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  • 7/29/2019 cartilha _copagaz_glp

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    GLPNO BRASIL

    Sindicato Nacionaldas Empresas Distribuidorasde Gs Liquefeito de Petrleo

    Rua da Assemblia, 10 | sala 3720Centro - Rio de Janeiro | RJBRASIL | CEP 20.011-901

    Tel.: 55 21 3078-2850Fax.: 55 21 [email protected]

    Pergunasreqenes

    Texto e edioNewsday Consultoria deComunicao e Marketing

    Edio visualConceito Comunicao Integrada

    Fevereiro 2007

    Apoio:

    WORLD LP GAS ASSOCIATION

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    OO Insiuo Brasileiro de Perleo e Gs - IBP congraula

    o Sindicao Nacional das Empresas Disribuidoras de

    Gs Liueeio de Perleo - Sindigs pela iniciaiva de

    divulgao de inormaes sobre o GLP, produo de suma

    imporncia para a populao e para a mari energica

    do nosso pas.

    De grande uilidade para os prossionais de comunicao

    e o pblico em geral e proveioso a mesmo para os

    cnicos da rea, ese maerial esclarecer dvidas sobre

    aspecos relevanes para a segurana e a ualidade dos

    servios.

    Esa publicao vem reorar, ainda mais, o compromisso

    ue as enidades e as empresas inegranes do seor m

    com o consumidor e com a sociedade em geral.

    lvaro TeixeiraSecretrio Executivo

    Apresenta

    o

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    EEle es presene em odas as cidades e nos rinces mais

    disanes. essencial para o preparo das reeies em 95%dos lares brasileiros. um insumo energico imporane

    para vrios segmenos indusriais, comerciais e a

    agropecurios. Mobilia um vaso sisema de disribuio

    e comercialiao, de grande capilaridade, ue aende

    a rigorosos reuisios de segurana, regularidade e

    ualidade em suas operaes.

    Para ue odas as pessoas, ao lidar com esse ema, possamdispor de inormaes bsicas sobre o seor de GLP, o

    Sindigs preparou ese maerial inormaivo, reunindo as

    principais ueses na orma de pergunas e resposas.

    Desina-se inicialmene a jornalisas e a inegranes de

    empresas ou de rgos pblicos ligados ao seor, mas es

    disposio de odos os ineressados. Alm da verso

    impressa, poder ser acessado ambm no sie do Sindigs

    ( www.sindigas.org.br ) em sua verso elernica, ue serconsanemene aualiada.

    Desenvolver canais de comunicao com os seores

    ligados direa ou indireamene ao GLP um

    compromisso ue a pare da misso do Sindigs. Para

    ue ese canal seja uma via de mo dupla, conamos

    com as sugeses, consulas e colaboraes dos leiores

    dese livreo.

    Sergio Bandeira de MelloPresidente

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    Su

    mrio

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    O que GLP? ...........................................................Pg. 6

    Qual a dierena entreGLP, GNV, GNL, GNC, gs canalizado e gs natural? ......... Pg. 7

    Desde quando se usa GLP no Brasil? ............................. Pg. 8

    Por que o GLP chamado de gs de cozinha? ............. Pg. 9

    Alm do botijo de 13 kg, o mais comum no Brasil,como o GLP pode chegar ao consumidor? .................... Pg. 11

    Por que o governo probe alguns usos do GLP? ............. Pg. 12

    Quais os outros usos do GLP? .................................... Pg. 13

    O GLP poluente? ................................................... Pg. 14

    O ogo a lenha no seria uma opo mais acessvelpara as amlias de menor poder aquisitivo? ................ Pg. 15

    Qual a participao do GLP na matriz energtica? ...... Pg. 16

    O GLP consumido no Brasil importado? .................... Pg. 18

    O GLP concorrente do gs natural? .......................... Pg. 19

    O gs natural mais barato que o GLP? ...................... Pg. 20

    O uso do gs natural ez cairo consumo de GLP no Brasil? .................................... Pg. 21

    O suprimento de GLP um monoplio da Petrobras? ..... Pg. 22

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    Qual o papel dos distribuidorese dos revendedores no mercado de GLP? .......................................... Pg. 22

    Por que o mercado de GLP concentrado em poucos distribuidores? ...........................................Pg. 24

    Existe cartel no mercado brasileiro de GLP? ...................................... Pg. 25

    Quais so os rgos que regulam e scalizam esse mercado? ............... Pg. 27

    O preo do GLP tabelado ou subsidiado? .......................................Pg. 28

    O que encarece o preo do botijo de GLP? ......................................Pg. 29

    Por que o GLP mais caro em alguns estados do Pas? ....................... Pg. 32

    A margem dos distribuidores e revendedores no muito alta? ........... Pg. 33

    O que pode ser eito para diminuir o preo do GLP? ........................... Pg. 35

    O Auxlio-Gs torna o GLP mais acessvel s amlias carentes? ............ Pg. 37

    O botijo de gs em uma residncia propriedade do consumidor? ...... Pg. 38

    Por que no se pode encher botijes de GLP em postos,como se az com o GNV? ...............................................................Pg. 39

    Como atua a pirataria no mercado de GLP? ....................................... Pg. 41

    Quais os riscos dessas ormas de pirataria? ....................................... Pg. 43

    O que pode ser eito e o que estsendo eito para combater a pirataria? ............................................Pg. 44

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    O

    BOtIjO

    1 O que GLP?

    Cerca de 85% do gs do botijoencontra-se em estado lquidoe 15% em estado gasoso,o que garante espao de seguranapara manter a correta pressono interior do recipiente.

    O GLP, Gs Liqeeio de Perleo, uma mistura de hidrocarbonetoslquidos obtidos em processo convencional nas renarias, quando produ-zido a partir do petrleo cru. Pode ser tambm produzido a partir do gsnatural, em unidades de processamento de gs natural (UPGNs).

    popularmente conhecido como gs de cozinha pois sua maior aplica-o na coco dos alimentos, mas tambm utilizado em vrias aplica-

    es industriais e agrcolas (ver item 7).Em estado lquido, o GLP mais leve do que a gua e pode ser acilmentearmazenado a uma presso moderada.

    Em estado gasoso, ele mais pesado que o ar, o que az com que se con-centre prximo do solo em caso de vazamento. Por ser invisvel e inodoro,adiciona-se um odorizante no-txico, como medida de segurana.

    Por sua acilidade de armazenamento, transporte, grande ecincia trmicae limpeza na queima, o GLP usado intensivamente em todo o mundo.

    | GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    Qual a dierena enreGLP, GNV, GNL, GNC,

    gs canalizado e gs naural?

    O GLP, Gs Liqeeio de Perleo, uma mistura de hidrocarbonetos, espe-cialmente propano e butano. Como derivado do petrleo, produzido em re-narias, podendo tambm ser processado a partir do gs natural (ver item 1).

    Gs Canalizado, tambm conhecido como gs de rua, produzido a partir

    da nata, derivado de petrleo, atravs de um processo industrial (reor-mao com vapor dgua), e distribudo nos centros urbanos, atravs dasredes de distribuio das companhias estaduais de gs, para consumo pre-dominantemente residencial. A maior parte dessas redes de distribuio jsubstituiu o gs de nata pelo gs natural.

