Cartilha de Direitos Autorais

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Cartilha de Direitos Autorais

Citation preview

  • Car

    tilh

    a de

    DireitosAutorais

    OABRJComisso de Direitos Autorais, Direitos Imateriais e Entretenimento (CDADIE) Apoio institucional: Realizao:

  • Presidente da OAB/RJFelipe de Santa Cruz Oliveira Scaletsky

    Comisso de Direito Autoral, Direitos Imateriais e Entretenimento

    Presidente: Fbio de S Cesnik

    Vice-Presidente:

    Cludio Lins de Vasconcelos

    Secretrio: Daniel Pitanga Bastos de Souza

    Allan Rocha de Souza

    Attilio Jos Ventura Gorini

    Bruno Costa Lewicki

    Carla da Silva de Britto Pereira

    Carlos Affonso Pereira de SouzaClarissa Kede Lima Jallad

    Cristiane Oliveira de Almeida

    Daniela Cmara Colla

    Daniela Ribeiro de GusmoDaniele Ramos Venezia dos Santos

    Dario Corra

    Deborah Fisch Nigri

    Fernanda Freitas Silva

    Gloria Cristina Rocha Braga

    Gustavo Martins de Almeida

    Gustavo Surerus de Carvalho

    Jos Eduardo de Vasconcellos Pieri

    Leandro Jos Luz Riodades de MendonaMarcelo Martins de Andrade Goyanes

    Marcelo Quintanilha Salomo

    Paula Heleno Vergueiro

    Paulo Parente Marques MendesPedro Marcos Nunes Barbosa

    Ricardo Brajterman

    Roberto Drago Pelosi Juc

    Sergio Vieira Branco Jnior

    Membros:

    Colaborador:Guilherme Capinziki Carboni

    Subcomisso da Cartilha de Direito Autoral:Cristiane Oliveira de Almeida

    Gloria Cristina Rocha Braga

    OABRJ

  • Contriburam com o texto original da Cartilha de Direito Autoral:

    Cristiane Pereira de Oliveira

    Daniel Nusman

    Eduardo Tibau de Vasconcellos Dias

    Gloria Cristina Rocha Braga

    Maurcio Lopes de Oliveira

    Adriana Brasil GuimaresSydney L. SanchesEduardo G. Senna

  • Palavra do Presidente

    ainda sob a influncia do enorme contentamento em ter vis-to nossa cidade do Rio de Janeiro como palco da XXII Conferncia Nacional dos Advogados, o maior evento da advocacia brasileira, que reuniu no final do ltimo ms de Outubro mais de 18 mil advogados em torno do tema central Constituio Democrtica e Efetivao dos Direitos, que tenho a satisfao de apresentar a todos, advogados ou no, que lidam de alguma forma com obras intelectuais nas reas ar-tstica, literria, cientfica e de comunicao, a presente Cartilha de Di-reitos Autorais, elaborado pela Comisso de Direito Autoral, Direitos Imateriais e Entretenimento da OAB/RJ.

    Com efeito, foram debatidos na XXII Conferncia Nacional inmeros temas relativos efetividade dos direitos conquistados com a Constituio de 1988, que completou 25 anos de vigncia, e a edio desta cartilha reacende a discusso acerca das garantias cons-titucionais liberdade de criao, de expresso e de amplo acesso s fontes de cultura.

    A OAB/RJ, ao elaborar e distribuir ao pblico em geral a presen-te cartilha, cumpre uma de suas mais importantes tarefas institucionais e espera contribuir para o debate sobre os direitos autorais, assunto estratgico para a cultura brasileira, e cujo grande desafio contempor-neo consiste em atingir o justo equilbrio entre os legtimos interesses

  • de autores, investidores e cidados brasileiros, que desejam cada vez mais acessar a cultura como parte de sua formao humana integral.

