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O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos que deram origem às cidades atuais, a partir dos fluxos de pessoas, mantimentos e animais, nos primeiros séculos da formação regional, passando pela criação de ferrovias e auto- estradas, e chegando aos dias atuais. Em seguida há um apanhado sucinto dos indicadores sociais, econômicos e urbanísticos de cada um dos 39 municípios. Os indicadores são complementados por um resumo histórico, indicativo dos processos de transformações locais, como parte da aglomeração cosmopolita da região metropolitana. Para facilitar a consulta, a apresentação dos municípios segue a ordem alfabética, sendo precedida por uma explicação sobre os indicadores sociais utilizados para quantificar a qualidade de vida na metrópole. Ao final desta parte há um anexo com as fontes utilizadas na elaboração dos dados e nos textos históricos das cidades, bem como suas respectivas siglas. Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 71 CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 MUNICÍPIOS

CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 ......O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos

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O histórico da formação da RegiãoMetropolitana de São Paulo, aqui apresentado,retrata o surgimento dos núcleos urbanos quederam origem às cidades atuais, a partir dosfluxos de pessoas, mantimentos e animais,nos primeiros séculos da formação regional,passando pela criação de ferrovias e auto-estradas, e chegando aos dias atuais.

Em seguida há um apanhado sucinto dosindicadores sociais, econômicos e urbanísticosde cada um dos 39 municípios. Os indicadoressão complementados por um resumohistórico, indicativo dos processos detransformações locais, como parte daaglomeração cosmopolita da regiãometropolitana. Para facilitar a consulta, aapresentação dos municípios segue a ordemalfabética, sendo precedida por umaexplicação sobre os indicadores sociaisutilizados para quantificar a qualidade de vidana metrópole.

Ao final desta parte há um anexo com asfontes utilizadas na elaboração dos dados enos textos históricos das cidades, bem comosuas respectivas siglas.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 71

CAPÍTULO IIIHISTÓRICO DA REGIÃOE PERFIL DOS 39 MUNICÍPIOS

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Índice de Desenvolvimento Humano

No perfil das cidades constam dois índices declassificação que servem como parâmetros decomparação entre os municípios: o Índice deDesenvolvimento Humano (IDH) e o Índicede Exclusão Social, com os respectivosposicionamentos na RMSP.

O IDH foi criado pela ONU originalmente paramedir o nível de desenvolvimento humanodos países a partir de três grupos deindicadores. Para uma comparação entre osmunicípios, com um universo menor depopulação, foi desenvolvido um novo cálculo.Nesta medida, o IDH-M é composto por umcálculo realizado a partir de uma médiaaritmética simples de três sub-índices:longevidade (esperança de vida ao nascer),educação (alfabetização de pessoas maioresde 15 anos e taxa freqüência na escola) erenda (renda municipal per capita).

Índice de Exclusão Social

O Índice de Exclusão Social foi desenvolvidocom o objetivo de ser uma ferramenta maisprecisa de medição da exclusão social dascidades brasileiras. Ele nasceu da necessidadeda Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho eSolidariedade de estabelecer critérios paraimplantação dos programas sociais daPrefeitura de São Paulo; era preciso conheceros distritos da cidade e estabelecerprioridades.

Para tanto, cinco indicadores sobre condiçãode vida foram selecionados para parametrizaros distritos que seriam priorizados: pobreza,desemprego, violência, concentração de

jovens e taxa de alfabetização. Com esseprocedimento foi obtido um IDH modificado,que foi utilizado como base para ametodologia do Índice de Exclusão Social.Também outras pesquisas compuseram estametodologia: o Mapa da Exclusão/InclusãoSocial da cidade de São Paulo, um estudodesenvolvido pela Fundação Seade sobrejuventude paulistana, a pesquisa realizada emconjunto sobre o IDH-M pelo IBGE/IPEA e aFundação João Pinheiro.

A partir desse primeiro estudo, o Índice deExclusão Social foi definido por três grandestemas. O primeiro é chamado de Padrão deVida Digno, estabelecido a partir de trêsindicadores de rendimento de chefes defamília e desigualdade de renda no município;este indicador permite verificar a possibilidadede consumo das famílias nos municípios,porque permite vislumbrar a distribuição derenda e a situação do mercado de trabalho,compondo um indicador mais abrangente doque o IDH-M. O segundo conceito utilizado foide Conhecimentos, definido por doisindicadores de educação. O terceiro conceitofoi baseado no Índice de VulnerabilidadeJuvenil, desenvolvido pelo SEADE e o Mapa daExclusão/Inclusão Social, que mostra apossibilidade de a população jovem seenvolver em ações criminosas.

O índice é apurado para todos os 5.507municípios brasileiros classificados pelo IBGEno Censo de 2000. Assim como o IDHM, oÍndice de Exclusão Social varia de 0 a 1, sendoque as piores condições são valores próximosde 0, e as melhores condições de vida estãopróximas de 1.

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Indicadores de qualidadede vida dos municípios

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ara além da intenção de afirmar aidentidade local de cada um dos 39municípios, os breves perfis históricosque ora apresentaremos devem servirpara observarmos as várias interfaces

ocorridas entre essas localidades ao longodesses cinco séculos de nossa história.

Atualmente, figuramos a Região Metropolitanade São Paulo como um território cuja coesão édada pelo tecido urbano contínuo, costuradopor inúmeras redes de atividades conectadaspor fluxos intermunicipais que possibilitam egarantem outros tantos inter-regionais,interestaduais, continentais e globais.

Pensar esses fluxos nos remete à reflexão de suaconstituição e das vias que os suportam. Servetambém para pensar a questão, historicamenteinstigante, dos motivos que levaram o território doplanalto a se constituir como zona de confluência,visto que a colonização portuguesa privilegiou aformação de núcleos urbanos na faixa litorânea.

Longe de pretender neste espaçoresponder a contento tais questões, jábastante tratadas pela historiografia.Formulá-las aqui significa apenas proporum facilitador de leitura dos “perfis”, umacompreensão possível de nexos históricosque contribuíram para a composição doterritório da RMSP.

Com o apoio da historiografia tradicional,propomos uma possibilidade de leitura, porordenação cronológica, delineadora de algunscenários:

Séculos XVI e XVII

Aldeamentos Jesuíticos e Núcleos Ribeirinhos:

São Paulo, Embu, Barueri, Guarulhos,Itaquaquecetuba, Itapecerica da Serra,Carapicuíba, Santana do Parnaíba, Mogi dasCruzes, São Caetano do Sul, Guararema(Escada) e Mairiporã (Juqueri)

Os primeiros aldeamentos jesuíticos, núcleos damaior parte dos municípios acima citados, foramterritorialmente conformados num anel protetorno entorno do principal núcleo de difusão dacultura européia na região do Planalto – o Colégiode São Paulo de Piratininga. Tal conformaçãoestratégica do sítio dos aldeamentos produziucaminhos através dos quais se realizaram osprimeiros parcos fluxos de mantimentos epessoas – índios, padres e todos aqueles queprocuravam nessas paragens a realização dosonho da descoberta de ouro e pedras preciosas.

Rios: expansãoe integração territorial

O grande ordenador dos fluxos da regiãodurante os primeiros séculos foram os rios.Além dos aldeamentos jesuíticos queprivilegiavam sítios próximos aos leitos,surgiram, nos séculos XVI e XVII, outros tipos depovoamento ribeirinhos nesses séculos:Santana do Parnaíba (1561), às margens doTietê e com sua origem ligada à mineração;São Caetano do Sul (1631), no Tamanduateí, apartir da fazenda dos monges beneditinos quelá produziam mantimentos para abastecer omosteiro de São Bento; e Guararema, antigaEscada (1654), no rio Paraíba do Sul.

A peculiaridade geológica que permite ao rioTietê correr para o interior, em direção àcalha do rio Paraná, contribuiu para aconexão da região do Planalto com a regiãooeste do país. A partir dos núcleos ribeirinhos

PP

A Região e seus fluxos:breve percurso histórico

Maria Candelária de MoraesSilvia Maria Tommasini

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“Aldeamentos”Pasquale Petrone

“Nos aldeamentos o largo da Igreja é como o largo da matriz das cidades brasileiras; antes de maisnada, expressão da importância do templo religioso. Repete, nos quadros especiais dos aldeamentos,alguma coisa da oca indígena, em tênue casamento com o fórum ou ágora, ou com a piazza itálica.É centro religioso, mas também palco da prática administrativa... é palco da limitada vida social, quasesempre adstrita a casamentos, batizados e pouco mais. É local de convergência e trânsito e sede detronco.”

Pasquale Petrone

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surgidos no século XVI partiram as monções,expedições fluviais de desbravamento dossertões e apresamento de mão de obraindígena, que atingiam Cuiabá no MatoGrosso.

Século XVIII

Entroncamento de rotas tropeiras

Nos entroncamentos dos caminhos onde ostropeiros pousavam, nasceram e renasceramvários núcleos originais de atuais cidades:Biritiba-Mirim, Cotia, Diadema, Mairiporã,Franco da Rocha, Mogi das Cruzes, RibeirãoPires, Santa Isabel, São Lourenço da Serra,Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba eItapecerica da Serra.

Na segunda metade do século XVIII, doisacontecimentos concorreram para umatransformação das atividades dos habitantes

do planalto: a mineração de ouro ediamantes nos atuais Estados de MinasGerais e Goiás e a política do marquês dePombal, ministro de D. José, rei de Portugalde 1750 a 1777, que decretou o fim da

escravidão indígena e a expulsão dos jesuítasde Portugal e de suas colônias comexpropriação de seus bens.

Os paulistas adaptaram-se à nova situação epassaram a exercer uma nova atividadeeconômica. Os animais que haviampertencido às missões jesuíticas do sulproliferaram-se nas pastagens pampeiras. Anecessidade na região das minas de mulas decarga enseja a atividade de apresamento edeslocamento desse gado dos pampas paraas minas. Esse movimento desencadeou umprocesso de abertura e retomada decaminhos.

“Monções”Sergio Buarque de Holanda

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Séculos XIX e XX

Santo André, Mauá, Suzano, Osasco,Francisco Morato, Poá, Jandira, Taboão da Serra,

Vargem Grande Paulista. Devemos à lavoura docafé o advento de um dos maior propulsoresde fluxos de pessoas e mercadorias verificadosna região até então – a ferrovia.

“Aglomerados/Caminhos – Vista do Tietê”,do acervo do DPH

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Na segunda metade do século XIX, a lavoura decafé havia migrado do Rio de Janeiro para ooeste paulista. Santos, o porto mais próximopara o escoamento do produto, estava distantedas lavouras. A utilização de mulas para otransporte da carga de café até Santos logo foisubstituída pelas ferrovias, graças à aliançaentre o capital inglês e os interesses dosfazendeiros paulistas de café. Acompanhandoa lavoura de café vieram os trilhos. A primeiraestrada de ferro de São Paulo, a São PauloRailway, foi construída em 1868, ligando Santosa Jundiaí, passando pela capital.

Aos primitivos caminhos somavam-se trilhosde outras ferrovias: Companhia Paulista deEstradas de Ferro (1872), Sorocabana (1872),Mogiana e Estrada de ferro São Paulo-Rio deJaneiro, embrião da Central do Brasil. No finaldo século XIX, a cidade de São Paulo era ocentro de uma rede estadual de ferrovias quese estendia por 3.375 Km.

Metropolização da região:cofirmação do viés rodoviário

Nas primeiras décadas do século XX,particularmente após a 1ª Guerra Mundial, aexpansão da população e do parque industrialda capital, aliada ao aumento de impostosterritoriais, provocou a expansão espacial emdireção aos limites do município. Inicia-se oprocesso de metropolização do território daregião.

A proliferação de bairros periféricos provocou asaturação da capacidade das estradas de ferrode responder à demanda por elas criadas.

É nessa época que, sob a batuta do prefeitoe depois governador Washignton Luiz,famoso incentivador do rodoviarismo nopaís (“governar é abrir estradas”), sãoabertas novas estradas e restauradas as jáexistentes.

Algumas dessas estradas regionais dãocontinuidade ao traçado dos antigoscaminhos tropeiros, como a ligação entre SãoPaulo e Paraná que passa por Cotia e atingeSão Roque, em 1922, e a ligação São Paulo-Bragança, que passa por Juqueri (Mairiporã),concluída em 1927. A estrada que liga SãoPaulo ao Mato Grosso segue a antiga rota dasmonções, passando por Osasco, Barueri,Santana do Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus,atingindo Itu. Uma ligação entre São Paulo eMinas, através de Jundiaí e Campinas, foiconstruída em 1921.

“Os antigos caminhos de índio, utilizados a partir doséculo XVI e muito freqüentados pelos bandeirantes,vieram a se transformar, em grande parte, nasferrovias e nas rodovias do presente...”

Ernani Silva Bruno

“...os trilhos da Estrada de Ferro Santos-Jundiaíacompanham as várzeas do Tamanduateí e do Tietê,ao passo que os trilhos da E.F. Sorocabana e da E.F.Central do Brasil aproveitam a várzea e os terraçosmarginais do Tietê. Ali construíram suas estações, suasoficinas, e os grandes armazéns para carga e descargade mercadorias. Nada mais natural, portanto, que osestabelecimentos fabris procurassem aproximar-se omais possível dessas linhas vitais da circulaçãoterrestre, que põem a cidade de São Paulo em contatocom o porto de Santos, com o rico hinterland paulistae com a capital da República, a par de outro motivopoderoso: o preço mais baixo dos terrenos em taisáreas, quase sempre impróprias para a instalação debairros puramente residenciais.”

Aroldo de Azevedo

“O aumento dos impostos territoriais veio onerarsobremaneira as grandes propriedades, de queresultaram numerosos loteamentos e, em conseqüência,a proliferação de uma grande quantidade de “vilas”suburbanas, quase todas tipicamente residenciais,habitadas por operários ou modestos funcionáriospúblicos, cujas atividades são exercidas na capital.”

Antonio Rocha Penteado

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A nossa primeira estrada pavimentada, acalçada do Lorena (1792) foi construída a partirda trilha indígena na Serra do Mar, que ligava oPlanalto ao litoral. Conhecida como o caminhodo Padre José (de Anchieta), foi remodelada erebatizada de “Estrada da Maioridade” pelogovernador da província, Tobias de Aguiar, em1846. Quase 80 anos depois, em 1922, já nogoverno de Washingnton Luiz, foi reconstruída,asfaltada e novamente batizada, desta vezcomo Caminho do Mar.

A opção rodoviarista do governo federal nosanos 20 e 30 do século passado fortaleceu avocação da capital paulista como póloindustrial e confluência das rotas nacionais.Essas características são vertiginosamenteampliadas nas décadas seguintes, emdecorrência do surto industrial provocado pela2ª Guerra Mundial, confirmado com aimplantação de siderúrgica de Volta Redonda,em 1943, e sacramentado com a políticadesenvolvimentista do período do governo deJuscelino Kubitschek, época da instalação doparque industrial automobilístico da RegiãoMetropolitana de.São Paulo.

Assim, ao longo das ferrovias e das rodoviasalguns municípios surgiram ou ressurgiramcomo cidades-dormitório/entrocamento devias, caso de Poá, Franco da Rocha e Taboão daSerra; como fornecedores de hortifrutigranjeirospara a capital, a partir da composição docinturão verde, a exemplo de Vargem GrandePaulista e Mogi das Cruzes; e outros comcaracterísticas marcadamente industriais, comoSuzano, Guarulhos e as cidades do Grande ABC.

O impacto do ajuste neoliberal no Brasil,ocorrido a partir dos anos 80, afetou comintensidades distintas cada um dos municípios,segundo sua inserção econômica. A crise provocada pelo sucateamento de partedo parque industrial, seguido por falências emudanças no processo produtivo baseadas nasubstituição da mão-de-obra por tecnologiainformatizada, terminou por dispensar grandecontingente de postos de trabalho. Aproliferação da ocupação e uso irregular do

solo(favelização) na períferia, inclusive dasáreas “protegidas” de mananciais, foi um dasmais perversas conseqüências desse processoverificado na RMSP.

Se até meados dos anos 70 podíamos afirmarque a maioria dos municípios da RMSP seestruturava a partir das atividades econômicasda capital, diante de tal quadro detransformações a dinâmica econômicaregional tem sofrido rearranjos, com aconstituição de centralidades locais, muitoembora os vínculos metropolitanos nãocessem de estreitarem-se por meio das redesde atividades geradoras de fortes fluxos depessoas e bens internos ao territóriometropolitano.

Século XXI:estagnação ou protagonismo global

- o momento da escolha

Neste início do século XXI, a RegiãoMetropolitana de São Paulo é a únicamegacidade global da América do Sul,característica que confere à RMSP uma posiçãoestratégica para o desenvolvimento do país.

O movimento de produção e ampliaçãocrescente da conectividade da RMSP comoutras regiões, estados e países, cujasrotas/fluxos aqui confluem, nos impõe anecessidade de dar continuidade a essemovimento, superando os inúmeros entravesque poderão por em cheque seu avanço.

Só a percepção das novas necessidades deprodução de uma urbanidade metropolitanaglobal confirmará nossa vocação e nossamanutenção, no cenário do século XXI,enquanto protagonistas na elaboração dofuturo.

A consciência da formação histórica de cadalocalidade deve nos orientar no sentido debusca de soluções políticas que procuremrespeitar os municípios como entes federadosautônomos possuidores de identidadehistórica.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate78

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A consciência da inserção histórica decada um dos municípios na RMSP devenos orientar na busca de solução políticaconjunta para a necessária atualizaçãofederativa, visando à construção da ComunidadeMetropolitana de São Paulo.

Maria Candelária de Moraes é historiadora doDepartamento do Patrimônio Histórico da Secretaria daCultura da Prefeitura de São Paulo.Silvia Maria Tommasini é bacharel em História eassessora de Assuntos Metropolitanos da Secretaria doGoverno Municipal de São Paulo.

Formação dos Municípios

SSééccuulloo XXVVII SSuurrggiimmeennttoo MMuunniiccííppiioo

São Bernardodo Campo 1553 1944Embu 1554 1944Ribeirão Pires 1558 1953Mogi das Cruzes 1611 1855Guarulhos 1560 1906Barueri 1560 1948Santana da Paraíba 1561 1906Itaquaquecetuba 1563 1953São Paulo 1554 1711Carapicuíba 1580 1964Itapecerica da Serra XVI 1944

SSééccuulloo XXVVIIII SSuurrggiimmeennttoo MMuunniiccííppiioo

Mairiporã XVII 1948São Caetano do Sul 1631 1955Guararema 1654 1898Rio Grande da Serra XVII 1964Diadema XVII 1960

SSééccuulloo XXVVIIIIII SSuurrggiimmeennttoo MMuunniiccííppiioo

Santa Isabel XVIII 1893Biritiba Mirim 1790 1963São Lourençoda Serra XVIIIPiraporado Bom Jesus 1730 1959Mauá Entre XVII e XVIII 1953Cotia 1712 1906

SSééccuulloo XXIIXX SSuurrggiimmeennttoo MMuunniiccííppiioo

Arujá 1839 1959Salesópolis XIX 1905Santo André XIX 1938Suzano 1890 1948Osasco 1890 1958Poá 1890 1948Franco da Rocha XIX 1944

Bibliografia

Azevedo, Aroldo (org.). A Cidade de São Paulo (estudos

de geografia urbana). SP: Nacional, 1958

Bruno, Ernani Silva. (org.). Viagem ao país dos

paulistas. BH/SP; Itatiaia/Edusp, 1978

Holanda, Sergio Buarque de. Monções. SP, Brasiliense,

1990

Langenbuch, Jurgen Richard. A estruturação da

Grande São Paulo. Tese de Doutorado apresentada à FFCL

de Rio Claro, Universidade de Campinas, 1971

Petrone, Pasquale. Aldeamentos Paulistas. SP, 1995

Prado, Caio Jr. Formação do Brasil Contemporâneo. SP;

Brasiliense, 1976

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate80

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.IInnddúússttrriiaa:: metalurgia e movelaria

Receitas Município: R$ 32.287.287,00 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 548,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 962,38 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 337,55 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 96 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 70.018 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 96,29% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 729,35 hab./km2 (2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 4,4% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,788 (21º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,545 (18ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 44.382 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 15,72 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 32,69 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: dado não disponível para o município (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 92.13% (Seade 2000)

ARUJÁARUJÁ

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 149 4.948Comércio 284 1.390Serviços 188 3.088Outros 27 132Total 648 9.558

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 91%Esgoto coletado 15%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 96,67%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 23,5Destinação do lixo domiciliar² Aterro

sanitário públicode Itaquaquecetuba

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 15.445Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

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O Município de Arujá teve sua origemvinculada aos irmãos José de Carvalho Pinto eCapitão João de Carvalho Pinto que, no iníciodo século passado, resolveram se fixarnessas terras. A capela do Senhor Bom Jesusde Arujá foi elevada e curada em 3 de julhode 1839.

