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CCCCCAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAAAAA

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Universidade Federal da BahiaUniversidade Federal da BahiaUniversidade Federal da BahiaUniversidade Federal da BahiaUniversidade Federal da Bahia

ReitorReitorReitorReitorReitorHeonir Rocha

Vice-ReitorVice-ReitorVice-ReitorVice-ReitorVice-ReitorOthon Jambeiro

Editora da Universidade Federal da BahiaEditora da Universidade Federal da BahiaEditora da Universidade Federal da BahiaEditora da Universidade Federal da BahiaEditora da Universidade Federal da Bahia

DiretoraDiretoraDiretoraDiretoraDiretoraFlávia M. Garcia Rosa

Conselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialAntônio Virgílio Bittencourt Bastos

Arivaldo Leão de AmorimAurino Ribeiro Filho

Cid Seixas Fraga FilhoFernando da Rocha Peres

Mirella Márcia Longo Vieira Lima

SuplentesSuplentesSuplentesSuplentesSuplentesCecília Maria Bacelar Sardenberg

João Augusto de Lima RochaLeda Maria Muhana Iannitelli

Maria Vidal de Negreiros CamargoNaomar Monteiro de Almeida Filho

Nelson Fernandes de Oliveira

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HÉLIO CAMPOS(MESTRE XARÉU)

CCCCCAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAAAAA

SALVADOR - BAHIA2001

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CAPA E PROJETO GRÁFICOLinivaldo Cardoso Greenhalgh

PARTITURAS MUSICAISMaria das Graças Carneiro de Campos da Rocha

(Dadaça)

REVISÃOTânia de Aragão Bezerra

Campos, Hélio. Capoeira na escola / Hélio Campos. _ Salvador: EDUFBA, 2001.

153p; il.

ISBN: 85-232-0223-4

1. Capoeira - ensino I. Título.

CDU: 796.8:371.3

Editora da Universidade federal da BahiaRua Augusto Viana, 37 - CanelaCEP: 40.110-060, Salvador-BA

Tel/fax: (071)235-8991E-mail: [email protected]

©2001 by Hélio CamposDireitos para esta edição, cedidos à

Editora da Universidade Federal da Bahia.Feito o depósito legal.

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Dedico este livro a minha esposa,Aninha, e a meus filhos, Marquinhos,Mirella e Helinho, que tanto me apoia-ram, incentivaram e torceram para arealização deste sonho.Aos meus pais, José Carneiro deCampos e Bernadete B. Carneiro deCampos, pelo amor, carinho, esperançae a certeza de grandes realizações.

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Agradecimentos:Agradecimentos:Agradecimentos:Agradecimentos:Agradecimentos:

Ao amigo Raimundo César Alves de Almeida (Itapoan), toda agratidão pelo apoio, incentivo e colaboração nos trabalhos da “artemaior”, a Capoeira.

Aos amigos:

· Edivaldo Machado Boaventura · César Barbieri · Maria das Graças Carneiro de Campos da Rocha (Dadaça) · Maria do Rosário Soares Seabra ( Zau Seabra) · Manoelito Damasceno · Ruy Carvalho Filho · Marinez Tavares da Fonsêca · Graça Maria Dultra Simões

A todos que, direta ou indiretamente, me levaram a amar a Capoeira— o meu muito obrigado.

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Capoeira é o método de ginástica genuinamentebrasileiro, bem ajustado aos alunos, por ser

oriundo de uma manifestação popular, rica demovimentos, e música com substrato cultural e

bastante difundida na sociedade.

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SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

Prefácio..............................................................................................................

PARTE I A PRÁTIC A PRÁTIC A PRÁTIC A PRÁTIC A PRÁTICA DA DA DA DA DA CA CA CA CA CAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAAAAA

Introdução ......................................................................................................

Síntese Histórica.............................................................................................

O Termo Capoeira..........................................................................................

Importância Pedagógica...............................................................................

Implantação.....................................................................................................

Metodologia....................................................................................................

Capoeira como Educação Física................................................................

Experiências Pessoais....................................................................................

Capoeira como Prática Desportiva Curricular...............................................

A Baianização do Currículo........................................................................

PARTE IIINSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIASINSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIASINSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIASINSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIASINSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIAS

Instrumentos da Capoeira............................................................................

Golpes da Capoeira.......................................................................................

Seqüências de Ensino de Mestre Bimba....................................................

Seqüências da Cintura Desprezada...........................................................

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PARTE IIIQUALIDADES FÍSICASQUALIDADES FÍSICASQUALIDADES FÍSICASQUALIDADES FÍSICASQUALIDADES FÍSICAS

Flexibilidade.....................................................................................................

Força................................................................................................................. Agilidade..........................................................................................................

Velocidade........................................................................................................

Equilíbrio..........................................................................................................

Coordenação...................................................................................................

PARTE IVRITMORITMORITMORITMORITMO, TOQUES E MÚSIC, TOQUES E MÚSIC, TOQUES E MÚSIC, TOQUES E MÚSIC, TOQUES E MÚSICASASASASAS

Ritmo................................................................................................................

Toques de Berimbau......................................................................................

Músicas............................................................................................................

Partituras dos Principais Toques de Berimbau.........................................

Referências Bibliográficas.............................................................................

Referências Iconográficas.............................................................................

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PREFÁCIOPREFÁCIOPREFÁCIOPREFÁCIOPREFÁCIO

No momento em que o Ministério da Educação, através desua Secretaria de Esportes, lança o Plano Nacional de Capoeira —PNC, e, dentre os projetos do Plano, encontra-se um intitulado CA-POEIRA NA ESCOLA, é de grande valia um trabalho que vise orientarprofessores de Educação Física e Capoeiristas, para o modo comodeve ser a Capoeira ministrada nas escolas de 1º grau.

O Professor Hélio José Bastos Carneiro de Campos, conhe-cido e respeitado nos meios da Educação Física e excelente capoeirista,formado pelo famoso Mestre Bimba, é uma pessoa altamente preo-cupada com o futuro da Capoeira/esporte/educação, tendo partici-pado sempre de todos os encontros relacionados com a preserva-ção, sistematização e organização da Capoeira em nosso Estado,ocupando hoje o cargo de Presidente da Federação Bahiana de Ca-poeira, além de ser o Professor responsável pela disciplina no De-partamento de Educação Física da FACED — Faculdade de Educa-ção da Universidade Federal da Bahia.

Este trabalho do Professor vem preencher uma grande lacu-na existente na nossa arte. Com uma linguagem simples e direta,CAPOEIRA NA ESCOLA é de fundamental importância para o enri-quecimento esportivo, educacional e cultural do educando, que tema oportunidade de conhecer a história do Brasil através da Capoeirae sentir, durante os treinamentos, a metodologia de Hélio Campos.A integração de elementos ginásticos com a Capoeira possibilita aosprofessores de Educação Física desenvolverem suas atividades nasescolas utilizando um segmento cultural altamente inserido na vidabrasileira.

A aplicação de um método progressivo vem fazer com que oplano, ora apresentado, possa ser utilizado durante todo o 1º grausem sofrer solução de continuidade, numa motivação constante paraos alunos, permitindo verificar seus progressos e ao professor uma

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orientação de um método que não permite a repetição de movimen-tos e técnicas que só levam a desmotivação.

A história, conhecimento dos instrumentos e músicas ine-rentes à Capoeira, sua técnica, tradição e aprendizado/educacionalde competição são fatores que devem ser incentivados em benefício,também, dos alunos das faculdades de Educação Física de váriosEstados que já possuem em seu currículo a disciplina Capoeira.

Está de parabéns o Professor Hélio Campos (Mestre Xaréu),temos a certeza de que muito breve estaremos colhendo os frutosdeste trabalho totalmente voltado para a educação dos jovens donosso país.

Raimundo César Alves de Almeida - ITAPOAN

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PARTE I

A PRÁTICA PRÁTICA PRÁTICA PRÁTICA PRÁTICA DA DA DA DA DA CA CA CA CA CAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAPOEIRA NA ESCOLAAAAA

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

O objetivo deste livro é apresentar uma proposta de implan-tação da CAPOEIRA como atividade desportiva e educativa, dentroda disciplina Educação Física, para escolares de 1º grau da 5ª a 8ªséries, visto que a Capoeira é uma manifestação popular, rica demovimentos, cultura e bastante usada e difundida na sociedade.

Justifica-se a sua inclusão por se tratar de um elemento im-portante da cultura popular brasileira, conforme têm assinalado vá-rios especialista como Câmara Cascudo10, Waldeloir Rego25, InezilPenna Marinho18 e outros. Além do mais, pudemos observar de per-to, ao longo de vinte e dois anos de prática de Capoeira, o quantoesta atividade é importante para o homem, principalmente na suaformação global, pois através dos movimentos, paralelamente sãodesenvolvidos a criatividade e o interesse pelas artes e pela cultura,proporcionando ainda uma mudança de comportamento pelas múlti-plas experiências vivenciadas.

Esta proposta encontra uma grande motivação pessoal danossa parte enquanto professor de Educação Física e por termosfreqüentado a Academia de Mestre Bimba durante sete anos e, ain-da, quando professor do Colégio Estadual Manoel Devoto, ministra-mos aulas de Capoeira dentro do programa de Educação Física, cujosefeitos e resultados foram excelentes.

Da nossa experiência, concluímos que essas aulas podem serministradas de duas maneiras: a primeira, sendo a Capoeira incluídana parte da aplicação desportiva dos métodos de ginástica, tais comoo Método Natural Austríaco, o Método da Desportiva Generalizadae o Método Padrão, ou mesmo como parte principal das aulas deEducação Física; a segunda, a Capoeira como prática desportiva, jásendo utilizada por alguns estabelecimento de ensino, principalmen-te da rede particular. Esta forma tem como principal objetivo iniciaros alunos na Capoeira como um desporto, que vem tendo umaótima aceitação.

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Considerando que as aulas de educação física nos Colégiosestão carentes de motivação e criatividade em função dos professo-res se defrontarem com uma difícil situação de trabalho, pela faltade instalações adequadas, assim como de material específico (bolas,plintos, barreiras, cordas, etc.) é que se fortalece a idéia da inclusãoda Capoeira através da Educação Física. Isto vai propiciar uma mai-or participação dos alunos, motivados por uma atividade rica demovimentos, onde existem a música, o ritmo, o canto, como coadju-vantes, possibilitando uma expressão corporal espontânea.

As qualidades físicas poderão ser bem exploradas e traba-lhadas de forma alegre e prazerosa, através de exercícios individu-ais, duplas, trios e jogos. Por outro lado, a própria prática da Capo-eira também atua de forma significativa no desenvolvimento das qua-lidades físicas.

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SÍNTESE HISTÓRICASÍNTESE HISTÓRICASÍNTESE HISTÓRICASÍNTESE HISTÓRICASÍNTESE HISTÓRICA

Quanto à origem, várias são as hipóteses sobre a Capoeira,existindo duas fortes correntes: uma afirma que a Capoeira teriavindo para o Brasil, trazida pelos escravos, e a outra considera aCapoeira como uma invenção dos escravos no Brasil. Porém, nãoexistem documentos que comprovem estas hipóteses. Infelizmente,o Conselheiro Ruy Barbosa, quando Ministro da Fazenda do Go-verno Deodoro da Fonseca, mandou queimar toda documentaçãoreferente à escravidão negra no Brasil, achando que se tratava deuma mancha na história do país que deveria ser apagada. A suaresolução foi de 15 de novembro de 1890. Ficamos assim, semsaber com fidelidade quando vieram os primeiros escravos e de ondevieram.

O documento mais antigo legalizando a importação de es-cravos para o Brasil, inclusive indicando o local de procedência, é oalvará de D. João III, de 29 de março de 1559, que permitia quefossem importados escravos de São Tomé. Porém, um ponto de vistaé quase unânime entre os historiadores, no que concerne à hipótesede terem vindo de Angola os primeiros escravos, assim como sendooriginária de lá a maior parte de negros importados.

Segundo Waldeloir Rêgo25, em seu livro Capoeira Angola:

... tudo nos leva a crer que seja a Capoeira uma invençãodos africanos no Brasil, desenvolvida por seus descendentes Afro-Brasileiros, tendo em vista uma série de fatores colhidos em docu-mentos escritos e sobretudo no convívio e diálogos constantescom os capoeiristas atuais e antigos que ainda vivem na Bahia.

