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CARLOS ALBERTO FELIZARDO JUNIOR JULIAINA REGINA PRONKO A INFLUENCIA DO DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS NA LOGiSTICA Projelo de Pesquisa UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA CURITIBA 2004

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CARLOS ALBERTO FELIZARDO JUNIOR

JULIAINA REGINA PRONKO

A INFLUENCIA DO DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS NALOGiSTICA

Projelo de Pesquisa

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

CURITIBA2004

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SUMARIO

1 EXPOSI~AO DE MOTIVOS 01

1.1 DEFINIC;;AO DO PROBLEMA ..

1.2 DELIMITAC;;AO DO PROBLEMA ....

1.3 HIP6TESE DE TRABALHO ...

1.4 OBJETIVOS ...

1.4.1 Objelivo Ger.I ...

1.4.2 Objetivos Especfficos ...

1.5 JUSTIFICATIVA ...

. 01

. 02

. 05

........ 03

. 03

. 03

. 04

2. LOGiSTICA 07

2.1 A EVOLUC;;AO DA LOGISTICA NO AMBIENTE EMPRESARIAL.. . 07

2.2 CONCEITO DE LOGISTICA ..

2.3 LOGISTICA INTEGRADA ..

2.4 FLUXOS LOGISTIcos ....

. 08

. 09. 11

2.5 A IMPORTANCIA DA LOGISTICA NO AMBIENTE EMPRESARIAL.. . 15

3. RECURSOS HUMANOS .

3.1 A NOVA VlsAo DA AREA DE RECURSOS HUMANOS .

3.2 REDEFININDO 0 PAPEL DO RECURSOS HUMANOS ..

3.3 DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS: A BUSCA DA

APRENDlZAGEM CONTINUA ..

........ 18

. 18

. 17

. 20

4. TREINAMENTO 24

4.1 CONCEITOS ...

4.2 TIPOS ...

4.30 SISTEMA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO ...

4.4 AVALlAC;;AO DE TREINAMENTO ...

........ 24

. 24

. 25

. 28

5. ESTUDO DE CASO 32

5.1 METODOLOGIA E TECNICA ..

5.2TECNICA DE COLETA DE DADOS ...

5.3UNIVERSO .

5.4AMOSTRA .

5.5 LOCAL DA PESQUISA ..

5.60BJETIVO DO PESQUISADOR ...

5.7 ANALISE DOS QUESTIONARIOS ...

. 32

. 32

............ 35

. 33

.......... 33

. 33

. 36

5.8 CONSIDERAC;;OES EM RELAC;;AO A HIPOTESE OESTE TRABALHO 42

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6. CONCLUsAo 46

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .48

IV

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RESUMO

As grandes mudanc;as ocorridas pelo processo de globalizac;ao da economia

e pela evoluC;ao tecnol6gica tern levado as empresas a buscar recursos estrategicos

para adaptarem-se a esta nova realidade e se manterem competitivas. Estes novos

tempos sao conhecidos como "Era do Conhecimento", Gradativamente, as fcntes

fundamentais de riqueza deixam de ser as recurSQS naturais e a trabalho fisico,

passando a ser 0 conhecimento e a comunicac;ao. Estes equivalem a ativQs, tai5

como maquinas, dinheiro, predios, terra e estoques. Ah~m disso, 0 conhecimento

conta com urn diferencial privilegiado: pade ser constantemente atualizado e

ampliado. Este trabalho ira abordar a infiuencia e as novas atribuic;oes do Recursos

Humanos e um estudo na empresa Novozymes Latin America ltda, no setor de

logistica que teve uma mudanrya estrategica, a Novozymes Latin America ltda.

incorporou a area de logistica em sua base organizaciona1.

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EXPOSH;:AO DE MOTIVOS

A presente pesquisa trata da influencia da Area de Recursos Humanos na

Logistica, enfocando a necessidade de treinamento e desenvolvimento dos

profissionais ligados a area, buscando a melhoria dos servic;:os logfsticos.

o interesse em pesquisar este tern a deve-se ao fata de que existem deficiencias

basicas e falta de conhecimento nos profissionais atuantes na area afetando a

qualidade dos servic;:os prestados.

Pretende-se, entaQ identificar possiveis pianos de desenvolvimento e treinamento

para as profissionais da area de Logistica, com a intuito de melhoria da qualidade

dos servic;:os prestados.

Pretende-se ainda verificar nas organizac;:6es que usa ram pianos de

desenvolvimento e treinamento junto a seus profissionais, como fcram os resultados

obtidos apos a aplicaC;ao do plano. Pretende-se portanto fazer uma analise com

evidencias da importancia da influencia da Area de Recursos Humanos na Logistica.

A partir dos dados obtidos nessa pesquisa, poder-se-a, atraves de sua

divulgaC;ao contribuir para a melhoria na gestao de pessoas a esses profissionais, da

melhoria dos servic;os ofertados e a importancia da Area de Recursos Humanos nas

organizac;oes.

1.1 DEFINI<;:AO DO PROBLEMA

A Novozymes e lider mundial na area de biotecnologia, produzindo enzimas e

rnicroorganismos. Utilizando-se da "tecnologia" da propria natureza, a cia amplia

continua mente as fronteiras das soluc;oes biologicas para incrementar 0

desempenho industrial, onde quer que seja.

Sao mais de 600 produtos produzidos pela Novozymes - todos de suma

importancia para a fabricaC;ao de milhares de produtos que voce usa no seu dia-a-

dia - desde 0 tecido da sua roupa ate 0 seu alimento.

Sao mais de 40 industrias e 130 paises diferentes onde as soluc;6es biologicas

da Novozymes melhoram 0 desempenho industrial e a qualidade, ao mesmo tempo

em que economizam agua, energia, materias-primas e reduzem dejetos.

Em parceira com seus clientes - lideres em tecnologia e outros stakeholders -, os

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3.900 funcionarios da Novozymes utilizamMse da diversidade da natureza e da

avanc;:ada base biotecnol6gica para disponibilizar essa qualidade unica de neg6cios

em todos os lugares. A Novozymes imagina urn futuro onde as suas soluc;:oes

biol6gicas possam criar 0 equilibrio necessaria entre as neg6cios, um meio ambiente

rna is equilibrado e melhor qualidade de vida.

Em janeiro de 2003 a empresa Novozymes Latin America Uda. teve uma mudanc;:a

estrategica, eta incorporou a area de logistica em sua base organizacional, com isso

o SCO - Services Costumer Organization, exerce urn papel fundamental na

organizac;:ao. A area de Recursos Humanos, sempre bem atuante dentro da

Novozymes, desenvolvera uma estrutura para que os funcionarios da area de

Logistica possam ter condic;:Oesde exercer suas atividades

Hoje a empresa nao dispoe de nenhum especiaHsta na area, talvez este seja 0

maior desafio a ser vencido.

1.2 DELIMITAC;:AO DO PROBLEMA

A presente pesquisa sera realizada na empresa Novozymes Latin America Uda,

empresa Dinamarquesa no ramo de enzimas industriais com 70% do mercado

mundial, situ ada na cidade de Araucaria - Pr, regiao Metropolitana de Curitiba.

A nova estrutura da empresa faz com que a area de Logistica tenha reflexo

direto nos neg6cios da Novozymes.

Hoje na area de Logrstica nao existem profissionais com experiEmcia necessaria.

E este pode ser um fator na atual estrutura da empresa, que no futuro podera

ocasionar problemas nos processos logisticos.

Sera que a area Recursos Humanos podera fazer com que os profissionais de

logistica tenham uma melhoria nos servic;:os objetivando os neg6cios da empresa? 0treinamento e desenvolvimento serao a melhor forma de atuac;:ao?

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1.3 HIPOTESE DE TRABALHO

Pretende-se pesquisar 5e:

H.1 - 0 profissional de Logistica nao esta capacitado para desenvolver suas

atividades, pois ha falta de treinamento e desenvolvimento, e como hoje a mercado

e dinamica e customizado essa necessidade torna-5e evidente;

H.2 - a profissional de Logistica treinado e com urn plano de desenvolvimento,

obtera urn maior rendimento e possibilitara uma mel haria contfnua no processo

logistico;

H.3 - a baixa qualidade dos servic;:os logfsticoS pode 5er causada pela Falta de

treinamento e desenvolvimento dos profissionais que atuam neles;

H4 - A area de RH contribui efetivamente no processo de desenvolvimento dos

profissionais de logistica;

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Verificar se 0 Departamento de RH contribui efetivamente para 0

desenvolvimento dos profissionais de logfstica refletido na melhoria continua dos

seus servic;os.

1.4.2 Objetivos Especificos

a) Realizar na Novozymes, pesquisa com gerentes e supervisores e em

alguns de seus clientes, se realmente os servic;os logfsticos estao

deficientes;

b) Realizar na Novozymes, pesquisa entre os funcionarios da area Logistica

se estao sendo treinados;

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c) Os treinamentos estao tendo sua efetividade comprovada:

d) Realizar na Novozymes, pesquisa entre os funcionarios Logisticas que

foram treinados e os que nao foram, identificando se existe diferenc;:a nos

resultados dos servic;:os entre eles;

e) Verificar junto a Area de Recursos Humanos se a falta de treinamento e

desenvolvimento dentro da Logistica influencia diretamente na melhoria

continua dos seus servic;:os;

1.5 JUSTIFICATIVA

Nunca a area de Recursos Humanos foi alvo de tanta aten9aO quanto agora.

