Caracterizaçao Físico-química e AAT (in Vitro) de Frutos Do Cerrado Piauiense

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    1(Trabalho 029-13). Recebido em: 03-01-2013. Aceito para publicao em: 16-09-2013.2Nutricionista. Mestrado no Prog. de Ps-Graduao em Alimentos e Nutrio- UFPI. Tersina-PI. E-mail:[email protected]. Agrnomo.Doutorado na Faculdade de Cincias Farmacuticas da USP. Depto de Tecnologia de Alimentos-UFC. Campus do Pici.Fortaleza-CE.E-mail: [email protected], E-mail: [email protected]. Doutorado na Faculdade de Cincias Farmacuticas da USP. Profa. Associada. Depto. de Nutrio/Programa dePs-Graduao em Alimentos e Nutrio/UFPI. Campus Universitrio Ministro Petrnio Portella. Bloco 13. Teresina-PI. E-mail:[email protected]

    CARACTERIZAO FSICO-QUMICA E ATIVIDADEANTIOXIDANTE (in vitro) DE FRUTOS

    DO CERRADO PIAUIENSE1

    MARINA SOUZA ROCHA2

    , RAIMUNDO WILANE DE FIGUEIREDO3

    ,MARCOS ANTNIO DA MOTA ARAJO4, REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA-ARAJO5

    RESUMO - Informaes a respeito das caractersticas qumicas e do valor nutritivo dos frutos do cerradoso ferramentas bsicas para a avaliao do consumo e para a formulao de novos produtos. No entanto,poucos dados esto disponveis na literatura especializada com relao composio qumica destes frutose sua aplicao tecnolgica, ressaltando a necessidade de pesquisas cientcas sobre o assunto. Realizou-seo presente estudo com o objetivo de caracterizar fsico-quimicamente e determinar a atividade antioxidantein vitro, pelo mtodo DPPH, da cagaita (Eugenia dysenterica), cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile),chich (Sterculia striataNaud.), jatob-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpaMart.) e macaba (AcrocomiaaculeataMart.). Os frutos foram colhidos na EMBRAPA MEIO NORTE PI, e na Cidade de Corrente-PI.Analisaram-se as caractersticas fsicas (peso, comprimento e dimetro), qumicas (umidade, cinzas, lipdeos,

    protenas, carboidratos), Valor Energtico Total (VET), contedo de compostos fenlicos totais, avonoides,antocianinas, -caroteno, licopeno, vitamina C e atividade antioxidante pelo mtodo DPPH. As amostras foramanalisadas em dois lotes, e cada anlise, em triplicata. Para a anlise dos dados, foi elaborado um banco dedados, utilizando-se do programa estatstico EPI INFO, verso 6.04b, e o programa EXCEL. Os resultadosobtidos para os compostos bioativos estudados demonstraram que todos os frutos apresentaram quantidadeelevada de vitamina C (mg/100g), destacando-se o cajuzinho-do-cerrado (500). Os frutos que apresentarammaior capacidade antioxidante, expressos em capacidade de reduzir em 50% a atividade do radical livreDPPH (EC50mg/L), foram cagaita (Eugenia dysentericaDc.) e cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile).Concluiu-se, portanto, que os frutos pesquisados apresentaram bom valor nutritivo, um elevado contedode compostos bioativos e demonstraram atividade antioxidante.Termos para Indexao:frutos nativos, compostos bioativos, capacidade antioxidante (DPPH).

    PHYSICAL AND CHEMICAL CHARACTERIZATION AND ANTIOXIDANTACTIVITY (in vitro) OF FRUIT OF THE PIAUI SAVANNA

    ABSTRACT - Details about the chemical characterist composition and nutritional value of the cerradofruits are basic tools for evaluating the consumption and formulation of new products. However, few dataare available in the literature with regard to chemical composition of these fruits and their technologicalapplication, highlighting the need for scientic research on the subject. It was performed the present studyaiming at characterizing the physical-chemical and determine the antioxidant activity in vitroby the DPPHmethod, the cagaita (Eugenia dysenterica) cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile), chich (SterculiastriataNaud .), jatoba-do-cerrado (HymenaeastigonocarpaMart.) and macaba (AcrocomiaaculeataMart.).The fruits were harvested at EMBRAPA - MID NORTH - PI and Correntes City - PI. It was analyzed

