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Capítulo 6: Nightmare Reaparece! Parte 1 Você parece estar em algum problema ne, Shidou-san, você gostaria, de negociar comigo? Vinha de um quarto escuro no edifício abandonado. A garota que apareceu das escuras sombras, falou enquanto sorria de um modo estranho. O quê…? A visão em sua frente, causou a Shidou ficar em choque e surpreso, até o ponto onde nem poderia gritar, onde apenas poderia assistir. Era uma garota, tão bonita, que levava as pessoas a tremer em medo. Então novamente, usar tal frase, “tremendo de medo”… que afinal não descrevia beleza, para descrever a garota em sua frente, a razão para isso pode ser compreendida pelas palavras que ela disse. O que estava em seu rosto sorridente não era um rosto de bondade ou alegria, um rosto de um predador, um que causava as pessoas ter arrepios como o resultado do nervosismo. Negros, cabelo desigual em ambos os lados, balançando enquanto acompanhava uma risadinha, com um vestido vermelho sangue envolto em seu frágil corpo. Portanto, o que fazia essa garota única eram seus olhos. Em seu rosto havia um par de olhos com coloração diferente. Se alguém olhasse de perto, poderia ver seu olho esquerdo mostrando um relógio, com os ponteiros movendo-se de modo regular. Tokisaki… Kurumi…!? Shidou apenas conseguiu espremer o nome da garota em sua garganta. Kurumi. Ex-colega de classe de Shidou o pior Espírito que matava por vontade própria. Quando Kurumi ouviu Shidou, as sobrancelhas se contraíram ligeiramente enquanto relaxava os ombros. Ara, será que confundi as coisas. Vi uma abdução espiritual de Yoshino-san e das irmãs Yamai, Tohka-san capturada pelas Indústrias DEM… e sua expressão impotente. O qShidou começou a ficar tenso. —— Era exatamente como Kurumi disse. Há poucas horas, Shidou estava na Praça Tenguu onde o Festival Tennou ocorria, contra o Espírito que controla a música e o som Izayoi Miku. Portanto, Yoshino, Kaguya, Yuzuru e o público foram controlados por Miku, como resultado de seu 1

Capítulo 6: Nightmare Reaparece! Parte 1 · — Tenho um motivo para mentir agora? ... havia razões para ela, que tinha dito sobre ele viver, ... simplesmente procuro,

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Capítulo 6: Nightmare Reaparece!Parte 1

— Você parece estar em algum problema — ne, Shidou-san, você gostaria, de negociar comigo?

Vinha de um quarto escuro no edifício abandonado.

A garota que apareceu das escuras sombras, falou enquanto sorria de um modo estranho.

— O quê…?

A visão em sua frente, causou a Shidou ficar em choque e surpreso, até o ponto onde nem poderiagritar, onde apenas poderia assistir. Era uma garota, tão bonita, que levava as pessoas a tremer emmedo.

Então novamente, usar tal frase, “tremendo de medo”… que afinal não descrevia beleza, paradescrever a garota em sua frente, a razão para isso pode ser compreendida pelas palavras que eladisse. O que estava em seu rosto sorridente não era um rosto de bondade ou alegria, um rosto deum predador, um que causava as pessoas ter arrepios como o resultado do nervosismo.

Negros, cabelo desigual em ambos os lados, balançando enquanto acompanhava uma risadinha,com um vestido vermelho sangue envolto em seu frágil corpo. Portanto, o que fazia essa garotaúnica eram seus olhos. Em seu rosto havia um par de olhos com coloração diferente. Se alguémolhasse de perto, poderia ver seu olho esquerdo mostrando um relógio, com os ponteirosmovendo-se de modo regular.

— Tokisaki… Kurumi…!?

Shidou apenas conseguiu espremer o nome da garota em sua garganta. Kurumi. Ex-colega declasse de Shidou — o pior Espírito que matava por vontade própria.

Quando Kurumi ouviu Shidou, as sobrancelhas se contraíram ligeiramente enquanto relaxava osombros.

— Ara, será que confundi as coisas. — Vi uma abdução espiritual de Yoshino-san e das irmãsYamai, Tohka-san capturada pelas Indústrias DEM… e sua expressão impotente.

— O q—

Shidou começou a ficar tenso.

—— Era exatamente como Kurumi disse.

Há poucas horas, Shidou estava na Praça Tenguu onde o Festival Tennou ocorria, contra o Espíritoque controla a música e o som — Izayoi Miku.

Portanto, Yoshino, Kaguya, Yuzuru e o público foram controlados por Miku, como resultado de seu

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Anjo <Gabriel>.

Além disso, Kotori, que tinha ouvido a “música” pelo alto-falante, também havia se tornado uminimigo… junto do aparecimento repentino de Ellen, uma Wizard das Indústrias DEM, que tinhasequestrado Tohka.

Shidou, que mal tinha escapado com vida, tinha conseguido se esconder com sucesso em umprédio abandonado longe das ruas, mas ele não podia fazer nada além de bater no chãofracamente com os punhos.

De fato, ela estava correta. Não, era por causa disso, que ele não conseguia compreender o que elaqueria dizer.

— … Por que você sabe disso tudo?

— Ufufu, por favor, não faça essas perguntas chatas. Contanto que se diz respeito ao Shidou-san,isso não quer dizer que tenho o direito de saber?

Quando ela disse, Kurumi revelou um belo sorriso. Por alguma razão, a sombra aos pés de Kurumise moveram ao mesmo tempo, como se alguém pudesse ouvir uma risada do outro lado dasombra.

— …

Shidou engolia a saliva enquanto ele recontava os eventos de vários meses atrás. Na verdade,Kurumi possuía muitos “olhos” e “ouvidos”. Tendo algumas “Kurumis” em meio da multidão nãoera surpreendente.

Para Kurumi, ela sabia disso agora, não há mais nada que pudesse proteger Shidou. Não háninguém para salvar Shidou: qualquer pessoa que impedisse Kurumi de comê-lo estavam todosausentes.

— Ku…

Shidou encolheu seu corpo, retirando uma perna no processo. Como se parecesse muito feliz coma visão de um Shidou impotente, Kurumi torceu os lábios.

— Fufu, por favor, acalme-se. — Pelo menos, agora, não tenho nenhum plano com Shidou-san.

— O quê…?

Shidou franziu a testa ao ouvir as palavras de Kurumi.

— O que você quer dizer? Você não pretende me “comer”?

— Mm, não discordo— Mas, como já mencionei. Agora, desejo negociar com Shidou-san.

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— Você realmente quer que eu acredite no que você diz?

— Tenho um motivo para mentir agora?

— Uu…

Shidou foi silenciado por suas palavras.

De fato, enquanto Kurumi desejava, matar ou comer Shidou não seria um problema para ela. Nãohavia razões para ela, que tinha dito sobre ele viver, mentir agora. Portanto, quando aquela garotaapareceu em sua frente, esse era um dos planos onde assistia uma expressão de paz setransformar em horror; havia também a possibilidade de que Kurumi tinha orquestrado tudo isso.

Enquanto Shidou pensava desesperadamente, mantendo-se em guarda, ele olhou para ela eperguntou:

— E o que você quer negociar comigo?

— Mm— será sobre o que acontecerá depois.

— Depois?

Como Kurumi ouvia as palavras de choque de Shidou, ela ritmicamente pisava no chão enquantose aproximava de Shidou.

Então, quando ela estava perto de Shidou, ela colocou seus lábios ao lado de sua orelha esussurrou:

— Ne, Shidou-san. Você não estava indo ajudar Tohka-san?

— O quê…?

Quando Shidou ouviu Kurumi, ele não pode deixar de escapar uma voz chocada.

— O quê… você quer dizer.

— Exatamente o isso quer dizer. Shidou-san, você não estava indo resgatar Tohka-san dasIndústrias DEM?