Convém lembrar que vários pesquisadores que estiveram naÁfrica, principalmente em Angola, jamais encontraram vestígio al-gum de uma luta parecida com a nossa Capoeira. Ainda para refor-çar esta hipótese do aparecimento da Capoeira no Brasil, não exis-

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tem nomes de golpes nem de toques em língua africana, como porexemplo no Candomblé. Uma indagação que pode ser feita é a se-guinte: por que os africanos não preservaram a linguagem da capo-eira como fizeram com tantas outras manifestações vindas com elesda África? Tudo nos leva a crer que a Capoeira se trate realmente deuma manifestação regional da Bahia.

Foto 01 - JOGO DE CAPOEIRA[RUGENDAS]

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O TERMO CAPOEIRAO TERMO CAPOEIRAO TERMO CAPOEIRAO TERMO CAPOEIRAO TERMO CAPOEIRA

O vocábulo Capoeira tem sido tratado por vários estudio-sos. Em 1712, ele foi registado pela primeira vez por RaphaelBluteau6, seguido por Moraes29, em 1813.

A primeira proposição de que se tem notícia é a de José deAlencar1, em 1865, na primeira edição de Iracema. Propôs Alencar,para o vocábulo Capoeira, o tupi Caa-Apuam-eraCaa-Apuam-eraCaa-Apuam-eraCaa-Apuam-eraCaa-Apuam-era, traduzido por“ilha de mato já cortado”. Henrique Beaurepaire Rohan27 propôs otupi CoCoCoCoCo-puera, -puera, -puera, -puera, -puera, significando “roça velha”. Para Macedo Soares30,o vocábulo vem simplesmente do guarani Caápuêra, Caápuêra, Caápuêra, Caápuêra, Caápuêra, “mato quefoi”, atualmente, “mato miúdo que nasceu no lugar do mato virgemque se derrubou”. J. Barbosa Rodrigues26, no século passado, pro-pôs no seu livro Paranduba Amazonense a forma Caapoêra. Caapoêra. Caapoêra. Caapoêra. Caapoêra. Jápara o Visconde de Porto Seguro28, o termo certo é Capoêra.Capoêra.Capoêra.Capoêra.Capoêra.

Atualmente, são quase unânimes os tupinólogos em aceita-rem o étimo Caá, Caá, Caá, Caá, Caá, “mato, floresta virgem”, mais Puêra, Puêra, Puêra, Puêra, Puêra, pretéritonominal que quer dizer “o que foi, e o que não existe mais”.

Outro argumento para o vocábulo é a existência, no Brasil,de uma ave chamada capoeira (Odontophores Capueira-SpixOdontophores Capueira-SpixOdontophores Capueira-SpixOdontophores Capueira-SpixOdontophores Capueira-Spix)que se acha espalhada por vários estados brasileiros, além de sertambém encontrada no Paraguai. “Essa ave é também chamada deUruUruUruUruUru, uma espécie de perdiz pequena que anda em bandos e nochão”. Antenor Nascente22, em 1955, na Revista Brasileira deFilologia, explica porque o jogo da Capoeira se liga à ave. Informaque o macho da capoeira é muito ciumento e por isso trava lutastremendas com o rival que ousa entrar em seus domínios. Concluin-do que, naturalmente, os passos de destreza desta luta, as negaças,foram comparadas com os destes homens que, na luta simulada paradivertimentos, lançavam mão apenas da agilidade. Existe ainda ovocábulo português Capoeyra Capoeyra Capoeyra Capoeyra Capoeyra que significa “cesto para guardarcapões”.

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Semanticamente falando, o vocábulo comporta váriasacepções, conforme consta do dicionário de Aurélio Buarque deHolanda Ferreira14.

Capoeira1, s.f. – Gaiola grande ou casinhola onde se criam e alojam capões e outras aves domésticas.

Capoeira2, s.f. –Terreno em que o mato foi roçado ou quei-mado para cultivo da terra ou para outro fim. Jogo atlético constitu-ído por um sistema de ataque e defesa (...).

Capoeiragem, s.f. – Sistema de luta dos capoeiras.Capoeirada, s.f. – Conjunto de capoeiristas.Capoeirano, s.m. – Morador de terras de capoeira.

Foto 02 - MERCADO DE AVES(DEBRET)

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IMPORTÂNCIA PEDAGÓGICA IMPORTÂNCIA PEDAGÓGICA IMPORTÂNCIA PEDAGÓGICA IMPORTÂNCIA PEDAGÓGICA IMPORTÂNCIA PEDAGÓGICA

A Capoeira é uma excelente atividade física e de uma rique-za sem precedentes para ajudar na formação integral do aluno. Elaatua de maneira direta e indireta sobre todos os aspectos cognitivo,afetivo e motor. A sua riqueza está nas várias formas de ser contem-plada na escola, onde o aluno, através de sua prática ordenada, po-derá assimilá-la e atuar nas linhas com as quais se identifica:

Capoeira luta Capoeira luta Capoeira luta Capoeira luta Capoeira luta – Representa a sua origem e sobrevivênciaatravés dos tempos na sua forma natural como instrumento de defe-sa pessoal genuinamente brasileiro. Deverá ser ministrada com oobjetivo de Capoeira combate e de defesa.

Capoeira dança e arteCapoeira dança e arteCapoeira dança e arteCapoeira dança e arteCapoeira dança e arte – A arte se faz presente através damúsica, ritmo, canto, instrumento, expressão corporal, criatividadede movimentos, assim como um riquíssimo tema para as artes plásti-cas, literária e cênicas. Na dança, as aulas deverão ser dirigidas nosentido de aproveitar os movimentos da capoeira, desenvolvendoflexibilidade, agilidade, destreza, equilíbrio e coordenação em buscada coreografia e satisfação pessoal.

Capoeira folcloreCapoeira folcloreCapoeira folcloreCapoeira folcloreCapoeira folclore – É uma expressão popular que faz parteda cultura brasileira e que deve ser preservada, promovendo a par-ticipação dos alunos tanto na parte prática como teórica.

Capoeira esporteCapoeira esporteCapoeira esporteCapoeira esporteCapoeira esporte – Como modal idade desport iva einstitucionalizada em 1972 pelo Conselho Nacional de Desportos,ela mesma deverá ter um enfoque especial para competição, estabe-lecendo-se treinamentos físicos, técnicos e táticos.

Capoeira educaçãoCapoeira educaçãoCapoeira educaçãoCapoeira educaçãoCapoeira educação – Apresenta-se como um elementoimportantíssimo para a formação integral do aluno, desenvolvendo ofísico, o caráter, a personalidade, e influenciando nas mudanças decomportamento. Proporciona, ainda, um auto-conhecimento e umaanálise crítica das suas potencialidade e limites. Na educação espe-

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cial, a Capoeira encontra campo frutífero junto aos deficientes eexcepcionais.

Capoeira como lazerCapoeira como lazerCapoeira como lazerCapoeira como lazerCapoeira como lazer – Como prática não formal atravésdas “rodas” espontâneas, realizadas nas praças, praias, colégios,universidades, festas de largo, etc.

Capoeira filosofia de vidaCapoeira filosofia de vidaCapoeira filosofia de vidaCapoeira filosofia de vidaCapoeira filosofia de vida – Muitos são os adeptos quese engajam de corpo e alma, criando uma filosofia própria de vida,tendo a capoeira como elemento símbolo, e até mesmo usando-apara sua sobrevivência.

Apesar de termos enumerado algumas concepções e práticasde capoeira na escola, antevemos que deverá ser ensinadaglobalizadamente, deixando que o educando busque a sua identifi-cação em qualquer destas formas. Cabe ao professor um papel rele-vante, orientando e estimulando para que o aluno possa aproveitarao máximo toda a sua potencialidade.

Foto 03 - UMA FILOSOFIA DE VIDAMestre Bimba e seus alunos numa festa de formatura de capoeiristas.

Sítio Caruano, Nordeste de Amaralina - Salvador (20.10.67)

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IMPL IMPL IMPL IMPL IMPLANTANTANTANTANTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

A implantação é algo muito simples e fácil, haja vista que aCapoeira não requer instalações nem aparelhos sofisticados. O espa-ço físico não é problema, pois poderá ser ministrada em áreas livres,terrenos baldios, campo de futebol, salas de aulas, quadra de espor-tes, etc. Os instrumentos básicos usados são: berimbau e pandeiro,podendo ainda incluir atabaque, agogô e o reco-reco.

INDUMENTÁRIAÉ a mais simples possível: calça branca meia perna, camiseta

branca e descalço, tendo ainda a opção do uniforme de educação física.

TURMAS DE CAPOEIRASAs turmas de Capoeiras deverão ser agrupadas de forma

homogênea, observando a faixa estária e nível de conhecimento téc-nico. Sugerimos as seguintes categorias:

Pré-infantil ............................10 a 11 anosInfantil ..................................12 a 14 anosInfanto-juvenil ......................15 a 16 anosJuvenil ..................................17 a 18 anos

Foto 04 - GRUPO DE CAPOEIRA

Colégio Carneiro Ribeiro Fº. (Escola pública estadual)

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INDUMENTÁRIA

FARDA E ESCUDO

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METODOLOGIAMETODOLOGIAMETODOLOGIAMETODOLOGIAMETODOLOGIA

É importante frisar que a aprendizagem da Capoeira nãoterá tão somente um aspecto técnico de aprender determinada for-ma de luta e de esporte; o ensino dos golpes e seqüências deverá seracompanhado da transmissão de todos os elementos que envolvem asua cultura, história, origem e evolução, ao tempo em que se esti-mulará a pesquisa, debate e discussão em seminários, para que oeducando tenha uma participação efetiva no contexto da Capoeiracomo um todo. A idéia é que durante as aulas os alunos possamparticipar de maneira integrada, jogando, cantando e tocando.

Cabe ao professor estimular constantemente esta prática,oportunizando aos alunos vivenciarem todos os momentos de umaaula ou “roda” de Capoeira. Vale ressaltar a criação de grupos fol-clóricos e de equipes representativas com a finalidade de se apresen-tarem em festivais e competições.

Foto 05 - AULA DE CAPOEIRAProf. Odilon Jorge e alunos no Colégio Carneiro Ribeiro Filho.

(Escola pública estadual)

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CAPOEIRA COMO EDUCAÇÃO FÍSICACAPOEIRA COMO EDUCAÇÃO FÍSICACAPOEIRA COMO EDUCAÇÃO FÍSICACAPOEIRA COMO EDUCAÇÃO FÍSICACAPOEIRA COMO EDUCAÇÃO FÍSICA

A Capoeira é, por excelência, uma atividade física bem ajus-tada à nossa cultura. A propósito, a primeira iniciativa da Capoeiracomo ginástica aparece em 1907 com o opúsculo intitulado “O Guiada Capoeira ou Ginástica Brasileira”9 de ODC e, em seguida, InezilPenna Marinho18 a conceituou como Ginástica Brasileira. Além dis-so, o famoso Mestre Bimba, em sua Academia de Capoeira que,inclusive, foi a primeira do Brasil, afirmava reforçando, que a Capo-eira, por si só, era uma excelente forma de ginástica. Ela desenvolveas qualidade físicas de base, atuando com eficácia na melhora dacondição geral, desenvolvendo sobremaneira os sistemas aeróbico,anaeróbico e muscular. Tem influência direta no aspecto cognitivo,estimulando a coragem, a auto-confiança, a cooperação, a formaçãodo caráter e da personalidade.

O valor da Capoeira como Educação Física é enorme. É den-tro do próprio “jogo” que o capoeirista mostra todo o seu potencial e,para isso, torna-se necessário um excelente condicionamento físico,técnico e tático. Na sua riqueza de movimentos, a coordenação, oequilíbrio, a velocidade, a destreza, a agilidade, a flexibilidade e aresistência são postos a toda a prova, sendo que essas qualidades físi-ca são trabalhadas e desenvolvidas em permanente movimentação.

