia se tocado que alguma coisa a

mais tinha acontecido entre Dimitri e eu além da relação professor aluno. Alberta foi à primeira mas

eu tinha certeza que haviam mais deles que já sabiam ou estavam bem perto de saber. Como se meu

silencio fosse uma confirmação ela suspirou – Era só você ou eram os dois? – perguntou ela

repetindo a mesma pergunta que lissa me fez no dia em que eu sai da academia.

- Fomos nós dois. – murmurei.

Me surpreendendo ela me abraçou. Mesmo sendo 10cm mais baixa do que eu, eu conseguia ainda

colocar a cabeça em seu peito e chorar.

- Rose, rose. – murmurou ela. – Não fique assim. Você o matou? – perguntou ela.

- Eu não consegui. Eles me prenderam e quando eu consegui fugir eu estava muito mal pra

conseguir alguma coisa...quando ele me seguiu eu...eu finquei as estaca no coração dele mais não

foi fundo o suficiente...- eu me dissolvi em soluços.

- Calma Rose. Calma, esta tudo bem. – e ela ficou ali me segurando por um bom tempo até que um

garoto veio avisar que Alberta a estava chamando. Com uma expressão infeliz ela cruzou a porta.

Pela primeira vez eu achei que ela realmente queria ficar comigo ali e me ajudar.”

Eu entrei no dormitório e deitei na cama. Me preparando para mais daqueles pesadelos.

Quando eu fechei meus olhos meu único pensamento foi sobre Lissa. Ela lidou muito mal com tudo

isso. Ela tinha ciúmes de Dimitri assim como eu tinha de Christian. Sorri e fechei os olhos e o

pesadelo começou

Capitulo 4

Rose.

Eu sabia onde estava, era aquele lugar tão familiar e aconchegante,era a nossa cabana. A cabana

onde eu me entreguei pela primeira vez a Dimitri.

Senti um hálito frio no meu pescoço, e uma voz de seda murmurou em meu ouvido. - Roza!

Era aquela voz que eu conhecia bem, era aquela voz que me tirava o chão, e quanto eu respirei mais

fundo, pude sentir o seu cheiro, aquele cheiro tão maravilhoso. O cheiro do meu Dimitri.

Então, senti ele envolvendo a minha cintura e me trazendo para mais próximo do seu corpo, e

começando a beijar o meu pescoço, e murmurando o meu nome.

Me virei para poder beijá-lo, eu não podia acreditar no que estava vendo, ele não era mais um

strigoi, ele era denovo o meu Dimitri, o homem que eu tanto amava. O beijo me tirou o fôlego, era

como se eu nunca tivesse beijado ele antes, era puro desejo,ansiedade. Tesão. As suas mãos

percorriam todo o meu corpo, e eu fiz o mesmo. Explorando cada parte do seu corpo com a ponta

dos meus dedos, decorando cada pedaço dele, e a cada parte que eu tocava, não podia me impedir

de gemer e ele de sorrir. Há, que saudades que eu estava daquele corpo,daquele cheiro, daquela

boca.

- Dimitri, eu disse sem fôlego. Você voltou.

- Voltei minha Roza, voltei por você, ele disse me beijando denovo. E então em um impulso ele me

levantou para que eu me encaixasse em sua cintura,e me colocou contra a parede,pressionando o

seu corpo contra o meu.

- Mas como isso aconteceu?Como você pode ter voltado a ser um dhampir?Eu tentava ter mais

explicações enquanto parava para respirar. Dimitri me deixava tonta, o meu corpo precisava dele, o

meu corpo gritava pelo dele, mas alguma coisa em minha cabeça me dizia que aquilo não era real,

não podia ser, mas eu não conseguia parar, eu só queria mais, mais de Dimitri.

- Você me trouxe de volta, ele murmurou. Você me trouxe de volta para ficar com você. E como se

ele quisesse me calar, ele me beijou.

- A Roza, ele voltou a falar no meu ouvido. Como eu senti falta desse seu corpo, da sua boca, de te

tocar novamente. Então ele me levou até a cama, colocando o seu corpo sobre o meu, um encaixe

perfeito. Em pouco tempo eu estava nua, com um movimento muito rápido ele me girou para que eu

pudesse ficar em cima dele, que agora estava só de calça jeans.

- Perfeita,ele disse. Como eu me lembrava, e então me puxou para beijar o meu pescoço, me

provocando arrepios.

Fui descendo devagar e beijando toda a extensão do seu abdômen, tirando assim a única peça de

roupa que ele ainda vestia. E meu deus que corpo, que visão. Eu poderia ficar olhando para ele nú

para sempre. Quando meu corpo encontrou o dele nu, eu não pude me impedir e rir e suspirar de

prazer.

Quando estávamos completamente nús, ele me girou e ficou em cima de mim, beijando todo o meu

corpo,soltando alguns gemidos, e me apertando contra ele todo o tempo. A única coisa que eu era

capaz de sussurrar era:Dimitri. Eu já estava completamente sem fôlego, eu não conseguia mais falar

ou agir de forma racional, ao invés de dizer alguma coisa, eu só o puxava para mais perto do meu

corpo, eu queria, eu precisava sentir Dimitri dentro de mim. Eu podia sentir o meu corpo pegando

fogo, e a única coisa que podia apagar esse incêndio era o corpo dele, a essa altura se ele me pedisse

para me transformar com certeza eu aceitaria, eu aceitaria qualquer coisa para poder ficar com ele.

Parei esperando senti-lo dentro de mim. E foi ai que tudo aconteceu.

Ele me olhou com aqueles olhos vermelhos e ferozes e mostrou as suas prezas, que até então eu não

tinha notado que estava ali. E antes que eu pudesse ter qualquer reação ele me mordeu, e eu senti o

meu corpo amolecer em seus braços e ceder aos poucos a uma onda de prazer que me inundava, não

era nada parecido com o que sentia quando estava fazendo sexo com Dimitri, mas era algo bom.

Logo essa sensação de prazer se transformou em algo escuro e desesperador, eu sabia o que estava

acontecendo, e mesmo que eu tenha cogitado essa idéia para poder ficar com Dimitri, não era isso

que eu queria. A escuridão me puxava cada vez mais para um buraco, cada vez mais fundo, no

começo e lutei para sair,mas era difícil, quase impossível, mais depois só me deixei tomar pela

escuridão.

E então eu acordei no meu quarto, suada, ofegante,assustada e sem Dimitri.

Capitulo 5

Dimitri.

Hora de começar o plano. Pensou Dimitri. Agora ele teria que planejar tudo. Emboscar Rose em

algum lugar e dar um jeito de prendê-la. Mas ele sabia que não seria tão fácil.

Roza sabia muito e mesmo estando fraca quase o matou, e ela tinha uma coisa que mais ninguém

tinha os Espíritos. Às vezes ser uma Shadow-kissed tem suas vantagens pensou ele.

- Nós temos que matá-la. – dizia um Strigoi que ele não lembrava o nome. – Ela sabe demais. Nós

já tivemos que mudar nossa cede para cá por culpa dela – dizia ele.

- Ninguém vai matá-la – disse Dimitri. – Ela é minha. – continuou ele.

- Você não pode fazer o que você quer aqui só porque ela matou Galina – disse ele.

- Não posso? – perguntou Dimitri e saltou por cima da mesa parando atrás do Strigoi e girando seu

pescoço. O osso quebrou e ele puxou a cabeça para cima o corpo do strigoi morto caiu no chão.

Ele jogou a cabeça do strigoi na mesa e disse:

- Se mais algum tem alguma coisa a dizer sugiro que diga agora. Mas aviso não estou com um

humor muito bom hoje.

Todos se calaram.

A maioria daqueles strigoi eram moroi quando foram transformados e portanto não tinham as

habilidades que ele tinha. Ele matou strigoi suficiente na outra vida e nessa para obter respeito.

- Se alguém mais contestar isso ou matá-la terá o mesmo destino que ele. – ele apontou para o

strigoi morto e continuou – Agora eu vou sair tenho assuntos para resolver. – ele se levantou e saiu.

Enquanto andava pelo jardim a luz da lua continuou pensando.

Ele não mataria Rose. De jeito nenhum. Mas ele a transformaria. Estava decidido agora. E quando

ele decidia alguma coisa ele era como Rose não parava até conseguir. Ele parou de andar. Um

barulho de passos o fez ficar em estado de alerta.

Ele lembrou-se da tarde de hoje. Cada vez mais strigoi estavam se juntando a ele e cada vez mais

conflitos aconteciam. Tudo por culpa de Rose. Rose. Sempre Roza.

E sem nenhum remorso pela morte do strigoi na reunião continuou a andar pensando sobre tudo o

que acontecera.

A corte. Pensou ele. É isso. Vasilisa vai se formar e ela e rose vão para a faculdade lá...sim lá...eu já

sei o que fazer. Ele fechou os olhos e começou a bolar seu plano.

Capitulo 6

Rose

O dia de hoje com certeza seria uns dos mais importantes da minha vida. Hoje era o dia da minha

formatura.

Vesti uma roupa típica dos guardiões. Quando me olhei no espelho quase não conseguia acreditar

que esse dia havia chegado, depois de tantas coisa eu ia consegui me formar e ser a guardiã de

Lissa.

Lissa e eu iríamos para a faculdade da corte. Bom era uma coisa que Lissa queria e que eu

precisava, para mim ficaria muito mais fácil descobrir o que Victor queria em troca da informação

de onde estava o irmão dele. Impressionante que agora eu esteja justamente nas mãos de um das

pessoas que eu mais odeio.

A escola havia se transformado em um lugar que realmente parecia com um salão de festas, não

lembrava nem de longe a academia. No caminho para a festa encontrei com Eddie que mal

conseguia se controlar.

- Rose, finalmente o grande dia chegou, ele disse. Você está nervosa?

- Yeah, eu estou um pouco nervosa, e quando eu admiti isso, senti um frio na barriga.

- Pena que o guardião Belikov não esteja aqui para ver você se formar. Há essa hora era covardia

falar de Dimitri.

- É pena. Foi o que eu consegui responder com muito esforço tirando o nó que havia se formado na

minha garganta. Naquele momento todas as lembranças do que eu passei com Dimitri voltaram a

minha cabeça, tudo o que ele fez para que eu pudesse ficar e me formar. Não era justo, comigo,e

não era justo com ele.

- Encontrei com Lissa que estava conversando com Camile Conta, ambas estavam radiantes.

Falavam sobre como seria daqui para frente.

- Oi Liss, você está linda, e você também Camile, eu disse me aproximando delas.

- Oi, Rose. Você esta um perfeita guardiã. E você também Eddie, ela disse sorrindo. Eddie, lhe disse

um obrigada e fez uma reverencia.

- Adrian, chegou logo depois, ele não estava se formando mais tinha autorização para participar da

festa. Aliás Adrian tinha autorização para quase tudo.