    Gs Naural todo hidrocarboneto ou mistura de hidrocarbonetos quepermanea em estado gasoso ou dissolvido no leo nas condies origi-

    nais do reservatrio, e que se mantenha no estado gasoso nas condiesatmosricas normais. extrado diretamente de reservatrios petrolerosou gaseeros. Seu principal componente o metano.

    GNV (Gs Naural Veicular) uma mistura combustvel gasosa, provenien-te do gs natural ou do biogs, destinada ao uso veicular e cujo componenteprincipal o metano, observadas as especicaes estabelecidas pela ANP.

    GNL (Gs Naural Liqeeio) o gs natural resriado a temperaturas

    ineriores a -160C para ns de transerncia e estocagem como lquido. composto predominantemente de metano e pode conter outros compo-nentes normalmente encontrados no gs natural.

    GNC (Gs Naural Comprimido) todo gs natural processado em umaestao de compresso para armazenamento em ampolas ou cilindros, trans-portados at estaes de descompresso localizadas nas plantas dos clien-tes industriais ou nos postos onde so distribudos para os consumidores.

    (Defnies adaptadas do glossrio do site da ANP www.anp.gov.br)

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes|

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    3Desde quando se

    usa GLP no Brasil?

    No Brasil, a utilizao do GLP como combustvel est ligada histria dodirigvel alemo Gra Zeppelin, que transportava passageiros entre a Europae a Amrica do Sul, durante alguns anos no incio do sculo XX. Por sua altaoctanagem, o GLP era usado como combustvel do motor desses dirigveis.

    Na dcada de 1930, quando essas viagens oram suspensas, um grande esto-que de combustvel do Zeppelin, totalizando seis mil cilindros de gs propano,

    estava armazenado no Rio de Janeiro eem Recie. Foi ento que Ernesto Igel,um austraco naturalizado brasileiro,comprou todos os cilindros e comeou acomercializ-los como gs para cozinha,atravs da Empresa Brasileira de Gs aDomiclio, undada por ele.

    Naquele tempo, a maior parte da populao utilizava oges a lenha. Emmenor escala, havia oges a lcool e a querosene. O GLP comeou a serimportado dos Estados Unidos, mas o nmero de consumidores do produtoainda era insignicante.

    Alguns anos depois, durante a SegundaGuerra Mundial, as importaes oramsuspensas. Terminado o confito, surgiu

    uma segunda distribuidora de GLP nopas e o consumo se expandiu. Botijescomearam a ser abricados no Brasile a importao do GLP a granel tor-nou-se possvel com investimentos emnavios-tanque e em terminais dearmazenagem e engarraamento.

    | GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    4Por que o GLP chamadode gs de cozinha?

    O consumo domstico do GLP cresceu bastante ao longo da dcada de1950, propiciando o surgimento de outras distribuidoras e abricantes debotijes, para atender a demanda. Um desses abricantes, a Mangels, de-senvolveu o projeto do botijo de 13 kg, que acabaria se tornando o

    padro brasileiro. Hoje, existem cerca de 99 milhes de botijes em circu-lao em todo o pas e, a cada dia, so entregues um milho e quinhentosmil botijes aos consumidores brasileiros.

    Em 1955, dois anos depois de sua undao, a Petrobras havia comeadoa produzir gs liqueeito de petrleo. Cinco dcadas depois, o Brasil estatingindo a auto-sucincia na produo de GLP, que assim passa a ser umproduto 100% nacional.

    Por ser acilmente transportvel, sem necessidade de gasodutos ouredes de distribuio, o GLP chega s regies mais remotas, rurais ouurbanas. Alm disso, no se deteriora durante o tempo de armazena-mento, ao contrrio de outros combustveis lquidos de petrleo.

    No Brasil, sua distribuio em recipientes transportveis, os denominadosbotijes de gs, abrange 100% do territrio nacional e garante o abasteci-

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes|

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    Abrangnca gegrfcae ecnmca d GLP

    Chega a 100% dsmuncps braslers

    95% da ppula atendda

    Mas de 42,5 mlhesde dmcls

    Mar presenad que energa eltrca,gua encanadae rede de esgts

    Cerca de350 ml empregsdrets e ndrets

    mento de 95% dos domiclios. Ou seja, sua presena em nosso pas maiordo que a da energia eltrica, da gua encanada e da rede de esgotos.

    Isto ez do GLP um produto essencial para a populao brasileira, pois utilizado no preparo das reeies dirias em 42,5 milhes de lares de

    todas as classes scio-econmicas.Mas o GLP tem muitas outras aplicaes alm de sua utilidade na cocode alimentos (ver item 7). Inelizmente, o ato de ser conhecido popular-mente como gs de cozinha, se por um lado demonstra a sua importn-cia para a populao brasileira, por outro lado mostra que esse produtotem sido banalizado. As normas vigentes esto deasadas e restringem oGLP a poucas aplicaes legalmente aceitas (ver item 6).

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    Alm do boijo de 13 kg,o mais comum no Brasil,

    como o GLP pode chegarao consumidor?

    O armazenamento e o transporte de GLP requercilindros e tanques pressurizados.

    Existem no Brasil variados tipos de cilindrospara acondicionamento desse produto, norma-tizado pela NBR-8460 da ABNT: embalagens de2 kg, 5 kg, 7 kg, 8 kg, 45 kg e 20 kg, este lti-mo somente usado em empilhadeiras. Mas a embalagem de 13 kg a maisutilizada, superando 75% das vendas totais do produto em nosso pas.

    O GLP tambm comercializado a granel, para uso comercial, industrial,

    e j atinge tambm o segmento residencial: condomnios mais novospossuem instalaes para receber o gs a granel.

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    6Por que o governo probe

    alguns usos do GLP?

    Resoluo ANP no 15 de 1/05/2005

    Art. 30 vedado o uso de GLP em:

    I motores de qualquer espcie;

    II ns automotivos, exceto em empilhadeiras;

    III saunas;

    IV caldeiras;

    V aquecimento de piscinas, exceto para ns medicinais.R

    EStRIES

    DE

    USO

    A lei que restringe certos usos do GLP no Brasil data de 1991. Naquelapoca, a primeira guerra do Golo (invaso do Kuwait pelo Iraque) pareciaser uma sria ameaa de aumento nos preos e at mesmo de altar petr-leo para as necessidades de consumo em nosso pas. O Brasil importavaquase 50% do petrleo e derivados que consumia.

    No caso do GLP, nossa dependncia do mercado externo chegava a 80%

    e o preo era ortemente subsidiado para torn-lo acessvel aos consu-midores. O montante de recursos destinados a esse m contribua para oagravamento do dcit do setor pblico, em uno da existncia da ContaPetrleo e Derivados mantida pela Petrobras.

    Esse contexto exigiu uma srie de medidas governamentais para a conten-o do consumo de derivados de petrleo. A Lei 8.716, de 8/2/1991, de-niu como um crime contra a ordem econmica o uso de GLP em motores

    de qualquer espcie, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas, ou parans automotivos, ou seja, qualquer utilidade que no osse consideradaessencial no caso desse energtico.