Todos os movimentos dos capoeiristas têm um objetivo defini-do, quer seja de atacar, defender ou recuperar o equilíbrio, criandouma situação nova que lhe possibilite aplicar um golpe com precisão.Para que isso aconteça, fatores importantíssimos como a percepção, anoção de distância, a lateralidade, o ritmo, a velocidade, o reflexo e acoragem interagem neste complexo que é o jogo de Capoeira.

Num contexto bem amplo, afirmamos que a Capoeira é umaexcelente atividade física, pois envolve de uma forma magistral todosos músculos do corpo as articulações e as grandes funções, desta-cando-se o aparelho cardiovascular e o cardiopulmonar.

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EXPERIÊNCIAS PESSOAISEXPERIÊNCIAS PESSOAISEXPERIÊNCIAS PESSOAISEXPERIÊNCIAS PESSOAISEXPERIÊNCIAS PESSOAIS

O conteúdo deste livro está baseado em observações cons-tantes da nossa vivência adquirida durante longos anos como pro-fessor de Educação Física e também como capoeirista. Durante todoo tempo, temos sempre procurado novos elementos que possam so-mar novas experiências e atividades para os alunos, partindo princi-palmente dos objetivos da Educação Física e do desporto.

A proposta apresentada é, pois, o resultado da nossa experi-ência pessoal, devidamente analisada e testada algumas vezes noscolégios onde temos ensinado. Todavia, concebemos a implantaçãoda Capoeira na escola de primeiro grau da quinta à oitava série nãosomente no seu aspecto físico, mas também cultural. Assim, o seuensino deve ser acompanhado de informações sobre sua origem, seusignificado como um componente autêntico da cultura brasileira eespecialmente baiana.

A atividade proposta vem superar algumas dificuldades ine-rentes aos colégios, criando uma motivação sui generis para alunos,professores e servidores. Ressalte-se também o caráter econômicodessa prática esportiva.

É gratificante constatar que alguns Estados brasileiros estãose mobilizando no sentido de implantar a Capoeira nas suas escolas.Neste sentido, à Secretaria de Esporte e Educação Física – SEED –do Ministério da Educação criou um novo programa intitulado “PLA-NO NACIONAL DE CAPOEIRA – PNC”.

Na 1ª Jornada Cultural da Capoeira, realizada na cidade deOuro Preto, Minas Gerais, no período de 18 a 20 de dezembro de1987, vários trabalhos foram apresentados, destacando-se princi-palmente “A capoeira e o menino de rua”, “Capoeira para excepcio-nais” e “Capoeira na escola”. Importante frisar que estes trabalhosestão sendo desenvolvidos praticamente em todo o território nacio-nal. Ainda o PNC tem um importante projeto de resgatar a memória

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da Capoeira. E, em janeiro de 1989, inicia este projeto com a gra-vação em vídeo dos depoimentos de dez mestres baianos remanes-centes da Capoeira angolana. São:

1. Mestre João Pequeno2. Mestre João Grande3. Mestre Gigante4. Mestre Caiçara5. Mestre Canjiquinha6. Mestre Ferreirinha (Santo Amaro)7. Mestre Curió8. Mestre Bobó9. Mestre Waldemar

10. Mestre Paulo dos Anjos

Este trabalho foi possível graças ao apoio do Ministério daCultura, através do Programa Centenário da Abolição. Vale ressaltarque, após editado, será distribuído gratuitamente para as Secretariasde Educação dos Estados, Bibliotecas, Universidades, Escolas deEducação Física e Colégios.

Dando continuidade, estão sendo preparados os originaispara publicação de Coletânea de textos sobre Capoeira, com a par-ticipação de pessoas dos mais diversos segmentos da sociedade.

Estão sendo prensados também os discos dos Mestres JoãoPequeno, João Grande, Ezequiel.

E, por fim, o programa tem como uma das metas prioritáriasapoiar projetos que envolvam a Capoeira na escola e na comunidade.

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Em face do que vimos até agora, é possível seqüenciar aCapoeira como prática desportiva, levando em consideração os ob-jetivos, conteúdo e sugestões de atividades, conforme os QUA-DROS DE PLANEJAMENTO DE ENSINO, da 5a até 8a série do 1ºgrau.

Esses quadros servem de orientação e sugestão para o pro-fessor, a fim de que este possa adequá-los e adaptá-los à escola, deacordo com as suas disponibilidades de instalação e materiais, emfunção precípua da clientela.

Foto 06 - 1º BATIZADO DE CAPOEIRAMestre FERREIRINHA colocando medalha em aluno

(ISBA - Instituto Social da Bahia)

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38

QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

PO

EIR

A -

7a S

ÉR

IE

OB

JET

IVO

SC

ON

TE

ÚD

OS

UG

EST

ÕE

S D

E A

TIV

IDA

DE

S

Con

hece

r a

Cap

oeir

a no

s se

us m

ais

vari

ados

asp

ecto

s:lu

ta, a

rte,

def

esa

pess

oal,

laze

r, d

espo

rto,

fol

clor

e, e

tc.

Exe

cuta

r a

seq

üênc

ia d

e en

sino

de

Mes

tre

Bim

baco

m a

perf

eiço

amen

to

Exe

cuta

r go

lpes

de

ataq

ues

e de

fesa

com

técn

ica

Exe

cuta

r go

lpes

esp

ecia

is

Cap

oeir

a•

His

tóri

co•

Car

acte

ríst

icas

• C

onhe

cim

ento

dos

inst

rum

ento

s•

Im

port

ânci

a da

sua

prá

tica

• R

egra

s de

“ J

ogo”

• M

estr

es b

aian

os•

Cen

tros

de

Cap

oeir

a da

Bah

ia

Seqü

ênci

a do

ens

ino

de M

estr

e B

imba

Gol

pes

de a

taqu

e:•

mei

a-lu

a de

fre

nte

• m

eia-

lua

de

com

pass

o•

que

ixad

a•

mar

telo

• b

ênçã

o•

arm

ada

• g

alop

ante

• c

abeç

ada

• r

aste

ira

• e

scor

ão•

arr

astã

o

Gol

pes

de d

efes

a:•

coc

orin

ha•

rol

ê al

to•

rol

ê no

chã

o•

def

esa

do m

arte

lo-p

alm

a

Gol

pes

espe

ciai

s :

• ch

apéu

de

cour

o•

ving

ativ

a•

gode

me

• as

fixi

ante

• ar

mad

a co

m m

arte

lo

Pal

estr

asE

ntre

vist

as c

om c

apoe

iris

tas

Obs

erva

ção

e m

anus

eio

dos

inst

rum

ento

sP

roje

ção

de f

ilmes

Pro

jeçã

o de

slid

esV

ídeo

Pes

quis

a e

disc

ussã

o de

res

ulta

dos

Vis

ita

a ac

adem

ias

e as

soci

açõe

sO

bser

vaçã

o do

“jo

go”

de C

apoe

ira

Dem

onst

raçã

o pr

átic

a da

seq

üênc

ia d

e M

estr

e B

imba

, com

técn

ica

e ri

tmo

Tra

balh

o in

divi

dual

e e

m d

upla

s, u

tiliz

ando

-se

pequ

enas

seqü

ênci

as d

e go

lpes

e c

ontr

a-go

lpes

, obs

erva

ndo

a té

cnic

a

Tra

balh

o in

divi

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com

trei

nam

ento

esp

ecíf

ico

para

mel

hora

r a

técn

ica

Tra

balh

o em

dup

las,

obs

erva

ndo

as té

cnic

as e

mpr

egad

aspa

ra d

efes

a

Tra

balh

o in

divi

dual

ou

em d

upla

s, o

bser

vand

o a

técn

ica

Exe

cuta

r gol

pes

espe

ciai

s

Exe

cuta

r a

seq

üênc

ia d

e en

sino

de

Mes

tre

Bim

baco

m a

perf

eiço

amen

to

Exe

cuta

r go

lpes

de

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ues

e de

fesa

com

técn

ica

• • • • • • • • • • •

QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

POE

IRA

- 7

a SÉ

RIE

• • • • • • • • • • • • • • • •

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QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

PO

EIR

A -

7a S

ÉR

IE (

Con

t.)

OB

JET

IVO

SC

ON

TE

ÚD

OS

UG

EST

ÕE

S D

E A

TIV

IDA

DE

S

Exp

ress

ar a

cri

ativ

idad

e at

ravé

s de

peq

uena

s se

qüên

-ci

as d

e m

ovim

ento

Dem

onst

rar

agili

dade

, coo

rden

ação

, aut

o-co

nfia

nça

eco

rage

m e

m s

ituaç

ões

de jo

go

Exe

cuta

r o

“ Jo

go ”

da

Cap

oeir

a, c

om té

cnic

a e

rit-

mos

var

iado

s

Exe

cuta

r ex

ercí

cios

que

aux

ilie

m n

a pr

átic

a de

Cap

oeir

a

Dem

onst

rar

habi

lidad

es a

dqui

rida

s, p

artic

ipan

do d

egr

upos

folc

lóri

cos

e co

mpe

tiçõe

s

Dem

ostr

ar c

onhe

cim

ento

s ad

quir

idos

Cri

ação

de

mov

imen

tos

Cri

ação

de

pequ

enas

seq

üênc

ias

“Jog

o” d

e C

apoe

ira

“Jog

o” d

e C

apoe

ira

Gin

ástic

a G

eral

Gin

ástic

a E

spec

ífic

aA

tivi

dade

s re

crea

tivas

Gru

pos

folc

lóri

cos

Com

petiç

ões

Deb

ates

Tra

balh

os e

scri

tos

Pes

quis

asE

xpos

içõe

s

Mov

imen

tos

novo

s e

cria

tivos

em

situ

açõe

s es

peci

ais

de

jogo

Tra

balh

os e

m d

upla

s, c

om u

tiliz

ação

de

golp

es d

e at

aque

s,de

fesa

e g

olpe

s es

peci

ais

Jogo

s va

riad

os:

• Jo

go le

nto

- Flo

reio

• Jo

go r

ápid

o - F

lore

io•

Jogo

s co

m o

obj

etiv

o de

apl

icar

gol

pes

corr

etam

ente

• Jo

go o

rien

tado

par

a co

mpe

tição

Exe

cuçã

o de

sal

tos

e ro

lam

ento

s so

bre

o pl

into

Exe

rcíc

ios:

• A

long

amen

tos

• E

xerc

ício

s de

equ

ilíbr

io n

o so

lo•

Exe

rcíc

ios

de a

gilid

ade

e de

stre

za•

Exe

rcíc

ios

de f

orm

ação

cor

pora

l•

Exe

rcíc

ios

com

Med

icin

ibol

Par

ticip

ação

em

gru

pos

Folc

lóri

cos

Tor

neio

s de

dup

las

Fest

ivid

ades

esc

olar

esD

emon

stra

ções

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esc

olas

, clu

bes

e ev

ento

s

Deb

ates

sob

re a

tual

idad

es d

a C

apoe

ira

Deb

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sob

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apoe

ira

com

o de

spor

toD

ebat

es n

acio

nais

Apr

esen

taçã

o de

pai

néis

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esen

taçã

o de

pes

quis

as, r

elat

ório

s, e

tc.

Est

udos

sob

re C

apoe

ira

com

o ed

ucaç

ão

Gru

pos

folc

lóri

cos

Com

peti

ções

Deb

ates

Tra

balh

os e

scri

tos

Pes

quis

asE

xpos

içõe

s

Dem

onst

rar

habi

lidad

es a

dqui

rida

s, p

artic

ipan

do d

egr

upos

folc

lóri

cos

e co

mpe

tiçõe

s

Dem

ostr

ar c

onhe

cim

ento

s ad

quir

idos

• • • • •

QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

POE

IRA

- 7

a SÉ

RIE

(C

ont.)

• • • •

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QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

PO

EIR

A -

8a S

ÉR

IE

OB

JET

IVO

SC

ON

TE

ÚD

OS

UG

EST

ÕE

S D

E A

TIV

IDA

DE

S

Con

hece

r a

Cap

oeir

a no

s se

us m

ais

vari

ados

asp

ecto

s:lu

ta, a

rte,

def

esa

pess

oal,

laze

r, d

espo

rto,

fol

clor

e, e

tc.