Nos ultimos anos 0 RH foi um dos que mais recebeu investimentos p~r parte das

empresas, traduzidos na forma de consultorias, pesquisas de dima

organizacional, pianos de carreira, treinamentos, desenvolvimentos, etc.

Diante da forte competitividade do mercado, porem, tornou-se fator de

sobrevivencia para as empresas nao apenas investir em Recursos Humanos, as

fazer com que seu desempenho seja essencial na estrategia da organizac;:ao.

Entao a tendencia das empresas que se julgam competitivas, e cad a vez mais

investir nos recursos humanos, isto e fazer do seu funcionario 0 seu maior

patrimonio

Para que sobrevivam diante das rapidas mudanc;:as no mercado, a

necessidade de capacitac;:ao, qualificac;:ao das pessoas fica cada vez mais

evidente. No entanto e preciso que as empresas criem planejamentos

especificos de treinamento e desenvolvimento.

A pesquisa proposta atraves deste projeto, justifica-se a partir da divulgac;:ao

dos resultados, onde pretende-se demostrar a importancia do acompanhamento

do departamento de Recursos Humanos dentro da organizac;:ao, como base de

melhoria na qualidade dos servic;:os prestados na Logistica.

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2. LOGiSTICA

2.1 A EVOLU<;:AO DA LOGISTICA NO AMBIENTE EMPRESARIAL

No ambiente empresarial, a logistica permaneceu em estado de dormencia

por lon905 anos sendo despertada no periodo pas-guerra, em que as atividades

logisticas militares utilizadas na II Guerra Mundial influenciaram significativamente as

conceitos logisticos utilizados atualmente. Ballou (1993) 0 desenvolvimento historico

da logistica empresarial desmembra-se em tres expressivas eras:

a) Antes de 1950: as anos adormecidos

Em meados de 1950, a logistica estava em estado de dormencia, pois naopossuia nenhuma frlosofia administrativa dominante que a conduzisse. As principais

atividades logisticas eram gerenciadas par outras areas da empresa, apresentadas

no quadro 1:

Quadro 1: Atividades-chave da logislica fragmentadas

Inan s e rodu lIoas e vendas

Esta fragmenta~ao teve como conseqO{mcia conflitos de objetivos e

responsabjljdades para as atjvjdades logisticas, causando a ineficiencia na

distrjbui~ao de produtos. Entretanto, tal conseqOencia era toleravel devido 0

ambiente empresarial nesta epoca ser dominado pelo rapido crescimento e

dominante posi~ao da industria advinda de uma demanda reprimida par anos de

depressao e pelo p6s-guerra. Este perfodo ficou conhecido como a era da produ~ao

em massa.

:,.../"

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b) Entre 1950 e 1970: a perfodo de desenvolvimento

Considerada como a perfodo de decolagem da teoria e pratica da logfstica,

em que algumas condi~6es economicas e tecnologicas contribuiram para a seu

desenvolvimento, tais como:

Afterafoes nos padroes e atitudes da demanda dos consumidores

Neste perfodo ocorreram dramaticas altera~6es na popular;;:ao, havendo uma

forte migrar;;:ao das areas rurais para as urbanas e dos centr~s das cidades para as

suburbios, obrigando as varejistas acompanhar esta migra~ao com pontos de

vendas adicionais. 1550 acarretou em servi~os de entregas em areas metropolitanas

maiores e manutenr;;:ao maior de estoques totais. Alem disso, as consumidores

passaram a dar maior importancia a variedade de mercadorias, forr;;:ando as

varejistas a utilizarem fornecedores ou centr~s de distribuir;;:ao especializados para

efetuarem entregas mais freqOentes para ressuprimento.

Pressao par custos nas industrias

No final de 1950, a mundo empresarial passou p~r um crescimento

econ6mico substancial, seguido de recessao. Haja vista tal situa~ao, as

organiza~oes pracuraram buscar novas meios de melhorarem sua produtividade,

onde a logfstica ofere cia tal melhoria, principal mente no que diz respeito a redu~210

de custos.

Avangos na teen%gia de computadores

Com 0 passar dos tempos, as atividades logfsticas tornaram-se cada vez

mais complexas devido a proliferar;;:ao de pradutos, maior quantidade de depositos e

mais servi~os inclusos na seler;;:ao de modais. Tal complexibilidade s6 poderia ser

tratada por novas tecnologias como computador, aliado ao uso de softwares

baseados em modelagem matematica, tais como: programac;:ao linear, teoria de

contrale, teoria de estoques e teoria da simular;;:ao.

E importante salientar que neste perf ado, a mundo dos neg6cios passa a ser

conhecido como a era da eficiemcia devido a excessiva preocupar;;:ao com a

desempenho do processo pradutivo.

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c) Entre 1970 e 1990: Semimaturidade da logistica

A decada de 70 marcou 0 inicio do periodo de semimaturidade da logistica,

pois as suas atividades passaram a ser cada vez mais de interesse devido a alguns

dramaticos acontecimentos ocorridos na economia mundial, tais como: a competi930

mundial; a falta de materias-primas; a subita elevac;:ao de prec;:os do petr6leo: e 0

aumento da inflac;ao mundial, que conseqOentemente elevaram os custos de

transporte e manutenc;ao de estoques. Tal situac;:ao forc;:ou as empresas a procurar

meios de f1exibilizar seus sistemas de produc;:ao e reduzir as tempos de preparac;:ao

(setup) de suas maquinas, que aliados a explosao da tecnologia da informac;:ao no

inicio de 1980, proporcionaram expressivo aprimoramento dos sistemas logisticos.

Areas como controle de custos, produtividade e controle de qualidade passaram a

ser as principais diretrizes de melhoria, tendo como foco 0 cliente final aprofundando

conceitos como melhoria continua, trabalho em equipe, etc. 0 periodo entre 1970 e

1980 foi considerado como a era de transic;:ao entre a eficiencia e a qualidade.

A partir de 1990 surge a era da competitividade, baseada em uma economia

globalizada, onde 0 principal objetivo das empresas e a sobrevivencia. Inicio de urn

periodo de profundas transformac;:5es para a logistica, passando a ser 0 centro das

aten,oes da alta administra,ao. Segundo Dias et al. (1996 p. 370):

[...) a visao dos empresarios sobre a logisUca tem se alterado nos ultimosanos, pOis ate pouco tempo, era vista como um instrumento que tratava dofluxo de materiais, da materia-prima ate 0 produto acabado, sem integrar asvarias funCOes ao longo da cadeia.

E atualmente ela e interpretada como uma abordagem gerencial que

considera de forma sistemica e integrada todas as atividades que se relacionam

direta e indiretamente com os fluxos fisicos, financeiros e de informac;:5es da

organizac;:ao.

Em resumo, a logistica passou p~r profundas transformac;:Oes conseqOentes

de fatos historicos ocorridos ao longo dos tempos, atravessando muitas decadas em

estado de latencia e sofrendo fragmenta~ao de suas atividades (entretanto, foi

cientificamente fundamentada e reconhecida como uma abordagem gerencial eficaz

na reduc;:ao de custos) ate atingir urn processo de integrac;:ao total de suas func;:6es,

conforme ilustra a figura 1:

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JO

FragmcnlaljaO1960...

Figura 1: Evolu~o logfstica a partir de 1960.

1111cgra.,ao parCial11980

Intcgra(jao total2000 ..

Estudo d:. dcmallcbCOI"IlPr.u

PJ.1Inil de pcdldos

Planlf. produ~doPI:llnlf.dcnliltC1n3Is_..lo...lo._""'-~~===",," ••••..

Arm:U:C113gcm

TransportcMllnlptJl:.,<.:1o de materiasESloq Prod. Ac ••b.1c1oS --r""7--r";:'~---~'

Planlf.dlstrlbu~:l.o

Pf'1)(U$O de pcdidos

Emb3L1gcm indullri:.1Scrvl,<oaoclicnlCl

Fonte: CHING (1999. p. 21).

2.2 CONCEITO DE LOGISTICA

A logistica, ao longo dos anos, tern sido conhecida por varios names tais

como: administra9ao de transportes, distribuit;:30, distribui9ao fisica, suprimento,

administrat;:3o de materiais, operat;:oes e logistica. Atualmente 0 termo mais utilizado

e 0 de logistica empresarial e dentre alguns conceitos, as mais completos na visao

do autor sao mostrados no quadro 2:

Quadro 2: Conceitos de logistica,BALLOU, 1993 "Trata-se de lodas atividades de movimenta<;:ao

e armazenagem, que facilitam 0 fluxo deprodutos desde 0 ponto de aquisiyao da materiaprima ate 0 ponto de consumo final, assim comodos fluxos de informa<;:ao que colocam osprodutos em movimento, com 0 prop6sito deprovidenciar nfveis de servi<;:os adequados aosclienles a um cuslo razoavel",

FABBE-COSTES.1993,

USCLM apud TAYLOR,1997,

"E uma fun<;:ao de ge~enciamenlo que seencarrega do fluxo fislCo dentro e entreempresas e que para se obler sucesso neslamissao, deve-se construir sistemas deinformac;ao e comunicaCao que auxiliem 0desenho das cadeias. das rotas e a manuten~oda efici€mcia das organiz~_<;:_Oes',"E urn processo de planejamento queimplementa e controla a eficiencia; 0 custoefelivo do fluxo de materiais; 0 armazenamentode materia-prima; 0 inventario de produtos emprocesso e acabados; e liga as informa<;:Oesdesde 0 ponto de origem ate 0 ponto final decon sumo, no prop6sito de adequar niveis de

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servityo de acordo com as necessidades doconsumidor".