    Boa leitura a todos,

    Felipe de Santa Cruz Oliveira ScaletskyPresidente da OAB/RJ

  • Apresentao ............................................................................. 9

    1 | Noes Introdutrias ........................................................ 11

    2 | Obras Protegidas ............................................................... 15

    3 | Os direitos patrimoniais ................................................... 21

    4 | Direitos autorais: relao com direitos afins ................. 25

    5 | Algumas perguntas e respostas ....................................... 27

    6 | Legislao correlata .......................................................... 31

    7 | rgos e associaes ........................................................ 33

    Sumrio

  • Apresentao

    O fenmeno criativo se confunde com a existncia do prprio homem.

    Desde a Antiguidade, e em todos os momentos fundamentais para o avano cultural dos povos, a figura do criador intelectual assumiu papel fundamental.

    Por conta disso e com o passar dos anos, foi-se sentindo a necessi-dade de se proteger a criatividade, percebida como de crucial importncia para o desenvolvimento da sociedade. A proteo da criao e do criador, ao longo da histria da humanidade, reconheceu o processo criativo com verdadeiro instaurador de discursos e ideias inovadoras.

    Assim sendo, o estudo do Direito Autoral tem despertado no mun-do ps-moderno grande interesse de todos os atores sociais: os prprios criadores intelectuais e os meios de comunicao, os leitores e usurios diversos, os governos e a sociedade como um todo.

    Garantir o direito daqueles que criam, a integridade de suas obras artsticas, literrias e cientficas e a justa difuso dessas criaes pelos mais variados meios e das mais diversas formas, tem sido um grande desafio para os governos do mundo.

    Esta Cartilha de Direitos Autorais no pretende, nem poderia, exau rir o assunto, mas tem como funo principal esclarecer rapidamente

  • dvidas conceituais sobre a matria e remeter os mais curiosos a um estudo mais aprofundado.

    A Comisso de Direito Autoral, Direitos Imateriais e Entreteni-mento da OAB-RJ tambm est disposio para esclarecer dvidas e discutir assunto sempre to instigante.

    Fbio de S CesnikPresidente da Comisso de Direito Autoral,Direitos Imateriais e Entretenimento

  • 11 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)O estudo do Direito Autoral relativamente recente, se compa-

    rado, por exemplo, ao Direito Civil, tendo se desenvolvido a partir da inveno dos tipos mveis por Johan Gutemberg, em 1450. Tal desco-berta propiciou o nascimento da imprensa e consequentemente a pos-sibilidade de se copiar os escritos da poca em maior escala. A partir da, as legislaes do mundo tm se preocupado em proteger o criador e a criao, reconhecendo suas importncias para a difuso da cultura.

    Iniciaremos a presente Cartilha de Direito Autoral conceituando os termos mais utilizados e necessrios ao entendimento da matria.

    Propriedade intelectual: o ramo do Direito Civil que protege a criao humana exteriorizada das mais diversas formas, tais como: invenes em todos os campos da atividade humana, descobertas cientficas, marcas industriais, desenhos e modelos industriais de comrcio e de servio, nomes e denominaes comerciais, obras literrias, artsticas e cientficas, interpretaes dos artistas intrpretes e executantes, fonogramas e emisses de empresas de radiodifuso.

    Autor: a pessoa fsica criadora de obras artsticas, literrias ou cien-tficas. Figura central da relao entre a criao e a utilizao dessas criaes pela sociedade, o autor goza de direitos exclusivos de disposi-o, podendo autorizar ou proibir qualquer utilizao de suas criaes, salvo raras excees contidas na legislao em vigor.

    1 Noes introdutrias

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 12

    Direito de Autor: Conjunto de normas jurdicas que visa proteger as relaes entre o criador e aqueles que utilizam suas obras artsticas, literrias ou cientficas.

    Direito Conexo: Tambm denominado direito vizinho, o direito co-nexo ao do autor protege os intrpretes, executantes, partcipes da obra protegida, produtores de fonograma e as empresas de radiodifuso.