Sua formação contou com a presença deimigrantes portugueses e japoneses e seudesenvolvimento girou em torno daagricultura. Em 8 de junho de 1852, tornou-seFreguesia do Município de Mogi das Cruzes.Posteriormente, em 30 de novembro de 1938,o Distrito foi transferido para o Município deSanta Isabel e recebeu o nome de Arujá.Tornou-se Município com autonomia político-administrativa em 18 de fevereiro de 1959.Recentemente, sua economia foiimpulsionada por meio da implantação deindústrias de médio e grande portes.

Uma das interpretações sobre o significadoda palavra “Arujá” refere-se à sua proximidadecom os primeiros terrenos que formam o Valedo Paraíba, lembrando a época em que oprimeiro homem branco pisou ali.

Os historiadores, preocupados com afilologia das palavras tupis, dizem que “Arujá”seria a corruptela de “Aru-Yáu”, “lamacento,limoso”. “Aru” significaria “ter alguma coisaem si”, exprimindo a qualidade do objeto.“Yáu” teria o sentido de “limo”, “sarro”, “folhaseca” e “detritos vegetais”. Esta interpretaçãoé defendida por João Mendes de Almeida emseu “Dicionário Geográfico”.

Para o historiador Azevedo Marques ainterpretação é outra. Embora continueligada às características do terreno que

margeia a água, na obra “ApontamentosHistóricos”, “Arujá” quer dizer “morada dossapos”. Por sua vez, Teodoro Sampaio em “OTupi na Geografia”, defende que a corruptelade “Aru-yá” significa “peixinhos barrigudinhos”.Esta última versão é a mais aceita e conhecida.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 81

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate82

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.IInnddúússttrriiaa:: metalurgia e movelaria

Receitas Município: R$ 324.460,00 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 1.565,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 1.254,04 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 494,29 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 61 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 244.551 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 4.009,03 hab./km2 (2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 4,21% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,826 (6º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,627 (7ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 169.482 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 9,9 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 63,94 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 64 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 93,36% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 839 28.898Comércio 1.456 15.632Serviços 2.337 96.450Outros 15 177Total 4.647 141.157

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 87%Esgoto coletado 50%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,29%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 129,9Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 55.745Total de unidades sub-normaisem favelas 2.958Total de moradores em favela 11.988

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

BARUERIBARUERI

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

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A origem da cidade, segundo historiadores, foio aldeamento de “Baruery”, fundado em 11 denovembro de 1560 pelo padre José deAnchieta, que ergueu, na margem direita dorio Tietê, pouco acima da confluência com oRio Barueri Mirim, a Capela de Nossa Senhorada Escada, hoje padroeira do Município.Inicialmente, a aldeia foi ocupada porindígenas que viviam sob a tutela dos jesuítasem missão de expandir a catequese em terrasbrasileiras. O nome “Barueri”, segundo algunsestudiosos, significa, em língua indígena, “FlorVermelha que Encanta”, uma alusão à algumasespécies de flores que medravam nasmargens do rio.

A aldeia de Barueri cresceu rapidamente,tornando-se um dos mais importantesaldeamentos de índios do Brasil colônia.Resistindo bravamente com a ajuda dos padresjesuítas, a aldeia conseguiu sobreviver aosfreqüentes ataques de bandeirantes, quedesciam o rio Tietê em direção ao interior,aprisionando índios para mão-de-obra.

Situada no território da antiga capela deSantana de Parnaíba, esteve subordinada àadministração da Capital durante certo período.A localidade permaneceu sob a proteção dospadres até 1633, quando não escapou da açãoexploratória do movimento bandeirante que,no caso específico de Barueri, contou com afigura de Antônio Raposo Tavares.

Com o início da construção da Estrada de FerroSorocabana, em 1871, transformou-se emimportante parada de tropeiros. Em 1875, com ainauguração do primeiro trecho, Barueriganhou sua estação ferroviária, tornando-seentreposto de cargas e rota obrigatória naligação da Capital São Paulo com Santana deParnaíba e Pirapora do Bom Jesus.

Foi elevada à condição de Distrito do Municípiode Santana de Parnaíba em 20 de dezembro de1918. O espírito autonomista não tardou a surgirentre os cidadãos e o movimento para suaemancipação ganhou importância, culminandocom a criação do Município de Barueri pela Leinº 233, de 24 de dezembro de 1948, sancionadapelo então Governador do Estado Adhemar deBarros. Em 26 de março de 1949, instala-se oGoverno Municipal e a primeira Câmara deVereadores. Em 8 de dezembro de 1964, épromulgada a Lei que instalou a Comarca deBarueri.

O desenvolvimento econômico de Barueriganhou força a partir de 1973, quando a CâmaraMunicipal aprovou a Lei de ZoneamentoIndustrial, que permitiu o surgimento de pólosempresariais como os de Alphaville, Tamboré eJardim Califórnia e, mais recentemente, oDistrito Industrial de Votupoca.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 83

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate84

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.

Receitas Município: R$ 9.925.529,51 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 404,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 642,78 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 240,11(Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 414 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 27.870 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 85,83% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 67,31 hab./km2 (2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 3,19% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,75 (34º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,492 (31ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 17.960 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 13,16 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 11,83 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 14 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 86,71% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 17 232Comércio 85 289Serviços 42 140Outros 89 1.175Total 233 1.836

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 61%Esgoto coletado 30%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 84,93%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 8,7Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade 2000

Total de domicílios 6.480Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

BIRITIBA MIRIMBIRITIBA MIRIM

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Inicialmente, a cidade caracterizava-se comopassagem de tropeiros. Segundo a tradição,estes viajantes tinham o hábito de fincaremcruzes na terra, ao longo dos caminhos, com afinalidade de orientar os próximos viajantes edemarcar os espaços por onde haviampassado. A partir de então, surgiu a estradade Santa Catarina, que margeia o rio Tietê,sendo este o primeiro povoado da região.

Em 1790, diversos sitiantes residentes na regiãodo Tietê, onde se localiza Biritiba Mirim,resolveram construir uma capela em louvor aSão Benedito.

Em 1820, residia no lugarejo, a família dos Inês,no sítio do dr. Boris,, que tinha uma filhachamada Firmina, conhecida por possuir odom da divindade, ou seja, uma pessoa“iluminada”, que curava e ajudava as pessoasatravés de sua fé. Proveniente de famíliacatólica, diziam ter o dom da profecia, da curae inclusive da multiplicação de alimentos. Têm-se informações não registradas que a “MeninaFirmina”, como é conhecida, morreu aos 10anos fazendo suas profecias e previsõesdurante os três últimos meses de vida. Desdeentão, os fiéis vinham de lugares diferentespara pagar promessas em nome de SantaFirmina.

Em 1873, Benedito Antônio do Espírito Santo,popularmente conhecido como “BeneditoPedro”, doou uma área de 36.300 metrosquadrados de terra para a ampliação da Capelade São Benedito. Com o tempo, surge a “Vilade São Benedito”, futura cidade de BiritibaMirim.

Em 1890, a Vila de São Benedito, que cresceuem volta da Capela, já apresentava um número

considerável de habitantes. Em 21 denovembro de 1892, foi criado o Distrito Policialde Biritiba Mirim, que pertencia ao entãoMunicípio de Mogi das Cruzes. O primeiroComandante do Destacamento Policial foi oSargento Alcântara e os primeiros soldadosforam Sebastião e Benedito Antônio. Em 1902,orientados pelo Padre Chico e pelo FreiSilvério, iniciou-se a construção da Igreja doPadroeiro São Benedito.

Pela Lei Municipal nº 1.985 de 13 de novembrode 1924 foi criado o Distrito da Paz de BiritibaMirim, no Município de Mogi das Cruzes.Abílio Augusto Pinto foi nomeado seu primeirosubprefeito.

Em conseqüência dessa elevação da Vila aDistrito, criou-se também o Cartório deRegistro Civil das Pessoas Naturais e Anexos deBiritiba Mirim, sendo o primeiro escrivão o Sr.Antônio Leme da Cunha, como tabelião, o sr.José Oliva Melo (Seu Juca) e o primeiro juiz depaz foi o Sr. Cláudio Adão. O cartório foiinstalado em 28 de março de 1925. Em 30 dedezembro de 1963, Biritiba Mirim conseguiusua emancipação política e administrativa.

“Biritiba Mirim” é uma derivação do tupi-guarani, que significa “muitos biris pequenos”.“Biri” corresponde a uma planta muito comumno município e que produz belos efeitosornamentais (lírios brancos), que tem por seuhabitat os lugares úmidos; “Tiba” significa“cheirosa e branca” e “Mirim”, por sua vez,refere-se a “coisa ou lugar pequeno”.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Biritiba Mirim.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 85

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate86

IInnddúússttrriiaa:: couro, papel, plásticos, têxtil, tintas.

Receitas Município: R$ 28.679.167,42 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 405,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 809,20 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 320,00 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 104 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 86.251 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 96,77% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 829,33 hab./km2 (2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 5,05% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,813 (9º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,561 (15ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 43.414 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 17,35 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 19,19 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 107 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 93,9% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 154 4.636Comércio 203 1.359Serviços 170 4.407Outros 3 16Total 530 10.418

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 100%Esgoto coletado 72%Esgoto tratado 0

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,5%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 28,7Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

particulardo município

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 19.103Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

CAIEIRASCAIEIRAS

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O início da história de Caieiras estáestritamente ligado ao coronel Antônio ProostRodovalho, personalidade de destaque docomércio, agricultura e instituições financeirasde São Paulo. Proost comprou uma fazendaonde atualmente se localiza a cidade deCaieiras e, após verificar a existência deminerais ricos em carbonato de cálcio,excelentes para a produção de cal, decidiuinvestir numa fábrica para produção doproduto. A construção dos dois fornos foirealizada em 1877.

Posteriormente, foi assentada a primeiramáquina para o fabrico de papel, obraconsolidada pelos irmãos Weiszflog. Em 12 deabril de 1890, ocorre a instalação da fábrica depapel Companhia Melhoramentos em suasterras. As indústrias instaladas no localimpulsionavam o seu desenvolvimento eatraíam novos moradores.

O crescimento populacional desenvolveu-seem torno da Estação de Caieiras, criada peloengenheiro Mac Leod e seus companheiros,inaugurada em 1º de julho de 1893, junto àantiga linha São Paulo Railway, localizada nomunicípio de Juqueí. Como era de costume, onome Caieiras foi escolhido em decorrência daimportância dos fornos de cal. O núcleopopulacional criado só veio a se expandir, deforma mais efetiva, nas primeiras décadas doséculo XX. Data de 1931 a criação do bairro deCresciúma, de onde teria resultado a formaçãopropriamente dita do município de Caieiras.

Em 30 de novembro de 1938, o Município éelevado à categoria de Distrito de Paz,determinado pelo Decreto nº 9.775,pertencente ao Município de Mairiporã.Instalado em 1º de janeiro do ano seguinte,este novo distrito foi formado com terras

desmembradas de Franco da Rocha. Em 30 denovembro de 1944, devido ao constantedesenvolvimento, Caieiras passou, peloDecreto Lei nº 14.334, a Distrito de Franco daRocha. Seu progresso justificou sua autonomiapolítica, ocorrida em 18 de fevereiro de 1959,por força da Lei n.º 5.285, cuja execuçãoocorreu no ano seguinte, no dia 1º de janeiro.

Caieiras se localiza na Grande São Paulo,aproximadamente a 50 km ao norte do marcocentral de São Paulo, na Praça da Sé. Os bairrosdo município cresceram entre as áreas depreservação da monocultura de pinheiros àoeste e a área de preservação do manancial àleste.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 87

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate88

EExxttrraaççããoo:: madeira e pedra.IInnddúússttrriiaa:: alimentos, metalurgia, cosméticos e química.MMiinneerraaççããoo:: calcário.

Receitas Município: R$ 58.529.955,32 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 1.140,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 746,73 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 297,67 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 135 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 58.606 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 95,35% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 434,11 hab./km2 (2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 3,76% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,786 (22º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,660 (4ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 34.688 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 23,26 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 22,04 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 66 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 91,25% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 192 9.045Comércio 201 1.218Serviços 261 28.647Outros 187 6Total 660 39.097

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 84%Esgoto coletado 56%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 93,32%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 19,8Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

particularde Caieiras

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 13.978Total de unidades sub-normaisem favelas 382Total de moradores em favela 1.501

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

CAJAMARCAJAMAR

Page 19: CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 ......O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos

Cajamar teve origem no desmembramentodo Distrito de Santana de Parnaíba, com adenominação de Água Fria. Em 30 denovembro de 1944, através do Decreto Lei nº14.334, passou a se chamar Cajamar. Suaelevação a Município deu-se pela Lei nº5.285, de 18 de fevereiro de 1959, sendoinstalado oficialmente em 1º de janeiro de1960.

Seu território de 135 km2 limita-se com osmunicípios de Jundiaí, Franco da Rocha,Caieiras, São Paulo, Santana de Parnaíba ePirapora do Bom Jesus. O município tem fácilacesso pela via Anhangüera e pela Rodoviados Bandeirantes. Com a implantação doRodoanel, ficará conectado às principais viasdo Estado.

Os habitantes estão distribuídos entre osDistritos de Jordanésia e Polvilho, nos centros ezonas rurais. Localizada a uma distância de 30quilômetros da capital, Cajamar possuiinúmeras indústrias em seu território. Apopulação, em sua maior parte, dedica-se àsatividades industriais, sua principal fonte derenda.

As indústrias sustentam a economia localgraças à mão-de-obra por elas absorvida,dando aos habitantes da região a oportunidadede realizarem um trabalho especializado eseguro. Devido a essa absorção de mão-de-obra e conseqüente trabalho específico, osmoradores do município de Cajamar vêem ocrescimento da cidade com a sucessivainstalação de indústrias, em virtude dafacilidade de comunicação e de acesso àcapital do Estado, o que vem gerando, cada vezmais, um crescente número de empregos.Paralelamente trazem progresso aos demaissetores da economia, como o comércio e

serviços, além da educação escolar e preparotécnico especializado.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 89

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate90

CCoomméérrcciioo ee iinnddúússttrriiaa ccoomm ppeeqquueennoo ppaarrqquueeiinndduussttrriiaall:: semicondutores, têxtil e metalurgia.

Receitas Município: R$ 56.313.855,26 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 164,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 729,72 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 275,56 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 36 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 370.352 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 10,287 hab./km2 (2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 1,87% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,793 (19º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,506 (27ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 222.617 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 13,84 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 53,23 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 187 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 93,73% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 286 4.828Comércio 788 4.361Serviços 538 11.693Outros 2 6Total 1.614 20.888

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 89%Esgoto coletado 49%Esgoto tratado 4%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 98,66%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 208,6Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicode Itaquaquecetuba

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 92.363Total de unidades sub-normaisem favelas 9.244Total de moradores em favela 36.963

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

CARAPICUIBACARAPICUIBA

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A aldeia de Carapicuíba (em tupi, “cará”significa um tipo de “peixe comprido que nãopode ser comido”), foi fundada em 1580 pelopadre José de Anchieta. A história de suaformação está ligada ao importante papel quedesempenhou na resistência indígena dianteda ação dos bandeirantes portugueses.Mesmo com a tentativa de catequização ela foia única das 12 aldeias que não desapareceu enem se descaracterizou por força dainterferência do homem branco.

Passagem obrigatória entre São Paulo eSantana de Parnaíba, a aldeia de Carapicuíbatornou-se alvo de bandeirantes quevislumbraram a possibilidade de utilização damão-de-obra indígena no trabalho agrícola.Não demorou muito para que os portuguesesforçassem a escravização da tribo local. Nofinal do século XVII, temendo uma guerrasangrenta, os jesuítas tentaram em vão, porduas vezes, remover os índios para Itapecerica,cidade vizinha. Os indígenas retornaram àssuas palhoças, fizeram lavouras ereconstituíram toda a aldeia, mantendo ostraços nativos e a mesma cruz original. Aindahoje, em respeito ao compromisso histórico,comemora-se como data de fundação o dia 12de outubro de 1580, embora Carapicuíba sótenha se emancipado em 26 de março de1965.

Carapicuíba passou à categoria de Distrito doMunicípio de Barueri em 24 de dezembro de1948 e conquistou autonomia político-administrativa apenas em 28 de fevereiro de1964, com território desmembrado dosMunicípios de Cotia e Osasco.

Atualmente, a fundação de Carapicuíbarepresenta um dos raros símbolos origináriosda ação dos jesuítas no Brasil Colonial.

Resistente à especulação imobiliária dosmunicípios vizinhos, São Paulo e Osasco, elasobreviveu integralmente nos aspectosurbanísticos: ainda constitui-se de um núcleofechado, de formato quadricular, composto dehabitações baixas que se estendem à volta daigreja e do cruzeiro católico, em torno dosquais são realizadas as festas folclóricas. Possuivinte casas de pau-a-pique, pintadas de brancoe azul, enquadradas no estilo colonialbrasileiro. A igreja, reerguida em 1736,obedece a padrões rústicos da época: é feitade barro de pilão, coberta de telhas de barro, eguarda em seu altar a imagem de SantaCatarina, a padroeira do povoado. O cruzeiro,talhado em madeira, situa-se no adro, onde ospoucos mais de 150 moradores e algunsvisitantes costumam executar a dança primitivade Santa Cruz, ou Sarabaquê, de origemreligiosa. Outra atração folclórica da aldeia é afesta de Santa Cruzinha, dividida em duaspartes: a religiosa(missa e procissão), e aprofana, (dança, queima de fogos e leilão).

Carapicuíba preserva suas característicasoriginais e mantém regularmente todas asfestas folclóricas e religiosas da época de suafundação. Vinte e quatro quilômetros e meio,pela Rodovia Raposo Tavares, separam a ex-Vilados índios guaianazes da Praça da Sé, naCapital do Estado.

Tombada em 1940 pela Secretaria doPatrimônio Artístico Histórico Nacional - SPAHNe pelo Conselho de Defesa do PatrimônioHistórico, Arquitetônico, Artístico e Turístico doEstado - CONDEPHAAT, a Aldeia de Carapicuíbapermanece intacta, com apenas algunsretoques..

Fontes: Emplasa e Seade

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 91

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate92

CCoomméérrcciioo ee iinnddúússttrriiaa ccoomm ppeeqquueennoo ppaarrqquueeiinndduussttrriiaall:: (semicondutores, têxtil e metalurgia).

Receitas Município: R$ 94.999.073,63 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 640,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 1.202,11 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 431,58 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 325 km2(Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 169.006 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 520,01 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 3,28% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,825 (7º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,580 (12ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 99.585 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 15,52 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 68,17 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 272 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 92,95% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais,Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 479 11.354Comércio 912 7.169Serviços 968 15.631Outros 115 484Total 2.474 34.638

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 89%Esgoto coletado 33%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 97,96%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 76,9Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 39.450Total de unidades sub-normaisem favelas 293Total de moradores em favela 1.195

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

COTIACOTIA

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O pequeno povoado de Acutia, marco inicialde Cotia, surgiu na beira da estrada de mesmonome, que ligava São Paulo a Sorocaba. Emestilo barroco, foi erguida no Caiapiá – lugaronde abundavam ervas medicinais do mesmonome – a Capela de Nossa Senhora do MonteSerrat, indicando a rota do Peabiru,sul do atualParaná. Em 1703, quando o sertão já eraconhecido a Oeste, a Capela foi transferidapara a atual Praça da Matriz, distante 1.500metros do Caiapiá. Foram construídos doissítios, provavelmente em 1652, sob asdesignações de “Mandu” e “Padre Inácio”,hoje marcos vivos da saga sertanejabandeirante.

Em 1712, com a chegada da família Camargoà região, após ter participado de uma lutacontra a família Pires em São Paulo, Acutiaconsolidou-se ao redor da capela de NossaSenhora do Monte Serrat. Em 1723, a capelafoi elevada a Freguesia do Município de SãoPaulo, com o nome Nossa Senhora de MonteSerrat de Cotia. Em algumas crônicas de 1842,encontra-se assinalada a participação deCotia como lugar escolhido para oacampamento das forças liberais durante olevante chefiado pelo Padre Feijó e peloBrigadeiro Tobias.

Histórica e geograficamente, pontos comoCotia, Embu, Itapevi, Barueri e Itapecerica daSerra tornaram-se fortes e avançados para adefesa e o abastecimento da Vila e do Planaltode Piratininga. Devido a este desenvolvimento,o Vice-Prefeito da Província de São Paulo,Antônio Roberto de Almeida, no dia 02 de abrilde 1856, elevou a Freguesia de Acutia àcondição de Vila. Na mesma ocasião, instalou-se a primeira Câmara de Vereadores.Finalmente, em 19 de dezembro de 1906,através da Lei Estadual nº 1.030, a Vila de Acutiafoi elevada à categoria de Município.

