Capítulo Iidas Normas de Celebração

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CAPTULO IIDAS NORMAS DE CELEBRAO, ACOMPANHAMENTO E PRESTAO DE CONTASArt. 2 vedada a celebrao de convnios e contratos de repasse: I-com rgos e entidades da administrao pblica direta e indireta dos Estados, Distrito deral e Municpios cujo valor seja inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou, no caso de execuo de obras e servios de engenharia, exceto elaborao de projetos de engenharia, nos quais o valor da transferncia da Unio seja inferior a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais); II-com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham como dirigente agente poltico de Poder ou do Ministrio Pblico, dirigente de rgo ou entidade da administrao pbli de qualquer esfera governamental, ou respectivo cnjuge ou companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou por afinidade, at o segundo grau; e III-entre rgos e entidades da administrao pblica federal, caso em que dever ser obseo o art. 1o, 1o, inciso III; IV-com entidades privadas sem fins lucrativos que no comprovem ter desenvolvido, durante os ltimos trs anos, atividades referentes matria objeto do convnio ou contrato de repasse; e V-com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham, em suas relaes anteriores com a Unio, incorrido em pelo menos uma das seguintes condutas: a) omisso no dever de prestar contas; b) descumprimento injustificado do objeto de convnios, contratos de repasse ou termos de parceria; c) desvio de finalidade na aplicao dos recursos transferidos; d) ocorrncia de dano ao Errio; ou e) prtica de outros atos ilcitos na execuo de convnios, contratos de repasse ou termos de parceria. Pargrafonico.Para fins de alcance do limite estabelecido no inciso I docaput, permito: I - consorciamento entre os rgos e entidades da administrao pblica direta e indireta dos Estados, Distrito Federal e Municpios; eII - celebrao de convnios ou contratos de repasse com objeto que englobe vrios programas e aes federais a serem executados de forma descentralizada, devendo o objeto conter a descrio pormenorizada e objetiva de todas as atividades a serem realizadas com os recursos federais. Art.3oAs entidades privadas sem fins lucrativos que pretendam celebrar convnio ou contrato de repasse com rgos e entidades da administrao pblica federal devero realizar cadastro prvio no Sistema de Gesto de Convnios e Contratos de Repasse-SICONV, conforme normas do rgo central do sistema. 1 O cadastramento de que trata o caput poder ser realizado em qualquer rgo ou entidade concedente e permitir a celebrao de convnios ou contratos de repasse enquanto estiver vlido o cadastramento. 2 No cadastramento sero exigidos, pelo menos:I - cpia do estatuto social atualizado da entidade;II - relao nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com Cadastro de Pessoas Fsicas - CPF;III - declarao do dirigente da entidade:a) acerca da no existncia de dvida com o Poder Pblico, bem como quanto sua inscrio n bancos de dados pblicos e privados de proteo ao crdito; eb) informando se os dirigentes relacionados no inciso II ocupam cargo ou emprego pblico na administrao pblica federal; IV-prova de inscrio da entidade no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas-CNPJ; V-prova de regularidade com as Fazendas Federal, Estadual, Distrital e Municipal e com o Fundo de Garantia do Tempo de Servio-FGTS, na forma da lei; e VI-comprovante do exerccio nos ltimos trs anos, pela entidade privada sem fins lucrativos, de atividades referentes matria objeto do convnio ou contrato de repasse que pretenda celebrar com rgos e entidades da administrao pblica federal. VII-declarao de que a entidade no consta de cadastros impeditivos de receber recursos pblicos; e VIII- declarao de que a entidade no se enquadra como clube recreativo, associao de seidores ou congnere. 3 Verificada falsidade ou incorreo de informao em qualquer documento apresentado, deve o convnio ou contrato de repasse ser imediatamente denunciado pelo concedente ou contratado.4oA realizao do cadastro prvio no Sistema de Gesto de Convnios e Contratos de RepasICONV, de que trata ocaput, no ser exigida at 1ode setembro de 2008. Art. 3o-A.O cadastramento da entidade privada sem fins lucrativos no SICONV, no que se refere comprovao do requisito constante do inciso VI do 2odo art. 3o, dever ser aprovado pelo rgo ou entidade da administrao pblica federal responsvel pela matria oeto do convnio ou contrato de repasse que se pretenda celebrar. Art.4oA celebrao de convnio ou contrato de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos ser precedida de chamamento pblico a ser realizado pelo rgo ou entidade concedente, visando seleo de projetos ou entidades que tornem mais eficaz o objeto do ajuste. 