Upload
marcela-porto
View
154
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
5/17/2018 Cap tulo 10 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/capitulo-10-55b07e8b64d65 1/8
Capítulo 10 – Demanda Agregada I: Construindo o Modelo IS-LM
O modelo tem como objetivo mostrar aquilo que determina a renda nacional, para qualquer
nível de preços estabelecidos. Podemos considerar que o modelo IS-LM mostra aquilo que faz
com que a renda se modifique no curto prazo, quando o nível de preços é fixo, uma vez que
todos os preços estão rígidos. Ou, podemos considerar que o modelo mostra aquilo que fazcom que a curva de demanda agregada se desloque.
Mudanças na demanda agregada:
Para um determinado nível de
preços, a renda nacional oscila em
decorrência dos deslocamentos na
curva de demanda agregada. O
modelo IS-LM considera o nível de
preços preestabelecidos, e mostra
aquele que faz com que a renda se
modifique. O modelo, portanto,
mostra aquilo que faz com que a
demanda agregada e desloquei.
10-1. O mercado de Bens e a Curva IS:
A curva IS representa graficamente a relação entre a taxa de juros e o nível de renda
que surge no mercado de bens e serviços. Usa-se o modelo da cruz keynesiana para
desenvolver essa relação.
Cruz Keynesiana: Há uma distinção entre dois tipos de gastos das famílias, empresas e governo
em bens e serviços.
Gasto efetivo: considera o consumo gasto do governo e investimentos voluntários e
involuntários.
Gasto planejado: oportunidade de bens que as famílias, empresas e governo estão
dispostos e gostariam de gastar na compra de bens e serviços.
EMPRESAS
Investimentos Investimento planejado + Investimento não planejado
das empresas
voluntário, intencional involuntário ou não pretendido
em bens de capital e em estoque
estoque
Devido a erros de previsões
das empresas para as vendas
5/17/2018 Cap tulo 10 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/capitulo-10-55b07e8b64d65 2/8
Então vemos que o gasto efetivo difere do gasto planejado devido a variação não prevista e
não desejada no nível de estoque.
Gasto ou demanda efetiva: Y = C + I + G = C + Iv + Ii + G
Gasto planejado: E = C + I + G = C + Iv+ G
Combinando temos :
Essa equação mostra que o gasto planejado é uma função da renda, Y, do nível de
investimento, I, e das variáveis da política fiscal, G e T.
Gasto planejado como uma função
de renda: o gasto planejado
depende da renda, uma vez que a
renda mais alta acarreta um maior
consumo, que faz parte do gasto
planejado. A inclinação da função do
gasto planejado é a propensão
marginal a consumir, PMgC.
A economia vai estar em equilíbrio quando o GASTO EFETIVO = GASTO PLANEJADO ( Y=E ).Esse pressuposto é baseado na idéia de que, quando os planos das pessoas se realizam, elas
não têm nenhuma razão para mudar aquilo que estão fazendo.
Nesse modelo de economia, os
estoques têm um grande papel
nos ajustes para o equilíbrio.
Sempre que uma economia não
está em equilíbrio, as empresas
passam por mudanças não-
planejadas em termos de
estoques, e isso induz essas
empresas. As mudanças na
produção, por sua vez, influenciam
a renda total e o gasto total,
conduzindo a economia na direção
do equilíbrio.
5/17/2018 Cap tulo 10 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/capitulo-10-55b07e8b64d65 3/8
Se as empresas estiverem
produzindo no nível Y1,
então o gasto planejado, E1,
fica aquém da produção, e as
empresas acumulam
estoques. Essa acumulação
de estoques induz as
empresas a diminuírem a
produção. De modo
semelhante, se as empresas
estão produzindo no nível
Y2, então o gasto planejado,
E2, excede a produção, e as
empresas esgotam seus
estoques. Essa queda nos estoques induz as empresas a aumentarem a produção. Em ambosos casos, as decisões das empresas conduzem as empresas em direção ao equilíbrio.
Política Fiscal e o Multiplicador: Compras do Governo
Mudanças nas compras do governo afetam a economia, uma vez que elas são um dos
componentes da despesa. Um maior volume de compras do governo resulta em um maior
gasto planejado, para qualquer nível de renda especificado.
Um aumento nas compras do
governo, correspondente a
G, aumenta, no mesmo
montante, o gasto planejado
para qualquer nível de renda
predeterminado. O equilíbrio
se desloca do ponto A para o
ponto B, e a renda cresce deY1 para Y2. Observe que o
aumento na renda,
correspondente a Y, supera o
aumento nas compras do
governo, G. Por conseguinte,
a política fiscal tem um efeito multiplicador sobre a renda.
Como é mostrado no gráfico, um aumento nas compras do governo gera um aumento ainda
maior na renda, assim o é maior que a G.
5/17/2018 Cap tulo 10 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/capitulo-10-55b07e8b64d65 4/8
A proporção ⁄ é chamada de multiplicador das compras do governo nos informa o
montante em que a renda aumenta em resposta a um aumento de determinado valor nas
compras do governo.