    the physical characteristics (weight, length and diameter), chemical (moisture, ashes, lipids, proteins,carbohydrates), total energy value (TEV), the content of total phenolics, avonoids, anthocyanins, -carotene,lycopene, vitamin C and antioxidant activity by DPPH. The samples were analyzed in two batches andeach in triplicate analysis. For data analysis, it was designed a database, using the statistical program EPIINFO, version 6.04b. The obtained results for the studied bioactive compounds showed that all the fruitsexpressed hight amount of vitamin C (mg/100g), highlighting the cajuzinho-do-cerrado (500). The fruitswith the highest antioxidant capacity, expressed in ability to reduce by 50% the activity of free radical DPPH(EC50mg / L) were cagaita (Eugenia dysenterica Dc.) and cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile). Theresearch concludes, therefore, that the fruits studied showed good nutritional value, a meaningful content ofbioactive compounds and demonstrate antioxidant activity.Index terms:native fruits, bioactive compounds, antioxidant capacity (DPPH).

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    INTRODUO

    O consumo de frutas e vegetais tem sidoassociado menor incidncia de mortalidade pordiversas doenas crnicas no transmissveis. Aproteo que esses alimentos oferecem contra asenfermidades degenerativas, como cncer, doenascardiovasculares e cerebrovasculares, est associadaao seu elevado contedo de constituintes qumicoscom propriedades importantes, como antioxidantes(vitaminas C e E, carotenoides e polifenis)(HINNEBURG et al., 2006).

    Informaes a respeito das caractersticasfsico-qumicas e do valor nutritivo e funcionaldos frutos do cerrado so ferramentas bsicas paraincentivar o consumo e a formulao de novos

    produtos, pois o conhecimento das caractersticasfsicas, dos macronutrientes, dos micronutrientese dos compostos antioxidantes existentes nessesfrutos possibilitar uma melhor indicao de seuconsumo e utilizao na indstria alimentcia. Noentanto, poucos dados esto disponveis na literaturaespecializada com relao composio qumicadestes frutos e sua aplicao tecnolgica, ressaltandoa necessidade de pesquisas cientcas sobre o assunto(SILVA et al., 2008).

    Dentre as possibilidades atuais de utilizao

    das fruteiras do cerrado destacam-se: o plantio emreas de proteo ambiental; o enriquecimento daora das reas mais pobres; a recuperao de reasdesmatadas ou degradadas; a formao de pomaresdomsticos e comerciais; e o plantio em reasde reorestamento, parques e jardins, e em reasacidentadas. Nesse sentido, muitos agricultorese chacareiros j esto implantando pomares defrutas nativas dos cerrados, e os viveiristas estointensicando a produo de mudas (AGOSTINI-

    COSTA et al., 2010).Antioxidantes so compostos que atuaminibindo e/ou diminuindo os efeitos desencadeadospelos radicais livres ou das espcies reativas noradicais. Tais aes podem ser alcanadas por meiode diferentes mecanismos de ao: impedindo aformao dos radicais livres ou espcies no radicais(sistemas de preveno), impedindo a ao desses(sistemas varredores) ou, ainda, favorecendo o reparoe a reconstituio das estruturas biolgicas lesadas(sistemas de reparo). So importantes, no combate

    aos processos oxidativos, com menores danos aoDNA e s macromolculas, amenizando assim osdanos cumulativos que podem desencadear doenascomo o cncer, cardiopatias e cataratas (BARBOSAet al., 2010; SANTOS et al., 2008).

