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Ministério da Justiça

Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP

Cartilha

Atuação Policial na Proteção dosDireitos Humanos de Pessoas emSituação de Vulnerabilidade

Brasília2010

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Autoridades governamentais:

Luiz Paulo Teles Ferreira BarretoMinistro da Justiça

Ricardo Brisolla BalestreriSecretário Nacional de Segurança Pública

Luiz Antônio FerreiraDiretor do Departamento daForça Nacional de Segurança Pública

Juliana Márcia Barroso

Diretora do Departamento de Pesquisa, Análise da In ormaçãoe Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública

Sidenir Cardoso de OliveiraCoordenador Geral de Treinamento e Capacitação doDepartamento da Força Nacional de Segurança Pública

Melissa Alves de A. Pongeluppi

Coordenadora-Geral de Análise e Desenvolvimento de Pessoalem Segurança Pública

B823c

Brasil. Secretaria Nacional de Segurança Pública

Atuação policial na proteção dos direitos humanos de pessoas em situaçãode vulnerabilidade: cartilha / Secretaria Nacional de Segurança Pública.--Brasília: SENASP/MJ, 2010.

124 p. : il. , color.

1. Segurança pública, Brasil. 2. Poder de polícia 3. Direitos humanos.I. Título

CDD 363.2

Ficha catalográ ca elaborada pela Biblioteca do Ministério da Justiça

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Colaboradores:

• Departamento da Força Nacional de Segurança Pública:

Daniel Pires Aleixo – Cap PMGODaniel ViníciusToledo – 1º Ten PMGOFlávio de Oliveira Mota – Sd PMBAFrancerlei Matos de Freitas – Sd PMBAFranclin Santos Batista – 1º Sgt PMBAHélder Pereira Gomes – ST PMPI

Jean Jorge Barbosa de Oliveira – Sd PMCEJordaens Gladstone Silva – 1º Sgt PMTOJosé Cícero da Silva – Sd PMAL Juliana Ferreira da Silva – Cap PMERJ PsicólogaLuigi Soares Pereira – Cap BMRSMárcio JoãoBraum – Sd PMSCRoberto Siste Cardoso – Cap BMRSRobson Neiva Pires – ST PMGORosângela Rita Alves Fernandes dos Anjos– 2º Sgt PMMTSandro Luis Andrade – 1º Ten BMRSSimone Franceska Pinheiro das Chagas – 1º Ten PMPA

TâniaCristina Pires Ferreira – 1º Sgt PMCEValério Lousada de Carvalho – Sd PMDF

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• Capacitação para Atuação Policial Frente a Grupos em Situ -

ação de Vulnerabilidade – 1ª Edição - RJ/2009:

Amanda Neves Ferreira – Cap PMERJ

André dos Santos Ramos – 2º Ten PMERJAntonio Luiz Pereira Lima – 2º Ten PMERJAntonio Saraiva da Costa – 1º Sgt PMAMArtur Arregui Zilio – Cap BMRSBianca Neves Ferreira da Silva – 1º Ten PMERJCarlos Augusto Teixeira Magalhães – 1º Ten PMCECarlos Henrique Lucena Folha – Cap PMESPClaudio Portugal Rodrigues Junior – 1º Ten PMERJDelio Ferreira dos Santos Filho – 3º Sgt PMERJDiogo Ribeiro de Souza – 1º Ten PMERJEdnilson Rocha dos Santos – 2º Sgt PMERJ

Edson Bailão Ribeiro – 1º Ten PMPAFrancisco Robson G. da Costa – 2º Sgt PMERJGeraldo José Dores da Trindade – 2º Sgt PMERJGerson Alves Rodrigues – 2º Sgt PMERJGilberto Armando – Sub Ten PMERJ

Joel Cunha da Silva Miranda – 2º Ten PMERJJorge Luis dos Santos Lacerda – Cap PMERJJose Nildo Oliveira Silva – 2º Sgt PMERJJosian Barbosa Sá – 1º Ten PMBALeandro da Silva Dias – 1º Ten PMERJMarcelo Angelo de Souza – 2º Sgt PMERJ

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Marcelo José da Silva – 3º Sgt PMERJMarcio Mendes de Oliveira – 1º Ten PMERJMarcio Tito dos Santos Rocha – 1º Sgt PMERJMaria Luiza Lopes Pinto – 2º Ten PMERJMichelle Mariano Fialho – 1º Ten PMERJNeuberth Froz Duarte – 1º Ten PMMAOtávio Manoel Ferreira Filho – Cap PMSCOtávio Polita Filho – Cap BMRSPatrícia Lima de Carvalho Serra - Maj PMERJ

Paula Campos Sera m – 3º Sgt PMERJPaulo Willian Vicente Chavez – 2º Sgt PMERJRicardo Ribeiro Baldanza – 1º Ten PMERJRoberto Batista dos Santos – 1º Ten PMERJRogéria de A. Silva Quintella – 1º Ten PMERJ PsicólogaRogério Luiz Teixeira Leitão - Ten Cel PMERJRuislan Jovino de Figueiredo - 3º Sgt PMACSamuel Alves de Carvalho – Sub Ten PMERJSérgio Luis de Moura – Cap PMRNSilvana Couto Chaves - Cap PMERJWaldinei Almeida Prado – 3º Sgt PMERJ

Waldir Félix de Oliveira Paixão Júnior – 1º Ten PMMTWania Gama Paes do Vale Samuel – 3º Sgt PMERJ

• Assessoria Pedagógica:Andréa da Silveira Passos – CGDESP/DEPAID/SENASP/MJ

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Esta Cartilha é dedicada a você, policial militar

brasileiro, cuja missão e razão uncional estãodiretamente ligadas à promoção e proteção

dos Direitos Humanos.

Ricardo BalestreriSecretário Nacional de Segurança Pública

Dedicatória

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Apresentação ....................................................................................13

I – Abordagem Policial – Aspectos Gerais......................................16

II – Mulheres......................................................................................29

III – Crianças e Adolescentes..........................................................39

IV – Preconceito de Raça ou Cor....................................................53

V – Pessoa com De ciência...........................................................60

VI – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais...............80

VII – Pessoa Idosa..........................................................................99

VIII – Pessoa em Situação de Rua............................................109

IX – Vítimas da Criminalidade e Abuso do Poder.....................

118Bibliogra a......................................................................................125

Sumário

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A Cartilha Atuação Policial na Proteção dos Direitos Humanos dePessoas em Situação de Vulnerabilidade oi desenvolvida noscursos na área Direitos Humanos, realizados pela Força Nacionalde Segurança Pública, no ano 2009.

Constitui o resultado do empenho de policiais militares, emâmbito nacional, na construção coletiva de procedimentos

policiais direcionados aos grupos de pessoas que se encontramcom maior vulnerabilidade a violações de Direitos Humanos.