— Is-isso não é óbvio…! Essa não é a organização que mata Espíritos? Como eu poderia deixarTohka nas garras dessas pessoas!

— Ehehe, bem dito, bem dito. Agora esse é o nosso Shidou-san.

Kurumi ria muito mais alegre. Portanto, Shidou franziu a testa, devido a um mal-estardesconhecido.

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— Mas, por que… você quer saber sobre essas coisas?

— Ehehe, hehe…

Como Kurumi mantinha o sorriso estranho no rosto, ela estendeu a língua para lamber a orelha deShidou.

— …nngh.

— Então você quer salvar Tohka-san… mas não importa como você irá salvá-la, isso é impossívelapenas para Shidou-san, não é? Afinal de contas, você nem sequer sabe para onde Tohka foilevada. E mesmo se você encontre a localização, você tem que se preparar contra a DEM, queestão focados em capturar os Espíritos. Além disso, você conhece a Wizard que capturou Tohka-san, não? Ela é uma mulher problemática. Um oponente que é sem igual para a humanidade.

— Tsk! Você não precisa me dizer! Mas, por causa disso, eu—

— Eh, eh. Como esperado de Shidou-san dizer algo assim. Entretanto, esse é um ato para um tolocorajoso. Você não será capaz de realizar qualquer coisa com apenas suas emoções. Se Shidou-sanfor sozinho, ele definitivamente será morto ou capturado.

— Ku… o que é exatamente o que você está tentando dizer.

— Ufufu… você não entende? Eu já disse— Estou te ajudando.

— O qu…!?

Shidou arregalou os olhos ao ouvir essas palavras inacreditáveis que vieram de Kurumi.

— Ajudar…? Kurumi? Eu?

— Mm. Estou indo ajudá-lo a resgatar Tohka-san.

Quando Kurumi disse isso, ela sorriu novamente.

Incapaz de compreender os motivos de Kurumi, Shidou segurou a testa com as mãos, a fim deacalmar seu estado mental confuso.

Kurumi é um Espírito— consequentemente, possuindo um Anjo de força incomparável. De fato, sesua ajuda fosse obtida, então haveria alguma esperança nesse objetivo quase impossível de salvarTohka.

Mesmo que ele entendesse isso, Shidou não levantaria suas mãos e comemoraria em alívio.

— … quais são suas intenções?

— Minhas intenções… simplesmente procuro, ajudar Shidou-san.

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Considerando que Shidou nunca confiaria nela, Kurumi decidiu não dividir suas palavras.

— Você…

— Ara ara ara.

Ouvindo as palavras de Shidou com olhos semiabertos, Kurumi intencionalmente colocou as mãosem seus olhos, agindo como se ela estivesse chorando.

— Isso é triste. Após tudo, apenas estou fazendo isso pelo interesse de Shidou-san.

— …

— Desconfiança. Hm, isso não pode ser tirado também.

Como Shidou continuou a olhar para Kurumi desconfiadamente, ele encolheu os ombros, como seestivesse cansado das ações dela.

— Sinceramente falando, tenho minhas próprias razões para procurar pelas Indústrias DEM. Comorecompensa por ajudar, também gostaria de usar Shidou-san como isca. Isso é dar e receber.

— Razões…?

— Mm. Eu desejo encontrar alguém.

— Alguém? Quem poderia ser?

— Isso é um segredo.

Kurumi colocou um dedo sobre os lábios e piscou para Shidou. Em troca, Shidou lançou um olharsuspeito para ela.

— Por favor, relaxe. Eu não estou mentindo— claro, também não estou o forçando a acreditar noque digo.

— Uu…

Ouvindo isso agora, Shidou infeliz fechou a boca.

Sinceramente falando, ainda era impossível confiar plenamente em Kurumi.

Portanto, a existência dela era de fato a última chance restante de Shidou.

Era uma questão de saber se o medicamento dentro da garrafa era um veneno mortal ou umantídoto. Se uma decisão não fosse alcançada— se nada fosse feito, alguém cairia pela doença.

Portanto… apesar do risco, Shidou não tinha escolha senão aceitar.

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Mesmo se fosse veneno, a fim de salvar Tohka, ele aceitou.

— … Eu entendo. Eu confio em você. Por favor, ajude-me, Kurumi…!

Shidou disse isso enquanto cerrava os punhos. Kurumi elegantemente levantou a borda de seuvestido e fez uma reverência.

— Mm— será o meu prazer.

Kurumi fez uma ação lunática, que se assemelhava a de uma garota rica e mimada se curvando,quando ela riu.

Após, quando ela largou seu vestido, ela girou e ritmicamente se aproximou de Shidou.

— Então, então, vamos agir. Não temos tanto tempo livre para desperdiçar. Vamos nos apressar,para que possamos resolver isso, antes que seja tarde demais.

— Sim, o que posso fazer? O que tenho de sacrificar para poder salvar Tohka?

Enquanto escutava as palavras de Shidou, Kurumi ria ainda mais descontroladamente.

— Aha, aha, incrível, Tohka-san. Ela é capaz de capturar tanto assim o coração de Shidou. Ufufu,isso deixa as pessoas ciumentas.

— Não brinque comigo.

— Isso não é brincadeira— embora, infelizmente, isso ainda não é possível. Agora, ‘nós’ estamosconfirmando a localização de Tohka-san. Você pode esperar um pouquinho mais?

— Você certamente estava preparada para isso.

— Ufufu. Porque, não há modos que Shidou-san rejeitaria o meu pedido.

— Ku…

Shidou revelou uma face infeliz naquele momento, como se tivesse sido enganado. Vendo isso,Kurumi ficou mais alegre.

— M-mas, não temos nada para fazer nesse caso, não é?

— Não é assim. Antes de resgatar Tohka, ainda temos que lidar com outro problema, não é?

Kurumi falou, como se tivesse a intenção de interromper as palavras de Shidou.

Imediatamente, Shidou percebeu aonde Kurumi queria chegar. Ele suspirou profundamente, edisse aquele nome.

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— Miku… é isso?

— Mm. Aquela garota que se especializa em cantar, de fato é esse nome.

Isso mesmo. Agora, a razão para Shidou estar escondido nesse edifício abandonado longe das ruas.Era devido ao Espírito: Izayoi Miku.

Miku usava sua música e voz para controlar as pessoas, usando sua vantagem aterrorizante paraaumentar a área de controle, com todos indo procurar Shidou. Isso era mais provável— para punirShidou, que havia traído sua confiança.

Vendo Shidou recontar tão atentamente, Kurumi riu, como se pensasse em algo.

— … O que é isso?

— Ah, é apenas, estava pensando sobre o que aconteceu hoje no palco. Ufufu, que conveniente,Shidou-san. Ou devo dizer, Shiori-san?

— …ugu.

Shidou franziu a testa e moveu seu campo de visão para longe.

A fim de conquistar Miku, que odiava homens, se travestir sob o desespero, tudo isso, havia sidovisto por Kurumi.

— Mesmo assim, independentemente, Miku está desesperadamente tentando capturar Shidou-san. E milhares de pessoas, bem como três Espíritos, se juntaram a ela… correto?

— … sim, está correto.

— Mm, nesse caso vamos tentar resolver esse problema. Ela está atualmente aumentando a áreade seu suporte e se ela continuar, isso poderá ficar no nosso caminho de resgatar Tohka. SeShidou-san foi capturado por ela, também será preocupante para mim.

— Resolver… isso não é fácil de se dizer.

— Na verdade, isso realmente não é uma questão difícil. Se estivéssemos olhando para isso, elanão é alguém adequada para uma batalha longa.

— Mesmo assim, Miku tem um Anjo que pode controlar pessoas pelo ‘som’.