Exe

cuta

r a

seqü

ênci

a de

ens

ino

de M

estr

e B

imba

com

aper

feiç

oam

ento

Exe

cuta

r a

cint

ura

desp

reza

da

Exe

cuta

r go

lpes

e c

ontr

a-go

lpes

, dem

onst

rand

oap

erfe

içoa

men

to

��������$

• H

istó

rico

• C

arac

terí

stic

as•

Con

heci

men

to d

os in

stru

men

tos

• I

mpo

rtân

cia

da s

ua p

rátic

a•

Reg

ras

do “

Jog

o”•

Mes

tres

bai

anos

• C

entr

os d

e C

apoe

ira

na B

ahia

e d

e ou

tros

esta

dos

Seqü

ênci

a d

e en

sino

de

Mes

tre

Bim

ba

Cin

tura

des

prez

ada

Gol

pes

de a

taqu

e:•

mei

a-lu

a de

fre

nte

• m

eia-

lua

de c

ompa

sso

• ar

rast

ão•

que

ixad

a•

cab

eçad

a•

mar

telo

com

var

iaçõ

es•

bên

ção

com

var

iaçõ

es•

arm

ada

com

var

iaçõ

es•

ras

teir

a co

m v

aria

ções

• g

alop

ante

• te

sour

a de

fre

nte

• te

sour

a de

cos

tas

• e

scor

ão•

vin

gativ

a•

ban

da d

e co

stas

Gol

pes

de d

efes

a :

• c

ocor

inha

• n

egat

iva

• r

olê

alto

• r

olê

no c

hão

• d

efes

a do

mar

telo

( p

alm

a)

Pal

estr

aE

ntre

vist

as c

om c

apoe

iris

tas

Obs

erva

ção

e m

anus

eio

dos

inst

rum

ento

sP

roje

ção

de f

ilmes

Pro

jeçã

o de

slid

esV

ídeo

sP

esqu

isa

e di

scus

são

dos

resu

ltado

sV

isita

às

acad

emia

s e

asso

ciaç

ões

Obs

erva

ção

do “

jogo

” de

Cap

oeir

aSe

min

ário

s

Dem

onst

raçã

o pr

átic

a da

seq

üênc

ia d

e M

estr

e B

imba

, com

técn

ica,

ritm

o e

velo

cida

de

Tra

balh

os e

m d

upla

s

Tra

balh

o in

divi

dual

e e

m d

upla

s , u

tiliz

ando

peq

uena

sse

qüên

cias

de

golp

es e

con

tra

golp

es, p

ara

mel

hora

r a

técn

ica

Tre

inam

ento

de

golp

es is

olad

os p

ara

mel

hori

a do

tem

po d

ere

ação

e r

efle

xão

e da

vel

ocid

ade

Tre

inam

ento

de

golp

es is

olad

os, p

ara

mel

hori

a de

técn

ica,

potê

ncia

e v

eloc

idad

e

Exe

cuta

r a

seqü

ênci

a de

ens

ino

de M

estr

e B

imba

com

aper

feiç

oam

ento

Exe

cuta

r a

cint

ura

desp

reza

da

Exe

cuta

r go

lpes

e c

ontr

a-go

lpes

, dem

onst

rand

oap

erfe

içoa

men

to

esta

dos

• • • • •

QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

PO

EIR

A -

8a S

ÉR

IE

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

o

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QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

PO

EIR

A -

8a S

ÉR

IE (

Con

t.)

OB

JET

IVO

SC

ON

TE

ÚD

OS

UG

EST

ÕE

S D

E A

TIV

IDA

DE

S

Exp

ress

ar

a cr

iativ

idad

e,

a pa

rtir

do

do

mín

io

dego

lpes

, ex

ecut

ando

os

mov

imen

tos

com

téc

nica

s e

aper

feiç

oam

ento

Exe

cuta

r ex

ercí

cios

gin

ástic

os q

ue a

uxili

em n

a pr

átic

ada

cap

oeir

a

Dem

onst

rar

agili

dade

, co

orde

naçã

o, a

uto-

conf

ianç

a e

cora

gem

nas

situ

açõe

s de

jogo

s

Apl

icar

os

fu

ndam

ento

s ex

ecut

ando

o

jogo

co

map

erfe

içoa

men

to e

técn

ica

Gol

pes

espe

ciai

s:•

chap

éu d

e co

uro

• vi

ngat

iva

com

var

iaçõ

es•

gode

me

• as

fixi

ante

• ar

mad

a co

m m

arte

lo•

band

a de

cos

ta•

vôo

de m

orce

go•

salto

mor

tal c

om a

s m

ãos

• ch

apéu

de

cour

o co

m d

ois

pés

Gin

ástic

a E

spec

ífic

aA

tivi

dade

s re

crea

tiva

s

“ Jo

go”

de C

apoe

ira

Tra

balh

o in

divi

dual

ou

em d

upla

s

Par

tindo

do

s go

lpes

, os

al

unos

po

derã

o de

scob

rir

mov

imen

tos

novo

s e

pess

oais

, de

livre

exp

ress

ão

Tra

balh

o em

dup

las:

apr

endi

zado

e t

rein

amen

to d

e go

lpes

espe

ciai

s

Exe

rcíc

ios

:•

rola

men

to c

om v

aria

ções

• pa

rada

s de

2 e

3 a

poio

s•

salto

s so

bre

o pl

into

• sa

lto d

e pe

ixe

• sa

lto s

obre

as

mão

s•

flic

-fla

c•

pont

e•

desl

ocam

ento

Exe

rcíc

ios:

• fl

exib

ilid

ade

• eq

uilíb

rio

• ag

ilida

de•

forç

a•

coor

dena

ção

• co

m m

edic

ineb

ol

Os

alun

os d

evem

jog

ar n

a “r

oda”

, em

preg

ando

tod

os o

sgo

lpes

Jogo

em

bai

xo e

em

cim

a, c

om o

rien

taçã

o do

pro

fess

or q

uede

ve o

bser

var

as c

arac

terí

stic

a in

divi

duai

s do

s jo

gado

res

Jogo

s co

m r

itmos

var

iado

sJo

go l

ento

-F

lore

ioJo

go r

ápid

o -F

lore

ioJo

go c

om o

obj

etiv

o de

apl

icar

os

golp

es c

orre

tam

ente

Jogo

com

os

golp

es d

a “C

intu

ra d

espr

ezad

a”

Exe

cuta

r ex

ercí

cios

gin

ástic

os q

ue a

uxili

em n

a pr

átic

ada

cap

oeir

a

• • • • • • • • • • • • • •

“ Jo

go”

de C

apoe

ira

• • • • • • • • •

QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

PO

EIR

A -

8a S

ÉR

IE (

Con

t.)

Cap

oeir

a

Sem título-2 13/12/04, 15:5241

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QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

PO

EIR

A -

8a S

ÉR

IE (

cont

.)

OB

JET

IVO

SC

ON

TE

ÚD

OS

UG

EST

ÕE

S D

E A

TIV

IDA

DE

S

Dem

onst

rar

hab

ilida

des

adqu

irid

as p

artic

ipan

do d

egr

upos

fol

clór

icos

e c

ompe

tiçõe

s

Dem

onst

rar

conh

ecim

ento

s ad

quir

idos

Gru

po f

olcl

óric

oC

ompe

tiçõ

es

Deb

ates

Sem

inár

ios

Pes

quis

asE

xpos

içõe

sA

mos

tras

Org

aniz

ação

de

grup

os f

olcl

óric

osC

ampe

onat

os e

torn

eios

de

dupl

asD

emon

stra

ções

em

Esc

olas

, Clu

bes,

eve

ntos

, etc

.

Mes

as r

edon

das

Fest

ivai

s de

Cap

oeir

aC

oncu

rsos

Clín

icas

Apr

esen

taçã

o de

Pes

quis

as, R

elat

ório

s, e

tc.

QU

AD

RO

DE

PL

AN

EJA

ME

NT

O

CA

PO

EIR

A -

8a S

ÉR

IE (

cont

.)

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43

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o (6

.12.

1968

)

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A BAIANIZAÇÃO DO CURRÍCULOA BAIANIZAÇÃO DO CURRÍCULOA BAIANIZAÇÃO DO CURRÍCULOA BAIANIZAÇÃO DO CURRÍCULOA BAIANIZAÇÃO DO CURRÍCULO

Transcrevemos, na íntegra, o artigo do Prof. EdivaldoBoaventura, publicado na coluna “Educação” do Jornal AAAAA TTTTTararararardedededede, de8 de janeiro de 1988. Nele, o autor faz uma interessante aborda-gem e uma reflexão sobre currículo e cultura dentro da Educação.

A aproximação do currículo da cultura há de ser sempre umapreocupação dominante nos educadores. E a educação, paraque seja realmente nacional, há de refletir valores, condiciona-mentos e ingredientes culturais. Em primeiro lugar, evidentemen-te, está a Língua da Pátria. Assim, objetivando cada vez mais abaianização do currículo, além da Introdução dos Estudos Africa-nos, cuja primeira avaliação acaba de ser feita pela minha aluna deMestrado de Educação, Narcimária Correia do Patrocínio, venhoinsistir mais uma vez na recepção da Capoeira como práticaeducativa ou como modalidade da Educação Física.

Algumas propostas têm sido apresentadas. Destacam-se, en-tretanto, duas: primeiramente, “Os efeitos do treinamento demusculação, da resistência muscular localizada, para estudantesde 1º e 2º graus, na faixa etária de 16 a 18 anos, participantes decapoeira”, do prof. Odilon Jorge Daltro de Góes, monografiaapresentada ao Departamento de Educação Física da Universida-de Gama Filho, como requisito parcial para a conclusão do cursode pós-graduação a nível de especialização: e o estudo preliminardo Prof. Hélio José B. Carneiro de Campos, intitulado “Propostade implantação da capoeira na escola de 1º grau”.

O estudo do Prof. Odilon Góes é mais genérico, concebidocomo uma modalidade de Educação Física e destina-se a uma faixaetária mais elevada de 16 a 18 anos. Situa-se no grupo de traba-lhos finais daqueles professores que se especializaram na Univer-sidade Gama Filho. Para o Prof. Odilon, somente em 1972, acapoeira foi reconhecida nacionalmente como esporte. O traba-lho teve que se enquadrar ao esquema monográfico, todavia, oque considero mais importante foi a tentativa de aplicar o método

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experimental com seleção de sujeitos para a investigação numgrupo de alunos de 16 a 18 anos.

Além da revisão da literatura, o autor oferece um método detreinamento em circuito com as chamadas oficinas ou estações,com destaque para: barra fixa, ginga, “cucurinha”, meia-lua defrente, “au”, “burp teste”, abdominal, rolamento, ponte, bênção,flexão de braço sobre o solo, flexão de coxa sobre o solo, flexãode coxa sobre a perna em afastamento lateral, agilidade, mata-borrão, parada de dois apoios e salto lateral.

Tanto o Prof. Odilon Góes como o Prof. Hélio Campos sãodiplomados pela Escola de Educação Física da Universidade Cató-lica do Salvador, embora tivessem mestres de capoeira diferentes.O primeiro foi discípulo do mestre Canjiquinha, Washington Bru-no da Silva, e o segundo foi aluno de Mestre Bimba. Alinham, osdois, o conhecimento sistemático universitário à prática da capo-eira.

A proposta do Prof. Hélio Campos é sobretudo pedagógica etoma como ponto de partida o substrato cultural. O objetivo cen-tral do trabalho “é a implantação da capoeira como atividadedesportiva dentro da disciplina Educação Física, para escolares de1º grau, da 5ª a 8ª série. Considera a capoeira como uma mani-festação popular, rica em movimentos, cultura e bastante usada edifundida na sociedade. O seu projeto é fruto de 21 anos deprática de capoeira. Considera, também, que “a atividade é im-portante para o homem, principalmente na sua formação global,pois, através dos movimentos, paralelamente é desenvolvida acriatividade, o interesse pelas artes e pela cultura, proporcionan-do ainda uma mudança de comportamento pelas múltiplas experi-ências vivenciadas”.

Discutindo origem e evolução histórica, opina no sentido dasua invenção por africanos, no Brasil, desenvolvida por seus des-cendentes. Usa a favor da sua tese a nomenclatura de golpes etoques em língua vernácula.