A partir de 1750 o município teve umcrescimento acelerado. O censo da épocademonstra que Cotia era habitada por 3.770pessoas, sendo que 17% eram escravos e 83%cidadãos livres.

Politicamente, as famosas brigas entre asfamílias Pires e Camargo tiveram início edesfecho em Cotia, onde possuíam (epossuem) grandes glebas de terras.Curiosamente, em 1940, acabou acontecendoum casamento entre membros das duasfamílias: o ex-prefeito Carmelino Pires deOliveira e Luíza Camargo Barnabé.

O Município possui um Distrito: Caucaia doAlto; vários bairros, entre eles, a Granja Viana–um cinturão industrial moderno; e umacultura enraizada nos valores folclóricos, emmeio à arte vanguardista. Em 1913, a regiãorecebeu os primeiros imigrantes japoneses,que deram origem a uma evolução técnico-rural e que têm, na construção da PraçaJaponesa, um memorial marcante. Congada,Romaria de Caucaia a Pirapora do Bom Jesus eas festas juninas são eventos sociorreligiososque se destacam.

Fontes: Emplasa e Seade

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 93

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate94

IInnddúússttrriiaa,, comércio e serviços.

Receitas Município: R$ 217.037.354,84 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 609,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 717,09 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 292,4 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 32 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 375.848 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 11.745,25 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 1,33% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,79 (20º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,493 (30ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 262.580 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 16,89 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 89,6 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 331 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 93.2% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 1.395 46.475Comércio 1.435 8.999Serviços 1.047 17.625Outros 1 2Total 3.878 73.101

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001

Nível de abastecimento de Água 99,08%Esgoto coletado 92,22%Esgoto tratado Dado

não disponível

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,59%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 219,1Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

particularde Mauá

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 98.888Total de unidades sub-normaisem favelas 22.082Total de moradores em favela 86.781

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

DIADEMADIADEMA

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Antiga parada de tropeiros que, no início doséculo XVII transportavam mercadorias de Embue Santo Amaro para Santos. Esta parada, em localconhecido como "Parque dos Jesuítas",corresponde ao atual bairro do Centro, aonde,em meados do século XVIII, o padre SalvadorSantiago construiu uma capela em homenagema Nossa Senhora da Conceição. Foi o primeironúcleo populacional da cidade de Diadema.

No início do século XX, a antiga rota dostropeiros começou a passar por um processo deurbanização e industrialização que deram osprimeiros traços da Diadema de hoje. Foramcriados loteamentos de terra que originaram aVila Conceição (área de 165 alqueires loteada em1923 pela Empresa Urbanística Vila Conceição) eo Eldorado, produto do loteamento de terraspróximas à Billings.

As Vilas Conceição, Piraporinha e Eldoradoforam, portanto, os três primeiros núcleoshabitacionais desta região ao sul de São Paulo,que muitos anos depois veio a se chamarDiadema. Não é à toa que hoje, na bandeira daCidade, três coroas simbolizam esses trêsvilarejos que polarizaram o povoamento local.

Com as procissões e festejos realizadosanualmente por religiosos, a Vila dePiraporinha atraiu ainda mais habitantes. Olargo da capela foi aos poucos se constituindoem um entroncamento de cinco pequenasestradas de ligação com sítios e fazendas daregião. Neste ponto de convergência deestradas começou a se desenvolver umcomércio local. No final dos anos 40, a VilaPiraporinha já era o maior pólo comercial dafutura Diadema.

Em 1946 surgiram as primeiras empreitadas embusca de recursos para melhoria da VilaConceição. Houve uma pequena organizaçãopopular em torno da questão. Nesta luta, umpersonagem ícone do estudo do Direito no Brasil

teve papel fundamental: Miguel Reale eraproprietário de um sítio na Vila Conceição, atualbairro do Serraria, quando foi procurado pelocasal Esquível. Ambos contagiaram Reale. Oprofessor de direito e fundador do InstitutoBrasileiro de Filosofia aconselhou os moradores adefinirem as divisas e lançarem uma proposta decriação de um novo Distrito. Ele próprio acaboulevando a causa à Assembléia Legislativa, que em24 de dezembro de 1948 aprovou a medida. Foiele quem sugeriu o nome do novo Distrito:Diadema, que significa tiara, coroa, emblema queorna a cabeça dos três santos dos municípiosvizinhos e a de Nossa Senhora da Conceição,padroeira da cidade. A instalação dos primeirosmembros dos poderes Executivo e Legislativoaconteceu no dia 1º de janeiro de 1960.

As primeiras gestões se passaram em umcontexto de suburbanização de Diadema. Nosanos 50, a Via Anchieta tornou-se o grande eixode localização da indústria automobilísticabrasileira. A urbanização de Diadema ocorria emconseqüência da expansão industrial de SãoBernardo do Campo. A proximidade com essasindústrias automobilísticas abriu mercado paraatividades complementares em Diadema, comoo setor de auto peças e de embalagens. A mão-de-obra atraída pelas indústrias intensificou ademanda por lotes residenciais.

Em 1960 eram apenas 12 mil habitantes emDiadema. Dez anos depois, foramcontabilizados mais de 78 mil moradores: umaumento de 640%. Essa explosão demográficacaracterizou-se por um processo de ocupaçãoirregular do solo da Cidade, em querapidamente formaram-se loteamentosclandestinos. Em 1968 eram duas favelas. Dezanos depois, somavam trinta e uma. Dessaforma, as administrações municipais não foramcapazes de acompanhar esse ritmo, atualizandoa infra-estrutura e os serviços públicos.

Fonte: Prefeitura do Município de Diadema / Departamento deComunicação

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 95

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate96

AArrtteessaannaattoo;; AAvviiccuullttuurraa;; MMiinneerraaççããoo.IInnddúússttrriiaa:: frigoríficos, papel

Receitas Município: R$ 83.773.874,53 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 404,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 663,28 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 244,20 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 68 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 232.165 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 3414,19 hab./km2 (2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 2,9% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0.772 (27º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,510 (25ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 136.886 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 13,98 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 100,79 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 13 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 92,31% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 301 8.723Comércio 531 2.942Serviços 673 37.013Outros 15 76Total 1.520 48.754

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 83%Esgoto coletado 38%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 98,46%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 125,8Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 53.904Total de unidades sub-normaisem favelas 5.327Total de moradores em favela 21.824

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

EMBUEMBU

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Situada em terras da ex-fazenda do caçador deesmeraldas, Fernão Dias Paes Leme no ano de1554, o povoado inicial de Embu só começou ase desenvolver a partir do século XVII. Contou,nessa época, com o importante impulsooferecido pelo cultivo do algodão em grandeescala, cuja produção manufaturadacostumava ser enviada para grandes centroscomo Rio de Janeiro e Bahia. Em meados doséculo XVIII, com a expulsão dos jesuítas, seuprestígio junto à corte portuguesa perdeuforças. Nesse período de declínio, a vida dolugarejo passou a girar em torno de pequenaatividade agrícola e exploração de lenha ecarvão.

O início de seu desenvolvimento administrativofoi marcado pela criação da Freguesia de NossaSenhora do Rosário de M’Boi, em 19 de julho de1869, pertencente ao Município de São Paulo.Em 10 de março de 1870, porém, a Freguesia foireconduzida à categoria de Povoado eincorporada a São Paulo. Voltou à condição deFreguesia com a denominação reduzida para“M’Boi”, que em tupi significa “cobra”, em 21 deabril de 1880, desta vez do Município deItapecerica da Serra.

No século XX, o local ganhou novo destaquecom a imigração japonesa, que incrementou aavicultura local. Sua denominação foi alteradapara Embu em 30 de novembro de 1938,passando a Município autônomo em 18 defevereiro de 1959, com territóriodesmembrado dos Municípios de Cotia eItapecerica da Serra.

Mais tarde, com a implantação da rodovia BR116, houve a instalação de algumas indústriasno local, intensificando as atividades comerciaise da construção civil.

Ainda na década de 60, com a afluência deartesãos e artistas plásticos, surge uma feiraque toma conta das suas praças e logradourose a faz conhecida como Embu das Artes. Assim,a Cidade transformou-se em importante centrode atração turística, condição reconhecida emdefinitivo em 1979, quando lhe foi atribuída acategoria de “Estância Turística”.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 97

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate98

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.IInnddúússttrriiaa:: metalurgia

Receitas Município: R$ 19.805.139,82 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 349,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 699,73 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 296,67 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 171 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 67.458 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 98,38% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 394,49 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 4,45% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0.812 (10º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,457 (36ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 39.126 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 13,13 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 92,19 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 15 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 90,7% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 93 2.408Comércio 150 848Serviços 119 2.908Outros 18 38Total 380 6.202

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 52%Esgoto coletado 20%Esgoto tratado 100%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 89,42%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 24,0Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 14.872Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

EMBU-GUAÇUEMBU-GUAÇU

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Por volta do século XIX, em mais uma de suasandanças pelos sertões paulistas, o sertanistaJosé Pires de Albuquerque deparou-se com aregião que hoje compõe o Município deEmbu-Guaçu. Impressionado com a belezanatural do lugar, resolveu voltar mais tarde efixar residência. Construiu a primeira casa dopovoado, marco inicial do Município, atualpatrimônio da Palquima Indústria QuímicaPaulista SA. A construção de taipa, como eramas construções no período colonial, foirealizada através de mão-de-obra escrava.Com o passar dos anos foram chegando novasfamílias: os Roschel, os Crem, os Schunck, osDomingues e outros, que constituíram asfamílias pioneiras da região.

Seu nome sofreu algumas modificações atéchegar ao vocábulo de origem tupi “Embu-Guaçu”, cujo significado é “cobra grande”.

A localidade contou, porém, com umcrescimento populacional, econômico e socialbastante lento, somente alterado por volta de1932, quando os trilhos da Estrada de FerroSorocabana, atual FEPASA, alcançaram seuterritório por meio do ramal Mairinque–Santos.Embu-Guaçu, depois disso, ganhou maiorimportância e tornou-se, em 30 de novembrode 1944, distrito do Município de Itapecericada Serra. Apenas em 28 de fevereiro de 1964obteve sua emancipação político-administrativa.

Fontes: Emplasa e Seade

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 99

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate100

IInnddúússttrriiaa:: brinquedos, móveis e vidros.

Receitas Município: R$ 30.765.000,00 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 217,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 594,44 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 221,24 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 25 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 164941 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 99.28% (Seade 2004

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 6597.64 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 3.84% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0.772 (27º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0.489 (32ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 86668 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 7.384 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 52.3 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 213 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 92.07% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 184 7.108Comércio 291 1.599Serviços 176 2.719Outros 1 3Total 652 11.429

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 90%Esgoto coletado 66%Esgoto tratado 56%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 97,65%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 73,1Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicode Itaquaquecetuba

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 36.953Total de unidades sub-normaisem favelas 406Total de moradores em favela 1.660

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

FERRAZ DEVASCONCELOS

FERRAZ DEVASCONCELOS

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No princípio do século passado, atraídos peloclima e pela fertilidade da terra, que criavamcondições muito propícias ao cultivo de frutas,os primeiros povoadores foram chegando àregião. O bairro do Tanquinho recebeu osmembros da Família Leite, os primeirosfruticultores a se fixar na região. A primeiraatividade econômica do município foi o cultivoda uva-itália, trazida pelo agrônomo LucianoPoletti, que plantou as primeiras mudas nobairro do Cambiri.

Vila Romanópolis foi a primeira denominaçãodo Município de Ferraz de Vasconcelos. Apósrápido progresso, a região despertou ointeresse da Companhia Agrícola TerritorialRomanópolis, que resolveu adquirir umaextensa área de terras ao longo da Estrada deFerro Central do Brasil.

O povoado cresceu rapidamente e prosperou,apesar de não possuir uma estação ferroviáriaque possibilitasse o embarque de pessoas emercadorias diretamente para a capital doEstado. A ausência dessa estação foi, durantemuito tempo, motivo de esforços por parte dosmoradores locais. No entanto, as freqüentessolicitações foram sempre negadas pelaEstrada de Ferro Central do Brasil.

A Companhia Romanópolis resolveu, às suasexpensas, construir e oferecer aos moradorese produtores a tão necessária estação. Em 29de julho de 1926, na data de inauguração daestação, o Município passou a chamar-seFerraz de Vasconcelos, em homenagem aoengenheiro mineiro José Ferraz deVasconcelos, chefe do 2º Distrito de Tráfego daEstrada de Ferro Central do Brasil - EFCB,responsável pela construção da estaçãoferroviária. Graças a essa iniciativa, o povoadopôde se desenvolver de forma mais efetiva.

Em 1927, outra iniciativa local, adotada pela S.A.Fazenda Casa Branca - CompanhiaRomanópolis, possibilitou a construção da viade acesso que liga Ferraz de Vasconcelos àestrada de rodagem, com uma extensão de 5quilômetros. Em 1929, instalou-se a rede deenergia elétrica em Ferraz de Vasconcelos.

Em 1938, foi criado o Distrito Policial de Ferrazde Vasconcelos. Devido ao aumento crescenteda população, a Lei Estadual nº 233, de 24 dedezembro de 1948, criou o Distrito de Paz deFerraz de Vasconcelos, no Município de Poá,do qual foi mais tarde desmembrado naComarca de Mogi das Cruzes. Teve suaelevação a município de Ferraz de Vasconcelospela Lei nº 2.456, de 30 de dezembro de 1953,constituído de um único Distrito, o da sede.

No decorrer da década de 70, o setor industrialcomeçou a se expandir, estabelecendo-secomo uma das principais atividadeseconômicas de Ferraz de Vasconcelos. Omunicípio possui duas festas tradicionais: a“Festa da Uva Fina – FEUFI” - evento maistradicional da cidade; e a Festa do Peão deBoiadeiro, promovida no final do ano.

Ferraz de Vasconcelos é um dos municípios daárea leste da Região Metropolitana de SãoPaulo. Faz divisa com os Municípios de SãoPaulo, Poá, Mauá e Suzano.

Fontes: Emplasa, Seade, “História de Ferraz de Vasconcelos” (1985),Nelson Albissú, IBGE e Prefeitura Municipal de Ferraz de Vasconcelos.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 101

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate102

IInnddúússttrriiaa:: geradores e têxtil

Receitas Município: R$ 39.204.000,00 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 294,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 508,40 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 175,94 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 45 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 155.667 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 99,89% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 3459,26 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 3.98% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,738 (39º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,412 (39ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 75.438 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 17,68 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 43,07 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 84 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 89,2% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 32 377Comércio 229 1.317Serviços 103 2.439Outros 0 0Total 364 4.133

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 79%Esgoto coletado 17%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 83,48%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 70,4Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 34.235Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

FRANCISCOMORATO

FRANCISCOMORATO

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A origem de Francisco Morato está ligada aoantigo lugarejo denominado Vila Bethlém,sede da Companhia Fazenda Belém, associadaà Estrada de Ferro “The São Paulo Railway Co.”– SPR. O local tinha como dono o Barão deMauá e seu crescimento, a partir da segundametade do século XIX, acompanhou o daEstrada de Ferro Santos–Jundiaí.

No início do século passado, várioscolonizadores foram para Francisco Morato,como por exemplo, as famílias Martins,Lupianhes, Garcia, Altamirano, Brado,Bernarde, Oliveira, Lazarine, Scalet, Klemes,Ryan, entre outras. Entre os migrantes,ressaltaram-se John Antony Ryan e GerônimoCayetano Garcia, administradores da antigaFazenda Belém.

A formação do Município esteve intimamenteligada não só ao desenvolvimento da ferrovia,mas às transações que a envolveram. Noinício, serviu de acampamento para osoperários que trabalhavam na construção dostúneis da ferrovia, como o túnel na Serra deBotujuru; depois, transformou-se em fazendade eucaliptos, passando a fornecer lenha paraalimentar as locomotivas, até se tornarentreposto de produtos agrícolas trazidos deAtibaia, Bragança Paulista e do Estado deMinas Gerais.

Com a encampação da São Paulo Railway pelogoverno brasileiro, em 1946, a CompanhiaFazenda Belém foi loteada e o antigo povoado,em 24 de dezembro de 1948, tornou-se Distritodo Município de Franco da Rocha, recebendoo nome de Francisco Morato em homenagemao professor do Largo São Francisco que ficouconhecido por ter participado da resolução dolitígio da divisão São Paulo-Minas Gerais.

Francisco Antônio de Almeida Morato nuncavisitou a cidade que leva seu nome. Nasceuem Piracicaba, em 1868 e morreu em 1948.

Era advogado e professor, formou-se emhumanidades pelo colégio Moretzson etornou-se bacharel em direito pela faculdadede São Paulo. Em 1916, criou o Instituto daOrdem dos Advogados do Estado. A sua maiorparticipação política foi na Revolução de 32,onde era o organizador do PartidoDemocrático contra o então presidente GetúlioDornelis Vargas. Em seguida, exilou-se por doisanos na Europa. Entre 1945 e 1947, voltou aopaís e assumiu o cargo de Secretário do Interiore Justiça do Estado de São Paulo.

Em 28 de fevereiro de 1964, Francisco Moratofoi, através da Lei Estadual n.º 8.092, elevado àcondição de Município autônomo. Em 1965,Cassiano Gonçalves Passos torna-se o primeiroprefeito da cidade. Em 1966, para acomemoração do primeiro aniversário doMunicípio, o engenheiro Adriano JoséMarchini cria o brasão da Cidade, modificadoem 1979. Eis o significado do brasão deFrancisco Morato: O escudo de armas e otimbre simbolizam a honra, a glória e anobreza. O ouro indica riqueza, esplendor egenerosidade. A coroa de prata é o símbolo daemancipação política. As portas abertasproclamam o caráter hospitaleiro do povomoratense. A inscrição “PERTINÁCIA ET LABORMONTEM SUPERAVERUNT” significa “APERTINÁCIA E O TRABALHO CONQUISTARAM AMONTANHA”, referência à vitória sobre a serrade Botujuru.

O Município de Francisco Morato localiza-se naparte norte noroeste da Grande RegiãoMetropolitana de São Paulo, com distância, emlinha reta, de 30,5 km até a capital do Estado;41 km por ferrovia e 55 km por rodovia. Oslimites de Francisco Morato são: Norte - CampoLimpo Paulista; Nordeste - Atibaia; Oeste sul eLeste - Franco da Rocha.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Francisco Morato.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 103

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate104

IInnddúússttrriiaa:: Produtos químicos

Receitas Município: R$ 32.746.342,20 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 304,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 640,78 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 245,63 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 143 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 118.274 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 98,53% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 827,09 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 2.33% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0.778 (25º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,502 (28 ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 70.463 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 19,76 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 36,3 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 1.329 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 90,41% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 92 2.884Comércio 303 2.184Serviços 154 1.615Outros 4 20Total 553 6.703

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 93%Esgoto coletado 47%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 95,61%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 51,3Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

particulardo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 32.600Total de unidades sub-normaisem favelas 723Total de moradores em favela 2.916

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

FRANCODA ROCHA

FRANCODA ROCHA

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Até o século XIX, Franco da Rocha foi caminhodos bandeirantes que seguiam em direção àsMinas Gerais. A maior parte das terras estavaocupada, nesse período, por fazendas. Aregião começou a se desenvolver a partir dasintervenções da São Paulo Railway, responsávelpela construção de várias estações ferroviáriaslocais, dentre as quais a Estação de Franco daRocha–Juqueri, inaugurada em 1º de fevereirode 1888.

Em 1886, Filoteo Beneducci chegou ao lugarejocom o firme propósito de descobrir ouro emum lugar denominado Pedreira, hoje QuartaColônia, para exploração em grande escala.Não existia, porém, quantidade suficiente dominério que justificasse um grandeinvestimento e Beneducci resolveu dedicar-sesimplesmente à extração de pedras, enviadas aSão Paulo pela estrada de ferro, tornando-seesta a primeira atividade industrial local.

Um dos fatos mais importantes da história doMunicípio foi, no entanto, a instalação dohospital psiquiátrico, que contribuiu para o seudesenvolvimento e passou a ser um de seusmarcos. Em 1852, foi instalado na rua São João,na cidade de São Paulo, o primeiro hospital dealienados. A casa tornou-se insuficiente, faceao número de doentes que aumentava dia-a-dia. Em 1864, foi adquirida, com a mesmafinalidade, uma chácara na ladeira doTabatinguera, para onde foram transferidosmuitos doentes. Com o passar dos anos, esselocal também não comportava o elevadonúmero de internados. Com o propósito dealiviar a superlotação dos dois únicos lugaresdestinados a abrigar os doentes mentais,ambos na cidade de São Paulo, a ColôniaAgrícola de Juqueri começou a ser construída,em 1895, e contou com a direção do arquitetoRamos de Azevedo. O médico Francisco Francoda Rocha, a serviço do governo do Estado, foi o

responsável pela escolha do local onde seriaconstruído o novo hospital psiquiátrico.Inaugurado com capacidade inicial de 800leitos, os primeiros doentes vieram transferidosde Sorocaba. Inicialmente, ocupava um terrenona margem da linha férrea, próximo à estaçãoJuqueri.