— Isso não é um problema. Não sou tão ingênua a ponto de ser seduzida por tal performance. Seestivesse plenamente para falar sobre o assunto, eu seria capaz de matá-la elegantemente, não?

Como se dissesse em tom de brincadeira, Kurumi estendeu seu dedo indicador e polegar, e fez um“PA!” semelhante ao disparar de uma arma. Shidou rapidamente balançou a cabeça.

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— Não, não podemos fazer isso.

— Ufufu, eu estava brincando. Entendo que o tipo de Shidou-san não gostaria de recorrer a taismeios para resolver essa questão. — Porque Shidou-san é louco o suficiente para querer salvaruma pessoa como eu.

Quando ela disse isso, Kurumi riu novamente. Mas por alguma razão, essa risada soou um poucodiferente daquela alegre de anteriormente.

Antes que Shidou apontasse isso, ela continuou.

— Mas, se não podemos matá-la, existem alguns pequenos problemas. Mesmo se não formoscapazes de convencê-la em curto prazo, pelo menos teremos de fazer um acordo com ela, ondeenquanto nós estivermos salvando Tohka-san, ela não nos interrompa de modo algum.

— Um… acordo?

Shidou murmurou em voz baixa. Na verdade, eles não podiam deixar o campo de vítimasaumentar, eles tinham que fazer algo sobre isso.

— Mas, como é que vamos negociar com ela?

De fato, o maior problema era a grande multidão. Havia uma parede humana de espessuradesconhecida protegendo Miku. Mesmo se aproximar dela seria difícil.

Percebendo o que Shidou estava pensando, Kurumi usou a mão para levantar o queixo de Shidou.

— Se pudéssemos deixar Miku-san e Shidou-san algum tempo a sós… o que acha?

— O quê? Se pudéssemos fazer isso…

Shidou imediatamente parou, e balançou a cabeça.

— Não, isso seria muito difícil. E você mesmo viu, ela não é boa para negociar, especialmentequando sou extremamente odiado por ela agora… e mais importante, esse Espírito, que possui acapacidade natural de manipular as pessoas com sua ‘voz’, ela tem inatamente diferentes valoresde humanidade em relação aos outros.

Ouvindo as palavras de Shidou, Kurumi contraiu as sobrancelhas.

— O que é, Kurumi?

— … isso, como isso é tão.

— O quê?

Seu queixo estava sendo segurado, Shidou estava tendo dificuldades em compreender as palavras

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de Kurumi. Assim, Kurumi abriu parcialmente os olhos e respondeu.

— Não posso expressar exatamente isso, mas sobre seus valores, é realmente natural?

— O que você quer dizer?

— Como eu disse, essa garota, ela é uma sensação estranha…

Então, Kurumi começou a cantarolar baixinho. Após alguns segundos, ela levantou a cabeça, comose pensasse em algo.

— Shidou-san. Você tem algum objeto de Miku-san?

— Objeto… de Miku? Por que você está falando sobre isso?

— Se minhas hipóteses estiverem corretas, nós podemos ser capazes de encontrar seu pontofraco.

— O que você disse…?

Shidou ergueu as sobrancelhas enquanto falava.

Isso não parecia ser uma mentira. Embora ele não sabia o que fazer, a ideia parecia plausível.Embora não foi fundamentada, sem quaisquer outros meios alternativos, eles teriam que secontentar com essa pista.

Mesmo assim, o inimigo é um Espírito. Esses itens não devem ser facilmente obtidos—

— … não, espere.

A bochecha de Shidou se contraiu quando ele tocou seu queixo.

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Parte 2

— Nn… uu…

Acompanhado de pequenos murmúrios, Tohka abriu os olhos, e bocejou.

— Uwaaah…

Era uma ação de costume, como sempre. Quando Tohka dormia, ela inconscientemente pensavano que ela faria a seguir. Primeiramente, ela precisava acordar. Em seguida, lavar o rosto. Seguidode comer seu café da manhã, vestir-se… sim, e ir para escola com Shidou.

O almoço de hoje também seria o almoço especial de Shidou. Qual seria o almoço? Isso a deixavaanimada apenas por pensar nisso.

— Umu… Nnnmu…

Embora ainda em um estado semiconsciente, quando ela estava prestes a levantar de sua cama.

Foi quando Tohka percebeu que não conseguia mover o corpo como desejado.

— Muu…?

Tentando esfregar os olhos para confirmar os arredores, ela percebeu que suas mãos tambémestavam imobilizadas.

Sentindo-se estranha, ela abaixou a cabeça, e percebeu que estava sentada em uma cadeirametálica— seus membros estavam algemados por fortes objetos semelhante a algemas. Houvetambém pequenos objetos em suas mãos, e algo como elétrodos em sua cabeça e pernas.

— O que é… isso…?

Olhando de perto, percebeu que ela não estava vestindo seu pijama. Sem saber quando ela tinhase trocado, ela estava vestindo o uniforme do Colégio Raizen.

Tohka virou o pescoço e olhou seus arredores.

Esse não era o quarto de Tohka, e nem a casa de Shidou, mas sim um local desconhecido. Era tãogrande como uma sala de aula do ensino médio. Portanto, havia apenas pisos e paredes vazias. E,na medida que ela podia ver, não havia portas ou janelas visíveis.

Era um quarto estranho. Para fazer uma comparação… era semelhante ao que foi mostrado natelevisão antes, uma prisão para conter os presos.

— Isso… onde é isso…?

Repetidamente piscando os olhos para despertar a si mesma, para continuamente se lembrar o

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que aconteceu.

Após um tempo, Tohka finalmente se lembrou do que aconteceu antes de perder a consciência.

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— É mesmo, eu estava no palco do Festival Tennou…!

Sim. Enquanto lutava com o Espírito Miku, que tinha convocado seu Anjo, como Yoshino e as irmãsYamai foram controladas, uma Wizard vestindo uma armadura branca apareceu— enquanto elaconseguiu fazer Shidou escapar, Tohka foi derrotada por ela e perdeu a consciência.

— Então isso significa, isso é…

Um barulho repentino a interrompeu quando ela estava no meio de sua fala, e Tohka levantou acabeça imediatamente.

Uma rachadura retangular havia crescido na parede que estava completamente vazia ummomento atrás, movendo-se horizontalmente como uma porta. Raios de luz apareceram noquarto escuro, permitindo que uma cena do lado de fora fosse vista.

Seguindo isso, uma pessoa caminhou para a sala por aquela porta.

Longos cabelos dourados penteados para cima, assim como uma pele branca. Em contraste aoterno preto que usava. Ellen Mathers. A Wizard que lutou contra Tohka naquele momento.

— Você—!

No momento em que ela reconheceu o rosto, Tohka contraiu seu corpo, preparando para atacarEllen. Portanto, as algemas metálicas que restringiam seus membros eram fortes demais, e não semoveram.

— Por favor, acalme-se, Tohka-san. Você não pode quebrar essa algemas com sua energia atual.

Ellen disse isso como se estivesse consolando Tohka. Mas sua calma atitude de fazer as coisas,apenas servia para provocar mais ainda Tohka.

— Que tipo de piada é essa! Você, o que você quer! Solte-me!

— Após soltar você, o que planeja fazer?

— Isso não é óbvio! Vou ajudar Shidou!

Tohka gritou. De fato. Por um longo tempo, Shidou estava sendo perseguido pelo exército depessoas de Miku.

Mas Ellen suspirou ligeiramente quando ouviu as palavras de Tohka.

— Shidou… você diz, Itsuka Shidou? Por favor, relaxe. Estamos atualmente procurando pelo seuparadeiro. Ele será trazido para cá dentro de poucos dias.

— O q…!

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— Além disso, as tropas que atacarão a Praça Tenguu estão a postas. Vamos lançar nosso ataqueao amanhecer, e capturar <Diva>, <Hermit> e <Berserk> todos de uma vez. Você será capaz de verseus amigos em breve.

