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CARREGAL DO SAL D04. Proposta de delimitação da Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde PR-03224 Janeiro de 2017

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CARREGAL DO SAL

D04. Proposta de delimitação da Área de

Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

PR-03224

Janeiro de 2017

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CARREGAL DO SAL

D04. Proposta de delimitação da Área de

Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

PR-03224

Janeiro de 2017

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

iii

ÍNDICE

INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 6

ENQUADRAMENTO TERRITORIAL ............................................................................................ 7

2.1. Enquadramento regional ....................................................................................................... 7

2.2. Enquadramento concelhio dos aglomerados ...................................................................... 10

DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA ............................................................. 13

3.1. Enquadramento da Área de Reabilitação urbana de Oliveira do Conde ............................. 13

3.2. Apresentação da proposta de delimitação .......................................................................... 14

3.3. Critérios de delimitação ....................................................................................................... 16

3.4. Breve caraterização e diagnóstico ....................................................................................... 18

3.5. Objetivos .............................................................................................................................. 25

QUADRO DE BENEFÍCIOS FISCAIS ........................................................................................... 28

4.1. Benefícios Fiscais e Incentivos Municipais à Reabilitação Urbana ...................................... 28

4.1.1. Critérios de acesso aos benefícios fiscais para as ações de reabilitação ............................. 29

ANEXOS ................................................................................................................................. 31

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

iv

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Enquadramento regional do concelho de Carregal do Sal ..................................................... 7

Figura 2. Síntese do sistema urbano da região Centro ......................................................................... 8

Figura 3. Limites administrativos do concelho de Carregal do Sal ...................................................... 10

Figura 4. Localização da ARU de Oliveira do Conde ............................................................................ 13

Figura 5. Proposta de delimitação da ARU de Oliveira do Conde ....................................................... 15

Figura 6. Principais núcleos da ARU de Oliveira do Conde ................................................................. 17

Figura 7. ARU de Oliveira do Conde e subsecções estatísticas (BRGI 2011) ....................................... 18

Figura 8. Exemplos do estado de conservação de edifícios da ARU Oliveira do Conde ...................... 22

Figura 9. Parque edificado na praça Brasil-Portugal/travessa Fernão Gomes de Goes e rua

Comendador José Nunes Martins ....................................................................................................... 23

Figura 10. Património e equipamentos na ARU de Oliveira do Conde ............................................... 24

Figura 10. Modelo de ficha de avaliação do estado de conservação de edifícios- NRAU ................... 33

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. População residente, variação e densidade populacional, por freguesia, entre 2001 e 2011

............................................................................................................................................................ 11

Tabela 2. Evolução do número de edifícios e alojamentos, por freguesia, no concelho de Carregal do

Sal, entre 2001 e 2011 ........................................................................................................................ 12

Tabela 3. Caracterização estatística da ARU de Oliveira do Conde - 2011 ......................................... 19

Tabela 4. População residente, por grupos etários, em 2011 ............................................................ 19

Tabela 5. Nível de escolaridade da população residente, em 2011 .................................................... 20

Tabela 6. População empregada, por setor de atividade, em 2011 ................................................... 20

Tabela 7. Edifícios clássicos segundo o número de alojamentos, implantação e número de pisos, 2011

............................................................................................................................................................ 20

Tabela 8. Data de construção dos edifícios ......................................................................................... 21

Tabela 9. Tipo de estruturas dos edifícios da ARU .............................................................................. 21

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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SIGLAS E ACRÓNIMOS

ARU: Área de Reabilitação Urbana

BRGI: Base Geográfica de Referenciação da Informação

CCDRC: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento

Regional do Centro

CIVA: Código do Imposto de Valor Acrescentado

DL: Decreto-lei

EBF: Estatuto de Benefícios Fiscais

EN: Estrada Nacional

IC: Itinerário Complementar

IHRU: Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana

IMI: Imposto Municipal sobre Imóveis

IMT: Imposto Municipal sobre as Transmissões

Onerosas de imóveis

INE: Instituto Nacional de Estatísticas, I.P.

IRS: Imposto sobre o Rendimento Singular

IVA: Imposto sobre o Valor Acrescentado

NRAU: Novo Regime de Arrendamento Urbano

NUTS: Nomenclatura das Unidades Territoriais para

Fins Estatísticos

OE: Orçamento de Estado

ORU: Operação de Reabilitação Urbana

PARU: Plano de Ação de Regeneração Urbana

PERU: Programa Estratégico de Reabilitação Urbana

PROT-C: Plano Regional de Ordenamento do Território

do Centro

RJRU: Regime Jurídico de Reabilitação Urbana

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

6

INTRODUÇÃO

A Câmara Municipal de Carregal do Sal tem vindo a promover ao longo dos últimos anos um

conjunto de iniciativas de recuperação de espaços públicos e de reabilitação de edifícios e

equipamentos urbanos, no quadro de uma estratégia de desenvolvimento do concelho e da vila,

do ponto de vista económico, social, cultural e ambiental.

Consciente da importância do território, encarado como um recurso essencial para o

desenvolvimento sustentável e integrado, a Câmara Municipal encontra-se a desenvolver

mecanismos de intervenção no território que lhe permitam dar um novo impulso ao processo de

revitalização urbana da vila de Carregal do Sal e dos aglomerados urbanos do concelho.

Após o processo de delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) da vila de Carregal do Sal,

sobre a qual se desenvolveu a Operação de Reabilitação Urbana (ORU) e o respetivo Programa

Estratégico de Reabilitação Urbana (PERU), bem como a submissão do Plano de Ação de

Regeneração Urbana (PARU), procede-se, agora, à delimitação, caraterização e formalização de

duas Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) nas freguesias de Cabanas de Viriato e Oliveira do Conde.

