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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UnB FACULDADE DE CEILÂNDIA FCE CURSO DE FISIOTERAPIA RAÍSSA SOARES DE ANDRADE CARACTERIZAÇÃO DE LESÕES EM PRATICANTES DE CAPOEIRA DO DISTRITO FEDERAL BRASÍLIA 2016

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB FACULDADE DE CEILÂNDIA – FCE

CURSO DE FISIOTERAPIA

RAÍSSA SOARES DE ANDRADE

CARACTERIZAÇÃO DE LESÕES EM

PRATICANTES DE CAPOEIRA DO DISTRITO

FEDERAL

BRASÍLIA

2016

RAÍSSA SOARES DE ANDRADE

CARACTERIZAÇÃO DE LESÕES EM PRATICANTES DE CAPOEIRA DO DISTRITO

FEDERAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Universidade de Brasília – UnB – Faculdade de Ceilândia como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Dr. João Paulo Chieregato Matheus Coorientador: Prof. Dr. Osmair Gomes de Macedo

BRASÍLIA 2016

RAÍSSA SOARES DE ANDRADE

CARACTERIZAÇÃO DE LESÕES EM

PRATICANTES DE CAPOEIRA DO DISTRITO FEDERAL

Brasília,___/___/_____

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________________

Prof. Dr. João Paulo Chieregato Matheus Faculdade de Ceilândia – Universidade de Brasília – UnB

Orientador

_____________________________________________ Prof.ª Drª. Patrícia Azevedo Garcia

Faculdade de Ceilândia – Universidade de Brasília – UnB

_____________________________________________

Prof. Dr. Rodrigo Luiz Carregaro Faculdade de Ceilândia – Universidade de Brasília – UnB

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela vida, por todas as oportunidades que me foram dadas e por me

guiar durante todo trajeto para chegar até aqui. À minha família, pelo exemplo de caráter,

força de vontade e disciplina, bem como pelo suporte, carinho e atenção em todos os

momentos.

Ao meu orientador João Paulo e coorientador Osmair Gomes, por todo apoio e

disposição em atender as minhas solicitações, mostrando-se solícitos independentemente de

distância, compromissos ou horários.

Aos mestres de capoeira que se colocaram à disposição para ceder parte de seus

treinos para que os dados fossem coletados, por todo amparo ao esclarecimento de dúvidas e

por sugestões que foram muito bem acatadas, bem como aos seus alunos, que mesmo com o

dia-a-dia conturbado, cederam minutos valiosos para responder o que foi solicitado.

Ao meu namorado, que sempre me encorajou e me deu apoio e tranquilidade para

que eu completasse uma etapa de cada vez, sem que deixasse de lado tudo aquilo que me faz

ser quem eu sou.

Por fim, agradeço a todos os meus amigos e amigas que auxiliaram na coleta de

dados e busca de locais para aplicação da pesquisa, bem como todos aqueles que caminharam

junto a mim, compartilhando conhecimentos, momentos, e principalmente crescendo lado a

lado.

A todos os citados, o meu muito obrigada.

RESUMO

Andrade RS. Lesões na capoeira. Brasília. Monografia [Graduação em Fisioterapia] –

Faculdade de Ceilândia, Universidade de Brasília ; 2016.

A capoeira é considerada uma das mais ricas e completas manifestações culturais brasileiras. Estima-se que haja oito milhões de capoeiristas espalhados pelo mundo, dos quais cerca de

seis milhões localizam-se no Brasil e 25% deles em outros países. É reconhecida como esporte de autodefesa e de condicionamento físico. Sendo assim, diversos são os benefícios

trazidos por sua prática. No entanto, assim como a prática de qualquer outro esporte, alguns fatores podem levar à ocorrência de lesões osteomioarticulares. Tendo em vista a proporção que a prática da capoeira atingiu, especialmente no Brasil, seus valores históricos e a

necessidade de precaver os praticantes da ocorrência de lesões osteomioarticulares, o objetivo desse estudo, portanto, foi analisar a frequência e os fatores relacionados à ocorrência de

lesões osteomioarticulares em praticantes de capoeira do Distrito Federal, distribuído por idade, tempo de prática da modalidade, frequência e volume dos treinamentos, bem como identificar se houve diagnóstico clínico ou tratamento fisioterapêutico. Métodos: A amostra

foi selecionada por conveniência, por meio de redes sociais. Os avaliadores, uma vez autorizados, visitaram as aulas e aplicaram o inquérito aos capoeiristas. Todos os 53

praticantes incluídos no estudo possuíam idade mínima de 18 anos, estava na prática da capoeira há pelo menos um ano e com carga de treino mínimo de uma hora diária durante duas vezes por semana e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram

excluídos aqueles que deixaram em branco algum dado necessário ao estudo. Com os inquéritos respondidos, os avaliadores tabularam os dados obtidos no Microsoft Excel 2010 e lá realizaram média, desvio padrão e percentual, de acordo com a necessidade de cada

variável. Resultados: Do total de praticantes, 66% (35) relataram ter sofrido alguma lesão. As regiões mais acometidas foram ombro, joelho, tornozelo, lombar e punho. Em relação à

preparação pré-treino, grande parte realiza alongamento isolado ou combinado. Dos capoeiristas que sofreram lesão, 59,5% relataram diagnóstico indefinido para suas lesões, ou seja, ou seja, não foram realizados por um médico e 47,8% desses, mesmo após tratamento

fisioterapêutico, relatam algum sintoma. Conclusão: A ocorrência de lesões na capoeira foi de 66%, com predomínio naqueles com maior tempo de prática, frequência e volume de

treinamento. Além disso, a maior parte não teve diagnóstico médico para suas lesões, e grande parte delas não apresentou resolução completa com a fisioterapia.

Palavras-chave: Capoeira; artes marciais; lesões; traumatismos em atletas.

ABSTRACT

Andrade, RS. Injuries in capoeira. 2016. Monograph [Graduation in physiotherapy] – Faculty of Ceilândia, University of Brasilia; 2016.

Capoeira is considered one of the richest and most complete Brazilian cultural manifestations, It is estimated that there are eight million capoeira’s practitioner worldwide, of which about

six million are located in Brazil and 25 % of them in other countries. It is recognized as a self-defense sport and fitness activity. So many are the benefits brought by this sport. However, as the practice of any other sport, some factors may lead to the occurrence of musculoskeletal

injuries. Considering the percentage that the practice of poultry reached, especially in Brazil , its historical values and the need to avoid practitioners of occurrence of musculoskeletal

injuries, the aim of this study was to analyze the level of involvement of musculoskeletal injuries in capoeira practitioners from Distrito Federal, distributed by age, practice time, frequency, and intensity of training and to identify if there was clinical diagnosis or physical

therapy. Methods: The sample was selected by convenience through social networks. Evaluators , once authorized , visited the classes and applied the survey capoeiristas. All 53

practitioners in the study had a minimum age of 18, was in the practice of capoeira for at least one year and with minimal training load of one hour daily for two times a week and signed the Consent and Informed . They excluded those who left blank any data required for the

study. With answered surveys , evaluators tabulated the data in Microsoft Excel 2010 and held there mean, standard deviation and percentage , according to the needs of each variable.

Results: Thinking on the total of practitioners, 66% (35) reported having suffered some injury. The most affected regions were shoulder, knee, ankle, back and wrist. Regarding the pre-training preparation, most of them performs alone or combined stretch. The capoeira

practitioners who suffered injury, 59.5% reported indefinite diagnosis for their injuries and 47.8% of those, even after physical therapy, report any symptoms. Conclusion: The occurrence of lesions in capoeira was 66%, predominantly those with more practice time,

frequency and intensity of training. Moreover, most had no medical diagnosis for their injuries, and most of them did not show complete resolution with physical therapy.