Tem a nalidade de ornecer elementos teórico-práticos paraque os pro ssionais de Segurança Pública possam pautar oexercício de sua atividade no respeito aos direitos e liberdadesindividuais, conscientizando-se de sua capacidade de promover

e proteger os Direitos Humanos de mulheres, crianças, idosos,lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, vítimas da crimi-nalidade e abuso do poder, moradores de rua, vítimas do pre-conceito de raça ou cor e pessoas com de ciência.

Caracteriza-se, dessa orma, como uma medida preventiva queobjetiva ortalecer o exercício da cidadania e do Estado Demo-

crático de Direito.Obrigado e coragem!

As trans ormações dependem também de você!

Ricardo BalestreriSecretário Nacional de Segurança Pública

Apresentação

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Este capítulo inicial trata dos aspectos gerada atuação policial na abordagem a pessoas

I - Abordagem Policial– Aspectos Gerai

Caro Policial, você estudará alguns con-ceitos básicos sobre Segu-rança Pública e analisaráa aplicação dos princípiosfundamentais dos Direitos

Humanos aos procedimentode Abordagem Policial.

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A – Conceitos Básicos: Poder de Políci

É o mecanismo de renagem de que dispõe a Admi-

nistração Pública para conter os abusos do direito indi-vidual. Por ele, o Estado limita os direitos individuais embene ício do interesse coletivo - restringe a atividade in-dividual que se revelar contrária, nociva ou inconvenien-te ao bem-estar social.

Por qual motivo você aborda pessoas?

A existência de undada suspeita é o pressuposto inicialpara que o policial realize a abordagem. A undada suspei-ta resulta da análise da existência de elementos concretose sensíveis que indiquem a necessidade da abordagem.Não tem como direcionador simplesmente a descon an-ça ou perspicácia do agente público. Assim, o policial devenortear sua conduta por dados concretos.

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Abaixo, estão relacionados alguns conceitos sobre a açãopolicial, de acordo com os padrões internacionais de Direi-

tos Humanos.

• Captura: É o ato de abordar, ou seja, parar, aproximare estabelecer contato. Tem como objetivo con rmar a

undada suspeita. Este é o elemento precursor da deten-ção e da prisão.

• Busca Pessoal: É o ato de inspecionar corpo e vestesde uma pessoa com o intuito de encontrar algo que con-

gure ilícito penal. Inclui toda a es era de custódia dapessoa (bolsas, malas, pastas, e outros)

• Detenção: É o ato de conduzir a pessoa à presença daautoridade policial, após con rmação do ilícito penal. Nadetenção, a pessoa tem sua liberdade cerceada, mas nãose encontra condenada.

• Prisão: É o ato jurídico aplicado à pessoa que tevesentença transitada em julgado por crime cometido.

Obs.: No Brasil, utiliza-se amplamente o termo prisão,tanto para designar a captura, detenção ou prisão emfagrante.

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Discricionariedade, no uso do poder de polícia,deve ser pautada pela intervenção mínima do Es-tado e o respeito absoluto da dignidade humana.

A Constituição Federal de 1988 assegura a livre loco-

moção no território nacional em tempo de paz, podendoqualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permane-cer ou dele sair com seus bens.

Policial, proteja os direitosdas pessoas abordadas e,assim, preserve também os

e seus direitos.

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B – Procedimentos na abordagem policial:

• Identi que-se como policial:

Policial 1: Parado! Polícia!

O Policial1 mantém

a arma nocoldre e caem condiçõesde sacá-la.

Enquantoo Policial 1

verbaliza, oPolicial 2 az

a segurança,posicionando–se ao lado do

abordado.

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• Assuma o controle da situação, emita ordenscurtas e claras , evitando assim, di culdade na

compreensão por parte do abordado:Policial 1: Mãos na cabeça!

Na segurança, o Policial 2 posiciona-se ao ladodo abordado e mantém a arma na posição três.

• Prossiga com ordens claras na busca pessoal.

Policial 1: Com a mão esquerda levante a camisa! Virede costas!

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• Realizea busca pessoal.

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•Terminada a busca pessoal, determine que sejaapresentada toda a documentação que julgar ne-

cessária para triagem e con erência.Observação:Esse pro-cedimentopoderá variar

de acordocom o tipo deabordagemrealizada.

Importante: O porte de documentos não éobrigatório , mas todas as pessoas têm o dever dese identi car , ainda que verbalmente, quando isto

or solicitado pela autoridade.

Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei Nº 3.688 -3/10/1941)

Capítulo VII: Das Contravenções Relativas à Polícia de CostumesArt. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, justi cadamentesolicitados ou exigidos, dados ou indicações concernentes à pró-pria identidade, estado, pro ssão, domicílio e residência.

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• Realize a vistoria no veículo com a presençado condutor e veri que as proximidades do local

onde a pessoa se encontra. Deve-se atentar paraos pontos onde produtos de ilícitos podem estarescondidos.

• Não sendo con rmada situação que con gureilícito penal, esclareça ao cidadão os motivos da

abordagem, colocando-se sempre à disposição edesejando-lhe bom dia, boa tarde ou boa noite.

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• Quando constatado fagrante delito ou cum-prindo mandado de prisão , o policial deve con-

duzir a pessoa à Delegacia de Polícia, informandoseus direitos.

Veri que também as condições de uso de algemas - Súmula 11/ STF.

Cidadão, Eu sou o(Falar seu posto/graduação +nome), a serviço da For-ça Nacional de Seguran-ça Pública.(Quando nãomobilizado, citar a PM).

Você está preso por (falar a conduta - crime, con-travenção ou existênciade mandado de prisão). Você tem o direito de

permanecer calado, temo direito à assistência

familiar e tem direito àassistência de advogado.

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Quando e etuar aprisão de uma pessoa, obser-ve os procedimentos abaixo relacionados:

• O trabalho da imprensa é de vital importânciana sociedade democrática. Assim, o policialdeverespeitar e de ender o direito à in ormação.

• Por outro lado, é dever do policial respeitar aimagem do preso , direito constitucional inviolá-vel, protegendo sua dignidade enquanto pessoahumana . Em termos práticos, isto signi ca que:

O policial não pode obri-gar a pessoa presa a ser fotografada ou lmada

pela imprensa.

Constituição Federal, Art 5º, inciso X:“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra ea imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizaçãopelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”

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II - Mulheres

Agora, você estudará a conduta adequada na aborda-gem e no atendimento de ocorrências envolvendo mu-lheres.

Para que um Estado garanta o pleno exercício da demo-cracia, deve existir, entre homens e mulheres,igualdade dedireitos e mecanismos que garantam a não-discriminaçãoentre os sexos.

Por que mulheres estãoem situação de vulnera-

bilidade ?

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Por que há políticas públicas especí cas para asmulheres?

Se a DeclaraçãoUniversal dos Direitos

Humanos diz que todossão iguais perante a

Lei, por que então sãocriadas leis especiaispara a proteção das

mulheres?