O processo de delimitação das ARU teve em consideração que estas devem ter por objeto espaços

urbanos que apresentam insuficiências e fenómenos de degradação ou obsolescência ao nível do

edificado, espaço público, infraestruturas urbanas, equipamentos, espaços verdes, bem como

fenómenos de declínio da atividade económica e de “erosão” social que, no seu conjunto,

justifiquem uma intervenção integrada.

Partindo da referência que constitui o trabalho até aqui desenvolvido pelo Município, o presente

trabalho procede à identificação e caraterização da área de reabilitação urbana, na freguesia de

Oliveira do Conde, atendendo às disposições do Regime Jurídico de Reabilitação Urbana (RJRU),

aprovado pelo Decreto-Lei nº 307/2009, de 23 de outubro, alterado pela Lei n.º 32/2012, de 14

de agosto). Para o seu desenvolvimento, procedeu-se a um reconhecimento detalhado do

território em análise, através de visitas ao território e reuniões de trabalho com o município,

sendo possível recolher contributos e informação relativa a aspetos como o edificado, espaço

público e mobilidade e transportes.

Este documento corresponde à memória descritiva e justificativa que alicerça a formalização da

ARU de Oliveira do Conde, apresentando o enquadramento territorial e caraterização da área a

intervir e explicitando a sua delimitação, bem como os objetivos estratégicos a prosseguir.

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7

ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

2.1. ENQUADRAMENTO REGIONAL

O concelho de Carregal do Sal situa-se na região Centro, mais precisamente na NUTS III Viseu Dão

Lafões, tendo uma área aproximada de 117 km² e uma população de 9835 habitantes (à data dos

Censos de 2011), o que corresponde a uma densidade populacional de 84,1 habitantes/km²,

superior à média da NUTS III que apresenta uma densidade de 79,5 habitantes/km².

É delimitado a norte pelo município de Viseu, a nordeste por Nelas, a leste por Oliveira do Hospital,

a sudeste por Tábua, a sudoeste por Santa Comba Dão e a noroeste por Tondela (Figura 1). Com

a reorganização administrativa, efetuada em 2013, o território do concelho passou a incorporar

cinco freguesias: Beijós, Cabanas de Viriato, Oliveira do Conde, Parada e união de freguesias de

Currelos, Papízios e Sobral, atualmente designada freguesia de Carregal do Sal.

Figura 1. Enquadramento regional do concelho de Carregal do Sal

Fonte: SPI; 2016

No que diz respeito a acessibilidades, o IC12 é o principal eixo que serve o concelho de Carregal

do Sal e permite a sua ligação a importantes infraestruturas da rede rodoviária nacional, como o

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IP3 (ligação de Viseu a Coimbra), a A25 (ligação de Aveiro a Vilar Formoso) e a A24 (ligação da A25

em Viseu a Chaves). Estas infraestruturas são importantes para o posicionamento geoestratégico

do concelho, uma vez que permite uma boa conetividade aos principais polos urbano regionais e

sub-regionais, sobretudo ao sistema urbano de Viseu, em relação ao qual Carregal do Sal se

apresenta como um centro urbano complementar.

Quanto a ligações de proximidade, as estradas nacionais EN234 e EN2390 são as mais relevantes

neste contexto, ligando o concelho a Nelas e a Oliveira do Hospital, respetivamente. A ER230 faz

a ligação ao concelho de Tondela, sendo também um relevante eixo de ligação inter-regional

nomeadamente a Viseu.

No que se refere ao transporte ferroviário, o concelho é atravessado pela linha da Beira Alta com

uma estação na vila de Carregal do Sal e outra em Oliveirinha - Cabanas. Este eixo estabelece a

ligação à Guarda e a Vilar Formoso, sendo também uma importante conexão a Espanha.

No modelo territorial do Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro (PROT-C), o

concelho de Carregal do Sal está classificado como centro urbano complementar, fazendo parte

de uma pequena constelação urbana na envolvente da Barragem da Aguieira e Fronhas, da qual

também fazem parte os concelhos de Mortágua, Santa Comba Dão e Tábua. Estes aglomerados

encontram-se na proximidade dos sistemas urbanos de Viseu e de Coimbra e têm o IC2 e a linha

ferroviária da Beira alta como eixos de estruturação territorial. Neste contexto, os centros urbanos

complementares, como Carregal do Sal, têm uma função dominantemente municipal garantindo

uma oferta urbana essencial para a coesão socioeconómica e territorial.

Figura 2. Síntese do sistema urbano da região Centro

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Fonte: CCDR Centro, PROT – C, 2011

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2.2. ENQUADRAMENTO CONCELHIO DOS AGLOMERADOS

No concelho de Carregal do Sal, a vila de Carregal do Sal polariza o sistema urbano formado por

aglomerados distribuídos pelas cinco freguesias, havendo uma maior concentração populacional

em Carregal do Sal (3399 residentes) e Oliveira do Conde (3122 residentes) (Erro! A origem da

eferência não foi encontrada.).

Figura 3. Limites administrativos do concelho de Carregal do Sal

Fonte: SPI (a partir de dados da CAOP 2016 e BRGI – INE), 2017

No concelho, em 2011, a densidade populacional era de 84,1 habitantes/km2, tendo diminuído

face a 2001 (89,1 habitantes/km2), tendência semelhante à registada na região Dão Lafões e

região Centro. À escala das freguesias do concelho (considerando a organização administrativa

existente à data dos Censos de 2011, com 7 freguesias), a densidade populacional revela algumas

desigualdades, variando entre os 45 habitantes/km2, na freguesia de Sobral, e 148

habitantes/km2, em Currelos, sendo esta última a única freguesia a registar um aumento da

densidade populacional, situação que se justifica pelo facto de corresponder à localização da vila

sede de concelho (Tabela 1).