Keywords: Capoeira; martial arts; injuries; athletic injuries.

LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1 – Esquema representativo da obtenção da amostra final e procedimentos para análise

dos dados ................................................................................................................................. 11

Tabela 1 – Caracterização dos praticantes ............................................................................... 12

Tabela 2 – Perfil de prática dos praticantes.............................................................................. 12

Figura 2 – Frequência de lesões por localização anatômica .................................................... 13

Tabela 3 – Preparação pré-treino ............................................................................................. 14

Tabela 4 – Tipo de diagnóstico ................................................................................................ 14

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 8

2 MÉTODO............................................................................................................................ 9

2.1 TIPO DE ESTUDO ......................................................................................................... 9

2.2 AMOSTRA ................................................................................................................... 10

2.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO ............................................................. 10

2.4 MATERIAIS ................................................................................................................. 10

2.5 PROCEDIMENTOS E ANÁLISE DESCRITIVA ....................................................... 11

3 RESULTADOS................................................................................................................. 11

4 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 14

5 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 18

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 19

ANEXOS.................................................................................................................................. 23

ANEXO A – Normas da revista ............................................................................................... 24

ANEXO B – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa............................................................ 28

APÊNDICES ............................................................................................................................ 31

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE ............................... 32

APÊNDICE B – Questionário.................................................................................................. 33

8

1 INTRODUÇÃO

Há algum tempo, a capoeira vem sendo inserida rapidamente em diversos espaços.

Antigamente aprendida pelos escravos e banida pelas autoridades, a capoeira de hoje é

ensinada a homens, mulheres e crianças, sem restrições (Wesolowsky, 2012). Teve influência

de esportes de luta como judô, jiu-jitsu, karatê, tae-kwon-do e lutas livres (Gomes Neto et al.,

2012), resultando na capoeira conhecida como um misto de luta-jogo-dança praticada ao som

de instrumentos musicais como o berimbau, o pandeiro e o atabaque, além de palmas e

cânticos (Matos; Menezes, 2012).

A prática da capoeira, rica pelos valores atribuídos desde sua origem, mesmo diante

da contemporaneidade de um mundo dominado por tecnologias, mantém-se firme em seus

ensinamentos. Sua plenitude de sentimentos, irrigados pela roda, atravessam todos os âmbitos

sociais, encorajando o indivíduo não só a enfrentar obstáculos da roda de capoeira, mas na

totalidade de sua vida (Silva; Ferreira, 2012)

A capoeira é reconhecida como esporte nacional brasileiro (Simim; Noce, 2012).

Sendo assim, atualmente é vista como uma das mais ricas e completas manifestações culturais

e compreendida como fruto do contexto histórico e social vivenciado pelo povo brasileiro

(Monteiro et al., 2015). De acordo com a Federação Internacional de Capoeira, estima-se que

haja oito milhões de capoeiristas espalhados pelo mundo, dos quais cerca de seis milhões

localizam-se no Brasil e 25% deles em outros países (Rocha et al., 2015)

Apresenta-se como um excepcional sistema de autodefesa e de condicionamento

físico (Matos; Menezes, 2012). Nesse contexto, uma série de benefícios trazidos pela prática

regular da capoeira é descrita: resistência aeróbica e muscular, flexibilidade, velocidades de

reação e de deslocamento, forças dinâmica, estática e explosiva, agilidade, equilíbrio,

coordenação, ritmo e descontração (Santos et al., 2014).

Apesar dos benefícios trazidos pela prática de esportes, é comum a ocorrência de

lesões musculoesqueléticas, representando 80% das lesões no esporte (Nicolini et al., 2014).

Um dos fatores para ocorrência de lesões em atletas é o desequilíbrio muscular. A prática de

esportes resulta no desenvolvimento específico das musculaturas mais requisitadas de acordo

com cada modalidade (Goulart et al., 2008), gerando um desequilíbrio de forças atuantes que

pode levar a ocorrência de lesões nos atletas e, consequentemente, à redução da sua

performance (Siqueira et al., 2002).

Além do desequilíbrio muscular encontrado nos atletas, as manobras e golpes

característicos da capoeira constituem-se como fatores predisponentes para lesões, já que é

9

imposta uma sobrecarga as articulações utilizadas em movimentos circulares característicos,

como os giros comumente realizados no solo e, na maioria das vezes de cabeça para baixo

(Gomes Neto et al., 2012). Além disso, as acrobacias e saltos, com altas forças de

aterrisagem, constituem-se expõem os praticantes desse esporte a um alto risco de lesões de

membros inferiores (Araújo et al., 2015)

Deve-se levar em consideração ainda que em lutas, como capoeira, as lesões que

acometem os praticantes podem estar relacionadas a diversos outros fatores, em especial o

volume de treinamento, o nível do praticante, tempo de prática, intensidade do treinamento,

condicionamento físico e a idade do praticante (Carvalho et al., 2013).

Há alguns anos, tem-se notado uma preocupação considerável a respeito da

prevenção de lesões esportivas. Quando nos referimos à prevenção de lesões, temos

primeiramente que identificar as lesões mais frequentes e buscar estabelecer relações com

variáveis importantes. Dessa maneira, é possível desenvolver estratégias específicas para

redução do risco de acometimento dos atletas (Croisier et al., 2008).

Tendo em vista a proporção que a prática da capoeira atingiu especialmente no

Brasil, seus valores históricos e a necessidade de precaver os praticantes da ocorrência de

lesões osteomioarticulares, esse estudo tem como objetivo analisar a prevalência de lesões

osteomioarticulares em praticantes de capoeira do Distrito Federal, distribuído por idade,

peso, altura; por tempo de prática da modalidade, frequência e volume de treinamento; por

região anatômica; bem como identificar o perfil de preparação pré-treino dos praticantes, se

houve diagnóstico clínico ou tratamento fisioterapêutico e se houve completa resolução do

acometimento com a fisioterapia.

2 MÉTODO

2.1 TIPO DE ESTUDO

Estudo transversal descritivo, realizado em cinco diferentes regiões administrativas

do Distrito Federal. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de

Saúde da Universidade de Brasília, consoante à Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de

Saúde.

10

2.2 AMOSTRA

Primeiramente foi realizado recrutamento de praticantes de capoeira por meio de

redes sociais e vínculos entre pessoas. Em segundo lugar, com o contato dos mestres e

praticantes disponíveis, os avaliadores entraram em contato com os responsáveis pelas aulas

de capoeira, explicando-os o objetivo da pesquisa e o procedimento a ser realizado e, apenas

após autorização dos mestres, os avaliadores encaminharam-se aos locais de treino para

obtenção da amostra por conveniência.

Os avaliadores entregaram o Inquérito a ser respondido apenas para os praticantes

que cumpriam com os critérios de inclusão e após assinatura do Termo de Consentimento

Livre e esclarecido.

2.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Os critérios para inclusão dos indivíduos no estudo foram: apresentar-se na faixa

etária de no mínimo 18 anos; estar na prática de capoeira há pelo menos um ano e com carga

de treinamento mínimo de uma hora diária durante duas vezes por semana. Foram excluídos

do estudo os que não responderam algum dado do inquérito.