1oDever ser dada publicidade ao chamamento pblico, inclusive ao seu resultado, especialmente por intermdio da divulgao na primeira pgina do stio oficial do rgo ou entidadeoncedente, bem como no Portal dos Convnios. 2oO Ministro de Estado ou o dirigente mximo da entidade da administrao pblica federader, mediante deciso fundamentada, excepcionar a exigncia prevista nocaputnas seguintes situaes: I-nos casos de emergncia ou calamidade pblica, quando caracterizada situao que demande a realizao ou manuteno de convnio ou contrato de repasse pelo prazo mximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrncia da emergncia ou calamidade, vedada a prorrogao da vigncia do instrumento; II-para a realizao de programas de proteo a pessoas ameaadas ou em situao que possaometer sua segurana; ou III-nos casos em que o projeto, atividade ou servio objeto do convnio ou contrato de repasse j seja realizado adequadamente mediante parceria com a mesma entidade h pelo menos cinco anos e cujas respectivas prestaes de contas tenham sido devidamente aprovadas. Art. 5 O chamamento pblico dever estabelecer critrios objetivos visando aferio da quificao tcnica e capacidade operacional do convenente para a gesto do convnio. Art. 6Constitui clusula necessria em qualquer convnio ou contrato de repasse celebrado pela Unio e suas entidades: I - a indicao da forma pela qual a execuo do objeto ser acompanhada pelo concedente; e II - a vedao para o convenente de estabelecer contrato ou convnio com entidades impedidas de receber recursos federais. Pargrafo nico. A forma de acompanhamento prevista no inciso I docaputdever ser suficiente para garantir a plena execuo fsica do objeto. Art.6o-A.Os convnios ou contratos de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos devero ser assinados pelo Ministro de Estado ou pelo dirigente mximo da entidade da administrao pblica federal concedente. 1 O Ministro de Estado e o dirigente mximo da entidade da administrao pblica federal podero delegar a competncia prevista nocaput. 2As autoridades de que trata ocaputso responsveis por: I-decidir sobre a aprovao da prestao de contas; e II-suspender ou cancelar o registro de inadimplncia nos sistemas da administrao pblica federal. 3A competncia prevista no 2poder ser delegada a autoridades diretamente subordinalas a que se refere o 1, vedada a subdelegao. Art. 7 A contrapartida do convenente poder ser atendida por meio de recursos financeiros, de bens e servios, desde que economicamente mensurveis. 1 Quando financeira, a contrapartida dever ser depositada na conta bancria especfica do convnio em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso, ou depositada nos cofres da Unio, na hiptese de o convnio ser executado por meio do Sistema Integrado de Administrao Financeira - SIAFI. 2 Quando atendida por meio de bens e servios, constar do convnio clusula que indique a forma de aferio da contrapartida.Art. 8 A execuo de programa de trabalho que objetive a realizao de obra ser feita por meio de contrato de repasse, salvo quando o concedente dispuser de estrutura para acompanhar a execuo do convnio.Pargrafo nico. Caso a instituio ou agente financeiro pblico federal no detenha capacidade tcnica necessria ao regular acompanhamento da aplicao dos recursos transferidos, figurar, no contrato de repasse, na qualidade de interveniente, outra instituio pblica ou privada a quem caber o mencionado acompanhamento.Art. 9 No ato de celebrao do convnio ou contrato de repasse, o concedente dever empenhar o valor total a ser transferido no exerccio e efetuar, no caso de convnio ou contrato de repasse com vigncia plurianual, o registro no SIAFI, em conta contbil especfica, dos valores programados para cada exerccio subseqente.Pargrafo nico. O registro a que se refere o caput acarretar a obrigatoriedade de ser consignado crdito nos oramentos seguintes para garantir a execuo do convnio. Art. 10. As transferncias financeiras para rgos pblicos e entidades pblicas e privadas, decorrentes da celebrao de convnios e contratos de repasse, sero feitas exclusivamente por intermdio de instituio financeira oficial, federal ou estadual, que poder atuar como mandatria da Unio para execuo e fiscalizao. 