38
01

cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

01

Page 2: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

02

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADEDO ESTADO DA BAHIA - CRCBARua do Salete, nº 320 - BarrisSalvador-BA • CEP: 40070-200Fone: (071) 2109-4000www.crcba.org.br

PRESIDENTEWellington do Carmo Cruz

VICE-PRESIDENTE DE DESENVOLVIMENTO OPERACIONALAntônio Carlos Nogueira Cerqueira VICE-PRESIDENTE DE CONTROLE INTERNO Graciela Mendes Ribeiro Reis VICE-PRESIDENTE DE REGISTRO E CADASTRO Elmo Luís de Oliveira Santos VICE-PRESIDENTE DE FISCALIZAÇÃO Edmilson Bispo Gonçalves VICE-PRESIDENTE TÉCNICO Antônio Carlos Ribeiro da Silva VICE-PRESIDENTE DE DESENVOLVIMENTOPROFISSIONAL E INSTITUCIONAL Welington Menezes Ferraz SUPERINTENDENTE DE DELEGACIAS Erivaldo Pereira Benevides OUVIDORA GERAL Iara Luísa de Santana Dórea Vaz

COMISSÃO DE CONTABILIDADE APLICADA AO TERCEIRO SETOR – CARTILHAS DO TERCEIRO SETOR

COORDENADOR Nailton Cazumbá

MEMBROS AUTORESAdmilson Machado, Litânia S. de Azevedo, Humberto Oliveira, Nailton Cazumbá, Zoraide dos Santos Silva.

REVISÃO FINALLeandro NunesMariana Freitas

LAYOUT E EDITORAÇÃOViamídia Publicidade

Page 3: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

03

ÍNDICE

APRESENTAÇÃO................................................................................5

MOTIVAÇÃO.....................................................................................6

A CARTILHA......................................................................................7

POR QUE A DENOMINAÇÃO “TERCEIRO SETOR”?...........................8

ASSOCIAÇÕES...................................................................................9

FUNDAÇÕES....................................................................................11

DIFERENÇAS ENTRE ASSOCIAÇÃO E FUNDAÇÃO............................13

CONSTITUIÇÃO PASSO A PASSO DE UMA ASSOCIAÇÃO.................15

FLUXO DO PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO......................................19

MODELO DE EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA...............22

MODELO DE ATA DE ASSEMBLEIA..................................................23

MODELO DE ESTATUTO..................................................................24

MODELO DE REQUERIMENTO........................................................27

Page 4: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

04

Page 5: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

05

1. APRESENTAÇÃO

O Conselho Regional de Contabilidade do Estado da Bahia tem se dedicado a contribuir para o fortalecimento do Terceiro Setor por meio de ações, palestras, seminários e cursos de capacitação voltados para os profissionais de contabilidade e demais interessados na área.

Para isso, vem realizando, juntamente à Comissão de Contabilidade Aplicada ao Terceiro Setor, estudos e pesquisas, buscando atender às demandas relativas aos aspectos jurídicos, tributários, fiscais e, principalmente, contábeis, com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento técnico-profissional daqueles que exercem ou pretendem exercer atividades em entidades privadas sem fins lucrativos.

Como resultado desse trabalho, temos a grande satisfação de apresentar a primeira Cartilha do Terceiro Setor, de uma série que será elaborada e disponibilizada gratuitamente aos profissionais da contabilidade, estudantes e sociedade, abordando de forma clara, prática e objetiva, diversos assuntos importantes sobre essa área ainda pouco explorada na bibliografia e nos cursos de graduação e especialização.

A Cartilha do Terceiro Setor – 1: Como Constituir uma Entidade sem Fins Lucrativos visa a demonstrar, passo a passo, quais os procedimentos necessários para a constituição de uma associação, que servirá de parâmetro para a abertura de outras instituições correlatas, como as fundações.

Consideramos relevante, nesta primeira publicação, apresentar um breve relato do significado da expressão “Terceiro Setor”, e quais as naturezas jurídicas abarcadas por esse conceito.

Agradecemos a toda Comissão de Contabilidade Aplicada ao Terceiro Setor, especialmente aos membros que se dedicaram à elaboração deste material, que será de grande utilidade não só aos profissionais da Contabilidade, mas também aos estudantes, aos professores, aos gestores e aos colaboradores das organizações do Terceiro Setor.

Esta publicação também estará disponível em versão eletrônica, com acesso para consulta e/ou download, por intermédio da página do CRCBA: www.crcba.org.br.

Contador Wellington do Carmo CruzPresidente do CRCBA

Page 6: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

06

2. MOTIVAÇÃO

O Terceiro Setor, apesar de sua notória importância e contribuição para a solução dos diversos problemas sociais, ainda é muito carente de informações e de profissionalização. Boa parte das organizações que compõem esse grupo realizam suas atividades baseadas no bom senso e na boa vontade, algumas vezes deixando de gozar de benefícios ou de cumprir obrigações principais ou acessórias em virtude da falta de conhecimento e de acompanhamento da sua gestão.

Devido a essa situação, a Vice-Presidência Técnica do Conselho Regional de Contabilidade do Estado da Bahia estabeleceu, como uma de suas metas, a elaboração de publicações que pudessem contribuir no atendimento às demandas das associações e fundações privadas sem fins lucrativos. Nossa expectativa é alcançar o maior número de entidades, utilizando textos que contenham uma linguagem simples e objetiva.

Como consequência do trabalho realizado pela Comissão e Contabilidade Aplicada ao Terceiro Setor do CRCBA, a primeira cartilha da série traz conceitos e um breve roteiro para a constituição de uma associação. As próximas publicações estão sendo estruturadas, visando a abordar outros temas, como: imunidades e isenções, titulações, gestão contábil, gestão de projetos e prestações de contas.

Nossa expectativa é que esse material auxilie na constituição e gestão de entidades, além de proporcionar uma leitura agradável, interessante e sempre oportuna.

Contador Antônio Carlos Ribeiro da SilvaVice-presidente Técnico do CRCBA

Page 7: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

07

A CARTILHA

A Cartilha do Terceiro Setor – 1: Como Constituir uma Entidade sem Fins Lucrativos foi elaborada com a intenção de abordar informações básicas, porém relevantes, trazendo os principais passos para a abertura de associações, podendo o material ser também utilizado como referência para a constituição de fundações privadas e organizações religiosas.

A ideia de apresentar a publicação no formato de cartilha, distribuída gratuitamente, fortalece a intenção da Comissão de Contabilidade Aplicada ao Terceiro Setor do Conselho de Contabilidade do Estado da Bahia – CRCBA de alcançar o maior número possível de entidades, estudantes e profissionais contábeis, passando a ser esse material um instrumento de consulta, específico, prático e eficiente.