- Parabéns Little Dhampir,ele me disse dando um olhar de pura satisfação, como se quem estivesse

se formando era ele e não eu.

- Obrigada Adrian, você está muito elegante, eu disse apontando para ele.

- Vocês também, ele sorriu e apontou para nós.

- Rose,Lissa se inclinou para cochichar no meu ouvido. Você viu o Cristian?

- Não Liss, não vi. Mas eu acho que você tem que procurá-lo,a qual é Lissa, o que ele pode fazer,

ele ainda é louco por você, só está magoado.

- É eu acho que você tem razão, eu não quero ir embora antes de falar com ele, você se importa de

eu for procurá-lo?

- Não, claro que não. Boa sorte Liss, eu disse enquanto ela passava por mim em direção ao pátio.

Alberta começo a convocar os formandos para frente para que pudessem receber as suas marcas da

promessa .Eu não havia reparado que a minha mãe estava na festa,até quando chegou a minha vez

de receber a minha marca , eu olhei para a multidão e encontrei o rosto de Lissa, repleto de alegria e

admiração e o rosto de minha mãe, com os olhos cheios de lagrimas. Quando recebi a minha

marcar, eu senti como se tudo que eu havia feito até agora tivesse valido a pena, e que ser uma

guardiã era realmente o que eu queria para mim, era o que eu tinha nascido para fazer, e

particularmente eu fazia muito bem.

No final da cerimônia, Alberta me olhou com os olhos cheios de ternura e desejou a mim e aos

outros boa sorte. Recebi mais alguns sorrisos e acenos de outros guardiões.

Conversei mais um pouco com algumas pessoas, me despedi de outras que eu sabia que não veria

tão cedo. Minha mãe ficou o tempo inteiro ao meu lado após a cerimônia, conversou um pouco com

Lissa e Eddie, que olhava para ela como se olha para uma deusa. Na verdade dava para entender a

minha mãe era uma das melhores guardiãs.

Eu disse a eles que iria mas cedo para o meu quarto, pois eu partiria com Lissa amanhã para a corte

e ainda não havia arrumado as minhas coisas.

- Mãe você vem comigo?Quase não conversamos hoje.

- Claro,ela me disse eu queria falar com você mesmo.

- Ela me parou no caminho para o meu quarto e me disse:

- Rose, sei que nunca fui muito presente, e sei que nada do que eu fizer agora vai mudar isso,mas eu

quero que você saiba que eu estou muito orgulhosa de você.

- Obrigada, mãe, eu também estou muito orgulhosa de você,e eu agora entendo que o que você

fez,você achou que seria o melhor para mim.

- Ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas novamente, me abraçou e disse:

- Rose eu te amo. Naquele momento eu pude sentir de verdade o amor que a minha mãe tinha por

mim.

- Eu também te amo mãe. Quando eu terminei a frase pude ver que ela realmente estava chorando, e

então ela se virou e foi embora. Lógico bem típico da família Hathaway. Janine Hathaway mostrar

que estava chorando?Nunca.

Entrei no meu quarto aliviada pela minha situação com a minha mãe ter se tornado tão fácil e por eu

ter conseguido me formar. É Rose, eu disse para mim mesma, mais uma etapa concluída, agora só

faltam duas. Mas por onde eu começo a segunda?Eu tinha que arrumar uma forma, eu não podia

desistir de Dimitri,eu não iria desistir.

Ok, pensa Rose,pensa. Dimitri me disse no julgamento de Victor que haviam alguns guardiões que

faziam alguns serviços sujos, ok,eles até poderiam me ajudar mas como chegar nestes

guardiões?Então um nome me veio à cabeça. Ambrose.

Capitulo 7

Rose

A viagem para a corte foi tranquila, assim que eu e Lissa chegamos, colocamos as coisas no quarto

e fomos atrás de Ambrose. A recepcionista do spa disse que ele poderia estar com Rhonda. Quando

chegamos na sala de Rhonda,Ambrose estava sentado na recepção, eu e Lissa disfarçamos dizendo

que tínhamos ido até lá para marcarmos uma hora, Ambrose riu e disse que ele não sabia que nós

tínhamos gostado tanto da leitura de cartas.

Ele nos levou novamente até a sala de Rhonda que leu as cartas para mim, Lissa disse que não

queria uma leitura naquele momento,quando saímos de lá eu comecei a outra parte do meu plano.

- Ambrose, você conhece todos os guardiões que trabalham aqui?

- Não todos, mas conheço alguns, com quem você queria falar Rose?

- Na verdade eu não sei o nome dele,o que eu sei é que ele estava de serviço na prisão no dia do

julgamento de Victor, é que ele era amigo do meu mentor Dimitri Belikov, e eu queria conversar

com ele sobre o que aconteceu,acho que como eles eram amigos ele gostaria de saber o que

aconteceu com o amigo dele.

- Eu acho que ele já sabe o que aconteceu, eu acho que todos sabem. Ele parou me olhando e depois

de um momento ele falou. Eu acho que posso conseguir uma lista de quem estava de serviço

naquele dia no presídio, me esperem na cafeteria.

- Um tempo depois ele voltou com uma lista e me entregou, eu olhei alguns nomes e tentei me

recordar do horário em que fui com Dimitri visitar Victor.

- Ambrose, você sabe onde eu posso encontrar esse Enzo?Eu não tinha certeza se era ele mas se eu

visse saberia.

- Acho que agora eles estão no gabinete dos guardiões. Rose, ele me olhou e disse, eu acho que o

motivo para você querer falar com ele é outro, mas eu não sei qual é e pra falar a verdade eu nem

quero saber, então nem tente me contar nada.

- Espero ter ajudado, princesa Dragomir, ele fez uma reverencia e foi embora, eu só tive tempo para

gritar um obrigado, e como resposta ele me deu um sorriso.

- Fomos até o gabinete dos guardiões, pedimos para falar com Enzo, que por sinal era o mesmo que

eu vi na prisão.

- Falei para ele quem eu era, o fiz recordar do dia da visita. E disse que precisava falar com Victor.

- Eu soube o que aconteceu com Dimitri, ele parou e me encarou, talvez alguma coisa no meu rosto

tenha denunciado o aperto que eu senti por que quando voltou a falar ele estava pesaroso.

- Eu sinto muito por você, eu vou te ajudar, mas ninguém pode saber, e vocês terão apenas 10

minutos. Me encontrem lá daqui à uma hora.

- Ok, muito obrigada isso é muito importante, e ninguém saberá.

- Assim que fomos para o nosso quarto para pegarmos nossas bolsas e dinheiro, combinei com Lissa

que assim que eu tivesse um acordo com Victor, ela usaria a compulsão com Enzo e nós

libertaríamos ele, e Enzo não se lembraria de nada.

Quando chegamos na prisão, Enzo esperava por nós na porta, passamos por ele e fomos direto à

cela de Victor.

- Princesa Dragomir?Rose?A que devo essa honra?Victor falou se aproximando das grades.

Lissa apenas acenou com a cabeça, como se cumprimentasse um velho amigo, eu sabia exatamente

o que ela esta sentindo, medo, raiva,mas eu não podia me dar ao luxo de me preocupar com Lissa

agora.

- Escuta aqui Victor, eu disse por entre os dentes, eu vim fazer um acordo.

- Oh, eu acho que já sei o que vocês querem, é meu irmão não é?Ele perguntou olhando para Lissa.

Mas o que eu ainda não sei é porque?Você se incomodaria de me contar Rose?

- Escuta seu filho da puta, eu não estou aqui para brincar com você, eu preciso saber onde está o seu

irmão, e quero saber o que você quer em troca.

- Mas não é obvio, você já foi mais inteligente Rose, mas eu acho que você não pode me ajudar.E

aliás como anda o guardião Belikov?, ele falou soltando uma risada.

Eu enfiei a minha mão por entre as grades para tentar puxá-lo, mas ele desviou. Pela sua reação, me

parece que ele não anda muito bem não é?

- O acordo é o seguinte Victor,eu te tiro daqui , e em troca você me diz onde achar o seu irmão, mas

se você por acaso mentir eu te mato com as minhas mãos.

- Rose, Rose, você não entende não é?Mesmo aqui dentro da prisão eu já estou quase conseguindo o

que eu queria, não preciso estar lá fora.

Eu e Victor ficamos apenas nos encarando,alguns segundos depois, Lissa finalmente falou.

- Você nunca quis realmente me matar não é?Eu sempre fui à chave para você conseguir o que você

queria. Eu sei o que você quer Victor, mas não vai ser eu que vou te dar. Se você quiser uma

revolução faça você mesmo.

- Isso é o que veremos, princesa Dragomir. Victor olhou para mim e eu senti o meu mundo desabar,

o que eu faria gora?Como eu arrancaria a informação de Victor?

- Ok, agora é hora de falar seu filho da puta, ele não esperava pela minha reação, porque ele sequer

conseguiu se mexer antes de eu prensar a cabeça dele contra a grade. E nem pense em me enrolar

Victor, onde eu encontro o seu irmão?

- Ele me olhou com um sorriso nos olhos e disse. Você acha mesmo que pode me ameaçar

Rosemary?Eu senti o meu rosto esquentar o meu corpo tremer e eu enfiei a minha mão e peguei o

pescoço dele.

- Eu não acho, eu tenho certeza que posso,ou você quer testar se eu estou falando a verdade?Eu

terminei a minha frase começando a sufocá-lo.

- Rose, Lissa puxou o meu braço. Ele não vale a pena, vamos embora.

Aos poucos senti o meu corpo relaxar com o toque de Lissa, e fui soltando Victor. Quando eu o

soltei, ele riu e disse:

- Sabe eu admiro muito essa sua dedicação Rose, e princesa Dragomir ele disse se virando para

olhar Lissa, esteja à vontade para voltar aqui para conversar a hora que quiser. Ele se virou e sentou

novamente em sua cadeira.

Lissa e eu fomos para o nosso quarto,não falamos nada durante todo o caminho. A frustração

tomava conta de mim, a única esperança que eu tinha de saber onde Robert está era se Victor me

falasse e ele se recusava. Ok, já que eu não tinha como achar Robert, eu ia precisar de mais detalhes

sobre a historias dele,precisava tentar juntar esse quebra cabeça. Oksana. Claro Oksana e Mark me

disse que eles conversavam, então eles eram amigos eles devem saber mais detalhes sobre Robert.

- Lissa, se prepara estamos indo para Rússia.

Capitulo 8

Rose

Durante toda a viagem para Rússia senti que estava sendo observada, Lissa me disse que devia ser

impressão minha. Lissa estava eufórica para conhecer Oksana, afinal de contas não é todo dia que s

encontra um usuário do espírito.

- Liss, você se incomodaria de ir comigo visitar uns amigos depois que a gente falar com a Oksana

e o Mark?Eu estava pensando em ir na casa da família do Dimitri.