Considera dentre outro fatores, a sua importância pedagógi-ca, isto é, como atuação cognoscitiva, afetiva e motora. A suamaior riqueza está, para o Prof. Campos, nas várias formas de ser

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contemplada na escola, onde o aluno, pela sua prática ordenada,poderá assimilá-la como luta, dança e arte, folclore, esporte, lazere mesmo como filosofia de vida.

Por fim, destaca-se o caráter econômico da capoeira, poisnão requer instalações caras, nem aparelhos sofisticados e nem éproblema o espaço físico, podendo-se usar as áreas livres, quadrade esportes e até a sala de aula.

As duas propostas se completam e revelam, antes de tudo, apreocupação de dois ilustres docentes do sistema estadual deeducação pela sua melhoria e pela aproximação crescente com acultura, base do currículo.

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PARTE II

INSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIASINSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIASINSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIASINSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIASINSTRUMENTOS E SEQÜÊNCIAS

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INSTRUMENTOS DA CAPOEIRAINSTRUMENTOS DA CAPOEIRAINSTRUMENTOS DA CAPOEIRAINSTRUMENTOS DA CAPOEIRAINSTRUMENTOS DA CAPOEIRA

Os instrumentos têm uma importância peculiar nas aulas enas apresentações da Capoeira. Eles ditam o ritmo em que devemjogar os alunos e estimulam os movimentos através de uma vibraçãomágica interior. É comum encontrarmos pessoas e, em especial,capoeiristas, que afirmam não poderem ouvir o som do berimbauque logo ficam agitados, gingando e se sentem impelidos a partici-par do jogo de Capoeira.

Foto 08 - Grupo Folclórico da Escola Popular Novos AlagadosApresentação no 20º aniversário da Faculdade de Educação da UFBA (17.10.1989)

BerimbauBerimbauBerimbauBerimbauBerimbauInstrumento de percussão, em formato de arco, retesado por

um fio de arame, tendo, na sua extremidade inferior, uma cabaçaque funciona como caixa de ressonância. O arame é percutido comuma vareta de madeira, chamada de vaqueta, que o tocador seguracom a mão direita, juntamente com um caxixi, acentuando o ritmo

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através do chocalhar e modificando a intensidade do som com aaproximação e afastamento da abertura da cabaça na barriga. A mãoesquerda, que segura o arco e a moeda (dobrão), encosta ou afastado arame com o objetivo de obter os mais variados sons.

VVVVVaquetaaquetaaquetaaquetaaquetaÉ uma vareta de madeira, de aproximadamente 40 cm, ten-

do uma extremidade um pouco mais grossa e sendo normalmentefeita de biriba.

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CaxixiCaxixiCaxixiCaxixiCaxixiInstrumento em forma de pequena cesta de vime com alça,

usado como chocalho pelo tocador de berimbau, o qual segura apeça com a mão direita, juntamente com a vaqueta, executando otoque e marcando o ritmo.

DobrãoDobrãoDobrãoDobrãoDobrãoÉ uma moeda preferencialmente antiga, de 40 réis, e de es-

timação, usada pelo tocador de berimbau na mão esquerda que, sen-do encostada no arame, modifica o som.

PandeiroPandeiroPandeiroPandeiroPandeiroInstrumento de percussão, composto de um aro circular de

madeira, guarnecido de soalhas, e sobre o qual se estica uma pele,preferencialmente de cabra ou bode, e que se tange batendo com amão, assim como nos cotovelos, nos joelhos e, até, nos pés.

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AgogôAgogôAgogôAgogôAgogôSegundo Buarque de Holanda:Instrumento de percussão de origem africana, constituído

por duas campânulas de ferro, o qual se percute com uma vareta domesmo metal, e é usado particularmente nos candomblés, bateriasde escolas de samba, maracatu, conjuntos musicais14 ... (além degrupos folclóricos, acrescentamos).

AtabaqueAtabaqueAtabaqueAtabaqueAtabaqueTambor primário, feito com pele de animal, distendida em

uma estrutura de madeira com formato de cone vazado nas extremi-dades. Percutido com as mãos, é bastante usado no candomblé e nasdanças religiosas e populares de origem africana.

Reco-recoReco-recoReco-recoReco-recoReco-recoInstrumento de percussão, feito de gomos de bambu, no qual

abrem-se rasgos transversais, onde se passa uma vareta de madeirafazendo soar um som rascante.

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GOLPES DA CAPOEIRAGOLPES DA CAPOEIRAGOLPES DA CAPOEIRAGOLPES DA CAPOEIRAGOLPES DA CAPOEIRA

MOVIMENTO FUNDAMENTAL

GINGAA ginga é que diferencia a Capoeira das outras modalidades

de luta e tem como finalidade o estudo do adversário e do “jogo”.Serve para preparar e deferir os golpes de ataque e, na defesa, éresponsável pelas esquivas e molejos, ajudando de forma decisiva noreflexo, justamente por estar o capoeirista em constante movimento.

Um bom capoeirista é reconhecido pelo seu estilo de gingar,isto é, se ele apresenta grande desembaraço, ritmo, descontração,amplitude de movimentos e malícia.

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MOVIMENTOS BÁSICOS1 - Aú2 - Cocorinha3 - Negativa4 - Rolê

Os movimentos básicos constituem-se nos elementos de de-fesa que desenvolvem a flexibilidade, a agilidade e o reflexo, propor-cionando ao aluno a seguraça necessária para que possa seguir emfrente com o aprendizado da Capoeira.

Cocorinha de Frente Cocorinha de Lado

COCORINHA

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NEGATIVA

Perna direita Perna esquerda

Perna direita de lado

ROLÊ

01 02

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MOVIMENTOS DESEQUILIBRANTES

São golpes que têm o objetivo de desequilibrar e derrubar oadversário:

1 - Arrastão2 - Arqueado3 - Balão de lado4 - Balão cinturado5 - Banda de costas6 - Banda traçada7 - Bênção8 - Cruz9 - Crucifixo

10 - Dentinho11 - Gravata alta12 - Gravata baixa13 - Rasteiras14 - Tesouras15 - VingativaExemplificam-se, a seguir, alguns desses movimentos.

BANDA DE COSTAS VINGATIVA

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RASTEIRA

TESOURA DE FRENTE

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MOVIMENTOS TRAUMATIZANTES

São golpes que têm o objetivo de atingir o adversário emforma de pancada, provocando traumatismo:

1 - Armada2 - Asfixiante3 - Bochecho4 - Cabeçada5 - Chibata6 - Chapéu de Couro7 - Cotovelada8 - Chave9 - Escorão

10 - Esporão11 - Galopante12 - Godeme13 - Joelhada14 - Martelo15 - Meia-lua de Compasso16 - Meia-lua de Frente17 - Ponteira18 - Palma19 - Queixada20 - Salto mortal21 - Suicídio22 - Telefone23 - Vôo de morcego

A seguir, exemplificam-se alguns desses movimentos.

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APLICAÇÃO DO ESCORÃO JOELHADA FRONTAL

COTOVELADA GALOPANTE

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SEQÜÊNCIAS DE ENSINO DE MESTRE BIMBA SEQÜÊNCIAS DE ENSINO DE MESTRE BIMBA SEQÜÊNCIAS DE ENSINO DE MESTRE BIMBA SEQÜÊNCIAS DE ENSINO DE MESTRE BIMBA SEQÜÊNCIAS DE ENSINO DE MESTRE BIMBA

SEQÜÊNCIA SIMPLIFICADA

É uma metodologia recomendada para os iniciantes da Ca-poeira, em virtude de ter uma seqüência lógica de movimentos deataque, defesa e contra-ataque, permitindo ao aluno aprender comsegurança sem lhe exigir uma habilidade aprimorada.

Ao professor cabe orientar o aprendizado de acordo com asua estratégica de ensino, observando a assimilação dos alunos eindicando, se necessário, o fracionamento em etapas a serem cum-pridas.

SEQÜÊNCIA COMPLETA

Esta seqüência era usada pelos alunos de Mestre Bimba noscursos de especialização, por ela ser complexa e com um grau dedificuldade bastante elevado. Exige dos alunos concentração, bompreparo físico e habilidade para golpear de ambos os lados.

São descritos e exemplificados, a seguir, cada um dos tiposde seqüência.

SEQÜÊNCIA SIMPLIFICADA

1ª Seqüência – Meia-Lua de F1ª Seqüência – Meia-Lua de F1ª Seqüência – Meia-Lua de F1ª Seqüência – Meia-Lua de F1ª Seqüência – Meia-Lua de Frente com Armadarente com Armadarente com Armadarente com Armadarente com Armada

Aluno A - ataca: meia-lua de frente com a perna direita, meia-lua de frente com a perna esquerda;

armada, perna direita.Aluno B - defende com cocorinha, esquerda e direita; negativa, perna esquerda.Aluno A - aú.

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2ª Seqüência – Queixada2ª Seqüência – Queixada2ª Seqüência – Queixada2ª Seqüência – Queixada2ª Seqüência – Queixada

Aluno A - ataca: queixada com a perna direita, queixada com a perna esquerda.

Aluno B - defende com cocorinha, direita e esquerda, e contra-ataca com armada, perna direita.Aluno A - defende com cocorinha direita e contra-ataca com uma benção; perna direita.Aluno B - defende com negativa, perna direita.Aluno A - aú.Aluno B - cabeçada.Aluno A - rolê.

3ª Seqüência – Martelo3ª Seqüência – Martelo3ª Seqüência – Martelo3ª Seqüência – Martelo3ª Seqüência – Martelo

Aluno A - ataca: martelo, perna direita; martelo, perna es- querda.

Aluno B - defende com esquiva e palma; contra-ataca com armada, perna direita.

Aluno A - defende com cocorinha e contra-ataca com bênção.Aluno B - defende com negativa.Aluno A - aú.Aluno B - cabeçada.Aluno A - rolê.

4ª Seqüência - Galopante e Arrastão4ª Seqüência - Galopante e Arrastão4ª Seqüência - Galopante e Arrastão4ª Seqüência - Galopante e Arrastão4ª Seqüência - Galopante e Arrastão

Aluno A - ataca: godeme direito.Aluno B - defende com palma direita.Aluno A - contra-ataca com godeme esquerdo.Aluno B - defende com palma esquerda.Aluno B - contra-ataca: galopante com a mão direita.Aluno A - contra-ataca com arrastão.

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Aluno B - defende com negativa.Aluno A - aú.Aluno B - cabeçada.Aluno A - rolê.

5ª Seqüência – Arpão de Cabeça5ª Seqüência – Arpão de Cabeça5ª Seqüência – Arpão de Cabeça5ª Seqüência – Arpão de Cabeça5ª Seqüência – Arpão de Cabeça

Aluno A - giro.Aluno B - cabeçada no abdômen.Aluno A - contra-ataca com joelhada.Aluno B - defende com negativa.Aluno A - aú.Aluno B - cabeçada.Aluno A - rolê.

6ª Seqüência – Meia-lua de Compasso6ª Seqüência – Meia-lua de Compasso6ª Seqüência – Meia-lua de Compasso6ª Seqüência – Meia-lua de Compasso6ª Seqüência – Meia-lua de Compasso

Aluno A - ataca: meia-lua de compasso, perna direita.Aluno B - contra-ataca com a meia lua de compasso, perna

direita.Aluno A - ataca; meia-lua de compasso, perna

esquerda.Aluno B - contra-ataca com meia-lua de compasso, perna

esquerda.

7ª Seqüência – Armada7ª Seqüência – Armada7ª Seqüência – Armada7ª Seqüência – Armada7ª Seqüência – Armada

Aluno A - ataca: armada, perna direita.Aluno B - defende com cocorinha direita e contra-ataca com

armada, perna direita.Aluno A - defende com cocorinha direita e contra-ataca com

benção, perna direita.Aluno B - defende com negativa, perna direita.Aluno A - Aú.

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Aluno B - cabeçada.Aluno A - rolê.Aluno B - ataca com armada, perna esquerda.Aluno A - defende com cocorinha esquerda e contra-ataca

com armada, perna esquerda.Aluno B - defende com cocorinha esquerda e contra-ataca

com bênção, perna esquerda.Aluno A - defende com negativa, perna esquerda.Aluno B - aú.Aluno A - cabeçada.Aluno B - rolê .