    Direito Autoral: Estuda os direitos de autor e os que lhes so co-nexos. Possui natureza jurdica dplice, caracterizada por direitos de natureza real (patrimonial) e natureza pessoal (moral). A Lei de Di-reito Autoral (LDA) brasileira a Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Existe ainda uma vasta legislao correlata, indicada ao final des-ta Cartilha, que se baseia, tal qual a LDA, nos acordos e convenes internacionais firmados pelo Brasil, bem como as disposies contidas na Constituio Federal (art. 5, incisos XXVII e XXVIII).

    Titular de direito autoral: Pessoa fsica ou jurdica que, no necessariamente sendo autora, exerce os direitos sobre as criaes. Es-sas pessoas podem exercer tais direitos por delegao do prprio autor, por determinao legal, ou mesmo em razo de sucesso mortis causa.

    Direito Patrimonial: So aqueles que se referem principalmente utilizao econmica de obra intelectual, por qualquer processo tc-nico j existente ou ainda a ser inventado, caracterizando-se como o direito exclusivo do autor de utilizar, fruir e dispor de suas prprias criaes. So negociveis e transferveis. Os direitos patrimoniais do autor esto listados de forma exemplificativa na lei autoral brasileira e, fundamentalmente, so: direito de reproduo, de distribuio, de comunicao ao pblico, de sequncia, de incluso em base de dados e em obras audiovisuais.

  • 13 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)

    Cartilha de Direitos Autorais

    Direito Moral: So aqueles direitos que se referem relao permanen-te que une os criadores intelectuais s suas criaes, refletindo prerrogati-vas pertinentes personalidade dos prprios criadores. Por esses motivos, so inalienveis e irrenunciveis. Esto listados na lei autoral vigente de forma exaustiva e so: o de ter o nome divulgado em qualquer utilizao da obra, o de reivindicar a autoria da obra, o de conservar a obra indita, o de assegurar a integridade da obra, o de modificar a obra antes ou depois de sua utilizao, o de retirar a obra de circulao ou suspender utilizao j autorizada, em caso de implicarem afronta sua honra ou reputao; o de ter acesso a exemplar nico para preservao da sua memria.

    Obras protegidas: so as criaes do esprito humano, marcadas pela originalidade criativa e que podem ser exteriorizadas das mais diversas formas, sendo objeto da proteo de que trata a legislao autoral. So: obras literrias expressas das mais variadas formas, fotografias, msicas, obras audiovisuais, programas de computador, desenhos e pinturas, obras cientficas etc. (art. 8. da Lei n 9.610/98).

    O que no est protegido pela legislao autoral: Embo-ra possam ser alvo de proteo por outro ramo do Direito, a lei autoral excluiu de sua proteo as ideias em si e o aproveitamento industrial ou comercial das ideias contidas nas obras, os procedimentos normativos, os projetos ou conceitos matemticos, os esquemas, planos e regras para realizao de jogos, os formulrios, os textos de tratados, leis, convenes, decretos, decises judiciais e afins; as informaes de uso comum como as de calendrios, agendas e legendas; os nomes e ttulos isolados.

    Limitaes ao Direito de Autor: Os direitos exclusivos dos autores disporem sobre a utilizao de suas criaes so limitados pela legislao.

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 14

    Essas limitaes so listadas de forma exaustiva e sua interpretao res-tritiva. Esto dispostas nos artigos 46 a 48 da lei autoral vigente.

    Durao da Proteo: A proteo s obras artsticas, literrias e cientficas perdura por toda a vida dos autores e transmissvel a seus herdeiros. Com a morte dos autores a obra continua protegida e, a partir de 1 de janeiro do ano subsequente se inicia a contagem dos 70 anos restantes de proteo. Excepcionalmente, no caso da proteo sobre obras fotogrficas e audiovisuais a contagem dos 70 anos no se relaciona com o falecimento dos autores, mas apenas com a publi-cao das obras, ou seja, contado a partir de 1 de janeiro do ano subsequente ao da publicao da fotografia ou da obra audiovisual. O mesmo ocorre em relao aos fonogramas, s emisses das empresas de radiodifuso e s interpretaes.