— Você, sua vadia! O que você quer fazer com Shidou?

— Por favor, relaxe. Não pretendemos usar violência— Portanto, se você resistir, é possível queperca um membro ou dois.

— …kuu!

Ouvindo as palavras de Ellen, uma sensação de familiaridade brilhou dentro da mente de Tohkanaquele instante. Era semelhante a ira sem limites e raiva. Naquele momento, as algemas que amantinham firmemente até aquele momento, fizeram um “mshhh…”, — portanto.

— O q…

Tohka repentinamente se sentiu sem fôlego. Com uma contração das sobrancelhas de Ellen, ocorpo de Tohka foi esmagado por uma pressão inacreditável.

— Isso, isso é—

A sensação de esmagamento em seu corpo foi aumentada. Tohka soltou um gemido de dor.

De fato era uma impressão. Era… quando ele foi imprensada entre os membros da AST, incluindoOrigami, uma sensação semelhante a isso. No entanto, a gravidade de ambos, ou maisprecisamente a concentração era a diferença de um mundo. Seu corpo se sentia pesado. Era difícilde respirar. Sua consciência se tornou confusa.

— Você compreende?

Ellen disse isso quando soltou um suspiro. Instantaneamente, a pressão, como se fosse nuvensfalsas, desapareceram. Quando o ar fluiu em seus pulmões quase desoxigenados, Tohka tossiufracamente.

— Ack, ack…

— O nível do meu Território Pessoal é mais forte entre todos os Wizards. Por favor, lembre-se queresistência é inútil.

— Ku…

Tohka encarou Ellen com os olhos cerrados, e tentou usar a sua força. Mas, ao mesmo tempo, osolhos afiados de Ellen capturaram sua ação, e ela mordeu os dentes.

Com seus poderes selados, Tohka não tinha nenhum modo de lidar com o Território Pessoal deEllen. Tohka com rancor cerrou os punhos, como seu único sinal de resistência, quando ela olhou

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para Ellen com os olhos semiabertos.

—— tudo bem, deixe-me fazer algumas perguntas.

Ellen puxou uma porção da parede como uma cadeira improvisada, e se sentou quando ela disseisso.

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Parte 3

O que era inicialmente projetado pelos olhos de Origami, era um mar de branco.

Após sua confusa consciência se clarear, Origami percebeu que estava em algum tipo de edifício.Então, ela percebeu que estava deitada.

— Ah…

Abrindo sua garganta, ela soltou um som após alguns segundos. Ela lentamente levantou a mão—branco novamente. Era uma faixa que cobria sua pele.

— O-Origami-san…!?

Ouvindo uma voz familiar, Origami virou sua cabeça.

Ao lado da cama que Origami estava deitada, com cabelos trançados, uma garota pequena.

Era sua iniciante no Time Anti-Espírito — AST, Okamine Mikie. Seu rosto estava cheio de lágrimas emuco, fazendo-a parecer como uma naufraga.

— Graças, graças a Deus… queria saber o que fazer se você nunca mais acordasse…

— … isso é…?

Origami falou, quando ela olhou para Mikie. Mikie, que havia chorado e estava com narizvermelho, pegou o lenço ao lado da cama e assoou o nariz.

— O-o hospital! Origami-san está ferida em todos os lugares… e seus olhos, ouvidos e narizestavam todos sangrando… Achei que você nunca acordaria…

O último som desceu com um soluço. Mikie tirou o lenço novamente e assoou o nariz.

— Desculpe-me… eu sinto muito…, eu sabia que Origami-san estava em perigo, mas eu não fiznada… se apenas eu tivesse deixado a capitã e corrido para seu lado, isso não teria acontecido…!

Mikie disse isso enquanto inclinava a cabeça em remorso. Portanto, Origami balançou a cabeça,como se discordasse.

— Não há necessidade de se desculpar.

— Eh…?

Mikie arregalou os olhos em um instante.

— Independentemente da razão, minhas ações estavam violando nossas ordens. Deve ser tratadacomo ações egoístas de uma pessoa, e não a intenção da AST como um todo. Onde está a capitã

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Kusakabe?

— Ela, ela… ela está na base. Negociando com os superiores sobre a Origami-san…

— Entendo.

Origami silenciosamente assentiu com a cabeça. Mas Mikie contraiu as sobrancelhas, como sefosse incapaz de aceitar isso.

— Mas, mas… se for assim, então Origami-san será…

— Capitã Kusakabe está correta. Se todos tivessem me ajudado, então, em seguida, toda a ASTpoderia estar sob ação disciplinar.

— Como… como poderia ser!

— Isso não é impossível. Como tal, todo esse incidente é minha responsabilidade, usar o <WhiteLicorice> sem permissão, e o ataque ao Terceiro Esquadrão. Eles são toda minha—

Nesse momento, as lembranças de Origami clarearam como resultado de suas palavras.

— …!

Origami imediatamente arregalou os olhos, e se sentou.

Não— mais precisamente, ela tentou se sentar. No momento quando ela se forçou, uma dorsemelhante a quebra do osso e a dor dos músculos se espalhando através de todo o corpo deOrigami.

— Ku… ah—

— Não, você não pode, Origami-san! Se você não descansar…!

— ... Shidou, ele…

— Eh?

— Shidou, ele está bem?

Ouvindo Origami, Mikie parou por um tempo, e ficou em silêncio por um período.

Após considerar a possibilidade de contar para Origami, ela disse.

— … ainda estamos no meio das investigações. Não sabemos os detalhes ainda.

— O que é isso?

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Ouvindo as palavras de Mikie, Origami se sentia perplexa.

Mikie olhou para Origami preocupada, quando ela cuidadosamente alcançou o controle remoto eligou a televisão. As imagens na televisão, estavam acompanhadas do som vindo dos alto-falantes.

Estava transmitindo um programa de notícias. O caos nas ruas, e a voz frenética do repórter,agravavam o sentimento de nervosismos que os espectadores sentiam.

— O tumulto que repentinamente ocorreu na Cidade Tenguu não possui sinal de se acalmar! Apolícia enviada para controlar a situação se juntou com o fenômeno não natural! O que estáocorrendo com a Cidade Teng—

— …! Isso…

— É exatamente o que você viu… Há algum tipo de tumulto em massa na Cidade Tenguu agora.Essa área é bem longe da cidade, e, portanto, é considerada segura…

— O que, exatamente aconteceu?

— Embora não tenha sido anunciado publicamente… isso é um Espírito. Uma grande leituraespiritual foi medida dentro da praça Tenguu. Todas essas pessoas provavelmente foramcontroladas pelo Espírito.

— Espírito… se isso é um Espírito, por que você não foi enviada?

— Porque não há um precedente para isso, e até mesmo os superiores estavam confusos… nossasordens são para esperar. Era para eu esperar na base, porém fui permitida para sair após apermissão especial da capitã…

Origami ligeiramente contraiu as sobrancelhas, isso não parecia ser uma solução.

Independentemente disso, simplesmente pela observação, havia, pelo menos, centenas… talvezmilhares que estavam sob o controle do Espírito. Mesmo se a DEM fosse os superiores, e estavamvirando os olhos para que estava acontecendo, a AST tinha uma responsabilidade, e eles nãopoderiam atacar sem levar em conta os civis.

Porém quanto a Shidou. Ele foi controlado pelo Espírito, como as pessoas na tela? Ou…

Foi quando Origami se lembrou do rosto que ela viu antes de perder a consciência.

— Mana—

Isso mesmo, uma antiga Wizard da DEM, a irmã mais nova afastada de Shidou. Takamiya Mana,que salvou Origami quando estava em perigo. Se fosse ela, ela poderia ter salvo Shidou dotumulto.