8ª Seqüência – Bênção, Cabeçada e Rolê.8ª Seqüência – Bênção, Cabeçada e Rolê.8ª Seqüência – Bênção, Cabeçada e Rolê.8ª Seqüência – Bênção, Cabeçada e Rolê.8ª Seqüência – Bênção, Cabeçada e Rolê.

Aluno A - ataca com bênção, perna direita.Aluno B - defende com negativa, perna direita.Aluno A - aú.Aluno B - cabeçada.Aluno A - rolê.Aluno B - ataca com bênção, perna esquerda.Aluno A - defende com negativa, perna esquerda.Aluno B - aú.Aluno A - cabeçada.Aluno B - rolê.

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1ª Seqüência1ª Seqüência1ª Seqüência1ª Seqüência1ª SeqüênciaMEIA LUA DE FRENTE

01 02

03 04

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2ª Seqüência2ª Seqüência2ª Seqüência2ª Seqüência2ª SeqüênciaQUEIXADA

05

08

06

07

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2ª Seqüência2ª Seqüência2ª Seqüência2ª Seqüência2ª SeqüênciaQUEIXADA

09 10

11 12

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3ª Seqüência3ª Seqüência3ª Seqüência3ª Seqüência3ª SeqüênciaMARTELO

13 14

15 16

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3ª Seqüência3ª Seqüência3ª Seqüência3ª Seqüência3ª SeqüênciaMARTELO

17 18

19 20

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4ª Seqüência4ª Seqüência4ª Seqüência4ª Seqüência4ª SeqüênciaGALOPANTE

21 22

23 24

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4ª Seqüência4ª Seqüência4ª Seqüência4ª Seqüência4ª SeqüênciaGALOPANTE

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5ª Seqüência5ª Seqüência5ª Seqüência5ª Seqüência5ª SeqüênciaARPÃO DE CABEÇA

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30 31

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5ª Seqüência5ª Seqüência5ª Seqüência5ª Seqüência5ª SeqüênciaARPÃO DE CABEÇA

32 33

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6ª Seqüência6ª Seqüência6ª Seqüência6ª Seqüência6ª SeqüênciaMEIA LUA DE COMPASSO

35 36

3837

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7ª Seqüência7ª Seqüência7ª Seqüência7ª Seqüência7ª SeqüênciaARMADA

39 40

41 42

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7ª Seqüência7ª Seqüência7ª Seqüência7ª Seqüência7ª SeqüênciaARMADA

43 44

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79

8ª Seqüência8ª Seqüência8ª Seqüência8ª Seqüência8ª SeqüênciaBENÇÃO

46 47

48 49

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SEQÜÊNCIA COMPLETA

1ª PARTE

ALUNO A:MEIA-LUA DE FRENTE ( perna direita )MEIA-LUA DE FRENTE ( perna esquerda)ARMADA ( perna direita )AÚ ( lado esquerdo )ROLÊ ( lado esquerdo )

ALUNO B:COCORINHA ( lado esquerdo )COCORINHA ( lado direito )NEGATIVA ( perna esquerda )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

ALUNO A:MEIA-LUA DE FRENTE ( perna esquerda )MEIA-LUA DE FRENTE ( perna direita )ARMADA ( perna esquerda )AÚ ( lado direito )ROLÊ ( lado direito )

ALUNO B:COCORINHA ( lado direito )

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COCORINHA ( lado esquerdo )NEGATIVA ( perna direita )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

2ª PARTE

ALUNO A:QUEIXADA ( perna direita )QUEIXADA ( perna esquerda )COCORINHA ( lado direita )BENÇÃO ( perna direita )AÚ ( lado direito )ROLÊ ( lado direito )

ALUNO B:COCORINHA ( lado direito )COCORINHA ( lado esquerdo )ARMADA ( perna direita )NEGATIVA ( perna direita )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

ALUNO A:QUEIXADA ( perna esquerda )QUEIXADA ( perna direita )COCORINHA ( lado esquerdo )BENÇÃO ( perna esquerda )AÚ ( lado esquerdo )ROLÊ ( lado esquerdo )

ALUNO B:COCORINHA ( lado esquerdo )

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COCORINHA ( lado direito )ARMADA ( perna esquerda )NEGATIVA ( perna esquerda )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

3ª PARTE

ALUNO A: MARTELO ( perna direita )

MARTELO ( perna esquerda )COCORINHA ( lado esquerdo )BENÇÃO ( perna direita )AÚ ( lado direito )ROLÊ ( lado direito )

ALUNO B:PALMA ( mão esquerda )PALMA ( mão direita)ARMADA ( perna direita )NEGATIVA ( perna direita )CABEÇADA ( no aú aluno A )

ALUNO A:MARTELO ( perna esquerda )MARTELO ( perna direita )COCORINHA ( lado direito )BÊNÇÃO ( perna esquerda )AÚ ( lado esquerdo )ROLÊ ( lado esquerdo )

ALUNO B:PALMA ( mão direita )

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PALMA ( mão esquerda )ARMADA ( perna esquerda )NEGATIVA ( perna esquerda )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

4ª PARTE

ALUNO A:GODEME ( mão direita )GODEME ( mão esquerda )ARRASTÃO ( lado direito )AÚ ( lado esquerdo )ROLÊ ( lado esquerdo )

ALUNO B:PALMA ( mão esquerda )PALMA ( mão direita )GALOPANTE ( mão esquerda )NEGATIVA ( perna direita )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

ALUNO A:GODEME ( mão esquerda )GODEME ( mão direita )ARRASTÃO ( lado esquerdo )AÚ ( lado esquerdo )ROLÊ ( lado esquerdo )

ALUNO B:PALMA ( mão direita )PALMA ( mão esquerda )GALOPANTE ( mão direita )

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NEGATIVA ( perna esquerda )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

5ª PARTE

ALUNO A:GIRO ( lado direito )JOELHADA ( joelho direito )AÚ ( lado direito )ROLÊ ( lado direito )

ALUNO B:CABEÇADA ( no tórax do aluno A )NEGATIVA ( perna direita )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

ALUNO A:GIRO ( lado esquerdo )JOELHADA ( joelho esquerdo )AÚ ( lado esquerdo )ROLÊ ( lado esquerdo )

ALUNO B:CABEÇADA ( no aú do aluno A )NEGATIVA ( perna esquerda )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

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6ª PARTE

ALUNO A:MEIA-LUA DE COMPASSO ( perna direita )COCORINHA ( lado direito )JOELHADA ( joelho esquerdo )AÚ ( lado esquerdo )ROLÊ ( lado esquerdo)

ALUNO B:COCORINHA ( lado esquerdo )MEIA-LUA DE COMPASSO ( perna direita )NEGATIVA ( perna esquerda )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

ALUNO A:MEIA-LUA DE COMPASSO ( perna esquerda )COCORINHA ( lado esquerda )JOELHADA ( joelho direito )AÚ ( lado direito )ROLÊ ( lado direito)

ALUNO B:COCORINHA ( lado direito )MEIA-LUA DE COMPASSO ( perna esquerdo )NEGATIVA ( perna direita )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

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7ª PARTE

ALUNO A:ARMADA ( perna direita )ARMADA ( perna esquerda )NEGATIVA ( perna direita )CABEÇADA ( no aú do aluno B )

ALUNO B:COCORINHA ( lado direito )COCORINHA ( lado esquerdo )BÊNÇÃO ( perna esquerda )AÚ ( lado esquerdo)ROLÊ ( lado esquerdo )

ALUNO A:ARMADA ( perna esquerda )ARMADA ( perna direita )NEGATIVA ( perna esquerda )CABEÇADA ( no aú do aluno B )

ALUNO B:COCORINHA ( lado esquerdo )COCORINHA ( lado direito )BÊNÇÃO ( perna direita )AÚ ( lado direito )ROLÊ ( lado direito )

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8ª PARTE

ALUNO A:BÊNÇÃO ( perna direita )AÚ ( lado direito )ROLÊ ( lado direito )

ALUNO B:NEGATIVA ( perna direita )CABEÇADA ( no aú do aluno A)

ALUNO A:BÊNÇÃO ( perna esquerda )AÚ ( lado esquerdo )ROLÊ ( lado esquerdo )

ALUNO B:NEGATIVA ( perna esquerda )CABEÇADA ( no aú do aluno A )

_______________

Obs. Os movimentos (golpes) aplicados pelo ALUNO A deverão ser repetidos pelo ALUNO B e vice-versa.

Extraído do livro Bimba, Perfil do Mestre, de Raimundo César Alves de Almeida (ITAPOAN).

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A

B

SEQÜÊNCIA DA CINTURA DESPREZADASEQÜÊNCIA DA CINTURA DESPREZADASEQÜÊNCIA DA CINTURA DESPREZADASEQÜÊNCIA DA CINTURA DESPREZADASEQÜÊNCIA DA CINTURA DESPREZADA

É uma seqüência de golpes ligados e balões, onde o capoeiristaprojeta o companheiro, que deverá sempre cair em pé ou agachado,jamais sentado. Tem como objetivo desenvolver a auto-confiança, osenso de cooperação, a responsabilidade , a agilidade e a destreza.

Esta seqüência pode ser usada também no “jogo” da Capoei-ra denominado “Jogo combinado (“esquete”), onde os capoeiristas,em determinada parte desse “jogo”, utilizam os golpes da CinturaDesprezada, inclusive modificando-os de acordo com a criatividade,a coragem e a habilidade individual.

A seguir, exemplificam-se e descrevem-se esses golpes.

BANANEIRA

ALUNO A – Planta bananeira.ALUNO B – Agacha-se, colocando o corpo do aluno A sobre os ombros.

01

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ALUNO A – Ao cair ao solo por trás do aluno B aluno B aluno B aluno B aluno B, prepara-se para

aplicar o balão de lado.

ALUNO B – Levanta-se com extenção enérgica das pernas, impulsionando o aluno A aluno A aluno A aluno A aluno A

para o alto e para trás.A

A

B

B

02

03

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BALÃO DE LADO

ALUNO A – Aplica o balão de lado, com projeção do corpo à frente do aluno B.do aluno B.do aluno B.do aluno B.do aluno B.

BALÃO DE LADO – Posição correta dos braços pernas e tronco.

B

A

B

A

04

05

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ALUNO B – Cai na posição agachada.

A

B

ALUNO B – Na fase de vôo do balão de lado.

A

B

06

07

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ALUNO B – Contra- ataca com a tesoura de costas.

ALUNO A – Prepara-se para sair no aú.

ALUNO B – Tesoura de costas. ALUNO A – Sai no aú.

A

B

A

B

08

09

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ALUNO A – Prepara-se para aplicar o balão cinturado no aluno B. aluno B. aluno B. aluno B. aluno B. ALUNO B – Apóia as costas e a nuca no corpo do aluno Aaluno Aaluno Aaluno Aaluno A.

A

B

ALUNO A – Aplica o balão cin- turado no aluno B. aluno B. aluno B. aluno B. aluno B.

B

AA

B

ALUNO B – Passando sobre os ombros do aluno Aaluno Aaluno Aaluno Aaluno A, caindo na posição de pé.

10

11

12

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ALUNO A – Posiciona-se para aplicar a gravata alta.

A

B

A

B

A

B

ALUNO A – Aplicando a gravata alta. ALUNO B – Em posição invertida.

ALUNO B – Queda após a gravata alta, posicionando-se em pé ou agachado.

13

14

15

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PARTE III

QUALIDADES FÍSICASQUALIDADES FÍSICASQUALIDADES FÍSICASQUALIDADES FÍSICASQUALIDADES FÍSICAS

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FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE

Segundo Harre (apud Barbanti,1986, p.71):

Tanto na Educação Física como nos esportes, fala-se da fle-xibilidade mais no sentido de mobilidade articular, como a capaci-dade de utilizar completamente a extensão do movimento em umaarticulação – a chamada amplitude pendular. 4

Dantas a define como:

Qualidade física responsável pela execução voluntária de ummovimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ouconjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem osriscos de provocar lesão.12

Os dois componentes realmente importantes na flexibilidadesão a elasticidade muscular e a mobilidade articular, sendo que estesnão trabalham separadamente e um depende do outro.