As próximas publicações abordarão mais temas de grande importância para o Terceiro Setor, como: aspectos tributários, titulações, parcerias com o poder público, gestão de projetos, aspectos contábeis e outros que venham a surgir e sejam considerados relevantes para a gestão das entidades privadas sem fins lucrativos.

Desejamos uma ótima leitura, e que possamos continuar contribuindo com o Terceiro Setor no desenvolvimento de suas atividades e no cumprimento de sua missão social, beneficiando, assim, toda a sociedade.

.

Contador Nailton CazumbáCoordenador da Comissão de Contabilidade Aplicada ao Terceiro Setor

Page 8: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

08

3. POR QUE A DENOMINAÇÃO “TERCEIRO SETOR”?

A sociedade atual se encontra estruturada a partir de setores, onde o primeiro deles é representado pelo Governo, também denominado de Estado ou Administração Pública, formado pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

Dessa forma, o Primeiro Setor é composto por entes que possuem personalidade jurídica de direito público e são responsáveis por desempenhar funções públicas essenciais e indelegáveis aos particulares (segurança pública, defesa nacional, relações diplomáticas, justiça, elaboração legislativa, fiscalização, políticas públicas etc.). Os recursos para o desenvolvimento dessas atividades são procedentes, na sua maioria, da arrecadação de tributos. Portanto, sua aplicação deve ser direcionada integralmente na infraestrutura, no bem-estar da sociedade e demais funções pertinentes ao Estado.

O Segundo Setor, também conhecido por Mercado, compreende as organizações comerciais - pessoas físicas ou jurídicas de direito privado - encarregadas da produção e comercialização de bens e serviços, tendo como objetivo a obtenção de lucros para distribuição entre sócios, acionistas e investidores.

Esse grupo é representado pelas sociedades comerciais - empresas privadas - e empreendedores individuais, cujos recursos são oriundos do investimento realizado por particulares (instituidores) e da própria atividade operacional.

No entanto, em determinado momento, a sociedade percebeu que apenas as atividades realizadas pelo primeiro e segundo setores não eram suficientes para atender às demandas sociais. Assim, as pessoas passaram a se organizar e buscar a satisfação de interesses públicos, sem a finalidade de lucro, surgindo, assim, o que chamamos de Terceiro Setor.

Esse conjunto, caracterizado pela união de cidadãos que se constituem em entidades de direito privado, é representado pela Sociedade Civil que atua na esfera pública não estatal, organizada com o objetivo de

Page 9: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

09

conquistar soluções próprias para atender suas necessidades e seus problemas, fora da lógica do Estado e do Mercado. Os recursos, quase sempre têm origem de doações e patrocínios de particulares, e em auxílios, subvenções e transferências voluntárias por parte do poder público, além de atividades industriais, comerciais e de serviços que possam vir a executar.

Portanto, as entidades do Terceiro Setor não são empresas que visam lucro para fins de partilha entre os instituidores. Muito menos fazem parte do Estado, nem a ele são vinculadas, apesar de estarem revestidas de características públicas, uma vez que se dedicam a causas e questões sociais.

Podemos perceber, então, que o Terceiro Setor é formado por instituições não governamentais, sendo formas de expressão da organização da sociedade civil, a partir da participação voluntária para atender os interesses públicos em diferentes áreas e segmentos, indo além da perspectiva filantrópica e de caridade, passando a atuar de forma mais técnica e profissional. Nesses casos, os beneficiários passam a ser alcançados por trabalhos diferenciados qualitativamente, abrangendo as áreas de saúde, educacional, cultural, ambiental, recreativa, defesa de direitos, dentre outras.

4. ASSOCIAÇÕES

O Código Civil (Lei n. 10.406/2002) define associações como a união de pessoas que se organizam para fins não econômicos (art. 53). E a Constituição Federal garante o direito à livre associação, mas proíbe o exercício de determinadas atividades descritas em lei, tais como as atividades de caráter paramilitar.

Assim, as Associações constituem um agrupamento de pessoas, com uma finalidade comum que perseguem a defesa de determinados interesses, sem ter o lucro como objetivo. Portanto, são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins econômicos ou lucrativos, que se formam pela reunião de pessoas em prol de um objetivo comum, sem interesse de dividir resultado financeiro entre elas. Toda a renda proveniente de suas atividades deve ser revertida para os seus objetivos estatutários.

Page 10: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

10

Sua finalidade pode ser altruística – como uma associação beneficente que atende a uma comunidade sem restrições qualificadas – ou não altruística, no sentido em que se restringe a um grupo seleto e homogêneo de associados.

É importante ressaltar que, embora os fins das associações não sejam de ordem econômica, elas não estão proibidas de realizar atividades geradoras de receita, visto que não há vedação legal ao desempenho de tais atividades, desde que as mesmas caracterizem-se como meios para atendimento aos seus fins. Por isso, elas não perdem a categoria de associação, mesmo que realize negócios para manter ou aumentar seu patrimônio, desde que não propicie lucro aos associados.

Para tanto, as atividades econômicas desenvolvidas devem estar previstas expressamente em seus estatutos, bem como a intenção de reverter integralmente o produto gerado na consecução dos seus objetivos sociais.

A constituição de uma associação ocorre por meio de seu Estatuto Social, um conjunto de cláusulas contratuais que relaciona a entidade com os seus fundadores, dirigentes e associados, atribuindo-lhes direitos e obrigações entre si.

Para que a associação adquira existência formal perante a lei (que chamamos de personalidade jurídica), é necessário o registro de seu estatuto social e de sua ata de constituição no Cartório de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas. A partir do registro, a associação passa a possuir plena capacidade de direito, ou seja, ela possui personalidade jurídica e, portanto, a condição legal para contratar, empregar, etc., tornando-se um ator social que estará sujeito a direitos e obrigações.

Esses documentos são os necessários para a simples existência da associação, no entanto, para o exercício de suas atividades, ela necessitará de diversos outros documentos como o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - o CNPJ, que corresponde ao Cadastro de Pessoa Física - CPF, e cadastros municipais, estaduais e federais que podem, inclusive, possibilitar a solicitação de benefícios como a isenção de alguns impostos.

Page 11: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

11

Posteriormente, a entidade pode buscar o reconhecimento de benefícios fiscais, como imunidade e isenções, além de requerer a obtenção de títulos, certificados e qualificações que proporcionarão vantagens na captação de recursos a serem utilizados na sua manutenção e sustentabilidade.

As associações, geralmente, são administradas por uma Assembleia Geral, responsável pela definição quanto à forma de atuação da entidade, o Conselho Administrativo ou Diretoria (órgão executor) e o Conselho Fiscal (que realiza o acompanhamento das contas).

5. FUNDAÇÕES

O Código Civil, ao tratar das fundações, dispôs, no seu art. 62, que, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

A legislação que passou a vigorar em 2003 também definiu que novas fundações somente poderiam constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. Tal imposição causou bastante polêmica, visto que qualquer atividade lícita pode ser considerada moral.