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11

Em termos de evolução sociodemográfica, em 2011, a população residente no concelho era de

9835 habitantes, o que representa um decréscimo de 5,5% relativamente a 2001 (-576

habitantes). Como referido anteriormente, no mesmo período, a região Centro e a sub-região de

Dão Lafões, na qual o concelho de Carregal do Sal se insere, registaram um decréscimo

populacional de 0,9% (-20642 habitantes) e de 3,2% (-9073 habitantes), respetivamente.

Tabela 1. População residente, variação e densidade populacional, por freguesia1, entre 2001 e 2011

Unidade Territorial Área

População residente Densidade

Populacional

2001 2011 Variação 2001-2011 2001 2011

Km2 Nº Nº Nº % Hab/Km2

Portugal 92212 10356117 10562178 206061 2,0 112,4 114,5

Região Centro (NUTS II) 28199,4 2348397 2327755 -20642 -0,9 83,3 82,6

Dão-Lafões (NUTS III) 3488,9 286313 277240 -9073 -3,2 82,1 79,5

Carregal do Sal (concelho)

116,9 10411 9835 -576 -5,5 89,1 84,1

Beijós 12,5 1217 975 -242 -19,9 97,2 77,8

Cabanas de Viriato 21,5 1698 1533 -165 -9,7 79,1 71,4

Currelos 16,4 2261 2447 186 8,2 137,6 148,9

Oliveira do Conde 35,2 3313 3122 -191 -5,8 94 88,6

Papízios 13,5 758 679 -79 -10,4 56,2 50,3

Parada 11,7 872 806 -66 -7,6 74,7 69,1

Sobral 6,1 292 273 -19 -6,5 48,1 45

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação/BRGI, 2001 e 2011

Em 2011, a freguesia de Oliveira de Conde representava a maior percentagem de população

residente (3122 habitantes, 31,7% da população concelhia), seguindo-se a freguesia de Currelos

(2447 habitantes, que corresponde a 24,9% da população), onde se verificava maior a densidade

populacional do concelho (148,9 habitantes/km²). Por outro lado, as freguesias de Sobral e

Papízios encontravam-se entre as menos populosas do concelho, com 273 e 806 habitantes,

respetivamente.

Em termos de variação populacional no último período intercensitário, a freguesia de Currelos foi

a única a apresentar um acréscimo populacional, tendo em 2011 mais 186 habitantes do que em

1 Os dados estatísticos que reportam às datas dos Censos de 2001 e 2011 ainda não refletem a reorganização

administrativa ao nível das freguesias nem das NUTS III. Deste modo, nas designações das unidades territoriais surgem as

sete freguesias que integravam o concelho de Carregal do Sal antes da criação da união de freguesias de Currelos, Papízios

e Sobral (que, em 2015, passou a designar-se freguesia de Carregal do Sal), e sub-região Dão Lafões, correspondente à

versão de 2002 das Nomenclaturas Territoriais para Fins Estatísticos. Ao longo do documento serão mantidos estas

designações quando forem apresentadas estatísticas referentes a estes anos.

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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2001 (o que corresponde a uma variação de cerca de 8%). As restantes freguesias do concelho

registaram um decréscimo populacional, com destaque para as freguesias de Beijós e Papízios,

com uma variação negativa de 19,9% e 10,4%, respetivamente.

No que diz respeito ao parque edificado do concelho de Carregal do Sal, entre 2001 e 2011,

ocorreu um aumento de cerca de 12% do parque edificado, em linha com o registado na região

Centro (NUTS II) e em Dão Lafões (NUTS III), sendo constituído, em 2011, por 6105 edifícios que

correspondiam a 6672 alojamentos familiares.

Tabela 2. Evolução do número de edifícios e alojamentos, por freguesia, no concelho de Carregal do Sal, entre 2001 e 2011

Unidade Territorial

Edifícios Alojamentos familiares

2001 2011 Variação

2001-2011 (%)

2001 2011 Variação

2001-2011 (%)

Portugal 3160043 3544389 12,2 5046744 5866152 14,0

Região Centro (NUTS II) 992321 1111952 12,1 1252754 1445343 13,3

Dão-Lafões (NUTS III) 129067 145974 13,1 150718 173850 13,3

Carregal do Sal (concelho)

5461 6105 11,8 5946 6672 10,9

Beijós 679 701 3,2 686 710 3,4

Cabanas de Viriato 955 1100 15,2 1015 1129 10,1

Currelos 900 1070 18,9 1255 1510 16,9

Oliveira do Conde 1773 1979 11,6 1833 2062 11,1

Papízios 444 506 14,0 446 508 12,2

Parada 527 574 8,9 527 574 8,2

Sobral 183 175 -4,4 184 179 -2,8

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 e 2011

A freguesia de Oliveira do Conde integrava a maior porção do parque edificado do concelho, com

cerca de 32% do total de edifícios (1979 edifícios), em 2011, registando um acréscimo de 11,6%

em relação ao verificado em 2001. Esta evolução no número de edifícios é acompanhada também

pela evolução positiva do número de alojamentos familiares (11,1%). Por outro lado, a freguesia

de Sobral representava a menor proporção do edificado concelhio, com 175 edifícios (2,9% do

total de edifícios do concelho), tendo sido a única freguesia do concelho com um decréscimo do

número de edifícios entre 2001 e 2011 (4,4%).