    Hoje, o cenrio outro: o Brasil est atingindo a auto-sucincia emGLP e o preo desse produto no mais subsidiado pelo governo. Masas mesmas restries continuam vigentes. Paradoxalmente, incentiva-se

    12| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    Quais os ourosusos do GLP?

    Por ter alto poder energtico, o GLP pode colocar em uncionamento desdeo menor aparelho domstico at grandes instalaes industriais.

    Por ser um combustvel muito limpo, ele pode ser usado em contato diretocom alimentos e artigos tais como cermica na, sem nenhum prejuzo pureza e qualidade desses produtos.

    Os usos industriais do GLP incluem: uncionamento de empilhadeiras in-dustriais, ornos para tratamentos trmicos, combusto direta de ornospara cermica, indstria de vidro, processos txteis e de papel, secagemde pinturas e gaseicao de algodo.

    o consumo do GN, em grande parte importado, nos mesmos usos em quese probe o GLP, produzido nacionalmente. A proibio de uso do GLP emcaldeiras, por exemplo, quando no leva ao maior consumo de gs natural,estimula o consumo de energia eltrica, menos eciente e mais cara, ou

    do poluente leo combustvel.

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 13

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    8 O GLP poluene?

    Em residncias ou recintos comerciais, geralmente usado para caleaode ambientes e aquecimento de gua, alm do uso mais conhecido, que a coco de alimentos.

    No mercado agrcola, usado para a produo vegetal e animal e para

    equipamentos diversos.Em alguns pases, o GLP utilizado tambm como combustvel automo-tivo, em veculos de transporte coletivo, txis e automveis particulares,mas no Brasil este uso proibido, exceto para empilhadeiras.

    O GLP um combustvel limpo. No txico e no contamina os manan-ciais de gua nem o solo.

    Pelo ato de permitir a reduo de emisses de CO2, o GLP deveria ser se-riamente considerado como um complemento ao gs natural nas polticasambientais em reas urbanas de grandeconcentrao.

    A utilizao da lenha em larga esca-la como onte calorca poderia gerarum desmatamento de propores nada

    desprezveis: para se obter no ogo delenha o mesmo poder calorco de ums botijo de 13 kg de GLP, necess-rio derrubar e queimar dez rvores, emmdia. Ou seja, o consumo de GLP pelapopulao representa a preservao demilhes de rvores por dia e no preju-dica a sade (ver pergunta 9).

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    O ogo a lenha no seriauma opo mais acessvel

    para as amliasde menor poder aquisiivo?

    Fontes: World Health Report (dados de 2001/2002); e Proessor Kirk R. Smith, University o Caliornia

    Asma

    Alergia

    Ineces respirarias

    Pneumonia

    More inanil precoce

    Cncer

    tuberculose

    Caaraa

    tracoma

    Obsruo crnica dos pulmes

    O uso de lenha e carvo em ambienes echados (cozinhas residenciais)provoca graves doenas, em larga escala, originadas pela poluio do ar:

    A queima de lenha nas residncias ou em qualquer ambiente echado,alm dos bvios problemas ambientais da derrubada de milhes de r-vores, provoca srios problemas de sade pela inalao de gases txicos(indoor-air polution).

    Devido s emisses de CO2, particulados, benzeno e ormaldedo, que ocor-rem na queima de lenha, a inalao dessas substncias provoca doenaspulmonares, como bronquite e pneumonia, reduz a capacidade de traba-lho e eleva os gastos governamentais com sade. Segundo a OrganizaoMundial de Sade, doenas associadas umaa originada do uso da le-nha, resduos agrcolas e carvo nos pases em desenvolvimento provocam

    a morte de aproximadamente 1,6 milho de pessoas por ano.

    1,6 milho de mores/ano no mundo causadaspor inoxicao domsica com o uso

    de combusveis slidos (como lenha e carvo)

    Lenha e carv: atres de rsc

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 15

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    Qual a paricipaodo GLP na

    mariz energica?

    Nos ltimos anos, houve um incentivo muito grande por parte do Governoao crescimento do gs natural na matriz energtica brasileira, tanto nosegmento industrial como residencial, alm do GNV, que teve um cresci-mento expressivo. O GLP, no entanto, responde por apenas 3,6% da matriz

    energtica, menos que a lenha e o gs natural (sendo este em grandeparte importado) e muitssimo menos que o leo diesel e a eletricidade.

    O GLP tem um papel importante a desempenhar na matriz energtica bra-sileira e na economia do pas. Mas ao longo do tempo, por razes in-meras, tornou-se conhecido apenas como gs de cozinha e, assim, porvezes subestimado em sua capacidade de participar da matriz energticacom usos mais nobres. visto por muitos, equivocadamente, como seosse uma energia antiga. Isto precisa ser revisto.

    Evlu de Cnsum de GLP n Brasl

    (Milhes de toneladas)

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Fonte: Sindigs

    6,66,8

    7,0

    6,96,7 6,2

    6,5

    6,4

    6,5

    1| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    Partcpa d GLP e da Lenha na

    Matrz Energtca Braslera - Setr Resdencal(Dados MME)

    Matrz Energtca Braslera 2006

    (Ano-base: 2005)

    Fonte: MME

    4,9%Secundriasde perleo

    7,0%Gasolina

    16,5% Elericidade

    3,3%Coue

    de carvomineral

    8,2% Lenha10,8%Bagaode cana

    3,6%GLP

    16,5% leo diesel

    6,8% Gs naural 3,4%leo

    combusvel

    3,7% Naa

    3,7%lcoolelico

    12%Ouros

    1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

    39%

    34%

    29%

    24%

    GLP Lenha

    38%

    31%

    38%

    26%

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 1

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    11O GLP consumido noBrasil imporado?

    Dependnca externa de GLP e Gs Natural

    1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

    50%

    45%

    40%

    35%

    30%

    25%

    20%

    10%

    5%

    0%

    Fontes: BEN 2005/CBIE - Dependncia externa defnida como

    importao lquida (importao menos exportao) sobre consumo total.

    43%

    40%

    30%26%

    17%15%

    6%5%

    22%

    36% 36%32%

    42% 42%

    Gs NauralGLP

    No ano 2000, o Brasil ainda importava cerca de 40% do GLP necessrio aoconsumo interno. Em 2006, o nvel de dependncia cai para zero, com a

    ampliao da capacidade das renarias e a entrada em operao da UPGN(Unidade de Processamento de Gs natural) de Manati-BA, da Petrobras.

    A demanda de GLP, que era crescente nos anos de 1990 a 2000, experimen-tou uma queda signicativa entre 2000 e 2003. Em 2004, quando houveexpressivo crescimento na demanda dos derivados de petrleo em geral, oGLP teve uma pequena expanso, chegando em 2006 a um consumo total

    ainda inerior ao que havia sido registrado no ano 2000.Na demanda residencial, o GLP est perdendo em participao para a le-nha. Entre 2000 e 2005, a participao do GLP caiu de 31% para 26%, en-quanto a lenha aumentou de 32% para 38% sua participao no consumode energia em residncias.

    1| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    12O GLP concorrenedo gs naural?

    A partir de 2007, a Petrobras j planeja exportaes de GLP para a Chinae outros pases consumidores.

    Enquanto isso, aumentou o consumo de gs natural e, a dependncia deimportao desse produto.