Em julho de 2015, por meio da alteração ao Código Civil proferida pela Lei nº 13.151, as fundações poderão ser constituídas tendo como finalidades:

• Assistência social;

• Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;

• Educação;

• Saúde;

• Segurança alimentar e nutricional;

• Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;

• Pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias

Page 12: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

12

alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;

• Promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;

• Atividades religiosas.

Portanto, as fundações constituem-se numa universalidade de bens ou direitos, dotados de personalidade e destinados a uma determinada finalidade social, estabelecida pelo seu instituidor. Assim, são também pessoas jurídicas de direito privado, sem fins econômicos ou lucrativos, que se formam a partir da existência de um patrimônio destacado pelo seu instituidor, por meio de escritura pública ou testamento, para servir a um objetivo específico, voltado a causas de interesse público.

As fundações podem ser constituídas por indivíduos, por empresas ou pelo poder público. Neste último caso, temos as fundações públicas, pertencentes ao primeiro setor. É importante que exista uma declaração de vontade clara do instituidor para a constituição da fundação, especificando os bens destinados a formar seu patrimônio e os seus fins. Esse patrimônio precisa ser suficiente para garantir que a fundação cumpra as suas finalidades.

Assim, fundação é a instituição que se forma pela constituição de um patrimônio para servir a certo fim de utilidade pública ou atuar em benefício da sociedade. Caracteriza-se por seus fins de caridade ou beneficentes, de pesquisa, de educação, de saúde (seus objetivos principais), e pelo

Page 13: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

13

fato de ocorrer, com a sua instituição, uma personalidade patrimonial. Isso quer dizer que, diferente das associações, onde o núcleo central é o indivíduo, nas fundações o núcleo central é o patrimônio.

Em geral, as fundações são administradas por um Conselho Deliberativo ou Curador (que decide em linhas gerais quanto à forma de atuação da fundação), o Conselho Administrativo ou Diretoria (órgão executor) e o Conselho Fiscal (que realiza o acompanhamento das contas).

Assim como as associações, as fundações são regidas por Estatutos, que se elaboram segundo as regras legais. O registro da fundação depende de autorização do Ministério Público para escritura definitiva em Tabelionato de Notas e posterior registro no Cartório de Títulos e Documentos de Pessoas jurídicas. Essa avaliação prévia pelo Ministério Público só é dispensada nos casos em que a fundação foi instituída por testamento. Durante toda a sua existência, que em regra é por tempo indeterminado, as atividades das fundações, que devem ser minuciosamente descritas no estatuto e estarão sujeitas ao controle do Ministério Público.

Como mencionado quando nos referimos às associações, esses são apenas os primeiros passos para a criação e existência legal de uma fundação. Em seguida, deve a fundação obter também o CNPJ, o registro municipal e outros registros específicos, de acordo com sua área de atuação. Também, posteriormente, a fundação pode, e deve, ir à busca de imunidade, isenções, qualificações, títulos, certificados e parcerias com entidades privadas e públicas, com o objetivo de captar recursos para manutenção de suas atividades.

6. DIFERENÇAS ENTRE ASSOCIAÇÃO E FUNDAÇÃO

Apesar de possuírem muitas características em comum, as associações e as fundações também apresentam pontos importantes que as diferenciam.

Dessa forma, o quadro a seguir vem apresentar, sucintamente, as diferenças básicas entre uma associação e uma fundação:

Page 14: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

14

Diferenças Associação Fundação

Quanto à forma de constituição Constituída por pessoas.

Constituída por patrimônio, aprovado previamente pelo

Ministério Público.

Quanto à relevância do

patrimônioPode (ou não) ter patrimônio inicial.

O patrimônio é condição para a sua criação, o qual deve ser suficiente para garantir o início

das atividades.

Quanto à definição das finalidades e

objetivosA finalidade é definida

pelos associados.

A finalidade deve ser de assistência social, cultura, educação, saúde, segurança alimentar e nutricional,

defesa, preservação e conservação do meio ambiente, pesquisa

científica, promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos, e atividades

religiosas.

Quanto à possibilidade de

alteração dos fins

A finalidade pode ser alterada por decisão dos

associados.A finalidade é imutável.

Quanto às formas de deliberação

Os associados deliberam livremente, de

acordo com as regras estatutárias.

As regras para deliberações são definidas pelo instituidor e fiscalizadas pelo Ministério

Público.

Quanto ao registro e a administração

Registro e administração mais simplificados.

Registro e administração mais burocráticos e complexos.

Quanto à regência legal

Regida pelos artigos 53 a 61 do Código Civil.

Regida pelos artigos 62 a 69 do Código Civil.

Quanto ao modo de constituição e documentação

Criada por intermédio de decisão em assembleia, com transcrição em ata

e elaboração de um estatuto.

Criada por intermédio de escritura pública ou testamento. Os atos de criação, inclusive o estatuto, ficam condicionados à prévia aprovação

por parte do Ministério Público.

Quanto à prestação de

contas

A prestação de contas é apresentada à

Assembleia Geral e aos demais associados.

A prestação de contas é apresentada ao Conselho

Deliberativo, e ao Ministério Público através do Sistema de

Cadastro e Prestação de Contas – SICAP.

Fonte: Próprio Autor

Page 15: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

15

CONSTITUIÇÃO PASSO A PASSO DE UMA ASSOCIAÇÃO

1º Passo: A Convocação

Quem quer constituir uma associação sem fins lucrativos deve reunir pessoas interessadas na organização da entidade e dispostas a juntar esforços para atingir as finalidades para a qual ela será constituída. Lembramos que, para a constituição da associação, é necessário um número mínimo de dois associados e não há limite máximo previsto por lei. Antes de tudo, esses futuros associados deverão definir os principais objetivos da entidade, sua importância e sua necessidade.

Assim que formado este grupo de futuros associados ou associados potenciais, sugerimos que sejam definidas responsabilidades e organizada uma verdadeira divisão de tarefas que possibilite o mais rápido e eficiente desenvolvimento das atividades seguintes para a formação jurídica da entidade.

2º Passo: A Assembleia Geral

A convocação para a Assembleia deve ser feita por meio de uma carta convite, chamada de Edital de Convocação, e deverá conter a data, a hora, o local, os objetivos da assembleia e a pauta da reunião, ou seja, a ordem do dia. No edital, deverá constar como pauta: a constituição da associação (aprovação do estatuto); a eleição dos membros que irão compor o primeiro mandato nos órgãos internos (Diretoria, Conselho Fiscal etc.) e a definição da sede provisória.

No dia marcado, antes do início da Assembleia em si, os associados deverão eleger o presidente, que conduzirá a Assembleia, e um secretário, que redigirá a ata da Assembleia.

Lembramos somente que o presidente e o secretário eleitos para conduzir os trabalhos da Assembleia não são necessariamente o presidente e secretário da associação.