— Mana, onde ela está?

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— Mana-san…? Ah, certo, fiquei chocada! Embora falavam que ela tinha sumido… mas a pessoaque trouxe Origami-san para nós era Mana-san! Mas, ela estava usando uma CR-Unitdesconhecida, e disse coisas como ‘seremos inimigos da próxima vez que nos encontrarmos’, e elasimplesmente desapareceu depois…

Mikie disse isso com um rosto confuso.

Quando Origami tentou se lembrar, ela pensou sobre o que tinha ouvido. Mana tinha realmentemencionado algo semelhante a isso. Embora as razões fossem desconhecidas, ela tinha de fatocortado conexões com as Indústrias DEM.

— Sobre Shidou, ela não sabia?

— Sim… infelizmente.

— … kuu.

Origami tristemente fez uma voz fraca pela garganta, e para evitar o excesso de pressão sobre seucorpo, ela se sentou lentamente. Portanto, por causa de usar uma armadura poderosa e segurarum ataque massivo, seu corpo estava fraco e essa simples ação fez a dor voltar.

— Eu, quero…

Origami cerrou o punho e socou a cama. A cama soltou um suave som e a poeira voou de dentro.Ela se sentia impotente. No fim, Origami não foi capaz de proteger Shidou. Mesmo se ela usasse o<White Licorice> sem permissão, ela não pode alcançar o efeito desejado.

— Shi, dou…

Quanto ela gritou o nome do homem que ela amava cuja segurança era desconhecida— Origamicontinuou a fechar o punho.

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Parte 4

— Isso é… aqui, certo?

— Mm, isso mesmo.

Eram 21:00 horas. Shidou e Kurumi estavam em uma área residencial iluminada pelos postes eapartamentos.

Na frente deles era um enorme, portão de metal bem trabalhado, e um jardim cuidadosamentemantido. E um edifício ocidental que só apareciam em contos de fadas.

Esse era o lugar onde Shidou foi uma vez anteriormente— a casa de Miku Izayoi.

Não devia haver ninguém em casa, as janelas estavam fechadas e as luzes estavam apagadas.

Para investigar um Espírito que repentinamente apareceu, e desapareceu tão rapidamente eraextremamente difícil.

No entanto, o Espírito Miku era uma exceção.

Isso porque Miku não apenas tinha participado por alguns meses em uma escola nesse mundo, elatambém tinha um perfil ativo como cantora. O ponto era— ela era diferente dos outros Espíritos, etinha deixado muitos traços de si mesma nesse mundo.

— Então, vamos nos apressar e começar a investigação.

Quando ela disse isso, Kurumi levantou a mão direita.

Acompanhando suas ações, uma pistola antiga voou para fora das sombras, e Kurumi a segurouem sua mão. Então, ela apertou o gatilho sem hesitação, e com um som agudo, a tranca baleadafoi aberta.

— Ei, Kurumi.

— O quê? Você quer dizer que eu não devia ter sido tão rude?

— Não… mesmo que você tenha uma razão, porém para o som repentino de um disparo em umdistrito tão tranquilo, o que aconteceria se a polícia aparecesse!

— A polícia, eles não estão ocupados com todo o tumulto?

Kurumi deu uma risadinha, e depois de abrir o portão, ela ignorou o aviso de Shidou e como antes,ela usou a arma para abrir a fechadura da porta.

— Ah… esquece.

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Shidou olhou em volta, e se assegurando que ninguém estava nos arredores, seguiu Kurumi para orecinto.

— Mm, deve estar por aqui em algum lugar…

Ligando o interruptor, o lustre da sala começou a brilhar fortemente.

Em sua visão, o local estava cheio com o que parecia móveis caros e materiais. Apesar de terestado aqui uma vez, Shidou ainda estava maravilhado com a visão diante dele.

Mas, agora não era o momento para sonhar acordado. Shidou levemente coçou seu rosto,voltando a si mesmo, tirando os sapatos e entrando na casa.

— Tudo bem, agora, por onde devemos começar procurando?

— Mm… sim.

Sendo honesto, não havia pistas aparentes. A intenção era a de procurar intensamente, mas nãohavia muito tempo agora. Shidou tentou lembrar o que aconteceu da última vez que ele foiconvidado a entrar.

— Provavelmente não há muito o que procurar na sala do primeiro andar. O que será importanteprovavelmente estará no quarto de Miku…

— É mesmo, então vamos.

— Mm.

Shidou disse isso enquanto seguia Kurumi subindo as escadas.

O quarto de Miku foi encontrado rapidamente. Após subir as escadas, assim como eles estavampassando pelo corredor, uma porta com uma placa de metal “QUARTO” foi vista.

— …

Cometendo um ato imoral como entrar em um quarto de garota sem a presença do proprietário,Shidou inicialmente se sentiu nervoso, porém notou que era idiotice pensar descontroladamenteem um momento como esse. Então ele girou a maçaneta da porta.

O quarto era mais ou menos o tamanho de 20 tatâmis¹. Dentro do quarto era uma cama tamanhoking com cobertores, e ao lado da parede era um camarim de madeira e um closet. Em frente acama era uma televisão de 80 polegadas. Era semelhante a um quarto em um hotel de luxo.

________________________________________¹ – O tamanho de quartos tradicionais japoneses são medidos em tatâmis. Os quartos comuns sãode 4,5 a 8 tatâmis, então o quarto de Miku é enorme em comparação aos padrões comuns.

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— Isso é realmente… incrível.

Shidou não deixou de sorrir desajeitadamente, embora ele não pudesse simplesmente estarsurpreendido. Dizendo um “com licença”, Shidou entrou no quarto.

Shidou abriu os armários antigos um por um, procurando. Dentro havia joias e vários objetosbonitos. — Enquanto isso, o que Kurumi descreveria como “pertences de Miku”, porém quaisseriam mesmo úteis?

Então—

— Shidou-san, Shidou-san. Por favor, veja aqui.

Assim como Shidou estava pensando em silêncio, a voz de Kurumi veio de trás dele.

— O que é? Você achou algo?

— Mm. Encontrei algo incrível.

Quando ela disse isso, Kurumi apontou para uma das cabines do closet.

Shidou se aproximou, e seguiu para a direção que Kurumi apontava. Após ver o objeto, Shidoucongelou.

— O q…

Porque dentro do armário estavam vários belos sutiãs e roupas íntimas.

— Dê uma olhada. O tamanho é tão grande. Eu poderia até mesmo colocar meu rosto dentro.

Quando ela disse isso, Kurumi tirou um sutiã claro, e o estendeu com as mãos. Ele pareciaextremamente grande. Provavelmente caberia uma melancia pequena nele.

Shidou era um garoto, portanto, não havia modo dele não estar interessado no objeto encantadorem sua frente, mas também era importante conhecer as circunstâncias.

O rosto de Shidou se avermelhou e tossiu.

— Você… o que está fazendo… agora não é o momento para tais travessuras.

— Ufufu, Shidou-san é tão honesto. Você precisa relaxar seus ombros.

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Kurumi sorriu enquanto brincava, e colocou o sutiã na frente de seus seios para tentá-lo. Enquantohavia roupas cobrindo o lado de fora, havia uma grande lacuna revelando.

— Ara, ara.

— …uu.

… Como deveria expressar, contra uma combinação tão maravilhosa, Shidou involuntariamentecorou, e rapidamente se virou. Mas essa reação foi rapidamente observada por Kurumi, esentindo-se interessada, ela passou o sutiã para Shidou.

— Aqui, por que Shidou não o experimenta agora?

— Ha… o quê?! Por-por que eu…

— Ara, minhas desculpas. Shiori-san, por favor, experimente.

— …kuu.

Contra o ridículo insulto, Shidou suspirou. Kurumi sorriu largamente e continuou.