- Não, claro que não me incomodo Rose, eu ia adorar conhecer a família do guardião Belikov, pelo

que você disse eles são muito legais.

- Obrigado, Liss. Eu acho que toda essa minha afeição pela família do Dimitri se devia ao fato de

estar procurando qualquer coisa relacionada a ele em que eu pudesse me apegar.

Quando chegamos na casa de Oksana, ela não ficou muito surpresa em nos ver, ela e Lissa

conversaram bastante sobre o dom do espírito, Lissa pareceu muito empolgada com certas coisas

que ela ainda não sabia que podia fazer.

- Rose, o que te trouxe novamente até a Rússia tão cedo? Não que eu não esteja feliz em te ver.

- Oksana, na verdade, eu disse sem saber como exatamente começar. Então eu juntei o máximo de

coragem que eu tinha e contei toda a história de Dimitri para ela.

- Eu sinto muito Rose, ela disse segurando a minha mão, mas o que você quer saber exatamente?

Você realmente acha que esta historia do Robert pode ser verdade?

- Okasana, a única coisa que eu sei é que quando Dimitri segurou o anel que você me deu ele

mudou, lembrou da família e não parecia mais um strigoi e sim o antigo Dimitri. E se houver

alguma esperança de salvar ele eu vou me agarrar.

- Bom, ela disse, o Robert sempre nos contava que ele e a guardiã dele haviam trazido um strigoi de

volta a vida, alguma vezes ele dizia que ele tinha conseguia abrir o mundo dos mortos,outras vezes

ele dizia que a sua guardiã era quem tinha salvo o strigoi,mas eu nunca entendi muito bem.

- Oksana a guardiã dele era um shadow kissed?

- Sim era Rose, mas porque?

- Porque à parte do mundo dos mortos e a guardiã fazem sentido, nós os shadow kissed

conseguimos nos comunicar com os mortos. Nessa hora Mark se juntou à conversa.

- Mas Rose, como o mundo dos mortos pode ser aberto?Ele falou,como quem pergunta para si

mesmo.

- Na verdade Mark eu sei menos que você, mas de alguma forma faz sentido, mas me conta o resto

da história.

Então eles me disseram que na maioria das vezes em que se encontravam ele não queria falar deste

assunto e que ele dizia que quando salvou o strigoi a sua guardiã havia morrido, e que se a magia e

o amor fossem fortes o bastante conseguiria trazer qualquer alma de volta para o seu corpo.

- Talvez eu possa trazer Dimitri de volta, eu disse saltando da cadeira, claro nós podemos evocar os

espíritos, como quando eu os chamo para perto de mim, eu posso chamar o espírito de Dimitri para

perto mas como eu vou tirá-lo do outro mundo?

- Talvez ele só precise de uma cura, Okasana disse se virando para Lissa, você mesma disse Rose,

que quando ele segurou o anel ele se transformou certo?Então quando nós curamos os elementos

estão mais fortes do que no anel, e isso pode ser o suficiente para trazer ele de volta.

- Mas porque ele falou de abrir o mundo dos mortos, porque a guardiã dele teria morrido?A resposta

veio a minha cabeça no mesmo momento em que eu perguntei, é claro, quando você faz uma cura

dessas você abre o mundo dos mortos, porque você traz um morto vivo de volta a vida, e a guardiã

morreu, porque quando os usuários do espírito fazem esse tipo de coisa a tendência do guardião é

pegar o mal para si, mas dependendo do tamanho do mal, nós não poderíamos suportar.

Eu já sabia a resposta, é o melhor de tudo eu poderia trazer Dimitri de volta a vida sem arriscar a

vida de Lissa, mas eu não podia dizer o mesmo da minha, mas enfim se fosse para salvar Dimitri eu

arriscaria, a única pergunta que eu tinha agora. Eu estava disposta a trocar a minha vida pela de

Dimitri?Sim. A resposta era sim.

Dimitri era o que eu mais amava, eu não podia viver sem ele, eu jamais poderia viver uma vida

sabendo que eu não tentei de tudo para salvar o meu Dimitri.

- Rose, Rose? Você está bem?Lissa já perguntava me chacoalhando.

- Sim, Liss eu estou bem, só preciso dar uma volta, preciso pensar um pouco.

- Ok, eu vou com você, espera ai eu só vou pegar uma blusa, Lissa falou já se levantando da

cadeira.

- Não Liss, fica ai, vocês tem muito que conversar, e eu realmente quero ficar um pouco sozinha,

não vou muito longe, só preciso realmente ver a rua.

- Tudo bem, mas tem certeza de que você está legal? Eu posso conversar com a Oksana outra

hora.

- Sim, eu tenho, eu vou dar uma volta, daqui a pouco eu volto. Me virei e fui em direção à rua.

Capitulo 9

Dimitri

O que ela está fazendo aqui, pensava Dimitri encostado do outro lado da rua entre as sombras, o que

será que ela quer com eles.

Eu preciso levá-la pensava ele, eu disse para os outros que se eu não voltasse em três dias com ela

eles poderiam vir atrás de mim, mas se eles vierem dificilmente eu vou conseguir transformá-la,

com a raiva que eles estão, não vão conseguir se controlar, eles vão matá-la.

Não, não eu não posso permitir que eles a matem, eu não posso ficar sem ela, eu preciso dela. Não

que eu sinta alguma coisa por ela, é só uma questão de poder.

Mas alguma coisa dizia a ele que não era só por poder, mas pelo que mais seria?Toda vez que ele se

lembrava dela ele não podia deixar de pensar nos últimos dias que eles haviam passado juntos antes

dele ser transformado, em como ele se sentia sempre que estava ao lado dela, como o dia dele só

começava quando ela chegava para os treinos, como ele queria permanecer ali para sempre cada vez

que ele a atacava e seu corpo ficava em cima do dela.

Há Rose, porque você tem que ser tão difícil? Enquanto ele pensava ele viu a porta da frente se abrir

e Rose saindo.

Ele sentiu um misto de angustia e felicidade, e começou a bolar um plano rápido. Ele conhecia

todos os lugares ali. E haviam algumas casas vazias ali próximo então se ele a levasse para lá

ninguém notaria, e lá ele a transformaria.

Então ele começou a segui-la, observando cada movimento em que ela fazia, e enquanto ele a

seguia pensava cada vez mais em como as coisas eram antes do ataque a escola. Ele se pegou

questionando a possibilidade de transformá-la e fugir para longe, só ele e ela e depois se realmente

era o certo obrigá-la a ir por um caminho que ele sabia que ela não queria, mas ele lá no fundo sabia

que também não conseguiria passar o resto da eternidade se ele não tivesse Rose do lado dele, então

a única maneira era transformá-la.

- Eu odeio precisar dela dessa forma, repetia para si mesmo. Mas agora não importa mais, vou

pegá-la e transformá-la, e então teria ela sempre.

Quando ela virou a esquina, ele apressou o passo para alcançá-la antes que ela entrasse em algum

lugar, tentou fazer o máximo de silencio para pegá-la de surpresa. Mais quando ele virou a esquina

ela já estava o esperando com uma estaca na mão, e tão rápido como o próprios movimentos dele

ela o atacou.

Capitulo 10

Rose

Eu podia sentir a náusea, e assim que virei a rua me preparei para o ataque, só que quando eu o

ataquei e cheguei mais perto para poder empalar ele, eu pudi sentir o cheiro, aquele cheiro que eu

conhecia tão bem, aquele cheiro de loção pós-barba que me tirava o chão.O cheiro do meu Dimitri.

Quando eu hesitei ele falou.

- Roza, ele disse dando um passo para trás, para que pudesse me olhar nos olhos. Precisei me

controlar para não chorar quando ouvi a sua voz, quanta falta eu estava sentindo quando ele falou o

meu nome era como quando ele murmurava com amor com paixão, quando ele ainda era o meu

guardião.

- Dimitri,eu sussurrei, esperando poder passar nessa única palavra tudo o que eu sentia, e então eu

soltei a estaca, eu sabia que era a coisa mais idiota que eu poderia ter feito, mesmo ele sendo o

Dimitri ele ainda era um strigoi, um strigoi que queria me matar. Mas o que eu poderia fazer, do que

me adiantaria segurar uma estaca se eu não a usaria.

No momento em que eu soltei a estaca eu pude ver a surpresa no rosto dele, era como uma rendição,

uma reação que ele não esperava, eu pude ver ele respirar mais profundamente e então eu achei que

tinha começado a ver o vestígio daquele antigo sorriso, aquele sorriso tão maravilhoso. Mas no

mesmo momento em que eu vi o sorriso começar também vi ele recuperar a sua postura de strigoi.

- Rose, você não aprende mesmo não é? Pela segunda vez, nós nos encontramos e você como eu

sempre previ travou, ele disse se aproximando novamente.

- Dimitri, porque você está aqui? Eu já sabia a resposta, mais eu queria ouvir dele, mesmo sabendo

qual era o motivo eu não podia acreditar que aquele homem que tanto me amou e sempre me

protegeu poderia querer me matar agora.

- Porque? Porque eu disse que te encontraria Rose, porque nós não terminamos a nossa conversa da

última vez que nos vimos, porque temos um assunto pendente. Agora ao relembrar o nosso ultimo

encontro ele parecia frio, não mas como o meu Dimitri.

- Rose, se você não tentar resistir eu não vou te matar, ele disse passando a mão pelo meu rosto, eu

estou aqui para te levar comigo, para que possamos ficar juntos, como nós havíamos combinado

antes.

- Você não veio me matar? Mas você disse que aquela seria a minha ultima chance, o que aconteceu

com você? Porque você mudou de idéia?

- Eu disse que seria sua ultima chance de se transformar por vontade própria, ele disse como quem

esclarecia uma coisa óbvia, e também disse que exigia muito de mim para te matar, lembra? E por

agora eu não estou disposto a dar isso.

- Dimitri, você disse que me queria porque precisava de alguém como eu ao seu lado para

conquistar o que era da Galina, mas isso você já tem, e ainda assim você me quer. Porque?

Ele riu e parou, ficando por um momento distante, como se ele também estivesse procurando a

resposta para minha pergunta, e então disse:

- Porque eu não iria te querer Rose, você é forte e linda, e eu sei que você seria fiel a mim, e eu

preciso de alguém assim ao meu lado.

- Mentira Dimitri, eu disse olhando ele nos olhos, você me quer porque no fundo mesmo você

sendo um strigoi, você ainda sente alguma coisa por mim, mas você é durão demais para admitir

isso não é? Você sempre foi assim, sempre tentou esconder o que sentia de todo mundo, pois eu não

tenho medo de admitir o que eu sinto por você, e é por isso que eu não vou lutar com você, você

sempre diz que eu exito, sim eu hesitei duas vezes com você, mas isso só mostra o quanto humana

eu sou, porque só uma pessoa sem humanidade mataria quem ela ama.