O presidente deve iniciar a Assembleia com a leitura da ordem do dia constante do Edital de Convocação e encaminhar os debates, seguindo a ordem apresentada. Assim, há que ser lida a proposta de estatuto

Page 16: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

16

anteriormente elaborada para análise dos presentes. Se possível, deverá ser fornecida uma cópia da proposta a cada um dos presentes. Cada artigo polêmico ou destacado pela Assembleia precisa ser discutido, alterado (quando necessário) e aprovado.

3º Passo: Leitura e aprovação do Estatuto

Um estatuto deve conter alguns itens obrigatórios, os quais indicamos:

a) A denominação da entidade;b) O local de sede;c) As finalidades e objetivos da associação;d) Os requisitos de admissão, demissão e exclusão dos associados;e) Os direitos e deveres dos associados;f) As fontes de recursos para a manutenção da associação;g) A constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos;h) A forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas;i) As condições para a alteração do Estatuto e para a dissolução

da associação.

4º Passo: Eleição e Posse da Diretoria

Aprovado o Estatuto Social, deverá ser procedida a eleição dos integrantes do corpo diretivo da entidade para cumprir o primeiro mandato, de acordo com o previsto no referido estatuto. Conforme dispõe o Código Civil, de 2002, todos os associados têm os mesmos direitos, de que concluímos o direito a votar e ser votado. Dessa forma, os cargos eletivos podem ser ocupados por quaisquer associados. É iImportante ressaltar que não há vedação legal para que pessoas não associadas sejam eleitas para cargos de Diretoria.

Encerrados os debates, e não havendo mais assuntos a serem tratados, o secretário eleito deverá lavrar a Ata da Assembleia Geral de Constituição, a qual conterá a transcrição de todos os fatos ocorridos e as decisões tomadas pelos presentes, principalmente: a aprovação do estatuto (que precisa ser anexado à ata), o nome dos membros eleitos para integrar cada órgão interno, com o relato de sua posse e o endereço da sede provisória da associação.

Page 17: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

17

A Ata da Assembleia Geral de Constituição deverá ser assinada pelo presidente e secretário da assembleia e por todos os associados fundadores ou acompanhada de lista de presença, bem como do Estatuto aprovado, que necessita da assinatura apenas do presidente da associação e do visto de um advogado devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB. Lembramos que, a assinatura do presidente deverá ser reconhecida em cartório nos dois documentos mencionados.

A ata deverá conter, ainda, a qualificação completa de todos os presentes na Assembleia (nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, número da cédula de identidade, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF – e endereço de residência). Se os membros eleitos para os cargos de administração não forem associados, eles deverão ser qualificados da mesma forma no momento de registro de sua eleição.

5º Passo: Registro Legal

Assinada a Ata da Assembleia Geral de Constituição, a associação estará devidamente fundada. No entanto, para obter personalidade jurídica e passar a ser reconhecida como sujeito de direitos e de deveres, os documentos constitutivos da associação precisam ser registrados no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da comarca da sede da entidade.

O registro tem de ser solicitado em requerimento preparado de acordo com o padrão do cartório (modelo de Solicitação de Registro no fim deste capítulo) e assinado pelo representante legal da entidade, na forma do Estatuto. Necessita, ainda, do acompanhamento dos seguintes documentos, que podem variar de cartório para cartório:

a) 3 (três) vias da Ata da Assembleia de Constituição, devidamente assinada pelo presidente, com firma reconhecida em cartório, e pelo secretário da Assembleia;

b) 3 (três) vias do Estatuto social aprovado; rubricadas e assinadas pelo presidente da entidade, com assinatura de um advogado inscrito na OAB e respectivo número de inscrição (Lei nº 8906/94);

Page 18: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

18

c) 3 (três) vias da Relação Qualificada da Diretoria e Conselho Fiscal (nome, cargo, estado civil, nascimento, profissão, RG, CPF, endereço);

d) 3 (três) vias da relação de fundadores;

e) pagamento de taxas do cartório (se houver);

f) extrato do estatuto (um resumo com os principais pontos).

Após o registro no Cartório, a associação adquire personalidade jurídica. No entanto, para poder realizar determinados atos, como celebração de contratos, abertura de conta bancária, prestação de serviços etc., a entidade precisará, ainda, obter sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, do Ministério da Fazenda.

O pedido de inscrição no CNPJ deverá ser realizado no site da Secretaria da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br).

É também recomendado que se obtenha registro nos órgãos estatais responsáveis pela área na qual a associação desenvolverá suas finalidades, como o Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS ou o Conselho Municipal de Defesa de Crianças e Adolescentes – CMDCA. A associação poderá, ainda, solicitar certificados e qualificações concedidas pelo Poder Público, como o Certificado de Utilidade Pública Federal, Estadual ou Municipal (que possibilita eventuais isenções de impostos); a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP; ou o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social.

Page 19: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

19

7. FLUXO DO PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO

Resumo:

1. Reunir pessoas interessadas na organização da entidade;2. Definir os principais objetivos da organização;3. Elaboração do estatuto social;4. Convocação da Assembleia geral de fundação;5. Assembleia geral: aprovação do estatuto, eleição da diretoria, sede

provisória e ata;6. Registro dos documentos constitutivos no cartório de registro civil de

pessoas jurídicas;7. Registro no CNPJ;8. Registro na prefeitura; e9. Outros registros e pedidos de qualificação / titulação (CNAS, CMDCA,

utilidade pública, assistência social, OSCIP etc.).

Page 20: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

20

ETA

PA 0

1 - A

SS

EM

BLE

IA G

ER

AL

Page 21: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

21

ETA

PA 0

2 –

LEG

ALI

ZAÇ

ÃO

Page 22: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

22

8. MODELO DE EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DE CONSTITUIÇÃO

DE ASSOCIAÇÃO - INSTITUTO MODELO

Estão convidadas todas as pessoas interessadas para a Assembleia Geral de Constituição da Associação Civil, a ser denominada do INSTITUTO MODELO, com base no inciso XVII do artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, e nos termos do art. 53 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e para discussão e aprovação do estatuto, eleição e posse dos membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal, bem como para definição da sede provisória, a realizar-se no dia XX de XXXXXXX de XXXX, às XX horas, e, em segunda chamada, às XX horas, na sala nº 22, localizada na Rua dos Sonhos, nº 125, nesta cidade.

Salvador, xx de xxxxxxxxxxxxxxx de xxxxx.

_________________________________

Comissão Organizadora

Page 23: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

23

9. MODELO DE ATA DE ASSEMBLEIA

ATA DA ASSEMBLEIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA DA CONSTITUIÇÃO DO “INSTITUTO MODELO”, REALIZADA NO DIA XX DE XXXXXXXXXX DE XXXX.