    Os antioxidantes so qualquer substncia

    que, quando presentes em baixas concentraes,comparadas de um substrato oxidvel, retardamou inibem significativamente a oxidao destesubstrato. Entre as principais enzimas responsveispela defesa antioxidante do organismo, destacam-sea superxido dismutase (SOD), a catalase (CAT)e a glutationa peroxidase (GPx), que constituema primeira defesa endgena de neutralizaodas espcies reativas de oxignio (EROS). Pormeio delas, as clulas tentam manter baixas asquantidades do radical superxido e de perxidos dehidrognio, evitando, assim, a formao do radicalhidroxil. As defesas no enzimticas so compostasprincipalmente por antioxidantes, como,por exemplo,a glutationa (GSH), a vitamina A, a vitamina C,a vitamina E, o zinco e o selnio (CANNIATTI-

    BRAZACA;COUTO, 2010).De acordo com especialistas da rea, aincidncia e a progresso de doenas crnicas so,em parte, desencadeadas justamente pelo balanoinadequado desses componentes funcionais nossistemas biolgicos, dentre os quais podemos citar oscompostos fenlicos, os carotenoides, os avonoides,as antocianinas, os terpenos, a vitamina C, dentreoutros toqumicos comumente presentes em quasetodos os frutos encontrados na fruticultura brasileira.Em quantidades satisfatrias, as substncias

    presentes nos frutos podem ser capazes de protegeras clulas contra processos degenerativos, atuandona possvel preveno de infeces e doenas,proporcionando a sustentabilidade e a manuteno demetabolismos reparatrios e compensadores, comoa funo antioxidante (NEVES, 2012).

    Realizou-se o presente estudo com o objetivode caracterizar fsico-quimicamente e determinar aatividade antioxidante in vitro, pelo mtodo DPPH,da cagaita (Eugenia dysenterica), cajuzinho-do-

    cerrado (Anacardium humile), chich (Sterculiastriata Naud.), jatob-do-cerrado (Hymenaeastigonocarpa Mart.) e macaba (Acrocomia aculeataMart.).

    MATERIAL E MTODOS

    MaterialOs frutos analisados no presente estudo

    foram: cagaita (Eugenia dysenterica), cajuzinho-

    do-cerrado (Anacardium humile), chich (Sterculiastriata Naud.), jatob-do-cerrado (HymenaeastigonocarpaMart.) e macaba (Acrocomia aculeataMart.). Os frutos foram colhidos na EMBRAPA MEIO NORTE PI, localizada no Municpio deTeresina, Capital do Estado do Piau, que se encontra

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    em latitude 050521 e longitude 424807e nacidade de Corrente-PI, localizada no extremo sulPiauiense, latitude 102636e longitude 450934.Utilizou-se de toda a parte comestvel do fruto (cascae polpa), onde os frutos inteiros ou processados foramarmazenados em freezer a -12C at o momento daanlise. Para a anlise dos dados, elaborou-se umbanco de dados, utilizando-se do programa estatsticoEPI INFO, verso 6.04b e o programa EXCEL.

    MtodosCaracterizao fsica dos frutos, anlise

    fsico-qumica, macronutrientes e valor energticoA massa mdia foi determinada utilizando-

    se da massa de 10 frutos, para a caracterizao daamostra, considerando-se as medidas de comprimento

    (dimetro maior) e largura (dimetro menor),determinadas com Paqumetro modelo 530-101,segundo Instituto Adolfo Lutz (2008). Umidade,cinzas, lipdeos, protenas totais e carboidratosforam analisados segundo a AOAC (2007). O ValorEnergtico Total - VET em kcal/100 g foi calculadosegundo os valores de converso de Atwater de 4kcal/g de protenas, 4 kcal/g de carboidratos e 9kcal/g de lipdeos, conforme a seguinte frmula:VET = {4 (protenas + carboidratos) + 9 (lipdeos)}(WATT; MERRILL, 1963).

    Obteno e preparo dos extratosExtrao do extrato etreoUtilizou-se de 15 g da amostra in natura

    (polpa e casca) com 100 mL de ter etlico esubmeteu-se agitao por 1 h, em agitadorautomtico. Aps a agitao, a soluo foi ltrada ecentrifugada a 4.000 rpm, por 10 min, para separar olquido do slido, sendo o lquido reservado (extratoetreo) em um recipiente fechado ao abrigo da luz, e

    o resduo restante foi submetido secagem para serutilizado na extrao do extrato alcolico, segundoJardini e Mancini Filho (2007), adaptado.