A resposta é simples:Para que as desigualdadespossam ser minimizadas.

A mulher é vítima, principalmente, dediscriminação degênero e por isso está mais suscetível àviolência ísica, psicológica ou sexual.

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A – Procedimentos na abordagem à mulherem undada suspeita:

Sendo policial, você pode abordar mulheres. Emsua atuação, considere os seguintes aspectos:

Quem az a busca pessoal na mulher?

A busca pessoal emmulher deve ser realizadapor uma policial femini-

na, salvo no caso previstono Art. 249 do Código deProcesso Penal.

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• Naausência de policial eminina , poderá ser solici-tado apoio de uma cidadã civil ali presente, a qual rece-

berá a devida orientação para azer a busca pessoal.• Nabusca minuciosa , a policial eminina observará

atentamente cabelos, seios e órgãos genitais, devido àpossibilidade de conterem drogas e/ou outros objetosilícitos.

Artigo 249 – Código de Processo Penal:“A busca pessoal em mulher será eita por outra mulher, se

não importar retardamento ou prejuízo da diligência.”

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Proteja a mulher capturada ou detida:

• Amulher detida deve ser conduzida separada dosindivíduos do sexo masculino.

• Amulher presa deve ser colocada em local exclusi-vo para o sexo eminino.

• Tenha cuidados especiais durante a abordagem e

condução da mulher gestante e lactante , respeitandoas limitações ísicas da mesma.

Art. 766 do Código de Processo Penal:“Ainternação das mulheres será eita emestabelecimen-

to próprio ou em seção especial .”

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B – Conduta no atendimento de mulher víti-ma de violência:

• Preferencialmente, a vítima será entrevistada e orien-tada por policial eminina.

• Na entrevista, importante saber:

• Quem é o agressor e qual o seu parentesco ou rela-cionamento com a vítima.

• Se houve agressões anteriores.

• Se houve o uso de bebidas alcoólicas.• Se foi utilizada arma de fogo ou arma branca (facas,

canivetes, estiletes, lâminas).

• Se o agressor já ameaçou a vítima de morte.

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Ampare a mulher vítima de violência!

• A mulher vítima de violência deve ser amparada econduzida à Delegacia Especializada.

Devemos mostrar interessena ocorrência e incentivar amulher vítima de violênciaa fazer o registro do fato,por ser a melhor forma de

garantir seus direitos.

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C – A Mulher Policial:

Nos procedimentos estudados, percebemos a neces-sidade e importância da mulher policial na composiçãode uma guarnição.

Em tempos de de esa dosdireitos humanos e respei-to à dignidade da pessoahumana, a mulher policialrefete o compromisso ea preocupação da insti-tuição em preservar osdireitos e garantias da

mulher tanto na situaçãode in ratora, quanto nade vítima.

Além de garantir os direitos da mulher em ocorrências poli-ciais, devemos destacar a importância da Mulher Policial

na Segurança Pública em nosso país.

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• A discriminação de gênero, também atinge a classepolicial militar, quando as policiais são desencorajadas a

desenvolver o serviço operacional.

Devemos promover e incentivar, cada vez mais,a integra-ção da mulher nas pro ssões ligadas à Segurança Pública.

D – Leis e Decretos:• Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340-07/08/2006);

• Convenção Relativa aos Direitos Políticos da Mulher(1952)(VIGOR 21/02/1956).

• Convenção relativa à Eliminação de Todas as Formasde Discriminação Contra a Mulher (1979).

• Declaração sobre a proteção da mulher e da criança emestado de emergência e de confito armado(1974).

• Protocolo de emenda da Convenção para repressão

do trá co de mulheres e crianças (1921) e Convençãopara repressão do trá co de mulheres maiores (1933)9D.L.8-01/02/1950).

• Artigo 249 do Código de Processo Penal-CPP.

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Reclamações e denúncias - Governo Federal:Ouvidoria da Sec. Esp. de Políticas para as Mulheres:[email protected] / (61) 3411 4246http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sepm/

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III - Criança e Adolescente

Você estudará a legislação especí ca e procedimentos

no atendimento de ocorrências com crianças e adoles-centes.

Criança: Pessoa com até 12 anos de idade incompletos.Adolescente: Pessoa com idade entre 12 anos completos e18 anos incompletos.

Você sabe com qualidade uma pessoa éconsiderada criança ecom quantos anos pas-sa a ser adolescente?

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“Art. 103. Considera-se ato in racional a conduta des-crita como crime ou contravenção penal”.

A – Conceitos:

Criança ou adolescente comete crime?

Não. Praticando ato ilícito, crianças e adolescentes co-metem ato in racional.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº8.069/1990) de ne oato in racional:

“Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores dedezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.”

No art. 104, esta Lei dispõe acerca da inimputabilidadepenal dos menores de 18 (dezoito) anos, vejamos:

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Quais medidas são aplicadas pela justiça às crianças?

Àcriança se aplicam medidas de proteção:

• Encaminhamento aos pais e responsáveis,• Matrícula na escola,• Inclusão em programa comunitário,• Requisição de tratamento de saúde,

• Abrigo em entidade,• Colocação em família substituta.

Asmedidas de proteção à criança e ao adolescentesão aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos noEstatuto da Criança e do Adolescente orem ameaçadosou violados , por ação ou omissão da sociedade ou doEstado; por falta, omissão ou abuso dos pais ou respon-sável; em razão de sua conduta (Vide art. 98 do Estatutoda Criança e do Adolescente).

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Quais medidas são aplicadas pela justiça ao ado-lescente autor de ato in racional?

Em con ormidade com o art. 112 do ECA, aplicam-seas seguintes medidas sócio-educativas:

• Advertência,• Obrigação de reparar o dano,

• Prestação de serviço à comunidade,• Liberdade assistida,• Inserção em regime de semi-liberdade,• Internação em estabelecimento educacional,• E, as medidas de proteção previstas no art. 101, inci-

sos I ao VI do Estatuto da Criança e do Adolescente.

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B – Procedimentos na abordagem à criança e aoadolescente em undada suspeita:

• Pessoas comidade in erior a 18 anos são inimpu-táveis , não estão sujeitas às mesmas penalidades impos-tas aos adultos, mas, às medidas protetivas ou sócio-educativas.

A quem in ormar quando um adolescente é apreen-dido?

Aapreensão - privação da liberdade - do adolescentedeve ser in ormada imediatamente:

• Àautoridade judiciária

• À amília do adolescente ou pessoa por ele indicada.

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Informe os direitos do adolescente!

• O adolescente deve ser informado de seus direitos edo responsável pela apreensão.

Cidadão, Eu sou o(Falar seu posto/graduação +

nome), a serviço da ForçaNacional de SegurançaPública.(Quando não

mobilizado, citar a PM). Você está apreendido por

(falar o ato infracional,ou existência de mandatode busca e apreensão). Você tem o direito de

permanecer calado, temo direito à assistência

familiar e tem direito àassistência de advogado.