Posteriormente, foram incorporadas aopatrimônio do hospital as fazendas Cresciúmae Velha e, por volta de 1916, o governo doEstado adquiriu as terras que tinhampertencido a Beneducci para abrigar uma usinaelétrica do hospital, que durante alguns anosforneceu energia para a estação e para todo opovoado.

Em 1908 iniciou-se a construção da igrejamatriz em louvor a Nossa Senhora daConceição, padroeira do município. Aoassumir a condição de Distrito do Município deMairiporã, em 21 de setembro de 1934, adotoua denominação atual e, em 30 de novembrode 1944, Franco da Rocha tornou-se Municípioautônomo.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Franco da Rocha.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 105

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate106

FFlloorriiccuullttuurraa,, ppeeccuuáárriiaa,, ttuurriissmmoo ee iinnddúússttrriiaass..

Receitas Município: R$ 25.598.160,63 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 1.771,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 818,97 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 352,20 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 262 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 23.643 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 81,91 (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 90,24 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 1,98% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,798 (17º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,541 (19ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 0,541 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 15,91 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 26,39 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 41 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 87,96% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 64 854Comércio 148 486Serviços 107 1.127Outros 114 448Total 433 2915

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 70%Esgoto coletado 39%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 95,07%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 7,4Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 6.023Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

GUARAREMAGUARAREMA

Page 37: CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 ......O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos

Entre os núcleos populacionais que seformaram a partir da dispersão da populaçãode São Paulo de Piratininga, surgiu um núcleode povoação na região do médio Paraíba, notopo de uma colina circundada por montanhase aldeias de índios, fundado em meados doséculo XVIIXIX por Gaspar Cardoso, capitão-morde Mogi das Cruzes.

Em 1654, frades capuchinhos erigiram umacapela em louvor a Nossa Senhora daConceição, que logo passou a chamar-seNossa Senhora da Escada. Há várias hipótesespara a mudança do nome. A mais utilizada é arelacionada à tradição popular herdada dosindígenas, que tinham por hábito colocarsobre a sepultura de seus mortos um farnelcheio de alimentos e uma escada para que asubida da alma até o reino de Tupã serealizasse de maneira tranqüila.Desta forma, oaldeamento passou a ser chamado depovoado da Nossa Senhora da Escada.

Em 1734, com a vinda dos missionários—-?,ergueu-se um alojamento anexo à capela, quepassou a funcionar como convento.Construído em taipa de pilão, o conjunto,representativo da Arquitetura ColonialBrasileira, foi tombado pelo PatrimônioHistórico e Artístico Nacional no dia 25 dejaneiro de 1941.

Em 19 de fevereiro de 1846, graças ao relativocrescimento do povoado, o arraial da Escadafoi elevado à Freguesia do Município de Mogidas Cruzes. Esse desenvolvimento, no entanto,foi prejudicado pela atração que exerciam osdemais arraiais da vizinhança. Em 23 de maiode 1850, a Freguesia voltou à categoria dePovoado, reincorporada à Mogi das Cruzes. Em28 de fevereiro de 1872, reassumiu suacondição de Freguesia do mesmo Município,

sendo que, em 03 de julho do mesmo ano, aCapela de Nossa Senhora da Escada foiinstituída canonicamente, fazendo hoje partedo patrimônio histórico do país.

Em 1875, dona Laurinda de Sousa Leite,auxiliando a ex-escrava Maria Florência, doou-lhe um quinhão de terra às margens do rioParaíba, a 6 quilômetros do arraial da Escada,pouco acima do ribeirão Guararema. Motivadapor sentimentos religiosos, Maria Florênciaresolver construir uma capela em louvor a SãoBenedito numa parte do terreno recebido. Empouco tempo, moradores foram seestabelecendo nos arredores da capela,formando um vilarejo denominado Guararema(em tupi é “pau d’alho”, referência à grandequantidade de árvores desta espécie existentena região).

Em julho de 1876, foi inaugurado o trecho daEstrada de Ferro Central do Brasil - EFCB, entreMogi das Cruzes e Jacareí. Com a passagemda estrada de ferro pela Vila, iniciou-se umperíodo de grande prosperidade. Em 08 dejaneiro de 1890, por meio do Decreto n.º 8, asede do distrito de Nossa Senhora da Escadafoi transferida para o povoado de Guararema.Guararema foi elevado à categoria deMunicípio pela Lei n.º 528, de 03 de junho de1898. O primeiro Intendente Municipal,Prefeito de Guararema foi o Sr. Benedicto deSouza Ramalho. A Sede Municipal foi elevadaà categoria de Cidade, pela Lei Estadual n.º1.038 de 19 de Dezembro de 1906.

Fontes: Emplasa, Seade

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 107

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate108

IInnddúússttrriiaa:: metalurgia e movelaria

Receitas Município: R$ 727.469.000,00 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 680.00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 882,05 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 343,91 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 334 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 1.196.502 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 98,04% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 3.582.34 hab./km2 (2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 2,84% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,797 (18º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,553 (17ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 613.366 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 15,57 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 70,63 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 1.538 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 93,7% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 2.280 88.886Comércio 4.504 30.832Serviços 3.752 77.743Outros 25 99Total 10.561 197.560

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 94,69%Esgoto coletado 77,09%Esgoto tratado Dado ñ

disponível

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 98,37%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 751,8Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 294.845Total de unidades sub-normaisem favelas 41.512Total de moradores em favela 163.752

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

GUARULHOSGUARULHOS

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Por volta de 1560, padres da Companhia de Jesus,sentindo a necessidade de preservar o Colégiode Piratininga das freqüentes investidas dosTamoios aliados aos franceses, estabeleceramem volta do núcleo original doze aldeamentosde índios amigos. Um dos aldeamentos,habitado pelos índios Guarus, pertencentes àfamília dos Guaianazes da nação Tupi, localizadoà margem direita do Tietê, ao norte de São Paulo,ficou encarregado de defender o caminho quelevava à metrópole, demarcando, desta forma, olugar do futuro território do município.

O padre jesuíta João Álvares, natural de Olinda,foi considerado o fundador da cidade por serresponsável pela construção da primeira capelado povoado. Além de iniciar a catequese naaldeia, João Álvares deu à cidade que nascia aNossa Senhora da Conceição como padroeira.

Inicialmente, seu crescimento econômico deu-seem função da mineração de ouro. As minasforam descobertas em 1590 por Afonso Sardinha,localizada no atual bairro dos Lavras, cujas antigasdenominações eram: Serra de Jaguamimbaba,Mantiqueira e Lavras-Velhas-do-Geraldo.

Em 1685, nas terras de São Paulo, foi criada aFreguesia de Nossa Senhora da Conceição deGuarulhos. Por volta de 1750, já existiam muitosmineiros extraindo ouro nas “Lavras Velhas doGeraldo”. Atualmente, este local pode seravistado na margem direita da estrada que sedirige de Cumbica para Nazaré Paulista.

Houve, pelo menos, seis lavras em territórioguarulhense, localizadas em pontos diferentes deuma vasta área, compreendendo algumas dezenasde quilômetros quadrados, onde se acham osbairros de Lavras, Catas Velhas, Monjolo de Ferro,Campo dos Ouros, Bananal e Tanque Grande.

Em 24 de março de 1880, foi elevada à condiçãode Vila, tendo seu nome abreviado paraConceição de Guarulhos. A atual denominação,por sua vez, foi assumida em 6 de novembro de1906 e recuperou a referência à tribo dos índiosque primeiro habitaram essas terras, os Guarus.Guarulhos vem do tupi-guarani gwar u, “aqueleque come” ou um peixe de água doce chamado“Barrigudinho”.

No final do século XIX, discutiu-se na CâmaraMunicipal a necessidade da região ser servidapela estrada de ferro. A justificativa recaía nasriquezas dos recursos naturais da região, maisespecificamente na produção de madeira epedra, além da produção de tijolos, queabastecia o grande número de olarias emfuncionamento. O ramal ferroviário efetivou-sesomente em 1915, com a inauguração do RamalGuapyra-Guarulhos, do trem da Cantareira.Foram cinco as estações em territórioguarulhense: Vila Galvão, Torres Tibagy,Gopoúva, Vila Augusta e Guarulhos, além doprolongamento até a Base Aérea.

O início do século XX foi marcado também pelainstalação da rede de energia elétrica pela Light& Power e pelas licenças para implantação deindústrias de atividades comerciais e dos serviçosde transporte de passageiros.

Na década de 40, além da inauguração daBiblioteca Pública Municipal e do primeiro Centrode Saúde da Cidade, chegaram ao municípioindústrias do setor elétrico, metalúrgico, plástico,alimentício, borracha, calçados, peças paraautomóveis, relógios e couros.

Fontes: Emplasa e Seade e Prefeitura Municipal de Guarulhos.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 109

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate110

IInnddúússttrriiaa,, CCoomméérrcciioo,, SSeerrvviiççooss ee RRuurraall

Receitas Município: R$ 54.086.000,00 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 419,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 720,14 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 277,24 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 136 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 155.171 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 99.11% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 1.140,96 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 4,69% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,784 (23º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,465 (35ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 81.892 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 10,01 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 84,05 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 333 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 91,14% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 119 4.789Comércio 365 2.62Serviços 328 7.604Outros 21 62Total 833 15.076

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 68%Esgoto coletado 4Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 96,18%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 66,5Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 34.195Total de unidades sub-normaisem favelas 755Total de moradores em favela 3.038

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ITAPECERICADA SERRA

ITAPECERICADA SERRA

Page 41: CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 ......O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos

Itapecerica da Serra tem sua origem noaldeamento indígena que, no século XVI, eraadministrado pelo padre Belchior de Pontes. Apopulação indígena desse núcleo aumentouconsideravelmente com a vinda dos índios daaldeia de Carapicuíba, incentivada por AfonsoSardinha.

O primeiro nome da aldeia foi Itaperica, pois,de acordo com uma lenda, dois índiospassaram pela Rua do Quara, local onde existeuma rocha de dimensões enormes, sobre aqual corre um filete de água, tornando-a lisa.Um deles escorregou e disse “ita” e outrorespondeu “pecerica”. “Ita” significa “pedra” nalíngua indígena, enquanto que “pecerica”significa “lisa”; portanto, “Itapecerica” querdizer: “pedra lisa”.

A ação dos padres jesuítas nessa localidade,desde a construção da primeira capela até aeleição de um novo lugar para onde seriamtransferidos a igreja e o povoado, foi decisivapara a formação do lugarejo. Eles foramtambém responsáveis pela construção dasegunda capela feita de taipa, ao pé da colina,onde se encontrava a aldeia indígena quecontinha a imagem de Nossa Senhora dosPrazeres, posteriormente consideradapadroeira da paróquia de Itapecerica. Opovoado que, a partir de então, começou areceber novos habitantes vindos de lugarejosvizinhos, ficou conhecido pelo nome de NossaSenhora dos Prazeres de Itapecerica.

Seu desenvolvimento econômico despontoudevido à expansão da lavoura local, àconstrução do ramal Mairinque–Santos daEstrada de Ferro Sorocabana, que cortava todoo município, e ao grande impulso da imigraçãoalemã, custeada pelo governo brasileiro, de talimportância que, em 1827, o aldeamento

indígena, por meio de um aviso imperial, foitransformado em colônia alemã.

Em 20 de fevereiro de 1841, o povoado foielevado à Freguesia do então Município deSanto Amaro (atualmente Distrito), com onome de Itapecerica. Posteriormente, em 8 demaio de 1877, tornou-se Vila. Em 30 denovembro de 1944, para não ser confundidacom o Município de Itapecerica, em MinasGerais, passou-se a chamar Itapecerica daSerra.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 111

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate112

MMeettaalluurrggiiaa,, FFrriiggoorrííffiiccoossCCoomméérrcciioo:: atacadista e varejista

Receitas Município: R$ 61.614.197,13 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 381,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 602,44 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 207,18 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 79 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 186.808 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 2364,65 hab./km2 (2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 3,66% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,759 (32º lugar no ranking RMSP)ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,446 (38ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 98.010 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 11,91 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 57,52 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 213 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 91,22% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 141 4.915Comércio 363 2.160Serviços 255 7.864Outros 3 22Total 762 14.961

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 71%Esgoto coletado 32%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 95,53%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 85,3Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 42.009Total de unidades sub-normaisem favelas 806Total de moradores em favela 3.185

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ITAPEVIITAPEVI

Page 43: CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 ......O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos

A formação de Itapevi está ligada às famíliasNunes e Abreu, que se instalaram, por volta de1850, em terras limítrofes à Vila de Cotia. Osprimeiros proprietários do atual município deItapevi foram o capitão José Vieira, JaimeDiederichsen, Antônio Xavier de Lima, Carlosde Castro e vários outros, que formaram osprimeiros núcleos populacionais, iniciandobenfeitorias, entre elas, a construção de umacasa de culto onde os primeiros habitantesexpressaram a sua devoção por São JudasTadeu, o seu padroeiro.

Em 19 de outubro de 1920 foi criado o Distritode Itapevi, com sede no Município de Cotia. Odesenvolvimento experimentado uniu apopulação local num movimento, cujoobjetivo era alcançar o direito de decidir opróprio destino.

Com a adesão cada vez maior desimpatizantes, o movimento teve comoresultado a realização de um plebiscito em 15de dezembro de 1958. O resultado foi favorávelà emancipação: 972 pessoas disseram sim,enquanto que apenas 30 votaram contrárias àmedida. Desta forma, em 18 de fevereiro de1959, Itapevi conquistou sua autonomiapolítico-administrativa, tornando-se Município.Hoje o Município conta com um expressivoparque industrial, contrastando com umaprodução agrícola quase nula.

O significado do vocábulo Itapevi, em Tupi,equivale ao de Itapiva, “pedra escavada pordentro”.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 113

Histórico

Page 44: CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 ......O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate114

IInnddúússttrriiaa:: mecânica, brinquedos, plásticos.

Receitas Município: R$ 77.001.000,00 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 283,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 571,58 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 193,01 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 83 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 325.749 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 3,924,68 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 4,65% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,744 (36º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,447 (37ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 141.952 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 15,82 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 74,29 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 22554 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 90,81% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 423 12.101Comércio 545 2.999Serviços 254 7.470Outros 14 73Total 1.236 22.643

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 84%Esgoto coletado 50%Esgoto tratado 5%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 95,94%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 170,8Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 69.503Total de unidades sub-normaisem favelas 144Total de moradores em favela 579

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ITAQUAQUECETUBAITAQUAQUECETUBA

Page 45: CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 ......O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos

A fundação do Município de Itaquaquecetubaestá ligada à figura do padre José de Anchieta.Os missionários, que desempenharam umpapel fundamental na formação de seupovoado inicial, começaram a chegar à regiãopor volta de 1563. O período foi marcado pelotrabalho dos jesuítas junto às aldeias queficavam ao redor de São Paulo de Piratininga epelo trânsito de indígenas, deslocados de umaaldeia para outra. Ao que tudo indica,Itaquaquecetuba também foi palco de umadessas transferências, recebendo indígenasque vinham deslocados de Carapicuíba.

Em 8 de setembro de 1624, data oficial doaniversário da cidade, o padre João Álvaresconstruiu uma capela em honra à NossaSenhora da Ajuda. Grande parte das terrasdessa capela passou a pertencer ao própriopadre e, após seu falecimento, passou àsmãos dos padres do Colégio Santo Inácio, emSão Paulo. O então povoado de NossaSenhora da Ajuda contou com a chegada denovos catequizados, vindos de uma outraaldeia denominada São Miguel. Em troca deseu trabalho, os jesuítas lhes ofereciamproteção. Essa dinâmica perdurou até 1759,ano que marcou o limite da permanência dosjesuítas na aldeia.

Sua formação administrativa teve início em 28de fevereiro de 1838, quando o Povoado foielevado à categoria de Freguesia do Municípiode Mogi das Cruzes.

Com a inauguração da variante da Estrada deFerro Central do Brasil, em 1925,Itaquaquecetuba cresceu e prosperou,conquistando sua emancipação política em 30de dezembro de 1953. O nome adotado nessaocasião, de origem tupi, era proveniente desua primeira forma taquaquicé-tuba, cujo

significado completo é “lugar abundante detaquaras cortantes como facas”.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Itaquaquecetuba.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 115

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate116

PPaarrqquuee IInndduussttrriiaall:: indústria química, frigoríficos,artefatos de borracha, metalurgia e comérciosatacadistas e varejistas

Receitas Município: R$ 32.566.755,10 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 356,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 775,72 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 290,48 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 22 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 105.849 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 4811,31 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 3,72% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,801 (16º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,499 (29ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 63.541 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 16,76 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 48,78 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 75 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 93,37% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 156 5.053Comércio 266 1.253Serviços 206 3.873Outros 2 2Total 630 10.181

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 88%Esgoto coletado 54%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,49%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 38,5Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 24.538Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

JANDIRAJANDIRA

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Jandira teve início em 1920, com a instalação deuma olaria pertencente ao alferes HenriqueSammartino. O estabelecimento fora montadocom a intenção de suprir a demanda deconstrução de habitações para os colonos quetrabalhavam no corte de madeira utilizada paraabastecimento das locomotivas da Estrada deFerro Sorocabana. O lugarejo surgiu na altura doquilômetro 32 dessa ferrovia, conhecidoinicialmente por “Sítio das Palmeiras”; passou adesenvolver atividades agropecuárias emelhorou as estradas já existentes,principalmente a que ligava o local aomunicípio de Barueri, onde estava localizada aestação ferroviária mais próxima.

Sammartinho, em homenagem à sua neta, deuao Sítio das Palmeiras um nome indígena:“Jandira”, que em tupi significa “abelha de mel”.O desenvolvimento de Jandira foi impulsionadopor seu fundador, que doou terras e facilitou avenda de lotes, além de criar escolas, postos depuericultura, delegacias, igrejas etc.

Em 24 de dezembro de 1948, sob o domínioterritorial de Cotia, foi criado o Distrito de Jandira,administrado por seu primeiro subprefeito, Sr.José de Albuquerque. A idéia de emancipaçãopolítico-administrativa começou a ter força emdecorrência natural do crescimento na décadade 50. Os vereadores da época, OswaldoSammartino, Clécio Soldé e João Barbosa,lideraram um abaixo-assinado para apressar oprocesso de emancipação, pois grande partedos moradores era indiferente à questão. Algunsmoradores manifestavam-se frontalmentecontra a emancipação. Alguns preferiam aanexação de Jandira ao município de Barueri,que já se encontrava emancipado na época,enquanto outros, localizados na região deItapevi, lutavam para anexar as terrasjandirenses.

Essa disputa chamou a atenção de algunsmoradores, dentre eles, Nicolau Maevsky,

Manoel Alves dos Santos e Rubens de Góes,que fundaram, no dia 25 de janeiro de 1958, aUnião Pró-Jandira.

Com base em uma antiga Lei de nº 170/53 de 28de abril de 1958, que dispunha sobre a criaçãode novos municípios, Jandira foi anexada aBarueri. O então governador do Estado de SãoPaulo, Adhemar Pereira de Barros, vetou aemancipação por falta de alguns requisito, comoa vontade dos moradores.

Apesar do veto, o movimento emancipacionistanão desanimou e ganhou novas adesões, como oprefeito de Cotia, Emílio Guerra; o proprietário doFrigorífico Jandira e industrial, Aniello Gragnano; opresidente do IBGE, José Peres, e moradorestradicionais como Massa Yamamoto, Leopoldinodos Santos, Jorge Burger Junior, entre outros.

No dia 8 de novembro de 1963, a AssembléiaLegislativa emitiu o parecer favorável à realizaçãode plebiscito de consulta à população doterritório. De 411 eleitores, 303 votaram a favor daemancipação em 8 de dezembro de 1963. Noentanto, o novo prefeito, Oswaldo Sammartino,teve de esperar mais um ano para assumir,devido ao golpe militar de 1964, que prorrogouo mandato dos prefeitos por mais um ano.

As principais atividades econômicas domunicípio são a prestação de serviços, ocomércio e a indústria. Entre as datascomemorativas de Jandira, destacam-se: oAniversário da Cidade, comemorado em 8 dedezembro; o Dia Mundial da Consciência Negra,em 20 de novembro; e o dia de Nossa SenhoraAparecida, Padroeira da Cidade, em 12 deoutubro.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Jandira.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 117

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate118

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.