Quando o gasto do governo aumenta, faz com que a renda também aumente em . Esse
aumento na renda, também faz crescer o consumo em PMgC X , em que PMgC é a
propensão marginal a consumir. Esse processo irá acontecer continuamente, que gerara o
efeito total sobre a renda:
= ( 1 + PMgC + PMgC² + PMgC³ + ... ) x
Gerando o multiplicador de gastos:
⁄ = 1/ (1- PMgC)
Política Fiscal e o Multiplicador: Impostos
Uma redução nos
impostos, equivalente a
, faz crescer o gasto
planejado em PMgC x
para qualquer nível
determinado de renda. O
equilíbrio se move do
ponto A para o ponto B, e
a renda cresce de Y1 para
Y2. Novamente, a política
fiscal exerce um efeito
multiplicador sobre a
renda.
O multiplicador gerado por impostos é o montante em que a renda se modifica em resposta a
uma mudança de determinado valor nos impostos. (o sinal negativo indica que a renda semovimenta na direção oposta dos impostos)
/ = -PMgC / (1- PMgC)
5/17/2018 Cap tulo 10 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/capitulo-10-55b07e8b64d65 5/8
A taxa de Juros, o Investimento e a Curva IS
O panel (a) mostra a função do investimento: um aumento na taxa de juros, de r1 para r2,
reduz o investimento planejado, de I(r1) para I(r2). O painel (b) mostra a cruz keynesiana: uma
redução no investimento planejado, de I(r1) para I(r2), desloca para baixo a função do gasto
planejado, e, com isso, reduz a renda, de Y1 para Y2. O painel (c) mostra a curva IS,
sintetizando essa relação entre a taxa de juros e a renda: quanto mais alta a taxa de juros,
menor o nível de renda.
Como a Política Fiscal Desloca a Curva IS
5/17/2018 Cap tulo 10 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/capitulo-10-55b07e8b64d65 6/8
Um aumento nas compras do governo desloca a curva IS para fora. O painel (a) mostra que um
aumento nas compras do governo faz crescer o gasto planejado. Para qualquer taxa de juros
determinada, o deslocamento para cima no gasto planejado, corresponde a , acarreta um
aumento de renda, Y, de /(1- PMgC). Portanto, no painel (b), a curva IS se desloca para a
direita nesse mesmo montante.
Em resumo, a curva IS apresenta as combinações entre a taxa de juros e o nível de renda que
são condizentes com o equilíbrio no mercado de bens e serviços. A curva IS é desenhada para
uma determinada política fiscal. Mudanças na política fiscal que fazem crescer a demanda por
bens e serviços deslocam a curva IS para a direita. Mudanças na política fiscal que reduzem a
demanda por bens e serviços deslocam a curva IS para a esquerda.
10- 2. O mercado monetário e a curva LM:
A curva LM representa graficamente a relação entre a taxa de juros e o nível de renda que
ocorre no mercado por encaixes monetários.
A teoria da preferência pela liquidez
Em teoria é a base para a construção da curva LM, assim como a cruz keynesiana é a base para
a obtenção da curva IS.
Segundo a teoria, a oferta e demanda do ativo mais líquido da economia (moeda) determina a
taxa de juros. Temos:
Oferta de encaixes monetários reais:
, onde M é oferta monetária e P nível de preço
Em que: = (M/P), a oferta de encaixes reais é fixa, sendo uma variável exógena.
M: exógeno, fixado pelo BC
P: exógeno, fixo no curto prazo
Como a oferta de encaixes reais é fixa, então ela não depende da taxa de juros, sendo
representado por uma reta vertical no gráfico (r,M/P):
5/17/2018 Cap tulo 10 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/capitulo-10-55b07e8b64d65 7/8
Demanda de encaixes nominais
Quanto maior a taxa de juros maior o custo de se manter moeda em mãos. Logo, menor será a
demanda por encaixes monetários reais.
= L(), a demanda por encaixes monetários reais é negativamente relacionadacom a taxa de juros. Como uma taxa de juros maior reduz a demanda por encaixes, então a
representação gráfica entre r e
será:
A oferta e a demanda por encaixes
monetários reais determinam a taxa de
juros. A curva da oferta de encaixes
monetários reais é vertical, uma vez que
a oferta não depende da taxa de juros.
A curva da demanda apresentainclinação descendente (negativa), uma
vez que uma taxa de juros mais alta faz
crescer o custo de reter moeda e, por
conseguinte, diminui a quantidade
demandada. Na taxa de juros de
equilíbrio, a quantidade de encaixes
monetários reais demandada é igual à quantidade ofertada.
Uma redução na oferta monetária na teoria da preferência pela liquidez
Se o nível de preços é constante,
uma redução na oferta monetária,
de M1 para M2, reduz a oferta de
encaixes monetários real. A taxa
de juros de equilíbrio, por
conseguinte, cresce, de r1 para r2.
5/17/2018 Cap tulo 10 - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/capitulo-10-55b07e8b64d65 8/8