    Extrao do extrato alcolicoMisturou-se o resduo seco do extrato etreo

    e 100 mL de lcool etlico e repetiu-se a mesmaoperao realizada na elaborao do extrato etreo.Em seguida, reservou-se o lquido em um recipientefechado, e o slido foi submetido secagem para serutilizado na extrao do extrato aquoso, segundo

    Jardini e Mancini Filho (2007), adaptado.

    Extrao do extrato aquosoAgitou-se por 1 h o resduo seco do extrato

    alcolico com 100 mL de gua e repetiu-se a mesmaoperao realizada na elaborao do extrato etlico.

    Reservou-se o lquido em um recipiente fechado, eo slido (resduo), descartado. Colocou-se 1 mL,em triplicata, de cada extrato obtido em cpsulas,previamente taradas, e o material foi levado estufa,a 105C, por 1 h. Em seguida, realizou-se o clculopara a obteno da concentrao dos extratos,segundo Jardini e Mancini Filho (2007), adaptado.

    Determinao de compostos fenlicostotais

    A quantificao de compostos fenlicostotais foi realizada pelo mtodo espectrofotomtrico,utilizando o reagente deFolin-Denins. Para o clculodo teorde compostos fenlicos totais, adicionaram-se em um balo volumtrico de 10 mL, 0,5 mL deamostra, em triplicata, do extrato alcolico e aquoso,

    8 mL de gua destilada e 0,5 mL do reagenteFolin-Denins. Em seguida, a soluo foi homogeneizadae deixada em repouso por 3 min, e aps este tempoacrescentou-se 1 mL de soluo saturada de carbonatode sdio anidro. A soluo cou em repouso por 1h e logo aps foram realizadas as leituras dasabsorbncias em espectrofotmetro de marca BelSPECTRO S02 VIS, a 720 nm, ao abrigo da luz.Para o clculo da quantidade de compostos fenlicostotais, foi utilizada a equao da reta da curva-padroconstruda com o cido glico nas concentraes

    de 0; 10; 15; 20 e 35 mg/L, segundo Swain e Hillis(1959), adaptada por Lima et al. (2007).

    Determinao de avonoides e antocianinas

    Para o preparo do extrato, misturou-se 0,5gda amostra com 10 mL de soluo de etanol 95% +cido clordrico (HCl) 1,5 N previamente preparada(85:15). Homogeneizou-se e, logo aps, transferiu-se o contedo sem ltrar para um balo volumtricode 25 mL e completou-se o volume do mesmo, at

    o trao de referncia, com etanol 95% + HCl 1,5N(85:15). Deixou-se a soluo descansando por umanoite sob refrigerao. Filtrou-se o material, aoabrigo da luz, determinando-se a absorbncia, logoem seguida, em espectrofotmetro digital, marcaShimadzu 02900, Serial NoA 114547 / UV- 1.800, a535nm. Realizou-se o clculo do teor de antocianinasmultiplicando a Absorbncia x fator de diluio/98,2,obtido, dividindo-se a massa da amostra (0,5g) pelovolume da soluo necessria (25 mL). O resultadofoi correlacionado para 1 mL (quantidade de g

    que tem em 1 mL da soluo) e determinou-se aquantidade de mL em 100g. O resultado nal foiexpresso em mL / 100g, segundo Francis (1982).

    Para anlise de avonoides, realizou-se omesmo procedimento e aplicou-se a mesma frmula(absorbncia x fator de diluio/98,2) para clculo,

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    sendo que as leituras das absorbncias foramrealizadas a 374 nm.

    Determinao de carotenoidesPara a obteno do extrato, pesaram-se 2 g da

    amostra e acrescentaram-se 20 mL da mistura acetona- hexano na proporo (4:6). Agitou-se por 10 min emagitador magntico, em seguida ltrou-se a soluo.Com o ltrado, fez-se a leitura em espectrofotmetrodigital, marca Shimadzu 02900, Serial NoA 114547/ UV- 1.800, nos seguintes comprimentos de onda:453; 505; 645 e 663 nm, segundo Nagata e Yamashita(1992), adaptado.