1 Os pagamentos conta de recursos recebidos da Unio, previsto no caput, esto sujeitos identificao do beneficirio final e obrigatoriedade de depsito em sua conta bancr. 2 Excepcionalmente, mediante mecanismo que permita a identificao, pelo banco, do beneficirio do pagamento, podero ser realizados pagamentos a beneficirios finais pessoas fsicas que no possuam conta bancria, observados os limites fixados na forma do art. 18. 3 Toda movimentao de recursos de que trata este artigo, por parte dos convenentes, executores e instituies financeiras autorizadas, ser realizada observando-se os seguintes preceitos:I - movimentao mediante conta bancria especfica para cada instrumento de transferncia (convnio ou contrato de repasse); II-pagamentos realizados mediante crdito na conta bancria de titularidade dos fornecedores e prestadores de servios, facultada a dispensa deste procedimento, por ato da autoridade mxima do concedente ou contratante, devendo o convenente ou contratado identificar o destinatrio da despesa, por meio do registro dos dados no SICONV; e III - transferncia das informaes mencionadas no inciso I ao SIAFI e ao Portal de Convnios, em meio magntico, conforme normas expedidas na forma do art. 18. 4 Os recursos de convnio, enquanto no utilizados, sero obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupana de instituio financeira pblica federal se a previso de seu uso for igual ou superior a um ms, ou em fundo de aplicao financeira de curto prazo ou operao de mercado aberto lastreada em ttulos da dvida pblica, quando a utilizao dess recursos verificar-se em prazos menores que um ms. 5 As receitas financeiras auferidas na forma do 4 sero obrigatoriamente computadas a crdito do convnio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, observado o pargrafo nico do art. 12. 6 A prestao de contas no mbito dos convnios e contratos de repasse observar regras cficas de acordo com o montante de recursos pblicos envolvidos, nos termos das disposies e procedimentos estabelecidos no ato conjunto de que trata ocaputdo art. 18. 7A prestao de contas inicia-se concomitantemente com a liberao da primeira parcela recursos financeiros que dever ser registrada pelo concedente no SICONV. 8 O prazo para anlise da prestao de contas e a manifestao conclusiva pelo concedentr de um ano, prorrogvel no mximo por igual perodo, desde que devidamente justificado. 9oConstatada irregularidade ou inadimplncia na apresentao da prestao de contas e code resultados, a administrao pblica poder, a seu critrio, conceder prazo de at 45 dias para a organizao da sociedade civil sanar a irregularidade ou cumprir a obrigao. 10. A anlise da prestao de contas pelo concedente poder resultar em: I - aprovao; II - aprovao com ressalvas, quando evidenciada impropriedade ou outra falta de natureza formal de que no resulte dano ao Errio; ou III- rejeio com a determinao da imediata instaurao de tomada de contas especial. 11. A contagem do prazo de que trata o 8inicia-se no dia da apresentao da prestaoas. 12. Findo o prazo de que trata o 8, considerado o perodo de suspenso referido no 9 ausncia de deciso sobre a aprovao da prestao de contas pelo concedente poderresulta registro de restrio contbil do rgo ou entidade pblica referente ao exerccio em que orreu o fato. Art. 11. Para efeito do disposto noart. 116 da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, a aquisio de produtos e a contratao de servios com recursos da Unio transferidos a entidades privadas sem fins lucrativos devero observar os princpios da impessoalidade, moralidade e economicidade, sendo necessria, no mnimo, a realizao de cotao prvia preos no mercado antes da celebrao do contrato.Art. 11-A. Nos convnios e contratos de repasse firmados com entidades privadas sem fins lucrativos, podero ser realizadas despesas administrativas, com recursos transferidos pela Unio, at o limite fixado pelo rgo pblico, desde que: I - estejam previstas no programa de trabalho; II - no ultrapassem quinze por cento do valor do objeto; e III-sejam necessrias e proporcionais ao cumprimento do objeto. 1Consideram-se despesas administrativas as despesas com internet, transporte, aluguel, telefone, luz, gua e outras similares. 