    Domnio Pblico: Finda a proteo, a obra sai do domnio do autor e de seus herdeiros e entra em domnio pblico, podendo ser utilizada sem autorizao. Tambm pertencem ao domnio pblico as obras de autores falecidos sem sucessores e as de autor desconhecido, ressalvada a proteo ao conhecimento tnico e tradicional. Compete ao Estado defender a integridade e a autoria da obra cada em domnio pblico. As disposies pertinentes ao domnio pblico esto nos artigos 41 a 45 da LDA.

  • 15 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)A Lei n 9.610/98 (LDA) enumera os tipos de obras intelectuais

    protegidas pelo direito autoral. importante ressaltar, entretanto, que a relao de obras mencionadas na lei apenas exemplificativa, no sendo, portanto, exaustiva. Uma obra para ser protegida deve estar marcada pela originalidade, traduzida por uma verdadeira contribuio individual do autor, devendo ainda ser diferente de outra obra j existente.

    Obra Literria: Qualquer texto est protegido pela LDA, seja ele de fico ou de informao, desde que esteja revestido de originalidade. A explorao da obra literria se faz normalmente por meio de um contrato de edio firmado entre o autor e uma pessoa fsica ou jurdica a quem se atribui o direito exclusivo de reproduo da obra e o dever de public-la e divulg-la. O contrato deve especificar o nmero de exemplares, o prazo da edio, a remunerao do autor, forma de pagamento e controle, entre outras obrigaes das partes. Note-se que compete ao editor fixar o preo da venda, no podendo ele, contudo, elevar o preo de forma a prejudicar a circulao da obra (art. 60 da LDA).

    Obra Audiovisual: Obra audiovisual definida pela LDA, art. 5o, VIII, i, como a que resulta da fixao de imagens com ou sem som, que tenha a finalidade de criar, por meio de sua reproduo, a impresso de movimento, independentemente dos processos de sua captao, do suporte usado inicial ou posteriormente para fix-lo,

    2 Obras protegidas

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 16

    bem como dos meios utilizados para sua veiculao. Incluem-se nesta categoria os filmes para exibio pblica em telas, as novelas, seriados, desenhos animados, minissries e programas de TV. A realizao e divulgao de uma obra audiovisual envolve, em geral, vrias pessoas titulares de direitos e obrigaes diversas, tais como o autor do argumento literrio, o compositor da trilha sonora, o diretor, o produtor, artistas e intrpretes. Ressaltamos abaixo algumas das peculiaridades que diferem a obra audiovisual das outras obras protegidas pelo direito autoral:

    Uma obra audiovisual possui trs co-autores: o autor do tema, assunto ou argumento literrio, musical, ltero-musical e o diretor (art. 16 da LDA);

    A remunerao dos co-autores poder compreender um percentual correspondente utilizao econmica da obra (art. 84 da LDA), alm dos proventos referentes criao da obra, se for o caso;

    Cabe exclusivamente ao diretor o exerccio dos direitos morais sobre a obra audiovisual (art. 25 da LDA);

    O produtor a pessoa fsica ou jurdica que toma a iniciativa e tem a responsabilidade econmica da primeira fixao do fonograma ou da obra audiovisual, qualquer que seja a natureza do suporte utilizado (art. 5o, XI da LDA). por meio do contrato de produo que o autor confere ao produtor/empresrio o direito de fixao da obra para sua explorao econmica; o contrato de produo dever estabelecer a remunerao devida pelo produtor aos

  • 17 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)

    Cartilha de Direitos Autorais

    coautores da obra e aos artistas intrpretes e executantes (art. 82, I, da LDA).

    Obra de Artes Plsticas: aquela que se manifesta por meio de componentes visuais e tteis, como o desenho, a pintura e a escultura. Note-se que transmitido ao adquirente de obra de arte plstica o direito de expor a obra, mas no o direito de reproduzi-la. A autorizao para reproduzir a obra, por qualquer processo, deve se fazer por escrito e presume-se onerosa. Destaca-se tambm o direito do autor de preservao da memria da sua obra, materializado no art. 24, VII da LDA. De acordo com este dispositivo, o autor tem o direito de ter acesso a exemplar nico e raro de sua obra para o fim de preservar a sua memria atravs de processo fotogrfico ou audiovisual. Por outro lado, a LDA tambm confere proteo s cpias de obras de artes plsticas feitas pelo prprio autor.