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O adolescente pode ser algemado?

• Oadolescente não deve ser algemado.

• Uso de algemas só pode ser feito em caso de justi -cada necessidade.

• Quando algemar adolescente, o policial deve unda-mentar , no Boletim de Ocorrência,os motivos da ação,

com re erência aos princípios derazoabilidade e pro-porcionalidade.

Na identi cação civil:• O adolescente civilmente identi cado não pode

ser obrigado à identi cação pelos órgãos policiais, deproteção ou judiciais, salvo para con rontação se existirdúvida undada.

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Condução em Viatura Policial:

• Conduza a ocorrência àDelegacia Especializada daCriança e do Adolescente.

• Separe o menor apreendido dos presos adultos, ain-da que eles tenham praticado o delito juntos.

Estatuto da Criança e do Adolescente – Art. 178.“O adolescente a quem se atribua autoria de ato in-

racional não poderá ser conduzido ou transportado emcompartimento echado de veículo policial, em condiçõesatentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à suaintegridade ísica ou mental, sob pena de responsabilidade.”

O adolescente

NÃO pode ser conduzido nocompartimento fechado da viatura policial.

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C – Conduta no atendimento de crianças eadolescentes vítimas de violência:

• Demonstre interesse na ocorrência. Pergunte às pes-soas envolvidas o que ocorreu.

• Avalie orisco da vítima no ambiente, com objetivo deproteger a criança ou o adolescente de novas agressões.

Entreviste as pessoas, com intuito de saber:• Quem é o agressor• Qual é seu parentesco ou relacionamento• Se houve agressões anteriores• Se o agressor ingeriu drogas ou bebidas alcoólicas• Se o agressor ofereceu drogas ou bebidas alcoólicas

à vítima• Se foi utilizada arma de fogo ou arma branca• Se o agressor já ameaçou a vítima de morte.

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D - Inimputabilidade não é impunidade:

O que é a Doutrina da Proteção Integral?

O art. 4º da Lei nº 8.069, de 1990 (Estatuto da Criança edo Adolescente) roga que:

A Doutrina da Proteção Integral, baseada no art 227 daConstituição Federal de 1988 (CF/88), postula que crian-

ças e adolescentes são sujeitos de proteção e de reco-nhecidos direitos.

O que a inimputabilidade garante?

A Constituição Federal de 1988 (CF/88) positivou uma

série de direitos undamentais da pessoa em desenvol-vimento e, dentre esses, há previsão de um tratamentoespecial aos menores infratores. Uma dessas garantias éa previsão da inimputabilidade, disposta no art. 228 da

“É dever da amília , da comunidade , da sociedadeem geral e do poder público assegurar, com absoluta

prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, àsaúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, àliberdade e à convivência familiar e comunitária”.

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CF/88, sendo estabelecido o início da maioridade penalaos 18 anos completos. Portanto, consideram-se inimpu-

táveis penalmente os menores de 18 anos.É proibido pela CF/88 que os menores de idade sejam

enquadrados na legislação penal comum, devendo sersubmetidos à legislação especial. A inimputabilidade pe-nal garante, assim, que os menores tenham tratamento

di erenciado pela lei.

Discernimento mental incompleto:

O principal motivo que leva os menores de idade aserem considerados inimputáveis penalmente re ere-se

à incapacidade destes em julgar sua conduta de acordocom a lei e agir em con ormidade com tal julgamento.Isso não quer dizer que cam impunes. Eles só não res-pondem penalmente. Mas, suas atitudes são julgadas deacordo com sua idade, ou seja, de acordo com o grau dediscernimento alcançado.

O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que, aoautor de ato in racional, sejam impostas medidas sócio-educativas, de caráter pedagógico, condizentes com sua

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condição de pessoa em desenvolvimento. Assim, espera-se a correção da conduta e aprimoramento da aculdade

de julgamento ético/moral do menor. O Estatuto, por-tanto, não é um instrumento de impunidade, mas, deproteção.

E – Leis e Decretos:

• Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069-13/07/1990);

• Convenção da Relativa aos Direitos da Criança(1989).

• Declaração dos Direitos da Criança (1959) - D.L.

50.517 - 02/05/1961.• Princípios das Nações Unidas para a Prevenção da

Delinqüência Juvenil (1990).

• Protocolo Facultativo à Convenção Relativa aos Di-reitos da Criança Referente à Participação das Crian-ças nos Confitos Armados (2000).

• Protocolo Facultativo à Convenção Relativa aos Di-reitos da Criança Re erente ao Trá co de Crianças,

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É dever da amília, da comunidade, da sociedade em ge-ral e do poder público assegurar os direitos das crianças eadolescentes.

Prostituição Infantil e Utilização de Crianças na Por-nogra a (2000) - Vigor 27/02/2004.

• Declaração sobre a proteção da mulher e dacriança em estado de emergência e de confitoarmado(1974).

• Sumula 11 Publicação: DJe nº 157/2008, p. 1, em22/8/2008 – DOU de 22/8/2008, p. 1)

• Declaração sobre a proteção da mulher e da crian-ça em estado de emergência e de confito arma-do(1974).

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Procure, no site abaixo, o Conselho Tutelar mais próximo de sua área deatuação e anote o endereço aqui:

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

Endereço dos Conselhos Tutelares do Brasil:http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/spdca/linksspdca/

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA -Esplanada dos Ministérios - Ministério da Justiça - Anexo II - 4º anda - sala421 - Brasília - DF - CEP. 70.064-900 [email protected]

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IV - Preconceito de Raça ou Cor

Veri caremos, neste capítulo alguns cuidados a serem

tomados para evitar e reprimir o racismo.

Racismo – crença de quealgumas pessoas, por suascaracterísticas ísicas heredi-

tárias ou por sua cultura, sãosuperiores a outras.

Preconceito – é um juízopreconcebido, mani estadogeralmente na orma de ati-

tude discriminatória perantepessoas, lugares ou tradiçõesconsideradas di erentes ouestranhas.

Você sabe dizer o quesão racismo e precon-

ceito?

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A – Aspectos Legais:

A Constituição Federal/88, no artigo 3º - inciso IV, ga-rante a promoção do bem de todos , sem preconceitos deorigem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras ormas dediscriminação. Já no artigo 5º- inciso XLII, nossa Constitui-ção institui que a prática do racismo é crime ina ançávele imprescritível , sujeito àpena de reclusão.

Policial, seja o primeiro a respeitar a lei.

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B – Procedimentos na Abordagem Policial:

Sendo policial, você pode abordar as pessoas e revis-tá-las. Em sua atuação, saiba que:

Racismo é crime.

Todos os grupos sociais têm suas particularidades.Tente conhecê-las e respeitá-las.

Negros, brancos, índios e asiáticos – todas as pessoas– são iguais em direitos e deveres , todavia, com di e-

rentes culturas que devem ser respeitadas.Você deve usar expressões do tipo: cidadão, cidadã,

senhor, senhora.