2Quando a despesa administrativa for paga com recursos do convnio ou do contrato de repasse e de outras fontes, a entidade privada sem fins lucrativos dever apresentar a memria de clculo do rateio da despesa, vedada a duplicidade ou a sobreposio de fontes de recursos no custeio de uma mesma parcela da despesa. Art. 11-B. Nos convnios e contratos de repasse firmados com entidades privadas sem fins lucrativos, permitida a remunerao da equipe dimensionada no programa de trabalho, inclusive de pessoal prprio da entidade, podendo contemplar despesas com pagamentos de tributos, FGTS, frias e dcimo terceiro salrio proporcionais, verbas rescisrias e demais encargos sociais, desde que tais valores: I - correspondam s atividades previstas e aprovadas no programa de trabalho; II - correspondam qualificao tcnica para a execuo da funo a ser desempenhada; III - sejam compatveis com o valor de mercado da regio onde atua a entidade privada sem fins lucrativos; IV - observem, em seu valor bruto e individual, setenta por cento do limite estabelecido para a remunerao de servidores do Poder Executivo federal; e V - sejam proporcionais ao tempo de trabalho efetivamente dedicado ao convnio ou contrato de repasse. 1A seleo e contratao, pela entidade privada sem fins lucrativos, de equipe envolvid execuo do convnio ou contrato de repasse observar a realizao de processo seletivo pro, observadas a publicidade e a impessoalidade. 2A despesa com a equipe observar os limites percentuais mximos a serem estabelecidos no edital de chamamento pblico. 3A entidade privada sem fins lucrativos dever dar ampla transparncia aos valores pagos, de maneira individualizada, a ttulo de remunerao de sua equipe de trabalho vinculada execuo do objeto do convnio ou contrato de repasse. 4No podero ser contratadas com recursos do convnio ou contrato de repasse as pessoasaturais que tenham sido condenadas por crime: I - contra a administrao pblica ou o patrimnio pblico; II - eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; ou III - de lavagem ou ocultao de bens, direitos e valores. 5A inadimplncia da entidade privada sem fins lucrativos em relao aos encargos trabalstas, fiscais e comerciais no transfere administrao pblica a responsabilidade por seu pagamento, nem poder onerar o objeto do convnio ou contrato de repasse. 6Quando a despesa com a remunerao da equipe for paga proporcionalmente com recursos do convnio ou contrato de repasse, a entidade privada sem fins lucrativos dever apresentar a memria de clculo do rateio da despesa, vedada a duplicidade ou a sobreposio de fontes de recursos no custeio de uma mesma parcela da despesa. Art. 12. O convnio poder ser denunciado a qualquer tempo, ficando os partcipes responsveis somente pelas obrigaes e auferindo as vantagens do tempo em que participaram voluntariamente do acordo, no sendo admissvel clusula obrigatria de permanncia ou sancionadora dos denunciantes.Pargrafo nico. Quando da concluso, denncia, resciso ou extino do convnio, os saldos nceiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicaes financeiras realizadas, sero devolvidos entidade ou rgo repassador dos recursos, no prazo improrrogvel de trinta dias do evento, sob pena da imediata instaurao de tomada de contas especial do responsvel, providenciada pela autoridade competente do rgo ou entidade titular dos recursos.Art. 12-A. A celebrao de termo de execuo descentralizada atender execuo da descrientria prevista no programa de trabalho e poder ter as seguintes finalidades: I - execuo de programas, projetos e atividades de interesse recproco, em regime de mtua colaborao; II - realizao de atividades especficas pela unidade descentralizada em benefcio da unidade descentralizadora dos recursos; III - execuo de aes que se encontram organizadas em sistema e que so coordenadas e supervisionadas por um rgo central; ou IV - ressarcimento de despesas. 1A celebrao de termo de execuo descentralizada nas hipteses dos incisos I a III donfigura delegao de competncia para a unidade descentralizada promover a execuo de programas, atividades ou aes previstas no oramento da unidade descentralizadora. 2Para os casos de ressarcimento de despesas entre rgos ou entidades da administrao pca federal, poder ser dispensada a formalizao de termo de execuo descentralizada. Art. 12-B. O termo de execuo descentralizada observar o disposto noDecreto n825, de 2de maio de 1993, e sua aplicao poder ser disciplinada suplementarmente pelo ato conjunto previsto no art. 18.