- Então se você quer saber a minha resposta, eu disse o encarando. É não, eu não quero me juntar a

você dessa forma.

Ele suspirou , e com um movimento muito rápido ele girou por trás de mim, e colocando a sua boca

a centímetros do meu pescoço ele murmurou. Roza, acho que você se esqueceu de mais uma coisa.

Eu não tenho mais humanidade.

Capitulo 11

Rose

Quando eu acordei estava deitada em uma cama de quarto em que eu não conhecia, me sentia meio

tonta, eu não consegui me lembrar do que havia acontecido claramente, a única coisa que vinha a

minha memória era Dimitri sussurrando em meu ouvido e depois eu apaguei.

Procurei por alguma coisa familiar, e encontrei Dimitri encostado imóvel com as mãos nos bolsos

me encarando, como se estivesse velando o meu sono.

- Acordou bela adormecida, ele disse se aproximando da cama e parando para me encarar mais um

pouco. O meu instinto me disse que eu deveria ficar alerta, mais a única coisa que eu conseguia

prestar atenção era como ele era impressionantemente lindo.

Ele estava vestindo uma calça jeans preta e uma camiseta preta que deixava aparente os seus

músculos bem definido e contrastava com a brancura de sua pele, e ah meu deus como ele era lindo,

como as minhas lembranças estavam longe de fazer jus a sua beleza.

- Dimitri, onde eu estou? Porque você me trouxe para este lugar? Eu perguntei me sentando na

cama e encarando ele.

- Rose, quantas perguntas, talvez eu responda mais tarde, mais agora você precisa comer alguma

coisa, você quer que eu vá buscar?

Analisei por um tempo a possibilidade de fugir enquanto ele ia buscar alguma comida, mas vi que

eu não tinha nem idéia de onde eu estava, eu ia precisar de um plano melhor, afinal de contas

Dimitri era um strigoi e mesmo tendo um plano à possibilidade de eu conseguir fugir dele era bem

pequena. Já que eu teria que ficar aqui por mais um tempo e iria tentar descobrir quais eram

realmente as intenções dele. Porque ele ainda não havia me transformado.

- Eu não estou com fome agora, mas eu estou curiosa, eu disse me ajeitando na cama. Porque você

ainda não me transformou a força? Eu sabia que esse não era o melhor assunto para entrar agora

mais eu nunca fui da pessoa que pensava antes de falar.

Ele se sentou ao meu lado e começou a passar a mão pelo meu rosto, Porque se você acordar por

sua vontade será mais fácil.

- Dimitri eu te conheço muito bem para saber que esse não é o real motivo. E cada vez que ele

passava a mão entre o meu rosto e meu pescoço eu sentia um calafrio.

- Então qual você acha que seria o real motivo Rose? E quando ele terminou de falar colocou a sua

boca a centímetros da minha, eu podia sentir a sua respiração o seu hálito frio soprando em meu

rosto, e por um momento eu tive que me lembrar de respirar.

- Bom eu tenho uma teoria, eu disse tentando recuperar o fôlego, eu acho que você não quer me

transformar a força, porque você sabe como isso é e você não iria querer isso para mim, e eu

também acho que se você tivesse a opção de se transformar ou não você teria escolhido não.

- Ele parou e pensou por um momento antes de falar, Rose, o que você acha que eu ainda sinto por

você?

- Pensei na pergunta dele por um momento e finalmente respondi, eu, eu não sei, mas eu acho que

você ainda me quer de alguma forma, mas não da forma que você diz, bom eu na verdade esperava

que você pudesse me dizer o que você sente.

- Ele respirou fundo e disse, Rose eu já te disse que te quero e porque eu te quero e isso você goste

ou não é verdade, eu já não sinto mas as mesmas coisas Rose, e você tem que se acostumar com

isso.

Eu parei e analisei o que ele estava falando por um momento, e decidi que eu precisava arriscar.

- Dimitri, se você não sente mais nada por mim, então me transforme a força, o que você ainda esta

esperando? E quando ele hesitou eu continuei, O que você ainda está esperando, vamos você sabe

que eu não vou concordar com isso, então se você vai me transformar faça agora.

Eu esperava que ele de alguma forma ele me agarrasse e enfiasse a sua presas em meu pescoço, mas

a única coisa que eu senti depois disso foi à boca dele urgente na minha.

Capitulo 12

Rose

Quando ele me beijou eu não tentei parar, afinal de contas era Dimitri o me deus russo que estava

ali, apesar de saber que ele era um strigoi eu me deixei levar, sem pensar direito eu retribui o beijo.

Bom eu nunca pensei direito quando estava com Dimitri, isso era o efeito que ele me causava.

Sem tirar a sua boca da minha ele me deitou na cama, e começou a passear a suas mãos por todas as

partes do meu corpo, partes essas que ele já conhecia muito bem, as mãos dele estavam por toda à

parte, e era tão bom estar com ele, sua boca deslizou suavemente até o meus seios enquanto a sua

mão acariciava suavemente as minhas partes mais intimas, e nessa hora eu soltei um gemido, e eu

senti ele apertando a minha cintura.

Já fazia tanto tempo que eu não sentia Dimitri assim, apesar da sua pele ser fria, eu sentia como se

ambos estivessem pegando fogo, eu senti como se a qualquer momento eu pudesse entrar em

combustão instantânea. O meu corpo pedia o dele e por mais que isso fosse impossível eu tentava

cada vez estar mais próxima, cada vez me apertar mais contra o seu corpo, num momento já

estávamos nus, e quando os nossos corpos se tocarem livre de qualquer roupa ele sussurrou.

- Roza, que saudades, eu me virei para poder ficar em cima dele, para poder admirar a perfeição que

era o corpo de Dimitri, olhar para ele me dava água na boca, com ele era tudo tão intenso.

- Dimitri, eu sussurrei, eu te amo, ele por um momento ficou imóvel como se tivesse levado um

tapa na cara, mas depois de um momento ele riu, aquele sorriso de Dimitri e disse, com aquele

sotaque russo que eu tanto amava.

- Eu também te amo minha eterna Roza, por mais que eu queira negar, eu te amo, eu não sei como

isso pode ser possível, mas o que eu sei é que você ainda é a razão da minha vida. Era a única coisa

que eu precisava ouvir para me entregar completamente a ele, me curvei e começei a beijá-lo, agora

foi um beijo intenso, mais cheio de amor, logo o beijo se tornou mais quente, Dimitri se virou para

poder ficar em cima de mim, e a sua boca agora estava em todo o lugar.

Tentei fazer o mesmo, e a cada centímetro de seu corpo que eu beijava ele gemia, e eu o arranhava.

Trocamos caricias por muito tempo, tempo bastante para eu achar que não iria mais aguentar, eu

estava prestes a explodir de tesão, quando ele entrou em mim devagar, ambos gememos ao mesmo

tempo, e Dimitri disse.

- Tão linda, tão quente, e então começou a se movimentar, no começo os movimentos eram

delicados, mas depois a intensidade foi aumentando e os nossos corpos pareciam que iam pegar

fogo, fogo esse que eu não queria que fosse apagado.

- Dimitri, Dimitri, era a única coisa que eu conseguia dizer, e ele me virou para que eu pudesse ficar

em cima dele novamente, suas mãos agarraram a minha cintura e ele começou a me movimentar,

chamando meu nome a toda hora, uma sensação tão intensa começou a tomar conta de mim, e logo

depois eu atingi o clímax, Dimitri me movimentou por mais um momento, depois me apertou ainda

mais junto a ele,eu ouvi um gemido escapar da sua boca e logo depois vi ele relaxar.

Ficamos em silencio por um tempo, só nos beijando e foi quando eu decidi que precisava

falar para ele o que eu estava planejando. Eu me apoiei na cama e disse.

- Dimitri nós precisamos conversar.

Capitulo 13.

Rose.

E eu acordei.

Por que esse sonho ainda me perseguia desse jeito?! Sonhos tão reais! Por que simplesmente não

podia ser verdade e tudo voltaria a ser como antes!?

E o pior! Nesses sonhos eu sempre hesitava e acabava na cama com ele!

senti uma lagrima quente descer por meu rosto.

Eu era fraca.

Eu sou fraca demais para fazer isso.

Eu não vou conseguir.

Mas esse não era o meu quarto afinal.

Com certeza não era.

Eu estava em um lugar que eu não conhecia.

Merda ao que parece à parte do sequestro não foi um sonho.

Eu tentei me levantar.

Não consegui.

Eu estava presa.

Eu olhei para minhas mãos.

Duas enormes correntes de ferro grosso estavam prendendo elas a cama e ao docel.

Tentei usar meus pés mas também, estavam presos.

Eu me debati mesmo sabendo que era inútil eu não podia mais sentir minha estaca no meu casaco

muito menos perto de mim.

- Não vai adiantar. – disse uma voz quente perto de mim. Dimitri.

Merda.

Ele vai me matar.

Pior me transformar.

- O que você quer seu filho da puta? – perguntei colocando toda a raiva que eu podia na minha voz.

- A Roza...não adianta falar assim comigo. Eu sei o que você sente. – disse ele na mesma voz de

quente e úmida que ele usou antes.

- Você não sabe nada sobre mim. Eu não te amo mais. – eu disse.

- Não adianta mentir pra mim Roza. Eu sempre sei quando você mente. – disse ele.

- Se sabe quando eu estou mentindo então sabe muito bem que eu vou matar você. – eu disse

asperamente. Ok isso era uma mentira...não exatamente uma mentira mas eu iria evitar ao máximo

matá-lo.

- Eu sei disso Roza. E é por isso que eu vou fazer isso agora. – disse ele e sorriu exibindo as presas

e mordeu meu pescoço.

Capitulo 14.

Rose.

Você já viu a morte de perto?

Já sentiu a vida sendo tirada a força de você?

Eu acho que não.

Era isso que eu estava sentindo enquanto as endorfinas da mordida dele se espalhavam por meu

corpo, minha visão começou a ficar embasada, e algum tempo depois eu já não me importava com

nada, nada...eu não me lembrava de lissa, nem de Dimitri...Adrian...nenhum deles, só o que eu me

lembrava era o jeito com que eu ficava feliz quando era mordida por alguém.

Minha visão começou a ficar nublada...eu tinha que lutar...eu precisava lutar...eu não podia deixar

que ele me transformasse. Não podia.

Eu estava fora de controle, minhas emoções eram fortes de mais...

De repente ele foi arrancado para longe de mim por algo.

Por alguém.

Denis.

Tamara.

Arthur.

Minha antiga equipe.

Isso!

Às vezes eu adoro esses garotos!

Denis e Arthur tinham pego Dimitri de surpresa o que já era quase um milagre, Enquanto eles

ocupavam Dimitri Tamara veio até mim e começou a desatar as correntes que me prendiam a cama.

- Obrigada – murmurei meio tonta.

- Vamos Rose – levante – Gritou Denis.