    Para o clculo do teor de - caroteno (em mg/ 100 mL), utilizou-se a equao 1:

    0,216 x A663- 1,22 x A645 0,304 x A505+ 0,452 x A453EQ. 1

    Para o clculo do teor de licopeno (em mg /100 mL), utilizou-se a equao 2:

    0,0458 x A663

    + 0,204 x A645

    + 0,372 x A505

    0,0806 x A453

    EQ.2

    Em que: A = absorbncia de cada leiturarealizada.

    Os resultados foram multiplicados por 1.000e expressos em g / 100 g de amostra fresca.

    Determinao de Vitamina CA concentrao de cido ascrbico (Vitamina

    C): foi determinada pelo Mtodo de Tillmans, quese baseia na reduo do 2,6-diclofenol indofenol-sdio (DCFI) pelo cido ascrbico, segundo InstitutoAdolfo Lutz (2008).

    Determinao da Atividade Antioxidantepelo mtodo de captura de radicais DPPHEste mtodo baseia-se na reduo do radical

    [2,2-difenil-1-pricril-hidrazil (DPPH.)], que aoxar um H.(removido do antioxidante em estudo),leva a uma diminuio da absorbncia, permitindocalcular, aps o estabelecimento do equilbrio dareao, a quantidade de antioxidante consumidana reduo de 50% do radical DPPH. A partir dosextratos alcolico e aquoso, a anlise foi realizadaem triplicata, acrescentando-se 1,5 mL de DPPH e

    0,5 mL de amostra para cada extrato, e realizando-se a leitura da absorbncia em espectrofotmetro demarca Bel SPECTRO S02 VIS a 517 nm, ao abrigoda luz, aps 30 min do incio da reao. Foi realizadoeste procedimento de leitura com quatro diluies/concentraes diferentes, para cada extrato, obtidas

    a partir da concentrao do extrato inicial.A queda na leitura da densidade ptica

    das amostras foi correlacionada com o controle,estabelecendo-se a porcentagem de descoloraodo radical DPPH, conforme a equao 3 a seguir:

    % de proteo = (Abscontrole Absamostra) x 100 / AbscontroleEQ. 3

    Aps o clculo do percentual de proteo,construiu-se um grco com os resultados obtidos,lanando-se os valores de concentrao (em mg/L)no eixo X, e as porcentagens de proteo, no eixoY. Foi determinada a equao da reta utilizada parao clculo do valor do EC

    50(quantidade de amostra

    necessria para reduzir em 50% a concentrao

    inicial do radical DPPH), segundo Lima et al. (2007),desenvolvida por Blois (1958).

    RESULTADOS E DISCUSSO

    O conhecimento das caractersticas fsicasdos frutos de grande importncia, tanto para sesaber a diversidade de tamanho e massa em cadaespcie, como para se viabilizar a confeco deembalagens para armazenamento e comercializao,de modo que no ocorram danos em sua estrutura

    fsica e promova melhor visualizao frente aoconsumidor.

    Os resultados da caracterstica fsica dosfrutos analisados corroboram Corra et al. (2008)para caju. Para os demais frutos, no se obtiveramdados na literatura pesquisada para comparao.Observou-se que o jatob apresentou maiores valoresde massa e largura entre as amostras analisadas(Tabela 1).

    A composio centesimal dos frutos nativos

    das regies brasileiras, h tempos, vem sendopesquisada e ainda no se conseguiu analisar todosos frutos que esto disponveis, restando aindauma vasta variedade de frutos nativos para seremestudados. Lopes et al. (2012) j alertavam quepesquisas vinham demonstrando que as regiestropicais e subtropicais necessitavam de programasurgentes para estabelecer e processar fontes nativasde nutrientes e que essas medidas seriam satisfatriaspara melhorar a dieta da populao.