Às __________ horas do dia _____ de _________ do ano de ______________, conforme assinaturas constantes no livro de atas, foi oficialmente aberta a Assembleia Geral do INSTITUTO MODELO, com sede, domicílio e foro na cidade do Salvador – BA, com duração ilimitada, com o propósito de constituírem uma Associação Civil, sem fins lucrativos, tendo como objetivos basilares, entre outros, a realização de atividades que visem a realização de estudos e pesquisas nas áreas da assistência social, cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico, voluntariado, desenvolvimento econômico-social e combate à pobreza, ética, cidadania e diretos humanos; o apoio jurídico, técnico, administrativo, financeiro e contábil para instituições do terceiro setor; a identificação, a elaboração e a execução de programas de capacitação, qualificação e integração de integrantes, voluntários e dirigentes de organizações não governamentais; - ONGs; e a realização de assessoria técnica nas áreas administrativa e financeira das ONGs.

Os presentes elegeram para presidir os trabalhos, o Sr. Raul Seixas e para Secretariar a Srª Elis Regina. Agradecendo a sua indicação, o presidente dos trabalhos apresentou a pauta, passando a ordem do dia. Iniciaram-se os debates sobre a proposta de estatuto que, depois de analisada e modificada, tendo sido aprovada por unanimidade. O Estatuto aprovado encontra-se anexo a este documento.

De acordo com o Estatuto Social, todos os presentes a esta Assembleia são considerados associados fundadores e, portanto, membros natos da Assembleia Geral de Associados. Passou-se ao próximo ponto de pauta, eleição do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal. Após o tempo necessário para inscrição de chapas e candidatos, foi iniciada a votação como determina o Estatuto. Foram eleitos para o Conselho Deliberativo, com mandato de 11 de junho de 2014 a 10 de junho de 2018, os Diretores Dorival Caymmi (Presidente), Tom Jobim (Vice-Presidente), Tim Maia e Renato Russo (Conselheiros). A Diretoria Executiva ficou assim constituída: Diretor Presidente - o Sr. Zé Rodrix; Diretor Vice-Presidente - o Sr. Wilson Simonal; Diretor Administrativo – a Srª Cássia Eller; e Diretor Financeiro – o Sr. Luiz Gonzaga Jr.. O Conselho Fiscal eleito na mesma ocasião e pelo mesmo período de mandato, ficou assim constituído: Presidente - o Sr. Waldick Soriano; Efetivos – Os Srs. Mario Lago e Sr. Jorge Amado; e os Suplentes – Srs. Tião Macalé, Mario Tupinambá e Rogério Cardoso, que foram imediatamente empossados em seus respectivos cargos.

Nada mais havendo para ser tratado, o Presidente deu por encerrada a Assembleia, e eu, Elis Regina, lavrei e assinei a presente ata seguida das assinaturas do presidente dos trabalhos.

Salvador – Bahia, XX de XXXXXXX de XXXXX.

Page 24: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

24

10. MODELO DE ESTATUTO

ESTATUTO SOCIAL DO INSTITUTO MODELO

CAPÍTULO I – DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FINS E DURAÇÃO

Art. 1.º - O INSTITUTO MODELO é pessoa jurídica de direito privado com atuação predominante nas áreas de assistência social, educação, constituída sob a forma de Associação Civil, com personalidade própria, gozando de autonomia patrimonial, financeira e administrativa, sem fins lucrativos, sendo regida pelo presente Estatuto, pelo Código Civil, e pela legislação aplicável e pertinente.

Art. 2.º - O INSTITUTO MODELO tem domicílio, sede e foro na cidade de Salvador - Bahia, podendo, por decisão expressa de sua Diretoria, desenvolver suas atividades em todo o território nacional, e instalar ou encerrar o Escritório de Representação no País.

Art. 3.º - O INSTITUTO MODELO tem por finalidade:

I – A realização de estudos e pesquisas nas áreas da assistência social, cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico, voluntariado, desenvolvimento econômico-social e combate à pobreza, ética, cidadania, e diretos humanos;

II – O apoio jurídico, técnico, administrativo, financeiro e contábil para instituições do terceiro setor;

III – A identificação, a elaboração e a execução de programas de capacitação, qualificação e integração de membros, voluntários e dirigentes de organizações não governamentais; - ONGs; e

IV – A realização de assessoria técnica nas áreas administrativa e financeira das ONGs.

Parágrafo Único - A fim de cumprir suas finalidades, o INSTITUTO MODELO se organizará em tantas unidades de prestação de serviços quantas se fizerem necessárias, as quais se regerão pelas disposições estatutárias.

Art. 4º - É vedado ao INSTITUTO MODELO promover ou praticar atos ou manifestações de natureza política ou religiosa.

Art. 5.º - O INSTITUTO MODELO tem prazo de duração indeterminado.

Page 25: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

25

CAPÍTULO II – DAS ATIVIDADES SOCIAIS

Art. 6.º - Para a consecução do seu objeto, o INSTITUTO MODELO poderá:

I - Adquirir, ou alugar os imóveis necessários as suas instalações administrativas;

II - Manter serviços próprios descritos neste estatuto ou realizar parcerias com este objetivo, com qualquer entidade pública ou privada;

III - Para a realização de seus objetivos, poderá filiar-se a outras entidades congêneres, em nível regional, estadual ou internacional, sem perder sua individualidade e poder de decisão.

Art. 7º - No desenvolvimento de suas atividades, o INSTITUTO MODELO observará os princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade, moralidade, economicidade e eficiência e não fará qualquer discriminação de raça, gênero, cor, condição física, religiosa ou outras.Parágrafo Único - A instituição disciplinará seu funcionamento por meio de deliberações da Assembleia geral e por meio de Ordens Executivas emitidas pela Diretoria.Art. 8º - O INSTITUTO MODELO se dedica as suas atividades por meio da gestão de projetos, através de execução direta ou atuando em rede com outras entidades privadas sem fins lucrativos, e/ou por meio da doação de recursos físicos, humanos e financeiros.

Art. 9º - O INSTITUTO MODELO não distribui entre os seus associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e os aplica integralmente no país, na consecução do seu objetivo social.

Parágrafo Único - Caso o INSTITUTO MODELO venha a obter a qualificação com Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP ou o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEBAS, será permitida a instituição de remuneração para os dirigentes da entidade que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado na região correspondente a sua área de atuação, de acordo com a Lei nº 9.790/99 e a Lei nº 12.101/09.

CAPÍTULO III – DO PATRIMÔNIO E DA RECEITA

Art. 10 - O patrimônio do INSTITUTO MODELO responde pelas suas obrigações, não sendo os associados, conselheiros e diretores responsáveis pessoalmente pelas obrigações sociais.