BALLOU, 2001, p.21

aE 0 processo de gerenciar estrategicamenle aaquisiyao, movimenlayflo e armazenagem demateria is, pe9as e produtos acabados (e asf1uxos de informayOes correlatos) atraves daorganizayao e seus canais de marketing, demodo a pader maximizar as lucratividadespresente e futura por meio de atendimento dospedidos a baixo cuslo·.

CHRISTOPHER. 1999,

'E um conjunto de atividades funcionais que erepelido muitas vezes ao longo do canal desuprimenlos atraves do qual as materias-primassao convertidas em produtos acabados e 0 valore adicionado aos elhos dos consumidores·

Fonte. Aulor

Todos as conceitos explanados na quadro 2 possuem significativa

similaridade de interpreta9ao, sem deixar quaisquer tipos de interpreta90es

ambiguas sobre 0 significado da loglstica. Todavia, 0 presente trabalho adota a

conceito de Ballou (1993, p.24) devido 0 autor abordar claramente a movimenta9ao

dos fluxos de materiais, de informa90es e financeiro com objetivo de proporcionar

nlveis de servi90s adequados a urn custo razoavel, ou seja, ele aborda em seu

conceito a rela9ao custo/beneficio e a qualidade de atendimento do segmento-alvo.

2.3 LOGISTICA INTEGRADA

A loglstica moderna passa a ser a maior preocupa9aO das empresas, onde

os conceitos citados no t6pico demons tram a imensa ansiedade das indus trias em

explorar 0 potencial da logistica com 0 objetivo de adquirir diferenciais cornpetitivos

no mercado e oferecer produtos e servi90s personalizados a fim de satisfazer as

necessidades e expectativas dos clientes finais. E importante salientar que a

logistica empresarial fez com que a grande maioria das empresas deixasse de tratar

problemas relativos a movimenta93o, distribui9ao e armazenagem de forma

fragmentada e fracionada, integrando-as ao planejamento estrategico da cadeia de

valor das organiza90es.

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Ching (1999) relata que para uma empresa desfrutar dos beneficio5 da

logfstica em seu planejamento estrab~gico, faz-se necessaria que ela desenvolva

uma visao estrutural integrada da sua cadeia logistica, composta par tres grandes

grupos, conforme mostra a figura 2:

Log/stica de suprimenfos

Envolve as relac;:oes entre empresa e fomecedores. E responsavel pelas

atividades de compras de materia-prima; processamento de pedidos; categorizac;:aoe gerenciamento de fomecedores; e pesquisa e desenvolvimento (P&D) em conjunto

com os fornecedores na elaborac;:ao de novos produtos, componentes e embalagens

e na garantia de alta qualidade das materias-primas.

Figura 2: A cadeia loglstica tradicional.

Fonte: RODRIGUES (1996).

Logislica de prodlJ(;ao

E desenvolvido totalmente pela empresa e envolve tedas as areas na

conversao de materiais em produtos acabados. A estrategia desse grupo e baseada

na sincronizagZlo da produgao as necessidades des clientes, implicando a aplicagao

de sistemas de produgZlo flexiveis como 0 JIT (Just in time), que segundo Tubino

(1999) proporciena agilidade nas operagoes de suprimento, aumento da freqOencia

das entregas, redugZlo do tamanho e padronizagZlo dos lotes transportados,

compromisso pela qualidade, envolvimento em atividades internas do cliente e

garantia e confiabilidade de prazos.

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JJ

Em resumo, a prioridade deste grupo e direcionar a produ9E1ode acordo com

as datas de entrega exigidas pelos clientes sem que diminua a qualidade nos niveis

de servi90S e do prod uta acabado.

Logistica de dis/ribuk;ao

Envolve as rela90es entre empresa, clientes e consumidores, sendo

responsavel pela distribuiyao fisica do prod uta acabado ate as pontcs-de-venda ao

consumidor.

Neste grupo 0 principal objetivo e a sincronizaC;2Io entre demand a,

fabricacyao, distribuic;ao e transporte, para que se possam repcr as produtos

acabados de acordo com as necessidades dos consumidores. Alem disso, e

considerado como a (mica fonte de dados aDs clientes, pois repassa informa90es

sabre as consumidores ao longo de toda cadeia logistica da empresa (feedback).

2.4 FLUXOS LOGiSTICOS

A construyao de uma cadeia logistica integrada requer a providencia de

niveis de serviyos adequados aos clientes a um custo razoavel. E a (mica forma de

coloca-Ia em pratica e por meio do desenvolvimento de um sistema logistico

composto por tres f1uxos:

Figura 3: Fluxos logisticos.

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14

FORNECEDOR

EMPRESA

~ ~ O:Slla6~Ao CUENTE

Fonte: RODRIGUES (1996).

FluXQ de materia is: responsavel pel0 mapeamento da movimenta~o,

estocagem e processamento de materias-primas e produtos semi-acabados e

prontos para 0 consume;

1'1. '0 ~1"Tr. ,\1.

~- 1'1.1. ~,.~: lit,!". _ -i ~'---- '---- -

Fluxo financeiro: apresenta 0 cicio economico da empresa, responsavel pela

administrayao de pagamentos e cobrant;:as que viabilizam a movimentar;c30 do f1uxo

de materia is;

Fluxo de informa90es: e considerado como 0 principal respons3vel pelo

funcionamento do sistema logistico par ser 0 agente facilitador da integracao de tada

a cadeia de valor, desde a fornecedor ate a cliente final. Segundo Rodrigues (1996)

este f1UXQgera informac;:6es necessarias para a controle do fluxo de caixa da

empresa e transmite dad os referentes aos clientes para que a cadeia de

abastecimento possa se ajustar para atender as necessidades da demanda.

Rodrigues (1996) relata que a abordagem transversal adotada pela logistica

e bastante ambiciosa, pois possui 0 papel de sincronizar os fluxos de materia is,

financeiro e de informa«oes, e estar em permanente intera«ao com as fun«oes

classicas da empresa (planejar, organizar, controlar e coordenar), constituindo-se

numa interface viva entre a organizac;ao e 0 ambiente na qual ela esta inserida.

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15

2.5 A IMPORTANCIA DA LOGiSTICA NO AMBIENTE EMPRESARIAL

As empresas, de maneira geral, precisam decidir quais diretrizes

estrategicas precisam ser delineadas e conduzidas, a tim de atender seus objetivos

financeiros, de cresci menta organizacional e de participayao do mercado. Para issa,

e preciso tomar inumeras decis6es especificas a todas as areas funcionais da

empresa, cujas estruturas de trabalho necessitam ser pensadas como sistemas

compostos por processos estrategicos, taticos e operacionais, que sao regulados par

urn conjunto de func;:oes que devem suportar intensas pressoes do ambiente

externo. Em res posta a estas transformac;:oes, deve-se desenvolver uma estrategia

que implica coordenac;:ao e integrac;:ao de todas as areas departamentais (com

func;6es claramente definidas), capacitando a organizac;ao a alcanc;ar seus objetivos

e a tirar proveito da situac;ao momentanea do mercado par meio do desenvolvimento

de novas servic;os ao cliente final que proporcionem diferenciais competitivos em

relac;ao a concorrencia. E par conseqOencia, criar e manter simultaneamente uma

atmosfera harmonica entre os ambientes interno e externo. Conforme mostra a

figura 4:

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Fonte: Adaptado de FABBE-COSTES & COLIN (1997).

A figura 4 demonstra que, dentre as departamentos existentes em uma

empresa, 0 departamento de logistica (objeto em estudo) passui significativa

importancia na organizar;:ao. Vista que por rnais que as press6es ambientais

externas nao estejam diretamente relacionadas a logistica, as empresas se veem

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fon;:adas a formular respostas que envolvam as func;:oes logisticas devido as

mesmas estarem integradas aos demais departamentos (marketing, financ;:as,

informatica, pesquisa & desenvolvimento e recursos humanos) e incorporadas ao

planejamento estrategico da empresa. Para enfatizar tal importancia, a FIgura 5

ilustra as principals pressOes (externas e internas) que influenciam no departamento

logfstico de uma organizac;:ao:

Fonte: COPACCINO & ROSENFIELD (1987).

Em medida de analise, fatalmente as empresas necessitam desenvolver

soluc;:oes estrategicas intimamente ligadas a logistica por meio de uma abordagem

organizacional que possibilite a implementac;ao e conservac;ao da fJexibilidade e a

reatividade da empresa com a seu ambiente externo e interno.

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3. RECURSOS HUMANOS

3.1 A NOVA VISAO DA AREA DE RECURSOS HUMANOS

A area de recursos humanos nas organiza<;oes e uma das mais poderosas

ferramentas de transforma<;ao organizacional.

"E preciso ter urna visao clara, nao miope, das realidades em rapidissimastransformacAo. estando aberto as mensagens, extraidas dos novosparadigmas. Essas mensagens devern ser "decodificadas· com um minimo de

distoreaopossive'" (ULRICH 2000. pAS).

As novas vis6es alteram profunda mente as maneiras tradicionais de exercer

as atividades de Recursos Humanos (RH). 0 papel passa a ser muito mais apoiador

que executor.

o paradigma " mecanicista" e uma visaa decadente, mas ainda e 0

paradigma dominante. 0 novo paradigma ~ sistemico·, ainda que vista pelos autores

tradicionalistas como secundario, e crescente e abrange todas as areas de atua930

humana.

A execu~ao da area de RH passa a ser de responsabilidade de cada posi930

gerencial em conjunto com servi<;os contratados externamente (terceiriza~ao) au

internamente (multiplicadores).