Receitas Município: R$ 14.501.028,50 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 549,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 602,99 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 210,65 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 550 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 29.630 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 68,8% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 53,87 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 2.94% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,754 (33º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,518 (24ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 19.038 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 14,18 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 35,76 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 34 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 86,28% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 40 1.416Comércio 113 771Serviços 148 8.418Outros 7 18Total 308 10.623

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 54%Esgoto coletado 8%Esgoto tratado 100%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 90,02%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 7,3Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 6.928Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

JUQUITIBAJUQUITIBA

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O bairro de São Lourenço foi o núcleopopulacional que deu origem ao município deJuquitiba, que em tupi-guarani significa "terrasde muitas águas", em virtude da Cidade estarlocalizada em uma área de grandesmananciais.

Em 1887, Manoel Jesuíno Godinho, consideradofundador do bairro, juntamente com suaesposa, Sra. Francisca Maria da Penha, doouuma área de sua propriedade para a construçãode uma capela para Nossa Senhora das Dores,em torno da qual começaram a surgir asprimeiras residências.

O bairro passou a ser conhecido como CapelaNova da Bela Vista do Rio Juquiá, nome queperdurou até 27 de dezembro de 1907, quandosua denominação foi alterada para Juquitiba eo bairro elevado à categoria de Distrito doMunicípio de Itapecerica da Serra, com sedeno povoado de Bela Vista de Juquiá.

Em 28 de fevereiro de 1964, quando o entãogovernador Adhemar Pereira de Barrospromulgou a Lei nº 8082, Juquitiba foidesmembrada de Itapecerica da Serra ealcançou sua autonomia político-administrativa, tornando-se Município. Oaniversário da Cidade é comemorado no mêsde março, devido à emancipação políticaocorrida em 28 de março de 1965, quandotomaram posse os primeiros membros daCâmara Municipal que, por conseqüência,empossaram o primeiro Prefeito Municipal, oSr. Padur Abes.

Até 1999, o Município era considerado pelaEmbratur e pela Secretaria de Esportes eTurismo de São Paulo como "MunicípioPrioritário para o Desenvolvimento e Turismo".Atualmente, recebeu a Deliberação Normativade nº 408-03.09.99, que caracterizou Juquitibacomo "Município Turístico".

Geograficamente, Juquitiba situa-se ao sul doEstado de São Paulo, altitude de 728m, latitude47º, junto à Serra do Mar e à margem darodovia Régis Bittencourt. Está a 73km daCapital, contados a partir do marco zero daPraça da Sé. Possui uma área de 569Km2 e fazfronteira com: São Lourenço da Serra, Embu-Guaçú, São Paulo, Ibiúna, Pedro de Toledo,Miracatu e Itanhaém. A região é tipicamentemontanhosa, de clima ameno, média de 18ºC,e ar puro. A paisagem é dominada porflorestas, lagos, represas, dezenas de ribeirõese rios como o Juquiá e o São Lourenço.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Juquitiba.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 119

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate120

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.IInnddúússttrriiaa:: turismo.

Receitas Município: R$ 34.547.810,04 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 577,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 1.035,36 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 427,35 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 307 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 69.615 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 82,4% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 226,75 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 3,84% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,803 (14º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,558 (16ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 39.332 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 21,47 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 29,43 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 48 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 90,7% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 147 2.735Comércio 320 1.717Serviços 285 4.061Outros 13 45Total 765 8.558

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 92%Esgoto coletado 61%Esgoto tratado 62%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 95,54%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 20,0Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 16.422Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

MAIRIPORÃMAIRIPORÃ

Page 51: CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 ......O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos

Não se conhece a data exata da fundação deMairiporã, porém, desde 1642, a Vila já eracitada em Carta de Sesmaria a José Ortiz deCamargo Azevedo Marques. O povoado surgiuem torno da capela feita por Antônio de SouzaDel Mundo, em honra à Nossa Senhora doDesterro, padroeira do Município.

Em 1696, o povoado foi elevado à categoria deVila de Nossa Senhora do Desterro de Juqueri,palavra tupi que designa uma plantaleguminosa, conhecida também comodormideira. No ano de 1783, passou a serparóquia. Em seguida, a capela transformou-seem igreja e passou por diversas modificações.A última reforma descaracterizou o antigotemplo, conservando apenas a torre.

A Vila de Juqueri adentrou o século XVIII comofonte de produtos agrícolas para São Paulo,chegando a produzir algodão e vinho paraexportação. Não prosperou em virtude dodesfalque sofrido com a expulsão dos jesuítas,que assistiam as freguesias, paróquias ealdeamentos ao redor de São Paulo, e pelamudança de eixo econômico da colônia paraMinas Gerais, após o descobrimento dasjazidas de ouro e pedras preciosas.

A situação da região começou a se alterar emvirtude de alguns fatores, como a construçãoda estação ferroviária de Juqueri, pertencenteà São Paulo Railway, e a inauguração dohospital-colônia para doentes mentais. Essedesenvolvimento resultou, em 27 de março de1889, na sua elevação à categoria de Vila.

Em 1913, a Vila recebeu um grupo de famíliasde imigrantes japoneses, liderado por ChojuAkimura, que se estabeleceu em uma glebade terras e desenvolveu as culturas de arroz ebatata. Sua vida econômica ganhou maiorimportância com o estabelecimento de olarias,que passaram a abastecer grande parte doEstado.

A associação do nome de Juqueri ao hospitaldestinado aos doentes mentais causavaconfusão na entrega de correspondências edesconforto entre os juquerienses. Foi criado,deste então, um movimento para mudar onome do município. Em 1948, o prefeito Bentode Oliveira solicitou à Assembléia Legislativaautorização para a mudança. Na ocasião, odeputado Ulisses Guimarães apoiou o pedidoe pronunciou a célebre frase: “Juqueri, terra deloucos. Loucos por cidadania”.

No dia 24 de dezembro de 1948, foi aprovada aLei no 233, permitindo a mudança do nome doMunicípio. A denominação Mairiporã, deorigem tupi-guarani, foi sugerida pelo jornalistae poeta Araújo Jorge. “Mari” significa “cidade” e“porã” é igual a “bonita”. Desta forma, a Cidadeficou conhecida como “Aldeia Pitoresca”.

Na década de 50, a Cidade de Mairiporã foimarcada pela vinda da CompanhiaCinematográfica Multi Filmes, dirigida pelocineasta Mário Civelli. Atualmente, aindaexistem os barracões da companhia, onde foirodado o primeiro filme colorido no Brasil.

Com a implantação da Rodovia Fernão Dias,ligação de São Paulo para Minas Gerais, houveuma redescoberta e valorização intensa deMairiporã, em razão dos atributos naturais daregião para abrigar residências secundárias dealto padrão e, posteriormente, para moradiafixa. O boom imobiliário ocorreu a partir dofinal da década de 70. A esse movimentocontrapôs-se a Lei de Proteção dos Mananciais,Leis Estaduais 898/75 e 1.172/76, parapreservação dos recursos hídricos responsáveispelo abastecimento de grande parte dapopulação metropolitana. Em 1992, a região daCantareira foi reconhecida como Patrimônio daHumanidade pela UNESCO.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Mairiporã.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 121

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate122

IInnddúússttrriiaa:: petroquímica e metalurgia

Receitas Município: R$ 163.104.147,98 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 450,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 720,81 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 274,82 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 67 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 390.941 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 5834,94 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 1,89% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,781 (24º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,509 (26ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 243.551 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 16,38 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 61,61 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 215 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 93,36% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 503 17.185Comércio 1.138 6.809Serviços 677 9.899Outros 6 13Total 2.324 33.906

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 98,18%Esgoto coletado 75,44%Esgoto tratado Dado ñ

disponível

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,63%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 221,0Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

particulardo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 99.410Total de unidades sub-normaisem favelas 17.179Total de moradores em favela 68.437

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

MAUÁMAUÁ

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A formação do Município de Mauá estáintimamente ligada aos primeiros sesmeiros eàs grandes fazendas em torno da CapelaNossa Senhora do Pilar, nos séculos XVII e XVIII.Entre seus primeiros moradores estavamAntonio Franco da Rocha e Capitão João JoséBarbosa Ortiz, este último, Juiz de Paz de SãoBernardo entre os anos de 1846 e 1865.

No dia 05 de junho de 1861, Irineu Evangelista deSouza, o “Barão de Mauá”, através de procuraçãode José Ricardo Wright, compra duas fazendas: aCaguassu e a Capoava, do Capitão João e desuas irmãs Escolástica Joaquina e CatharinaMaria. Embora morasse no Rio de Janeiro, passoua ser grande proprietário local.

A Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, que atravessaMauá, foi construída pela São Paulo RailwayCompany, sob o comando do Barão de Mauá.Inaugurada em 16 de fevereiro de 1867, trouxegrande impulso ao desenvolvimento local. Aferrovia prosperou rapidamente; seu tráfegoaumentava com o desenvolvimento da viaçãoférrea provincial, ligando a Capital a Santos,constituindo-se no principal meio de transportepara o escoamento da produção agrícola, e demercadorias de importação, que quase todaera feita por aquele porto. Com a inauguraçãoda Estação de Pilar, em 1º de abril de 1883,surgiu o povoado de Pilar. Em 1926, quando aferrovia já era denominada Santos – Jundiaí, onome da estação foi mudado para Mauá, emhomenagem ao Barão e Visconde de Mauá.

Em 18 de outubro de 1934, Mauá foi elevada àcategoria de Distrito de Paz no Município deSão Bernardo, Comarca da Capital (São Paulo).

No período de 1923 a 1944, Mauá começa a sedesenvolver industrialmente com o

surgimento de várias indústrias de cerâmica eporcelana. No ano de 1943, foi implantada aPorcelana Real, hoje Porcelana Schmidt, queampliou a fama da cidade neste ramo, a pontode, após sua emancipação, o Município passara ser chamado de Cidade Porcelana.

Em 1953, a Cidade foi emancipada, tornando-se, enfim, o Município de Mauá, em plebiscitorealizado no dia 22 de novembro de 1953.Mauá se tornou Município autônomo a partirde 1º de janeiro de 1954. No entanto, oaniversário da cidade é comemorado no dia 08de dezembro, dia da padroeira da cidade,Imaculada Conceição.

A praça central da cidade recebeu o nome de“22 de novembro”, em homenagem ao dia deemancipação. O primeiro prefeito da cidadefoi Ennio Brancalion, que governou noperíodo de 1º de janeiro de 1955 a 1958.

A atividade ligada à indústria petroquímica tevecomo origem a refinaria localizada emCapuava, que remonta à década de 50. Porém,a grande expansão do Pólo Petroquímicoocorreu a partir da década de 70.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Mauá.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 123

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate124

Agricultura: hortifrutigranjeiraAviculturaIndustrias: cerâmica, motoniveladoras, materiaiselétricos,, química, papel, siderurgia e tratores.

Receitas Município: R$ 171.776.861,19 (Emplasa 2000)Receitas Per Capita: R$ 521,00 (Emplasa 2000)Rendimento Médio do Chefe de Família:R$ 1.005,01 (Seade, 2000)Renda Per Capita: R$ 386,11 (Seade, 2000)

Área total: 721 km² (Seade 2001)

População estimada: 354.775 habitantes (Seade 2004)

Taxa de urbanização: 91,91% (Seade 2004)

Densidade demográfica: 492,05 hab./km2 (2004)

Crescimento médio anual da população: 1,85% (Seade 2000/2003)

IDHM: 0,801 (16º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000) ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,591 (9ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)Eleitores: 221.783 (TRE 2003)

Taxa de mortalidade infantil: 21,49 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

Taxa de mortalidade por homicídio: 24,85 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

Leitos SUS: 601 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

Taxa de alfabetização: 93,5% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 499 14.604Comércio 1.804 9.226Serviços 1.526 19.592Outros 459 2.259Total 4.288 45.681

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 91,75%Esgoto coletado 80,05%Esgoto tratado Dado ñ

disponível

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 97,29%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 183,3Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 90.112Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

MOGI DASCRUZESMOGI DASCRUZES

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Com o Movimento das Entradas e Bandeiraschegaram os primeiros povoadores nas terrasque formariam, mais tarde, o Município deMogi das Cruzes. Em 1560, o bandeirante BrazCubas, após ter recebido uma Sesmaria quecomeçava ao pé da Serra do Mar e se estendiaaté Mboygi, se embrenhou pelas matas doterritório mogiano, às margens do RioAnhembi, hoje Tietê, à procura de ouro.

Em 1561, Braz Cubas fundou a fazendaPequeri. Em 8 de agosto de 1611 foi criada, sobaprovação do então governador D. Diniz deSouza, a Vila de Sant’Anna das Cruzes deMogy-Mirim, por Gaspar Coqueiro, capitão-morda capitania de São Vicente.

Mogi é uma alteração de Boigy que, por suavez, vem de M’Boigy, o que significa “Rio dasCobras”, denominação que os índios davam aum trecho do Tietê. Na língua indígena,“Mirim” quer dizer “pequeno”. Provavelmente,uma referência ao riacho Mogi Mirim. Alinguagem popular tratou de acrescentar otermo “cruzes” ao nome oficial da Vila, pois eracostume dos povoadores sinalizar com cruzesos marcos que indicavam os limites da mesma.

Localizada entre São Paulo e Rio de Janeiro, aVila costumava ser ponto de passagemobrigatório daqueles que se dirigiam para umadessas Capitanias. Caracterizou-se, também,como ponto de parada de bandeirantes,desempenhando importante papel nacolonização do Estado de São Paulo.

No período do Império, compreendia asparóquias de Santa Ana de Mogi das Cruzes,Nossa Senhora da Ajuda de Itaquaquecetuba,Senhor do Bom Jesus do Arujá e NossaSenhora da Escada, que correspondem,

atualmente, aos municípios de Suzano, Poá,Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba,Guararema e Arujá. Em 13 de março de 1855,por meio da Lei n.º 05, recebeu foros deCidade e sua atual denominação, sendoposteriormente elevada à Comarca, em 10 deabril de 1874. Marcada por umdesenvolvimento rápido, Mogi das Cruzesexpandiu-se primeiramente com a lavoura docafé e, depois, sob a influência da imigraçãojaponesa, com as culturas de chá, frutas ehortaliças.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 125

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate126

IInnddúússttrriiaa,, SSeerrvviiççooss..

Receitas Município: R$ 321.370.022,93 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 493,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 934,26 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 390,45 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 68 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 686,010 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 10.073.67 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 1,29% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,818 (8º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,564 (14ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 460.045 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 14,87 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 74,78 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 612 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 94,23% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 897 29.697Comércio 2.808 22.203Serviços 2.288 49.729Outros 4 8Total 5.997 101.637

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 100%Esgoto coletado 58%Esgoto tratado 2%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 98,83%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 460,8Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 182.127Total de unidades sub-normaisem favelas 28.506Total de moradores em favela 114.584

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

OSASCOOSASCO

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No final do século XIX, durante o período dalibertação dos escravos, iniciou-se o movimentode imigração européia devido à necessidade demão-de-obra para substituir o trabalho escravo.Como conseqüência da imigração, por volta de1890, chegaram os primeiros estrangeiros, entreeles o italiano Antônio Giuseppe Agu. Constaque ele comprou uma gleba de terrascompreendida entre os córregos Bussocaba eAguadinha, no quilometro 16 da Estrada de FerroSorocabana, Freguesia da Capital do Estado deSão Paulo. Antônio Agu é considerado ofundador do Município de Osasco, sendo oresponsável pela escolha de seu nome, omesmo de sua cidade natal. Fundou uma olariajunto com o seu genro Antônio Vianco,posteriormente arrendada ao francês BarãoSensaud de Lavaud. Os terrenos fronteiriços àolaria foram divididos em lotes e vendidos adiferentes famílias, principalmente italianas.Desta maneira, o primeiro núcleo de habitantesdo chamado quilômetro 16 da Estrada de Ferrofoi constituindo-se.

Em 1892, Antônio Agu implantou, em sociedadecom Narciso Sturlini, a indústria de Cartonagem,a primeira fábrica de papelão da América do Sul.

A localidade atraía as pessoas conhecidas nocomércio. Com o esforço de Antônio Agu emtrazer capital, investidores e moradores para aregião, as indústrias foram surgindo e o núcleourbano foi se desenvolvendo. Até a sua morteem 25 de janeiro de 1909, Agu procurou fazer daVila Osasco um local progressista e habitável. ODistrito de Osasco foi criado pela Lei Estadual nº1.634, em 31 de dezembro de 1918.

Na época da Primeira Guerra Mundial e daimplantação de indústrias no país, v[ariacompanhias estavam instaladas em Osasco. Acidade cresceu e, em 1922, foi inaugurada aVila Militar de Quitaúna. Ao redor dasindústrias existiam pequenas olarias e umcomércio reduzido. Começaram a surgir

pequenas vilas que, hoje, são bairrostradicionais de Osasco.

A partir de 1940, empresas de maior porte,sobretudo as de metalurgia pesada, começarama instalar-se em Osasco.

O surgimento de indústrias metalúrgicas pesadascontribuiu para tornar Osasco um importantenúcleo operário. Porém, aliado a outros fatores, ocrescimento industrial trouxe, também, ocrescimento da população e, em decorrênciadisso, os loteamentos irregulares, a carência deenergia elétrica, água, esgotos e transportes. Asnecessidades de serviços não eram supridas namesma proporção em que surgiam, e comoOsasco era um Distrito de São Paulo, seusmoradores começaram a pensar que o bairro erarelegado a um plano secundário.

Em 1948, um grupo de moradores, liderados pelodentista Reynaldo de Oliveira, fundou aSociedade Amigos de Osasco, que originou oMovimento pela Emancipação da Cidade, emmeados de 1950. O primeiro plebiscito paradecidir se Osasco passaria ou não a ser umMunicípio autônomo foi marcado para 13 dedezembro de 1953. Contrariando as expectativas,os adeptos da “não-emancipação” conseguirammaioria de 140 votos na consulta popular.Segundo os autonomistas, teria havido fraude.

Após uma luta redobrada, os autonomistasconseguiram marcar um segundo plebiscito,realizado em 21 de dezembro de 1958. Destavez, venceram os emancipadores, por umadiferença de 1.283 votos e também foramacusados pelos contrários de fraudar as urnas.

Em fevereiro 1962, instalou-se oficialmente aprimeira gestão municipal, sendo o primeiroprefeito Hirant Sanazar, e a Câmara Municipalcomposta por 23 vereadores.

Fontes: Emplasa, Seade e Tempo, História e Nanquim” - Primeirovolume, José Luiz de Oliveira (1993).

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 127

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate128

TTuurriissmmoo.AAggrrooppeeccuuáárriiaaEExxttrraaççããoo mmiinneerraall:: dolomita, calcário, argila,quartzo, pirofilita

Receitas Município: R$ 6.039.0 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 489,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 598,30 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 237,8 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 99 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 14.667 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 148,15 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 4,4% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,767 (29º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,486 (33ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 7.918 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 23,15 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 29,73 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: Dado não disponível para o municípioTTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 89,65% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 27 468Comércio 32 118Serviços 45 893Outros 1 2Total 105 1.481

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 57%Esgoto coletado 21%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 90,02%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 5,1Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 3.291Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

PIRAPORA DOBOM JESUSPIRAPORA DOBOM JESUS

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Pirapora do Bom Jesus foi fundada em 6 deagosto de 1730. Tornou-se Distrito com adenominação de Pirapora em 17 de agosto de1892, em terras de Santana de Parnaíba. Em 30de novembro de 1944, sua denominação foialterada para Pirapora do Bom Jesus e, apenasem 18 de fevereiro de 1959, foi elevada aMunicípio autônomo. Inicialmente, figuroucomo um vilarejo missionário, e suaimportância ficou sempre atrelada à suafunção religiosa. Ao abrigar uma imagem doSenhor Bom Jesus, encontrada às margens doRio Tietê, passou a ser um pólo de atração deromeiros em constante movimentação.

A história destaca com maior ênfase oencontro de uma imagem do Senhor BomJesus, em tamanho natural, nas águas do rio,simbolizando o “Ecce Hommo”. Tal achadoocorreu em 1725, fazendo com que José deAlmeida Naves construísse uma capela paraabrigar a imagem, provisionada a 6 de agostodesse mesmo ano. Por alvará da Sé, do Rio deJaneiro, foi celebrada a primeira missa pelopadre Isidoro Pinto de Godoy, vigário deParnaíba. Porém, a Cidade começou a secaracterizar somente em 1887, com ainauguração de um novo santuário. A paróquiafoi levantada em 1897, com a chegada doscônegos premonstratenses, originários daBélgica, que permanecem na cidade até osdias atuais. A partir dessa data, consolidada ainstalação da Cidade, vieram outrosmelhoramentos como o cemitério e a adutorade água.