    Dos frutos do Cerrado Piauiense analisados,

    verica-se, na Tabela 02, que a cagaita mostrou umelevado teor de umidade (90,0 8,4) e baixo valorcalrico (36,6 7,2); para o chich, foram obtidosbaixo teor de umidade (8,4 1,5), elevados teoresde lipdeos (23,7 3,8) e calorias (472,1 22,9),e comparando-se com os demais frutos, foi o que

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    apresentou o maior valor calrico. O cajuzinho-do-cerrado demonstrou um elevado contedo deumidade (82,6 9,7), baixo teor lipdico (0,3 0,0)e valor calrico de 69,9 9,8. Silva et al. (2008)observaram valores semelhantes para umidade (86,57 0,11) e lipdeos (0,63 0,05), e discordante para ovalor calrico (38,27). Dado que pode ser justicadodevido diferena de local de colheita, solo, climae poca de fruticao; o jatob apresentou maiorteor de cinzas (5,0 0,8) dentre os frutos analisadose baixo teor de umidade (12,0 2,1). Para macaba,obteve-se teor de cinzas (2,3 0,2), carboidratos(36,4 5,2) e calorias (296,9 12,9), cando emterceiro lugar dentre os frutos analisados. Nestesteores, observou-se um elevado contedo de lipdeos(16,6 3,2), cando em segundo lugar dentre os

    frutos analisados. Comparando-se com os dadosvericados por Silva et al. (2008), observaram-sevalores equivalentes para cinzas (1,78 0,02),lipdeos (14,93 0,21), carboidratos (35,06 0,40)e calorias (285,65).

    A Figura 01 mostra os resultados paracompostos fenlicos totais (mg GAE / 100 g dofruto) em extrato alcolico e aquoso. Observou-seque o fruto que obteve maior destaque na extraoalcolica foi o chich (85,37 7,77), seguido damacaba (60,85 11,15), cajuzinho-do-cerrado

    (51,15 0,00) e jatob (34,10 2,13). Com relao extrao aquosa, o fruto que mais se destacou foio chich (281,31 7,05). O que apresentou menorvalor foi o cajuzinho-do-cerrado (11,81 2,67).Estes resultados expressam a capacidade de extraodo lcool etlico frente aos compostos fenlicosexistentes nos frutos analisados.

    Segundo Marques et al. (2012), analisandoo fruto da castanhola, empregando a mesmametodologia de extrao utilizada no presente estudo,

    foi mostrado que a gua foi o melhor solvente paraa extrao dos compostos fenlicos da castanhola.Observou-se que os frutos do cerrado

    demonstraram teor de compostos fenlicos totaiscomparveis com os resultados obtidos por Fallere Fialho (2009), mg GAE/mL, na determinao depolifenis em frutas no Brasil: o abacaxi apresentou85,1 (5,8), a banana 215,7 (3,5), a laranja 114,6(1,3), o mamo 15,3 (0,3), a manga 110,5 (9,6)e a tangerina 134,1 (6,5). Enquanto Vieira et al.(2011), em polpas congeladas de frutas, detectaram

    que a acerola apresentou 835,25 32,44 mg/100 gde fenlicos totais para o extrato aquoso e 449,63 10,24 mg/100 g para o extrato hidroalcolico; apolpa de caju apresentou os valores de 201,61 19,15 e 165,07 4,10 mg/100 g, para os extratosaquoso e hidroalcolico, respectivamente; a polpa

    de goiaba 104,76 4,39 e 20,2 1,95; as polpasde bacuri com 10,35 0,42 e 7,23 0,08 mg/100g, e de tamarindo com 23,57 0,36 e 23,35 0,21mg/100 g para os extratos aquoso e hidroalcolico,respectivamente. O fato de os resultados das polpascongeladas demonstrarem, em alguns frutos, teoresmais elevados do que os vericados no presenteestudo, pode ser explicado pela maior concentraodo fruto na polpa e pelos diferentes tipos de extrao.