    O GLP um produto complementar do gs natural, mais do que um com-petidor. Em vrios setores h elevada possibilidade de substituio entregs natural e GLP, que j conta com inra-estrutura de atendimento aocliente em todo o territrio nacional e no requer mudanas signicativasnas instalaes.

    Diante de possveis crises de abastecimento de gs natural importado, mos-tra-se como um ator extremamente grave e preocupante a impossibilidade

    de se garantir o ornecimento ininterrupto e de se armazenar o GN.O GLP, ao contrrio, pode ser armazenado e transportado com acilidade,sem necessidade de gasodutos, chegando onde or preciso, por qualquermeio de transporte. Tanto os consumidores residenciais quanto as empre-sas podem ter tranqilidade quanto continuidade de seu ornecimento ea operacionalidade de seu uso.

    Para consumidores de grande porte, o GLP no concorrente do gs natu-

    ral. Este um produto nobre, um insumo barato e, no segmento das gran-des indstrias, inegavelmente competitivo e eciente. Mas importantelembrar que o ato de no termos ainda auto-sucincia em gs naturaldeixa o nosso pas sujeito a riscos de desabastecimento. Em caso de in-terrupo no ornecimento, centenas de indstrias no Brasil cariam semenergia para mover suas mquinas. Isso mostra a importncia de se contarcom uma alternativa segura, que sirva de back-up para as indstrias.

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 1

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    13O gs naural mais

    barao que o GLP?

    Pder Calrfc d GLPem rela a utrs cmbustves

    Quantdade Cmbustvel Pder Calrfc (KCal)

    1 Kg

    1 m

    1 m

    1 Kg1 Kg

    1 Kg

    1 Kwh

    GLP

    Gs naural

    Gs de rua

    leo dieselCarvo

    Lenha

    Energia elrica

    11.500

    9.400

    4.200

    10.2005.000

    2.900

    860

    A livre concorrncia permite ao consumidor escolher um produto levandoem conta o seu custo-benecio. positivo que as empresas aam pro-paganda de seus produtos e que o cidado tenha acesso a inormaesimportantes para uma boa escolha, mas no correto armar-se, porexemplo, que o gs natural sai mais barato para o consumidor residencialdo que o GLP.

    Para o mesmo resultado energtico que se obtm com 1 kg de GLP, oconsumidor precisa de 1,22 m de gs natural. Isto no signica que umseja melhor que o outro, apenas preciso coloc-los no mesmo nvel declculo para se azer uma comparao correta.

    20| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    14

    O uso do gs naural ezcair o consumo de

    GLP no Brasil?

    O preo do gs natural varia de acordo com a aixa de consumo. Quemconsome quantidades menores de gs natural paga mais caro do que osconsumidores de aixas mais elevadas. Esse ato relevante, pois 99% daspessoas que consomem o gs de cozinha em botijes de 13 kg esto na

    aixa de consumo mais baixa.Nas aixas de consumo mais altas, deve-se considerar o poder calorco.Recomenda-se ao consumidor que aa as contas, multiplicando sua aixade consumo em quilogramas de GLP por 1,22 para saber quanto gastariase estivesse usando gs natural. Por exemplo, para cada R$ 10,00 quegasta em GLP, o consumidor gastaria R$ 12,20 em GN. Alm disso, antesde migrar de um para outro energtico, o consumidor deve consultar seuornecedor atual para avaliar e negociar.

    Muitos acham que a queda do GLP no consumo residencial ruto daentrada do gs natural. No verdade. Como se pode ver na resposta dapergunta 10, para a lenha que o GLP est perdendo participao namatriz energtica.

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 21

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    15O suprimeno de GLP

    monoplio da Perobras?

    16

    Qual o papel dos disribuidorese dos revendedores

    no mercado de GLP?

    No. O reno do petrleo e o processamento dos derivados, inclusive oGLP, no monoplio da Petrobras e pode ser operado por empresas ouconsrcios de empresas, desde que atendam s exigncias da Lei e aosrequisitos da agncia reguladora (ANP).

    A Unio tem monoplio da pesquisa e lavra das jazidas de petrleo egs natural, da atividade de reno, transporte, importao e exportao

    desses produtos e seus derivados bsicos. Mas essas atividades podem serexercidas, mediante concesso ou autorizao, por empresas constitudassob as leis brasileiras, com sede e administrao no Pas (Lei n 9.478, de6/8/1997, a chamada Lei do Petrleo).

    Os distribuidores operam no atacado e no varejo. Adquirem milhares de tone-

    ladas de GLP nas renarias, transportam-no para suas bases por meio de dutosou caminhes-tanque, envasam o produto em botijes ou disponibilizam-no agranel. Por esses dois sistemas de atendimento (botijes e granel), abastecempequenos, mdios e grandes consumidores, com entrega domiciliar, venda nasportarias dos depsitos ou ornecendo o produto para as plantas industriais.

    Os revendedores operam no varejo. Adquirem botijes nas empresas distri-buidoras e os revendem para os consumidores nais. As redes de revenda,atuando em parceria comercial com os distribuidores, so undamentaispara que o GLP esteja presente em todos os municpios do pas.

    22| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    Consumidoresresidenciais

    Grandesindstrias

    Empresas

    pequenasemdias

    Agropecuria

    Condomnios

    Redederevenda

    Entregadebotijes

    Bob-tail

    Caminh

    o-tanque

    Distribuioagranel

    Basesdeenvasamento

    Distribuidora

    Refno

    Produo

    FluxodeDistribuiodoGLP

    d

    opoodepetrleoaocon

    sumidorfnal

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 23

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    17

    Por que o mercado de GLP concenrado em

    poucos disribuidores?

    O mercado de GLP no Brasil aberto a toda empresa que tiver condiestcnicas e nanceiras de atender aos requisitos previstos na legislaoe nas portarias e resolues da ANP (Agncia Nacional do Petrleo, GsNatural e Biocombustveis) que regulam o setor. Mas pelas prprias ca-

    ractersticas da atividade, a distribuio de GLP apresenta um grau rela-tivamente elevado de concentrao, no s em nosso pas mas no mundointeiro, em uno dos custos xos muito elevados.

    Mantendo a qualidade e a segurana desse atendimento em um pas dedimenses continentais como o Brasil, as empresas distribuidoras de GLPatingiram um nvel tecnolgico e operacional altura dos mais desenvol-vidos mercados do mundo.

    Market Share Dstrbudras brasleras

    (Vendas de GLP - Jan-Dez/2006)

    Copaga 7,44%

    Ouros 2,77% Fogs 1,61%

    Amaongs 0,63%

    Ulraga 23,89%

    NGBuano18,48%

    SHV Gas Brasil 23,32%

    Liuigs 21,71%

    Fonte: Sindigas

    Repsol 0,16%

    24| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    18Exise carel no mercadobrasileiro de GLP?

    um grande equvoco a alegao de que o pequeno nmero de empresasdistribuidoras no Brasil reduz o grau de competio no mercado. Equvocomaior ainda considerar esse conjunto de empresas como um cartel. Oque dene uma estrutura cartelizada o controle dos preos e dos pontosde venda e, no caso da comercializao do GLP no Brasil, a livre concor-rncia total.