Não use termos pejorativos, discriminatórios ou irônicos.

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C – Procedimentos no Atendimento de Ocor-rência de Racismo:

Você detém o poder e a obrigação de:

• Fazer cessar a ação criminosa , caso esteja aindaocorrendo.

• Prender em fagrante o autor do crime de racismo.

• Conduzir preso, vítima e, quando possível, mais duastestemunhas para a Delegacia. É recomendado condu-zir preso e vítima separadamente.

• Lavrar oRegistro de Ocorrência.

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D – Combate ao Preconceito nas Instituiçõesde Segurança Pública:

AsInstituições de Segurança Pública – polícias mi-litares, polícias civis, etc. - como organizações públicas,devem ser representativas da comunidade no seuconjunto, responder às suas necessidades e ser respon -sáveis perante ela.

Para serem representativas, tais instituições precisamgarantir o acesso dos pro ssionais a todos os postos,eliminando o preconceito que restringe a ascensão dasminorias étnicas aos níveis estratégicos, gerenciais ede ormulação de políticas.

A discriminação nos procedimentos de recrutamen-to, seleção ou promoção deve ser identi cada e provi-dências devem ser tomadas.

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E – Leis e Decretos:

• Lei 7.716/89: de ne os crimes resultantes de precon-ceito de raça ou de cor.

• Lei 9.459/97: altera a Lei de Crime de Racismo.

• Dec. 4.886/03: cria a Política Nacional de Promoçãoda Igualdade Racial (PNPIR).

• Dec. 65.810/1969: promulga a Convenção Internacio-nal sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discrimi-nação Racial.

Oriente as pessoas queracismo é crime.

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Reclamações e denúncias - Governo Federal:Ouvidoria da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da IgualdadeRacial (SEPPIR):(61) 3411-3695 /[email protected]

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V - Pessoa com Deciência

Trataremos, agora, da abordagem policial à pessoa

com de ciência.

Segundo o Censo Demográ co 2000, realizado peloInstituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), 24 mi-lhões de brasileiros apresentam algum tipo de de ciência.

Podemos relacionar ostipos de deciência em:

•Motora•Auditiva e/ou de fala•Visual•Mental

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A – Contextualização:

A pessoa com de ciência pode ser abordada?

A polícia deve estar preparada para executar um ser-viço de excelência à sociedade e isso inclui preparar-separa atuar em quaisquer situações, estando envolvidasou não pessoas com de ciência. Desse modo, você estu-dará os procedimentos para abordar:

Cadeirantes - pessoas que uti-lizam cadeiras de rodas

De cientes auditivos - pessoassurdas.

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B – Procedimentos na abordagem policial aoCADEIRANTE:

• A abordagem ao cadeirante deve ser realizada por,pelo menos, três policiais.

• Identi que-se como policial:

Policial 1: Parado! Polícia!

O Policial 1 mantém a arma no coldre e ca em condi-ções de sacá-la.

Enquanto o Policial 1 verbaliza, Policial 2 e Policial 3posicionam-se ao lado do abordado.

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• Assuma ocontrole da situação, emita ordens curtase claras , evitando assim, di culdade na compreensão

por parte do abordado:

Policial 1:Mãos para cima!

Policial 1:

Cruze os dedosatrás da cabeça!

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• O Policial 1, que verbaliza, deve determinar que oabordado trave a cadeira lentamente com uma das

mãos.• Feito isso, o Policial 2 posiciona-se ao lado do aborda-

do, segura as mãos do abordado e az a revista inicial naárea da cintura.

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• O Policial 1 pergunta ao abordado se ele conseguese erguer da cadeira com os braços, retirando o corpo

do assento.• Caso isso seja possível, o Policial 3 posiciona-se ao

lado do abordado, e az a revista no assento da cadeira.

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• O Policial 2 deverá posicionar-se atrás da cadeira, co-locar um dos pés na roda para travá-la, colocaras mãos

nos pulsos do abordado , por baixo das axilas, eerguer o abordado da cadeira.

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• O Policial 3 faz a revista no assento da cadeira.

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• O Policial 3 deve realizar a vistoria nas outras partesda cadeira de rodas como compartimentos, almo adas,

tubos e outros, a m de veri car a presença de objetosde interesse policial.

• Desse momento em diante, desenvolvem-se os pro-cedimentos de identi cação e liberação, con orme ocaso.

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C – Procedimentos na abordagem policial aoDEFICIENTE AUDITIVO:

• As pessoas com de ciência auditiva estão propensasa um equívoco que pode ocorrer durante a ase de ver-balização da abordagem.

• Se o abordado surdo estiver de costas e não visuali-zar o policial, elenão toma conhecimento da ordem deparar . Assim, o abordado poderá continuar caminhan-do em rente , dando a alsa impressão de que não estaacatando determinação legal de autoridade policial.

• Essa situação pode induzir o policial a umerro de in-terpretação da conduta do abordado e, levá-lo ao usoinadequado de orça.

• Assim, é necessário que você, policial, perceba que temerramentas para secomunicar com a pessoa surda.

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• Estão relacionados abaixo, oscomandos da aborda-gem na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

• Com estes sinais, você poderá secomunicar com apessoa surda que também utilize a Língua Brasileira deSinais.

• Certi que-se de que oabordado veja você.

A abordagem àpessoa surda segueos mesmos procedi-mentos operacionais

de rotina, mas énecessário estabe-lecer outro elo de

comunicação entreas partes.

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• Parado

• Polícia

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• Você é surdo?

• Levante as mãos!

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• Mãos na cabeça!

• Levante a camisa! (O policialdeve segurar sua gandola e

apontar para levantar).

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• Mostre-me seu documento de identidade!

• Após identi cação e não havendo motivo para con-dução à Delegacia de Polícia, libere o abordado.

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• Você está liberado!

• Bom dia!

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• Dicas importantes:

Não adianta gritar com o de ciente auditivo.Articulebem as palavras para avorecer a leitura labial.

Quando lhe or solicitado prestar auxílio a uma pessoa

surda, tente também comunicar-se com ela pela escrita.

- Ao conduzir uma pessoa surdavítima de crime à Dele-gacia de Polícia para registrar ocorrência,explique a ela oque está acontecendo. Certi que-se de que ela entendeuque não está sendo presa.

Ao perceber agitação na pessoa abordada, aça gestospara ela se acalmar.

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Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de De ciência:Tel.: 61 2025-3673 / 2025-9219 / 2025-9488 / 2025-9159Site:http://portal.mj.gov.br/conade/E-mail:[email protected] Nacional para Integração da Pessoa Portadorade De ciência:Tel.: (61) 2025-3683/2025-3684 / E-mail:[email protected]

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VI - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

Você estudará, neste capítulo, conceitos e procedi-mentos relacionados à atuação policial com o grupoLGBT.