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13

DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA

3.1. ENQUADRAMENTO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA DE OLIVEIRA DO CONDE

A freguesia de Oliveira do Conde, onde se delimita a presente ARU, encontra-se localizada na zona

sudeste de Carregal do Sal, na proximidade da vila sede de concelho, do qual dista cerca de 3,5

km (Figura 4).

Figura 4. Localização da ARU de Oliveira do Conde Fonte: SPI, 2017

Por via rodoviária, as deslocações até Carregal do Sal podem ser efetuadas pela EN234, tendo este

trajeto uma duração aproximada de 7 minutos. As ligações rodoviárias a outros destinos podem

ser efetuadas através do principal eixo viário, o IC12, que serve de ligação ao Santa Comba Dão e,

a partir daí, ao IP3 para Viseu/Coimbra e posteriormente ligação à A25 e A24. A EN234 estabelece

a ligação a Nelas, a nordeste do aglomerado, e EN230 a Oliveira do Hospital, a sudeste da

freguesia. Este último eixo viário revela-se importante também na estruturação da malha urbana

da ARU de Oliveira do Conde, cujas caraterísticas serão apresentadas com mais detalhe no

capítulo 3.4 do presente documento. Quanto ao transporte ferroviário, o município de Carregal

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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do Sal é atravessado pela linha da Beira Alta, tendo o aglomerado de Oliveira do Conde uma

estação na sua proximidade, a estação de Oliveirinha-Cabanas (a cerca de 1,6 km de distância).

3.2. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIMITAÇÃO

A ARU proposta para Oliveira do Conde abrange um território de aproximadamente 28 ha e

integra as áreas mais consolidadas – centro histórico – do aglomerado de Oliveira do Conde.

De acordo com os dados dos Censos de 2011, no conjunto de subsecções estatísticas que integram

a ARU de Oliveira do Conde existem 350 edifícios onde residem 517 pessoas, compreendendo

cerca de 26% da população total da freguesia de Oliveira do Conde

A EN230 (na ARU assume a toponímia de rua da Portela desde o limite norte até à praça Brasil-

Portugal e de rua nova/rua Santo/rua Luis de Camões, desde esta praça até ao limite sul da ARU)

configura-se como um principal elemento de estruturação do aglomerado que apresenta uma

malha urbana consolidada ao longo desta via. A norte, na proximidade da rua do Outeiro,

desenvolve-se um núcleo de edificado compacto e com malha irregular, semelhante ao existente

junto à rua da Igreja e, mais a sul, pelas ruas da Quelha e Comendador José Nunes Martins. O

limite sul da ARU situa-se no lugar da Azenha.

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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Figura 5. Proposta de delimitação da ARU de Oliveira do Conde

Fonte: SPI, 2016

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

16

3.3. CRITÉRIOS DE DELIMITAÇÃO

O RJRU define uma ARU como “a área territorialmente delimitada que, em virtude da insuficiência,

degradação ou obsolescência dos edifícios, das infraestruturas, dos equipamentos de utilização

coletiva e dos espaços urbanos e verdes de utilização coletiva, designadamente no que se refere às

suas condições de uso, solidez, segurança, estética ou salubridade, justifique uma intervenção

integrada, através de uma operação de reabilitação urbana aprovada em instrumento próprio ou em

plano de pormenor de reabilitação urbana” (alínea b) do artigo 2.º). Este diploma legal refere ainda

que uma ARU pode abranger “áreas e centros históricos, património cultural imóvel classificado ou

em vias de classificação e respetivas zonas de proteção, áreas urbanas degradadas ou zonas urbanas

consolidadas”.

O equilíbrio na composição da ARU é fundamental para a montagem de uma Operação de

Reabilitação Urbana (ORU), que pela sua própria natureza integrada, se destina não só a produzir

efeitos ao nível da qualificação urbanística, ambiental e patrimonial do espaço a intervir, mas também

a promover as condições que permitam estimular o desenvolvimento económico e a coesão social

neste território.

Neste sentido, a delimitação da ARU de Oliveira do Conde teve como base a análise detalhada das

caraterísticas e dinâmicas do perímetro urbano e teve em consideração os seguintes critérios:

: Coerência com os instrumentos de gestão do território em vigor, nomeadamente o Plano

Diretor Municipal;

: Coerência com a configuração e evolução da estrutura urbana;

: Integração dos espaços e tecidos urbanos degradados que carecem de uma estratégia

integrada de reabilitação urbana;

: Delimitação de uma área continua e com lógicas urbanas comuns, com funções

diversificadas e complementares;

: Localização dos principais equipamentos e serviços no núcleo urbano, polarizadores das

principais dinâmicas do aglomerado.

A delimitação da ARU de Oliveira do Conde teve em consideração a inclusão dos espaços centrais do

aglomerado, limitando uma aglomeração quase contínua estruturada pela EN230, até ao lugar da

Azenha, a sul. A norte, na proximidade da rua do Outeiro, desenvolve-se um núcleo de edificado

compacto e com malha irregular, semelhante ao existente junto à rua da Igreja e, mais a sul, na área

delimitada pelas ruas da Quelha e Comendador José Nunes Martins.

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

17

O território abrangido pela ARU corresponde a um aglomerado, essencialmente, residencial, onde a

Igreja Matriz e o edifício da Junta de Freguesia marcam uma centralidade funcional e territorial, na

qual se destaca, também, o espaço público que os rodeia que possui diferentes funções – espaço de

estacionamento e espaço de estar.