    Na maioria dos pases entre eles, Frana, Inglaterra, Espanha, Sucia,Tailndia, ndia, Chile, Venezuela, Peru e Coria do Sul o grau de concen-trao maior do que no Brasil. Ou seja, a mdia mundial de distribuido-ras que concentram mais de 80% do mercado de 3,3 empresas por pas,enquanto no Brasil atuam 21 empresas distribuidoras, sendo que as quatromaiores atendem a cerca de 87% do mercado de distribuio.

    Portanto o Brasil est acima da mdia mundial. Se este nvel de concen-

    trao indicasse existncia de cartel, teramos cartel nos mercados degeladeiras, oges, gasolina etc. Em mercados de alto custo operacional,a concentrao garante maior ecincia, economia (ganho de escala) equalidade como benecios para o consumidor nal. Alm disto, no sepode alegar alta de concorrncia em um mercado que tem mais de 70 milrevendedores e postos de venda.

    Para algumas pessoas, a idia de que existe cartelizao neste setor vem

    da percepo de que os preos das empresas concorrentes se assemelhammuito. O setor tem como principal ornecedor (mais de 95%) a Petrobras,que pratica o mesmo preo para todos os seus distribuidores. Os tributosso os mesmos. Os custos que podem variar so os administrativos, rete,envasamento e outros menos representativos. Os preos do gs de cozinhaso to similares entre si como so os da gasolina, do arroz, do eijo e

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 25

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    Grau de cncentra de mercad dasempresas dstrbudras de GLP n mund

    Grau de concentrao de mercado das empresas distribuidoras de GLPem vrios pases do mundo. O Brasil, com 4 empresas concentrando mais

    de 80% do mercado, est acima da mdia mundial, que de 3,3 empresas.

    ANtI. FRANC.

    ARGENtINABLGICA

    BELIzE

    BOLVIA

    BRASiL

    CHILE

    COStA RICA

    CUBA

    EL SALVADOR

    EqUADOR

    ESPANHA

    FRANA

    GUAtEMALA

    HONDURAS

    NDIA

    INGLAtERRA

    NICARAGUA

    PARAGUAI

    PERU

    POLNIAPORtUGAL

    tURqUIA

    URUGUAI

    VIEtN

    4 46 50

    6 4 10

    2

    7

    35

    60

    3

    20

    3 20

    27

    23

    5

    65

    4 2 6

    3

    3 2 5

    2

    2

    4

    31 2

    3 5 8

    2

    3

    3

    3

    4 17 21

    2 2 4

    3

    35 40

    2

    100% do mercado80% do mercado

    Fonte: AIGLP, AEGLP, REPSOL YPF, Totalgaz, Ultragaz, Levy e Salomo Advogados

    do ca. No h grande novidade na proximidade dos preos em dierentespontos de venda de uma mesma regio, porque os custos so os mesmos.Mesmo assim, quem vericar no site da ANP os dados do monitoramentode preos do GLP poder encontrar variaes de R$ 4 ou mais, ou seja,

    mais de 10% do preo nal.

    2| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    19

    Quais so os rgosque regulam e fscalizam

    esse mercado?

    Corpo de Bombeiros

    rgos de Defesa do Consumidor

    Secretarias da Fazenda

    Secretarias do Meio Ambiente

    A regulao do setor, contratao das empresas concessionrias e scali-zao das atividades econmicas integrantes da indstria do petrleo soatribuies da ANP Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Bio-combustveis, uma autarquia vinculada ao Ministrio de Minas e Energia.

    A ANP estabelece os requisitos mnimos para as empresas que se propema atuar no mercado de GLP, visando garantir a segurana do consumidor ea regularidade do abastecimento em todo o territrio nacional.

    Para compatibilizar a oerta e a demanda nos pontos de recebimento doproduto, a ANP estabelece quantidades mensais mximas para os contra-tos de compra e venda entre o produtor (a Petrobras, por exemplo) e cadauma das empresas distribuidoras, com base na capacidade de atendimento

    da empresa, quantidade de botijes com a sua marca, etc.Outra atividade importante da ANP que traz maior transparncia ao mer-cado, inorma os consumidores e ornece aos agentes condies de acom-panhar detalhadamente o desempenho do setor o monitoramento dacomercializao de combustveis. Semanalmente, eito um levantamentode preos em todos os estados da ederao e dos volumes comercializa-dos. Esses dados esto disponveis no site www.anp.gov.br .

    Alm disso, o Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Normalizaoe Qualidade Industrial, autarquia vinculada ao Ministrio do Desenvolvi-mento, Indstria e Comrcio Exterior, scaliza os botijes, especialmente

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 2

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    20O preo do GLP

    abelado ou subsidiado?

    em relao ao peso correto do produto em cada recipiente. E scalizatambm os sistemas de medio do GLP a granel.

    Outro rgo importante para o setor a ABNt Associao Brasileirade Normas Tcnicas cujas normas asseguram os requisitos adequados

    para abricao, armazenamento e requalicao dos recipientes, alm derequisitos para as instalaes de granel. Os distribuidores de GLP seguemrequisitos de certicao para assegurar as boas condies de uso dosbotijes. O servio de requalicao dos botijes tambm sujeito snormas da ABNT no mbito do Sistema Brasileiro de Certicao.

    Nos estados, a regulao e a scalizao das atividades de distribuioe revenda de GLP competem principalmente aos rgos de deesa do

    consumidor, Corpo de Bombeiros, Secrearias da Fazenda e do MeioAmbiene, entre outros rgos.

    Nem uma coisa nem outra.

    Os preos de venda ao consumidor comearam a ser liberados a partir de1990, quando a Portaria MINFRA 843, de 31/10/1990, que regulava oexerccio da atividade de distribuidor de GLP, determinou que caberia acada distribuidora estabelecer sua taxa de entrega. A partir de janeiro de2001, oram liberados os preos ex-renaria, com a desregulamentao

    da gura do produtor, sendo que a Petrobras continua respondendo porquase todo o suprimento, embora no haja nenhum impedimento legal participao de outros produtores nesse mercado.

    Ao nal de 2001, o Governo deu o ltimo passo no processo de desregu-lamentao da indstria de GLP, eliminando o subsdio no produto e au-torizando a Petrobras a praticar preos alinhados paridade internacional(cotados em dlar). Esta medida oi importante, pois alm de remunerar

    adequadamente os investimentos da Petrobras, incentiva a entrada denovos competidores tambm na importao e reno deste derivado.

    2| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

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    21O que encarece o preodo boijo de GLP?

    Desde janeiro de 2002 o GLP no goza de qualquer subsdio ou subvenoem nosso pas. At dezembro de 2001 havia a PPE (parcela de preoespecco tambm conhecida como conta petrleo), que uncionavacomo um colcho impedindo que os preos ossem aetados por presses

    do mercado externo.

    Em 1994, quando o preo nal do botijo de 13 kg era de R$ 4,82, o valortotal dos tributos era de R$ 0,60 ou seja, 12,44% do preo de venda.

    Em dezembro de 2005, o mesmo botijo vendido ao consumidor brasi-leiro pelo preo mdio de R$ 30,18. Desse valor, R$ 7,46 so os tributosdevidos, ou seja, 24,72% do preo. Este dado, por si s, impressionante:

    em onze anos, o percentual da carga tributria cresceu 98,71%.Nesse perodo, o valor do tributo (que subiu de 60 centavos para R$ 7,46),soreu uma variao nominal de 1.143,33% em 11 anos. Corrigida peloIGP-DI, essa variao representa um aumento real de 303,67%.