2.4 MATERIAIS

Para a coleta de dados necessários ao estudo, foi utilizado o inquérito de morbidade

referida adaptado as características da modalidade em estudo: a capoeira. Este inquérito era

constituído por quatorze perguntas divididas ou não em subitens sendo que dessas, em uma

primeira parte, onze perguntas a respeito da caracterização do atleta e do seu treinamento, e

em uma segunda parte, quatro de investigação das lesões, forma de tratamento e repercussões

na pratica desportiva. Entre todos os questionamentos, selecionamos seis na primeira parte:

tempo de prática, frequência e volume de treino, prática de outro esporte, realização de

aquecimento e prática de atividade preventiva de lesões. Na segunda parte, selecionamentos

cinco: ocorrência de lesão que afetasse a prática em uma semana ou mais, região anatômica

acometida e descrição das lesões e de seu tratamento.

Utilizamos como definição de lesão musculoesquelética aquela capaz de alterar o

treino da capoeira por um período de uma semana ou mais (Laurino et al., 2000).

11

2.5 PROCEDIMENTOS E ANÁLISE DESCRITIVA

Os avaliadores se deslocaram até os locais de treinamento para aplicação do

questionário nos atletas participantes e, primeiramente, os atletas receberam o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido e, após sua assinatura, responderam ao questionário

individualmente e ao final do preenchimento devolveram ao pesquisador a fim de evitar a

contaminação dos dados.

Participaram do estudo 55 praticantes, sendo que desses, dois foram excluídos por

falta de dados. Após a aplicação dos questionários, os dados dos 53 participantes incluídos

foram tabulados no Microsoft Excel 2010. Por fim, foi realizada a estatística descritiva para se

obter a média, o desvio padrão e o percentual, como representado na Figura 1.

Figura 1 – Esquema representativo da obtenção da amostra final e procedimentos para análise dos dados.

Fonte: figura confeccionada pelos autores

3 RESULTADOS

A análise dos dados mostrou que, dos 53 participantes, 49,1% (26) eram do sexo

feminino e 50,9% (27) eram do sexo masculino. A idade média foi de 30,0 7,6 anos; o peso

71,9 12,5 kg e a altura 170,3 8,5 cm.

55 participantes

Assinaram o Termo de Consentimento e

responderam ao questionário

EXCLUÍDOS

- 2 por falta de dados

INCLUÍDOS

53 participantes

Dados tabulados

Microsoft Excel 2010

Média Desvio padrão Percentual

12

Do total de praticantes analisados, 66% (35) relataram já ter sofrido lesão. Desses,

40% (14) eram do sexo feminino e 60% (21) do sexo masculino. A média de idade nesse

grupo foi de 29,9% 7,4 anos; o peso foi de 73,3 12 kg e a altura 171,2 7,8 cm (Tabela 1).

O grupo que não sofreu lesão foi de 34% (18) da amostra total, sendo que 66,7% (12)

eram mulheres e 33,3% (6) homens. A média de idade foi 30,1 8,1 anos; massa 69,3 13,4

kg e altura 168,6 9,7 cm (Tabela 1).

Tabela 1 – Caracterização dos praticantes

Características Com lesão (n=35) Sem lesão (n=18)

Média DP Média DP

Idade (anos) 29,9 7,4 30,1 8,1

Massa (kg) 73,3 12 69,3 13,4

Altura (cm) 171,2 7,8 168,6 9,7

DP, desvio padrão; Kg, quilogramas; cm, centímetros.

Fonte: arquivo dos autores.

Dos que sofreram lesão, o tempo médio de prática foi de 122,3 105,1 meses; a

frequência de treinamento foi de 3,2 1,2 dias por semana; e volume de treinamento de 2,2 1,2

horas (Tabela 2). Nesse grupo, 65,7% (23) relataram praticar outro esporte que não a capoeira.

Dentre os que não relataram ter sofrido lesão, o tempo médio de prática foi de

61,3 69 meses; a frequência de treinamento foi de 2,9 0,7 dias por semana e o volume de

treinamento de 1,8 0,5 horas por dia (Tabela 2). Desses, 66,7% (12) relataram praticar outro

esporte que não a capoeira.

Tabela 2 – Perfil de prática dos praticantes

Perfil Com lesão Sem lesão

Média DP Média DP

Tempo de prática (meses) 122,3 105,1 61,3 69

Frequência (dias/semana) 3,2 1,2 2,9 0,7

Volume de treino (horas/dia)

2,2 1,2 1,8 0,5

DP, desvio padrão.

Fonte: arquivo dos autores.

Em relação à distribuição das lesões por localização anatômica, 21 lesões (14%)

acometeram ombro; 21 lesões (14%) joelho; 20 lesões (13,3%) tornozelo; 17 lesões (11,3%)

lombar; 12 lesões (8%) punho; 10 lesões (6,7%) mãos e dedos; 9 lesões (6%) coxa; 8 lesões

13

(5,3%) pé; 8 lesões (5,3%) pescoço; 7 lesões (4,7%) cotovelo; 7 lesões (4,7%) perna e 4

lesões (2,7%) virilha (Figura 2). As demais regiões: cabeça, fêmur, antebraço e glúteo, apenas

uma lesão acometeu cada uma dessas regiões e tórax duas lesões.

Figura 2 – Frequência de lesões por localização anatômica

Legenda: %, percentual Fonte: figura confeccionada pelos autores.

Quanto à preparação pré-treino do grupo que sofreu lesões, 25,7% realizavam

alongamento, 2,9% corrida, 17,1% movimentos da capoeira, 8,6% alongamento e corrida,

25,7% alongamento e movimentos da capoeira, 5,7% corrida e movimentos, 11,4%

alongamento, corrida e movimentos; 2,9% relataram não realizar nenhuma atividade. No

grupo de praticantes que não sofreram lesão, 27,8% realizavam alongamento, 11,1%

realizavam movimentos da capoeira, 38,9% alongamento e corrida; 16,7% alongamento e

movimentos e 5,5% não realizavam nenhuma atividade (Tabela 3).

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Tabela 3 – Preparação pré-treino

Atividades

Com lesão Sem lesão

F % F %

Alongamento 9 25,7 5 27,8

Corrida 1 2,9 - -

M.C 6 17,1 2 11,1

Alongamento e corrida 3 8,6 7 38,9

Alongamento e M.C 9 25,7 3 16,7

Corrida e M.C 2 5,7 - -

Alongamento; corrida e M.C

4 11,4 - -

Nada 1 2,9 1 5,5

TOTAL 35 100 18 100

F, frequência.

M.C, movimentos da capoeira.

Fonte: arquivo dos autores.

A respeito do diagnóstico clínico, apenas 40% (60) das lesões relatadas tiveram

diagnóstico médico, e 60% (90) das lesões tiveram diagnóstico indefinido, ou seja, não foram

diagnosticadas por um médico. Já entre os praticantes que sofreram lesão, 94,28% (33)

realizou algum tratamento, sendo que desses, 69,69% (23) realizaram fisioterapia como forma

de tratamento. Entre os que realizaram fisioterapia, 47,82% (11) deles ainda apresentavam

algum sintoma mesmo após o tratamento.

Tabela 4 – Tipo de diagnóstico

Cuidados F %

Lesões com diagnóstico clínico 60 40

Lesões com diagnóstico indefinido

90 60

TOTAL 150 100

F, frequência.

%, percentual.

Fonte: arquivo dos autores.

4 DISCUSSÃO

Devido à ausência de estudos qualificados a respeito de lesões na capoeira nas bases

científicas, o presente estudo irá se basear na discussão dos resultados encontrados com os de

outros esportes de luta que, em algum ponto, assemelham-se ao esporte em questão.