Tentei levantar. Tinha perdido muito sangue, estava fraca de mais, e ainda sobre o efeito das

endorfinas.

- Rose – gritou Arthur. – Vamos! – eles tinham conseguido jogar Dimitri para longe uma estaca na

parte da frente de seu tórax, não havia tempo para empalá-lo agora, tínhamos que correr, e foi o que

fizemos.

Eu sabia que estava atrasando-os, mais eles não iriam me deixar para trás.

Pelo menos era o que eu esperava.

Eu sabia por experiência própria que ele levaria uns 2 minutos para sair atrás de nós e desta vez ele

estaria preparado.

- Corra Rose! – Gritou Dean quando finalmente alcançamos a porta, Tamara chutou a porta e esta

voou longe e ela me atirou no sol.

Graças a Deus. Pensei e reunindo toda a minha força de vontade me levantei.

Tamara já estava lá fora comigo e Arthur também, mais Dean queria aparecer.

- Corra seu idiota! Ele vai matá-lo! – gritei para Dean quando ele se virava para enfrentar Dimitri

que estava com a camiseta rasgada e mostrava os dentes.

- Dean! – gritei de novo.

Tarde de mais.

Ele já estava caído.

Eu nem tinha visto direito admito, a única coisa que eu ouvi foi o baque de um osso se quebrando e

de um corpo caindo no chão.

Quando olhei novamente para Dean, ele estava no chão, branco como mármore e eu tive um ultimo

vislumbre do espírito dele enquanto ele morria.

Dimitri se abaixou ao lado dele e olhou diretamente apara mim e sorriu mostrando as presas

tingidas de vermelho, e se abaixou para morder Dean.

- Segure-a! – gritei para Arthur quando Tamara começava a correr em direção de Dimitri e Dean.

Antes que ela pudesse passar por ele Arthur a segurou pela cintura e a imobilizou enquanto ela

gritava e esperneava em russo. Eu só entendi a parte do Eu vou te matar e o nome de Dean.

Depois de mais ou menos 1 minuto, Dimitri tirou a boca do pescoço de Dean e sorriu novamente

para mim e disse bem alto:

- é isso que eu vou fazer com você Roza! – e ele fez um pequeno corte no pulso que começou a

pingar sangue no exato momento em que os olhos dele voltavam ao vermelho liquido normal e ele

encostou a mão na boca de Dean.

Os gritos de Tamara eram quase insuportáveis.

Depois de alguns segundos de inércia a boca de Dean começou a se mover e o sangue cada vez foi

sugado com mais força. E de repente Dimitri tirou o pulso de perto de Dean e eu vi que ele tinha

parado de sangrar.

Dean começou a se contorcer, e gritar, e depois parou.

Parou totalmente.

Ele parecia estar morto.

Antes fosse.

Com um solavanco ele se pois de pé e abriu os olhos exibindo olhos vermelhos vibrante e pele

pálida, assim que ele olhou para nós mostrou as presas mas Dimitri o conteve com o braço.

- Não – disse ele a Dean – Ainda esta claro. Esta vendo? – disse ele sorrindo satisfeito.

Dean afirmou com a cabeça.

Eu senti uma vontade insana de vomitar.

Era um erro ficar ali por mais tempo, logo tudo estaria escuro e eles poderiam nos pegar eles iriam

nos pegar.

- Levante-a! – disse eu. Eu estava quase desmaiando mais era necessário ser forte agora,

precisávamos sair dali.

Tamara gritou e tentou ir em direção a Dimitri quando Arthur a levantou. Este simplesmente sorriu

e mostrou as presas.

- Lembre-se Roza! É isso que vai acontecer com você! – disse ele.

- Arthur traga ela! – gritei por cima dos gritos de Tamara.

Foi difícil, bem uns cinco minutos até que finalmente conseguimos enfiar Tamara no carro, e nesse

meio tempo Dean e Dimitri continuavam nos olhando e olhando para o seu claro.

Graças a Deus eles tinham vindo de carro! Pensei e sentei no banco do carona.

Os gritos de Tamara agora foram substituídos por soluços e lagrimas mas agora quem tinha vontade

de chorar era eu.

- Como descobriram que eu estava aqui? – perguntei a Arthur que também tinha lagrimas nos olhos.

- Sua Moroi. Ela sentiu que você sumiu e nos ligou, depois foi fácil seguir a rota de sangue que o

Strigoi deixou. – disse ele.

Que estranho ele se referir a Dimitri como o Strigoi, mas era isso que ele era agora. E eu também

tinha que me conformar com isso, Mas será que Tamara se conformaria com a transformação de

Dean? Não ela não se conformaria. Como eu.

Só no momento que ele mencionou Sangue percebi que meu pescoço ainda sangrava e eu tinha um

enorme corte no braço.

Foi uma idiotice vir para a Rússia.

Eu ia voltar para os EUA. Para a corte, e deixaria Lissa segura lá, e esqueceria de Dimitri, para mim

agora ele seria só mais um Strigoi.

- Lissa me sentiu? – perguntei já me sentindo um pouco melhor e as lagrimas de Tamara ficaram

silenciosas.

- A moroi? – perguntou ele vendo minha expressão continuou. – Ela disse que sim. Ela disse que

sentiu você em um beco, que percebeu que um Strigoi tinha pego você e...bem depois disso você já

sabe – disse ele por fim.

- Como ela encontrou vocês? – perguntei. Vendo sua expressão eu suspirei. – Oksana. – dissemos

juntos.

- Estávamos em casa quando Oksana ligou. – ele deu de ombros.

Suspirei.

Era por pura sorte que eu ainda estava viva, e não lá no lugar de Dean, como uma strigoi sem alma.

Mais o mais estranho foi que eu vi a alma de Dean saindo do corpo, eu senti ela.

Que estranho.

O resto do caminho até o hotel onde estávamos foi silencioso, a não ser pelos ocasioanais soluços

de Tamara como ela não falava inglês eu pude perguntar o porque dela estar chorando tanto e

minhas suspeitas foram confirmadas, ela e Dean estavam juntos já a algum tempo.

Por um momento senti pena dela.

Quando chegamos na casa de Oksana Liss estava lá me esperando. Ela gritou quando meu viu e

correu em minha direção.

- Rose! – gritou ela.

- Estou Bem Liss, estou bem. – repeti e a abracei.

- Rose...- começou ela.

- Nada de Rose lissa Vamos voltar para o Estados Unidos.

Capitulo 15.

Rose.

- Vocês não podem sair agora, já está escurecendo e vocês não podem arriscar, ele ainda pode estar

te esperando lá fora.

- Ok Mark, Liss se prepara então para a gente sair assim que amanhecer. Mark eu acho que seria

interessante se nós revezássemos acordados.

- É uma boa ideia Rose, Okasana e Lissa podem ir dormir, nós ficaremos acordados. E Oksana leve

a Tamara com vocês, ela também precisa descansar.

Tamara ainda não havia parado de chorar e murmurar algumas coisas em russo, ela jurava que

mataria Dimitri assim que o encontrasse, eu esperava que ela não o encontrasse, pois eu tinha a

impressão de que se ela tentasse matar ele, quem sairia no prejuízo seria ela, Dimitri era um dos

melhores que eu já tinha visto até agora, se não fosse o melhor. Bom Dimitri era foda, e isso não

me ajudava em nada. É claro tudo que eu sei foi ele que me ensinou, então pensando por esse lado

eu também era boa naquilo que fazia, muito boa, só que o único problema era que eu esquecia tudo

o que eu sabia quando Dimitri estava perto de mim,até ai nenhuma novidade, sempre foi assim

desde o inicio, esse era o efeito que ele causava em mim.

- Arthur, eu queria me desculpar por tudo isso que aconteceu, eu sinto muito pelo Dean, eu disse me

aproximando para poder segurar na sua mão.

- Eu queria conversar com a Tamara agora mais eu acho que só iria piorar as coisas, você pode dizer

para ela depois que eu sinto muito, diz que eu entendo o que ela está sentindo.

- Rose, não se culpe por nada, ele disse erguendo a cabeça, não é culpa sua, se nós não quiséssemos

nós não teríamos ido até lá, todos nós sabíamos do risco que estávamos correndo.

- Eu sei, mas mesmo assim, me desculpa. Eu estava cansada de todo mundo me falando que as

coisas não eram culpa minha. E se eu não tivesse contado ao Mason sobre Spockane? e se eu não

tivesse insistido para resgatar o Eddie daquela caverna?

- Rose? Lissa estava ao meu lado agora.

- Rose escuta, você não tem culpa de nada, todas as vezes que você fez alguma coisa foi tentando

acertar.

- Liss, eu estou cansada de tentar acertar, agora as lagrimas agora escorriam pelo meu rosto. Liss as

pessoas morrem quando eu tento acertar, eu não quero mais tentar, eu não quero mais arriscar a vida

das pessoas que eu amo, eu não posso mais fazer isso.

- Oh Rose, ela me abraçou. Por um momento me senti melhor, mas de repente uma sensação tomou

conta do meu estomago, eu imediatamente me coloquei na frente de Liss, porque eu sabia

exatamente o que aquela sensação significava.

- Mark, preciso de uma estaca agora, e se preparem tem strigois aqui, mas já era tarde demais antes

mesmo que alguém pudesse ter qualquer reação à porta se abriu e três strigois entraram por ela

mostrando suas presas.

Capitulo 16.

Rose.

O meu reflexo ainda não estava bom, mas eu consegui passar os braços em volta da cintura de Lissa

e empurrá-la para o corredor ficando assim na frente dela antes que o strigoi conseguisse alcançá-la,

o impacto do corpo dele no meu foi muito forte e me jogou de costas contra a parede. Merda, isso

vai doer mais tarde.

- Corre Liss, foi o que eu pude dizer antes que o strigoi me atirasse no chão, pude ver que ao meu

redor ocorriam outras lutas, mas nesse momento eu não saberia dizer quem estava em desvantagem,

eu precisava achar um jeito de matar esse strigoi, já que eu estava sem a minha estaca,consegui

chutá-lo no estomago, e com um salto me levantei, e me coloquei em posição de luta, sabia que com

meus golpes só conseguiria distraí-lo até arrumar uma forma de matá-lo, eu precisava ser rápida.

Um outro strigoi veio por trás de mim e pegou na minha garganta, me empurrando de volta para a

parede e me suspendendo do chão, pude ver claramente que esse strigoi não havia sido um moroi e

sim um guardião, pois o seu corpo era musculoso, resultado de anos de treino.

- Rose, que prazer em conhecê-la, ele falou sorrindo abertamente para deixar as suas presas

totalmente á mostra.

- Você tem nos dado muito trabalho, será um prazer enorme te matar. Ele agora estava me

sufocando e eu não tinha como sair dali sozinha, e nenhum dos meus amigos poderiam me ajudar

agora, eles estavam ocupados com as suas próprias lutas, só havia uma forma de eu conseguir sair

daqui, eu precisava chamar os espíritos. Consegui tirar o anel da minha mão, o anel era quem

mantinha os espíritos longe.