Na delimitação da ARU teve-se ainda em conta a dispersão pelo território de alguns edifícios com

diversas patologias e com necessidade de conservação que importa integrar nesta estratégia.

a.

b.

c.

d.

Figura 6. Principais núcleos da ARU de Oliveira do Conde

a. Rua da Igreja – edifício da Junta de Freguesia e Igreja Matriz; b. rua do Outeiro; c. rua Comendador José Numes Martins; d. Azenha

Fonte: SPI, 2016

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

18

3.4. BREVE CARATERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO

A informação apresenta neste ponto corresponde à análise de dados à escala da subsecção

estatística. Tendo em conta que não é possível fazer coincidir totalmente a área de intervenção com

os limites das subsecções estatísticas, os dados apresentados, dizem respeito a uma aproximação,

por ligeiro excesso, à área de intervenção da ARU de Oliveira do Conde, abrangendo um total de 12

subsecções estatísticas (Erro! A origem da referência não foi encontrada.).

Figura 7. ARU de Oliveira do Conde e subsecções estatísticas (BRGI 2011) Fonte: SPI, 2017

Tendo por base os limites apresentados na figura anterior, o conjunto de subsecções estatísticas que

integram esta ARU, à data dos Censos de 2011, abrangia um total de 517 habitantes, correspondendo

a uma densidade populacional de cerca de 18 habitantes/ha.

A ARU de Oliveira do Conde englobava um conjunto de 350 edifícios clássicos, com funções

maioritariamente habitacionais (98,3 % dos edifícios são exclusivamente residenciais, 1,4% dos

edifícios são principalmente residenciais e apenas 0,3% dos edifícios são principalmente não

residenciais), aos quais correspondem um total de 352 alojamentos, dos quais 23% se encontravam

vagos (Tabela 3).

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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Tabela 3. Caracterização estatística da ARU de Oliveira do Conde - 2011

ARU Superfície (ha) População

residente (Nº)

Densidade populacional

(hab/ha) Edifícios (Nº)

Alojamentos (Nº)

Alojamentos vagos (%)

Oliveira do Conde

28,0 517 18,5 350 352 23,0

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação 2011

População

A análise mais detalhada à estrutura etária da população residente na ARU de Oliveira do Conde

revela estarmos perante uma população na qual o escalão mais idoso (idade igual ou superior a 65

anos) supera o da população mais jovem, entre os 0 e os 24 anos. Desta forma, em 2011, a população

idosa residente na ARU de Oliveira do Conde correspondia a 28,6% do total, enquanto a população

jovem apresentava proporções de 12,4% na faixa etária dos 0 aos 14 anos e de 8,5% no grupo dos 15

aos 24 anos (Tabela 4).

A disparidade entre o grupo dos 0 aos 14 anos e o grupo com mais de 65 anos traduz-se num elevado

índice de envelhecimento (231,3), significativamente superior ao que se verifica à escala concelhia

(186,7).

Tabela 4. População residente, por grupos etários, em 2011

Unidade territorial

População residente

(Nº) 0 – 14 anos (%)

15 – 24 anos (%)

25 – 64 anos (%)

Mais de 65 anos (%)

Índice envelh. (Nº)

Concelho de Carregal do Sal

9835 13,7 10,7 50,1 25,6 186,7

ARU de Oliveira do Conde

517 12,4 8,5 50,5 28,6 231,3

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação 2011

Quanto ao nível de qualificações, verifica-se que a população residente na ARU de Oliveira do Conde

tem níveis de escolarização semelhantes aos do conjunto da população do concelho (Tabela 5). A

maioria (30%) da população residente na ARU apenas completou o 1º ciclo do ensino básico, 15,7%

completou o 2º ciclo e15,3% concluiu o 3º ciclo. Nos níveis de escolarização mais elevados,

nomeadamente no ensino secundário e superior, os valores apresentados pela população residente

na ARU são significativamente inferiores aos concelhios, com 6,8% da população residente na ARU, à

data dos Censos de 2011, com o ensino secundário completo e 4,6% com o ensino superior, face a

10,1% e 5,7% do concelho. Importa ainda destacar que a disparidade também é significativa no que

diz respeito à população que não sabe ler nem escrever, que representava 11,6% dos residentes da

ARU enquanto no concelho 6,9% da população não tem qualquer nível de escolarização.

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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Tabela 5. Nível de escolaridade da população residente, em 20112

Unidade territorial Pop

resid. (Nº)

Não sabe ler/

escrever (%)

1º CEB (%)

2º CEB (%)

3º CEB (%)

Ens. Secund.

(%)

Ens. pós-secund.

(%)

Ens. Superior

(%)

Concelho de Carregal do Sal

9835 6,9 32,0 14,3 15,0 10,1 0,4 5,7

ARU de Oliveira do Conde

517 11,6 29,8 15,7 15,3 6,8 0,2 4,6

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação 2011

No que diz respeito ao emprego, em 2011, 168 indivíduos residentes na ARU de Oliveira do Conde

estavam empregados, a maioria no setor terciário (51,2% do total da população empregada). O setor

secundário empregava cerca de 46% do total, enquanto o primário ocupa apenas 2,4% da população

empregada. À escala do concelho, em 2011, destaca-se também a preponderância do setor terciário

(56,8% do total da população empregada) e o setor secundário 38,8% (Tabela 6).

Importa destacar a maior representatividade da população empregue na indústria/setor secundário,

o que em parte poderá ser o resultado da localização, na freguesia, do Parque Industrial de Sampaio,

um dos mais importantes polos de emprego do concelho.