    Obra Fotogrfica: A fotografia enquadra-se, para efeitos legais, na categoria de obras artsticas. garantido ao fotgrafo, de acordo com o art. 79 e pargrafos da LDA, o direito de reproduo e venda de sua obra, observadas as restries relacionadas aos retratos. Note-se que aquele que deseja reproduzir uma obra fotogrfica, por qualquer meio, deve preocupar-se com pelo menos duas autorizaes escritas: a do fotgrafo ou titular dos direitos de reproduo, caso tenham sido cedidos ou licenciados esses direitos, e a autorizao de quem figura no retrato ou a do autor de obra plstica ou desenho fotografado que no se encontra exposto publicamente.

    Obra Musical: So protegidas pelo direito autoral as composies musicais, tenham ou no letra (art. 7O, V, da LDA). A fixao da interpretao da obra musical, que geralmente ocorre em um suporte

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 18

    material (CD, LP e K7), chamado de fonograma (art. 5O, IX, da LDA). A incluso da obra musical em fonograma depende de autorizao prvia e expressa do autor (art. 29, V, da LDA). A msica uma modalidade de obra artstica que permite um grande nmero de processos de reproduo em suportes materiais e tambm diversas formas de explorao, que geram uma gama de direitos para os autores, intrpretes, editoras musicais e gravadoras. A explorao da obra musical geralmente no feita diretamente pelo autor da obra, mas sim por terceiros, pessoa fsica ou jurdica, contratados para esse fim. Um dos contratos mais comuns no meio musical o de cesso, por meio do qual o autor e/ou intrprete cedem seus direitos autorais e conexos produtores artsticos ou empresrios para que estes explorem economicamente a obra. O autor pode ainda contratar uma editora musical para promover, divulgar, autorizar a incluso de suas obras em produtos fonogrficos no mercado e administrar o resultado econmico da explorao dessas obras. O produtor fonogrfico (a gravadora) tem a responsabilidade econmica da fixao do fonograma. titular de direitos conexos que lhe permitem autorizar ou proibir, no tocante aos fonogramas, a sua reproduo, distribuio, execuo pblica e quaisquer outras modalidades de utilizao (art. 93 da LDA).

    Obra Dramtica: A obra dramtica a obra que demanda representao, como, por exemplo, a pea de teatro. A sua caracterstica ser um texto, assim protegido, que possui a potencialidade de ter uma representao cnica. No h que se confundir, entretanto, a obra dramtica com a sua representao, que apenas uma das formas de utilizao da obra dramtica, certamente a mais tpica. Nesse sentido, vale ressaltar que a encenao propriamente dita no seria objeto de

  • 19 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)

    Cartilha de Direitos Autorais

    proteo pelo direto de autor, mas somente os direitos conexos dos artistas intrpretes da obra.

    Obra Arquitetnica: O direito autoral do criador reconhecido na lei que regula a profisso de arquiteto. De fato, o art. 17 da Lei n 5.194/66, determina que os direitos de autoria de um plano ou projeto de engenharia, arquitetura ou agronomia, respeitadas as relaes contratuais expressas entre o autor e outros interessados, so do profissional que os elaborar. Na obra arquitetnica, existe uma ideia que se exprime atravs de projetos, desenhos ou plantas mas que s se concretiza nos edifcios e construes que materializar. Esta aparente dicotomia existente entre o projeto arquitetnico e a sua materializao provoca algumas dvidas quanto reproduo desse tipo de obra. Note-se ainda que o autor pode repudiar a autoria de projeto arquitetnico alterado sem o seu consentimento durante a execuo ou aps a concluso da construo. Aps o repdio, se o proprietrio da construo insistir em dar como sendo do arquiteto a autoria do projeto repudiado, responder ele por perdas e danos que causar ao arquiteto (art. 26 da LDA).