15

Nesse estudo, a frequência de praticantes de capoeira que sofreram lesão foi maior

em relação aos que não sofreram. Esse fato corrobora com os achados de Souza et al. (2011),

os quais encontraram maior taxa de atletas de jiu-jitsu e karatê lesionados, em relação aos que

não sofreram lesão. Tamborindeguy et al. (2011), em um estudo com praticantes de

taekwondo, encontraram que, de 10 atletas analisados, oito relataram ter sofrido alguma lesão

durante a prática do esporte. No entanto, Ziaee et al. (2015) em um estudo com 620 atletas a

respeito de lesões no karatê, encontraram uma incidência de lesões de apenas 20,2%.

Nesse estudo com atletas de capoeira, a média de peso do grupo que relatou ter

sofrido lesão foi maior do que do grupo sem lesão. Tal resultado pode estar associado,

possivelmente, à característica de duas posições muito utilizadas: membros superiores como

base de sustentação, ou posição agachada com apoio de apenas um membro inferior. De

acordo com Bienfait (2000), os membros inferiores, com o apoio dos pés ao chão, funcionam

como a base de sustentação do corpo. Pensando nisso, na primeira posição citada, os

membros superiores, não desenvolvidos para suportar todo o peso do corpo, passa a assumir

esse papel, e na segunda, apenas um membro inferior encontra-se responsável por suportar o

peso do corpo em uma posição pouco favorável. Em ambas, o aumento do peso possivelmente

sobrecarrega ainda mais os membros de base. Carazzato et al. (1996) observaram em estudo

epidemiológico com praticantes de judô, que quanto mais pesado o atleta, maior o número de

lesões, assemelhando-se ao que encontramos no presente estudo. Já Beis et al. (2007) afirmam

não haver estudos consistentes que estabeleçam alguma relação entre peso e ocorrência de

lesões. Green et al. (2007), em um estudo com 392 judocas também não encontraram dados

que correlacionassem peso com aumento das taxas de lesões.

Em relação ao perfil de prática dos atletas, nesse estudo encontrou-se que a média do

tempo de prática, da frequência de treinamento e da carga de treinamento por dia no grupo

com lesão foi maior. Os praticantes de capoeira que relataram ter sofrido lesão, apresentaram

tempo de prática e carga de treinamento maior em relação aos que não sofreram lesão,

mostrando maior exposição e possivelmente aumento da frequência de ocorrência de lesão.

Carvalho et al. (2013) em seu estudo com atletas de jiu-jitsu, sugerem que, praticantes de

nível avançado, apesar de terem a seu favor fatores preventivos de lesão, como aplicação

correta dos golpes e uso da técnica a seu favor para gerar controle na luta, apresentam um

maior esforço para alcançar melhores resultados e com isso, geram maior sobrecarga ao

corpo, tornando-se mais suscetíveis à ocorrência de lesões. Kazemi et al. (2009) também

discutem esse assunto, mostrando que atletas menos experientes impõem cargas maiores aos

16

golpes para compensar deficiências técnicas. Em relação a outras modalidades esportivas, o

estudo de Stapaid (2003) concluiu que praticantes de squash com maior tempo de prática

apresentaram maiores taxas de lesões, embora não tenha ocorrido o mesmo em outros

esportes como no estudo de Guedes et al. (2010) com a prática de tênis.

No nosso estudo, observamos que mais da metade dos praticantes, que sofreram ou

não lesão, praticam outro esporte além da capoeira, com porcentagens semelhantes para os

dois grupos. Segundo Oliveira (2009), o overuse ocorre quando há repetição de movimentos

sem o adequado repouso ou quando há repetição de movimentos incorretos. Noce et al. (2011)

definem overtraining como o resultado de cargas excessivas de treinamento sem o adequado

repouso para recuperação, ou seja, o overtraining ocorre quando há uma incapacidade do

corpo de recuperar-se do desequilíbrio causado pela intensidade e volume de treinamento

excessivo. Além desses fatores de ocorrência, Renstrom e Johnson (1985) relatam que a

ocorrência desse tipo de lesão remete ainda à sobrecarga de treino, ao desequilíbrio muscular

e até mesmo à técnicas mal executadas. Em um primeiro momento nos preocupamos em

relação à carga de treinamento excessivo, ou overtraining, porém notamos que a prática de

mais de um esporte ocorre de maneira semelhante nos dois grupos. Possivelmente, apesar do

grupo que não sofreu lesão também praticar outras modalidades de exercício, sua carga média

de treinamento na capoeira foi inferior em relação ao restante dos praticantes, e por isso a

soma total de treino dos esportes praticados não resultou em overtraining. Além disso, outra

possibilidade seria do tempo inadequado de descanso entre um treino e outro, tornando o

organismo impossibilitado de recuperar-se do esforço a que foi submetido, porém não

podemos afirmar que constituiu um fator, já que não foi um ponto questionado em nosso

inquérito.

Foi observado que a região anatômica com maior frequência de lesões foi o ombro e

joelho, seguido de tornozelo, coluna lombar, punho e mãos/dedos. A capoeira preconiza

movimentos circulares, muitas vezes com apoio de membros superiores, levando à sobrecarga

do aparelho locomotor. Além disso, o corpo do praticante sofre constantemente giros em

cadeia fechada, saltos e aterrisagens, levando a impactos nas articulações durante a prática

(Gomes Neto et al., 2012). Noh et al. (2015), em um estudo com esportes de combate,

encontraram que naqueles semelhantes ao judô, as lesões foram mais comuns em pescoço,

ombro e cotovelo. Já nos esportes semelhantes ao taekwondo, as lesões foram mais comuns

em punho e mãos. Souza et al. (2011) também encontraram resultados bastantes semelhantes

17

com nosso estudo, nos quais concluíram que a maior frequência de lesões em praticantes de

jiu-jitsu também ocorreu em ombro e joelho.

Em relação à preparação pré-treino dos atletas de capoeira estudados, no nosso

estudo o alongamento, de forma isolada, não se apresentou como fator preventivo de lesões,

uma vez que a frequência de indivíduos com e sem lesão que se alongam foi parecida.

Corroborando com nossos achados, Nogueira et al. (2014), cita que a literatura tem apontado

que a prática do alongamento imediatamente anterior ao treino do esporte primário, pode

levar a uma redução na capacidade proprioceptiva das articulações, predispondo os atletas a

possíveis lesões articulares. No entanto, nesse mesmo estudo, foi observado que o

alongamento, associado ou não a algum tipo de aquecimento, levou à redução do tempo de

latência dos músculos isquiotibiais estudados, mostrando que, possivelmente, esse possa ser

um fator importante de proteção contra lesões no esporte.

Além disso, ao compararmos, no grupo que sofreu lesão, os indivíduos que apenas se

alongam e aqueles que associam o alongamento à repetição de movimentos da capoeira,

concluímos que ambos apresentaram ocorrências iguais de lesão. Este fato pode ser explicado

pela característica da prática da capoeira em realizar movimentos que excedem a amplitude de

movimento ideal e provocam estiramento muscular, uma vez que os planos e os eixos

anatômicos de movimento nos golpes não são bem definidos, exigindo maior esforço do

segmento osteomioarticular. Para Lima et al. (2012), o taekwondo também exige amplos

movimentos articulares em suas técnicas, o que influencia na possibilidade de ocorrência de

lesões musculares e articulares.

No entanto, no nosso estudo o alongamento, quando associado à prática de corrida

anteriormente ao treino de capoeira, levou à uma menor ocorrência de lesão nos capoeiristas..