Para as diversos auto res da parea de RH, a gerente tern urn papel crucial

como incentivador da eleva<;ao do grau de maturidade dos subordinados.

Fischer (1998) aponta urn novo significado assumido pela administra~ao de

recursos humanos a partir dos anos noventa, a administra~ao de recursos humanos

como vantagem competitiva. Com a perspectiva voltada para 0 neg6cio da empresa,

come~a a ser levantado 0 papel das pessoas para que se consiga a competitividade.

Se a estrategia e a diferenciac;ao e a obten~ao de vantagem competitiva, cabe a

administra<;ao de recursos humanos garantir que as pessoas sejam tambem fonte de

vantagem competitiva. As empresas precisam formas novas e criativas de gestao; a

administra<;ao de recursos humanos cabe transmitir as estrategias as pessoas e

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transforma-Ias em agente de competitividade. Com base nas tendencias e desafios

apontados par ULRICH (1998), 0 autor atribui quatro fungoes principais a area de

recursos humanos: as func;:oes estratE~gicas, a competitiva, a func;ao de promover e

auxiliar as processos de mudanc;:a e a func;:ao responsavel pelc envolvimento dos

empregados com a empresa. Para 0 autor, 0 papel da administrac;:ao de recursos

humanos se amplia, conforme demonstrado no Quadro 04.

Ouadra 3: papel da administracao de recursos humanosRH COMO ESTRATEGICO VANTAGEM COMPETITIVAPeriodo aproximado 1980 - 1990 1990CondicOes que propiciam Reconhecimento; imporUmcia dos Maior competitividade;surgimento falores do ambiente; necessidade de necessidade de diferenciaCao;

vincular gestao de pessoas as pessoas vistas como recursosestrate ias orQanizacionais para vantaQem competitiva.

Papel Adaptayao das pessoas as Transmissao das estrategias asnecessidades estrategicas. pessoas e transforma-Ias em

aQentes de compelilividade.Funcoes e contribui¢es Molivar empregados, manter

seguran1;a e bom ambiente detrabalho, garanlindo envolvimento das

I pessoas.

Estrategia, competitiva, focadana mudan~a e no envolvimeniodos empregados

Principais atividades Recrutamento intemo, Treinamento edesenvolvimento, terceirizaCao,identificayao de praticas ideais,descentralizaCao

Adminislrar rede de agenlesorganizacionais; gerentes,parceiros intemos e extemos;administrar programas quedependem de comportamentode pessoas; criar instrumentosde gestao para pessoas;mensurar impactos de recursoshumanos, manutenyao dacapacidade intelectual daorganizaCao; orientayao paraurn desenvolvimento inteQrado.

Fonte. Adaptado de Fischer, 1998.

3.2 REDEFININDO 0 PAPEL DO RECURSOS HUMANOS

Sistematicamente apontada como respons8vel pelo fracasso das praticas de

adrninistrar;ao de pessoas cabe, em primeira instimcia, a area de RH, urna revisao

de seu papel. Ulrich (2000, p.98) defende a ideia de que 0 recursos humanos

precisa passar a ser:

./ urn agente de mudanr;as;

./ urn criador e executor de estrategias;

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./ urn especialista em administrac;:a.o;

./ urna referencia para as funcionarios.

Para 0 autor 0 papel de recursos humanos como agente de mudan((as e 0

de aumentar a capacidade da organizac;:ao de se engajar e capitalizar as mudanc;:as.

Ao gerar mecanisrnos capazes de traduzir as estrategias da empresa em atitudes e

atividades que levara.o a sua real concretizayao, 0 "RH" torna-se urn verdadeiro

promovedor de novas culturas.

Posicionando-se como elemento facilitador da gestao de mudanc;as, 0 "RH"

colabora para a construc;ao de organizac;:5es que aprendem, ao garantir 0 clima

ofganizacional propicio a gerac;ao de urna cultura criativa.

Como criador e executor de estrategias definindo a arquitetura da empresa

au modificando-a de forma a viabilizar a implanta9ao da estrategia corporativa.

A partir do estudo da evolw;:ao da area de RH podemos veriticar que,

tradicionalmente, no exercicio de suas fun96es a RH avaliava as necessidades da

empresa em termos de pessoas, responsabilizava~se pelo recrutamento e sele9ao,

formalizava a contrata9ao, conduzia a processo de treinamento, encarregava~se das

atividades de manuten9ao de pessoas, elaborando sistemas de avalia9aO e

recompensas e, par tim, procedia a formaliza9ao do desligamento.

Para Ulrich (1998) 0 papel contemporaneo da area de RH deve ser 0 de

disseminar as politicas de execu9ao das fun90es, sensibilizando e envolvendo as

demais agentes e dividindo a responsabiJidade pela execu9c30 onde a fun9c3o se fizer

necessaria.

8aseado na conceP9ao do autor a respeito do papel contemporaneo de RH,

a area passa ter um papel de uadministrador da organiza9ao", devera conhecer 0

ambiente de neg6cios para, dessa forma, contribuir para eiabora9aO de indicadores

de desempenho necessarios a avalia9ao da contribui9ao de cada processo para a

estrategia da empresa. Aa participar ativamente da elabora9ao dos indicadores de

desempenho, a RH posiciana-se como urn especialista em administrayao, na medida

em que desenhar um sistema de avalia9ao de desempenho significa revelar um

profunda conhecimento das variaveis intervenientes do neg6cio: a escapo do

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mercado , as passiveis descontinuidades; as expectativas dos acionistas, dos

empregados e dos parceiros de neg6cios.

Neste novo papel RH passa a 5er referencia para as funcionarios, garantindo

que as mesmos estejam totalmente comprometidos com a empresa. 0 RH

necessita, sistematica mente, orientar e desenvolver as gerentes para que eles

compreendam a importancia de funcionarios motivados com 0 trabalho. Disseminar

a consciemcia de que as necessidades individuais sao singulares e, de fato, a pen;:ao

nobre do trabalho do "RH". A credibilidade dessa entidade junto as pessoas se dil,

tambem, atraves da efetiva representa9ao de seus interesses durante as reunioes

com a ger€mcia. intermediando as oportunidades de crescimento pessoal e

profissional (ULRICH 1998).

Cabe, ainda, ao RH suprir direta au indiretamente, as funcionarios com as

recursos necessarios para atingir as metas definidas. Como modelo para inspira\=ao,

pesquisas indicam que as mel hares praticas de gestao de pessoas conduzem as

melhores performances organizacionais. Segundo Jean~Marie Hiltrop (apud

DIBELLA, 1999, P.181) nos melhores model os de pratica de gerenciamento de

pessoas verifica-se:

./ mercado de trabalho interno relativamente bern desenvolvido;

./ sistemas de organiza(fao do trabalho flexiveis;

./ praticas de compensa(fao baseadas em desempenho ou em habilidades;

./ elevada participa9aO dos empregados nas decisoes;

./ aplica\=30 intensiva de equipes de trabalho;

./ arranjos internos de comunica9aO extensivos.

Nesse momenta de profundas transforma90es nas organiza90es, a empresa

competitiva e aqueJa capaz de adequar-se com a ambigOidade: ora fomentando

transformayoes, ora garantindo 0 status quo. Garantir um ambiente propicio a

criayao de novas ideias e necessario; e isso 0 que preconizarn as partidarios da

gestao do conhecimento empresarial. Nessa hora, transformayao e a palavra~chave.

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Ha que se manter, contudo, a atenc;:ao para as projetos em curso e para a

capacidade que as individuos da equipe tern em lidar com a mudan9Cl. Movimento,

mudan~ e atenc;:ao tornam-se, entao, requisitos-chave para a gestao de pessoas.

3.3 DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS: A BUSCA DA

APRENDIZAGEM CONTINUA

o desenvolvimento de Recursos Humanos nas organizac;:oes e urn processo

continuo. Esse processo comec;:a antes mesma dos trabalhadores ingressarem nas

empresas e envolve basicamente tres aspectos: formar e preparar novos talent05;

pessoas que procuram se qualificar para ingressar no mercado de trabalho au que ja

estao no mercado, mas estao se qualificando para crescer na empresa; e aprimorar

a que jil foi aprendido, au seja, difundir as conhecimentos adquiridos par tada a

organizayao.

Nesse sentido, 0 treinamento muda de concepyao. Passa a ser considerado

como urn processo de desenvolvimento e aprendizagem continua e intensa e se

torna um meio para as organizayoes alcan9arem suas metas e atingirem objetivos.

o desenvolvimento dos recursos humanos passa a tazer parte da estrategia

da organiza9ao e sera definido por essa estrategia.

Segundo Urich (1998) alguns fatores foram determinantes para a quebra de

mais um paradigma na administra9ao dos recursos humanos. Em primeiro lugar, a

competitividade entre empresas mostra que 0 unico diferencial competitivo de uma

organiza9ao e os seus funcionarios. Eles sao os unicos que podem aumentar a

rentabilidade e a participa9ao da empresa no mercado; em segundo lugar, 0

conhecimento passou a ser um instrumento alta mente valorizado pelas empresas e,

a principio, 0 conhecimento esta nas pessoas, mas tambem pode estar na

organiza9ao, desde que esse conhecimento seja difundido por todos, atraves de um

processo de aprendizagem organizacional; e em terceiro lugar, a informar;ao se

tornou a 'arma' mais poderosa para as empresas.

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Nao adianta trelnar pessoas, se esse treinamento nao tras beneficios

concretes para a organiza~ao. Muitas vezes, a empresa ate investe em treinamento,

mas naD incentiva 0 feedback do empregado, difundindo a que aprendeu, se

tornando urn agente multiplicador. As empresas devem se preocupar com 0

desenvolvimento organizacional atraves do desenvolvimento dos seus recursos

humanos.