Page 26: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

26

Art. 11 - O patrimônio do INSTITUTO MODELO será constituído por:

I. Bens imóveis e móveis adquiridos pela entidade;

II. Legados e doações;

III. Quaisquer bens, direitos e valores adventícios.

Art. 12 - A receita do INSTITUTO MODELO constituir-se-á:

I. Contribuições dos associados;

II. Promoção de cursos, capacitação, seminários e projetos nas suas áreas de interesse;

III. Recursos provenientes de parcerias, acordos, contratos, convênios e parcerias com entidades públicas ou privadas, nacionais ou internacionais;

IV. Renúncia fiscal e subvenções de entidades públicas e privadas;

V. Renda patrimonial;

VI. Remuneração por serviços prestados;

VII. Produto da publicação de trabalhos técnicos e científicos e da distribuição de boletim sobre assuntos ligados a sua área de atuação;

VIII. Remuneração de atividades ligadas ao seu objeto social; e

IX. Doações de qualquer espécie, oriundas de subvenções e renúncia fiscal de pessoas físicas ou jurídicas, entidades públicas e privadas nacionais ou internacionais, feitas de acordo com a lei.

Parágrafo Único - A remuneração por serviços prestados reverterá em benefício do INSTITUTO MODELO e se destinará, exclusivamente, a tornar possível a consecução de seus fins.

Art. 13 - No caso de dissolução da instituição, o respectivo patrimônio líquido será transferido a outra pessoa jurídica que possua, preferencialmente, as mesmas titulações concedidas pelo poder público e o mesmo objetivo social, ou na ausência destas, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.

Art. 14 - Na hipótese de a Instituição obter qualificações concedidas pelo poder público e, posteriormente, perdê-la, o acervo patrimonial disponível adquirido com recursos públicos originário da concessão, durante o período em que perdurou aquela titulação, será contabilmente apurado e transferido a outra pessoa jurídica qualificada com a mesma titulação, preferencialmente que tenha o mesmo objetivo social.

Page 27: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

27

CAPÍTULO IV – DA CONSTITUIÇÃO SOCIAL

Art. 15 - O INSTITUTO MODELO é constituído por número ilimitado de associados, distribuídos nas seguintes categorias:

I. Fundadores - constituída pelas pessoas físicas que subscreveram a ata de constituição, aderindo aos seus objetivos, princípios e estatuto sociais;

II. Contribuintes - constituída por pessoas físicas que contribuam com recursos humanos ou financeiros para a manutenção da Entidade, devendo ser indicados por pelo menos um associado fundador ou dois associados efetivos, e mediante aprovação da Diretoria e homologação em Assembleia Geral.

§ 1º - A categoria de associado é intransferível.

§ 2º - Todos os associados terão direito a participar das Assembleias Gerais da entidade, desde que esteja em dia com suas obrigações sociais do exercício corrente ou as regularize a situação até 05 dias antes da data designada para Assembleia no edital de convocação.

§ 3º - Os associados não responderão, nem solidária, nem subsidiariamente, pelas obrigações contraídas pelo INSTITUTO MODELO.

§ 4º - A Diretoria, mediante anuência da Assembleia Geral, poderá conceder medalhas e honrarias às pessoas que colaborarem com a instituição, sem, no entanto, gerar vínculo associativo.

Art. 16 - São direitos dos associados quites com suas obrigações sociais:

I. Gozar de todas as vantagens e benefícios que a Associação venha a conceder;

II. Participar e tomar parte das Assembleias Gerais, com direito a votar e/ou ser votado, especialmente, para os cargos eletivos;

III. Tomar parte nas Assembleias Gerais e convocá-las ordinária ou extraordinariamente, respeitando-se para convocação, o quórum a seguir estabelecido no artigo 24;

IV. Consultar todos os livros e documentos da Associação, em épocas próprias;

V. Solicitar, a qualquer tempo, esclarecimento e informações sobre as atividades da Associação e propor medidas que julguem de interesse para o seu aperfeiçoamento e desenvolvimento;

VI. Propor à Diretoria, reformas ou alterações ao presente estatuto para análise prévia e encaminhamento à Assembleia Geral;

Page 28: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

28

VII. Propor projetos e parcerias para a instituição;

VIII. Participar das atividades sociais do INSTITUTO MODELO;

IX. Desligar-se voluntariamente do INSTITUTO MODELO.

Parágrafo Único - O membro que aceitar estabelecer relação empregatícia com o INSTITUTO MODELO, perderá o direito de votar e ser votado, até que sejam aprovadas as contas do exercício em que deixar o emprego.

Art. 17 - São deveres dos associados:

I. Cumprir as disposições estatutárias e as ordens executivas;

II. Contribuir para manutenção da instituição, estabelecidos em Assembleia Geral;

III. Colaborar com o INSTITUTO MODELO na difusão de suas atividades sociais e dos princípios;

IV. Exercer seus direitos de associado em prol do desenvolvimento do INSTITUTO MODELO;

V. Acatar as decisões da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Diretoria;

VI. Colaborar com as atividades desenvolvidas pela instituição;

VII. Não praticar atos ofensivos à moral e aos bons costumes, ou contrários aos interesses do INSTITUTO MODELO.

Art. 18 - Serão três as penalidades aplicadas pela Diretoria aos associados que infringirem as disposições deste Estatuto, as deliberações da Assembleia e as Ordens Executivas:

I. Advertência por escrito e em caráter reservado;

II. Suspensão dos direitos de um a seis meses aos reincidentes em fração punida;

III. Exclusão do quadro social aos reincidentes em infração com suspensão.

Parágrafo Único - Caberá ao associado infrator apresentar recurso em discordância às penalidades aplicadas, o qual será apreciado em Assembleia Geral.Art. 19 - O desligamento do associado somente poderá ocorrer nas seguintes circunstâncias:

I. Por morte física;

Page 29: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

29

II. Por incapacidade civil não suprida;

III. Por proposta unilateral do associado à Diretoria, por escrito, com a anuência da Assembleia Geral;

IV. Por decisão da Assembleia Geral, com maioria simples de votos, quando se verificar justa causa ou pelo menos uma das seguintes situações:

a) Grave violação deste Estatuto e/ou das Ordens Executivas, de outras normas da Entidade ou por decisão da Diretoria;

b) Estar ausente, sem justificativa, por mais de três reuniões consecutivas, ou cinco alternadas, da Assembleia Geral, sejam ordinárias ou extraordinárias no período de 03 (três) anos;

c) Comportamento incompatível com os objetivos da instituição.

§ 1º - O associado excluído poderá recorrer à Assembleia Geral dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento da notificação.

§ 2º - O recurso terá efeito suspenso até a realização da primeira Assembleia Geral.

§ 3º - A exclusão será considerada definitiva se o associado não tiver recorrido da penalidade, no prazo previsto no § 1º deste Artigo.