Diferentemente dos movimentos repetitivos da capoeira, a corrida mantém um eixo de

movimento e um plano bem estabelecidos durante todo o tempo, não exigindo amplitudes

articulares excessivas. Por esse motivo, possivelmente, a frequência maior de indivíduos que

associam alongamento e corrida pré-treino tenha sido do grupo que não sofreu lesão.

No que diz respeito ao diagnóstico clínico das lesões citadas, encontramos que a

maior parte das lesões foram relatadas com diagnóstico indefinido. Arena e Carazzato (2007)

observaram que a maioria dos atletas raramente procurava um médico, exceto quando era um

acometimento grave. Além disso, viu que as lesões menos graves, pouco eram relatadas. No

nosso estudo, atentamos ainda para o fato de que os capoeiristas possam ter subestimado o

número de lesões sofridas, como Gartland et al. (2001), em seu estudo com Muay Thai kick

18

boxing relataram. Nesse estudo, estimaram que 60% das lesões não foram relatadas, por

motivos como confusão sobre o conceito de lesão, a negação de vulnerabilidade ou até

mesmo medo dos instrutores. Souza et al. (2011) também corroboram com esses achados,

relatando em seu estudo a possibilidade de atletas terem omitido ou subestimado suas lesões

para não serem excluídos de treinos. Tendo em vista todos os fatores citados, constatamos em

nossa pesquisa o que foi discutido por Arena e Carazzato (2007), segundo o qual há grande

dificuldade em se obter dados precisos apenas com relato de atletas.

Dos praticantes de capoeira que realizaram fisioterapia como forma de tratamento,

quase a metade deles relatou ter algum sintoma mesmo após o fim do tratamento.

Questionamos, então, se a fisioterapia vem sendo corretamente realizada. Subtil et al. (2011)

estudaram os aspectos que levam à adesão do paciente à fisioterapia, e concluíram que o

paciente tem foco central na reabilitação sim, estando ele com o poder de levar o resultado do

tratamento para o êxito ou não, mas o fisioterapeuta tem de atuar desde a prevenção de

disfunções até a reabilitação dos indivíduos, orientando ainda a realização de atividades fora

das duas horas da sessão, já que são insuficientes para a reabilitação completa do paciente.

Daí a necessidade dos profissionais e pacientes adotarem essa postura, contribuindo para que

o tratamento fisioterapêutico tenha resultados positivos e reduza as chances de se ter algum

sintoma pós-tratamento.

Uma vez conhecendo a prevalência de lesões na capoeira, programas preventivos

podem ser melhor estabelecidos. Lystad et al. (2015) afirmam que entender melhor a

epidemiologia de lesões em treinamento é indispensável para que futuramente possa se

desenvolver atitudes preventivas. Dessa forma, estabelecer as lesões mais frequentes, assim

como identificar variáveis relacionadas, representam informações importantes para o

planejamento de um programa preventivo, bem como para um tratamento de reabilitação

(Oliveira; Pereira, 2008; Carvalho et al., 2013).

Em resumo, para que seja possível fornecer ao atleta uma atividade física eficaz,

tem-se que focar a abordagem profissional tanto em recuperar um paciente lesionado, quanto

em desenvolver programas de prevenção de lesões, de acordo com a demanda de cada

modalidade esportiva e cada indivíduo praticante (Engebretsen; Bahr, 2005).

5 CONCLUSÃO

A ocorrência de lesões na prática da capoeira foi de 66%, com predomínio de lesões

naqueles com média de peso maior. Os atletas que relataram ter sofrido lesão apresentaram

19

tempo, frequência de prática e volume de treinamento maior em relação aos que não

apresentaram lesão.

Quanto à distribuição anatômica das lesões, a ocorrência de lesões, por ordem

decrescente atingiu: ombro e joelho; tornozelo; lombar; punho; mãos e dedos.

O alongamento, de forma isolada, não se mostrou como fator preventivo de lesões,

de maneira que a frequência de capoeiristas lesionados foi igual para os que realizaram apenas

alongamento ou associaram-o à repetição dos movimentos da capoeira em seu pré-treino. No

entanto, a associação do alongamento com a corrida apresentou influência na redução das da

ocorrência de lesão.

De todas as lesões relatadas, em 60% dos casos não houve diagnóstico clínico e,

apesar da maioria dos praticantes ter realizado fisioterapia alguma vez como forma de

tratamento, desses, quase a metade relatou algum sintoma após o término do tratamento.

Esse estudo fornece dados para que sejam realizadas propostas de prevenção de

lesões em capoeiristas, porém faz-se necessário a realização de mais estudos a respeito do

tema para melhor quantificar a proporção de lesões em praticantes de capoeira, a partir de

uma análise em uma amostra mais numerosa.

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23

ANEXOS

24

ANEXO A – Normas da revista

Revista Brasileira de

Ciências do Esporte

DIRETRIZES PARA AUTORES

Foco e escopo da Revista: A Revista Brasileira de

Ciências do Esporte – RBCE (eISSN 2179-3255),

instância de difusão da produção acadêmica dos

pesquisadores da área de conhecimento Educação

Física/Ciências do Esporte, é editada sob

responsabilidade institucional do Colégio Brasileiro de

Ciências do Esporte (CBCE), em periodicidade

trimestral.

Publica prioritariamente pesquisas originais sobre

temas relevantes e inéditos, oriundos de reflexão

teórica aprofundada e/ou investigação empírica

rigorosa, assim como artigos de revisão e resenhas,

sobre os diferentes temas que compõem a área de

Educação Física/Ciências do Esporte e que espelhem a

grande diversidade e variedade teórica, metodológica,

disciplinar, interdisciplinar e geográfica das pesquisas

nacionais e internacionais neste campo. As submissões

podem ser realizadas a qualquer tempo, em sistema de

demanda contínua, com exceção dos artigos de

revisão.

Seções: Os textos submetidos à RBCE devem ser

direcionados para uma das 3 seções: Artigos

Originais (trabalhos oriundos de pesquisas empíricas

e/ou teóricas originais sobre temas relevantes e

inéditos, apresentando, preferencialmente, as seguintes

seções fundamentais – ou variações destas, de acordo

com a exposição do objeto e resultados da

investigação: introdução; material e métodos;

resultados e discussão; conclusões; referências;

Artigos de Revisão (artigos cujo objetivo é sintetizar

e/ou avaliar trabalhos científicos já publicados,

estabelecendo um recorte temporal, temático,

disciplinar para análise da literatura consultada) e

Resenhas (análises sobre livros publicados,

preferencialmente, nos últimos dois anos ou obras

clássicas reeditadas e/ou que ainda não foram

resenhadas). Observação: as submissões de artigos de

revisão ocorrerão somente por meio de demanda

induzida, ou seja, a Comissão Editorial convidará

autores a publicarem nesta seção, fomentando a

avaliação do estado da arte de diferentes áreas, temas,

problemáticas e técnicas de pesquisa que compõem a

Educação Física/Ciências do Esporte. Pesquisadores

experientes e/ou reconhecidos interessados em

submeter artigos de revisão poderão submeter suas

propostas previamente ao exame da Comissão

Editorial.

Língua: A RBCE aceita a submissão de artigos e

resenhas em português, espanhol ou inglês, porém não

permite o seu encaminhamento simultâneo a outro

periódico, quer seja na íntegra ou parcialmente.

Formatos: O texto deve estar gravado em formato

Microsoft Word, sem qualquer identificação de

autoria. Todos os trabalhos devem ser enviados por

meio do Evise®, endereço: www.rbceonline.org.br

FORMA E PREPARAÇÃO DE MANUSCRITOS

A submissão compreende o envio dos seguintes

arquivos: 1) Author Agreement, 2) Folha de Rosto,

3) Manuscrito, 4) Parecer do Comitê de Ética, se

for o caso, aprovando o projeto que deu origem ao

trabalho, 5) Arquivos individuais de figuras e

tabelas.