— Enquanto eu via você no palco, não tive a chance de ver Shiori-san em pessoa. Eu estavapensando que eu deveria dar uma olhada.

— Não, não brinque com isso. Não quero ser assim novamente…

Shidou involuntariamente recusou. Portanto, Kurumi o fechou como se preenchesse a lacuna.

— Por que você está sendo tão contra isso. Você não ficará afetado por isso.

— Sim! Sim, acontecerá isso! Meu momento e dignidade!

— Por favor, não diga essas palavras desagradáveis. Apenas por um tempo? Eu apenas quero ver orosto bonito de Shiori-san, aquele olhar de embaraço e vergonha quando ela treme…

— O que você está tentando fazer!? Não faça nada de estranho com a Shiori-chan!

— Que mal há em fazer isso? Que mal há de fazer isso?

Kurumi falou, enquanto se aproximava de Shidou passo por passo. Porém ela tropeçou no tapete,e perdeu seu equilíbrio, caindo para frente.

—— ara.

— Uu, uwah!

Como se fosse padrão, Shidou caiu também. E infelizmente para ele, assim como o armário atrás

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dele.

Houve um barulho, e na parte de trás de seu cérebro e costas tinham uma dor intensa. Shidou seestabeleceu quando ele contraiu as sobrancelhas.

— Ouch… Kurumi, você está bem?

— Mm, estou bem. Porque Shidou-san me salvou.

Dito isso, como se confiasse em Shidou, Kurumi riu descontroladamente enquanto eladesnecessariamente aumentava seu peso sobre Shidou. Esmagado pelo magro corpo de Kurumi,porém suave, os ombros de Shidou tremeram.

— Ei, ei, Kurumi…

— Ara, Shidou-san.

Kurumi repentinamente levantou as sobrancelhas e olhou para o rosto de Shidou.

— Você está ferido.

— Eh? Ah. É.

Shidou tocou seu rosto, e havia uma sensação de dor. Seus dedos tinham um pouco de sangue.Parecia que ele bateu em alguma coisa quando caiu.

— Ah, isso não é um problema. Eu vou lamber a ferida.

— Hm, entendo.

— Ah, assim, você pode se afastar um pouco?

Shidou disse isso quando ele tentou se levantar, porém foi impedido pela Kurumi o prendendo nochão com mais força.

— Kurumi?

— Por favor, não se mova.

Kurumi moveu suas pernas, percorrendo o corpo de Shidou, colocando a mão nos ombros deShidou, e se aproximando lentamente de seu rosto.

— O q-quê você está fazendo, Kurumi!?

Contra os gritos de Shidou, Kurumi sorriu suavemente. Sua respiração causou as orelhas e nariz deShidou uma coceira, e seu batimento cardíaco acelerou.

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O corpo de Shidou estava preso, quando Kurumi lentamente abriu seus lábios macios, mostrando aúmida língua no interior.

E então ela começou a lamber a ferida no rosto de Shidou. Uma sensação indescritível se espalhoupor todo o corpo de Shidou, fazendo com que a consciência de Shidou rompesse.

— ! O q-ququququque, quê você está fazendo?

— Ufufu, você não disse que estaria tudo bem se a lambesse?

— Não, não, isso foi entendido de forma errada…

Mesmo Shidou dizendo assim, Kurumi sorriu suavemente, e lambeu o rosto de Shidou novamente,antes de finalmente mover seu rosto para longe.

A saliva da língua de Kurumi se conectando ao rosto de Shidou estava brilhando. Olhando paraessa visão sedutora em sua frente, Shidou sentiu seu rosto arder.

Kurumi sorria enquanto saia de cima do corpo de Shidou. Shidou se levantou depois que conseguiuacalmar sua respiração acelerada.

Olhando para trás, havia um belo buraco no armário. Isso teria de ser compensado.

— Que problema. Eu estava tentando não deixar pistas…

Então.

— Hm…?

Isso provavelmente tinha caído devido ao impacto de antes, e quando ele olhou para o itemretangular desconhecido, Shidou contraiu as sobrancelhas.

Era uma lata destinada para sobremesas ou bolos. Embora fosse verdade que pessoas armazenavaobjetos dentro. Porém isso não correspondia com o espaço extravagante dentro da lata.

— Isso é…

Shidou abriu a caixa de um modo curioso— então arregalou os olhos.

No interior, tinham caixas de plásticos que continham CDs. Cada um deles tinham a foto de Mikuimpressa. A partir da aparência disso, eles eram álbuns musicais de Miku.

— Ela tinha muitas canções… eh?

Shidou se sentiu confuso olhando para o CD.

O nome escrito nos discos não era de Miku.

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— “Yoimachi Tsukino”? Que nome é esse?

Em um instante, assumiu-se que era o nome artístico de Miku, mesmo Tonomachi e os outrosintitulavam Miku como Izayoi Miku. Não seria errado ter uma carreira musical sob o nome deMiku.

Além disso, Miku era uma ídolo misteriosa que apenas se apresentava em concertos secretoslimitados para fãs do sexo feminino. Porém o nome escrito no álbum CD era desconhecido.

— O que é isso…

— Qual o problema?

— Um, isso é…

Shidou respondeu vagamente, enquanto tirava o CD da caixa de plástico, e o inseriu no tocador aoseu lado.

O que seguiu era uma melodia de uma música com ritmo rápido, seguido pela voz de Miku.

— Ara ara, essa é realmente uma boa música.

Quando ela disse isso, Kurumi seguia o ritmo com os dedos.

Portanto, Shidou se sentiu desconfortável com a voz.

— Essa é… a voz de Miku?

Lógico, haveria uma diferença entre uma performance ao vivo e uma reprodução de um CD… masantes disso, dizendo que a voz de Miku era jovem, ou se era da atual Miku, possuía uma qualidademisteriosa que poderia influenciar as pessoas.

Diferente, essa música tinha a sensação de que era realmente de uma cantora, charmosa osuficiente para revigorar o público.

— Um— hm…

Shidou pensava com suspeita, embora não pudesse dizer o que era. Ele olhou através do álbum CDem sequência.

— Ah? Isso é…

No fim, havia um objeto.

— Uma fotografia…?

De fato, em um belo quadro, era uma fotografia.

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Não havia nada de peculiar com a fotografia, mas,

— … eh?

O coração de Shidou teve uma sensação estranha, quando ele arregalou os olhos.

Estranho— ele continuou sentindo uma sensação de mal-estar.

Shidou pegou a fotografia em sua mão novamente e a olhou atentamente.

Não era para memorizar as informações importantes dentro da fotografia, também não era porquea fotografia era editada. Não havia nada de peculiar com a fotografia. Porém, isso. Essa era umafotografia que normalmente não deveria existir.

— Nesse caso… isso…

Shidou ergueu as sobrancelhas e baixou a voz.

Ele colocou a mão em sua testa, e continuou pensando— ele conseguiu chegar a uma teoria.

Uma teoria que foi desmentida por Kotori. Mas, se essa teoria estivesse correta, a razão para aexistência dessa foto— e aquele CD de antes seria explicada.

— Mas, se é assim, então por que…

Enquanto Shidou estava ocupado olhando fixamente para a foto, um braço branco se estendeudebaixo de sua axila, e pegou a foto como um som. Não era necessário dizer, a agressora eraKurumi.

— Isso parece extremamente interessante; por favor, deixe-me tomá-la por um tempo.

Kurumi então pegou a fotografia e o CD em uma mão, e levantou a outra mão. Em seguida, umaarma com estilo antigo voou para fora das sombras, Kurumi a segurou em sua mão.

— <Zafkiel>— [Yud]²!

Quando Kurumi disse isso, uma porção de sombra brilhou como um encanto com a forma de um“X”, e aparentemente a partir de dentro das sombras, foi absorvido pelo cano da arma.