As politicas de Recursos Humanos devem se preocupar com as

necessidades de cada trabalhador, de cada departamento e como esse trabalhador

pode contribuir com 0 desenvolvimento da organiza92tO, sem deixar de levar em

considera~ao as seus objetivos pessoais. E uma parceria entre empresa e

empregado, entre objetivos individuais e objetivos organizacionais.

o gerente de Recursos Humanos e apenas urn facilitador do processo. Os

gerentes de outras areas da empresa e que realmente devem comandar 0 processo

dentro da organizayao.

Esse processo passa nao s6 pela qualificayao e requalificayao de Recursos

Humanos, atraves de cursos, palestras, videos, mas principal mente pela

aprendizagem continua do dia a dia da empresa. A difusao do conhecimento e

fundamental e a melhoria do desempenho depende dessa disseminay30 atraves de

inforrnayoes uteis a todos os niveis da empresa. E urn processo que se inicia no

individuo, passa para 0 grupo e depois para a organizayao, mas tambem pode

iniciar na organizayao e chegar ate 0 indivfduo (URICH-1998).

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4. TREINAMENTO

4.1 CONCEITOS

o entendimento conceitual do que vern a ser treinamento e desenvolvimento

apresenta uma multiplicidade de vis6es e conceitos. Uma ideia que se tornou

consenso entre muitos autores, e a de relacionar 0 treinamento e desenvolvimento a

educa<;ao.

Para Chiavenato (1997), a questao e abordada como educagao profissional,

a qual envolve tres eta pas interdependentes:

a de formagao profissional - e 0 enfoque institucionalizado au nao, com

objetivos de longo prazo, que procura dar formar:;:ao e preparo para 0

desempenho de uma profissao;

a de desenvolvimento profissional - trata-se da educac;:ao que procura a

ampliac;ao, desenvolvimento e aperfeigoamento de uma pessoa em uma

determinada carreira em uma organizac;ao, procurando dota-Ia de

conhecimentos que transcendam aqueles presentes nas suas ocupac;6es

atuais, de modo que ela assume no medio prazo atribuic;:6es mais

complexas ou numerosas;

a de treinamento - a qual procura adaptar a pessoa a uma organizac;ao,

procurando no curto prazo dar-Ihe elementos para que exerc;a

determinado cargo.

Para Macian (1987, p. 09), 0 treinamento tam bern e considerado uma forma

de educac;ao, a qual se caracteriza essencialmente em educar para ° trabalho.

Neste sentido, de acordo com a autora, treinar e ° estimulo a mudanc;as de

comportamento que direcione a urn melhor desempenho profissional, sendo 0

treinamento urn processo de mudanc;a para 0 crescimento pessoal e

concomitantemente da organizac;ao.

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Ja Carvalho (1993) considera a educ8gao a reconstrugao continuada de

nossa experiencia individual, sendo urn processo profunda mente inftuenciado pelo

meio onde existimos. De acordo com a autor, 0 treinamento e uma forma de

educ8gao especializada que busca capacitar as pessoas para que desempenhem de

forma eficiente uma determinada tarefa de seu encargo.

Em suma, 0 treinamento e 0:

"(...) processo de ajudar 0 empregado a adquirir eficiencia no seu trabalho

presente au futuro, atraves de apropriados habitos de pensamento e 8<;;30,

habilidades, conhecimentos e atitudes" (HALL apud CARVALHO, 1993, p.154).

Carvalho (1993) tambern entende a treinamento (do latim trahere,

significando levar a fazer alga) como 0 processo que prepara pessoas para a

execu9ao de tarefas exigidas por um posta de trabalho, 0 qual foi definido pel os

agentes que estruturaram a erganiza9ao do qual 0 posta faz parte. Ja 0

desenvolvimento (do latin des - para enfase + en - para dentro, interne + volvere -

mudar de posir;ao) e entendido pelo autor como 0 processo de realizar a progressao

de uma pessoa em diferentes direr;oes, para as quais ela nao esta habituada,

preparando-a para questoes mais complexas e abrangentes com base no seu

potencial.

Uma outra abordagem que deve ser considerada e a de Campos (1995)

onde 0 auter na sua proposta de gerenciamento do crescimento do ser humano,

destaca 0 conceito de habilidade. Qutros conceitos do autor relacionados ahabilidade sao:

processo cognitiv~ - e 0 processo de aquisir;.3o de conhecimento pelas

pessoas;

potencial mental - 0 qual e a velocidade de aprendizagem de uma

pessoa ou grupo, sendo limitado a uma determinada quantidade per dia;

conhecimento operacional - e 0 que esta contida nas eperar;oes

repetitivas de uma organizar;ao e pede ser guardado em um sistema de

padronizar;ao;

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conhecimento inovador - e aquele que serve para questionar as agoes

repetitivas de uma or9an;Z898.0, criando novas soluc;:Oes, produtos e

processos, nao podendo ser guardado nurn sistema de padronizac;:8.o,

somente pelas pessoas, as quais 0 utilizam unicamente de forma

voluntaria;

Segundo Campos (1995) 0 treinamento e desenvolvimento devem ser

direcionados a ampliar a habilidades das pessoas de uma organizac;:ao. Entendendo

que uma organizac;:ao competitiva e aquela que passu; urn time mais habilidoso do

que seus concorrentes.

4.2 TIPOS

Existem variadas formas de realizar 0 treinamento e desenvolvimento. Uma

maneira de classificar estas formas existentes e proposta par Biscaro (1994), que

estabelece a existencia de quatro grupos de metod as: a pratico au aprender

fazendo, 0 conceitual ou aprender pel a teoria, a simulado au aprender imitando a

realidade e a comportamental au aprender par desenvolvimento psicol6gico. As

peculiaridades de cada urn deles sao apresentadas no quadro 4.

o quadro 4 procura nao esgotar as tecnicas existentes, apenas apresentar

as rna is comumente utilizadas. Os diversos tipos au tecnicas de treinamento

apresentados no quadro 4 revelam que a escolha da tEknica a ser adotada deriva

principalmente do objetivo e veJocidade de aprendizado desejado com a processo de

treinamento e desenvolvimento.

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Quadro 4 Melodos de Ireinamento e desenvolvimenlo e suas aspectos

27

Ap~rd.l~tml:Xjc~l~hlITWI':

Metodos Caraclenslicas vmnagells desvalliagens

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11.:1" <lS~IJ.I·3 1;;;;Hd,;. .•.:I) C\.<.1~;:r.uo. mcassllo::nl~~<!di:1I.:!'J 'il.o·a:idJl-i,,",o'ortm'Kta dJ .•.fI,)~r;c~sIJIIO~IIJ:S:El\~i'1illlc'T~l'Jd)S .•.~·.t~s:Fl~O'iCIl ~acr.iI~.z1N~5·mIIm>lSmo: .•.p,~ '::~,:»1~ r.l!CC"Or1r~C~S ;tC .•.cctd"",; <H l~lI:"lQ.li'Jar.j: ;t OO'I~·I·;s ~a...s.ll""'li-lJ.

Act:"l~:tIa-,;n~.c~·CJIoJ.:;o(:O~nl-ic~l:

T-o'~~ lirar"l~'9'~Ujl!;

Fonle. BiSCARO. 1994

4.30 SISTEMA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Neste item e apresenta uma visao geral do sistema de treinamento e

desenvolvimento, sendo realizadas algumas considera90es para sua maior eficacia.

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Quanta a eficacia e eficiencia do sistema de treinamento existe urna serie de

questionamentos, que chegam inclusive a per em duvida a sua utilidade, das quais

destacarn-se as rna is frequentes sao (CARVALHO 1994):

A dificuldade em distinguir as resultados de sua realiza~o au nao;

A capacidade de identificar se urn determinado problema na organizac;ao

prescinde da realizac;ao de treinamento e desenvolvimento para

eficazmente ser solucionado;

A falta de ligar;a:o com as pianos estrategicos da empresa;

As deficiencias de conceituac;:ao educacional e pedag6gica para

realizac;ao das atividades;

A falta de consideragao peras percepc;oes e objetivos individuais das

pessoas.

Para que seja eficaz a sistema de treinamento tern de estar focado nas

necessidades de neg6cio e estrategias da empresa, sendo demand ado par tais

necessidades, seguinda a 16gica apresentada na figura 6.

Fonte: CARVALHO 1994

JtI a sistema de treinamenta e desenvolvimento se apresenta tipicamente

em uma sequemcia de quatro eta pas, as quais sao resumidamente descritas na

figura 7.

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Figura 7: ° sistema de treinamento

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Fonte: CHIAVENATO, 1997.

Estas eta pas compoem a maioria dos sistemas de treinamento e

desenvolvimento das empresas, como pequenas variar;oes au complementos. Este

sistema e adotado nas organizar;oes com diferentes abordagens, mais centralizadas

au descentralizadas.

Varia a grau de centralizar;ao das quatro eta pas basicas, can forme

apresentado na figura 8

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Figura 8: abordagem de treinamento

Uma tendencia geral e que a sistema seja mais descentralizado do que

descentralizado, concentrando a maioria de suas eta pas junto ao 6rg80 onde esta

localizado a empregado, a que possibilita atender melhor as necessidades de do

6rg13.oe uma maior participac;:ao e interagao do empregado no seu processo de

capacita9aO, tornando mais ativQ no mesmo.