CAPÍTULO V – DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL – ÓRGÃOS DELIBERATIVO, DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO

Art. 20 - São órgãos do INSTITUTO MODELO:

I. A Assembleia Geral;

II. A Diretoria;

III. O Conselho Fiscal.

Seção I - DA ASSEMBLEIA GERAL

Art. 21 - A Assembleia Geral é órgão deliberativo e soberano da instituição, constituído por associados em pleno gozo dos seus direitos estatutários.

Art. 22 - A Assembleia Geral realizar-se-á, ordinariamente, ao menos uma vez por ano para:

I. Aprovar a proposta de programação anual da Instituição submetida pela Diretoria;

Page 30: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

30

II. Apreciar o relatório anual;

III. Discutir e homologar as contas e o balanço aprovado pelo Conselho Fiscal.

Art. 23 - A convocação da Assembleia Geral será feita por meio de edital afixado na sede da Instituição, no seu website e/ou publicado na imprensa local, por circulares ou outros meios convenientes, com antecedência mínima de 10 (dez) dias, contados a partir da data da publicação do respectivo Aviso.

§ 1º - O Aviso de Convocação deverá conter, além do local, data e hora para início da realização da Assembleia, e a respectiva ordem do dia.

§ 2º - Qualquer Assembleia se instalará em primeira convocação com metade mais um dos associados e, em segunda convocação, com qualquer número, somente podendo deliberar temas especiais de acordo com o quórum previsto no Art. 27.

Art. 24 - A Assembleia Geral se realizará, ordinária ou extraordinariamente, quando convocada:

I. Pela Diretoria;

II. Pelo Conselho Fiscal;

III. Por, no mínimo, 1/5 (um quinto) dos associados quites com as obrigações sociais.

Art. 25 - Os associados com direito a voto poderão se fazer representar na Assembleia Geral por outro associado, mediante procuração com poderes expressos para tal finalidade, a qual que deverá ser depositada na sede do INSTITUTO MODELO até 30 (trinta) minutos antes da hora prevista para o início da Assembleia.

Art. 26 - A Assembleia Geral tem poderes para decidir sobre as atividades relativas ao objeto do INSTITUTO MODELO e tomar todas as resoluções que julgar convenientes a sua defesa e desenvolvimento.

Art. 27 - Compete à Assembleia Geral:

I. Eleger e destituir os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal;

II. Decidir sobre reformas do Estatuto;

III. Decidir sobre a dissolução do INSTITUTO MODELO;

IV. Decidir sobre a extinção do INSTITUTO MODELO;

Page 31: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

31

V. Decidir sobre a conveniência de alienar, transigir, hipotecar ou permutar bens patrimoniais;

VI. Aprovar os orçamentos anuais e plurianuais;

VII. Aprovar as contas anuais, planejamento e relatório de atividade;

VIII. Homologar as Ordens Executivas emitidas pela Diretoria;

IX. Deliberar sobre o que lhe for submetido.

§ 1.º - As matérias de que tratam os incisos I, II, III, e IV dependerão da aprovação de mais da metade dos associados da instituição, em primeira, segunda ou terceira convocação de Assembleia Extraordinária convocada para a finalidade específica.

§ 2.º - As matérias de que tratam os demais incisos serão decididas pelo voto de 2/3 (dois terços), quando em primeira ou segunda convocação e, por maioria simples, quando em terceira convocação, dos associados presentes à Assembleia Geral.

Seção II – DA DIRETORIA

Art. 28 - A Diretoria é o órgão responsável pela administração do INSTITUTO MODELO, constituída por membros eleitos pela Assembleia Geral.

Art. 29 - O prazo de gestão dos membros da Diretoria é de 04 (quatro) anos, admitidas sucessivas reeleições, desde que seja referendada a cada reeleição pela unanimidade dos presentes à respectiva Assembleia.

Art. 30 - Compete à Diretoria:

I. Gerir a instituição, podendo praticar todos os atos necessários;

II. Elaborar e submeter à Assembleia Geral a proposta de programação anual da Instituição;

III. Executar a programação anual de atividades da Instituição;

IV. Elaborar o relatório anual e apresentá-lo à Assembleia Geral;

V. Reunir-se com instituições públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos para mútua colaboração em atividades de interesse comum;

VI. Contratar e demitir funcionários para pleno funcionamento da organização.

Page 32: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

32

Art. 31 - A Diretoria será composta de 03 (três) membros, que exercerão os cargos de:

I. Diretor Presidente;

II. Diretor de Projetos; e

III. Diretor Administrativo Financeiro.

§ 1º - Os Diretores serão eleitos pela Assembleia Geral, em reunião extraordinária realizada em até 30 (trinta) dias antes do final do mandato anterior.

§ 2º - Em caso de vacância de cargo na Diretoria, a Assembleia será convocada, nos 10 (dez) dias seguintes, para prover o cargo vago e o substituto eleito exercerá o cargo pelo prazo remanescente do mandato do substituído.

Art. 32 - Nos seus impedimentos temporários ou faltas, os Diretores serão substituídos de acordo com as seguintes regras:

I. O Diretor Presidente será substituído pelo Diretor de Projetos;

II. O Diretor Administrativo Financeiro pelo Diretor de Projetos, e vice-versa.

Parágrafo Único – As atribuições de competência dos membros da diretoria poderão ser realizadas por terceiros, inclusive por outros diretores, devidamente constituídos para tal fim, mediante procuração registrada em cartório.

Art. 33 - Compete ao Diretor Presidente:

I. Representar o INSTITUTO MODELO judicial e extrajudicialmente, ativa e passivamente;

II. Cumprir e fazer cumprir este Estatuto e as Ordens Executivas;

III. Coordenar as atividades dos demais Diretores;

IV. Emitir, assinar e endossar cheques, bem como praticar todos os demais atos relativos aos movimentos financeiros e bancários sempre em conjunto com o Diretor Administrativo Financeiro;

V. Convocar e presidir as Assembleias Gerais;

VI. Convocar e presidir as reuniões da Diretoria;

VII. Assinar parcerias, acordos, contratos e convênios, com entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras.

Page 33: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

33

Parágrafo Único - É facultado ao Presidente convidar até duas pessoas, entre os associados, para exercerem cargo de diretores especiais e assessorá-lo, sem direito a voto nas reuniões de Diretoria.