Então, Kurumi, por alguma razão, colocou a fotografia e o CD próximo de sua cabeça, e colocou aarma em cima disso. Era como se usasse uma bala para manter a fotografia e CD no lugar.

Assim como Shidou ficou confuso pelas ações estranhas de Kurumi, ela com firmeza apertou ogatilho. A “Yud” que foi disparada pelo cano perfurou o CD, a fotografia, e a cabeça de Kurumi.

________________________________________² – Yud, é o algarismo 10 em hebraico.

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— Ku-Kurumi!?

Assim quando ele terminou, Shidou sentiu que algo estava errado. Não mencionando a cabeça deKurumi, a fotografia e o CD que deveria estar supostamente perfurados pela bala, estavam todosintactos.

— Ufufu, está tudo bem. A capacidade da “Yud” é a recordação. Os alvos que foram atingidosterão suas memórias passadas enviadas para meu cérebro.

— Memórias… passadas?

Kurumi confirmou com um tom baixo quando ela olhou para o CD e a fotografia.

— Entendo— então foi isso. Embora não fosse contínuo, porém isso pode nos permitir entenderqual era essa sensação de desconforto que ela exalava.

— O q-quê entenderemos!?

— Mm, a partir da aparência de Miku—

Kurumi estava prestes a continuar.

As janelas ligeiramente vibraram, seguido por um grande som lá fora.

— O que, um alarme…!?

Shidou arregalou os olhos, porém logo percebeu que esse não era o som agudo dos alarmes queouvia.

—— isso era música.

A magnificente música que saía de um órgão gigante, e a bela voz que poderia escravizar o público,a música que era tocada pelas ruas. No instante em que se ouvia essa música, Shidou sentiu umasensação familiar de tontura. Ele pressionou seus ouvidos em uma tentativa de ficar consciente.

— Isso é— Miku…!

De fato. Era o desempenho inigualável feito pelo Espírito— Izayoi Miku, e seu Anjo <Gabriel>.

Mas, olhando para fora da janela, não havia sinais do gigantesco Anjo. Era mais provável que obotão para o sistema de anúncio emergencial público tinha sido pressionado… ou um alarme deum veículo soou. Mas já era evidente que a performance de Miku era eficaz, mesmo quandotransmitida através de objetos mecânicos.

Se for assim, os moradores se tornariam fãs devotos de Miku, e começariam a capturar Shidou.

— …!

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Shidou se virou para olhar para Kurumi. Mas— como Shidou, a música de Miku não tinha efeitosobre a consciência de Kurumi.

Mesmo assim, a situação estava piorando. Porque Miku, frustrada com a tentativa de encontrarShidou, estava ocupada aumentando a área de seu apoio.

— Ara ara, isso é realmente demais.

Kurumi se sentiu excitada com a situação, porém como se sentisse incomodada de alguma formacom isso, segurou o queixo com a mão.

— Não tenho escolha agora, explicarei para você no caminho.

Então Kurumi continuou.

— Mesmo agora, apenas estou te ajudando. Independentemente disso, vou ajudá-lo a preparar opalco. Mas, aquele a dar o golpe decisivo, tem que ser Shidou-san.

— Eh…?

Shidou arregalou os olhos— mas rapidamente compreendeu as intenções de Kurumi, e cerrou opunho.

— Por favor, ajude-me, Kurumi— vamos ter uma conversa com aquela garota desobediente.

— Será o meu prazer.

Assim que Kurumi disse isso, ela fez uma reverência como antes.

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Parte 5

——————————————————————

No palco central da Praça Tenguu, espalhava uma onda de excitação.

Isso porque um gigante e brilhante órgão posto em meio ao palco— <Gabriel>. Na frente deleestava Miku em seu Astral Dress, tocando as teclas brilhantes do órgão, enquanto cantava em vozalta.

O público que se tornou fã leal de Miku, a observava como se fosse uma deusa. Havia tambémocasiões em que as pessoas desmaiavam pela música.

Devido a todos os homens se moveram para fora da praça, e estavam servindo como seguranças, opúblico na linha frontal de Miku eram todas mulheres. Estavam todas acenando os bastõesluminosos roxos, gritando a cada movimento de Miku.

Nessa nota, o desempenho atual estava sendo transmitido ao vivo por toda a cidade através dosalto-falantes públicos que estavam em toda a cidade. Com isso, as pessoas que ouviam a música setornariam subordinados de Miku, procurando pelo homem terrível.

— …uu.

As terríveis memórias de algumas horas atrás passaram por sua mente, Miku sem notar secontraiu.

A performance coincidentemente acabou nesse ponto, e a praça foi imediatamente preenchidacom um aplauso estrondoso.

Se fosse como de costume, esse seria o momento em que ela sentiria um grande senso derealização. Mas, agora ela estava se sentindo chateada devido o rosto daquele homemconstantemente aparecendo em sua mente. Miku teve um olhar de tristeza, quando se aproximoudo microfone não utilizado.

— … Estou cansada, eu gostaria de descansar. Vocês estão livres para se moverem até a próximaperformance.

A praça foi então preenchida com vozes de decepção. Porém Miku não pareceu nem um poucoincomodada quando voltou para os bastidores.

— Whoo…

Deixar seu Anjo tocar sem parar a fim de expandir sua área de controle, era de fato extremamentecansativo. Levemente suspirando, ela penteou o cabelo suado para cima.

— Você parece cansada… onee-sama, por favor, use… isso…

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Uma voz tímida disse próxima de Miku. Olhando, era uma pequena garota vestindo uma roupa deempregada, segurando uma toalha para Miku. Era uma garota que tinha sido escravizada peloconcerto de Miku de hoje— Yoshino.

Com os cabelos como ondas, íris belas como safiras. A garota que as pessoas não podiam resistirde abraçá-la firmemente como uma boneca. Devido aos uniformes a mais da exposição do MaidCafé, ela foi ordenada a experimentar um deles… era um perfeito ajuste. Miku a abraçouirresistivelmente.

— Ah, isso está tão bonito! Não posso resistir! Não posso resistir!

— Ah, ah…! Onee-sama…!?

— Wow! Miku-chan sendo inesperadamente ousada~

Yoshino apressadamente confirmou sua volta, assim como gritos vieram do fantoche na mãodireita, [Yoshinon].

Ela inicialmente se perguntou porque havia um fantoche… após ouvir sua conversa, elacompreendeu que era o insubstituível amigo de Yoshino, e o ventriloquismo de Yoshino era muitofofo para deixar passar.

Após desfrutar a sensação de abraçar a irresistível Yoshino, Miku a beijou na bochecha, e largouYoshino. Então o rosto de Yoshino corou instantaneamente.

— Obrigado, Yoshino-san. Obrigado por pegar isso especialmente para mim.

— Is-isso… si-sim.

Yoshino abaixou o rosto que estava vermelho como uma lanterna, e estendeu seu braço direitoque tinha a toalha.

Miku agradeceu e aceitou, enxugando seu suor. Então, novamente, uma parte dele já havia sidoeliminado quando ela abraçou Yoshino.

Miku olhou de novo para Yoshino, com um sorriso satisfeito aparecendo em seu rosto.

Yoshino era mais do que uma simples garotinha bonita.

O Espírito da água e frio— <Hermit>. Esse era o codinome de Yoshino.

Um Espírito. Isso mesmo. Semelhante a Miku, uma existência que possui o poder além dacompreensão humana.

— Ufu… realmente tenho sorte. Quem teria pensando que havia um Espírito na praça.

Sim, era uma coincidência que Yoshino ouviu a canção de Miku.

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E pensar que em tão pouco tempo, um Espírito se tornaria uma de suas posses. Além disso—

— Kuku, você trabalhou duro, aneue-sama³. Por favor, descanse.

— Incentivo. Por favor, venha aqui, onee-sama.

