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No seguimento do lançamento do projeto “Arma Secreta”, revelado no passado dia 29 de Maio pela Lista A, candidata à Direção da AEFML, vem a Lista E prestar os necessários esclarecimentos acerca do mesmo. Nos últimos dias, surgiram algumas informações que, não correspondendo à verdade, urgem ser esclarecidas, para que nos próximos dias 4 e 5 de Junho todos possamos votar conscientemente e na posse de todos os dados disponíveis sobre os projetos apresentados por ambas as listas.
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CARTA ABERTA AOS ESTUDANTES DA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Caros Colegas,
No seguimento do lançamento do projeto “Arma Secreta”, revelado no passado dia 29 de Maio
pela Lista A, candidata à Direção da AEFML, vem a Lista E prestar os necessários esclarecimentos acerca
do mesmo.
Nos últimos dias, surgiram algumas informações que, não correspondendo à verdade, urgem ser
esclarecidas, para que nos próximos dias 4 e 5 de Junho todos possamos votar conscientemente e na
posse de todos os dados disponíveis sobre os projetos apresentados por ambas as listas.
Estamos, contudo, conscientes de que a desconstrução da viabilidade da proposta em causa possa
ser novamente encarada como um ato de maledicência. No entanto, pela verdade, não desistimos de o
fazer.
Perante o anteriormente exposto:
1. A Lista E lamenta que um projeto de construção da dimensão estrutural e financeira do “3º Piso da
Sala de Alunos” seja negligenciado no plano eleitoral de uma lista candidata à Direção da AEFML. Este
surge, de acordo com a Lista A, incluído nos pontos:
“Gerir os recursos financeiros existentes, de forma a permitir investir os fundos necessários às
atividades dedicadas aos sócios” e “Envidar esforços no sentido de criar mais espaços de estudo
exclusivos para os estudantes da FML, realizando um estudo aprofundado sobre os locais passíveis
de serem convertidos em locais de estudo”.
Consideramos que o Plano Eleitoral, como documento que vincula a Lista a uma eleição e aos seus
eleitores, deve conter em detalhe todos os projetos. Não conseguimos compreender o timing escolhido
para o lançamento deste em particular. A Lista E não quer crer que esta forma de apresentação de
projetos seja uma manobra para contornar a possibilidade de se discutir o projeto com a profundidade
necessária, ao mesmo tempo que desvincula do cumprimento de tal projecto, uma vez que não consta
do seu Plano Eleitoral, que será sufragado.
2. A Lista E considera que o período de preparação de campanha eleitoral é insuficiente para a preparação
de um projecto desta dimensão e com os valores apresentados com a profundidade necessária.
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3. A Lista E recorda que a informação avançada pela Lista A sobre o projecto em causa é demasiado
escassa, uma vez que até ao momento não foi apresentada qualquer prova documental ou factual que
comprove as informações referentes ao projecto (nomeadamente orçamento, prazos e modo de
construção), facto que:
1) não permite atestar a veracidade das afirmações reiteradas até ao momento;
2) não permite a análise exaustiva por todos os colegas e técnicos dos dados avançados.
4. Perante o anteriormente exposto, e perante o destaque e relevância que o mesmo assumiu na sua
campanha, a Lista E sentiu-se obrigada a reunir, com a serenidade e responsabilidade que o momento
exige, as provas argumentativas (documentais e factuais) que comprovam a posição por si assumida
no debate inter-listas (1º momento em que teve acesso ao projecto) impossibilidade de realizar
este projeto com o orçamento avançado pela Lista A (200 000€).
5. Com o objetivo de esclarecer a comunidade académica, a Lista E contactou, ao longo dos últimos dias,
diversas entidades. Segue-se, por isso, um conjunto de argumentos recolhidos ao longo dos últimos dias
junto de Engenheiros Civis do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e da Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e junto de Advogados, que reiteram a veracidade das
afirmações iniciais da Lista E:
a. A construção de um 3º piso na Sala de Alunos exigirá, de acordo com o Regime Jurídico da
Urbanização e da Edificação (Decreto-Lei n.º 26/2010 de 30 de Março), licenciamento e
aprovação pela Câmara Municipal de Lisboa, estando sujeito a consideráveis emolumentos.
b. De acordo com o excerto do parecer do Prof. Doutor Raimundo Delgado - Professor
Catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Regente da
Disciplina de Estruturas, assim como de outros engenheiros até agora contactados:
i. A cobertura do edifício existente deverá ter sido dimensionada para uma
sobrecarga de utilização muito abaixo daquela que é necessária para a utilização
prevista para a ampliação. A cobertura terá sido dimensionada para uma
sobrecarga de 100kg/m2, enquanto que a nova utilização envolverá um valor
médio que será pelo menos o triplo, para além do aumento de cargas devidas a
divisórias (embora se admita que possam ser leves).