Ninguém sabe ao certo por que razão aestátua de Jesus, em uma data imprecisa doséculo XVIII, escolheu aportar em Pirapora.Explicações mais lógicas remetem à expulsãodos jesuítas do Brasil, em 1663, quando amaior parte das capelas, inclusive a de NossaSenhora da Escada de Barueri, vizinha de

Pirapora, rio Tietê acima, foi depredada e tevesuas imagens sacras lançadas nas águas. Apopulação local tem uma justificativa mística: osanto não passara simplesmente por Piraporaou caíra lá por mero acaso: encontrado sobuma pedra, sentado e majestoso, Jesuselegera aquele lugarejo para contar umahistória de fé e religião. Segundo os habitantesmais antigos, a posição do santo demonstravaa sua preferência pelo povoado. Logo, aimagem recebeu o nome de Nosso SenhorBom Jesus de Pirapora, sobre a qual sepropagou a lenda de que proporcionavamilagres a quem rezasse diante de seus pés.

Não faltaram legiões de romeiros interessadosem comprovar a eficiência do santo, nemhistórias de curas espantosas a reforçar o mito.Na década de 60, Pirapora do Bom Jesus jáhavia conquistado um posto de destaqueentre os santuários milagrosos, com umnúmero de devotos apenas inferior ao deAparecida do Norte. O habitante desteMunicípio, localizado 58 Km ao sul de SãoPaulo, acostumou-se a recepcionar em suaspraças milhares de fiéis de todo o Brasil.Contrastando com a calma habitual em diasnormais, os fins de semana apresentam umespetáculo de multidões coloridas, cânticosreligiosos e barraquinhas vendendo de vela àcomida. Além de romarias, Pirapora oferecemais duas atrações aos seus visitantes: aExposição de Arte Sacra, que funciona noprédio do seminário dos padrespremonstratenses, fundado em 1896, e a Casados Milagres, que abriga os ex-votos paraatestar as graças concedidas pelo Bom Jesus.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 129

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate130

IInnddúússttrriiaa:: refratários e têxteisSSeerrvviiççooss ddiivveerrssooss

Receitas Município: R$ 42.306.986,39 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 443,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 753,53 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 302,49 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 17 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 103.064 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 98,88% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 6.062,58 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 1,9% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,806 (13º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,596 (8ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 67.830 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 11,1 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 23,17 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 14 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 94,31% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 246 8.427Comércio 458 3.122Serviços 922 34.067Outros 4 13Total 1.630 45.629

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 99%Esgoto coletado 87%Esgoto tratado 93%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,52%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 39,0Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicode Itaquaquecetuba

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 25.182Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

POÁPOÁ

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A estância hidromineral de Poá situa-se emterras originárias das missões Carmelitas deNossa Senhora da Ajuda e Nossa Senhora deLourdes, que vieram ao Brasil e se fixaram noRio de Janeiro. Tais terras iam de Aparecida doNorte ao bairro do Tatuapé, na capital de SãoPaulo.

Durantes anos, as missões venderam porçõesdessas terras a particulares. Destacadas dagleba originária, essas terras deram início àformação de vários núcleos habitacionais. Umdestes povoados, conhecido por Vila NossaSenhora de Lourdes, por iniciativa de algunsde seus moradores, constituiu em 1890 oDistrito Policial de Poá. Este movimento foiliderado por Paulo Augusto Miranda, JorgeTomé, Narciso Lucarini e João José de Godoy.

Pela Lei Estadual nº 1.674, de 3 de dezembrode 1919, o povoado passou a Distrito de Paz. Ofato de Poá ser cortada pela antiga Estrada deFerro Central do Brasil atraiu um númerocrescente de pessoas procedentes da Capitalou da região, devido à facilidade detransportes e ao custo acessível dos terrenos emoradias.

Como conseqüência dessa evolução, Poápassou à categoria de Município por força daLei Estadual nº 233, de 24 de dezembro de1948, compondo-se dos distritos de Paz de Poáe Ferraz de Vasconcelos, tendo este últimosido desmembrado nos termos do disposto naLei Estadual nº 2.456, de 30 de dezembro de1953.

Poá esteve sob a jurisdição da Comarca deMogi das Cruzes até 26 de maio de 1962,quando passou à jurisdição da Comarca deSuzano. Finalmente, a Comarca de Poá

estabeleceu-se em 12 de agosto de 1967, comjurisdição sobre o Município de Ferraz deVasconcelos.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 245, de 20 demaio de 1970, Poá foi elevado à categoria deEstância Hidromineral. A radioatividade de suaágua, fonte Áurea, contém 42 U.M.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 131

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate132

IInnddúússttrriiaa:: metalúrgica, móveis, plásticos, artefatosde cimento, cerâmica, alimentos e vestuário.

Receitas Município: R$ 55.327.181,04 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 530,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 888,38 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 362,72 (Seade, 2002)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 107 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 112.930 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 1.055,42 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 2,01% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,807 (12º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,585(11ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 73.832 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 13,83 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 27,64 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 43 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 94,55% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 227 6.163Comércio 481 2.114Serviços 382 5.416Outros 7 26Total 1.097 13.719

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 83%Esgoto coletado 54%Esgoto tratado 70%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 98,49%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 53,1Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

particularde Mauá

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 28.805Total de unidades sub-normaisem favelas 364Total de moradores em favela 1.614

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

RIBEIRÃOPIRES

RIBEIRÃOPIRES

Page 63: CAPÍTULO III HISTÓRICO DA REGIÃO E PERFIL DOS 39 ......O histórico da formação da Região Metropolitana de São Paulo, aqui apresentado, retrata o surgimento dos núcleos urbanos

Ribeirão Pires, devido a sua posição geográfica,foi utilizada como passagem obrigatóriaàqueles que vinham da região portuária deSantos com o objetivo de chegar aos camposde Piratininga. A partir de 1558, o território doatual Município foi incorporado a São Paulo doPiratininga, formando uma vasta áreaterritorial.

Nos limites da Vila de Mogi, em 1663, haviauma estrada chamada Estrada de Guaió, queera passagem daqueles que pretendiam sairde São Paulo rumo a Mogi das Cruzes ou vice-versa, bem como daqueles que se dirigiam aSantos. Com a invasão de terras na Aldeia doUrurai – depois São Miguel – muitas pessoasse espalharam por este território, alcançando aregião de Ribeirão Pires no final do século XVI.

Ribeirão Pires chamava-se “Caaguaçú”, oequivalente a “mata grande” ou “mata virgem”.No século XVII, Caaguaçú passou a serconhecida devido à exploração de ouro nasproximidades da Serra do Mourão. Porém, estaatividade não perdurou por muito tempo.

Durante o século XIX, a produção cafeeiraexpandia-se pelo Estado, exigindo aimplantação de uma ferrovia que ligasse asáreas produtoras ao porto de Santos. Em 1885, aestação de Ribeirão Pires foi inaugurada epromoveu o crescimento da localidade quehavia nascido em torno de uma capelaconstruída no século XVIII, em honra à NossaSenhora do Pilar. Às margens da ferroviacresciam núcleos de povoamento e comércio.

O desenvolvimento de Ribeirão Pires estávinculado também à família Pires, que possuíauma extensa área de terras onde atualmente selocalizam os municípios do ABC, Mauá eRibeirão Pires. O Município somente ganhoumaior impulso na segunda metade do séculoXIX, com a movimentação proporcionada pelaSão Paulo Railway.

A presença da cultura italiana na região tambémfoi marcante. A criação da colônia italiana em1887 superou a ocupação em torno da Igreja doPilar. A demarcação da área central ocorreu em1893, contando com 149 famílias, a maior parteem lotes urbanos. Na parte alta da cidade, ondese localiza a Igreja de São José (1895), foi traçadaa sede do núcleo. Nas áreas próximas à ferroviatambém foram implantados lotes.

Em 22 de junho de 1896, criou-se o Distrito deRibeirão Pires em São Bernardo que, em 30 denovembro de 1938, foi transferido para oMunicípio de Santo André. Em 30 de dezembrode 1953, Ribeirão Pires, possuindo cerca de15.000 habitantes, foi emancipada de SantoAndré, o que provocou uma onda especulativaque resultou em rápida expansão da manchaurbana, através da abertura de loteamentosdestituídos de infra-estrutura e cuidadosurbanísticos.

Em 1963, foi aberta a Rodovia Índio Tibiriçá (SP-31) – via de ligação regional entre a BaixadaSantista e o Vale do Paraíba. Na década de 70,enquanto o desenvolvimento das técnicasconstrutivas provocava a decadência dasolarias, o ABC foi palco de expansão do parqueautomobilístico, provocando um crescimentourbano desordenado.

Em 1976, foi aprovada a Lei Estadual de Proteçãoaos Mananciais, que transformou todo oterritório municipal em área de interesse para amanutenção dos recursos hídricos necessáriosao abastecimento da Região Metropolitana.Este instrumento visava garantir a qualidade daságuas através, principalmente, da ocupaçãopouco intensiva do solo, vinculada a baixoslimites de densidade. Como resultado imediato,podemos apontar a desaceleração doincipiente processo de crescimento industrial eda expansão da mancha urbana,

Fontes: Emplesa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 133

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate134

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.

Receitas Município: R$ 11.514.803,27 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 311,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 590,04 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 196,26 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 31 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 40.202 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 1.296,83 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 1,29% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,764 (31º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,474 (34ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 28.969 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 20,62 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 28,52 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: Dado não disponível para o municípioTTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 91,58% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 24 824Comércio 79 253Serviços 56 1.144Outros 1 0Total 160 2.221

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 76%Esgoto coletado 22%Esgoto tratado 85%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 93,77%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 14,7Destinação do lixo domiciliar² sanitário

particularde Mauá

Fonte: IBGE e Seade

Total de domicílios 9.777Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

RIO GRANDEDA SERRARIOGRANDEDA SERRA

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O antigo povoado de Rio Grande, que dariaorigem a Rio Grande da Serra, se formou noplanalto da Serra do Mar e caracterizou-secomo ponto de passagem de tropeiros que seocupavam do transporte do sal de São Vicentepara os primeiros núcleos da Vila dePiratininga.

O sal aportava em São Vicente e eratransportado para o topo da serra, passandopelo povoado de “Alto da Serra”, hojeParanapiacaba. As sacas de sal eramtransportadas em lombos de burros, emcomitivas guiadas pelos tropeiros. Por volta de1640, a Vila de Mogi das Cruzes foi fundada,tornando-se rapidamente um dos maiorespovoados. Logo os tropeiros dirigiram-se paralá com suas cargas de sal. Eles utilizavam o“Caminho do Mar”, passando pelo “Alto daSerra”, até a região conhecida por “Zanzalá”.

Além de consumirem a água de um dosmaiores rios da região, os tropeirosaproveitavam os pastos próximos. Numasdessas paradas e andanças, morreu um dosmembros mais velhos das tropas. Segundo alenda, foi sepultado num local próximo àparada, onde posteriormente foi marcado poruma cruz de madeira. Para homenagear ocompanheiro, a tropa resolveu construir umamorada, mais tarde substituída por umacapela, hoje a atual “Antiga Capela de SãoSebastião”. Após alguns anos, o lugarejopassou a ser chamado de Santa Cruz.

Em 30 de dezembro de 1953, quando foicriado o Distrito do Município de RibeirãoPires, foi adotado o nome de Icatuaçú,posteriormente alterado para Rio Grande daSerra, quando foi elevado, em 28 de fevereirode 1964, a Município autônomo.

No meio das matas de Rio Grande da Serra sãoencontrados vestígios de habitação, utensíliosem pedra e adornos esculpidos, elementospróprios da cultura indígena. Segundohistoriadores, índios provindos do Peru abriramalgumas trilhas existentes na região, com oobjetivo de encontrar riquezas minerais.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Rio Grande da Serra.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 135

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate136

AAggrriiccuullttuurraa:: silvicultura, hortifrutigranjeira e pecuárialeiteira.

Receitas Município: R$ 8.106.526,31 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 566,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 591,01 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 255,11 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 418 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 15.613 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 63,32% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 37,35 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 2,17% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,748 (35º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,526 (23ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 11.785 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 33,96 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 20,5 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 24 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 86,14% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 19 278Comércio 68 234Serviços 56 1.084Outros 104 447Total 247 2.043

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 99%Esgoto coletado 72%Esgoto tratado 90%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,25%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 3,6Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

público deBiritiba Mirim

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 3.982Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

SALESÓPOLISSALESÓPOLIS

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Salesópolis teve início no antigo povoado deSão José do Paraitinga, fundado em princípiosdo século XIX por Aleixo de Miranda, o alferesJosé Luís de Carvalho e o alferes FranciscoGonçalves de Souza Melo. Situado no percursoentre Taubaté e Mogi das Cruzes, na subida dorio Tietê, o povoado foi o resultado de umdeslocamento feito por Aleixo de Miranda doprimeiro povoado que havia sido estabelecidopor esse mesmo grupo, localizado no altoTietê, de nome Nossa Senhora da Ajuda. Como crescimento do núcleo de São José doParaitinga, seus fundadores entraram ementendimentos com o Governo Provincial deSão Paulo para elevar o Povoado à categoria deFreguesia da Vila de Santana de Mogi dasCruzes, o que aconteceria em 28 de fevereirode 1838, por meio da Lei n.º 17.

Em 1842, a Assembléia Provincial elevou a entãoFreguesia à Distrito Policial. Em 24 de março de1857, por meio da Lei Provincial n.º 09, aFreguesia foi elevada à Vila, graças ao esforço deseus administradores. Em 1900, a CâmaraMunicipal, homenageando o então Presidenteda República, Dr. Manoel Ferraz de CamposSales, solicitou ao Governo Provincial que onome do município fosse mudado para o deSalesópolis. A junção de “Sales”, do latim, e“Polis”, do grego, significa “Cidade do Sales”. Em16 de novembro de 1905, a Lei n.º 965determinou a mudança do nome para suadenominação atual.

As possibilidades de desenvolvimento da Vila,na época de sua criação, estavam muitolimitadas pela precariedade das vias detransporte e de comunicação com outraslocalidades. Até final do século XIX, ointercâmbio comercial com Guararema erafeito por meio de tração animal. Mais tarde, asituação foi alterada com a ligação rodoviáriacom Mogi das Cruzes, o que facilitou otransporte dos produtos locais para outrosmercados. Sua economia girou, inicialmente,

em torno das lavouras de fumo, café, milho efeijão. A plantação de fumo assumiu tamanhaimportância que, em 1909, tornou-se objeto deexportação em larga escala para mercadoscomo os de Mogi e São Paulo.

Em 1885, foi inaugurado o primeiro serviçomunicipal de abastecimento de água. Asresidências, até então, não possuíam águaencanada. O serviço era estritamente público econsistia na instalação de chafarizes nos lagose esquinas das ruas da cidade, onde apopulação se abastecia, transportando olíquido em latas e potes de barro. A iluminaçãoera feita por meio de lampiões a querosene,instalados nas esquinas das ruas e praças dacidade, até o ano de 1912, quando foi realizadaa construção de uma usina pela Companhia deForça e Luz Norte de São Paulo. Desta forma, oMunicípio, que ficava na nascente do Rio Tietê,passou a produzir energia elétrica própria.

A partir de 1914, as lavouras de fumo, baseeconômica do Município, foram quase quecompletamente extintas em decorrência depragas e doenças. A crise econômica foicontornada com a introdução de novas culturas.

No início da década de 40, sua economia teveum breve crescimento com a industrializaçãodo carvão vegetal, que acabou provocando adevastação de suas matas circundantes. Porvolta de 1945, foi inaugurada outra atividadeindustrial: a manufatura de tábuas para aprodução de artigos de proteção para garrafase frutas exportadas que, contrariamente àanterior, viria a se estabelecer de forma maissólida na economia da Cidade. Com achegada, em 1956, de imigrantes japonesesque se estabeleceram na região em umacolônia própria, Salesópolis passou também ase dedicar ao cultivo de diversos produtosagrícolas e hortaliças.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 137

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate138

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.

Receitas Município: R$ 17.013.166,20 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 389,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 654,13 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 273,19 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 361 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 46.133 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 76,27 (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 127,79 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 1,37% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,766 (30º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,527 (22ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 31.605 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 29,65 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 24,5 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 122 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 89,23% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 87 2.944Comércio 177 886Serviços 171 2.654Outros 120 338Total 555 6.822

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 86,8%Esgoto coletado 73,24%Esgoto tratado Dado não

disponível

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 96,58%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 13,3Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

público domunicípio

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 12.167Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

SANTA ISABELSANTA ISABEL

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A antiga capela de Santa Isabel, o núcleo inicialdo Município, se localizava nas terras de Mogidas Cruzes. Sua ocupação, no entanto, teveinício no século XVIII, com a chegada de umgrupo de mineradores do Vale do Paraíba que,após uma experiência frustrante com aexploração de ouro em terras mineiras,resolveram se instalar na fazenda MorroBranco, situada nessa mesma região.

Foi a presença da capela e a dinâmica por elaestabelecida ao Povoado incipiente quelevaram à criação, em 25 de junho de 1812, daFreguesia de Santa Isabel, pertencente a Mogidas Cruzes. Após 20 anos, em 10 de julho de1832, foi elevada à categoria de Vila. Seudesenvolvimento foi sustentado, até 1876,quase que exclusivamente pela cultura docafé. Em 30 de maio de 1893, estabelecendo-se de forma definitiva como Municípioautônomo, Santa Isabel recebeu foros deCidade.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 139

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate140

Indústrias e Serviços

RReecceeiittaass MMuunniiccííppiioo:: R$ 66.623.000,00 (Emplasa2000)RReecceeiittaass PPeerr CCaappiittaa:: R$ 896,00 (Emplasa 2000)RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 2.583,57 (Seade, 2000)RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 762,00 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 176 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 93.234 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 529,73 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 5,82% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,853 (2º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,661 (3ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 46.557 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 8,78 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 33,63 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: dado não disponível para o municípioTTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 92,06% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 390 9.489Comércio 449 3.220Serviços 1.326 23.736Outros 3 42Total 2.168 36.487

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 65%Esgoto coletado 28%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 96,31%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 31,9Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

público domunicípio

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 19.412Total de unidades sub-normaisem favelas 218Total de moradores em favela 854

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

SANTANADE PARNAÍBA

SANTANADE PARNAÍBA

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Santana de Parnaíba, que em tupi-guaranisignifica “lugar de muitas ilhas”, nasceu nasmargens do rio Tietê, durante a administraçãode Mem de Sá, terceiro governador-geral doBrasil. Há registros de que o primeiro a chegar naregião foi o português Manuel FernandesRamos, participante de uma expedição realizadaem 1561 por Mem de Sá para explorar o sertão,sentido rio Tietê abaixo, em busca de ouro emetais preciosos. Estabeleceu-se no povoado,construiu uma fazenda e uma capela em louvora Santo Antônio, que acabou destruída.

Posteriormente, seus herdeiros e sua mulher,Suzana Dias, resolveram erguer, em 1580, umanova capela, desta vez em honra à Sant’Anna.Em 14 de novembro de 1625, o povoado quecresceu ao redor da capela foi elevado àcategoria de Vila, com a denominação deSantana de Parnaíba. Durante o períodocolonial, a Vila possuía apenas uma economiade subsistência, baseada nas lavouras de trigo,algodão, cana, feijão e milho, sustentando umpequeno comércio com as povoações vizinhas.Seus habitantes, para contornar as dificuldadeseconômicas decorrentes de seu isolamento emrelação à Metrópole, contavam com o fato daVila ser um importante ponto de partida doMovimento das Bandeiras.

Nos séculos XVII e XVIII, Santana de Parnaíbaconheceu um certo desenvolvimento,promovido pelo emprego da mão-de-obraindígena e pela chegada de famíliasimportantes, como, por exemplo, a dos Pires.Apresentou-se, por um lado, como uma dasprincipais áreas de mineração da capitania,tendo dentre seus moradores o padreGuilherme Pompeu de Almeida, que foi umgrande financiador das Bandeiras paulistas; poroutro, como núcleo exportador de mão-de-obraindígena para as demais capitanias.. Em 1901 foi inaugurada a represa de Edgard deSouza, ocasionando um certo crescimento

populacional, que elevou a Vila à categoria deCidade em 1906. A Vila chega ao século XIXdesenvolvendo poucas atividades econômicas,situação agravada ainda mais pela abertura denovas estradas que ligavam São Paulo a outrasVilas e Cidades, sem passar por Parnaíba. Sofreutambém o impacto de não ter havido, em suasterras, a substituição da cultura de cana-de-açúcar pela de café.

A baixa capacidade de resposta de suaeconomia impediu ao Município capitalizar osimpulsos renovadores e, sem uma baseestrutural que atraísse as localizaçõesindustriais, não se beneficiou dos reflexos dosurto industrial ocorrido na região a partir dadécada de 50.