Tabela 6. População empregada, por setor de atividade, em 2011

Unidade territorial

População empregada

Setor primário Setor secundário Setor terciário

Nº Nº % Nº % Nº %

Concelho de Carregal do Sal 3424 153 4,5 1327 38,8 1944 56,8

ARU de Oliveira do Conde 168 4 2,4 78 46,4 86 51,2

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação 2011

Parque edificado

O parque edificado da ARU, em 2011, era constituído por 350 edifícios clássicos e a maioria foi

construída estruturalmente para possuir 1 ou 2 alojamentos (99,4%), predominando a implantação

isolada (98,6%). Ainda em termos estruturais, quase a totalidade têm 1 ou 2 pisos, sendo que à escala

do concelho também se verifica a predominância de edifícios de baixa altura (Tabela 7).

Tabela 7. Edifícios clássicos segundo o número de alojamentos, implantação e número de pisos, 2011

2 A tabela apenas considera a população residente com níveis de ensino completos, pelo que o somatório das várias categorias

não totaliza 100%

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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Unidade territorial

Edifícios clássicos

1 ou 2 alojamentos

3 ou + alojamentos

1 ou 2 pisos

3 ou 4 pisos

5 ou +pisos Total

Isolado Geminado Em banda

% % %

Concelho de Carregal do Sal

6105 6010 77,8 10,9 11,3 83 5653 433 19

ARU de Oliveira do

Conde 350 348 98,6 1,1 0,3 0 348 2 0

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação 2011

No que concerne à data de construção, destaca-se o elevado número de edifícios construídos entre

1919 e 1945 (54 edifícios) que correspondem a 15,4% do total. O período de 1991 a 2000 também

apresenta dinâmicas de expansão, correspondendo ao período de construção de 15,1% do total do

parque edificado da ARU. A partir de 2001, verifica-se um abrandamento na construção, sendo que

os edifícios construídos neste período correspondem a cerca de 11,4% do total.

Tabela 8. Data de construção dos edifícios

Unidade territorial

Antes 1919

1919 - 1945

1946 - 1960

1961 - 1970

1971 - 1980

1981 - 1990

1991 - 2000

2001 - 2011

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

Concelho de Carregal

do Sal 458 7,5 626 10,3 646 10,6 667 10,9 1036 17,0 913 15,0 999 16,4 760 12,4

ARU de Oliveira do

Conde 47 13,4 54 15,4 48 13,7 42 12,0 44 12,6 22 6,3 53 15,1 40 11,4

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação 2011

Quanto ao tipo de estruturas de construção presentes, a maioria dos edifícios da ARU tem estruturas

em betão armando (38,6%). Contudo, as estruturas de paredes de alvenaria sem placa também são

significativas (37,4%), situação que será reflexo da data de construção dos edifícios apresentada

anteriormente.

Tabela 9. Tipo de estruturas dos edifícios da ARU

Estrutura Nº %

Betão armado 135 38,6

Paredes de alvenaria com placa 70 20,0

Paredes de alvenaria sem placa 131 37,4

Paredes de alvenaria de pedra solta ou adobe 4 1,1

Outra 10 2,9

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação 2011

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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A idade dos edifícios e o tipo de estruturas presentes, associadas à diminuição da população

residente, contribui para justificar a existência de edifícios devolutos e alguns em estado de

degradação (Figura 8), que foi possível verificar no trabalho de campo realizado.

Figura 8. Exemplos do estado de conservação de edifícios da ARU Oliveira do Conde Fonte: SPI, 2016

A ARU de Oliveira do Conde abrange uma área urbana consolidada, com malha irregular, estruturada

no sentido norte-sul pela EN230, com construções à face deste arruamento, bem como de outros

eixos que estruturam pequenos núcleos de edificado mais compacto. Entre estes destacam-se o

núcleo que se organiza a partir do largo do Pelourinho e rua do Outeiro, na parte norte da ARU: o

núcleo em torno da praça Brasil-Portugal, travessa e rua Fernão Gomes de Goes e rua da Igreja.

Na rua Comendador José Nunes Martins e rua da Quelha, as edificações apresentam-se implantadas

linearmente ao longo destas vias. No limite a sul, na Azenha, o povoamento apresenta uma malha

irregular e menos compacta que nos núcleos anteriores.

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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Figura 9. Parque edificado na praça Brasil-Portugal/travessa Fernão Gomes de Goes e rua Comendador José Nunes Martins

Fonte: SPI, 2016

Oliveira do Conde desempenhou um importante papel na região e foi sede de concelho até 1836, data da

reforma administrativa que extinguiu várias sedes de concelho. A influência política e histórica deixou marcas

no património da freguesia, onde se encontram diversos exemplares de arquitetura senhorial e casas

brasonadas, sendo que alguns se encontram nos limites da ARU.

No que diz respeito ao património imóvel existente na área em estudo, destaca-se a Igreja Matriz de Oliveira

do Conde, na qual se situa o Túmulo de Fernão Gomes de Góis (Monumento Nacional), o pelourinho

Manuelino (Imóvel de Interesse Público) e a Casa Grande (Imóvel de Interesse Público).

Por fim, como já foi referido, o território abrangido pela ARU tem uma função principalmente residencial,

mas destaca-se a existência de centralidades relacionadas com elementos de referência como serviços e

equipamentos coletivos, nomeadamente da Junta de Freguesia, da estrutura residencial para idosos da

Fundação Comendador José Nunes Martins e da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu – Polo de Oliveira

do Conde.