- Não. Rose, não. Mark deve ter sentido alguma coisa, afinal de contas ele também era um shadow

kissed, mas quando ele gritou já era tarde demais, eu já havia feito.

Logo os espíritos começaram a aparecer, e agora eles já não eram mais sombras ou translúcidos

como eu os via no começo, eles eram quase que vivos, a não ser pelo fato deles flutuarem á nossa

volta, percebi com o tempo que quanto mais eu mato, mais os espíritos se fortalecem e maiores são

as dores que eu sinto quando eu os chamo.

Eles começaram a rodear os strigois, percebi que Arthur apesar de estar rodeado pelos espíritos,

aproveitou da distração do strigoi que ele lutava para poder empalá-lo. O strigoi que antes me

segurava, agora estava tentando se livrar dos espíritos que estavam ao seu redor, ele fazia

movimentos com as mãos como se estivesse abanando o ar em volta dele.

A minha cabeça parecia que ia estourar, eu nunca havia sentido uma dor tão forte antes, eu sabia

que era só uma questão de tempo até eu desmaiar, minha visão estava escurecendo e eu sentia que

era puxada para um lugar escuro. No começo eu me apavorei e tentei lutar contra essa escuridão,

mas depois eu queria me deixar levar, apesar da dor que eu sentia a sensação era de tranquilidade,

era como dormir quando o corpo estava cansado. Mark veio em minha direção, ele estava

claramente apavorado e com dor.

- Rose, você não pode dormir, Mark me sacudia na tentativa de me deixar acordada.

- Rose, você precisa mandar eles embora, eles vão acabar nos matando, eles estão fortes demais

agora. Rose, acorda. Apesar da sensação boa que eu sentia, tentei alcançar o meu anel para poder

mandar os espíritos embora, alguma coisa na voz de Mark me dizia que era isso que eu deveria

fazer, mas a dor aumentou, eu não conseguia mais me mexer. E então logo depois fui levada de vez

pela escuridão.

Capitulo 17 Rose.

Eu sabia que meus sonhos quase nunca eram bons, ou pareciam realmente sonhos, mas esse...era o

pior de todos. Pior que as lembranças de Lissa, pior do que as visões de Dimitri, simplesmente pior.

Por que dessa vez eu estava no meio do nada.

Não podia ver nada somente a escuridão e de algum modo eu podia sentir que estava presa lá.

Presa de algum modo que eu não entendia. Não haviam paredes ou janelas...Nada. Simplesmente a

escuridão.

Me levantei com cuidado e por incrível que pareça não me senti tonta nem tive vontade de vomitar

ou nada do tipo. Simplesmente me levantei.

Estranho. Pensei e tateei inutilmente no bolso da minha jaqueta por minha estaca. Só tinha um

pequeno problema.

Eu não estava de Jaqueta.

Tentei deixar de olhar para os lados enquanto procurava por minha estaca em algum lugar nos meus

Jeans o problema eu também estava sem Jeans.

P da vida desviei rapidamente os olhos da escuridão e me olhei de cima a baixo.

Eu estava sem roupas.

Ok quando eu digo sem roupas quero dizer totalmente sem roupas mesmo. Nem sutiã, nem blusa

Nada de Nada.

Imediatamente me senti exposta e tentei ir para algum lugar.

Comecei a correr.

Mas quanto mais eu corria parecia que mais eu estava presa naquele lugar. Eu sentia as sombras

rosando minhas pernas e braços e ouvia gritos e risadas histéricas o tempo todo.

Comecei a arfar enquanto corria mais e mais rápido tentando encontrar uma saída.

Mas não importava quantos quilômetros eu corresse nada mudava.

Apenas os mesmos gritos histéricos e risos macabros o tempo todo.

Comecei a ouvir passos atrás de mim.

Me virei rapidamente e tentei ver quem era.

Mas eu não conseguia distinguir nada além da escuridão.

Eu estava pingando suor e sabia que estava praticamente exausta de tanto correr.

Você entrou em pânico. Uma voz na minha cabeça murmurou e eu sabia que era verdade.

Eu não era acostumada a ficar presa. Era como tentar me matar.

Continuei a ouvir os passos. E sem nem pensar mais eu comecei a correr de novo.

Coisas começaram a tentar agarrar minhas pernas no chão.

Eu comecei a tentar me desviar delas, mas eram enormes mãos feitas de ossos antigos eu não

conseguia saber o que estavam tentando fazer comigo mais não era nada de bom.

Chutei uma mão preta que estava tentando me agarrar.

- Pare! – tentei gritar, mas minha voz não saiu mais do que um sussurro.

Tentei mudar de caminho, virei abruptamente para a direita. Um erro que custou caro.

Eu gritei.

Um tipo de garra enorme e velha segurou meu tornozelo esquerdo e me puxou para baixo com tudo

no chão, senti a pele do meu tornozelo romper e cortes em meus cotovelos e pescoço.

Como se um alarme tivesse soado varias mãos começaram a sair dos lugares e a tentar me agarrar.

Tentei me defender mais suas garras afiadíssimas fizeram talhos em meus braços e pernas. Eu ainda

ouvia as risadas histéricas e os gritos. E sabia que boa parte desses gritos eram meus.

Eu senti o gosto de sangue na boca.

Os passos então ficaram mais altos mais eu não me importava mais. Eu estava presa e prestes a ser

morta.

De repente os passos chegaram ao meu lado e aquelas mãos estúpidas retrocederam, mas mesmo

assim eu continuava gritando, cada vez mais alto.

Senti aquilo, se abaixar ao meu lado e em um movimento fluido e rápido passar os braços ao meu

redor e me levantar do chão com cuidado.

- Vai ficar tudo bem. – disse ele e eu reconheci com um aperto a voz terrivelmente familiar – Agora

é hora de você voltar Roza.

E eu acordei.

Abri meus olhos rapidamente. Parecia que um elefante tinha sentado na minha cabeça.

Tentei me levantar. E parei quando uma enorme dor no meu tornozelo me impediu. Irritada olhei

para meu tornozelo. Sabia que todos estavam no quarto e estavam me olhando mais ainda assim eu

não pude deixar de ficar chocada com o que vi.

O tornozelo estava cortado.

Capitulo 18

Rose.

Todo o meu corpo doia eu estava toda machucada, por sorte alguém havia me colocado na cama.

- Rose fala comigo, como você está?

- Dolorida Liss, toda dolorida.

- O que aconteceu comigo? Cade os strigois? Eu perguntei me levantando da cama.

- Rose, você... eu acho que você foi levada pelos espíritos, ela disse baixando a voz, mas eu

consegui te trazer de volta, mais um pouco que eu demoro, e...Ela balançou a cabeça, sem conseguir

terminar a frase.

- Como assim, você me trouxe de volta? eu morri?

- Hum eu não sei bem...Rose, eu...

- E você não está sentindo nada? Curar alguém sempre te deixa mal, fala comigo, Liss olha pra

mim.

- Rose, eu estou bem, você puxou as sombras de mim, por isso você deve ter ficado tanto tempo

dormindo. E você? Do que você lembra?

- Eu não sei bem,eu lembro de umas mãos me agarrando, eu tentava gritar e correr mais eu sempre

ficava no mesmo lugar, depois umas garras começaram a me arranhar, e ai eu ouvi a voz do Dimitri

e senti ele me pegando no colo, depois ele me disse que era hora de voltar, então eu acordei aqui. Eu

só percebi que todos tinham congelado quando eu parei para respirar.

- Ah meu Deus,não. Espera ai! Ele não está morto está?Vocês não acham que ele morreu né?Liss?

Eu senti como se o meu peito estivesse se abrindo, eu não podia acreditar, a ideia de estar em um

mundo em que ele não existia me apavorava.

- Rose, calma, Lissa disse me abraçando. Respira, Rose. Respira.

- Rose talvez ele não esteja morto, talvez a teoria do irmão do Victor seja verdadeira, ele só está do

outro lado, Lissa e eu nos viramos para olhar Oksana. Demorei um tempo para entender do que ela

falava.

- Mas como?Não. Isso é loucura. Não é? Eu disse olhando para Lissa.

- Você mesmo disse que ele não tentou te atacar e sim te trazer de volta, não disse? Okasana

apontou para mim. E então pode ser que alma dele só esteja em outro lugar, fora do corpo, entende?

- Rose, eu só acho que o corpo dele também precisa ser curado, e alguém para guia-lo de lá, do

outro lado, quando ela terminou de falar todos a estavam olhando de boca aberta.

- Espera você está me falando que ele pode ser curado?

- Eu acho que eu posso fazer isso. Lissa disse me olhando. Mas nós precisamos ter ele aqui, isso

não vai ser rápido, você ficou desacordada por 18 horas.

- Liss.Não. Eu não posso te envolver nisso, e se eu não conseguir puxar as suas sombras pra mim?

Arriscar a minha vida é uma coisa, agora a sua, não. E além do mais, você não poderia curar a nós

dois ao mesmo tempo.

- Rose, eu também estou aqui, Oksana disse dando um passo para junto da cama.

- Oksana, obrigada, mas eu não posso colocar vocês nisso, eu disse apontando para todos eles. Não

é justo.

- Rose, se você estiver com a Lissa e o Mark comigo, nós podemos nos curar rapidamente, então

não é tão arriscado assim.

Eu olhei para Lissa, e me concentrei um momento nos sentimentos que vinham dela.

- Rose, está tudo bem, Lissa me olhou nos olhos, eu sei que você precisa tentar, não seria você se

não tentasse, e eu quero te ajudar. Eu olhei por um momento aqueles olhos que me diziam que

estavam dispostos a qualquer coisa para me ajudar respirei fundo e disse:

- Ok, eu vou atrás dele.

Capitulo 19

Rose.

Assim que os machucados se curaram, eu fui atrás dele, o primeiro lugar que eu iria seria na casa

que tinha sido da Galina, Lissa me disse que se eu conseguisse colocar nele o anel que ela e Oksana

fizeram eu teria ele de volta por algum tempo.

-Bom isso é se ele não me matar antes. Claro.

Mark e Arthur tentaram vir comigo, mas eu não deixei, não que eu achasse que não ia precisar de

ajuda, mas ainda achava que seria melhor encontrar Dimitri sozinha.

- Bom se eu conseguir chegar até ele viva é lógico.

Eu sabia exatamente o que aconteceria hoje e estava preparada, e eu não queria os meus amigos

nisso.

No final da tarde eu estava em frente a casa, percebi que não tinha muita segurança e a essa hora

não haveria nenhum strigoi do lado de fora. Ótimo.

Pulei o muro e fui me esquivando pela parede do lado, seria mais fácil ficar escondia aqui até que os

strigois saíssem a noite para comer.