A partir da década de 90, houve um incrementodo processo industrial, facilitado pela ofertaabundante da mão-de-obra existente nomunicípio, advindo da intensa migração, a qualacarretou à Cidade o maior crescimentopopulacional da Região Metropolitana de SãoPaulo nas décadas de 80-90.

O núcleo urbano, tombado pelo Conselho deDefesa do Patrimônio Histórico, Artístico,Arqueológico e Turístico – CONDEPHAT,conserva suas características arquitetônicas e detraçado até os dias de hoje. Dentre os imóveispreservados, destacam-se as edificaçõescoloniais do Bandeirante Anhangüera e osobrado que hospedava D. Pedro I e a Marquesados Santos.

O Município cultiva as tradições e os costumes,sendo rico em folclore, preservando os gruposde samba de escravos, as suas festastradicionais, como a de Nossa Senhora Santana,padroeira da Cidade, Romaria de Santo Antônio,realizada no bairro do Suru, o Carnaval e a festaa do Corpus Christi, entre outros.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 141

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate142

IInnddúússttrriiaa ee SSeerrvviiççooss..

RReecceeiittaass MMuunniiccííppiioo:: R$ 385.860.285,93 (Emplasa2000)RReecceeiittaass PPeerr CCaappiittaa:: R$ 595,00 (Emplasa 2000)RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 1.201,13 (Seade, 2000)RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 512,87 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 181 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 665.011 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 3.674,09 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 0,61% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,836 (4º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,350 (6ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 503.459 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 15,04 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 44,3 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 380 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 95,55% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 1.288 30.574Comércio 4.187 25.243Serviços 4.329 62.061Outros 5 12Total 9.809 117.890

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 96,95%Esgoto coletado 90,32%Esgoto tratado dado não disponível

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,83%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 458,1Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

público domunicípio

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 188.231Total de unidades sub-normaisem favelas 17.721Total de moradores em favela 70.022

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

SANTO ANDRÉSANTO ANDRÉ

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Embora a criação do Município de Santo Andréseja relativamente recente, a formação de seuterritório e sua ocupação começaram no iníciodo processo de colonização de São Paulo. Asreferências históricas, entretanto, ressaltam duasépocas distintas. A época mais remota refere-seà antiga Vila de Santo André da Borda doCampo que, apesar de sua rápida existência,de 1553 a 1560, foi importante para o períodoquinhentista da história do planalto. Instaladapor João Ramalho, localizava-se entre SãoPaulo e as matas da Serra do Mar.

Os conflitos entre João Ramalho, e osfundadores de Piratininga, e os padres jesuítas,causaram a extinção da Vila de Santo André daBorda do Campo por Mem de Sá, Governador-Geral do Brasil. Seus habitantes foramtransferidos para os campos de Piratininga,onde foi reerguido seu novo pelourinho.

A antiga Vila permaneceu em completoabandono até que um grupo de itinerantes,chefiado por Antônio Pires Santiago, construísseum novo núcleo populacional, que depoisformaria a cidade de São Bernardo do Campo.

A atual Santo André nasceu no século XIX, com apassagem da Estrada de Ferro São Paulo Railway,em 1860. No ano seguinte, começou a serformado o primeiro povoado da Santo André atual.

O atual centro histórico de Santo André nasceem 1867, a partir de um povoado formado muitolentamente ao redor da estação férrea SãoBernardo, inaugurada naquele ano e quesomente nos anos 30 do século XX, viria a sechamar Santo André.

A Estação São Bernardo serviu, a princípio, àsede da Freguesia de São Bernardo, hoje centrode São Bernardo do Campo, a oito quilômetrosde distância. Esta Freguesia abrangia quasetoda a área do atual ABC e sempre teve sua sedejunto ao velho Caminho do Mar, depois Estrada

do Vergueiro, atual rua Marechal Deodoro, emSão Bernardo. Foi criada em 1812, sendo elevadaa Município autônomo em 12 de março de 1889.

Cruzando e acompanhando o vale do RioTamanduateí, os trilhos ferroviários provocaram aimplantação do processo de industrialização emSanto André.

A força econômica, maior arrecadação e maiornúmero de trabalhadores localizavam-se emSanto André. Mas a sede o Municípiocontinuaria na Vila de São Bernardo até 1938,quando um decreto estadual provocou duasmudanças drásticas: a troca do nome deMunicípio de São Bernardo para Município deSanto André e a transferência da sede doMunicípio também da Vila de São Bernardo parao Distrito de Santo André. A solenidade ocorreuno feriado de 1 de Janeiro de 1939.

Durante os próximos seis anos, todo o ABC sechamou Santo André. Em 1944, o então Distritode São Bernardo (incluindo Diadema) obteve aemancipação político-administrativa, separando-se do Município de Santo André e sendoinstalado em 1 de janeiro de 1945 com o nomede São Bernardo do Campo.

Em 1948, foi a vez de São Caetano separar-se,surgindo o “C” de ABC, São Caetano do Sul. Em1953, Mauá e Ribeirão Pires, incluindo RioGrande, atual Rio Grande da Serra, obtiveramsuas independências.

Atualmente, o Município de Santo Andrécorresponde ao espaço central do antigo Bairroda Estação, às áreas de Utinga e Capuava e àvasta área do setor de mananciais do Sudeste daGrande São Paulo, incluindo Paranapiacaba,Campo Grande e 18 loteamentos, além darepresa Billings. Somente em 1989 a Prefeituraassumiu, na prática, a área de mananciais.

Fontes: Emplasa, Seade, “Boletim Estatístico” (1976), Marlene Serra Lopese Maria Grande Boence e Prefeitura Municipal de Santo André.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 143

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate144

Comércio.Indústria: automóveis, autopeças, caminhões,metalurgia, móveis, ônibus, produtos químicos e têxtil.

Receitas Município: R$ 812.611.000,00 (Emplasa 2000)Receitas Per Capita: R$ 1.158,00 (Emplasa 2000)Rendimento Médio do Chefe de Família:R$ 962,38 (Seade, 2000)Renda Per Capita: R$ 505,45 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 411 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 754.734 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 98,34% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 1.836,33 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 1,84% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,834 (5º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall:: 0,652 (5ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 483.211 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 14,08 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 38,61 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 711(Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 95,02% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 1.520 90.281Comércio 3.739 23.548Serviços 4.362 72.746Outros 20 47Total 9.641 186.622

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 98,03%Esgoto coletado 87,11%Esgoto tratado Dado não disponível

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,64%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 488,8Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

particular deMauá

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 199.792Total de unidades sub-normaisem favelas 37.532Total de moradores em favela 147.483

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

SÃO BERNARDODO CAMPO

SÃO BERNARDODO CAMPO

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Dos 448 anos de São Bernardo do Campo, foramos últimos 50 que assistiram à transformação daCidade no processo nacional de industrialização.A partir de 30 de novembro de 1944, quando aCidade ganha a sua emancipação político-administrativa de forma definitiva por umDecreto Estadual, São Bernardo conheceu umritmo de crescimento tanto econômico comodemográfico, raro para os padrões brasileiros.Em meados dos anos 40, em meio à SegundaGrande Guerra Mundial, São Bernardo doCampo tinha menos de 30 mil habitantes.

São Bernardo vira o milênio com 700 milhabitantes, completamente integrada à RegiãoMetropolitana de São Paulo, tendo se tornadouma espécie de memorial vivo da indústriabrasileira. A indústria, no entanto, não é a suaúnica referência de economia. O setor decomércio e serviços avança e a cidade começa adescobrir o seu potencial turístico e ambiental.

Em 8 de abril, foi levantado o pelourinho quesimboliza o Foro da Vila. O ato equivalia ao quenós entendemos hoje por emancipação político-administrativa dos Municípios. O nome dado naocasião foi de Vila de Santo André da Borda doCampo.

Os padres jesuítas, que já possuíam um colégiona Vila de São Vicente, obtiveram autorizaçãopara instalar outro na nova Vila de João Ramalho,vindo a ser instalado o Colégio de São Paulo,dentro dos limites da Vila. O colégio, com seufamoso pátio, deu origem, mais tarde, à cidadede São Paulo, cujo marco é a celebração daprimeira missa em 25 de janeiro de 1554, setemeses depois da inauguração da Vila de SantoAndré da Borda do Campo.

A transferência da sede da Vila de Santo Andréda Borda do Campo para o colégio São Paulo,com a mudança do pelourinho, ocorreu em1560, em virtude dos constantes ataques dosíndios carijós.

A Vila de São Bernardo então se desmembrouda Vila de São Paulo, o que justifica o brasão:“Paulistarum Terra Mater”.

As terras do planalto continuaram a serhabitadas por detentores de sesmarias, pormonges beneditinos (com sua fazenda SãoBernardo) e muitos outros, até que em 1735,Antônio Pires Santiago fundou uma capeladedicada à Nossa Senhora da Conceição, cujainstalação se deu a pedido do Padre SalvadorPires Santiago, em 20 de dezembro de 1736.Porsituar-se à margem da Estrada do Mar, recebeutambém o nome de Capela da Boa Viagem, poisos viajantes nela oravam, invocando proteçãopara a viagem.

Em março de 1889, pouco antes da Proclamaçãoda República, uma Lei Provincial desmembrouSão Bernardo do município de São Paulo. Onovo município só foi instalado em maio do anoseguinte, já no governo republicano. Nessaocasião, o território do município era de 817km2, com sede no local da primitiva Vila deSanto André da Borda do Campo. A primeiraCâmara Municipal foi eleita em 1892, no dia 30de agosto.

Em 1938, em plena ditadura do Estado Novo, porDecreto do então interventor federal AdhemarPereira de Barros, São Bernardo foi rebaixada dacondição de sede do Município, transferindo-sea sede para o Bairro da Estação, na atual SantoAndré. Em 1944, São Bernardo recupera suacondição, depois de uma luta incansável doschamados emancipacionistas, liderados porWallace Cockrane Simonsen, que se tornou oprimeiro prefeito dessa nova fase. A Cidadepassa a comemorar o seu aniversário no dia dosanto italiano Bernardo de Claraval, 20 deagosto, e inicia a sua escalada para odesenvolvimento que experimentou nasdécadas seguintes.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de São Bernardo doCampo.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 145

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate146

ComércioIndústria: alimentos, automóveis, cerâmica, metalurgiae química.

Receitas Município: R$ 203.494.391,14 (Emplasa 2000)Receitas Per Capita: R$ 1.451,00 (Emplasa 2000)Rendimento Médio do Chefe de Família:R$ 1.711,89 (Seade, 2000)Renda Per Capita: R$ 834,00 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 12 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 138.109 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 11.509,08 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 0,38% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,919 (1º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,864 (1ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 107.889 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 11,29 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 23,71 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 180 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 97,01% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 683 17.984Comércio 1.498 9.973Serviços 2.099 66.602Outros 5 90Total 4.285 94.649

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 99,95%Esgoto coletado 99,44%Esgoto tratado Dado não disponível

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 100%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 70,1Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

particula deMauá

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 44.168Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

SÃO CAETANODO SUL

SÃO CAETANODO SUL

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As terras que formaram o Município de SãoCaetano do Sul faziam parte da região ondeesteve situada a Vila de Santo André da Borda doCampo. Sua história, ou da área a qual pertencia,iniciou-se nos primórdios da colonização de SãoPaulo, mas o território de São Caetano do Sul,propriamente dito, começou a se formar porvolta de 1631 em terras denominadas Tijucuçu,doadas a monges beneditinos por DuarteMachado e Fernão Dias Paes Leme. A fazendaSão Caetano tornou-se produtiva em poucotempo, destacando-se a viticultura e a indústriade barro.

O Rio Tamanduateí exerceu importante papel noescoamento da produção da fazenda, enviadapara São Paulo. Após um período dedecadência, o Governo Imperial resolveuadquiri-la e transformá-la em uma colônia paraimigrantes italianos provenientes de Treviso eMântua. Essas terras, praticamenteabandonadas, foram objeto de um acordo entreo Governo e os italianos, que receberiam,inicialmente, alguns lotes, casas e alimentos emtroca do que produzissem. Durante os primeirosanos de trabalho em terras paulistas, houvepredomínio da atividade agrícola, sobretudo nosetor de cultivo de videiras, cujos frutos setransformavam no melhor vinho de toda aregião.

Em 1889, efetuou-se o recenseamento local,tendo-se verificado a existência de 322 pessoas,distribuídas em 92 lotes de terra, além de muitosoutros imigrantes que aguardavam – nobarracão da sede da fazenda onde estavamestabelecidos há dois anos – a distribuição denovos lotes a serem cultivados. Isso indica aenorme atividade existente em São Caetano,que progredia com rapidez e, em 1896, já setornava um dos grandes centros produtores daProvíncia de São Paulo. A história político-administrativa de São Caetano acompanhou,em parte, seu desenvolvimento econômico. Em1901, o território que até então pertencia ao

Município de São Paulo foi anexado ao recém-criado Município de São Bernardo do Campo.Em 1905, São Caetano era elevado a DistritoFiscal. A fixação das primeiras indústriascoincidiu com a ascensão a Distrito de Paz, em1916. Em 1924, o arcebispo de São Paulo, DomDuarte Leopoldo e Silva, dava ao núcleo a suaprimeira paróquia e seu primeiro vigário. A Vilatransformava-se em Cidade. A IndústriaPamplona foi a primeira fábrica instalada, vindo aseguir a fábrica de Formicida Paulista, de SerafimConstantino. A primeira sociedade de carátersocial e filantrópico foi a Sociedade BeneficentePríncipe di Napoli, em 1891; a segunda, a UniãoOperária Internacional de São Caetano.

A primeira manifestação de autonomia para oDistrito de São Caetano aconteceu em 1928,com a liderança do engenheiro Armando ArrudaPereira. O movimento, contudo, foi malsucedido. Em 30 de novembro de 1938, comoSão Bernardo foi reduzido a Distrito do entãoMunicípio de Santo André, houve um rearranjoadministrativo e São Caetano voltou à categoriade Povoado, incorporado a Santo André. Nadécada de 40, o sonho da emancipação voltou aempolgar os caetanenses. Em 1947, movimentoliderado pelo Jornal de São Caetano colheu 5.197assinaturas em documento que solicitava àAssembléia Legislativa do Estado a realização deum plebiscito. A consulta popular foi realizadaem 24 de outubro de 1948. A autonomia saiuvitoriosa. Em 30 de dezembro de 1953, foi criadaa Comarca, instalada no dia 3 de abril de 1955.

A expansão geográfica e, principalmente, oprocesso de industrialização da capital São Pauloacabaram por influir no crescimentosocioeconômico da cidade. A sociedadesancaetanense fez um movimento autonomista,que resultou na promulgação da Lei Estadual nº233.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 147

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate148

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.

Receitas Município: R$ 7.863.570,85 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 647,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 626,29 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 239,13 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 192 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 14.695 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 90,18% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 76,53 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 4.88% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,771 (28º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,572 (13ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 7.868 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 9,9 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 14,97 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: dado não disponível para o município (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 85,99% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 34 396Comércio 81 1.265Serviços 200 6.718Outros 13 52Total 328 8.431

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 37%Esgoto coletado 12%Esgoto tratado 100%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 91,44%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 4,5Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

público deItapecerica da Serra

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 3.323Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

SÃO LOURENÇODA SERRA

SÃO LOURENÇODA SERRA

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A história de São Lourenço da Serra teve iníciono século XVIII, época do Brasil Colônia e doMovimento das Bandeiras, que desbravavamos sertões em busca de ouro, pedras preciosase índios para escravizar. Os bandeirantesseguiam sempre os caminhos fluviais quepermitiam ligar o norte ao sul e o leste aooeste, e deixavam caminhos abertos parajesuítas e colonos formarem aldeias.

A partir de agosto e setembro de 1562, foraminstalados na região, respectivamente, ospostos de Embu e Itapecerica. O núcleo depopulação indígena aumentou muito com avinda dos índios da aldeia de Carapicuíba,trazidos por Afonso Sardinha e doutrinados porBelchior de Pontes. Seguindo o rastro dosbandeirantes, chegaram os jesuítas, queiniciaram com os índios o trabalho decatequização e o ensino da técnica do plantio.Atualmente, esse local é a divisa de SãoLourenço da Serra com Itapecerica da Serra,bairro chamado Aldeinha.

Em meados do século XIX, chegaram à regiãodois caçadores, Manoel Soares de Borba eManoel Mendes Rodrigues, que encontraramjesuítas e uma capela construída em honra aSão Lourenço no local da antiga aldeiaabandonada por seus colonos, em virtude dafebre do ouro. A terra era boa para a lavoura epara as pastagens e os dois resolveram seestabelecer com suas famílias e dividiram asterras entre si. Passaram a cultivar milho, feijão,cana-de-açúcar e mandioca. Fizeram umpomar e construíram uma moenda paraprodução de açúcar preto e um monjolo.Iniciaram a criação de gado leiteiro, de porcos,de galinhas e de cavalos e ampliaram de talforma as possibilidades de vida daquele lugar,que precisaram buscar parentes e amigos parase estabelecerem em lotes doados e construirnovas casas.

O vilarejo crescia e tornou-se necessárioaumentar também seu campo de trabalho.Partiram, então, para a produção e o comérciodo carvão, levado para Santo Amaro comoutras mercadorias e trocado por café, arroz,açúcar, sal, remédios e tecidos. Com o passardo tempo, as duas fazendas originais foram setransformando em um vilarejo inicialmentechamado “Vilarejo dos Borbas”. Depois, seunome foi mudado para Bairro de São Lourençoda Serra. Nessa época já havia uma estradaque vinha de Itapecerica, passava pelaAldeinha e seguia até Juquitiba, e SãoLourenço se caracterizava como um local deruas de terra cheias de carros de bois, tropas etropeiros, em busca de descanso emantimentos para prosseguir suas viagens. Apartir de 1900, o Bairro recebeu novoshabitantes, se desenvolveu e estabeleceu umaatividade comercial própria.

A vida do Município sempre esteveintimamente ligada ao Rio São Lourenço. Nopresente, essa ligação tem maior importânciapor ser este Rio um dos principais recursoshídricos disponíveis para abastecimento nãoapenas da população são-lourense, mas daRegião Metropolitana de São Paulo.

Fontes: Emplasa e Seade.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 149

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate150

IInnddúússttrriiaa,, CCoomméérrcciioo ee SSeerrvviiççooss..

Receitas Município: R$ 7.914.560.000,08 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 759,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 1.479,69 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 610,04 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 1.509 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 10.679.760 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 92,81% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 7.077,37 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 0,6% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,841 (3º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,667 (2ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 7.598.563 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 15,1 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 54,2 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 17.735 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 95,11% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 33.101 638.810Comércio 77.027 520.808Serviços 93.340 2.040.966Outros 704 3.618Total 204.172 3.204.202

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 100%Esgoto coletado 90%Esgoto tratado 67%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,46%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 6.946,5Destinação do lixo domiciliar² Aterros sanitários

públicos São João e Bandeirantes

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 3.039.104Total de unidades sub-normaisem favelas 229.155Total de moradores em favela 909.628

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

SÃO PAULOSÃO PAULO

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A fundação de São Paulo insere-se no processode ocupação e exploração das terras americanaspelos portugueses, a partir do século XVI.Inicialmente, os colonizadores fundaram a Vila deSanto André da Borda do Campo (1553),constantemente ameaçada pelos povosindígenas da região. Nessa época, um grupo depadres da Companhia de Jesus, da qual faziamparte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega,escalaram a serra do mar chegando ao planaltode Piratininga, onde encontraram “ares frios etemperados como os de Espanha” e “uma terramui sadia, fresca e de boas águas”. Do ponto devista da segurança, a localização topográfica deSão Paulo era perfeita: situava-se numa colina altae plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e oAnhangabaú. Nesse lugar, fundaram o Colégiodos Jesuítas em 25 de janeiro de 1554, ao redor doqual iniciou-se a construção das primeiras casasde taipa que dariam origem ao povoado de SãoPaulo de Piratininga.

Em 1560, o povoado ganhou foros de Vila epelourinho mas a distância do litoral, o isolamentocomercial e o solo inadequado ao cultivo deprodutos de exportação, condenou a Vila a ocuparuma posição insignificante durante séculos naAmérica Portuguesa.

Por isso, ela ficou limitada ao que hojedenominamos Centro Velho de São Paulo outriângulo histórico, em cujos vértices ficam osConventos de São Francisco, de São Bento edo Carmo. Até o século XIX, nas ruas do triângulo,atuais ruas Direita, XV de Novembro e São Bento,concentravam-se o comércio, a rede bancária eos principais serviços de São Paulo.

Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça daCapitania de São Paulo e, em 1711, a Vila foielevada à categoria de Cidade. Apesar disso, atéo século XVIII, São Paulo continuava como umquartel-general de onde partiam as “bandeiras”,expedições organizadas para apresar índios eprocurar minerais preciosos nos sertões distantes.

A área urbana inicial, contudo, ampliou-se com aabertura de duas novas ruas, a Líbero Badaró e aFlorêncio de Abreu. Em 1825, inaugurou-se oprimeiro jardim público de São Paulo, o atual Jardimda Luz, iniciativa que indica uma preocupaçãourbanística com o aformoseamento da Cidade.

No início do século XIX, com a independência doBrasil, São Paulo firmou-se como capital daProvíncia e sede de uma Academia de Direito,convertendo-se em importante núcleo deatividades intelectuais e políticas. Concorreramtambém para isso, a criação da Escola NormalCaetano de Campos, a impressão de jornais elivros e o incremento das atividades culturais.

No final do século, a Cidade passou por profundastransformações econômicas e sociais decorrentesda expansão da lavoura cafeeira em várias regiõespaulistas, da construção da estrada de ferroSantos-Jundiaí (1867) e do afluxo de imigranteseuropeus. Para se ter uma idéia do crescimentovertiginoso da Cidade na virada do século, bastaobservar que em 1895 a população de São Pauloera de 130 mil habitantes, dos quais 71 mil eramestrangeiros, chegando a 239.820 em 1900!.

Nesse período, a área urbana se expandiu paraalém do perímetro do triângulo, surgiram asprimeiras linhas de bondes, os reservatórios deágua e a iluminação a gás.

Esses fatores somados já esboçavam a formaçãode um parque industrial paulistano. A ocupaçãodo espaço urbano registrou essas transformações.O Brás e a Lapa transformaram-se em bairrosoperários por excelência; ali concentravam-se asindústrias próximas aos trilhos da estrada de ferroinglesa - São Paulo Railway -, nas várzeas alagadiçasdos rios Tamanduatey e Tietê.

A região do Bexiga foi ocupada, sobretudo, pelosimigrantes italianos e a Avenida Paulista eadjacências, áreas arborizadas, elevadas e arejadas,pelos palacetes dos grandes cafeicultores.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 151

Histórico

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As mais importantes realizações urbanísticas dofinal do século foram, de fato, a abertura daAvenida Paulista (1891) e a construção do Viadutodo Chá (1892), que promoveu a ligação do“centro velho” com a “cidade nova”, formada pelarua Barão de Itapetininga e adjacências. Éimportante lembrar, ainda, que logo a seguir(1901) foi construída a nova estação da São PauloRailway, a notável Estação da Luz.

Do ponto de vista político-administrativo, o poderpúblico municipal ganhou nova fisionomia.Desde o período colonial São Paulo eragovernada pela Câmara Municipal, instituiçãoque reunia funções legislativas, executivas ejudiciárias. Em 1898, com a criação do cargo dePrefeito Municipal, cujo primeiro titular foi oConselheiro Antônio da Silva Prado, os podereslegislativo e executivo se separaram.

O século XX, em suas manifestações econômicas,culturais e artísticas, passa a ser sinônimo deprogresso. A riqueza proporcionada pelo caféespelha-se na São Paulo “moderna”, até entãoacanhada e tristonha capital. Trens, bondes,eletricidade, telefone, automóvel, velocidade,a cidade cresce, agiganta-se e recebe muitosmelhoramentos urbanos como calçamento,praças, viadutos, parques e os primeirosarranha-céus.

O centro comercial com seus escritórios e lojassofisticadas expõem em suas vitrinas a modarecém lançada na Europa. Enquanto o café excitavaos sentidos no estrangeiro, as novidadesimportadas chegavam ao Porto de Santos e subiama serra em demanda à civilizada cidade planaltina.Sinais telegráficos traziam notícias do mundo erepercutiam na desenvolta imprensa local.

Nos navios carregados de produtos finos paradamas e cavalheiros da alta classe, tambémchegavam os imigrantes italianos e espanhóisrumo às fazendas ou às recém instaladasindústrias, não sem antes passar uma temporada

amontoados na famosa hospedaria dosimigrantes, no bairro do Brás.

Em 1911, a cidade ganhou seu Teatro Municipal,obra do arquiteto Ramos de Azevedo, celebrizadocomo sede de espetáculos operísticos, tidos comoentretenimento elegante da elite paulistana.

A industrialização se acelera após 1914, durante aPrimeira Grande Guerra, mas o aumento dapopulação e das riquezas é acompanhado peladegradação das condições de vida dos operáriosque sofrem com salários baixos, jornadas detrabalho longas e doenças. Só a gripe espanholadizimou oito mil pessoas em quatro dias.

Os operários se organizam em associações epromovem greves, como a que ocorreu em 1917,que parou toda a cidade de São Paulo por muitosdias. Nesse mesmo ano, o governo e osindustriais inauguram a exposição industrial deSão Paulo no suntuoso Palácio das Indústrias,especialmente construído para esse fim. Ootimismo era tamanho que motivou o prefeito deentão, Washington Luís, a afirmar, com evidenteexagero: “A cidade é hoje alguma coisa comoChicago e Manchester juntas”.

Na década de 20, a industrialização ganhanovo impulso, a Cidade cresce e o café sofremais uma grande crise. No entanto, a elitepaulistana, num clima de incertezas mas demuito otimismo, freqüenta os salões de dança,assiste às corridas de automóvel, às partidas defoot-ball, às demonstrações malabarísticas deaeroplanos, vai aos bailes de máscaras eparticipa de alegres corsos nas avenidasprincipais da Cidade. Nesse ambiente, surge oirrequieto movimento modernista. Em 1922,Mário de Andrade, Oswald de Andrade, LuísAranha, entre outros intelectuais e artistas,iniciam um movimento cultural que assimilavaas técnicas artísticas modernas internacionais,apresentado na célebre Semana de ArteModerna, no Teatro Municipal.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate152

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Com a queda da bolsa de valores de Nova Iorquee a Revolução de 1930, alterou-se a correlação dasforças políticas que sustentou a “República Velha”.A década que se iniciava foi especialmentemarcante para São Paulo tanto pelas grandesrealizações no campo da cultura e educaçãoquanto pelas adversidades políticas. Os conflitosentre a elite política, representante dos setoresagro-exportadores do Estado, e o governo federal,conduziram à Revolução Constitucionalista de1932, que transformou a cidade numa verdadeirapraça de guerra.

A derrota de São Paulo e sua participação restritano cenário político nacional coincidiu, no entanto,com o florescimento de instituições científicas eeducacionais. Em 1933, foi criada a Escola Livre deSociologia e Política, destinada a formar técnicospara a administração pública; em 1934, Armandode Salles Oliveira, interventor do Estado, inauguroua Universidade de São Paulo; em 1935, o Municípiode São Paulo ganhou, na gestão do prefeito FábioPrado, o seu Departamento de Cultura e deRecreação.

A década de 40 foi marcada por umaintervenção urbanística sem precedentes nahistória da Cidade. O prefeito Prestes Maiacolocou em prática o seu “Plano de Avenidas”,com amplos investimentos no sistema viário.Nos anos seguintes, a preocupação com oespaço urbano visava basicamente abrircaminho para os automóveis e atender aosinteresses da indústria automobilística que seinstalou em São Paulo em 1956.

Simultaneamente, a cidade cresceu de formadesordenada em direção à periferia, gerando umagrave crise de habitação, na mesma proporção,aliás, em que as regiões centrais se valorizaramservindo à especulação imobiliária.

Em 1954, São Paulo comemorou o lV Centenáriode sua fundação com diversos eventos, inclusive ainauguração do Parque Ibirapuera, principal área

verde da cidade, que passou a abrigar edifíciosdiversos projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Nos anos 50, inicia-se o fenômeno de“desconcentração” do parque industrial de SãoPaulo, que começou a se transferir para outrosMunicípios da Região Metropolitana (ABCD,Osasco, Guarulhos) e do interior do Estado(Campinas, São José dos Campos, Sorocaba).

Ainda hoje, São Paulo é o maior centro industrial dopaís, com uma transformação gradual do seupanorama industrial, para um processo de“terciarização” do Município, acentuado a partir dadécada de 70. Isso significa que, dentre as principaisatividades econômicas da Cidade, estão as ligadasà prestação de serviços e aos centros empresariaisde comércio (shopping centers, hipermercados,etc).

As exigências ao sistema viário não atenderam asnovas necessidades. Assim, em 1969, foraminiciadas as obras do Metropolitano, com umarede, hoje, de 49,4 km de extensão, 46 estaçõese transporta cerca de 1 milhão e oitocentos milpassageiros por dia. Circulam na cidade mais de10 mil ônibus e 32 mil táxis. Os problemas decirculação viária estão entre os mais difíceis deserem equacionados.

Concentra o maior contingente de estudantesde nível superior do País - 219 mil - e em seuterritório encontra-se instalada uma das maisimportantes universidades brasileiras: aUniversidade de São Paulo.

Embora rica, São Paulo contém muita pobreza,gerada pela sua própria história de crescimento,sua indústria, o setor terciário, a falta decapacitação da mão-de-obra e o aumento dodesemprego.

Fonte: Departamento de Patrimônio Histórico.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 153

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate154

IInnddúússttrriiaa:: celulose, implementos agrícolas equímica.

Receitas Município: R$ 117.853.980,60 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 517,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 751,78 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 290,18 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 195 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 261.441 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 97,17% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 1.340,72 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 3,49% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,775 (26º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,530 (21ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 150.881 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 21,78 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 41,38 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 207 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 92,17% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 362 16.777Comércio 1.043 4.969Serviços 664 7.001Outros 183 782Total 2.252 29.529

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 85%Esgoto coletado 65%Esgoto tratado 70%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 97,21%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 140,7Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

público deItaquaquecetuba

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 60.050Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

SUZANOSUZANO

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A história do Município de Suzano começa nasplanícies da margem esquerda do Rio Tietê, umaárea denominada Campos de Mirambava. Aregião foi desbravada no início da colonizaçãodo Planalto por índios, bandeirantes a caminhodas Minas Gerais, garimpeiros e milícias,fazendo surgir os Povoados de Santana deMogi-Mirim (Mogi das Cruzes) e Arujá.

Entre os anos de 1874 e 1875, os Campos deMirambava passaram a ser cortados pela Estradade Ferro São Paulo-Rio, sentido Mogi das Cruzes,que inaugurou a exploração de suas inúmerasmatas com a extração de dormentes e lenhaspara uso da ferrovia. Um dos pontos onde sefazia o embarque de lenha recebeu o nome dePiedade.

Pouco tempo depois, chegaram ao local seusprimeiros habitantes, os irmãos MarquesFigueira, que trataram e melhoraram suaspropriedades, acabando por atrair novosmoradores. Formou-se, então, um pequenopovoado composto por casas dispersas aolongo da ferrovia. Os irmãos Marques Figueira,juntamente com outros proprietários, resolveramdoar uma área de terra para a fundação de umavila, a Vila da Concórdia, sob a invocação de SãoSebastião, oficializada em 11 de dezembro de1890, ano em que os dois irmãos mandaramelaborar a planta da Cidade.

Em 11 de abril de 1891, foi encampada pelaEstrada de Ferro Central do Brasil.Consolidando a implantação desse novopovoado, os irmãos Figueira construíram umaigreja, tendo a 20 de janeiro de 1897, dataconsagrada a São Sebastião, celebrado suaprimeira missa. Então, a Vila passou a serconhecida por São Sebastião do Guaió. Nessaépoca, a Estrada de Ferro Central do Brasilpassou a contar com uma nova administração,tendo à sua frente o engenheiro JoaquimAugusto Suzano Brandão. Foi construída umaestação na localidade e a Vila, a 11 de dezembro

de 1908, passou a ser chamada oficialmente pelonome de Suzano, denominação que é mantidaaté hoje. O povoado experimentou constantecrescimento, justificando sua elevação para acategoria de Distrito, anexo ao Município deMogi das Cruzes em 27 de dezembro de 1919,segundo determinação da Lei Estadual nº 1705,promulgada pelo, então governador do Estado,Dr. Altino Arantes.

No dia 18 de junho de 1908, ao desembarcaremdo cargueiro Kasato Maru, no porto de Santos,litoral de São Paulo, os primeiros imigrantesjaponeses traziam na bagagem sementes,ferramentas agrícolas, poucas roupas e umagrande ilusão.

Em Suzano, a colônia japonesa mantém suastradições e está envolvida em todos os setoresda sociedade.

Em 08 de dezembro de 1940, o arcebispo de SãoPaulo, dom José Gaspar Afonseca e Silva,determinou a elevação de Suzano à categoriade Paróquia, motivado pela sua importânciadentro do contexto regional. E, finalmente, em 8de dezembro de 1948, Suzano atingiu acondição de Município autônomo, com direitode dirigir a sua própria política, procurando o seudesenvolvimento. Nesse sentido, foipromulgada a Lei nº 233, pelo então governadordo Estado Dr. Adhemar Pereira de Barros. Em 14de abril de 1958 foi criada, segundo Lei nº 381, aComarca de Suzano, cuja instalação ocorreu em26 de maio de 1962. Foi seu primeiro magistradoo juiz de Direito, Dr. José Dourador. Foram seussucessores os Drs. Olavo Zampol e MohamedAmaro. Inicialmente, a Comarca era constituídapelos Municípios de Poá, Ferraz de Vasconcelose Itaquaquecetuba. Com a posterior criação daComarca de Poá, em 12 de agosto de 1967,passou a ter jurisdição apenas nos Municípiosde Itaquaquecetuba e Suzano.

Fontes: Emplasa, Seade e Prefeitura Municipal de Suzano.

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 155

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate156

IInnddúússttrriiaa:: laboratorial, metalúrgica e de móveis.

Receitas Município: R$ 119.696.000,03 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 607,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 849,08 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 357,00 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 20 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 215.652 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 10.782,6 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 2,26% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,809 (11º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,535 (20ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 153.023 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 12,48 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 78,06 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: 321 (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 94,03% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 472 12.953Comércio 741 4.504Serviços 570 16.159Outros 2 7Total 1.785 33.623

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 97%Esgoto coletado 65%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 99,41%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 100,7Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

público deSão Paulo (Bandeirantes)

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 53.232Total de unidades sub-normaisem favelas 4.392Total de moradores em favela 18.024

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

TABOÃODA SERRA

TABOÃODA SERRA

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Por volta de 1915, a circulação rodoviáriaprovocou o surgimento de pequenasaglomerações ao longo das estradas. A partirda década de 40, esses povoados começarama crescer devido ao aumento da circulação deautomóveis e ao crescimento do comércio. Os“povoados-entroncamentos” começaram afuncionar como pólos de desenvolvimentosuburbanos e passaram a ser chamados de“subúrbios-entroncamento”.

Taboão da Serra era considerado um Bairro daCidade de São Paulo até o ano de 1940. Emseguida, tornou-se bairro do Distrito de Embu.Sua autonomia administrativa ocorreu emdezembro de 1953, quando passou a Distritodo Município de Itapecerica da Serra.

Ainda no ano de 1953, o Distrito do Embucomeçou um grande movimento para seemancipar. Alguns políticos itapecericanosprocuraram o médico José Jesuíno Maciel epropuseram emancipar também o Distrito deTaboão da Serra. No dia 25 de janeiro de 1958,a comissão Pró-Emancipação formada por JoséJesuíno Maciel, Leo Baranowski, José RuizMoreno, Benedito Carneiro de Freitas,Sebastião da Cunha, José André de Moraes,Hosuke Hataka, Álvaro Manoel de Oliveira eLuzia Hellmeister realizou a primeira reuniãodo plano de emancipação. Neste ano, Taboãoda Serra possuía uma população deaproximadamente 8 mil habitantes.

No dia 30 de abril de 1958, a comissão Pró-Emancipação deu entrada ao requerimentodirigido à Assembléia Legislativa do Estado deSão Paulo, na época presidida por FrancoMontoro. No dia 31 de dezembro de 1958, aComarca de Itapecerica da Serra édesmembrada, sendo criados os Municípiosde Embu e Taboão da Serra. No dia 1º de

janeiro de 1960 é instalado o Município deTaboão da Serra, que reunia, neste período, 10mil habitantes. Um projeto de Lei da Câmarataboanense consolidou o dia 19 de fevereirocomo o dia de aniversário oficial da Cidade.

Fonte: www.camarataboao.sp.gov.br/nossa_cidade.htm

Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate 157

Histórico

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Região Metropolitana de São Paulo: gestão em debate158

AAggrriiccuullttuurraa:: hortifrutigranjeira.IInnddúússttrriiaa:: condutores elétricos, metalúrgica e têxtil.

Receitas Município: R$ 20.708.755,72 (Emplasa 2000)

Receitas Per Capita: R$ 638,00 (Emplasa 2000)

RReennddiimmeennttoo MMééddiioo ddoo CChheeffee ddee FFaammíílliiaa::R$ 839,55 (Seade, 2000)

RReennddaa PPeerr CCaappiittaa:: R$ 297,01 (Seade, 2000)

ÁÁrreeaa ttoottaall:: 38 km² (Seade 2001)

PPooppuullaaççããoo eessttiimmaaddaa:: 41.170 habitantes (Seade 2004)

TTaaxxaa ddee uurrbbaanniizzaaççããoo:: 100% (Seade 2004)

DDeennssiiddaaddee ddeemmooggrrááffiiccaa:: 1.083,42 hab./km2(2004)

CCrreesscciimmeennttoo mmééddiioo aannuuaall ddaa ppooppuullaaççããoo:: 6,12% (Seade 2000/2003)

IIDDHHMM:: 0,802 (15º lugar no ranking RMSP) (Seade 2000)

ÍÍnnddiiccee ddee EExxcclluussããoo SSoocciiaall: 0,588 (10ª posição na RMSP) (Atlas de Exclusão Social do Brasil, Censo 2000)

EElleeiittoorreess: 24.968 (TRE 2003)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee iinnffaannttiill:: 21,1 por 1000 nascidos vivos (Seade 2002)

TTaaxxaa ddee mmoorrttaalliiddaaddee ppoorr hhoommiiccííddiioo:: 41,03 por 100 mil habitantes (Seade 2002)

LLeeiittooss SSUUSS:: dado não disponível para o município (Ministério da Saúde SIH/SUS 2004)

TTaaxxaa ddee aallffaabbeettiizzaaççããoo:: 92,32% (Seade 2000)

Fonte: Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e Prefeituras Municipais, Elaboração Emplasa 2000.

Fonte: Seade

Fonte: Seade 2001

VOCAÇÃO ECONÔMICAVOCAÇÃO ECONÔMICA

ARRECADAÇÃO FISCALARRECADAÇÃO FISCAL

ATIVIDADE ECONÔMICAATIVIDADE ECONÔMICA

SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOSSITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS

SETOR Estabelecimentos TrabalhadoresFormais

Indústria 96 2.655Comércio 174 1.141Serviços 195 6.545Outros 8 33Total 473 10.374

Fonte: ¹Seade 2000; ²Cetesb 2002

SANEAMENTO AMBIENTALSANEAMENTO AMBIENTAL

Abastecimento de água e esgoto 2001Nível de abastecimento de Água 56%Esgoto coletado 20%Esgoto tratado 0%

Coleta e destinação do lixo domiciliarColeta de lixo regular¹ 98,30%Resíduos domiciliares (ton./dia)² 13,7Destinação do lixo domiciliar² Aterro sanitário

públicodo município

Fonte: IBGE 2000 e Seade 2000

Total de domicílios 8.544Total de unidades sub-normaisem favelas 0Total de moradores em favela 0

Fonte: Sabesp 2001

Distribuição de Renda dos Chefes de Família(salário mínimo em % - 2002)

VARGEM GRANDEPAULISTA

VARGEM GRANDEPAULISTA

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A imigração nipônica nas bandas do Ribeirãoda Vargem Grande, a partir de 1930, foi deextrema importância para o Município.

Antiga Raposo Tavares, Vargem GrandePaulista nasceu como bairro de Cotia,Município do qual se tornou Distrito em 1964.Com sua economia baseada no cultivohortifrutigranjeiro e na indústria, a Cidadeiniciou o movimento pela emancipaçãopolítica em 1970. Em 27 de novembro de 1981,os eleitores decidiram, em plebiscito, com 96%dos votos válidos, pela criação de ummunicípio autônomo, consoante a Lei nº 1.198,de 23/12/81. Com seu nome atual, o Municípiofoi instalado em 1º de fevereiro de 1983.

No local foi edificada a Cooperativa Agrícola deCotia – CAC que, utilizando umaindustrialização adequada, tornou-se empresamultinacional entre os anos de 1970 e 80.Vargem Grande Paulista transformou-se emum dos pólos mais ricos na produçãohortifrutigranjeira.

Fonte: Emplasa e Seade.

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