LGBT é contração dos termos: Lésbicas, Gays, Bissexuais,Travestis e Transexuais. É utilizado para identi car todas asorientações sexuais minoritárias e mani estações de identida-des de gênero divergentes do sexo designado no nascimento.

O que signicaa sigla LGBT?

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A – Conceitos:

• Identidade de Gênero: re ere-se a sentimentos,posturas subjetivas, representações e imagens relativasa papéis e unções sociais. Baseada nos eixosmasculi-no e eminino , a noção de gênero expressa a recusa dodeterminismo biológico na construção da identidade.Isto signi ca que:

Uma pessoa pode identi car-se com um gênerodiverso deseu sexo biológico.

• Orientação Sexual refere-se à direção do desejoa etivo e sexual.

O termo orientação sexual substitui a noção de opçãosexual , compreendendo que o objeto do desejo sexualnão é uma escolha consciente, mas é ruto doprocessocomplexo de constituição do indivíduo.

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A orientação sexual pode serheterossexual, homos-sexual ou bissexual.

• Heterossexual: quando o desejo a etivo e sexualtem como direcionamento único ou principal pessoasdo gênero oposto.

• Homossexual: quando o desejo a etivo e sexual di-reciona-se a pessoas do mesmo gênero.

• Bissexual: quando o desejo a etivo e sexual está di-recionado a pessoas de ambos os gêneros.

Tendo em vista a diversidadeda sexualidade humana, nãose pode dizer que exista al-

guma mais natural ou normaldo que outra, pior, melhor,

superior ou inferior.

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B – Identidade Sexual:

Lésbica: mulher que mantém relação sexual e a etivacom outra mulher.

Gay: homem que mantém relação sexual e a etiva

com outro homem. Nem todo homem que az sexo comoutros homens se reconhece como gay, mas tem experi-ência homossexual.

Bissexual: homem e mulher que têm relação sexualou a etiva com pessoas de ambos os gêneros.

A Travesti: pessoa que nasce do sexo masculino oueminino, mas que tem sua identidade de gênero oposta

ao seu sexo biológico, assumindo papéis de gênero di e-rente daquele imposto pela sociedade.

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Mulher Transexual: pessoa que teve o sexo assignadocomo masculino ao nascer, mas que vive como e busca

reconhecimento social no gênero eminino. Busca modi-cações corporais do sexo para sustentar socialmente avivência no gênero a que sente pertencer.

Homem Transexual: pessoa que teve o sexo assigna-do como eminino ao nascer, mas que vive como e buscareconhecimento social no gênero masculino. Busca mo-di cações corporais do sexo para sustentar socialmentea vivência no gênero a que sente pertencer.

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C – O que é Homo obia?

O conceito de homofobia está ligado à violência. Nãose discute aqui se a pessoa gosta ou não gosta da ho-mossexualidade ou bissexualidade.

Ser homo óbico é repudiar, odiar, discriminar, temer,

ter aversão a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transe-xuais.

A homo obia signi ca aintolerância em relação à diversi-dade sexual e de gênero.

Além da violência ísica, o preconceito e a discrimina-ção contra a população LGBT restringem os direitos decidadania, o direito à livre expressão afetivo-sexual e deidentidade de gênero.

Existem também os termos LGBT obia, Lesbo obia,

Gay obia, Bi obia e Trans obia para designar a obia cada segmento especi camente.

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D – Aspectos Legais:

No Brasil:

A sociedade brasileira está ormando, ainda, leis queprotejam os direitos especí cos da população LGBT –tais como: direitos à união estável, adoção, herança, re-gistro civil, dentre outros.

Contudo, mesmo que não haja legislação especí ca,é importante ter em mente que nossa ConstituiçãoFederal ampara os direitos undamentais de todas aspessoas.

Constituição Federal, Art 3º:“Constituem objetivos undamentais da República Federa-

tiva do BrasilIV - promover obem de todos, sem preconceitos de ori-

gem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras ormas de dis-criminação.”

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A manifestação de afeto, em público, entre pessoas he -terossexuais ou homossexuais não constitui crime, desdeque não seja um ato obsceno de cunho sexual. O policialdeve orientar a população sobre o direito à expressão pú -

blica de a eto.

Manifestações de afeto entre LGBT:

Você, policial, pode ser solicitado a atuar na adminis-tração de con itos relativos às expressões públicas dea etos entre pessoas do mesmo sexo.

Algumas expressões de afeto entre homossexuais -tais como: andar de mãos dadas , abraçar-se e beijar--se em público – podem gerar confitos no espaço públi-co ou podem vir a ser objeto de queixa à polícia.

Lembre-se de que não há lei que criminalize as rela-ções homoa etivas. É ilegal tentar criminalizar os atos eexpressões públicas de cunho não-sexual entre pessoasdo mesmo sexo. O critério é um só, sendo relações hete-ro ou homoa etivas:

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E – Procedimentos na Abordagem Policial:

Dividiremos as orientações técnicas segundo casos es-pecí cos que se seguem:

Travestis e Mulheres Transexuais:

Seguindo os procedimentos de segurança e consi-derando as especi cidades da abordagem a travestis emulheres transexuais, considere os seguintes aspectos:

De início, como se dirigir à pessoa?

• O policial deve respeitar aidenti cação social femi -nina caracterizada pela vestimenta e acessórios emini-nos de uso da pessoa abordada.

• Deveutilizar termos emininos ao se referir à traves-ti e mulheres transexuais – tais como: senhora, ela, dela.

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Como nomear a pessoa abordada?

• Estabilizada a situação, o policial deveperguntar aorma como a pessoa abordada gostaria de ser chama-

da: nome social.

• A pessoa pode escolher um nome feminino, mascu-lino ou neutro. O policial tem o dever derespeitar a es-colha , não sendo permitido azer comentários o ensivos

sobre o nome in ormado.

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Quem az a busca pessoal na mulher transexual ena travesti?

• Prioritariamente, oe etivo eminino deve realizar abusca pessoal na mulher transexual e na travesti . Talorientação objetiva respeitar sua dignidade, reconhe-cendo seu direito de identi car-se como do gênero e-minino.

• Como em toda ação policial, devem ser consideradosos procedimentos de segurança . Avalie ograu de riscoque a pessoa abordada o erece, considere asdi erençasde porte ísico entre a policial eminina e a pessoa abor-dada.

• O e etivo em segurança deve ter condições depronta-resposta, em caso de reação.

• Caso ameace a segurança, a policial feminina podenão realizar a busca pessoal na travesti e na mulher tran-sexual.

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O nome no documento de identidade:

• Naidenti cação documental , deve-se evitar repe-tir em voz alta o nome de registro da pessoa abordada(da cédula de identidade), caso seja di erente do nomesocial in ormado.

• É preciso ser discreto ao solicitar esclarecimentos,para não constranger a pessoa. Deve-se continuar achamá-la pelo nome eminino in ormado .