Art. 34 - Compete ao Diretor de Projetos:

I. Substituir o Presidente em suas faltas ou impedimentos;

II. Assumir o mandato de Presidente, em caso de vacância comprovada por mais 30 dias, até seu retorno ou término do mandato;

III. Secretariar as atividades e reuniões da Diretoria e das Assembleias Gerais;

IV. Publicar todas as notícias das atividades da entidade;

V. Planejar, elaborar, executar e supervisionar projetos e programas a serem desenvolvidos pelo INSTITUTO MODELO;

VI. Substituir o Diretor Administrativo Financeiro em suas faltas ou impedimentos;

VII. Desenvolver estudos e pesquisas objetivando formatar projetos e/ou programas a serem desenvolvidos pela organização;

VIII. Prospectar projetos, parcerias e oportunidades para a instituição.

Art. 35 - Compete ao Diretor Administrativo Financeiro:

I. Arrecadar e contabilizar as contribuições dos associados, rendas, auxílios e donativos, mantendo em dia a escrituração da Instituição;

II. Substituir o Diretor de Projetos em suas faltas ou impedimentos;

III. Emitir, assinar e endossar cheques, bem como praticar todos os demais atos relativos aos movimentos financeiros e bancários sempre em conjunto com o Presidente;

IV. Apresentar relatórios de receitas e despesas, sempre que forem solicitados;

V. Apresentar ao Conselho Fiscal a escrituração da Instituição, incluindo os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas;

VI. Conservar, sob sua guarda e responsabilidade, os documentos relativos à tesouraria;

VII. Manter todo o numerário em estabelecimento de crédito.

Art. 36 - A instituição adotará práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes, a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios e vantagens pessoais, em decorrência da participação nos processos decisórios.

Page 34: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

34

Seção III - DO CONSELHO FISCAL

Art. 37 - O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização da instituição, constituído por membros eleitos pela Assembleia geral.Parágrafo Único - Cabe ao Conselho Fiscal, além de outras atribuições que lhe sejam pertinentes, emitir opinião sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas.

Art. 38 - O Conselho Fiscal será composto por 04 (quatro) membros efetivos, cada um dos quais com um suplente, pessoas naturais, pelo prazo de 04 (quatro) anos, por ocasião de Assembleia Geral, admitidas sucessivas reeleições.

§ 1.º - A Assembleia Geral que eleger os membros do Conselho Fiscal elegerá, entre estes, o Presidente, Vice-Presidente, Titular e Suplentes.

§ 2.º - Os membros do Conselho Fiscal não receberão remuneração pelo exercício de seus cargos, nem responderão pelas obrigações sociais.

§ 3º - O Presidente representará o Conselho, convocará e presidirá as reuniões.

§ 4º - Somente os titulares do Conselho terão direito a voto nas reuniões deste Conselho, sendo facultado aos suplentes sugerirem pauta, participarem e opinarem nas respectivas reuniões.

§ 5º - Em caso de vacância, o mandato será assumido pelo respectivo suplente ou ficará vago até a próxima assembleia, desde que permaneçam ao menos dois membros.

Art. 39 - O Conselho Fiscal também reunir-se-á sempre que convocado por seu Presidente, ordinariamente, uma vez por ano, preferencialmente na semana anterior à Assembleia Geral para aprovação das contas anuais e relatório de atividades.

§ 1.º - As reuniões do Conselho Fiscal serão convocadas mediante aviso escrito, com prévia exposição da ordem do dia, entregue aos seus membros com, no mínimo, 05 (cinco) dias de antecedência, podendo esse prazo ser dispensado quando estiverem presentes todos os seus membros, os ausentes estiverem representados por outro membro ou tiverem concordado por escrito com a dispensa desta formalidade.

§ 2.º - As reuniões do Conselho Fiscal poderão instalar-se com a presença ou representação de 02 (dois) de seus membros, um dos quais sempre deverá ser o seu Presidente, e as suas deliberações deverão ser aprovadas pelo voto favorável da maioria dos membros presentes, cabendo ao Presidente do Conselho, se for o caso, o “voto de Minerva”, no caso de empate.

Page 35: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

35

Art. 40 - Compete ao Conselho Fiscal:

I. Examinar os livros de escrituração da Instituição;

II. Opinar sobre os balanços e relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade;

III. Requisitar ao Diretor Administrativo Financeiro, a qualquer tempo, documentação comprobatória das operações econômico-financeiras realizadas pela Instituição;

IV. Acompanhar o trabalho de eventuais auditores externos independentes;

V. Convocar ordinária ou extraordinariamente a Assembleia Geral;

VI. Assessorar técnica e fiscalmente a Assembleia Geral, quando solicitado.

CAPÍTULO VI – DO EXERCÍCIO SOCIAL E DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS

Art. 41 - O exercício social coincidirá com o ano civil, terminando em 31 de dezembro de cada ano, quando a Diretoria elaborará a prestação de contas, a ser submetida à Assembleia Geral Ordinária.

Art. 42 - As prestações de contas realizadas pelo INSTITUTO MODELO obedecerá:

I. À observância dos princípios fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade;

II. À publicidade por meio eficaz, no encerramento do exercício físico, ao relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão;

III. À realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes, quando for o caso, da aplicação de eventuais recursos e objetos de parcerias firmadas com o poder público ou instrumentos congêneres.

Parágrafo Único - As prestações de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pelo INSTITUTO MODELO serão realizadas conforme determina o Parágrafo Único do Art. 70 da Constituição Federal.

Page 36: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

36

Art. 43 - O resultado do exercício será, obrigatoriamente, retido para ser aplicado no desenvolvimento e nas atividades que constituem o objeto do INSTITUTO MODELO, sendo expressamente vedada:

I. A distribuição de superávits, sob qualquer título; e

II. A atribuição de participação nos resultados aos membros do Conselho Fiscal e Suplentes, e da Diretoria.

CAPÍTULO VII – DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 44 - A Assembleia que aprovar esta reforma estatutária decidirá pela continuidade dos atuais cargos e mandatos ou pela antecipação das eleições e adequação dos cargos de Diretoria e Conselho Fiscal, conforme alterações aprovadas com esta reforma.

Art. 45 - Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria e referendados pela Assembleia Geral e pela legislação em vigor.

A presente é cópia fiel do original lavrado no livro de atas de Assembleias-Gerais da Entidade, ficando autorizado seu registro e publicação.

Salvador, Bahia, xx de xxxxxxxxxxxxxxx de xxxx

Page 37: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

37

11. REQUERIMENTO DE REGISTRO DO INSTITUTO MODELO

Ilmo. Sr. Oficial do Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas,

O INSTITUTO MODELO, associação civil sem fins lucrativos, com sede na Rua dos Sonhos, nº 125 - Sala nº 22 - Salvador-Bahia, por intermédio do seu Presidente Sr. Zé Rodrix, Administrador, residente à Rua dos Céus, nº 88, RG nº 123.456 e CPF nº ggg.ggg.ggg-gg, vem solicitar que o Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas proceda à inscrição de sua Ata de Constituição e de seu Estatuto Social, anexando para tal:

a) Ata de Constituição (3 vias)

b) Estatuto Social (3 vias)

c) Relação dos Instituidores (3 vias)

d) Relação dos Órgãos da Administração (3 vias)

e) Sumário do Estatuto (3 vias)

Salvador, XX de maio de XXXX.

______________________________________

Zé Rodrix

Presidente

Page 38: cartilha A5 SEMINÁRIO TERCEIRO SETOR crc.indd

38