    A margem bruta das distribuidoras nesse mesmo perodo teve aumentoreal de 25,91%.

    Tambm de 1994 a 2005, o preo cobrado pela Petrobras aos distribuido-

    res subiu 186,61%, em valores corrigidos pelo IPCA.

    Em 2001, a liberao dos preos ex-renaria (ou seja, do produtor para odistribuidor) coincidiu com grandes aumentos na cotao do dlar norte-americano e uma disparada nos preos internacionais do barril de petr-leo, acompanhados por sucessivos reajustes no mercado interno, agora

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 2

  • 7/29/2019 cartilha _copagaz_glp

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    Cmps d pre d btj P-13

    Margem Disribuio e Revenda tribuos Bi-tribuao (GLP-GN) Perobras

    Aument 1994-2006

    Nmnal iGP-Di+ 526,14% + 103,23%

    1994 2006

    R$ 2,94

    R$ 0,60R$ 1,28

    R$ 11,40

    R$ 1,00R$ 6,46

    R$ 11,32

    + 287,75% + 25,91%

    + 1143,33% + 303,67%

    + 784,37% + 136,81%

    Pre:R$ 4,82

    Pre:R$ 30,18

    sem qualquer subsdio. O resultado da nova poltica resultou num aumentoquase imediato do preo do botijo de 13 kg, que saltou de um patamar

    de R$ 15,00 para os preos atuais em torno de R$ 30,00.

    Em 2002, com a aproximao das eleies para a Presidncia da Repblica, odlar alcanou cotaes prximas a R$ 4,00. Naquela ocasio, a Petrobras deci-diu xar o preo do GLP ex-renaria nos mesmos nveis que mantm at hoje.

    Nenhuma outra parcela do custo do GLP teve aumento to grande quantoa carga tributria. Em 1998, 17% do preo do GLP destinavam-se ao ICMS,Pis e Cons. No ano seguinte, essa carga aumentou para 22%. Em 2000e 2001, aqueles trs impostos j somavam 24%. E, em maro de 2002,estavam em 27%.

    30| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

  • 7/29/2019 cartilha _copagaz_glp

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    Cmpara da carga trbutrad GLP x cmpetdres drets( Valres absluts em Reas )

    Produo Esado PIS ICMS Relao

    GLP RJ 0,168 0,286

    LEO RJ 0,100 0,206 -33%

    GN RJ 0,080 0,110 -58%

    Equvalnca Cmbustvel1,00 Kg

    1,22 m

    0,95 m

    GLP

    Gs Naural

    leo Diesel

    Fone: COtEPE. Dados Janeiro 2006Obs: Os clculos aui apresenados refeem a carga riburia absolua, expressa em reais

    (R$) considerando os aores de euivalncia enre os produos.

    Produo Esado PIS ICMS Relao

    GLP SP 0,168 0,270

    LEO SP 0,098 0,192 -34%

    GN SP 0,098 0,184 -36%

    A tabela que se segue compara a carga tributria do GLP, gs natural e leodiesel, considerando a equivalncia energtica entre os produtos. Pode-seconstatar que a carga tributria do leo combustvel 33% menor do que ado GLP no estado do Rio de Janeiro e 34% menor no estado de So Paulo.

    No caso do gs natural, essa dierena chega a 62% (RJ) e 33% (SP).

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 31

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    Por que o GLP maiscaro em alguns

    esados do Pas?

    iCMS d GLP pr estad brasler

    12%

    17%

    18%

    A dierena de preos entre os estados ocorre principalmente por doismotivos:

    a) Custos de transporte, em uno da distncia entre a renaria maisprxima (produtora de GLP) e o consumidor.

    b) Carga tributria estadual: o ICMS pode variar de 12% a 18%, conormeo estado da ederao.

    32| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

  • 7/29/2019 cartilha _copagaz_glp

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    A margem dosdisribuidores e

    revendedoresno muio ala?

    Alguns tens de custda dstrbu de GLP

    Pessal

    Unrmes

    Trenament

    Freteinstalaes

    Vaslhame

    Requalfca

    Armazenament

    inrmtca

    Cmuncaes

    Energa eltrca

    Equpaments

    Vglnca

    Audtra

    Cnsultra

    Admnstratv

    Cmercal

    A margem bruta engloba todos os custos operacionais da distribuio e darevenda do GLP, desde o instante em que ele ornecido pela renaria ato momento em que o consumidor nal atendido, no s com a entrega

    do produto mas com todas as providncias ligadas ao atendimento apsa venda, manuteno constante dos botijes e das redes de ornecimentoa granel, etc.

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 33

  • 7/29/2019 cartilha _copagaz_glp

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    33,85

    Cmpnentes d pre d GLPna Amrca d Sul e na Eurpa

    (Matra-prma, mpsts e margem (R$) relatvs a btj P-13)

    ESPANHA

    INGLAtERRA

    ALEMANHA

    DINAMARCA

    ItLIA

    FRANA

    UStRIA

    COLMBIA

    PARAGUAI

    BRASIL

    CHILE

    ARGENtINA

    PERU

    16,75

    9,30

    4,60

    2,85

    21,84

    9,70

    12,10

    0,00

    29,33

    11,26

    6,47

    11,42

    31,21

    15,00

    4,10 8,30

    12,10

    33,77

    15,50

    9,9812,10

    8,58

    16,76

    Amrca d Sul Eurpa

    36,47

    28,08

    16,78

    1,97

    9,32

    51,48

    33,85

    9,01

    8,62

    52,96

    35,69

    7,64

    9,63

    58,31

    39,35

    10,34

    8,62

    60,83

    45,12

    6,08

    9,63

    68,25

    45,55

    13,38

    9,32

    71,33

    50,12

    12,01

    9,20

    PPP (Purchasng Pwer Party) 2002 US$ ml- US$ ml

    5,90 4,50 7,30 9,20 9,90 4,8020,50 25,90

    26,20 29,50 25,30 28,20

    Margem

    impsts

    Matra Prma

    A margem de comercialiao (disribuio + revenda) no Brasil uma das menores do mundo.

    Margem bruta de dstrbu + revendaMda Brasl (btj P-13)

    Jan/2004 Jan/2005 Jan/2006

    Margem bruta R$ 11,27 R$ 12,13 R$ 12,59

    Pre dbtj P-13 R$ 29,04 R$ 29,90 R$ 30,65

    Fonte: ANP

    26,20

    Fones: MME, Org. Lainoamericana de Energia, Ecoperol,Condensa, La Repblica, World Bank, trevisan

    34| GLP no Brasil: Perguntas reqentes

  • 7/29/2019 cartilha _copagaz_glp

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    O que podeser eio para diminuir

    o preo do GLP?