• Osdocumentos o ciais , como registro de ocorrên-cia, documentação administrativa policial, dentre outros,deverão conter o nome social in ormado, devendo serregistrado também o nome de registro (da cédula deidentidade).

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Proteja a travesti e a mulher transexual capturadaou detida:

• Atravesti ou a mulher transexual capturada oudetida dever ser mantida em separado dos homens ,visando protegê-la de constrangimentos e/ou violênciahomo óbica

Ampare a travesti e a mulhertransexual vítimas de violência!

• A travesti ou a mulher transexualvítima de violênciadeve ser amparada e conduzida à Delegacia.

• Você devemostrar interesse na ocorrência e incenti-

vá-la a azer o registro do ato por ser a melhor orma degarantir seus direitos.

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Homem transexual

Seguindo os procedimentos de segurança e consi-derando as especi cidades da abordagem aos homenstransexuais, considere o seguinte:

De início, como se dirigir à pessoa?

• Os homens transexuais utilizam vestimenta e acessó-

rios masculinos.• Quando o policial observar uma pessoa com imagem

masculina, caracterizada pela vestimenta e acessóriosmasculinos, deve respeitar a identi cação social mas -culina e dirigir-se à pessoa com base nessa interpreta-

ção.• Deveutilizar termos masculinos ao se re erir a essa

pessoa – tais como: senhor, ele, dele.

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Como nomear a pessoa abordada?

• Estabilizada a situação, o policial militar deveper-guntar a orma como a pessoa abordada gostaria deser chamada: nome social . A pessoa pode escolhernome eminino, masculino ou neutro. O policial temo dever de respeitar a escolha da pessoa , não sendopermitido azer comentários irônicos sobre o nome in-

ormado.• Prioritariamente, oe etivo eminino deve realizar a

busca pessoal no homem transexual . Isso se deve aoato de que, mesmo com a intenção em proceder con-orme a identidade de gênero a ser expressa pela pessoa

abordada, existe legislação especí ca que regula a bus-ca pessoal em mulheres.

• Assim, para obedecer ao exposto no Art. 249 do Có-digo de Processo Penal, a busca pessoal em mulheresdeve ser eita por outra mulher , se não importar retar-

damento ou prejuízo da diligência.

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O nome no documento de identidade:

• Na identi cação documental , deve-se evitar repe-tir em voz alta o nome de registro da pessoa abordada(da cédula de identidade), caso seja di erente do nomesocial in ormado.

• É preciso ter discrição ao solicitar esclarecimentos,para não constranger a pessoa, con rontando-a comuma identi cação não in ormada por ela. Deve-secon-tinuar a chamá-la pelo nome masculino in ormado .

• Osdocumentos o ciais , como registro de ocorrên-cia, documentação administrativa policial, dentre outros,deverão conter o nome social in ormado, devendo serregistrado também o nome de registro (da cédula deidentidade).

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Proteja o homem transexual capturado ou detido:

• Ohomem transexual capturado ou detido deveráser conduzido em separado dos homens biológicos ,pois há legislação especí ca relativa ao cárcere de mu-lheres.

Assim, em analogia ao disposto no Art. 766 do Códigode Processo Penal, o homem transexual deve ser man-tido em separado, para prevenir violência homo óbica.

Art. 766 do Código de Processo Penal:“A internação das mulheres será eita em estabelecimento

próprio ou em seção especial.”

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Em qualquer situação, seja discreto na revista de per-tences!

Deve ser respeitada a intimi-dade da pessoa abordada,

evitando a exposição depertences de foro íntimo.

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Programa Brasil sem Homo obia:(61) 2025-3081 / 2025-3986 /[email protected]://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/brasilsem/

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VII - Pessoa Idosa

Você estudará os direitos da pessoa idosa, assim como

procedimentos de abordagem e atendimento de ocor-rências com pessoas idosas.

Pessoa idosa é aquela que tem 60 anos ou mais.

Com quantos anos umapessoa é considerada

idosa?

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A – Contextualização:

A sociedade brasileira passa por um acelerado pro-cesso de envelhecimento . Os dados estatísticos po-pulacionais indicam o crescimento da população deidosos na última década e a expansão da esperança devida ao nascer.

A população de idososaumentou duas vezes e meia ,no período de 1991 a 2000.

Aesperança de vida ao nascer é de 72 anos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Es-tatística – IBGE (2008):

De cada dez pessoas residentes no país, uma delas é idosa.

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B – Direitos e medidas de proteção ao idoso:

A pessoa idosa tem direito ao envelhecimento , por-tanto o Estado tem o dever de proteger sua vida, suadignidade, sua saúde e sua integridade ísica, psíquicae moral.

Estatuto do Idoso“Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de ne-gligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, etodo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, serápunido na orma da lei.

§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aosdireitos do idoso.

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Tipos de violência contra a pessoa idosa (Continu-ação):

• Financeira e Econômica: exploração imprópria ouilegal e/ou uso sem consentimento de recursos materiaise/ou nanceiros do idoso.

• Abandono: ausência ou deserção do responsávelgovernamental, institucional ou amiliar, ou qualquer umque tenha por obrigação a responsabilidade de prestarsocorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção.

Onde denunciar?

• Você pode denunciar a violência contra a pessoa ido-

sa nos Conselhos de Direitos do Idoso, no Ministério Pú-blico, nas Delegacias de Polícia e na De ensoria Pública.

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Medidas de Proteção:

No caso de violação dos direitos da pessoa idosa , oMinistério Público pode aplicarmedidas de proteção .São elas:

• Encaminhamento à família ou curador• Orientação• Apoio e acompanhamento temporários• Requisição para tratamento de saúde para o idoso

ou amiliar• Inclusão em programa de auxílio• Abrigo em entidade ou temporário

Todo cidadão tem odever de comunicar

violação dos direitos

do idoso que tenhatestemunhado ou de quetenha conhecimento.

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C – Procedimentos na abordagem ao idosoem undada suspeita:

Considerando os procedimentos gerais de aborda-gem, atente para os seguintes aspectos:

Como chamar a pessoa idosa?

• Utilize termos como senhor/senhora ou pergunte o

nome. Não utilize termos que possam ser consideradospejorativos - como tio, velho, coroa, vovô.

Faça com que o idoso entenda o que você diz.

• O idoso não possui a mesma capacidade de audiçãoe visão dos jovens, portanto verbalize pausada e articu-ladamente.

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Cuide da integridade ísica do idoso abordado.

• Lembre-se daslimitações físicas da pessoa idosa.Sempre que houver condição de segurança, evite colo-cá-lo em uma posição descon ortável durante a buscapessoal: de joelho ou deitado.

• Quando for necessárioalgemar a pessoa idosa, açacom as mãos para rente , se não trouxer prejuízo à se-gurança.

• Não conduza o idoso no compartimento echadode segurança das viaturas. Leve-o nobanco de trás , nomeio de dois patrulheiros - salvo no caso de imperiosanecessidade de segurança para a guarnição.