    Software: O programa de computador (software) possui natureza jurdica de direito autoral e no de propriedade industrial, sendo-lhe aplicvel o regime jurdico de proteo referente s obras literrias. o que dispe o art. 2o da Lei n 9.609, de 19 de fevereiro de 1998, a Lei do Software. O software, em geral, no pode ser objeto de patente, como determina o art. 10, V, da Lei n 9.279/96, a Lei da Propriedade Industrial. O software definido pelo art. 1o da Lei de Software como a expresso de um conjunto organizado de instrues em linguagem natural ou codificada, contida em suporte fsico de qualquer natureza,

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 20

    de emprego necessrio em mquinas automticas de tratamento da informao, dispositivos, instrumentos ou equipamentos perifricos, baseados em tcnica digital ou anloga, para faz-los funcionar de modo e para fins determinados. protegido por 50 anos, com registro facultativo no Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI, a critrio do autor.

  • 21 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)So vrios os direitos patrimoniais do autor. Eles esto listados

    de forma exemplificativa na lei autoral brasileira. importante ressaltar que, conforme prev a legislao, para cada forma de utilizao das obras artsticas, literrias ou cientficas, se faz necessria uma autorizao prvia e expressa do autor. Assim, por exemplo, o compositor deve autorizar a incluso de sua msica em um fonograma (gravao) e tambm a eventual execuo em uma boate dessa mesma msica j gravada. So momentos distintos, direitos distintos. A seguir sero conceituados os principais direitos patrimoniais previstos:

    Direito de Reproduo: Direito de autorizar qualquer cpia tangvel de obra artstica, literria, cientfica ou de fonograma, incluindo seu armazenamento permanente ou temporrio em banco de dados eletrnicos. Reproduzir obras protegidas e fonogramas em ltima anlise permitir-lhes a cpia, sob qualquer forma ou processo. H, porm, excees essa regra geral, como por exemplo a reproduo da obra para uso exclusivo de deficientes visuais ou a reproduo, em um s exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro, como estabelecido pelo art. 46, II, da LDA. A LDA, alis, no fornece uma definio para pequenos trechos, nem estabelece uma porcentagem

    3 Os direitos patrimoniais

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 22

    da obra que pode ser reproduzida. Entende-se, entretanto, que pequeno trecho seria um fragmento da obra que no abrange sua substncia. A reproduo pode ser grfica (livros, partituras impressas), mecnica (gravao de filmes) ou fonomecnica (fixao de fonogramas). Na msica, os direitos fonomecnicos nada mais so do que os direitos decorrentes da venda das cpias dos fonogramas que contm obras musicais fixadas. A violao do direito de reproduo denominada contrafao, sendo costumeiramente conhecida como pirataria.

    Direito de Distribuio: Direito de autorizar a colocao disposio do pblico de cpia ou original de obra artstica, literria, cientfica, de fonograma, ou de qualquer interpretao fixada, por meio de venda, locao ou qualquer outra forma de transferncia de propriedade ou posse. A distribuio pode ocorrer pela simples colocao de cpias ou originais em pontos de venda ou locao, ou ainda, pela disponibilizao das obras e produes protegidas mediante cabo, fibra tica, satlite ou afins que permitam a seleo pelo usurio. O exerccio do direito de distribuio possibilita ao autor pr ao alcance do pblico as cpias ou os originais de suas criaes.

    Direito de Comunicao ao Pblico: Direito de autorizar a colocao ao alcance do pblico das obras artsticas, literrias ou cientficas, dos fonogramas e interpretaes, por qualquer forma ou processo, tal qual, a execuo ao vivo, a transmisso, exibio audiovisual ou radiodifuso. A comunicao ao pblico pode acontecer sob a forma de representao pblica ou execuo pblica.

    Representao pblica: Comunicao ao pblico de obras teatrais de qualquer gnero, tenham ou no msica, mediante a participao

  • 23 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)

    Cartilha de Direitos Autorais

    de artistas, em locais de frequncia coletiva ou pela transmisso, radiodifuso ou exibio audiovisual. Ocorre uma representao pblica, por exemplo, na apresentao de uma pea em um teatro.