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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Figura 10. Património e equipamentos na ARU de Oliveira do Conde Em cima: Pelourinho Manuelino e Casa Grande; em baixo: APCV – polo de Oliveira do Conde e Fundação José Nunes

Martins Fonte: SPI, 2016

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

25

3.5. OBJETIVOS

O objetivo central da formalização da ARU de Oliveira do Conde foca-se na melhoria do ambiente

urbano, através da regeneração, reabilitação e valorização do tecido edificado e do espaço público

envolvente, de modo a promover melhores condições urbanas e ambientais que contribuam para

atrair e fixar população e atividades económicas.

Pretende-se que o processo desencadeado pela formalização da ARU permita a dinamização e o

fortalecimento da identidade urbana deste aglomerado com características únicas e distintivas em

termos de funções e formas urbanas e enquadramento paisagístico.

Neste contexto, e tendo por base os princípios gerais identificados no artigo 3º do RJRU, a reabilitação

urbana deve contribuir, de forma articulada, para a prossecução dos seguintes objetivos, que se

assumem também como objetivos gerais da ARU de Oliveira do Conde:

: Assegurar a reabilitação dos edifícios que se encontram degradados ou funcionalmente

inadequados;

: Reabilitar tecidos urbanos degradados ou em degradação;

: Melhorar as condições de habitabilidade e de funcionalidade do parque imobiliário

urbano e dos espaços não edificados;

: Garantir a proteção e promover a valorização do património cultural;

: Afirmar os valores patrimoniais, materiais e simbólicos como fatores de identidade,

diferenciação e competitividade urbana;

: Modernizar as infraestruturas urbanas;

: Promover a sustentabilidade ambiental, cultural, social e económica dos espaços urbanos;

: Fomentar a revitalização urbana, orientada por objetivos estratégicos de

desenvolvimento urbano, em que as ações de natureza material são concebidas de forma

integrada e ativamente combinadas na sua execução com intervenções de natureza social

e económica;

: Assegurar a integração funcional e a diversidade económica e sociocultural nos tecidos

urbanos existentes;

: Requalificar os espaços verdes, os espaços urbanos e os equipamentos de utilização

coletiva;

: Qualificar e integrar as áreas urbanas especialmente vulneráveis, promovendo a inclusão

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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social e a coesão territorial;

: Assegurar a igualdade de oportunidades dos cidadãos no acesso às infraestruturas,

equipamentos, serviços e funções urbanas;

: Desenvolver novas soluções de acesso a uma habitação condigna;

: Recuperar espaços urbanos funcionalmente obsoletos, promovendo o seu potencial para

atrair funções urbanas inovadoras e competitivas;

: Promover a melhoria geral da mobilidade, nomeadamente através de uma melhor gestão

da via pública e dos demais espaços de circulação;

: Promover a criação e a melhoria das acessibilidades para cidadãos com mobilidade

condicionada;

: Fomentar a adoção de critérios de eficiência energética em edifícios públicos e privados.

Deste modo, foram estabelecidos os seguintes objetivos estratégicos a prosseguir com a delimitação

da ARU de Oliveira do Conde:

: Qualificar a centralidade urbana mais antiga da freguesia, caraterizada pelo seu caráter

essencialmente linear e que deve ser pensada de forma integrada num esforço de

regeneração de espaços (edificados e não edificados) e de ativação de dinâmicas

socioeconómicas que os utilizem como palco central.

: Identificar o edificado degradado e incentivar/facilitar o seu processo de reabilitação

associado à intervenção no tecido urbano degradado. A caraterização realizada à ARU

evidencia a existência de diversos imóveis com caraterísticas arquitetónicas de

significativo interesse patrimonial e outros exemplares de arquitetura mais tradicional

devolutos e em estado de degradação tornando-se por isso premente estimular e apoiar

a reabilitação do edificado degradado.

: Qualificar o espaço público e reforçar a unidade, a identidade e a imagem urbana: Com

um carater essencialmente linear e com uma condição de eixo de atravessamento, a

EN230 deve ser tratada, dentro da ARU, de forma diferenciada, assumida como espaço

primordial para a circulação dos residentes, a pé; e como eixo agregador de praças, largos

e outros pequenos arruamentos que em si confluem.

: Mobilizar os diversos agentes de desenvolvimento com um papel ativo na área de

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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intervenção – centro antigo de Oliveira do Conde | A participação e envolvimento de

entidades públicas e privadas como a Junta de Freguesia, associações, proprietários,

comerciantes, etc. é relevante para que possam ser sensibilizados para a premente

reabilitação dos espaços como forma de atrair e reter população e atividades económicas

que possam gerar emprego e contribuir para um centro antigo mais coeso e competitivo.

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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QUADRO DE BENEFÍCIOS FISCAIS

4.1. BENEFÍCIOS FISCAIS E INCENTIVOS MUNICIPAIS À REABILITAÇÃO URBANA

A reabilitação urbana beneficia de um conjunto de benefícios fiscais consagrados no Regime

Extraordinário de Apoio à Reabilitação Urbana, aprovado pela Lei do Orçamento de Estado (OE) para

2008, os quais foram reforçados e ampliados pela Lei do OE de 2009 com a introdução do novo artigo

71º no Estatuto de Benefícios Fiscais (EBF)3. Este quadro de benefícios fiscais, que seguidamente se

descreve, configura um importante instrumento de política para a dinamização da reabilitação

urbana.