1) AUTHOR AGREEMENT compreende: carta

assinada por todos os autores, autorizando sua

publicação e declarando que o mesmo é inédito e que

não foi ou está submetido para publicação em outro periódico.

1.1) Declaração de Direito Autoral: A RBCE orienta

que só devem assinar os trabalhos as pessoas que de

fato participaram das etapas centrais da pesquisa, não

bastando, por exemplo, ter revisado o texto ou apenas

coletado os dados. Todas as pessoas relacionadas

como autores, por ocasião da submissão de trabalhos

na RBCE, estarão automaticamente declarando

responsabilidade, nos termos dos modelos abaixo:

25

a) Declaração de Responsabilidade: “Certifico que

participei suficientemente do trabalho para tornar

pública minha responsabilidade pelo seu conteúdo.

Certifico que o manuscrito representa um trabalho

original e que nem este manuscrito, em parte ou na

íntegra, nem outro trabalho com conteúdo subs -

tancialmente similar, de minha autoria, foi publicado

ou está sendo considerado para publicação em outra

revista, quer seja no formato impresso ou no

eletrônico, exceto o descrito em ‘Comentários ao

editor’. Atesto que, se solicitado, fornecerei ou

cooperarei totalmente na obtenção e fornecimento de

dados sobre os quais o manuscrito está baseado, para

exame dos editores”.

b) Transferência de Direitos Autorais: “Declaro que,

em caso de aceitação do artigo por parte da Revista

Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE), concordo

que os direitos autorais a ele referentes se tornarão

propriedade exclusiva do Colégio Brasileiro de

Ciências do Esporte (CBCE), vedado qualquer

reprodução, total ou parcial, em qualquer outra parte

ou meio de divulgação, impressa ou eletrônica, sem

que a prévia e necessária autorização seja solicitada e,

se obtida, farei constar o competente agradecimento

ao CBCE e os créditos correspondentes a RBCE.”

1.2) Informação Suplementar: Em artigos com 04

(quatro) ou mais autores devem ser obrigatoriamente

especificadas na referida carta as responsabilidades

individuais de todos os autores na preparação do

trabalho, de acordo com o modelo a seguir: “Autor X

responsabilizou-se por…; Autor Y responsabilizou-se

por…; Autor Z responsabilizou-se por…, etc.”

2) FOLHA DE ROSTO compreende: página com o

título do trabalho e identificação completa dos autores.

Informar e-mail, último grau acadêmico, filiação

institucional (Departamento ou Programa de Pós -

graduação, Centro ou Setor, Instituição de Ensino ou

Pesquisa), Cidade, Estado (unidade da Federação) e

país (de todos os autores), endereço postal, telefone e

fax (apenas do contato principal do trabalho).

2.1) Apoio financeiro: É obrigatório informar na

folha de rosto, sob a forma de nota de rodapé, todo e

qualquer auxílio financeiro recebido para a elaboração

do trabalho, inclusive bolsas, mencionando agência de

fomento, edital e número do processo. Caso a

realização do trabalho não tenha contado com apoio

financeiro, acrescentar a seguinte informação: O

presente trabalho não contou com apoio financeiro de

nenhuma natureza para sua realização . Nos trabalhos

que declararem algum tipo de apoio financeiro, essa

informação será mantida na publicação em campo

específico.

2.2) Conflitos de interesse: É obrigatório que a

autoria do manuscrito declare a existência ou não de

conflitos de interesse. Mesmo julgando não haver

conflitos de interesse, o(s) autor(es) deve(m) declarar

essa informação no ato de submissão do artigo na

folha de rosto. Os conflitos de interesse podem ser de

natureza pessoal, comercial, política, acadêmica ou

financeira, tais como: ser membro consultivo de

instituição que financia a pesquisa; participar de

comitês normativos de estudos científicos

patrocinados pela indústria; receber apoio financeiro

de instituições em que a pesquisa é desenvolvida;

conflitos presentes no âmbito da cooperação

universidade-empresa; identificação e contato com

pareceristas ad hoc durante o processo de avaliação

etc. Quando os autores submetem um manuscrito, eles

são responsáveis por reconhecer e revelar conflitos

financeiros ou de outra natureza que possam ter

influenciado seu trabalho. Os autores devem

reconhecer no manuscrito todo o apoio financeiro para

o trabalho e outras conexões financeiras ou pessoais

com relação à pesquisa (vide item Apoio financeiro,

logo acima nesta página). Não havendo conflitos de

interesse, basta transcrever e acrescentar na folha de

rosto, sob a forma de nota de rodapé no título, a se-

guinte informação: “Os autores declaram não haver

conflitos de interesse”. Essa informação será mantida

na publicação em campo específico.

2.3) Agradecimentos: Agradecimentos poderão ser

mencionados sob a forma de nota de rodapé na folha de rosto.

3) MANUSCRITO compreende: Arquivo completo

do artigo com resumos e palavras-chave e

referências.

3.1) Extensão: Os artigos devem ser digitados em

editor de texto Word for Windows, fonte Times New

Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5,

folha A4, margens inferior, superior, direita e

esquerda de 2,5 cm. Citações com mais de três linhas,

notas de rodapé, legendas e fontes das ilus trações,

figuras e tabelas, devem ser em tamanho 11,

espaçamento simples. A extensão máxima para artigos

é de 35.000 caracteres (contando espaços e todos os

elementos textuais, como títulos, resumos, palavras-

chave, referências e notas de rodapé, com exceção da

folha de rosto,) e para resenhas é de 6.000 a 8.000

caracteres (com espaços).

3.2) Título do trabalho: O título deve ser breve e

suficientemente específico e descritivo do trabalho e

deve vir acompanhado de sua tradução para a língua inglesa e espanhola.

3.3) Resumo: Deve ser elaborado um resumo

informativo, incluindo objetivo, metodologia,

resultados, conclusão, acompanhado de sua tradução

para a língua inglesa e espanhola. Cada resumo que

acompanhar o artigo deverá ter, no máximo, 790

caracteres (contando espaços).

26

3.4) Palavras-chave (Palabras clave, Keywords):

constituídos de quatro termos que identifiquem o

assunto do artigo em português, inglês e espanhol

separados por ponto e vírgula. Recomendamos a

utilização dos Descritores em Ciências da Saúde

(DeCS), disponível em: http://decs.bvs.br.

3.5) Modo de apresentação dos artigos : Página

inicial e subsequentes (adotar OBRIGATORIA-

MENTE a seguinte ordem): a) Título informativo e

conciso em português (ou na língua em que o artigo

será submetido): negrito, caixa baixa e alinhado à

esquerda; b) Resumo em português (ou na língua em

que o artigo será submetido) com no máximo 790

caracteres incluindo espaços . Deve ser inserido com

um enter logo abaixo do título; c) Palavras-chave: em

português (ou na língua em que o artigo será

submetido), quatro termos separados por ponto e

vírgula e um enter, inseridos imediatamente abaixo do

resumo - cada termo em nova linha e apenas iniciais

em letra maiúscula; d) Título em Inglês, Abstract e

Keywords; e) Título em Espanhol, resumen e

palabras clave; f) Elementos textuais (corpo do

texto, seguindo a estrutura correspondente para cada

seção escolhida). Observação: os subtítulos das seções

devem ser digitados em caixa alta e alinhados à

esquerda (sem negrito); g) Referências: Devem ser

atualizadas contendo, preferencialmente, os trabalhos

mais relevantes sobre o tema publicados nos últimos

cinco anos. Deve conter apenas trabalhos referidos no

texto. A apresentação deverá seguir o formato

denominado “Vancouver Style” (sistema de chamada

Autor-Data). As citações no texto devem referir-se a:

1. Autor único: sobrenome do autor (sem iniciais, a

menos que haja ambiguidade) e ano de publicação; 2.