Miku se virou, estavam duas garotas semelhantes vestidas com roupas de empregada.

Elas eram duas garotas com aparência idêntica, fazendo instantaneamente os outros seperguntarem se elas estavam em pé em frente a um espelho. Porém, olhando de perto, ambasainda possuíam suas próprias características individuais.

Com uma fala tão eloquente de agir e um rosto determinado, além da estatura magra— Kaguya.Com um tom e expressão vagas, assim como uma figura com proporções semelhantes à de Miku—Yuzuru.

As duas eram semelhantes a Miku e Yoshino. Elas eram existências conhecidas como Espíritos.

Elas também estavam no estado de devoção a Miku. A fim de tratar Miku, que trabalhou muito,elas prepararam uma cadeira e refrescos no quarto.

— Fufu, muito obrigada.

Miku graciosamente sorriu, quando ela foi persuadida a se sentar na cadeira pela dupla. Aomesmo tempo que Kaguya massageava suavemente os ombros de Miku, Yuzuru se ajoelhou aolado de Miku, segurando um copo cheio de uma bebida.

Miku inclinou a cabeça e usou o canudo para beber a bebida. O sabor da fruta se propagou em suaboca.

— Mm, essa bebida está deliciosa.

— Euforia. É o meu prazer.

— Espere, espere! Por que você está falando apenas como Yuzuru. Você não está satisfeita comminhas habilidades!?

Kaguya que estava massageando os ombros de Miku reclamou em voz alta. Sentindo que Kaguyafoi simplesmente muito bela, Miku não pode deixar de rir.

— Minhas desculpas, não é assim. A massagem de Kaguya é muito confortável, como se estivesseno céu.

— Kuku… então, isso é ótimo.

________________________________________³ – 姉上様, a forma adequada de usar para ‘irmã mais velha’.

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Ouvindo Miku, Kaguya manteve o silêncio com um som de “ku nong”. Isso era bonito também,então Miku riu novamente.

Então, como se ela estivesse preocupada com Miku sendo disputada pelas irmãs Yamai, Yoshinoapressadamente olhou os arredores, e pegou um grande leque e foi a lado de Miku levemente aabanando.

— Muito obrigada, Yoshino-chan. É confortável.

Yoshino assentiu com a cabeça com ambos embaraço e felicidade.

— Aaa…

Miku soltou uma voz encantadora.

—— Esse é um lugar de infinita felicidade.

No palco de Miku, os fãs esperavam por ela cantar. E, as garotas extremamente belas de todo ocoração atendiam Miku.

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Era simplesmente incrível, o ponto de fazer Miku se perguntar se ela estava sonhando. Na verdade,Miku já tinha beliscado seu rosto várias vezes. Sem precisar dizer, isso doeu.

Seu sonho, estava, de fato, realizado. Não havia ninguém que podia parar Miku.

Portanto—

— … ku.

Como as más recordações passaram novamente em sua mente, o rosto de Miku ficou em raiva.

——— Itsuka Shiori. Devido lembrar de seu rosto e nome.

— Eu não vou te perdoar… Shiori-san…

Miku disse isso em um tom baixo, devido à agitação do ódio em seu coração. O tom era assustadoro suficiente, para Yoshino e as irmãs Yamai segurarem suas respirações.

Há algumas semanas antes do Festival Tennou, Miku conheceu aquela garota que era membro docomitê do Colégio Raizen— Shiori.

Dizendo que era parte do clube de vôlei, uma garota alta com braços fortes e musculosos. Mesmoutilizando uma fala que podia não ser refinada para uma garota… é isso mesmo. Uma garota quedeu a Miku um sentimento diferente em comparação das outras garotas ao seu redor.

Na verdade, sinceramente falando, Miku estava muito interessada nela. Pode até ser dito comopaixão.

——— ainda, o final que Miku estava esperando, foi uma traição completa.

— Uu, uu…

Pensando naquela cena que ainda estava recente em sua mente, um sentimento nauseante tornouconta de Miku. Ela imediatamente usou sua mão para cobrir sua boca.

— O-onee-sama…!

— Você está bem, aneue-sama…!

— Terror, alguém rapidamente pegue um saco.

O trio falou isso às pressas. Miku as parou com um “Eu estou bem…”, e cerrou os dentes.

Naquele momento, esse sentimento estranho quando ela toucou a virilha de Shiori.

E ela mesma vendo aquela coisa horrível entre as pernas de Shiori.

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É isso mesmo… Itsuka Shiori, ela é a única coisa que Miku mais odiava no mundo— um homem.

— Eu não o perdoarei… Eu não o perdoarei…! Como você ousa brincar com meus sentimentos…!

Miku juntou as mãos como se estivesse pressionado seus ombros que tremiam, com seus pulsosfazendo sons de aperto.

As coisas feitas enquanto a impressão de que Shiori era uma garota, passou diante de seus olhoscomo um soumatou4. Nesse ponto, Miku começou a ter arrepios ao longo de todo seu corpo.

A Miku que tinha alcançado seu mundo ideal, teve seu último arrependimento. Para pegar aquelehomem. A pessoa que não era Itsuka Shiori, mas sim Itsuka Shidou, ficar na sua frente, e torturá-loa até o ponto que ele teria se arrependido de ter nascido, seria a única maneira de liberar suaraiva.

— Aquele homem… ele foi encontrado?

Ouvindo a voz enfurecida de Miku, Yoshino tremeu um pouco.

— Si-sim, … isso, nós… nós ainda estamos procurando…

— Então é isso… então rápido e encont—

Naquele instante, quando Miku deu suas ordens, a porta do quarto se abriu com um “pong”, e trêsgarotas com trajes de empregadas semelhantes a Yoshino entraram.

— Desculpe por interromper! Onee-sama!

— Há uma emergência! Onee-sama!

— Nós temos um problema! Onee-sama!

As garotas falaram em ordem de altura.

Elas eram as estudantes da Raizen que originalmente formaram uma equipe com Shidou para aperformance. Da direita, elas eram Ai, Mai e Mii.

— Vocês parecem com muita pressa, o que foi?

Após serem questionadas por Miku, o trio confirmou umas com as outras antes de falarem juntas.

— Nós, nós temos um problema! Nós encontramos Itsuka-kun!

— … o que vocês disseram?

________________________________________4 – Um tipo de lanterna japonesa.

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Após ouvir o relato, a linha da visão de Miku se estreitou momentaneamente—

Antes de um riso incontrolável sair de sua boca.

— Fufu… fufufufufufufufufu… então, finalmente o pegamos.

Quando ela disse isso, ela se levantou de sua cadeira.

— Foi muito mais difícil do que eu esperava. Fufufu, mas isso foi inútil. Você não pode escapar dosmeus adoráveis subordinados. — além disso, quem o encontrou? Se for uma garota, eu vouagarrá-la por um tempo. Traga-a aqui por enquanto. Se for um homem… mm, apenas dê um docepara encorajá-lo.

Porém, após ouvir Miku. O aflito trio Ai, Mai e Mii se entreolharam.

— ? O que é isso? Ha, era um demônio que o encontrou…?

— Não, não, não é isso…

— Como faço para dizer, é que há várias pessoas que o encontrou…

— Ou, dizendo que ele não estava escondido em lugar algum…

Devido a fala vaga, Miku fez uma careta.

— O que exatamente vocês estão dizendo? Vocês não disseram que o alvo foi encontrado?

— Sim, sim.

— Isso mesmo!

— Não há erro!

As três balançaram as cabeças juntas.

— Então, isso não é um problema, não é? Onde ele está?

— Ele está… em um lugar próximo daqui.

— Para ser mais precisa, bem em frente da Praça Tenguu.

— O que, o que faremos…

— … eh?

Miku arregalou os olhos e soltou um som surpresa.

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