4.4 AVALlAr:;.AO DE TREINAMENTO

As tecnicas praticadas para prospectar, avaliar e validar resultados de

treinamento e capacitac;:ao consideram a percepgao do treinando, a do facilitador e

da chefia imediata. Podem ser realizadas, atraves de questionarios, ate mesma

reuni6es com as chefias au equipes de trabalho. Todas as tecnicas exigem

preparac;ao por parte das chefias e dos funcionarios treinados. E necessario,

segundo Milioni (2001), um trabalho cuidadoso de preparac;:ao das pessoas, po is a

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experiencia tern mostrado que 0 envolvimento ativo e fundamental para esta fase de

avaliagao.Quadro 5: Niveis de Avaliaoyao dos Resultados de Trelnamento de Kirllpatrick

Nlvols Deserl 0t) Avalia~o de rea~ao Avaliacao apOs 0 curso oferece a opiniao dos Irelrmndos sobre

oevento.Avantagemeaopiniaodoslreinando5sobreoevenloe podor propiciar uma loHura do que aconteceu. Tern comoreslril;ao a conlamina.;;ao do treinando pelo clima de final decurso: cansac;.o e a possibilidade de resposlasdescompromissadas.

2) Avaliacao de apreodizagem Referem-se a testes aplicaclos antes e ap6s 0 evento. Faz partedas melodologias classicas. Tern uma validade lecnicaassegurada. desde que sua constnlt;ao siga 0 rigor <laslecnicas, tlpiCo dos testes objetivos.Tem como reslricao 0tempo uS<ldo para asle tim, e a resistl!nCia por parte dosIreinandos

3) AvaliaV<'\o do mudal1¥l de Por meio de Check-list contendo comportamenlos csperadoscomportamento ap6s 0 treinamenl0, observadores identificadOS 0 treinados

acompanham, por urn determinado tempo, os troinandos eregislram as obscrva¢es. Possui como reslriVi'lo a eleiV<'\o depesroas que disponham de tempo para contribulr enquanl0observadores Iocais. E uma das t6cnicas mais produlivas pelasua oonfiabilidade e consist~ncia, ja que se observacomportamento e desempenho, porem. e pouco utilizada palosprofissionais da area

Fonte.MllIofll.,2001

4) AvatiaV<'\odosresuttados Nesta fase, a pesquisa dove envolver Ireinandoe chefia, paraavaljaremoqueocorreunasareasdetrabalhoapOsaapl~odoscontcUdosdctrclnamento.

o quadro 5, segundo Milioni (2001), apresenta as quatro niveis de avaliayao de

treinamento apontados par Kirkpatrick (apud Milioni, 2001). Cada fase de avaliayao e

uma fonte de informayao que deve ser realizada para compor a conclusao final. Os

quatro niveis apresentados sao fundamentais para que 0 processo de avalia9ao de

resultados seja completo, consistente e conclusivo. Caso contra rio, a sistema de

avaliayao sofrera perdas.

Percebe-se que a tendencia de avalia9ao esta voltada para a avaliagao dos

impactos dos investimentos sabre as neg6cios. Exemplo disso e a posicionamento

de Jay Zimmerman, Gerente de Pesquisa e Qualidade do Institute of Learning do

banco de Montreal:

"Eu 90sl0 de falar sobre falos ou indicadores de impacto. (... J alem dasmedidas Iradicionais, niveis de avaliacao de Kirkpatrik, a avaliacao deve leruma abordagem em equipe, nao M receila, 0 importanle e 0 lipo de mudancaque voce esta tentando empreender" (ZIMMERMAN, apud MEISTER,op. cit., p. 79).

Castro (2001, p. 63) observa "que a processo de avaliayao de retorno de

investimento enobrece as processos de treinamento e desenvolvimento e os leva as

pautas de reunioes de planejamento estrategico das principais organizagoes do

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rnundo todo", e afirma que 0 sucesso da avaliac;:c3ode treinamento esta atrelado a

varios fatores criticos: 1) analise da necessidade - a que se esperava que a

treinamento realizasse, 2} preparo organizacional: a organizac;:a.o deve estar disposta

a investir tempo e recursos humanos necessarios para levar a avaliac;:ao ate 0 final e,

3) competencias necessarias: 0 pessoal de treinamento deve desenvolver

competencias e conhecimentos tecnicos para fazer avaliac;:6es efetivas.

Frente a este contexto, Castro (2001. p. 51) apresenta algumas razoes adicionais

para que se fac;:a avaliac;:ao de treinamento:

Determinar 0 quanta a treinamento satisfaz as necessidades dos

parlicipantes:

Determinar em que extensao as participantes dominam a conteudo do

treinamento;

Identificar se as metodos e meios de treinamento ajudaram as

participantes a atingir os objetivos de aprendizado;

Avaliar quanta do conteudo do treinamento, incluindo conhecimento e

habilidades recem-adquiridos, foi transferido para a comportamento de

Irabatho;

Determinar se os resultados do treinamento contribuiram para 0

cumprimento das metas da empresa.

o mesmo autor ressalta, contudo, que, quando nao sao realizadas avalja~6es de

treinarnento, podem ocorrer conseqOencias, como:

Os participantes podem continuar a fazer cursos em que nao conseguem

aprender;

o treinamento pode ser visto como urn uso esbanjador de recursos;

As modifica\=oes do curs~ podem na~ ser baseadas nos dados de

resultados do participante, e as mudan\=as podem fazer com que as

atividades de treinamento efetivas sejam substituidas por atividades

ineficientes.

Os niveis de avaliar;:ao da efetividade de treinamento, classificar;:ao de

Kirckpatrick, sao aplicados nas organizar;:oes, segundo Castro (2001), da seguinte

forma:

"Muitas organizayoes pretendem que 100% de seus programas detreinamento sejam avaliados no nivel um, ja que e relaUvamenle facil aplicaros inslrumentos para obler as reayOes dos participantes. TamMm 0 nlvel doise facil de mensurar. Ja 0 nlvel tres, que se refere a aplicayao no trabalho,envolve mais tempo e despesas para conduzir 0 processo, portanto, 0 alvo de

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avalia9aO deve ser menor; entre 30% e 50%. 0 nivel qualro, que abordaresultados e retorno do investimento, requer um aporte significativQ derecursos, portanto, 0 percentual de programas avaliados deve ser menor. Emlorna de 10%. Estes dados, em termos de percentual dos niveis de avaliayaoutilizados petas empresas para avaliar seus programas de treinamento foramdivulgados nos Congressos Internadonais de treinamentodesenvolvimento'-(CASTRO, 2001 p. 62)

Percebe-se, portanto, que urn processo de avalia~ao adequadamente

implementado fornece valor agregado para a organiza<;2Io e e urn investimento

relevante, que posiciona seus recursos humanos em termos operacionais e

estrategicos.

Para Biscaia (1994, p. 12), em seu artigo "RH como Centro de Lucro", um dos

primeiros (e imprescindivel) passes e conhecer antes 0 quer se alcan~ar depois. As

empresas vivem e morrem por objetivos. lodos as objetivos que somam sao

importantes. Assim, se investe R$100.000,OO em treinamento, de quanta foi a

aumento de produtividade da empresa? Caso nao haja recursos para se fazer um

estudo abrangente sabre a retorno do investimento, e tambem, de grande valia,

coletar informa~6es com tomadores de decisoes sabre as beneficios observados,

derivados do programa de treinamento e capacita~ao profissional.

A conceitua~ao de Capacita~ao: como prepara~ao da pessoa para as atividades

do cargo dentro e fora de seu ambiente de trabalho; coaduna a conceito de

educa~ao, propria mente dita, com 0 de treinamento, adotado neste trabalho.

Malvezzi (1994, p. 29) acredita que isto "reconceitua capacita~ao profissional

como alga que vai alem de aquisi~6es de informa~6es, mudanyas de atitudes e

desenvolvimento de habilidades, para incluir a reelabora~ao de significados e a

revisao dos referenciais de a~ao". Urn dos constantes desafios das organiza~oes

tern sido criar propostas para incrementar a intensidade dos conhecirnentos,

proporcionando respostas em tempo adequado, tendo em vista as descontinuidades

criadas pela globaliza~ao, competi~ao e explosao de conhecimentos. 0

conhecimento torna-se, dentro das organiza~oes um amalgam a de experiencias,

valores e informa~oes.

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5. ESTUDO DE CASO

5.1 METODOLOGIA E TECNICA

A natureza da pesquisa sera de carater explorat6rio de modo a permitir uma visao

do quadro atual da importancia da influencia dos Recursos Humanos para as

profissionais de Logi5tica.

A pesquisa explorat6ria tende a buscar informa~6es pertinentes ao assunto, para

tal sera utilizado a metoda bibliografico e qualitativo, atraves de uma pesquisa com

gerentes de RH e Logistica, supervisores de RH e Logistica, operadores de

Logistica e clientes, visando a identificac;ao das necessidades dos mesmos.

o universo a ser pesquisado foi representado pela empresa Novozymes Latin

America Ltda., situada em Araucaria - Pr., cujo 0 quadro funcional e composto par

168 funcionarios, alem de 50 colaboradores terceirizados, sendo que deste apenas

15 pessoas participarao da pesquisa.

A pesquisa pro posta atraves deste projeto, a partir da divulgac,;:ao dos resultados

obtidos junto aos pesquisados, visa contribuir para a melhoria de qualidade. Ap6s a

obtenc,;:ao dos resultados finais, que tera como base referencias bibliograficas e

pesquisas, 0 presente projeto sera apresentado a Universidade Tuiuti do Parana.

5.2TECNICA DE COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados, contamos com a leitura e estudo de vasta bibliografia.