    Execuo pblica: Comunicao ao pblico de obras musicais ou ltero-musicais, mediante a participao de artistas ou a utilizao de fonogramas ou obras audiovisuais, em locais de frequncia coletiva, por quaisquer processos, inclusive a radiodifuso, transmisso por qualquer forma ou modalidade, e a exibio audiovisual. Ocorre uma execuo pblica musical, por exemplo, na execuo de msicas em espetculos musicais ou na sonorizao de ambientes. Os compositores, editores musicais, gravadoras, intrpretes e msicos, em geral, esto organizados em associaes destinadas gesto coletiva dos seus direitos de execuo pblica musical. No Brasil, existem 9 associaes para este fim, mencionadas ao final desta cartilha. A cobrana e a distribuio dos valores relativos aos direitos de execuo pblica no Brasil so atribudas pelas associaes ao ECAD Escritrio Central de Arrecadao e Distribuio.

    Direito de Sequncia: Direito do autor de obras de artes plsticas ou de manuscritos originais de perceber um acrscimo, de no mnimo 5% (cinco por cento), pelo eventual aumento do preo de revenda de sua obra. Caso o autor no receba o seu direito de sequncia no ato da revenda, o vendedor ou o leiloeiro, quem quer que tenha realizado a operao, sero considerados depositrios da quantia devida ao autor. Esse direito, irrenuncivel e inalienvel, embora esteja previsto em nossa lei, pouco exercido por seus titulares. Existe no Brasil uma associao de gesto coletiva voltada, dentre outras atribuies,

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 24

    para a administrao deste direito. Essa associao a AUTVIS, cujo endereo est ao final desta cartilha.

    Direito de Sincronizao: Direito de autorizar a incluso de obras musicais ou ltero-musicais em produes audiovisuais. Os autores ou titulares dos direitos sobre as composies musicais devem autorizar a incluso de suas canes em obras audiovisuais e para tanto precisam ser consultados previamente.

  • 25 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)

    4 Direitos autorais: Relao com afins

    H alguns direitos e conceitos jurdicos que no so protegidos pelo Direito Autoral mas que guardam uma estreita relao com a matria, tal como o direito de imagem, a propriedade industrial, neste campo destacando-se as marcas e as patentes.

    Direito de Imagem: O direito de imagem est previsto no art. 5o, X, da Constituio Federal, que determina serem inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito de indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao. um dos direitos da personalidade, intransmissvel e irrenuncivel. De acordo com o art. 20 do Cdigo Civil, a exposio ou a utilizao da imagem de uma pessoa, sem a devida autorizao, podero ser proibidas a seu requerimento e sem prejuzo da indenizao que lhe couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade ou se destinarem a fins comerciais.

    Propriedade Industrial: Enquanto os direitos autorais tm como principal objetivo proteger o autor e, por extenso, as obras intelectuais de carter esttico por ele criadas, a propriedade industrial tem como objeto obras de carter utilitrio, industrial ou comercial. A proteo da primeira categoria independe de registro, sem o qual a propriedade industrial no subsiste. A proteo da propriedade industrial est prevista na Lei n 9.279/96.

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 26

    Marcas: As marcas so sinais distintivos, visualmente perceptveis, usados para distinguir o produto ou servio do titular da marca de outro produto ou servio idntico ou semelhante, de origem diversa. Em outras palavras, as marcas servem para identificar a origem e procedncia de produtos e servios disponveis no mercado. O registro de marcas efetuado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI e tem validade de 10 anos prorrogveis por perodos iguais e sucessivos.