Na Capoeira, a flexibilidade e o alongamento tornam-se im-prescindíveis porque estão presentes praticamente em todos os movi-mentos e golpes. Estas qualidades físicas devem ser desenvolvidas e trei-nadas, principalmente pelas crianças, o que possibilitará um melhoraprendizado, a noção de limites do próprio corpo e uma melhor consci-ência corporal, evitando possíveis acidentes musculares e articulares.

A Capoeira é um excelente meio para adquirir e desenvolvertanto o alongamento quanto a flexibilidade, haja vista que, em suamovimentação constante, possibilita, através dos golpes, esquivas,golpes e contragolpes, que o praticante adquira uma boa elasticida-de muscular, acompanhada de mobilidade articular.

Por isso, podemos afirmar a importância e a contribuição daCapoeira como uma atividade capaz de desenvolver a flexibilidadede maneira eficaz e de uma forma bastante natural e até espontânea.

Exemplifica-se, a seguir, uma COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS,individuais e em dupla, para desenvolvimento desta qualidade física.

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COLETÂNIA DE EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE( INDIVIDUAIS)

01

03

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07

09 10

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06

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COLETÂNIA DE EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE( INDIVIDUAIS)

11 12

13 14

15 16

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19 20

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COLETÂNIA DE EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE( INDIVIDUAIS)

21 22

23 24

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27

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28

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COLETÂNIA DE EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE( EM DUPLA )

31 32

33 34

35 36

37 38

39 40

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FORÇAFORÇAFORÇAFORÇAFORÇA

Hoje está comprovado, através de pesquisas e resultados, agrande importância da força nos esportes, de um modo geral. Pode-mos defini-la dentro do conceito americano, “como sendo a capaci-dade de exercer tensão muscular contra uma resistência, envolvendofatores mecânicos e fisiológicos, os quais determinam a força emalgum movimento particular.3

A força dividida em dinâmica e estática. A forca dinâmica,por sua vez, está subdividida em força máxima, força rápida e resis-tência de força.

Na Capoeira, o emprego da força rápida (potência) é bas-tante utilizado nos golpes de ataque e contra ataque, saltos e es-quivas. A resistência de força tem um emprego puramenteanaeróbico e a força máxima praticamente não existe, uma vezque não é necessária.

Para escolares, o importante é o emprego da força geral,para atuar no desenvolvimento integral e multilateral, utilizando-seo peso do próprio corpo, as atividades naturais e as bolas demedicinebol.

Pode-se adquirir força através da prática sistemática da Ca-poeira, devido aos inúmeros saltos e saltitos, e também em decor-rência da movimentação entre o jogo do chão e o jogo alto, onde opraticante trabalha a força, saindo do plano baixo para o alto, emmovimentos rápidos e potentes.

A seguir, exemplificam-se numa COLETÂNEA, exercíciosde força.

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE FORÇA

01 02

03 04

05 06

07 07

09 10

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE FORÇA

11 12

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16

18

2019

17

15

13

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE FORÇA( EXERCÍCIOS COM BOLA DE MEDICINEBOL )

21 22

24

26

28

3029

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25

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE FORÇA( EXERCÍCIOS COM BOLA DE MEDICINEBOL )

31 32

33 34

35 36

37 38

39 40

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE FORÇA( EXERCÍCIOS COM BOLA DE MEDICINEBOL )

41 42

43 44

45 46

47 48

49 50

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AGILIDADEAGILIDADEAGILIDADEAGILIDADEAGILIDADE

É a qualidade física que está presente na maioria dos espor-tes e, na Capoeira, é uma valência que merece destaque, haja vistaque, durante o jogo, através dos variados movimentos, os capoeiristasmostram, desenvolvem e criam situações sui generis de agilidade,para se defender, atacar, esquivar, fintar e até gingar.

Podemos defini-la como a qualidade de mudar rápida e efetiva-mente a direção de um movimento executado com destreza e velocidade.

Os exercícios de agilidade têm uma correlação direta com aflexibilidade, potência muscular, equilíbrio, desenvoltura e poder dedecisão. É recomendado o seu treinamento para todas as faixas estáriase, para os jovens escolares, deve ser ministrado, com ênfase, nosjogos. Chamamos a atenção para o fato de que esta atividade é assi-milada facilmente, devido à sua dinâmica, motivação e aos desafiosque oferece, sendo também de grande valia para o futuro atlético.

A Capoeira, por si só, é uma atividade de agilidade, conside-rando-se a sua história, mandinga e filosofia, na qual estão intrínse-cos os movimentos com liberdade.

O seu praticante vivencia experiências múltiplas e magníficasde movimentos, o que lhe proporciona uma satisfação pessoal semprecedentes.

A seguir, insere-se uma COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS paradesenvolvimento de agilidade.

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE AGILIDADE

01 02

03 04

05

07 08

09 10

06

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE AGILIDADE

11 12

13 14

15 16

17 18

19 20

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VELOCIDADEVELOCIDADEVELOCIDADEVELOCIDADEVELOCIDADE

É uma qualidade física preponderante em vários esportes e,para Fauconnier (apud Barbanti,1979, p.99).

É a qualidade particular dos músculos e das coordenaçõesneuromusculares, permitindo a execução de uma sucessão rápidade gestos que, em seu encadeamento, constituem uma só e mesmaação, de uma intensidade máxima e de uma duração breve oumuito breve.3

As variáveis são:1 - velocidade de reação;2 - velocidade de movimentos acíclicos;3 - velocidade de movimentos cíclicos;4 - velocidade de segmentos.

VVVVVelocidade de reação ou tempo de reação: elocidade de reação ou tempo de reação: elocidade de reação ou tempo de reação: elocidade de reação ou tempo de reação: elocidade de reação ou tempo de reação: é a capaci-dade de reagir o mais rápido possível a um estímulo, que pode seracústico, ótico ou tátil.

VVVVVelocidade de movimentos acíclicos: elocidade de movimentos acíclicos: elocidade de movimentos acíclicos: elocidade de movimentos acíclicos: elocidade de movimentos acíclicos: esta qualidade secaracteriza por vários movimentos sem uniformidade e com acelera-ções diferentes. Apresentam-se, esses movimentos, nos esportes dearremessos, saltos, tênis, box, capoeira, etc.

VVVVVelocidade de movimentos cícl icos: elocidade de movimentos cícl icos: elocidade de movimentos cícl icos: elocidade de movimentos cícl icos: elocidade de movimentos cícl icos: é caracterizadapor movimentos uniformes, precisos e com repetições de fases. Exem-plo: corrida, natação, remo, ciclismo, etc.

VVVVVelocidade de segmentos: elocidade de segmentos: elocidade de segmentos: elocidade de segmentos: elocidade de segmentos: é a capacidade de mover ossegmentos do corpo, braços, pernas, cabeça e tronco, o mais rapi-damente possível, permitindo a sucessão rápida de gestos com in-tensidade máxima e duração breve ou muito breve.

Na Capoeira, o fator velocidade é muito importante, princi-palmente para ser usado nos golpes, esquivas, ataques e defesas,

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sendo que a velocidade de reação, através do estímulo visual, é amais intensamente desenvolvida.

A rapidez dos golpes, na Capoeira, exige do oponente umavelocidade de reação bastante eficaz, aprimorando, desta forma, o re-flexo. Sendo a Capoeira uma atividade eminentemente de movimentosacíclicos, torna-se deveras interessante, uma vez que solicita de seupraticante movimentos variados dos segmentos em todas as direções,acompanhados de um alto grau de coordenação.

Segue-se uma COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS para ilustração.

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE VELOCIDADE

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE VELOCIDADE

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE VELOCIDADE

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE VELOCIDADE

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EQUILÍBRIOEQUILÍBRIOEQUILÍBRIOEQUILÍBRIOEQUILÍBRIO

“É a qualidade física conseguida por uma combinação deações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corposobre uma base, contra a lei da gravidade”32. O equilíbrio é caracte-rizado pela diminuição da base de sustentação e é importante para odesempenho das atividades cotidianas e para a prática da ginástica edos esportes.

Existem três tipos de equilíbrio:1 – dinâmico;2 – estático;3 – recuperado.

Equilíbrio dinâmico:Equilíbrio dinâmico:Equilíbrio dinâmico:Equilíbrio dinâmico:Equilíbrio dinâmico: é o equilíbrio em movimento, sendoconseguido em vários esportes.

Equilíbrio estático:Equilíbrio estático:Equilíbrio estático:Equilíbrio estático:Equilíbrio estático: é o tipo de equilíbrio onde não existemovimento, sendo conseguido através de uma determinada posição.É muito usado na ginástica artística e na Capoeira, como forma detreinamento.

Equilíbrio recuperado:Equilíbrio recuperado:Equilíbrio recuperado:Equilíbrio recuperado:Equilíbrio recuperado: é a recuperação do equilíbrio emuma posição qualquer de se estar, durante um tempo fora do solo.Na Capoeira, esta valência é por demais usada, devido à grandemovimentação dos saltos e aos momentos de destreza.

Esta qualidade é muito trabalhada na Capoeira, tanto no trei-namento como na prática propriamente dita. É muito rica, principal-mente por ser, na maioria das vezes, de equilíbrio recuperado, par-tindo das mais variadas posições e planos: alto, médio e baixo. Pro-porciona, desta maneira, equilíbrio e segurança ao participante.

Uma COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS é inserida, a seguir.

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO

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COORDENAÇÃOCOORDENAÇÃOCOORDENAÇÃOCOORDENAÇÃOCOORDENAÇÃO

“Qualidade de sinergia que permite combinar a ação de di-versos grupos musculares para a realização de uma série de movi-mentos com um máximo de eficiência e economia”32. SegundoHollmann , “coordenação é função do sistema nervoso central e damusculatura esquelética exigida em uma seqüência cinéticadirigida.”(apud Barbanti, 1979, p.213)3

Dizemos que uma pessoa executou um movimento coorde-nado quando existe leveza e economia para se chegar ao objetivodesejado. Normalmente, o movimento é realizado com ritmo, ampli-tude, soltura e estilo. Durante a execução do movimento, somenteos músculos necessários àquele trabalho se contraem, enquanto oantagônico permanece relaxado.

Sabe-se que fatores físicos de performance têm uma signifi-cativa influência no movimento coordenado, como: força, velocida-de, mobilidade e resistência que, em função do treinamento, podemconseguir os seguintes efeitos:

1 – melhoria técnica2 – menor gasto energético;3 – melhoria da performance;4 – maior eficiência;5 – melhor recuperação durante o período de repouso.

Com a prática da Capoeira, pode-se melhorar e desenvolver acoordenação, principalmente por ser um jogo onde os oponentes seutilizam da destreza e criatividade sem uma seqüência determinada, exi-gindo, sobremaneira, reflexos aprimorados e movimentos coordenados.

Os capoeiristas aprendem, pela vivência e intuição, a impor-tância de dosar o gasto energético em função de uma melhor técnica.

Uma COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS, a seguir, exemplificaessa atividade.

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COLETÂNEA DE EXERCÍCIOS DE COORDENAÇÃO

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PARTE IV

RITMORITMORITMORITMORITMO, TOQUES E MÚSIC, TOQUES E MÚSIC, TOQUES E MÚSIC, TOQUES E MÚSIC, TOQUES E MÚSICASASASASAS

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RITMORITMORITMORITMORITMO

Segundo Aurélio Buarque de Holanda, ritmo “é o movimen-to ou ruído que se repete no tempo, a intervalos regulares, comacentos fortes e fracos”14.

Para Mário A. López

É a força criadora e a energia vital. Preside todas as manifes-tações do universo e inclui as humanas. É a forma funcional detodo o vivente. Parece ser a expressão de uma lei fundamental douniverso, que condiciona a eficácia, equilíbrio e harmonia detodo processo e forma.17

Ainda segundo Mário A. López, para Kant:

O ritmo é um elemento constitutivo permanente, tanto danatureza considerada como totalidade, como objetos e fenôme-nos que determinam. Simultaneamente é um elemento apriorísticoda mesma forma que o espaço.17

Vários são os fatores que influenciam na aprendizagem do rit-mo e movimento com relação ao resultado final, uma vez que o ritmo

fac i l i t a :f ac i l i t a :f ac i l i t a :f ac i l i t a :f ac i l i t a :

movimentos belos e harmoniosos; melhor incorporação da técnica; economia de movimentos; liberdade de movimentos; expressão natural e autêntica; reconhec imento e consc iênc ia da mecân ica do

mov imento ; percepção sincrética da forma;

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consciência dos níveis e qualidade do movimento; coordenação psicomotriz;

r e fo rça :re fo rça :re fo rça :re fo rça :re fo rça :

a memória motriz;

es t imula :es t imula :es t imula :es t imula :es t imula :

o trabalho físico e mental, econômico, diminuindo a fadi- ga e, conseqüentemente, melhorando o rendimento-resultado.