Para a realizac,;:ao da pesquisa de campo, devera ser aplicado, em alguns

funcionarios da Novozymes, um questionario que visa a identificac,;:ao das

necessidades dos funcionarios de Logistica da referida empresa (Anexo A). Outro

questiomlrio sera aplicado com os clientes da empresa com 0 mesmo intuito (Anexo

B).

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5.3UNIVERSO

o universo da pesquisa foi representado pela Novozymes Latin America Ltda.,

cujo quadro pessoal e de 168 funcionarios.

5.4AMOSTRA

Segundo Gil (p.97, 1994), as levantamentos abrangem urn universo de elementos

tao grande que se torna impassivel considers-los em sua totalidade. Por essa razao,

o mais freqOente e trabalhar com urna pequena parte dos elementos que comp6em

a universo.

o questionario constitui hoje, ainda segundo Gil, urna das mais importantes

tecnicas disponiveis para obten,!(ao das informac;oes, optou-se por enviar,

pessoalmente au por e-mail, urn conjunto de quest6es a 15 funcionarios da empresa

Novozymes Latin America Uda , conforme anexa 1, tarnanda-se como amostra

operacional as questionarios recebidos e corretamente preenchidos.

5.5LOCAL DA PESQUISA

A pesquisa bibliogrMica sera realizada em bibliotecas e na Novozymes Latin

America Ltda.

A pesquisa qualitativa sera realizada atraves do envio de questionarios.

5.60BJETIVO DO PESQUISADOR

A pesquisa proposta atraves deste projeto tern como objetivo, a partir da

divulgac;:ao dos resultados juntos aos empregados e fornecedores da empresa

Novozymes Latin America Ltda., contribuir para a melhoria da qualidade do

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profissional de logistica e em conseqOencia, contribuir com a melhoria dos servi90s

togislicos prestados.

5.7 ANALISE DOS QUESTIONARIOS

1) Com rela9ao ao genera:

Do total da amostra 13 sao do genera masculino (87%) e 2 sao do genera

feminino (13%).

2) Com relac;ao a escolaridade:

~

gra~ completo

grau complelo

6s graduado-_.---':~~~'0 ==4 -3-

22 ,-

o ~-

Dos questionarios respondidos 10 (66,67%) tern 0 segundo grau completo,

(20%) 0 terceiro grau complete e 2 (13,33%) sao p6s-graduado.

3) Voce considera que sua empresa rnantem seus esforc;os sempre facados

no cliente, perseguindo a aprimoramento constante, desde 0 atendimento

pr6-ativo aas usuarios, em suas necessidades, ao emprego intensivQ da

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melhor tecnologia, para cumprir as objetivos de universalizaC;:<lo da

quaJidade e servic;:os?

12,-------------------,10

10_~- ----- ~ment;'

- I:::~dalmente- - 2 c:Do:N"'".::.O -'1

-,

Dos entrevistados 3 (20 %) responderam que a empresa esta totalmente

focada nos clientes, 10 (66,67%) parcialmente e 2 (13,33%) naco Em relaC;:<loa esta

questao as setor de Recursos Humanos deve averiguar se as objetivos em retaC;:<lo

aos c1ientes sao clares para as trabalhadores e se as mesmos estao capacitados,

orientados e treinados em relac;:ao a estrategia da empresa. Ao mesmo tempo a RH

deve procurar averiguar as razoes que levaram a maiaria de seus colaboradores a

responderem parcialmente/nao e proceder mudanc;:as.

4) Sua empresa tern desenvolvido parcerias mutuamente proveitosas com

prestadores de servit;:os e fornecedores baseados nos valores da

Novozymes Latin America Uda Em outras palavras as empresas

terceirizadas tem prestado 6timos servi90s?

Oas respostas 4 (26,67%) responderam que as empresas terceirizadas, 8

(53,33%) responderam de qualidade regular e 3 (20%) de pessima qualidade. 0

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objetivo Novozymes Latin America Uda e a busca constante da Qualidade Total. 0

conceito de terceirizac;:ao 1 e um componente cada vez mais constante nas

empresas no processo de terceirizac;:ao. Muitas vezes um processo de terceirizac;:ao

pode gerar conflitos com os seus colaboradores intemos na empresa (medo de

perder 0 emprego, resistencia a mudanc;as). 0 Recursos human os dentro de seu

novo papel (conforme visto em capitulos anteriores) deve comunicar, esclarecer,

capacitar e treinar os seus colaboradores a se relacionar com os terceirizados.

5) Quanto a sua jomada de trabalho?

0"" """""'1a A::lucolTBis

cMJilolTBis

CM::nos

Oas respostas 5 (33,33%) responderam que trabalham com mais

intensidade,4 (26,67%) urn pouco rnais, e 3 (20%) muito mais e 3 (20%) menos. Na

rnaioria das respostas 0$ funcionarios responderam que trabalham com mais

intensidade. Islo pode demonstrar que as mudanc;:as ocorridas na empresa em

relac;:ao a logistica estao levando os funcionarios a se sentirem parte do contexto da

empresa e procuram atender as expectativas da empresa.

6) Seu relacionamento com a sua gerencia.

I Tcrceirizarvao: °objetj'lo da tcrccirizm;ao e passar par:!. outras empresas atividades que nilo lazem parte do lOCoprincipal da cmpn.'S.1 (cxcmplo: scgumn~, transportcs togisticos, manutcnvao,etc)

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Oas respostas 8 (53,33%) responderam que melhorou urn pouco, 5

(33,33%) melhorou bastante e 2 (20%) nae se alterou. Isto evidencia que 0 processo

de comunica9ao entre funcionarios/gerencia esta em processo de melhoria.

7) 0 ambiente de trabalho e motivador e oferece mecanismos de

capacitagc30 profissional de tal forma que as pessoas possam

efetivamente constituir·se em nossa principal vantagem, em urn mercado

cada vez mais competitiv~. 0 que voce acha desta afirmay8:o?

Das respostas 8 (53,33%) totalmente, 5 (33,33%) parcialmente 2 (20%) nao

se dificil. Na maioria das respostas, ha urna indicagao de que 0 ambiente de trabalho

esta mais motivador. Isto demonstra a importancia que 0 RH assume no processo de

capacitay3o, treinamento e assessoramento dos funcionarios neste novo processo

de mudant;as na empresa.

8) 0 gerenciamento dos Recursos Humanos da sua empresa tern sido

condutor de mudant;as, gerenciando produtividade, estimulando a

inoVa9c3.0e garantindo a melhoria permanente de processos e servit;os. 0que voce acha desta informat;ao?

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o Totanentea Parcialrrente

DNaosei

Das respastas 8 (53,33%) tatalmente, 5 (33,33%) parcialmente 2 (20%) naa

se dificil. Assim como na questao anterior, demonstra que a maiaria dos funcionarios

acreditam no RH como agente motivador, de apoio e orientayao ao trabalhador.

9) A politica de gerenciamento de pessoas estao norteados par

transparencia e simplicidade, garantindo que as processos

administrativos sao justos no tratamento dos empregados, criando urn

clima de confianya mutua e de trabalho construtivo. 0 que acha desta

afirma9c3o?

Oas respostas 8 (53,33%) totalmente, 5 (33,33%) parcialmente 2 (20%) nao

se dificil. Demonstra que os funciomflrios estao satisfeitos com a nova postura que 0

RH (antes burocratica e hoje rnais participativa) assume diante das mudan9as

organizacionais.

10)Os processos internos foram aprimorados e foram criadas condigoes

para que cada urn dos empregados, de acordo com 0 seu proprio

interesse possam desenvolver suas potencialidades e suas habiJidades

pessoais e crescer profissionalmente. 0 que voce acha desta afirmagao?

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Oas res pastas 8 (53,33%) totalmente, 5 (33,33%) parcialmente 2 (20%) nao

se dificil. Pelas respostas ha uma evidencia de que as mudanc;as de processo

internos, implementadas com 0 auxilio do RH, fcram satisfatorias para 0

desenvolvimento pessoais e funcionais do trabalhador.

11lOs programas de remunerar;:ao atendem suas necessidades/expectativas

e sao internamente justos e externamente competitivos. 0 que voce acha

desta afirmac;ao?

lodos as funcionarios responderam parcialmente. Em relac;a.o a esta

questao 0 RH devera fazer uma pesquisa mais detalhada para futura avaliac;ao.

12)0 ambiente de trabalho e saudavel com desafios estimulantes e pessoas

comprometidas com as valores e com as objetivos dos neg6cios da

empresa. 0 que voce acha desta afirma~ao?

Das respostas 13 (86,67%) responderam parcialmente e 2 (13,33%)

totalmente. Demonstra que os val ores e objetivos da empresa nao estao claro para 0

funcionario. 0 RH deve deixar claro quais sao os objetivos dos neg6cios da empresa

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e atraves de urna analise mais detalhada, avaliar quais as fatores que influenciaram

as trabalhadores a responderem parcialmente.

13)A autoridade e a responsabilidade sao levadas ao ponto mais pr6ximo

em que a decisao deva ser tomada, au seja, cada urn e respons;3vel

pelos resultados de sua area e per sua contribuic;ao para com as

objetivos da empresa. 0 que voce acha desta afirmac;ao?

Das respostas 3 (20 %) totalmente, 10 (66,67 %) parcialmente 2 (13,33%)

nao seL 0 RH deve esclarecer quais saas as objetivos da empresas e a que a

empresa espera deles. As responsabilidades e autonomias devem ser incentivadas

e demonstradas de maneira clara. 0 Rh deve contribuir com treinamenlo e

capacitac;ao de seus funciomirios.