ii. Será necessário prever um novo piso, constituído por vigas e lajes, que se apoiará
nos elementos verticais da estrutura existente. A este propósito, pode ser
admissível que os pilares existentes tenham capacidade resistente para as novas
cargas, já que sendo um edifício de muito baixa altura as dimensões dos pilares
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poderão ter sido condicionados por exigências de dimensões mínimas, mas
cuidados especiais deverão ser tidas com as fundações desses pilares devido ao
aumento muito significado das cargas que terão que transmitir ao terreno de
fundação.
iii. De acordo com estudos recentes efetuados na Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto (FEUP), em que se fez a avaliação dos custos de
reabilitação de um grande número de espaços escolares, o valor médio rondará
os 700 euros/m2. Mesmo em situações de construção minimalistas esse valor
será da ordem dos 600 euros/m2.
iv. A adoção de paredes em vidro, na proposta em apreciação, acarreta mais custos
de construção e é mais exigente do ponto de vista do conforto térmico, dada a
sua reduzida capacidade de isolamento térmico.
v. Face ao exposto, considera-se COMPLETAMENTE IRREALISTA construir um
espaço com 580 m2 por 200 000 euros, a que se acrescentará o custo com
mobiliário, que disponha de todos os requisitos de habitabilidade que a
regulamentação em vigor exige.
6. O Orçamento de um projecto desta dimensão deverá incluir o: licenciamento da obra;
concepção do projecto; realização dos estudos necessários ao seu lançamento; construção;
materiais, mão de obra e Interiores. Os Engenheiros, empreiteiros e Arquitectos contactados
afirmam que o preço estimado desta obra, dependendo dos testes necessário à estrutura,
mobiliário e materiais utilizados, no entanto rondará valores entre os 400 000€ e os 800 000€. A
título exemplificativo:
Sala de Alunos - utilizando o preço por m2 de obras para a sala de alunos temos: 700€ x
580m2 = 406 000 euros. A este valor que se soma-se ainda vidros e mobiliário.
Sala de Estudo Prof. Doutor Eduardo Coelho, que surgiu através de um
aproveitamento de duas salas já existentes no corredor do Piso 01 e que custou cerca
de 100 000€ (vide relatório contas AEFML 11-12).
o Este orçamento não incluiu despesas importantes como: Climatização (2 ACs) –
7 000€; 6 Pontos de Rede – 4 000€; Cadeiras – 7 000€; Mesas - oferecido pela
Direção da FMUL.
o As intervenções na Sala de Estudo só foram possíveis uma vez que nesse ano a
AEFML contou com um apoio do Grupo Alfredo Jesus no valor de 100 000€,
devido ao prémio de re-assinatura do contrato de exploração da Cantina da Sala
de Alunos.
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Perante o anteriormente exposto, considera a Lista E que a proposta da Lista A, projecto de
construção do 3º Piso da Sala de Alunos, sendo possível de concretizar, nunca poderia ser realizado
dentro do orçamento avançado (200 000€).
A Lista E reitera o seu compromisso de gerir com rigor os recursos e espaços já disponíveis e
procurar novos espaços disponíveis para estudo (antiga cantina dos médicos, piso 9, novo edifício
Câmara Pestana) que procurem resolver aquela que é uma das verdadeiras preocupações dos alunos.
A NOSSA PROPOSTA - LISTA E
A - Temos uma proposta realista e concretizável, a Requalificação da Sala de Alunos, estimada em 50
000€.
B - A nossa proposta de Plano Eleitoral pretende devolver aos alunos a sala que sempre foi sua. Seja
para estudo, seja para trabalhos de grupo, seja para convívio, seja para as suas refeições.
C - Como apresentado em Plano Eleitoral, iriemos procurar uma nova sala de estudo nos espaços
disponíveis quer do HSM, quer da Faculdade.
D - Há obras que são absolutamente necessárias realizar na sala de alunos, há tectos com infiltrações,
sistemas eléctricos em curto-circuito, falta de luz, ausência de tomadas.
D - Quanto à Papelaria Menina Antónia, reiteramos a necessidade das obras de forma a garantir a
continuidade desta secção, sabendo que constitui uma das principais fontes de receita da AEFML, e que
permite, entre outras situações, o desenvolvimento e viabilização dos projectos/actividades da AEFML.
Perante os pontos anteriormente expostos, vem a Lista E apelar aos estudantes da FMUL que
formulem uma opinião devidamente sustentada. A Lista E deixa, por isso, um apelo final: dias 4 e 5
votem, sem armas, porque esta não é uma guerra, mas sim uma Eleição.
Saudações Académicas,
Lista E