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D – Leis e Decretos:

• Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741-01/10/2003)

• Lei Orgânica da Assistência Social (Lei nº 8.742 -07/12/1993).

• Lei de Seguridade Social (Lei nº8.212 - 24/06/1991).

• Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842 - 04/01/1994).

Informe e conscientize asociedade sobre a violência

contra a pessoa idosa.

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Reclamações e denúncias - Governo Federal:Ouvidoria da Secretaria Especial dos Direitos Humanos:[email protected]://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/Id_idoso/

Procure, no site abaixo, o Conselho Municipal do Idoso mais perto de suaárea de atuação e anote o endereço aqui:__________________________________________________________________________________________________________________________

Endereços dos Conselhos Municipais dos Direitos do Idoso:http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/conselho/idoso/conselhos_municipais/

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VIII - Pessoa em Situação de Rua

Você aprenderá como abordar e administrar confitos

no espaço público com pessoas em situação de rua.

Os cidadãos em situação de rua ormam um grupo po-pulacional heterogêneo constituído por pessoas que pos-suem em comum a garantia da sobrevivência por meio deatividades produtivas desenvolvidas nas ruas, os vínculos

amiliares interrompidos ou ragilizados e a não re erênciade moradia regular.

Você sabe quem são as pes-soas em situação de rua?

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A – Conceitos:

A população em situação de rua constitui um grupocaracterizado pela diversidade. São quatro os gruposde atores que podem levar um individuo ou mesmouma amília a se encontrar numa “situação de rua”:

• Violência:casos, em grande parte, relativos à violên-cia doméstica, em suas várias ormas - psicológica, ísica,preconceitos.

• Drogas: casos de dependentes químicos ou depen-dentes de álcool que culminam na desagregação amiliar.

• Desemprego: casos de incapacidade de gerar renda

su ciente para garantir moradia.• Problemas de Saúde: casos de so rimento mental

ou doenças socialmente discriminadas (de ciências ísi-cas, AIDS e a hanseníase).

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B – Aspectos Legais:

Ao administrar confitos envolvendo cidadãos em situ-ação de rua, saiba que:

Morar na rua não é crime!

• Habitar uma rua, uma praça ou demais espaçospúblicos não constitui, por si só, um delito ou in ração

penal.

A “mendicância” deixoude ser tipicada comocontravenção penal a par-tir da Lei n° 11.983, de 16

de julho de 2009.

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Assegure o direito de ir e vir:

• A Constituição Federal/88 assegura que élivre a lo-comoção no território nacional em tempo de paz, po-dendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,permanecer ou dele sair com seus bens.

• Nos casos de situações con itantes, cabe ressaltarque o cidadão em situação de rua tem o direito de per-manecer em local público , desde que não esteja in rin-gindo a lei.

• Se o cidadão estiver emlocal privado e lhe or so-licitado que saia, o policial deve garantir odireito doproprietário.

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C – Procedimentos na abordagem ao cidadãoem situação de rua:

Aborde com segurança:

• Fique atento à segurança da equipe, calcule aquan-tidade de abordados para uma atuação segura.

• Na vistoria do local, primeiramente,a aste o abor-dado dos materiais ali existentes (papelões, colchões,cobertores e etc).

Preserve sua saúde!

• Nabusca pessoal , aconselha-se o uso de luvas des-cartáveis para o contato com o abordado, visando pre-servar a saúde do policial.

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Seja cauteloso com os pertences do abordado:

• Quando zer a veri cação nos pertences, seja cuida-doso, lembre-se que estes objetos têm grande impor-tância para aquela pessoa.

Oriente o abordado sobre abrigos:

• Informe ao cidadão sobre a existência deabrigos oualbergues que podem acolhê-lo de orma segura.

• Esclareça que elenão é obrigado a aceitar o convite,mas que as instituições estão abertas para acolhê-lo.

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D – Leis e Decretos:

- Lei n° 11.983, de 16 de julho de 2009 - Revoga o art.60 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de outubro de 1941 - Leide Contravenções Penais.

O cidadão em situação de

rua é sujeito de direitos edeveres, assim como qual-quer outro brasileiro, de

acordo com a ConstituiçãoFederal /1988.

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Ministério do Desenvolvimento Social:Tel: 0800 707 2003 /www.mds.gov.br

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IX - Vítimas da Criminalidade e Abuso do Poder

Qual proteção é dada à pessoa ameaçada?

Policial, quando vocêfor procurado por víti-mas ou testemunhasameaçadas que pe-dem sua orientação,

ou até mesmo quando você estiver sendo

ameaçado, saiba queexiste uma lei que

protege pessoas sobameaça.

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A – Aspectos Legais:

A Leinº 9.807 regulamentada pelo Dec. 3.518 estabe-lece normas para organização e manutenção de progra-mas especiais de proteção a vítimas e testemunhasameaçadas.

Quem TEM direito à proteção pelo Programa?

• Avítima ou a testemunha de crimes que estejamcoagidas ou expostas à grave ameaça.

• A proteção poderá ser dirigida ou estendida aocônjuge, companheiro, amiliares e dependentes queconvivam com a vítima ou testemunha.

Quem NÃO tem direito à proteção pelo Programa?

• As pessoas que se comportem de forma incompa-tível com as restrições exigidas pelo programa, oscon-denados cumprindo pena e os indiciados ou acusadossob prisão cautelar .

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Como ingressar no Programa?

O pedido de ingresso pode ser encaminhado:

• pelo interessado• pelo representante do Ministério Público• pelo delegado de Polícia Civil• pelo juiz competente que instrui o processo

• por órgãos públicos e entidades com atribuições dede esa dos direitos humanos.

Quais são os critérios para ingresso?

Para ingresso no Programa a pessoa deve ser colabo-radora de uma investigação ou processo criminal.

Quanto tempo dura a proteção?

A proteção tem a duração máxima de dois anos e emcircunstâncias excepcionais, perdurando os motivos queautorizam a admissão, a permanência poderá ser pror-

rogada .

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B – Procedimentos no Atendimento de Pesso-as Ameaçadas:

Aotomar conhecimento ou ser procurado por vítimaou testemunha ameaçada, o policial deverá, de imedia-to, encaminhá-la :

• aos Órgãos Policiais,• ao Ministério Público, ou• a órgãos de Proteção de Direitos Humanos.

É preciso ouvir a vítima oua testemunha de formaimediata e atenciosa.

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C – Leis e Decretos:

• Lei de Proteção à Vítima e à Testemunha - Lei Nº 9.807- 13/07/1999.

• Decreto 3.518 - Regulamenta o Programa Federal deAssistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas.

• Declaração dos Princípios Básicos de Justiça Rela-

tivos às Vítimas da Criminalidade e de Abuso do Poder(1990).

As vítimas devem ser tratadas com compai- xão e respeito pela sua

dignidade.

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