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Carboidratos
Funções
Classificação
Fontes Alimentares
Importância Para A Prática Da Atividade Física
Índice Glicêmico
Carboidratos
(hidratos de carbono, glicídios, glícidos, glucídeos, glúcidos, glúcides, sacarídios ou açúcares)
Variam de açúcares simples contendo de 3 a 7 carbonos até polímeros muito complexos.
Cn H2n On
São compostos orgânicos que consistem de carbono, hidrogênio e oxigênio.
Funções
Estrutural (celulose)
Energética (glicose)
Reserva Energética (amido e glicogênio)
Fornecem energia para o desenvolvimento do trabalho interno (respiração, circulação do sangue, batimento do coração, etc), externo (andar, trabalhar, fazer esforço, etc) e calor para manter a temperatura do corpo.
Classificação
Monossacarídeos
Exemplos: glicose, frutose e galactose.
Dissacarídeos são açúcares que quando quebrados fornecem duas unidades de monossacarídeos.
Exemplos: sacarose (fornece glicose + frutose)
maltose (fornece glicose + glicose)
lactose (fornece glicose + galactose).
Oligossacarídeos são aqueles que quando quebrados fornecem de três a dez unidades de monossacarídeos.
Exemplo: dextrinas de amido (cinco moléculas de glicose)
Polissacarídeos são aqueles que quando quebrados liberam acima de dez unidades de monossacarídeos.
Exemplos: amido, glicogênio e maltodextrina
Fontes alimentares
1 grama de carboidrato = 4 calorias para o organismo
cereais (milho, aveia, arroz), pães, farinhas, mandioca, batata, frutas, entre outros. Os cereais, pães, farinhas, mandioca e a batata são considerados carboidratos polissacarídeos e as frutas, o mel, entre outros são considerados carboidratos monossacarídeos.
Devem compor até 60% do total diário de calorias consumidos na alimentação.
Absorção: intestinos; a veia porta hepática fornece ao fígado glicose que vai ser liberada para o sangue e suprir as necessidades energéticas de todas as células do organismo.
Hormônios envolvidos:
pancreáticos - insulina e glucagon
Outros: os hormônios sexuais, epinefrina, glicocorticóides
tireoidianos e GH.
METABOLISMO
Em torno de 70 - 110 mg/dl.
Índice glicêmico
Glicemia - concentração normal de glicose plasmática.
Hiperglicemia X Hipoglicemia
As calorias
Caloria é uma unidade de calor que corresponde à quantidade necessária para elevar a temperatura de um grama de água pura, à pressão atmosférica normal de 01 grau centígrado. Em outras palavras, é a quantidade de energia liberada dos diferentes alimentos ou consumida nos vários processos de função orgânica.
A quantidade de calorias necessárias é variável: idade, sexo, tamanho do corpo, peso e altura.
Necessidades diárias de energia
57% Carboidrato (açúcar, doces, pães e bolos) - outros autores: 50% - 60% de Carboidratos.
30% Lipídios (óleo e produtos que contém óleo ) - outros autores: 20% - 25% de Lipídeos.
13% Proteína (ovos, leite, carne, peixes, etc. .) - outros autores: 10% - 15 % de Proteínas.
Necessidade diária de energia
energia básica + energia extra
Gasto energético básico:
Para cada kg de peso são necessários 1,3 kcal para cada hora. (ex: um atleta pesando 65kg precisaria 1,3 x 24 horas x 65 kg por dia, ou 2028 kcal)
Gasto energético extra:
Para cada hora de treino são necessários em média 8,5 kcal para cada kg de peso. ( ex. : um atleta pesando 65kg treinando 2 horas, necessitaria de 8, 5 x 2 horas x 65 kg = 1105 calorias extras em sua dieta diária)
Este atleta de 65Kg treinando 2 horas por dia necessita de uma ingestão calórica de aproximadamente de 3.133 kcal para suprir suas necessidades diárias de energia.
(Nota: 1 caloria = 1 Kcal)
As calorias ingeridas por uma pessoa de peso normal são gastas por três mecanismos:
1 -Metabolismo basal.
2 -Termogênese.
3 -Atividade física.
Gasto das calorias ingeridas
1 - O metabolismo basal ( TMB ) - queima de caloria por um indivíduo em jejum e em repouso; é responsável por 73 % dos gastos calóricos. Aumenta com o exercício físico, em situações de stress, medo ou doença.