14)E estimulada a integraC;ao, a trabalho em equipe, onde diferentes

perspectivas e opinioes divergentes possam gerar solU90es criativas

inovadoras. 0 que voce acha desta afirma921o?

Das respostas 3 (20 %) totalmente, 10 (66,67 %) parcialmente 2 (13,33%)

nao sei. 0 trabalho em equipe exige uma relaC;2Io de confianc;a entre os seus

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participantes (com responsabilidades e objetivos clares). 0 RH deve encontrar

mecanismos e process os que venham a contribuir para a trabalho em equipe.

15)Tem sido politica dos Recursos Humanos manter urna rela«ao de

respeito e responsabilidade mutua com as empregados, reconhecendo

seus direitos e condic;oes de trabalho dignas, para que se desenvolvam

suas capacidades com desempenho, eficckia e competitividade. 0 que

voce acha desta afirmac;ao?

Das respostas 3 (20 %) totalmente, 10 (66,67 %) parcial mente 2 (13,33%)

nao seL 0 RH deve deixar de maneira clara a seu novo papel no contexte da

organiza9ao. Deve procurar mecanismos que aproximem as funcionarios dos

objetivos da empresa e ao mesma tempo respeite a funcionario dentro do contexto.

16)A atuat gestao de Recursos Humanos reconhece e remunera os

resultados obtidos pela equipe. 0 que voce acha desta afirmac;ao?

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Das respostas 7 (46,67 %) totalmente, 7 (46,67 %) parcialmente 1 (6,67%)

nao seL 0 contexto do trabalho em equipe (objetivos, responsabilidade, direitos e

reconhecimento) devem ser clares para as funcionarios e para organizagao. Ao RH 0

papel de orientador nesse processo.

17}Voce se sente motivado(a) e valorizado (a)

Das respostas 13 (86,67 %) sim, 2 (13,33 %) nao. lsto evidencia que 0 RH

esta contribuindo (atraves de treinamento e orientac;:ao) neste processo de

mudanc;:as organizacionais.

18)Aceitariam passar par processo de desenvolvimento na area de logistica

desenvolvido pela area de Recursos Humanos?

Todos responderam que sim. Isto demonstra que as funciomirios estao

cientes da importancia da capacitac;:ao e treinamento para 0 desenvolvimento

pessoal e funcional.

5.8 CONSIDERAi;OES EM RELAi;AO A HIPOTESE OESTE TRABALHO

H.1 - 0 profissional de Logistica nao esta capacitado para desenvolver suas

atividades, pois ha falta de treinamento e desenvolvimento, e como hoje 0 mercado

e dina mica e customizado essa necessidade torna-se evidente;

H.2 - 0 profissional de Logistica treinado e com urn plano de desenvolvimento,

obtera um maior rendimento e possibilitara uma mel haria continua no processo

logistico;

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H.3 - a baixa qualidade dos servic;os logfsticoS pode ser causada pela falta de

treinamento e desenvolvimento dos profissionais que atuam neles;

H4 - A area de RH contribui efetivamente no processo de desenvolvimento dos

profissionais de logistica;

Atraves deste trabalho fcram apresentadas: a importancia da logfstica no contexte

estrategico das empresas e do treinamento/capacitac;ao para 0 alcance das metas

estabelecidas pel a organiza98.o. Atraves de urn questionario foi passivel avaliar que

as hip6teses acima se confirmar e destacam a import€mcia da logistica e do

treinamento para a Novozymes Latin America Uda.

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6. CONCLUsAo

As grandes mudan~as ocorridas pelo processo de globaliza~ao da economia e

pel a evolugao tecnol6gica tern [evado as empresas a buscar recursos estrategicos

para adaptarem-se a esta nova realidade e se manterem competitivas. Estes novos

tempos sao conhecidos como "Era do Conhecimento".

Gradativamente, as fantes fundamentais de riqueza deixam de ser as recursos

naturais e 0 trabalho fisico, passando a ser 0 conhecimento e a comunicac;:ao. Estes

equivalem a ativQs, tais como maquinas, dinheiro, pn§dios, terra e estoques. A1E§m

disso, a conhecimento conta com um diferencial privilegiado: pode ser

constantemente atualizado e ampliado.

Urn dos efeitos dessa constante atualizag30 e aprimoramento do conhecimento

refJete-se, diretamente, sobre os empregados de maneira geral, pois estes, se nao

atualizarem seus conhecimentos e reciclarem suas habilidades, correm serio risco

de serem alijados do mercado caracterizado por rapidas e profundas mudan9as.

Neste novo cenario de neg6cios, no qual as palavras de erdem das empresas sao

qualidade e competitividade, os processos de produ9ao requerem informa90es e

decis6es rapidas, exigindo pessoas preparadas e em con stante processo de

atualiza9aO. Sem tal preparo, 0 trabalhador nao tera possibilidade de gerar

produtividade e inovac;:ao. Afinal, nao possuira 0 conhecimento que pode leva-Io a

entender e acompanhar a velocidade das mudan9as.

A Novozymes Latin America Ltda busca, constantemente, recursos para manter-

se competitivas e modernas. Assim, alem das inovayoes tecnol6gicas, 0

desenvolvimento dos trabalhadores e considerado condiyao sine qua non na

gerac;:ao da capacidade inovadora da empresa. A capacidade de inova921a, par sua

vez, e um fater dinamico e crucial para a competitividade economica. A empresa,

para proporcionar a capacidade de inovac;:ao, contam com politicas de recursos

humanos que valorizam a desenvolvimenta do conhecimento e da inteligencia da

for9a de trabalho, em todos os niveis da atividade produtiva; desde a alta

administrayao ate 0 chao de fabrica. A empresa Novozymes Latin America Ltda

reconhece a importancia dos funcionarios da logistica para a realiza9210 de seus

objetivos e sua preservac;:ao no mercado.

Os entrevistados consideraram que as iniciativas de treinamenta e capacitac;:ae

viabilizam 0 atingimente des resultados da empresa. 0 RH considera 0 treinamento

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dos funcionarios da logistica como uma estrategia para a organiza~ao, 0 que a leva

a desenvoJver pOJiticas e tamar ac;oes para sustentar esta estrategia. Desta forma,

pode-se afirmar que 0 sistema de treinamento e capacita~ao profissional e uma

estrategia que deve ser mantida, com uma abordagem de educa~ao continuada, a

qual se faz necessaria, frente a rapidez com que os conhecimentos perdem a

validade no contexto atual, objetivando, assim, a aprendizagem organizaciona1.

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6. CONCLUSAO

As grandes mudanr.;:as ocorridas pelo processo de globaliza9ao da economia e

pela evolUl;ao tecnol6gica tern levado as empresas a busear recursos estrategicos

para adaptarem-se a esta nova realidade e se manterem competitivas. Estes novas

tempos sao conhecldos como "Era do Conhecimento".

Gradativamente, as fcntes fundamentais de riqueza deixam de ser as recursos

naturais e a trabalho fisico, passando a ser 0 conhecimento e a comunicar.;:ao. Estes

equivalem a ativas, tai5 como maquinas, dinheiro, predios, terra e estoques. Alem

disso, a conhecimento conta com urn diferencial privilegiado: pade ser

constantemente atualizado e ampliado.

Urn dos efeitos dessa constante atualizar.;:ao e aprimoramento do conhecimento

reflete-se, diretamente, sobre os empregados de maneira geral, pois estes, se nao

atualizarem seus conhecimentos e reciclarem suas habilidades, correm serio risco

de serem alijados do mercado caracterizado por rapidas e profundas mudanl;as.

Neste novo cenario de negocios, no qual as palavras de ordem das empresas sao

qualidade e competitividade, os processos de produ~ao requerem informal;oes e

decisoes rapidas, exigindo pessoas preparadas e em constante processo de

atualiza~ao. Sem tal preparo, 0 trabalhador nao tera possibilidade de gerar

produtividade e inova~ao. Afinal, nao possuira 0 conhecimento que pode leva-Io a

entender e acompanhar a velocidade das mudanl;as.

A Novozymes Latin America Uda busca, constantemente, recursos para manter-

se competitivas e modernas. Assim, alem das inova~oes tecnol6gicas, e

desenvolvimento dos trabalhadores e considerado condir:;:ao sine qua non na

gerar:;:ao da capacidade inovadora da empresa. A capacidade de inovar:;:ao, par sua

vez, e urn fator dinamico e crucial para a competitividade economica. A empresa,

para proporeionar a eapaeidade de inovagao, eontam com polftieas de recursos

humanos que valorizam 0 desenvolvimento do conhecimento e da inteligemcia da

forr:;:a de trabalho, em todes os niveis da atividade produtiva; desde a alta

administrar:;:ao ate ° chao de fabrica. A empresa Novozymes Latin America Ltda

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reconhece a importancia dos funcionarios da logistica para a realizav80 de seus

objetivos e sua preservav80 no mercado.

Os entrevistados consideraram que as iniciativas de treinamento e capadtav80

viabilizam 0 atingimento dos resultados da empresa. 0 RH considera 0 treinamento

dos funcionarios da logistica como uma estrategia para a organiZay80, 0 que a leva

a desenvolver politicas e tomar avoes para sustentar esta estrategia. Oesta forma,

pode-se afirmar que 0 sistema de treinamento e capacitav80 profissional e uma

estrategia que deve ser mantida, com uma abordagem de educavao continuada, a

qual se faz necessaria, frente a rapidez com que os conhecimentos perdem a

validade no contexto atual, objetivando, assim, a aprendizagem organizadonal.

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