    Pre d btj P-13 em rela

    a Salr Mnm (dez.1994 e dez.2005)

    Dez. 1994

    R$ 70,00Salrio mnimo

    R$ 4,82Preo do Boijo

    6,88%do salriomnimo

    Ma 2006

    R$ 350,00Salrio mnimo

    R$ 32,00Preo do Boijo

    9,14%do salriomnimo

    O preo de um botijo de gs pesa em demasia no oramento das camadasmais pobres da populao. Segundo programa de monitoramento da ANP(maio/2006), o botijo de 13 kg custa hoje, para o consumidor, R$ 32,00(mdia/Brasil), isto representa aproximadamente 9,14% do atual salriomnimo, que de R$ 350,00.

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 35

  • 7/29/2019 cartilha _copagaz_glp

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    O preo nal do GLP precisa ser compatvel com a realidade econmica dopas e com o poder aquisitivo da grande maioria dos brasileiros. torna-seessencial para a populao de baixa renda uma adequao da carga

    riburia incidene sobre esse produo, que deveria er raameno

    isonmico em relao aos produos da cesa bsica de alimenos.Em mbito ederal, a reduo dos impostos que incidem sobre gneros deprimeira necessidade tem ocorrido dentro do conceito da cesta bsica.Esta expresso surgiu ocialmente desde 1938, no decreto que regulamen-tou o salrio mnimo, e servia como critrio de clculo do valor necessriopara o sustento de um trabalhador e sua amlia. Com o passar do tempo,j que o governo no conseguia atribuir ao salrio mnimo o seu valorreal, buscou-se desonerar os itens bsicos essenciais de alimentao, hi-giene e limpeza, de modo a torn-los um pouco mais acessveis s amliasde baixa renda.

    Produtos como o arroz e o eijo no so consumidos crus, por isso tmestreita relao com o gs de cozinha. Se as alquotas do Pis/Cons ree-rentes ao arroz e eijo para a venda no mercado interno oram reduzidas azero (pelo artigo 1, incisos V e IX da Lei 10.925/2004) o mesmo critriodeveria ser adotado pelo Congresso Nacional com respeito ao GLP, que

    ainda sore uma tributao injusta e demasiadamente elevada.

    O preo nal do botijo de 13 kg poder cair ainda mais se, alm da redu-o dos impostos ederais, os estados reduzirem a carga de ICMS (Impostosobre Circulao de Mercadorias e Servios) sobre esse produto. Isso possvel, desde que os secretrios de Fazenda dos estados e do DistritoFederal, no mbito do Conselho Nacional de Poltica Fazendria (Conaz),incluam o GLP entre os gneros de primeira necessidade que tero uma

    alquota xa de ICMS, no superior a 4%, por exemplo, em todo o pas.Nada mais justo para um produto que serve a 95% da populao. So-cialmente injusto o consumidor do gs de cozinha pagar uma carga deimpostos similar ou superior que incide sobre combustveis mais po-luentes, como o leo combustvel, ou sobre o gs natural. No justo queo GLP consumido pelas amlias de baixa renda continue tendo o mesmotratamento tributrio da gasolina e de outros produtos consumidos apenas

    pelas camadas de maior poder aquisitivo.

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    25O Auxlio-Gs ornao GLP mais acessvels amlias carenes?

    Alm da reviso da carga tributria do GLP, o Sindigs tem sugerido aoGoverno Federal outras medidas com o objetivo de tornar mais acessvel obotijo de gs para as amlias de baixa renda: a ampliao do valor e daabrangncia do Auxlio-Gs, que hoje atinge 9,5 milhes de amlias; e a

    criao de um undo de estabilizao com recursos provenientes da CIDE.Este undo, seguindo um modelo j adotado em alguns pases, teria auno de minimizar a volatilidade do cmbio e dos preos internacionaisdo GLP, e estaria totalmente de acordo com a lei que criou a CIDE (Contri-buio de Interveno no Domnio Econmico).

    Para eliminar o eeito do m do subsdio s aixas mais carentes da popu-lao, o Governo Federal criou em 2001 o mecanismo do Auxlio-Gs, dis-tribuindo o valor de R$ 15 reais a cada dois meses, para um contingentede 4,4 milhes de amlias.

    Na ocasio, o preo do botijo de gs, para o consumidor nal, era deaproximadamente R$ 15,00. Portanto, o valor bimestral do Auxlio Gsera suciente para pagar a metade do preo de um botijo por ms. Com

    os aumentos ocorridos a partir de 2001 (ver item 21) o auxlio cou in-suciente para tornar o GLP acessvel populao de baixa renda. Maisgrave que isso: a quantidade de pessoas atendidas muito menor doque seria necessrio para que o programa atingisse minimamente os seusobjetivos.

    E com a sua integrao ao Bolsa Famlia, ocorrida em 2003 (juntamentecom os demais programas do gnero, como o Bolsa-Escola e o Carto Ali-mentao), cou ainda mais dicil, seno impraticvel, a caracterizaodos objetivos especcos do programa Auxlio-Gs.

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 3

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    O boijo de gs em umaresidncia propriedade

    do consumidor?

    Auxl Gs X Pre d btj de GLP

    2001 2002 2003 2004 2005 2006

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    (R$)

    R$15,00

    Preo do boijo P-13Valor do Auxlio-Gs

    R$23,45

    R$29,65 R$30,44 R$29,70

    R$32,00*

    R$7,50 R$7,50 R$7,50 R$7,50 R$7,50 R$7,50

    * Preos de 2002 a 2006 reerenes ao ms de maio, conorme moniorameno ANP.

    Quando o consumidor compra um botijo de gs de determinada marca,ele ter o direito de troc-lo por outro botijo cheio, de qualquer marca sua escolha, sempre que precisar comprar mais GLP. E receber sempre umbotijo em pereitas condies, mesmo entregando em troca um botijovazio em mau estado.

    Para que isso osse possvel, as empresas distribuidoras implantaram cen-tros de destroca em todas as regies do Pas. Nesses locais, cada distribui-dora deposita os recipientes de outras marcas e retira igual quantidade devasilhame de marca prpria, procedendo ento a uma rigorosa manuten-o dos seus botijes. Somente depois desses cuidados, os botijes soencaminhados s instalaes de envasamento, para que eles voltem sresidncias dos consumidores, novamente cheios de gs.

    Portanto, o botijo que pertence ao consumidor o que est no momen-to em seu poder, antes de ser trocado por outro botijo cheio. Assim o

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    Por que no se podeencher boijes de GLPem posos, como se az

    com o GNV?

    consumidor pode estar seguro de ter sempre em sua casa um botijo empereitas condies de uso.

    A implantao desse sistema exigiu das empresas distribuidoras investi-mentos de mais de 1 bilho de reais nos ltimos dez anos, requalicandoou substituindo boa parte dos 99 milhes de botijes que hoje circulamno pas.

    H propostas desse tipo em tramitao no Congresso, mas isso estaria emtotal desacordo com as normas estabelecidas pelo governo e pela agnciareguladora exatamente para deender o consumidor. O enchimento de bo-tijes de GLP em postos de gasolina ou em outros pontos de revenda doproduto criaria muito mais problemas do que solues.