    O fruto que apresentou maior teor em mg /100 g para antocianinas e avonoides, foi o jatob,com 0,88 0,4 e 19,64 1,5, respectivamente(Tabela 03). Segundo Rocha et al. (2011), oscompostos fenlicos geralmente esto associadosao mecanismo de adaptao e resistncia da plantaao meio ambiente, podendo inuenciar no sabor, nas

    caractersticas tecnolgicas, como escurecimento ouprecipitao durante o processamento, assim comono potencial nutritivo e funcional destas frutas.

    Destacou-se, em todos os frutos, umelevado teor de Vitamina C, em comparao coma Recomendao Diria de 45 mg (BRASIL, 2005)(Tabela 03). Comparando-se o resultado com dadosobtidos por Canniatti-Brazaca e Couto (2010),observou-se que os teores de cido ascrbicoexpressos em vitamina C existentes nos frutos doCerrado Piauiense foram superiores maioria das

    frutas ctricas, com resultados expressos em cidoascrbico (mg.100 mL1 suco): Tangerina ponc32,47 1,791; Tangerina murcote 21,47 1,11;Laranja-pera 62,50 0,96; Laranja-lima 64,58 0,46; Laranja-natal 84,03 3,18; Laranja-valncia78,47 1,20; Laranja-baia 80,03 1,03.

    Todos os frutos analisados (Tabela 03),com exceo do chich, apresentaram valores de-caroteno em g / 100 g do fruto, com destaquepara a cagaita (201,23 25,1). Quanto ao licopeno,

    a maioria dos frutos no o apresentou. Apenas ochich e o jatob apresentaram contedo de licopenode 119,78 9,78 e 9,96 1,23, respectivamente.Rodrigues-Amaia et al. (2007), em estudo realizadosobre o teor de carotenoides em frutas e outrosvegetais, chamaram a ateno que sobre frutos damesma cultivar, pois quando produzidos nos estadosdo Nordeste, apresentaram teores de carotenoidesexpressivamente mais elevados do que aquelesproduzidos no clima temperado do Estado de SoPaulo e relataram que isso comprova a estimulao da

    biossntese de carotenoides com exposio ao sol;noentanto, podem promover tambm a fotodegradao.

    Os resultados obtidos para capacidadeantioxidante, expressos na capacidade de reduzir em50% o radical DPPH (EC50 mg / L), de frutos doCerrado, extrados com extrato alcolico e aquoso,

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    demonstrados na Figura 02, apontam um elevadopoder antioxidante para os frutos que apresentaramcapacidade de reduo em 50% do radical livreDPPH com a menor concentrao. Cada fruto teveum comportamento diferenciado no que diz respeitoao tipo de extrato, demonstrando precisar de maior oumenor concentrao para reduzir em 50% a atividadedo radical livre (DPPH).

    Atualmente, difcil comparar, baseando-sena literatura cientca, a atividade antioxidante dediferentes amostras, devido aos autores utilizaremdiferentes diluies das amostras para a realizao daanlise, diferentes tipos de solventes e mtodos paraa obteno dos resultados, visto que cada amostraapresenta um poder antioxidante e comporta-se deforma diferente em cada tipo de anlise. Contudo,

    os resultados obtidos apontam que os frutos queapresentaram a melhor capacidade de reduzir oradical livre em 50% foram a cagaita com 430,92mg / L (extrato alcolico) e 970,27 mg / L (extrato

    aquoso) e o cajuzinho-do-cerrado com 881,7 mg/ L (extrato alcolico) e 1050,17 mg / L (extratoaquoso),podendo tal capacidade ser se atribudaao teor de -caroteno e vitamina C desses frutos.Comparando-se os resultados obtidos no presenteestudo, com os resultados obtidos por Runo et al.(2010), que observaram capacidade antioxidante emreduzir 50% de grama do radical por grama do fruto(EC50g/g DPPH), observou-se que o aa necessitoude 598 164; a acerola de 49,2 2,5, o caj de 1064 162 e o caju de 906 78,2.