- Ok, eu espero que eles estejam com fome hoje.

Fiquei ali parada quase duas horas, e dei graças a deus de ter colocado umas botas confortaveis.

Alguns strigois começaram a sair, três entraram em uma carro preto e dois passaram pelo portão em

direção a rua, tentei ouvir se eles se afastavam, mais os barulhos de carro não me ajudaram muito.

Bom eu tinha que ir agora, cinco strigois a menos já era uma grande vantagem,olhei para o gramado

que ficava na entrada da casa e me lembrei de quando Dimitri me levou ali para passear, dos tempos

que nós passamos aqui, de quando ele ia me visitar no quarto, e de um certo dia ele chegou com um

colar e pediu para que eu colocasse, foi a primeira vez aqui que eu achei que faríamos sexo.

Ele ficou sentado na cama, e depois que eu coloquei o colar em frente ao espelho, ele veio até mim.

- Eu gostei. Eu disse olhando para ele pelo espelho, mas é muito bonito para dormir com ele, eu vou

tirar.

- Você não vai dormir agora Roza, ele disse se aproximando e passando a mão pelo meu pescoço.

Todo o meu corpo se arrepiou.

- Ele ficou perfeito em você, ele respirou fundo e se aproximou do meu ouvido.

- E além do mais eu hoje quero você só com ele.

Um barulho me trouxe para realidade, outro carro estava saindo. Merda. Isso lá era lugar de ficar

lembrando do amassos que eu dei com o Dimitri?

Respirei fundo e fui em direção a parte da frente da casa, mas quando eu pisei no gramado senti

uma náusea, me virei para o portão e dei de cara com os dois strigois que tinham acabado de voltar.

- Certo, isso vai ficar ruim. Um deles me olhou, mostrou as presas e veio na minha direção.

- Ok, vamos lá, Rosemary Hathaway,é hora do show, eu disse tirando duas estacas do meu

sobretudo. Atravessei o pátio e fui de encontro a eles.

Capitulo 20 Dimitri.

- Não Dean hoje eu quero ele aqui, e se vocês não conseguirem, um de vocês vai morrer no lugar

dele, entendeu?

- Entendi, mas...

Dimitri pulou por cima da mesa e agarrou Dean pelo flanco.

- Dean, eu acho que você não me entendeu.

- Se ele não estiver aqui hoje, eu-vou-colocar-a-tua-cabeça-no-lugar, entendeu?.Dimitri largou Dean

e foi se sentar, Dean permaneceu imóvel, ele sabia que ali não era seguro nem para respirar.

A unica coisa que Dimitri queria agora era pensar em mil maneiras diferentes de arrancar uma

cabeça. Bom uma coisa era certa teria que ser bem devagar. Já faziam dois dias que eles estavam

procurando o strigoi e ainda não tinham encontrado nada, e isso o deixava cada vez mais puto. Mas

ele não ia ficar assim por muito tempo, hoje ele teria a cabeça de alguém em cima da sua mesa,

sorte dos outros strigois que tinham morrido lá na casa, eles não teriam que lidar com ele hoje.

Fora da casa se ouviu um estrondo, e Dimitri olhou para Dean.

- Que porra é essa?

Quando eles chegaram no pátio da frente ele não pode acreditar no que via. Era ela e estava lutando

com dois strigois, um deles já havia sido lançado contra o vidro da janela e ela estava sobre o outro

pronta para empala-lo, enquanto ele observava ela matar o strigoi sentiu uma pontada de orgulho.

Ele não sabia explicar de onde vinham esses sentimentos por ela, mas ela era a única que ainda o

fazia sentir alguma coisa, todas as vezes que ele esteve com ela, não pode mata-la, nem tão pouco

poderia suportar a ideia de alguém fazendo isso, era inacreditável o poder que ela a tinha sobre ele,e

impressionante como mesmo assim ele ainda a queria.

Ela girou as pernas e se levantou para enfrentar o próximo strigoi, ela se movia como se estivesse

dançando, e era tão perigosa quanto sexy enquanto lutava.

Só o que ele pode fazer naquele momento foi observa-lá e balançar a cabeça para Dean para que

não se metesse na luta, ele sabia que deveria estar lutando contra ela, mas agora não havia nada que

ele pudesse fazer.

O outro strgoi se movia muito mas rápido do que ela, mas ele vacilou e ela o finalizou.

Um strigoi saído do nada pulou pela janela quebrada e agarrou ela pelo pescoço, imediatamente

Dimitri sentiu seu sangue ferver.

- Ela é minha, ele disse em um gruido e pulou em cima do strigoi.

Capitulo 21 Rose.

O strigoi que estava em cima de mim foi arremessado longe, e uma luta começou.

Um strigoi foi jogado contra a parede, e quando eu me virei vi que o outro era o Dimitri, do mesmo

jeito em que eu me lembrava, mas os sons que saiam da boca dele era uma coisa horrível.

Eu não tive muito tempo para prestar atenção na luta deles, porque logo em seguida um eu tive a

minha e esse strigoi eu conhecia bem. Era o Dean.

O Dean tinha me ajudado no tempo em que eu vim a primeira vez para a Rússia atrás do Dimitri,

ele tinha lutado junto comigo e nós havíamos matado muitos strigois.

Era irônico que agora eu estivesse lutando contra ele e ele fosse uma dessas coisas que ele tanto

odiava, e eu me sentia culpada por isso, na verdade ele só estava aqui por minha causa, porque tinha

ido me resgatar do Dimitri e agora eu estava pensando em mata-lo.

Fui para cima dele, levei um soco e cai de costas no chão, putz mais um hematoma para a minha

coleção, bom mais o que é um mais né?

Me coloquei de pé , ele lutava muito bem, era experiente e agora que era um strigoi era muito

rápido. Durante todo o tempo em que eu lutava com ele, eu pensava na Tamara. E como ela se

sentiria quando eu dissesse:

- Ei Tamara tudo bem? Há, e a proposito eu matei o seu namorado. É eu acho que ela não ia ficar

muito feliz.

- Dean, eu não quero lutar com você, eu disse tentando desviar dos golpes dele.

Mas o que eu recebi como resposta foi um soco direto no rosto. Bom ele nunca foi um cavalheiro,

mas ele já tinha sido mais educado.

- Dean,olha eu não quero ter que falar para a Tamara que você era um idiota e eu tive que te matar.

Na hora em que ele ouviu o nome da Tamara ele congelou, e um momento depois ele olhou para o

Dimitri. Saltei na frente dele.

- Ei amigo, onde você pensa que vai?

- Sai da minha frente Dhampir idiota, ele rosnou na minha direção. É ele realmente precisava de

aulas de boas maneiras.

- Olha Dean, não precisa ser assim...

Não tive mais tempo de terminar a frase,ele pulou em cima de mim e agora eu tinha que

escolher.Ou ele ou eu.

Um momento depois eu tive a abertura do peito dele. Eu não queria fazer isso, mais eu precisava.

- Eu sinto muito, eu murmurei e enfiei a estaca nele até que seus olhos ficaram vidrados e ele parou

de se mexer.

Parei e percebi que a outra luta também havia acabado, esperei ser atacada mais a única coisa que

chegou até mim foi um grito.

- Rose?Que...

Bom agora eu tinha uma outra luta pela frente, e pela forma que ele gritou comigo ele não estava no

seu dia mais feliz.

- Certo Rose, você veio aqui para isso. Respirei fundo e me virei para encarar Dimitri.

Capitulo 22 Rose.

Dimitri estava olhando com os punhos cerrados, ele desviava o olhar de mim para os corpos no

chão, lembrei da ultima vez que o tinha visto, foi no dia em que ele mordeu o Dean.

Definitivamente lembrar não foi uma boa ideia, me senti enjoada, não só pela lembrança do que o

Dimitri tinha feito, mas também pelo fato de que o corpo do Dean estava caído bem do meu lado.

Dei um passo para trás.

- O que que você está fazendo aqui Rose? Quando ele gritou senti como se tivesse levado um tapa

na cara.

- Eu vim te buscar, eu disse juntando toda minha coragem. Ele me olhou e começou a rir.

- O que? Me buscar?

- Dimitri só me ouve, e depois você pode fazer o que quiser, eu sei que eu não devia ter vindo aqui,

mas eu precisava conversar com você.

- É esse é realmente o estilo Rose de conversar. Ele disse apontando para os corpos no chão.

- Então tá,camarada o que eu deveria ter feito? Telefonado?

- Alô Dimitri, aqui é a Rose, lembra? Eu sei que você quer me matar, mas eu precisava falar com

você antes, e então tem como a gente tomar um café?

Ele ficou me encarando. E por um momento achei ter visto a boca dele se retorcer num sorriso,mas

logo depois ele ficou sério.

- Rose o que você quer?

- Eu quero que você venha comigo.

- E porque eu deveria ir com você em algum lugar?

- Dimitri, durante todo esse tempo eu lutei contra mim mesma dizendo que o certo a se fazer era te

matar, mas eu tentei e eu não consegui e não vou conseguir nunca.

- E?Ele levantou a sobrancelha.

- E, que talvez tenha uma forma das coisas voltarem a ser como eram antes, e a gente ainda possa

ficar junto.

- Você só precisa vir comigo. Eu quase não consegui terminar a frase, eu me sentia quebrada, e não

era por causa da luta.

- Rose, e o que te faz pensar que eu quero que as coisas voltem a ser como eram antes?

Eu já deveria estar preparada para isso, mas não estava,lagrimas começaram a cair, eu sentia

vontade de vomitar,e minhas pernas estavam fracas.

Eu tinha me preparado para varias possibilidades,morrer,matar, mas eu não me preparado para essa.

Lógico ele era um strigoi e teoricamente, strigois não tem sentimentos, mas no fundo eu sempre

quis acreditar que ele ainda sentia alguma coisa por mim, e que agarraria a primeira oportunidade

de ficarmos juntos. E agora eu vi que estava errada.

Não percebi que tinha caído de joelho,até que Dimitri me pegou no colo e começou a andar comigo

em direção ao portão.

- Espera, onde você está me levando? Me coloca no chão,eu disse gritando,e batendo nele em um

ataque histérico.

- Shhh, eu vou te tirar daqui.

Capitulo 23 Rose.

Ele me levou até uma casa abandonada que ficava na rua de cima. Quando ele me colocou no chão

tateei o meu casaco para ver se as minhas estacas ainda estavam ali.

- Dimitri...Eu começei a falar mas ele levantou a mão como quem não queria ouvir nada. Depois de

um tempo ele parou na minha frente.

- O que você pensa que está fazendo?

- Dimitri, desde que você foi transformado, eu tenho tentado arrumar um forma de te trazer de

volta...Ele fez um sinal com o mão para mim continuar.

- E agora eu consegui. Eu contei para ele o que eu havia descoberto e o que eu estava pensando em

fazer.