    GLP no Brasil: Perguntas reqentes| 3

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    Essa proposta inclui tambm a crena de que a possibilidade de comprar gsem quantidades ineriores capacidade do botijo pode ser uma boa soluopara o consumidor. Na prtica, seria um desastre. No tendo dinheiro paracomprar um botijo cheio, o consumidor o levaria at um posto para comprar

    um pouquinho de gs, suciente para cozinhar o almoo do dia. No sistemaatual, vendem-se mensalmente cerca de 33 milhes de botijes, mas se orpossvel ench-los parcialmente, a quantidade de recargas ser muito maior.Veramos ento um ormigueiro de pessoas, para baixo e para cima, com boti-jes nas costas, comprando a quantidade de gs que o bolso permitir.

    Os produtos pr-medidos so regulamentados e tm seu uso dissemina-do em todo o mundo, pela ecincia que se introduz na ase industriale na logstica. Espalhar pelo Brasil centenas de milhares de pontos dereenchimento de botijes poder trazer aumento de custo unitrio e umaimpressionante quantidade de raudes, impossveis de serem detectadas ecombatidas.

    Tambm no podemos ignorar as questes de segurana do consumidor. Osbotijes usados no Brasil (quase 100 milhes de unidades) oram constru-dos para enchimento em processo industrial. Eles no dispem de vlvulade alvio para controle de sobreenchimento. Se o processo alhar em um

    posto de gasolina e o botijo receber sobrecarga, este poder provocargraves acidentes com risco de vida.

    Pases que oerecem ao consumidor o enchimento de botijes de GLP empostos de gasolina tm uma realidade bem dierente da brasileira. No Ca-nad e nos EUA, por exemplo, o uso do GLP em residncias pouco inten-sivo (normalmente para camping, churrasqueiras e aquecimento externo).Aqui no Brasil, os botijes cam dentro das residncias e qualquer alha

    no enchimento ou na sua manuteno pode gerar conseqncias muitomais graves.

    Toda vez que volta sua base, o botijo da marca da distribuidora cui-dadosamente checado e os servios de manuteno so eitos custa dadistribuidora. Se os botijes ossem envasados em postos de gasolina,quem assumiria estes custos? Quem aria a requalicao? Quem pagariaquando uma vlvula tivesse que ser trocada? Quem seria responsvel por

    um sinistro ocorrido em um lar?

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    28Como aua a piraariano mercado de GLP?

    O enchimento em postos de gasolina e em pontos de revenda resultaria nadestruio do atual sistema, que h vrias dcadas abastece com seguran-a e regularidade toda a populao brasileira.

    Como ocorre em todas as atividades comerciais nos dias de hoje, o merca-do de GLP tem sido invadido pela pirataria, tanto no enchimento quantona revenda de botijes. Mas inelizmente as prticas irregulares nestesetor ainda tm sido tratadas como um problema de menor importncia.A conseqncia disso a banalizao de atividades criminosas que, secarem impunes e se no orem contidas com rigor, podem dominar total-mente o mercado, consagrando a desobedincia s leis, inviabilizando asempresas srias e trazendo graves riscos segurana dos cidados.

    As ormas de pirataria no mercado brasileiro de GLP so as seguintes:

    Revenda piraa botijes de gs empilhados nas caladas, amarrados a pos-tes de rua, armazenados em bares ou bancas de jornais, sem qualquer cui-

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    dado, sem ventilao e sem equipamentos para combate a incndio. Este um cenrio que inelizmente se tornou corriqueiro nas diversas regies dopas, principalmente nas localidades mais carentes. O GLP acondicionado earmazenado adequadamente um produto muito seguro, desde que as em-

    presas distribuidoras e revendedoras sigam uma srie de normas de segurana,institudas no somente pela ANP, como tambm pelo Corpo de Bombeiros epor outros rgos de segurana pblica. Descumprindo perigosamente essasnormas, a prolierao das revendas piratas acontece vista de todos, semque haja uma reao altura do perigo que essa prtica representa.

    Boijo Piraa caso tpico de armadilha contra consumidores ainda de-sinormados sobre a gravidade dessa prtica, que atenta contra a Lei dePropriedade Industrial, o Cdigo de Deesa do Consumidor, as normas daANP e as prticas de segurana internacionalmente consagradas. Algumas

    empresas utilizam argumentos duvidosos para obter decises judiciais queas autorizem a comercializar GLP em botijes de outras empresas. Como obotijo de gs precisa de constante manuteno para ser comercializadosem levar perigo ao consumidor, a empresa que nele tem sua marca gra-vada assume essa responsabilidade. Mas os botijes piratas no recebemmanuteno adequada e, portanto oerecem grande risco aos usurios. Umaempresa que desrespeita a marca sabe que no poder ser responsabilizada

    em caso de raude no peso do produto, por exemplo, e muito menos em casode sinistro, pois o consumidor no ter como provar de onde veio o gs.

    Obs.: O rtulo pode conter, alm da marca principal, outras marcas da mesma empresa distribuidora,que portanto so tambm vlidas com relao marca principal em alto relevo no botijo.

    Marca d

    lacre derente

    da marca em

    alt-relev

    =

    BoTiJo

    PiRATA

    Marca

    d rtul

    derente da

    marca em

    alt-relev

    =

    BoTiJoPiRATA

    BoTiJo SEGURo!

    Marcad lacre = marcad rtul marcaalt-relev=

    =

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    29Quais os riscos dessasormas de piraaria?

    1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Fone: Polcia Miliar do Esado de So Paulo - Comando do Corpo de Bombeiros

    7000

    6000

    5000

    4000

    3000

    2000

    1000

    0

    CAPItALINtERIOR

    EStADO

    LANADOO

    CDIGO

    DE

    AUTO-

    REGU

    LAMENTAO

    Vazaments de GLP cm e sem g n estad de SP

    As revendas piratas so verdadeiros camels do gs. O problema que oGLP no deveria ser vendido nas caladas ou em bares, precisa ser manu-seado adequadamente, no pode ser armazenado em locais sem ventilaoe sem equipamentos para combate a incndio. O botijo de gs com ma-nuteno adequada muito seguro, mas a armazenagem de vrios boti-jes deve cumprir normas mnimas de segurana, tais como aastamentos

    adequados, equipamentos de combate a incndio, acilidade de acessoe de evacuao e manuseio cuidadoso. So raros os acidentes, mas esteno um produto com o qual se possa negligenciar a segurana, tanto naarmazenagem quanto no manuseio.

    E a outra modalidade de pirataria, o enchimento no-autorizado de bo-tijes de outras marcas, muito pior do que a sonegao de impostos.Muito mais danoso que as raudes no peso e a adulterao na qualidade do

    produto. O botijo que esconde sua verdadeira procedncia atenta contrao bem mais valioso e irresgatvel: a vida humana.

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    undamental que os rgos de segurana pblica e de deesa do consu-midor em mbito municipal, estadual e ederal atuem com mximo ri-gor para garantir o cumprimento da lei, e para que seja abolida a piratariana revenda do gs de cozinha.

    Em alguns estados, esse trabalho estsendo intensicado por meio de con-vnios e parcerias entre a ANP, Minis-trio Pblico, Corpo de Bombeiros ergos de deesa do consumidor, como apoio das empresas distribuidorase dos revendedores, inclusive emcampanhas de orientao do con-

    sumidor, alertando para o perigo dese comprar gs em pontos de vendano-autorizados.

    30

    O que pode ser eio e oque es sendo eio para

    combaer a piraaria?

    CartazcampanhaFortaleza

    Outdoor campanha Belm