Fatores que alteram a TMB
IdadeAlturaCrescimentoComposição corporalFebre stressTemperatura ambiental Jejum/FomeDesnutriçãoTiroxina
2- Termogênese é a energia gasta durante e logo após a alimentação. Representa 15 % dos gastos calóricos.
3 – Atividade física
Importância Para A Prática Da Atividade
Segundo Coyle (2005) os atletas e os não-atletas se interessam por informações sobre alimentação que sejam simples, práticas e fáceis para que consigam atingir seus objetivos físicos. Muitos livros e artigos populares descrevem assuntos contraditórios a respeito de como deve ser a ingestão de carboidratos na pratica de atividade física, deixando os praticantes confusos. Os estudos científicos afirmam que a quantidade e o tipo de carboidrato devem variar diretamente com a intensidade e o volume de exercício.
Quanto maior a intensidade dos exercícios maior será a participação dos carboidratos como fornecedores de energia. Foi demonstrado que o exercício prolongado reduz acentuadamente o nível de glicogênio muscular, exigindo constante preocupação com sua reposição, porém, apesar de tal constatação, tem sido observado um baixo consumo de carboidratos pelos praticantes de atividade física (CARVALHO, 2003). A restrição do carboidrato na dieta determina cetose e perda de proteínas musculares (FERREIRA, 2000).
Segundo Coyle (2005) indivíduos que ingerem uma dieta pobre em carboidratos devem apresentar uma tolerância reduzida ao exercício, assim como o comprometimento da capacidade de melhorar sua resistência física por meio de treinos. Em um estudo feito com rapazes que praticavam atividade física de 2-4 vezes por semana por sete dias comparando a ingestão de uma dieta rica em carboidratos com uma dieta pobre em carboidratos, verificou-se que a dieta pobre em carboidratos é prejudicial para praticantes de atividade física de longa duração
A refeição que antecede os treinos de grande duração deve ter alto conteúdo de carboidratos e baixo conteúdo de gordura, facilitando a digestão. Rica em carboidratos complexos tais como amido (pão, entre outros) e maltodextrina e de quantidade moderada ou baixa de proteína para manter a glicemia e maximizar os estoques de glicogênio e deve fazer parte dos hábitos alimentares dos praticantes de atividade física de longa duração e atividades de alta intensidade (CARVALHO, 2003 & WILLIAMS, 2002).
A refeição pré-atividade física tem como objetivo evitar que o praticante tenha fome antes e durante o exercício, manter a hidratação e manter concentrações ótimas de glicose no sangue para o trabalho muscular durante o exercício (GUERRA, 2002).
A ingestão de carboidratos durante o exercício que durem 1 hora ou mais podem melhorar o desempenho através do fornecimento de glicose para o músculo que estão se exercitando quando seus estoques de glicogênio estiverem baixos e retardar a fadiga nas modalidades esportivas (GUERRA, 2002). De acordo com Carvalho (2003) esta ingestão durante o exercício de longa duração previne a queda da glicemia após duas horas de exercício. O ideal é utilizar uma mistura de glicose, frutose e sacarose. O uso isolado de frutose pode causar distúrbios gastrintestinais. De acordo com Guerra (2002) O consumo de carboidratos durante o exercício com uma duração superior à 1 hora assegura o fornecimento de quantidade de energia durante os últimos estágios do exercício.
A reserva de glicogênio muscular é a principal fonte de glicose para o exercício e quando esta reserva está baixa a capacidade do praticante de se manter exercitando diminui. A depleção de glicogênio pode ser um processo gradual que ocorre após dias de treinamento intenso onde a reposição destas reservas não ocorre apropriadamente (CARVALHO 2003).
O processo de recuperação envolve a restauração dos estoques de glicogênio hepático e muscular. Após o término do exercício é necessário que a ingestão do glicogênio muscular seja completa, não comprometendo assim a recuperação do praticante (GUERRA 2002).
Alimentos ricos em carboidratos como batatas, massas, aveia e bebidas esportivas com índice glicêmico moderado e alto são boas fontes de carboidratos para a síntese de glicogênio muscular e devem ser a primeira escolha de carboidratos nas refeições de recuperação (COYLE 2005).