A Capoeira é uma atividade física riquíssima em movimentoe ritmo. O capoeirista precisa ter um ritmo bastante apurado parapoder jogar nos diversos toques de berimbau que determinam o tipode jogo que devem fazer. Os toques mais usados são: São BentoGrande, Banguela, Angola, Amazonas, Cavalaria e Iúna.

Além do mais, os alunos que participam da “roda” não ape-nas jogam, como se revezam, participando da banda e coro, tocan-do os instrumentos e cantando. Desta maneira, o aprendizado passaa ser completo por possibilitar a experiência pessoal em todos osmomentos da grande “roda”.

Em relação ao ritmo e ao movimento, as experiências são,a rigor, simplesmente maravilhosas e causam uma enorme satisfa-ção pessoal. Ao mesmo tempo que desperta no aluno a consciên-cia corporal, reconhecendo a mecânica do movimento, possibilitatambém que o aluno tenha uma expressão autêntica com plenaliberdade para criar.

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TOQUES DE BERIMBAUTOQUES DE BERIMBAUTOQUES DE BERIMBAUTOQUES DE BERIMBAUTOQUES DE BERIMBAU

É o som extraído do instrumento através da percussão davaqueta no arame com ritmo melódico, acompanhado do caxixi, ecomplementado pelo som agudo ou grave, conforme a pressão damoeda (dobrão) no arame e o afastamento ou encosto da cabaça nabarriga do tocador.

Principais mestres e seus toques:

Mestre BimbaMestre BimbaMestre BimbaMestre BimbaMestre Bimba São Bento Grande Santa Maria Banguela Amazonas Cavalaria Iúna Indalina

Mestre Past inhaMestre Past inhaMestre Past inhaMestre Past inhaMestre Past inha São Bento Grande São Bento Pequeno Santa Maria Angola Cavalaria Angolinha

Mestre WMestre WMestre WMestre WMestre Waldemara ldemara ldemara ldemara ldemar São Bento Grande São Bento Pequeno Cavalaria Angolinha

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Santa Maria Samongo Banguela

Mestre GiganteMestre GiganteMestre GiganteMestre GiganteMestre Gigante São Bento Grande Cavalaria Santa Maria “Panhe” a Laranja no Chão, Tico-Tico Cinco Salomão Jogo de Dentro Angola

Foto 9 – Gigante, o Mestre do Berimbau

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MÚSICASMÚSICASMÚSICASMÚSICASMÚSICAS

Menino, quem foi seu Mestre?Meu Mestre foi SalomãoSou discípulo que aprendeSou Mestre que dou liçãoO Mestre que me ensinôTá no Engenho da ConceiçãoSó devo é o dinheiro,Saúde e obrigaçãoO segredo de São CosmeQuem sabe é São Damião, camarado ...Água de beber[Coro] Eh! Água de beber, camaradoAruandê[Coro] Eh! Aruandê, camaradoGalo cantô[Coro] Eh! Galo cantô, camaradoFaca de Ponta[Coro] Eh! Faca de ponta, camaradoFerro de matá[Coro] Eh! Ferro de matá, camaradoViva meu Mestre![Coro] Eh! Viva meu Mestre, camaradoQue me ensinô[Coro] Eh! Que me ensinô, camaradoA malandragem[Coro] Eh! A malandragem, camaradoDa capoeira[Coro] Eh! Da capoeira, camaradoRegioná[Coro] Eh! Regioná, camarado

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Vorta do mundo[Coro] Eh! Vorta do mundo, camarado.

***

Menino chorô[Coro] Nhem, nhem, nhemÉ porque não mamô[Coro] Nhem, nhem, nhemCala boca, menino[Coro] Nhem, nhem, nhemAranha me puxeMe jogue no chãoO castigo é esse mesmoConforme a razão

***

Vou dizê a meu sinhôQue a manteiga derramôA manteiga n’era minhaA manteiga é de ioiô[Coro] Vou dizê a meu sinhô que a manteiga derramôA manteiga do patrãoCaiu no chão, derramô[Coro] Vou dizê a meu sinhô que a manteiga derramôA manteiga do patrãoCarapina do senhor...

***A Iúma é mandigueiraQuando dá no bebedôFoi sabida, foi ligeira

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Mas o capoêra matô, camarado ...[Coro] Água de bebê ...

***Ê tava na minha casaSem pensá, sem magináGoverno mandô chamáPara ajudá a vencêA Guerra do Paraguá, ah, ah ...

***Cai, cai, CatarinaSarte de lá, vem me vê, IdalinaCai, cai, CatarinaCatarina é meu amô...

***Valha-me Nossa SenhoraMãe de Deus, o CriadorNossa Senhora me ajudeQue nosso Senhor me ajudô, camaradoÁgua de bebê...

***Oi sim, sim, simOi não, não, não[Coro] Oi sim, sim, simOi não, não, não

***Ao pé de mim tem um vizinho [bis]Que enricô sem trabaiáMeu pai trabaiô tanto

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Nuca pôde enricáMas não deitava uma noiteQue deixasse de rezá, camarado ...Água de bebê ...

***

Ai, ai, Aidê, joga bonito que eu quero aprendê[Coro] Ai, ai, AidêComo vai, como passô, como vai vosmecê[Coro] Ai, ai, Aidê

***

No tempo que eu tinha dinhêroSentava na mesa com ioiôDeitava na mesa com iaiáDinhêro se acabôMuliquinho tu chega-te pra lá ...Aruandê ...

***Ai, ai, ai, ai São Bento me chamaAi, ai, ai, ai São Bento me chamaA cobra me morde, Senhor São BentoA cobra é danada, Senhor São Bento[Coro] Senhor São BentoMata essa cobra[Coro] Senhor São BentoOlha o dente da cobra[Coro] Senhor São Bento

***

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lê aruandê[Coro] lê aruandê, câmarálê aruandá[Coro] lê aruandê, camará

***Capoeira capu[Coro] Maculelê maracatuOlha o meu berimbau de bambu[Coro] Maculelê maracatuVocê dá um martelo que eu dou um aú[Coro] Maculelê maracatuOlha é tu que é moleque[Coro] Moleque maracatuSalve a festa da RibeiraSalve a festa do Senhor do BonfimOnde até o Saci PererêEra o rei da CapoeiraCapoeira capu[Coro] Maculelê maracatuEu vou na Bahia comer caruruMaculelê maracatu

***[Coro] A canoa virou, marinheiroE no fundo do mar tem dinheiro[Coro] A canoa virou, marinheiroE no fundo do mar tem dinheiro

***Capoeira[Coro] É jogo praticado na terra de São SalvadorCapoeira

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[Coro] É jogo praticado na terra de São SalvadorManuel dos Reis MachadoEle é fenomenalEle é o Mestre BimbaCriador da RegionalCapoeira[Coro] É jogo praticado na terra de São SalvadorCapoeira é luta nossaJá era colonial!Oi, nasceu em Pernambuco, Ceará e MaceióCapoeira[Coro] É jogo praticado na terra de São Salvador

***

[Coro] Dá, dá, dá nêgoNo nêgo você não dá[Coro] Dá, dá, dá nêgoSe não der, vai apanhá[Coro] Dá, dá, dá nêgoEsse nêgo é malvadoEsse nêgo é malucoEsse nêgo é bom[Coro] Dá, dá, dá nêgo

***

[Coro] Paraná é ... Paraná é ... ParanáQue dirá minha mulhéCapoeira me venceu, Paraná[Coro] Paraná é ... Paraná é ... ParanáMinha mãe é melhor velha, ParanáFecha a porta e dorme cedo, Paraná

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[Coro] Paraná é ... Paraná é ... ParanáA mulher para ser bonita, ParanáNão precisa se pintar, Paraná[Coro] Paraná é ... Paraná é ... ParanáA pintura é do Diabo, ParanáA beleza é Deus quem dá, Paraná

***Eu não sou daqui[Coro] Marinheiro sóEu não tenho amor[Coro] Marinheiro sóEu sou da Bahia[Coro] Marinheiro sóDe São Salvador[Coro] Marinheiro sóOi marinheiro ... marinheiro[Coro] Marinheiro sóQuem te ensinô a nadar[Coro] Marinheiro sóFoi o tombo do navio[Coro] Marinheiro sóOu foi o balanço do mar[Coro] Marinheiro sóLá vem ... lá vem[Coro] Marinheiro sóEle vem faceiro[Coro] Marinheiro sóTodo de branco[Coro] Marinheiro sóCom seu bonezinho[Coro] Marinheiro só

***

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[Coro] Apanha a laranja no chão, tico-ticoQuebre-me a cara, o dinheiro eu fico[Coro] Apanha a laranja no chão, tico-ticoNão é com a mão, nem com o pé, é com o bico

***

Panha a laranja no chão, tico-ticoSe meu amô fô s’imbora, eu não fico[Coro repete]Minha toalha é de renda, é de bicoTava na corda caiu no pinico ...[Coro] Panha a laranja no chão, tico-ticoSe meu amô fô s’imbora, eu não fico

***

Óia, é tu que é muleque[Coro] Muleque é tuÉ tu que é muleque[Coro] Muleque é tu

_______Notas:

1 Nas músicas, foi conservada a grafia popular semelhante à pronuncia.

2 Algumas músicas transcritas neste livro são de domínio público e outras

pertencem aos Mestres de Capoeira brasileiros.

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PPPPPARARARARARTITURAS DOS PRINCIPTITURAS DOS PRINCIPTITURAS DOS PRINCIPTITURAS DOS PRINCIPTITURAS DOS PRINCIPAIS TOQUES DEAIS TOQUES DEAIS TOQUES DEAIS TOQUES DEAIS TOQUES DEBERIMBAUBERIMBAUBERIMBAUBERIMBAUBERIMBAU

SÍMBOLOS PARA ORIENTAÇÃO DO TOQUE DE BERIMBAU

Como o berimbau produz vários efeitos, é preciso estabele-cer um sistema de sinais para sua reprodução. Assim:

Para nota grave – corda solta

Para nota aguda – tocada com a moeda apertada contra a corda

Para caxixi tocado sozinho

Para corda batida com a vaqueta enquanto a moeda está folgada contra a corda

Para a moeda apertada contra a corda, produzindo a nota mais aguda, sem bater com a vaqueta

Para a movimentação da cabaça de uma posição contra a barriga a uma posição distante da mesma, resultando o efeito “Wah-Wah”

Para som fechado – tocado com a cabaça contra a barriga

Para som aberto – tocado com a cabaça a uma distância da barriga

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Em geral, quando se toca a nota grave, a cabaça se aproximada barriga, conseqüentemente, ao se tocar a nota aguda, a cabaçase distancia um pouco da barriga.

Ao se tocar, também, a nota grave, bate-se na corda sempreabaixo do lugar da moeda e, quando se toca a nota aguda, bate-sena corda sempre acima do lugar da moeda.

PARTITURAS DOS PRINCIPAIS TOQUES COM SEUSRESPECTIVOS MESTRES

MMMMMestre Bimbaestre Bimbaestre Bimbaestre Bimbaestre Bimba

BANGUELA

AMAZONAS

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CAVALARIA

SÃO BENTO GRANDE

IÚNA

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Mestre WMestre WMestre WMestre WMestre Waldemaraldemaraldemaraldemaraldemar

SÃO BENTO GRANDE

ANGOLINHA

SÃO BENTO PEQUENO

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OBSERVAÇÃO: Torna-se imprescindível que se conheça adivisão de tempo para uma execução perfeita dos rítmos desses to-ques.

Nos compassos de denominador “4” ( ), a semínima vale 1tempo; a colcheia ( ) vale a metade da semínima; a semicolcheia( ) vale a metade dacolcheia, e o ponto junto à figura ( ) valea metade do valor da mesma.

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