Dois autores: ambos os sobrenomes dos autores e o

ano de publicação; 3. Três ou mais autores: sobrenome

do primeiro autor seguido de “et al.” e o ano de

publicação. As citações podem ser feitas de forma

direta (neste caso emprega-se aspas e acrescenta-se o

número da página do documento de onde a citação foi

retirada) ou indireta (paráfrase). As entradas das

autorias no texto podem ser feitas diretamente ou entre

parênteses. Grupos de referências devem ser listados

em ordem alfabética primeiro, em seguida, em ordem

cronológica. Exemplos: como demonstrado (Allan,

2000a, 2000b, 1999; Allan e Jones, 1999). Kramer et

al. (2010) mostraram recentemente... Segundo

Horkheimer e Adorno (1985, p. 25), “o homem da

ciência conhece as coisas na medida em que pode

fazê-las”. Para mais orientações sobre o modo de citar

e a adoção do sistema Autor-data consultar:

http://www.fiocruz.br/bibsmc/media/comoreferenciare

citarsegundooEstiloVancouver_2008.pdf (especial-

mente p. 42-45). Mais orientações em:

http://www.bu.ufsc.br/ccsm/vancouver.html

3.6) Modo de apresentação das resenhas: A resenha

deve atender às seguintes orientações: referir-se à obra

relacionada ao foco da RBCE; ser inédita; extensão de

6.000 a 8.000 caracteres (com espaços), incluindo, se

houver, referências; incluir referência bibliográfica

completa, do livro resenhado, no cabeçalho; título

(opcional); conter descrição do conteúdo da obra,

sendo fiel a suas ideias principais; oferecer uma

análise crítica (um diálogo do autor da resenha com a

obra), evitando a submissão de textos meramente

descritivos. As outras exigências de submissão são

idênticas às das demais seções da RBCE.

3.7) Notas de rodapé: Somente notas explicativas e

que devem ser evitadas ao máximo. As notas contidas

no artigo devem ser indicadas com algarismos

arábicos e de forma sequencial imediatamente depois

da frase a que diz respeito. As notas deverão vir no

rodapé da página correspondente. Observação: não

inserir Referências completas nas notas, apenas como

referência nos mesmos moldes do texto.

4) COMITÊ DE ÉTICA compreende: Os critérios

éticos da pesquisa devem ser respeitados dentro dos

termos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional

de Saúde (disponível em: http://conselho.saude.gov.br/

resolucoes/2012/ Reso466.pdf), quando envolver

experimentos com seres humanos; e de acordo com os

Princípios éticos na experimentação animal da

Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de

Laboratório - COBEA - (disponível em:

http://www.cobea.org.br/conteudo/view?ID_CONTE

UDO=65), quando envolver animais. Os autores

deverão OBRIGATORIAMENTE encaminhar como

Documento suplementar, juntamente com os

manuscritos nas situações que se enquadram nesses

casos, o parecer de Comitê de Ética reconhecido ou

declaração de que os procedimentos empregados na

pesquisa estão de acordo com os princípios éticos que

norteiam as resoluções já citadas.

5) FIGURAS E TABELAS compreende: arquivos

individuais e, simultaneamente, no manuscrito.

Quando for o caso, devem ser numeradas por ordem

de aparecimento no texto com números arábicos. Cada

tabela deve ter um título (antes da imagem), uma

legenda explicativa (após a imagem) e apresentar as

fontes que lhes correspondem. As figuras e tabelas

deverão também ser enviadas separadas do texto

principal do artigo, através de arquivos individuais,

nominados conforme a ordem em que es tão inseridas

no texto (ex.: Figura 1, Tabela 1, Figura 2 etc.). Além

de constar no corpo do texto, ambas devem ser

submetidas como documentos suplementares e as

imagens devem estar em alta definição (300 dpi,

formato TIF) e, quando for o caso, deverão vir

acompanhadas de autorização específica para cada

uma delas (por escrito e com firma reconhecida) em

que seja informado que a imagem a ser reproduzida no

manuscrito foi autorizada, especificamente, para esse

fim. No caso de fotografias, a autorização tem de ser

feita pelo fotógrafo (mesmo quando o fotógrafo é o

próprio autor do manuscrito) e pelas pessoas

27

fotografadas. Obras cujo autor faleceu há mais de 71

anos já estão em domínio público e, portanto, não

precisam de autorização. As legendas e fontes das

ilustrações, figuras e tabelas, devem ser em tamanho

11.

INFORMAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE

AVALIAÇÃO: Os manuscritos que atenderem as

instruções aos autores serão submetidos ao Conselho

Editorial ou a pareceristas ad hoc, que os apreciarão

observando o sistema peer-review. Aqueles que

receberem avaliações discordantes serão

encaminhados a um terceiro revisor(a) para fins de

desempate. Manuscritos aceitos, ou aceitos com

indicação de reformulação, poderão retornar aos

autores para aprovação de eventuais alterações no

processo de editoração.

TAXA DE PUBLICAÇÃO: a publicação de artigos

originais e/ou de revisão na RBCE, após a aprovação,

só ocorrerá mediante a associação do(s) autor(es) no

Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE) ou,

então, por pagamento de taxa de publicação. A taxa de

publicação é atualmente de US$ 250,00 (duzentos e

cinquenta dólares), a ser paga imediatamente quando

da entrada do artigo em fase de editoração. Assim que

o manuscrito for encaminhado para editoração, o autor

responsável receberá instruções da secretaria do

CBCE de como proceder para o pagamento. Quando

o(s) autor(es) forem associados ao CBCE estarão

isentos de qualquer taxa. O CBCE fornecerá aos

autores os documentos necessários para comprovar o

pagamento das taxas, inclusive perante suas

instituições de origem, programas de pós -graduação

ou órgãos de fomento à pesquisa.

OUTRAS INFORMAÇÕES: caso o artigo possua

imagens (figuras, quadros, tabelas, fotografias etc.) ou

qualquer outra reprodução (fotografias, letras de

música e poesias) que não seja de sua propriedade,

enviar, como documento suplementar, uma

Declaração que autoriza o uso de cada imagem ou

documento (por escrito e com firma reconhecida) em

que esteja declarado que o material a ser reproduzido

em seu artigo (colocar o título do artigo na referida

declaração) está liberado para esse fim. Qualquer

pagamento que tenha de ser feito para a obtenção da

autorização deverá ser efetuado pelo(s) Autor(es).

28

ANEXO B – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE

Convidamos o(a) Senhor(a) a participar do projeto de pesquisa “Prevalência de lesões em praticantes de capoeira do Distrito Federal”, sob a responsabilidade do pesquisador Prof. Dr. Osmair Gomes de Macedo. O projeto visa estabelecer as lesões mais recorrentes em praticantes de capoeira.

O objetivo dessa pesquisa é verificar quais as lesões mais frequentes dentre os praticantes de capoeira do Distrito Federal. Acreditamos que conhecendo melhor as lesões do esporte que você pratica, podemos desenvolver melhores estratégias para prevenir lesões durante sua prática. O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não será divulgado, sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da

omissão total de quaisquer informações que permitam identifica-lo(a). A sua participação se dará por meio de resposta a um questionário cujo tempo de aplicação será de no máximo 30 minutos. Essa entrevista ocorrerá na academia que você frequenta e será administrada para coleta dos seus dados pessoais, dados sobre o esporte que você pratica e sobre as lesões que você já sofreu nessa prática.