    Interessante ressaltar, segundo Oliveira et al.(2011), que a atividade antioxidante in vivode frutastropicais deve ser compreendida como o resultadoda soma de vrios compostos bioativos, o querefora a importncia da variedade na composio

    de refeies, e expe as limitaes de proposiesque valorizam, mais exclusiva e isoladamente, um ououtro componente especco da alimentao.

    TABELA 1- Caracterizao fsica de frutos do Cerrado Piauiense.

    FRUTOS PESO (g)*COMPRIMENTO

    (mm)LARGURA

    (mm)

    CagaitaChichCajuJatob

    Macaba

    9,32,81,70,17,91,357,56,721,52,8

    23,15,218,671,834,27,994,259,535,28,5

    2715,812,53,821,84,237,23,434,14,1

    *Valores apresentados em Mdia e Desvio- padro: trs repeties/amostra

    TABELA 2- Composio centesimal (g/100 gramas do fruto) e Valor Energtico Total (VET), da amostramida de frutos do Cerrado Piauiense.

    FRUTOSUmidade*

    (g)Cinzas

    (g)Lipdeos

    (g)Protena

    (g)Carboidrato

    (g)VET(kcal)

    CagaitaChichCajuJatob

    Macaba

    90,9 8,48,4 1,5

    82,6 9,712,0 2,144,1 6,9

    0,3 0,13,1 0,20,3 0,05,0 0,82,3 0,2

    0,3 0,123,7 3,80,3 0,01,36 0,216,6 3,2

    2,5 0,213,8

    3,11,1 0,11,7 0,30,6 0,1

    5,9 1,750,9 9,815,7 4,979,8 17,336,4 5,2

    36,6 7,2472,1 22,969,9 9,8

    337,87 6,4296,9 12,9

    *Valores apresentados em Mdia e Desvio-padro: trs repeties/amostra

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    CARACTERIZAO FSICO-QUMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE...

    FRUTOSVITAMINA C*

    mg/100g

    FLAVONOIDES

    mg/100g

    ANTOCIANINAS

    mg/100g

    LICOPENO

    g/100g

    -CAROTENO

    g/100g

    CagaitaChichCaju

    JatobMacaba

    126,3 45,889,3 9,8

    500,0 89,7330,4 61,5185,1 14,8

    9,51 0,42,81 0,63,12 0,719,64 1,54,56 0,3

    0,38 0,80,88 0,40,22 0,72,12 0,70,57 0,9

    nd**119,789,78

    nd**9,961,23

    nd**

    201,23 25,1nd**

    136,13 18,3110,68 11,9132,65 17,2

    *Valores apresentados em Mdia e Desvio-padro: trs repeties/amostra. **No detectado.

    TABELA 3 - Compostos bioativos em frutos do cerrado Piauiense.

    FIGURA 1-Teor de compostos fenlicos totais (mgGAE/100g), do extrato alcolico e aquoso, da cagaita,chich, caju, jatob e macaba.

    FIGURA 2 - Atividade antioxidante expressas em EC50

    , dos extratos alcolico e aquoso, pelo mtodo DPPH,da cagaita, chich, caju, jatob e macaba.

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    CONCLUSO

    Os frutos do Cerrado analisados demonstrampossuir caractersticas fsico-qumicas, nutritivase funcionais que possibilitam sua utilizao naindstria de alimentos. Os frutos que se destacampelo contedo de fenlicos totais, para o extratoalcolico, so o chich, a macaba e o caju e, parao extrato aquoso, a cagaita e o jatob-do-cerrado.Quanto aos avonoides e antocianinas, o jatob-do--cerrado apresenta o maior contedo. Os frutos queapresentam maior teor de -caroteno foram a cagaitae o cajuzinho-do-cerrado; de licopeno so o chiche o jatob-do-cerrado; e de vitamina C o caju. Acagaita e o cajuzinho-do-cerrado so os frutos quedemonstram maior poder antioxidante in vitro, tanto

    no extrato aquoso quanto no alcolico.

    AGRADECIMENTOS

    Ao CNPq, pelo nanciamento concedido pormeio do Edital Universal, processo n 481.333/2007-Edital MCT/CNPq 15/2007. CAPES, pela bolsade mestrado concedida.

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