Se o praticante de atividade física for bem nutrido, o treino não imporá nenhuma demanda especial de qualquer nutriente. Os estoques corporais de carboidratos e gorduras satisfazem as exigências de energia da maior parte das atividades com duração inferior a uma hora (WILLIAMS 2002).
Por isso é importante que antes de iniciar qualquer ingestão de algum suplemento alimentar buscar um profissional especializado (nutricionista ou médico especialista) que tem maior capacidade para te orientar da melhor forma.
Sistema energético para o exercício
• A adenosina trifosfato é a energia comum utilizada para todo o trabalho bilológico que ocorre dentro da célula. A energia útil obtida após a quebra da ATP, a adenosiana difosfato (ADP) e o fosfato inorgâncio (PI) é a energia utilizada para a contração do músculo esquelético durante o exercício.
• Creatina-fosfato (CP) - músculo esquelético
• atividade física - energia imediata
• demanda de energia do músculo esquelético durante uma corrida 120 vezes maior que em repouso
Utilização de substratos durante o exercício
No inicio do exercício o glicogênio muscular declina
rapidamente. Após os primeiros 20 minutos de exercício o
uso do glicogênio muscular torna-se mais lento. Esse
decréscimo esta associado a um aumento na utlilazação da
glicose sanguínea. Com o exercício contínuo há um
aumento na utilização da glicose plasmática enquanto a
oxidação total de HC permanece constante ou diminui.
Ingestão de carboidratos, utilização de glicose e glicogênio muscular
• A ingestão de carboidratos durante exercícios de baixa
intensidade aumenta a glicólise sanguínea
• aumento da captação de glicolise pelo músculo esquelético
• a ingestão de carboidratos em exercícios de intensidade
moderada resultam em alterações menores na glicolise
sanguínea
• a ingestão de carboidratos durante o exercício prolongado
melhora o desempenho uma vez que poupa o glicogênio
muscular
Ingestão de carboidratos, desempenho e fadiga
• A fadiga parece estar associada ao inicio de hipoglicemia e não a depleção de glicogênio
• a alimentação com carboidratos atrasa a fadiga e melhora o desempenho da resistência auxiliando a manutenção da glicemia
• a ingestão de carboidratos e eletrólitos durante o exercício prolongam e suprimem a ativação eixo adrenal-pituitáriohipotalâmico
Ingestão de carboidratos e esvaziamento gástrico
• Taxa do esvaziamento gástrico é determinada pelo volume e composição do fluido ingerido
• soluções diluidas de glicose são esvaziadas mais rapidamente que soluções concentradas.
• A redução do esvaziamento gástrico esta vinculada a intensidade do exercício devido a inibição simpática do fluxo sanguíneo ou da motilidade gástrica
Tipo, regulação e taxa de ingestão de carboidratos
• O tempo e a taxa de ingestão de carboidratos durante exercícios podem influenciar o desempenho
• se a suplementação fornecida antes da fadiga durante o exercício a solução de carboidratos deve ser mais concentrada
• recomendam que uma suplementação de carboidratos deve ser suficiente para fornecer um mínimo de 45 a 60g do total de carboidratos para que o desempenho do exercício seja melhorado.
CONCLUSÃO
• Os depósitos de glicogênio e a glicose sanguínea através da glicogenólise e gliconeogênese são utilizados para a produção de energia pelo músculo
•o depósito de glicogênio depende do nível de condicionamento físico e da nutrição á base de carboidratos
• um melhor desempenho esta relacionado a disponibilidade de carboidratos e de uma alta taxa de utilização de carboidratos durante o exercício
exercícios de curta duração X exercícios de longa duração
carboidrato gordura
Nas práticas esportivas o organismo terá diferentes demandas por vitaminas e sais minerais que regulam o metabolismo. Assim, deve-se considerar a função antioxidante de alguns alimentos e também outras substâncias capazes de melhorar a performance – os ergogênicos pois, dependendo da atividade, o organismo vai exigir diferentes fontes de energia do alimento. “A gordura é mais utilizada como substrato energético em atividades de longa duração que priorizam o metabolismo aeróbico, porém com intensidade moderada. Já nas atividades de alta intensidade e curta duração predomina o metabolismo anaeróbico, o que demanda muito mais carboidrato como substrato energético.