- E ai você veio aqui para me buscar? E nem sequer passou pela sua cabeça que eu poderia não

querer voltar?

- Não. Eu falei sinceramente.

- Rose, eu achei que você já tinha se acostumado com a ideia de que eu já não sinto a mesma coisa

por você. Essa doeu.

- Dimitri,quando eu voltei a falar já estava gritando. Eu passei meses tentando achar uma resposta,

quase morri diversas vezes, você quase me matou um monte delas, e o que você tem para me falar

é isso? Nem um muito obrigado Rose?

- Rose, eu não pedi para você fazer isso. A voz dele era afiada.

- Você não me pediu, é verdade.

- Ok, eu desisto. Eu falei levantando a mão como se pedisse trégua.

- Você não me queria Dimitri?Então eu estou aqui. Em menos de dois segundos ele estava na minha

frente colocando o meu cabelo para o lado e sorrindo.

Durante um momento ele só me olhou. Ele me pressionou contra a parede. Abaixou e beijou o meu

pescoço.

- Não vai doer, eu prometo.

- Para. Espera! Ele levantou o olhar.

- Se eu te pedisse você faria uma coisa? Eu disse com uma voz fraca. Ele sorriu.

- Você usaria esse anel? Eu tirei o anel do bolso e estendi para ele.

- Eu tenho um igual, falei tentando parecer sem importância. E eu queria que você...

Sem dizer nenhuma palavra ele estendeu a mão para mim, e eu coloquei o anel no seu dedo.

Dimitri, deu um passo para trás e me olhou como se estivesse assustado.

- Dimitri?

- Rose, o que foi isso?Eu notei uma diferença na voz dele.

- Eu não sei, eu falei tentando parecer verdade.

- Rose, você precisar ir embora. Eu ai falar mas ele me parou.

- Se você não sair agora, eu vou acabar te machucando.

- Eu quero correr esse risco, eu disse me aproximando.

- Dimitri você confia em mim? Ele só me olhou.

- Ok, eu preciso de um minuto.

- Desde que seja longe daqui, tudo bem.

- Mas e se você...

- Rose me tranca e sai-daqui-agora. Eu fiz o que ele me pediu, fechei a porta e sai. Tirei meu celular

do bolso,e disquei o número da Lissa, falei para ela aonde nós estávamos e disse que precisava que

o Arthur viesse nos buscar.

Esperei Arthur chegar do lado de fora durante quase meia hora, estava frio eu não podia deixar de

me perguntar como o Dimitri estaria agora.

Arthur trouxe Mark junto com ele, ainda bem que a Tamara não veio junto. Eu acho que não ia

conseguir olhar para ela agora.

Eles vieram preparados como se fosse um esquadrão de resgate, eles trouxeram algemas cordas e

etc...

- Rose, onde ele está?Mark me perguntou saltando do carro.

- Ele está trancado lá dentro, mas não acho que seja uma boa ideia vocês entrarem comigo,

principalmente com essas coisas, eu disse apontando para mão deles.

- Ok, você entra lá e se precisar grita. Eu assenti e fui buscar o Dimitri.

Entrei na casa abri a porta e gritei.

Capitulo 24 Rose.

Arthur e Mark entraram correndo, Dimitri já estava em cima de mim.

Quando eu abri a porta ele saltou em cima de mim, mas não fez nada alem de segurar o meu corpo

no chão. Dimitri olhou para eles e rosnou. Imediatamente eles ficaram e posição de luta.

- Dimitri? Eu sussurrei e olhei para Mark e Arthur que estavam parados me olhando sem saber o

que fazer. Quando Dimitri me olhou, eu enrrosquei as minhas pernas nas dele e girei para ficar por

cima, com um movimento rápido tirei a minha estaca do casaco e encostei no pescoço dele.

Imediatamente ele parou de lutar.

Arthur e Mark correram de onde estavam e em um segundo Arthur já estava me ajudando a segurar

o Dimitri e Mark o estava amarrando. Em nenhum momento Dimitri tentou me atacar.

- Vai o que vocês estão esperando, me ajuda a colocar ele no carro, eu disse me levantando de cima

dele. Eles o pegaram e começaram a levar ele para o carro.

Arthur foi dirigindo o carro e eu e Mark sentamos no banco de trás junto com Dimitri, um de cada

lado. Todo o tempo Dimitri rosnava e no começo ele tentou lutar para se soltar, mas percebeu que o

esforço era em vão.

- Funcionou, eu olhei do anel que estava na mão do Dimitri para o Mark, ele sorriu. Claramente

havia funcionado, mas ele ainda tinha os instintos de strigoi, se ele não tivesse colocado esse anel

teria sido praticamente impossível trazer ele. Ficamos o resto da viagem sem trocar nenhuma

palavra.

- Rose, vamos leva-lo direto para o quarto e prende-lo, Mark falou saltando do carro,Lissa e Oksana

já estão nos esperando, e assim que você estiver pronta nós começaremos. Eu assenti.

Eu sentia a minha garganta se fechar, é meio dificil você decidir a que horas você vai estar pronta

para morrer, eu confiava na Lissa, mas nenhum de nós tinha certeza se iria funcionar.

Quando nós entramos na casa segurando Dimitri pelo braço, o que não foi facil, porque mesmo ele

estando amarrado ele ainda era muito forte.Tamara veio na nossa direção.

- Seu desgraçado. Ela tentou avançar no Dimitri, Arthur a segurou pela cintura mais ela gritava e

chorava ao mesmo tempo dizendo que ia matar ele. Bom logo mais eu estaria na lista negra dela

também.

- Segura ela, o Mark ladrava ordens para o Arthur. Levamos o Dimitri para o quarto eu ajudei o

Mark a acorrenta-lo na cama, ele tentou lutar,mas eram dois contra um strigoi amarrado. Lissa veio

para o meu lado.

- Rose, você está bem?

- Uhum, eu estou legal,e você Liss?

- Estou bem. Essas correntes que o Mark colocou nele tem magia, isso vai deixa-lo mais tranquilo.

- Liss, você tem certeza que quer fazer isso?

- Sim, e você tem? Eu tinha certeza de que eu precisava dele de volta. Me lembrei de quando ele

disse que nós precisávamos ficar juntos. A ultima vez tinha sido na ponte.

- Porque nós precisamos ficar juntos,ele falou se aproximando de mim.

- Porque? eu perguntei suavemente

- Porque eu quero você.

- Resposta errada...Eu balançei a cabeça para afastar a imagem daquele dia.

- Rose, você está bem?Lissa pegou no meu braço. Eu só assenti.

Eu me aproximei da cama o encarei por um momento e então o chamei.

- Dimitri?Quando eu falei o nome dele ele me olhou, cheio de fúria.

- Nós já vamos começar, eu disse abaixando a cabeça. E eu quero saber se você está bem?

- Isso não va dar certo Rose, ele falou quase cuspindo as palavras.

- Dimitri, você se lembra de quando falou que nós precisávamos ficar juntos?Então, essa é a única

forma, e eu quero tentar eu falei com os olhos cheios de lágrimas. Ele me olhou por um momento.

Encarei ele por uma batida de coração me dando tempo para conseguir falar,agora nada no mundo

era mais importante do que ter ele de volta, eu me virei para Lissa.

- Eu estou pronta.

Capitulo 25

Rose.

Mark, tirou Arthur e a Tamara da casa, Lissa veio para o meu lado na cama.

- Eu não vou deixar que nada te aconteça, Rose, eu prometo. Eu olhei para o Dimitri.

- Eu sei, eu também vou fazer o possível por ele, prometo. Eu assenti.

- Obrigada, Liss.

- Rose na hora que você estiver pronta, nós estamos. Eu dei um sinal de que tinha entendido para

Oksana e puxei o anel. Pouco tempo depois eu apaguei.

Eu estava em um lugar escuro, dava para ouvir muitos gritos, o lugar cheirava mal, e eu estava nua.

Coisas agarravam os meus pés e eu tentei me mover sem ser derrubada. Começei a correr, mais

parecia que eu estava correndo em círculos.

- Calma, Rose, você precisa se concentrar. Mas a única coisa que eu conseguia ver era o escuro.

Então eu pensei em quando Dimitri me encontrou aqui. Ele me disse que era hora de voltar, talvez

porque ainda não tivesse chegado a minha hora. Mas e se minha hora tivesse chegado agora?

Entrei em desespero, minhas pernas começaram a tremer, eu começei a ouvir barulhos atrás de

mim, e começei a correr mais rápido, quanto mais eu corria mais parecia ter alguém se

aproximando, tropeçei em alguma coisa, não, coisa não alguém.

Quanto eu cai, me virei tentando para tentar me proteger do que estava atrás de mim. Eu não podia

acreditar no que eu estava vendo.

- Mason? Ele estava da mesma forma que eu me lembrava, só que era translucido, ele não me

atacou, ao invés disso ele apontou para um outro lado, como se estivesse me mostrando alguma

coisa. Euu puxei o braço da mão que estava me segurando levantei e começei a correr em direção

onde Mason tinha me indicado.

- Dimitri? Eu já estava perdendo as forças.

- Dimitri, por favor...Eu parei de correr e cai, algumas mãos começaram a me puxar. Ouvi alguém

falar no meu ouvido.

- Rose.

- Dimitri? Eu só podia ouvir, mas não consegui ver nada.

- Rose, você precisar vir, vem aqui. Eu tentei seguir a direção da voz.

- Dimitri, fala comigo. Ele continuou falando comigo, mas eu ouvia a voz dele cada vez mais baixa,

fui tentando seguir a mesma direção e quando eu cheguei em um lugar onde eu pude ver ele, ele

estava nu assim como eu e sorrindo.

- Muito bem, agora vem aqui minha Roza, ele disse estendendo a mão. Fui de encontro a ele.

- Dimitri, você precisa voltar comigo.

- Eu vou, ele disse pegando a minha mão. Eu senti uma onda de paz me invadindo e percebi que o

Dimitri começou a ficar tão translucido como estava o Mason. Eu achava que essa era a sensação de

estar sendo curada. Sorri para ele, e então alguma coisa me pegou pelo pescoço, me sufocando.

- Rose, ele gritou estendendo a mão, alguma coisa me atirou no chão, todo o tempo eu fiquei com

os olhos em Dimitri e aos poucos ele foi sumindo junto com a sua voz.

Tentei lutar para sair das sombras, consegui chegar até onde Dimitri estava quando tinha sumido, e

não tinha mais nada me agarrando, mas eu percebi que estava bem machucada. Dimitri já não

estava mais ali. Ele tinha voltado, e tinha conseguido. Desde o começou eu sabia do risco e estava

disposta a correr esse risco por ele, mesmo que eu tivesse que ficar aqui no lugar dele.

Agora eu tinha conseguido levar o meu guardião de volta a vida. Tinha valido a pena passar por

tudo que eu passei. E com a sensação de missão cumprida deixei de lutar e me entreguei.