Se você aceitar participar, estará contribuindo para que profissionais da saúde estabeleçam estratégias para prevenir lesões. Assim, você e outros praticantes poderão se beneficiar com os resultados desse estudo. O(a) Senhor(a) pode se recusar a responder (ou participar de qualquer procedimento) qualquer

questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para o(a) senhor(a). Sua participação é voluntária, isto é, não há pagamento por sua colaboração. Caso haja algum dano direto ou indireto resultante dos procedimentos de pesquisa, você poderá ser indenizado, obedecendo-se as disposições legais vigentes no Brasil.

Os resultados da pesquisa serão divulgados na Instituição Faculdade Ceilândia, da UnB, podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda do pesquisador. Se o(a) Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para o Pesquisador Responsável: Prof. Dr. Osmair Gomes de Macedo. Tels: ( 61) 3107-8400 ou (61) 8185-2235 (horário comercial). Endereço: Faculdade de Ceilândia – Unidade de Ensino e

Docência Endereço: Centro Metropolitano, conjunto A, lote 1 — Ceilândia Sul Cep:72220-900 - Brasília-DF. Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde (CEP/FS) da Universidade de Brasília. O CEP é composto por profissionais de diferentes áreas

cuja função é defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. As dúvidas com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do participante da pesquisa podem ser obtidos através do telefone: (61) 3107-1947 ou do e-mail [email protected] ou [email protected], horário de atendimento de 10hs às 12hs e de 14hs às 17hs, de segunda a sexta-feira.

Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o Senhor(a). __________________________________ Nome/ assinatura __________________________________ Pesquisador responsável

Brasília, ___ de ____________ de ______.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

CAMPUS UnB CEILÂNDIA

CURSO DE FISIOTERAPIA

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APÊNDICE B – Questionário

PREVALÊNCIA DE LESÕES NA CAPOEIRA

Nome completo:______________________________________________ Sexo ( )M ( )F

Data de Nascimento: __/__/___ Idade: _____ Peso: ______Kg Altura:_______cm

Membro dominante: ( )Direito ( )Esquerdo ( )Ambos

Telefone:______________

Endereço:___________________________________ Cidade: ____________

Academia/grupo ao qual faz parte: ______________________________________

Perfil do atleta e do treinamento:

1. Há quanto tempo pratica capoeira? ______________

2. Categoria: ( ) Amador ( ) Profissional.

3. Quantos dias por semana você treina? ____________ dias.

4. Quanto tempo por dia você treina? ______________ horas

5. É competidor? ( ) Não ( ) Sim. Nº de competições nos últimos 2 anos____________

Média de lutas por competição:_______

Categoria que compete___________

6. Graduação Atual: ______________________

7. Atualmente pratica algum outro esporte?

( ) Não

( ) Sim. Qual? _________________

Frequência (dias/semana e tempo): ________________

8. Quando pratica capoeira, é acompanhado por algum profissional responsável?

A: ( )Todo o treino ( ) Parte do treino ( ) Não acompanha

B: Quem é o responsável caso alguém sem machuque?

9. Você é acompanhado por algum profissional da saúde?

( ) não

( ) Sim. Qual: _______________________ Frequência: ______________

10. Realiza aquecimento antes do treino/ competição?

( ) Não

( ) Sim. Qual tipo de atividade?________________________________

11. Realiza algum tipo de atividade para prevenção de lesões?

( ) Não ( ) Sim. Qual? ____________________________________________

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Lesões na prática esportiva

12. Possui alguma alteração músculo esquelética?

( ) Não

( ) Sim. Qual? ____________________

Foi dado a você um diagnostico? Sim ( ) Não ( ) Quem realizou?__________

13. Nos últimos 2 anos você sofreu alguma lesão durante a prática da capoeira que foi capaz de alterar seu

treinamento por um período de 1 semana ou mais?

( ) Não

( ) Sim. Relate, resumidamente, como ocorreu, como descobriu, como tratou e o quanto esse ocorrido afetou

a prática de capoeira:

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

14. Ainda relacionado as lesões que foram capazes de alterar seu treinamento por um período maior ou

igual a 1 semana: Marque o NÚMERO de vezes que você já sofreu lesão(ões) na(s) localização a seguir:

__ Cabeça __Pescoço __ Tórax __ Abdome __ Lombar

__ Bacia __Ombro __ Ombro __Braço __Cotovelo

__ Antebraço __Punho __ Mãos e dedos __ Coxa __Joelho

__ Perna __ tornozelo __Pé __ Outro: ______________________

15. Para cada lesão que você marcou acima, responda:

LESÃO 1

a) Local da lesão: __________________. ( ) em treino ( ) em competição

b) Tempo sem treinar ___________dias.

c) Deixou de participar de alguma competição? ( ) Não ( ) Sim

d) Diagnóstico para a lesão:

( ) contusão

( ) corte

( ) lesão muscular

( ) dor lombar

( ) tendinite

( ) entorse

( ) luxação

( ) fratura

( ) não tive diagnóstico

( ) outro ______________

e) O diagnóstico foi realizado por médico?

( ) sim ( ) Não. Se não quem realizou o diagnostico? _____________

f) Método utilizado para o tratamento:

( ) repouso ( ) medicação ( ) imobilização ( ) fisioterapia ( ) cirurgia

( ) outro _____________________

g) Apresentou algum sintoma após retornar a prática deste esporte?

( ) Sim ( ) Não

h) A lesão foi durante qual movimento?_______________

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LESÃO 2 (desconsiderar caso tenha sofrido apenas 1 lesão)

i) Local da lesão: __________________. ( ) em treino ( ) em competição

j) Tempo sem treinar ___________dias.

k) Deixou de participar de alguma competição? ( ) Não ( ) Sim

l) Diagnóstico para a lesão:

( ) contusão

( ) corte

( ) lesão muscular

( ) dor lombar

( ) tendinite

( ) entorse

( ) luxação

( ) fratura

( ) não houve diagnóstico

( ) outro ______________

m) O diagnóstico foi realizado por médico?

( ) sim ( ) Não. Se não quem realizou o diagnostico? _____________

n) Método utilizado para o tratamento:

( ) repouso ( ) medicação ( ) imobilização ( ) fisioterapia ( ) cirurgia

( ) outro _____________________

o) Apresentou algum sintoma após retornar a prática deste esporte?

( ) Sim ( ) Não

p) A lesão foi durante qual movimento?_______________

LESÃO 3 (desconsiderar caso tenha sofrido apenas 1 lesão)

q) Local da lesão: __________________. ( ) em treino ( ) em competição

r) Tempo sem treinar ___________dias.

s) Deixou de participar de alguma competição? ( ) Não ( ) Sim

t) Diagnóstico para a lesão:

( ) contusão

( ) corte

( ) lesão muscular

( ) dor lombar

( ) tendinite

( ) entorse

( ) luxação

( ) fratura

( ) não houve diagnóstico

( ) outro ______________

u) O diagnóstico foi realizado por médico?

( ) sim ( ) Não. Se não quem realizou o diagnostico? _____________

v) Método utilizado para o tratamento:

( ) repouso ( ) medicação ( ) imobilização ( ) fisioterapia ( ) cirurgia

( ) outro _____________________

w) Apresentou algum sintoma após retornar a prática deste esporte?

( ) Sim ( ) Não

x) A lesão foi durante qual movimento?_______________

Obrigada pela participação.