Os benefícios fiscais que se elencam dizem respeito aos imóveis localizados na ARU de Oliveira do

Conde:

: Isenção de IMI dos prédios urbanos objeto de ações de reabilitação, por um período de 5 anos, a

contar do ano, inclusive, da conclusão das ações de reabilitação, podendo ser renovada por um

período adicional de 5 anos (artigo 45º e nº 7 do artigo 71º do EBF, na sua atual redação);

: Isenção de IMT nas aquisições de prédio urbano ou de frações autónomas de prédios urbanos,

destinados exclusivamente a habitação própria e permanente, na primeira transmissão onerosa do

prédio reabilitado ou a reabilitar (artigo 45º e nº 8 do artigo 71º do EBF);

: IRS:

o Dedução à coleta de 30% dos encargos suportados pelo proprietário, relacionados com a

reabilitação, até ao limite de 500€ (nº 4 do artigo 71º do EFB);

o Tributação à taxa reduzida de 5% das mais-valias auferidas por sujeitos passivos residentes

em território português quando sejam inteiramente decorrentes da

alienação/arrendamento de imóveis recuperados em áreas de reabilitação urbana, sem

prejuízo após a realização de obras de recuperação (nº 5 do artigo 71º do EFB);

: IVA: redução de 23% para 6% nas empreitadas (artigo 71º do EBF e artigo 18º - 1/a CIVA, Lista I

anexa ao CIVA, 2.19 e Lista I anexa ao CIVA, 2.23)

: Taxa Municipal de Derrama:

o Ficam isentas de Taxa Municipal de Derrama as empresas com sede em Carregal do Sal,

cujo objeto social se destine a obras de reabilitação urbana e o lucro tributável resulte da

3 Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de Julho, aditado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro, e alterado pela Lei n.º 66-B/2012,

de 31 de dezembro. Redação mais recente disponível em

www.info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/codigos_tributarios/bf_rep/bf71.htm

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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atividade na ARU;

o Ficam isentas de Taxa Municipal de Derrama as empresas com atividade turística e com

sede em Carregal do Sal cujo lucro tributável resulte da atividade na ARU;

: Taxas municipais sobre as obras de reabilitação de imóveis: o licenciamento de obras de

edificação, alteração e ampliação nos prédios urbanos objetos de ações de reabilitação na área

delimitada, quando se efetuam com preservação de fachadas e os correspondentes títulos sejam

emitidos até dezembro 2020 são isentos de Taxas Municipais, nos termos do Regulamento

Municipal de Urbanização e Edificação.

4.1.1. CRITÉRIOS DE ACESSO AOS BENEFÍCIOS FISCAIS PARA AS AÇÕES DE REABILITAÇÃO

Para efeitos de concessão das isenções de IMI e IMT, importa ter em consideração os conceitos de

ação de reabilitação e estado de conservação constantes das alíneas a) e c) do n.º 22 do artigo 71.º

do Estatuto dos Benefícios Fiscais, que se transcrevem:

a. Ações de Reabilitação – As intervenções destinadas a conferir adequadas caraterísticas de

desempenho e de segurança funcional, estrutural e construtiva a um ou vários edifícios, ou às

construções funcionalmente adjacentes incorporadas no seu logradouro, bem como às suas

frações, ou a conceder-lhe novas aptidões funcionais, com vista a permitir novos usos ou o mesmo

uso com padrões de desempenho mais elevados, das quais resulte um estado de conservação do

imóvel, pelo menos, dois níveis acima do atribuído antes da intervenção.

b. Estado de Conservação – O estado do edifício ou da habitação determinado nos termos do disposto

no Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) e no Decreto-Lei n.º 156/2006, de 8 de Agosto,

para efeito de atualização faseada das rendas ou, quando não seja o caso, classificado pelos

competentes serviços municipais, em vistoria realizada para o efeito, com referência aos níveis de

conservação constantes do quadro do artigo 33.º do NRAU.

Os referidos níveis associados ao estado de conservação do imóvel são os seguintes: 5 – Excelente, 4

– Bom., 3 – Médio, 2 – Mau, 1 – Péssimo.

Esta classificação, assim como o quadro de responsabilidades e procedimentos, encontra-se

explicitado no Decreto-Lei n.º 266-B/2012, de 31 de dezembro, que estabelece o regime de

determinação do nível de conservação dos prédios urbanos ou frações autónomas, arrendadas ou

não, para os efeitos previstos em matéria de arrendamento urbano, de reabilitação urbana e de

conservação do edificado.

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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A comprovação do início e da conclusão das ações de reabilitação é da competência da Câmara

Municipal, incumbindo-lhe certificar o estado dos imóveis, antes e após as obras compreendidas na

ação de reabilitação. A Câmara Municipal de Carregal do Sal é a responsável pelo procedimento de

vistorias e aprovação da concessão dos benefícios fiscais, após a boa conclusão das obras, atestada

pelos serviços municipais competentes.

Assim, para efeitos de atribuição dos benefícios fiscais identificados e quando os mesmos forem

solicitados por motivos de realização de obras de reabilitação, os interessados devem facultar à

Câmara Municipal prova de titularidade do imóvel (registo predial e matriz) e limites cadastrais do

mesmo, bem como todos os documentos necessários, comprovativos da ação de reabilitação

realizada.

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Proposta de delimitação Área de Reabilitação Urbana de Oliveira do Conde

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ANEXOS

A este relatório de proposta de delimitação da ARU de Oliveira do Conde encontram-se anexados três

documentos de suporte:

: Planta de limite da ARU em base cartográfica (em ficheiro autónomo);

: Planta de limite da ARU em ortofotomapa (em ficheiro autónomo);

: Modelo de ficha de avaliação do estado de conservação de edifícios - NRAU

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Figura 11. Modelo de ficha de avaliação do estado de conservação de edifícios- NRAU

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