    Patentes: Patentes so invenes que, para serem patenteveis, devem atender os requisitos de novidade, atividade inventiva (no bvia) e aplicao industrial. No podem, entretanto, ser objeto de patente as descobertas, teorias cientficas e mtodos matemticos, concepes puramente abstratas; esquemas, planos, princpios ou mtodos comerciais, contbeis, financeiros, educativos, publicitrios, de sorteio e de fiscalizao; as obras literrias, arquitetnicas, artsticas e cientficas ou qualquer criao esttica; programas de computador em si; regras de jogo; mtodos operatrios ou cirrgicos bem como mtodos teraputicos ou de diagnstico e o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biolgicos encontrados na natureza. A patente de inveno vigorar pelo prazo de 20 anos contados da data de depsito no Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI.

  • 27 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)

    5 Algumas perguntas e respostasQual o significado do smbolo ? Tal smbolo, que costuma anteceder um nome prprio e que, no Brasil, pode ser comumente ob-servado na quarta pgina dos livros aqui editados, por exemplo em Ensaio sobre a lucidez, (Cia. Das Letras, 2004), significa copyright. Isto quer dizer que a pessoa identificada no caso: Jos Saramago de-tm o direito de exclusivo sobre o copiar a obra.

    Copyright direito de autor? No. O sistema anglo-saxo do copyright difere do de direito de autor. Os nomes respectivos j do-nos conta da diferena: de um lado, tem-se um direito cpia (copyri-ght), do outro, um direito de autor; neste, o foco est na pessoa do di-reito (o autor); naquele, no objeto do direito (a obra) e na prerrogativa patrimonial de se a poder copiar.

    O que ghost-writer? Trata-se de uma pessoa que escreve ano-nimamente obra literria encomendada por algum que, fazendo-se passar por autor, a assina. Consta que o escritor Alexandre Dumas se utilizava da pena de um ghost-writer. Revela-nos o historiador francs Gilles Lepouge ser corrente poca de Dumas que a coluna diria que o criador de Os Trs Mosqueteiros mantinha num folhetim parisiense seria, na verdade, escrita por um certo senhor Hecquet. Lepouge le-vantou que, certa vez, Dumas recebeu a informao de que Hecquet falecera na madrugada. Correu ento a redigir o texto que concluiu

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 28

    antes do fechamento da edio do peridico. O editor, porm, ao rece-ber o texto das mos de Dumas, revela-lhe j possuir um escrito para a coluna, recebido havia pouco. Hecquet tinha, ele tambm, o seu pr-prio escritor fantasma.

    O contrato de ghost-writing compatvel com o sistema de direito de autor? O autor, in casu, o ghost-writer, tem o direito moral paternidade, podendo, portanto, vir a requerer que lhe seja atribuda a autoria da obra encomendada. O direito paternidade um direito inalienvel que coloca em xeque, qui mate, a essncia do contrato em fulcro.

    Uma pgina na internet pode ser protegida por direito de autor? Se o contedo respectivo for uma criao de esprito, sim. O artigo 7 da Lei n 9.610/98 reza que as criaes podem ser fixadas em qualquer suporte, tangvel ou intangvel.

    Pode-se fotocopiar um livro? Fotocopiar reproduzir por meio de fotocpia. O artigo 29 da Lei no. 9.610/98 dispe que a reproduo parcial ou integral de obra protegida depende da autorizao prvia e expressa do autor respectivo. de se notar muitos livros editados no Brasil trazem, geralmente na pgina 4, a marca da Associao Brasilei-ra de Direitos Reprogrficos, marca esta que ostenta a frase cpia no autorizada crime.

    As obras tm que estar registradas para que gozem de pro-teo? No. O artigo 18 da Lei n 9.279/98 estabelece que a proteo autoral independe de registro. O registro no constitutivo de direito. Por exemplo: o registro de obra literria levado a termo na Biblioteca Nacional facultativo.

  • 29 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)

    Cartilha de Direitos Autorais

    As ideias podem ser protegidas por direito de autor? No. As ideias tm livre curso, disse-o j o jurista francs Henri Desbois. O artigo 8 da Lei n 9.610/98 capitula expressamente que as ideias no so objeto de proteo.

    Pessoa jurdica pode ser autora? No. Autor sempre pessoa fsica, nos termos do artigo 11 da Lei n 9.610/98.

    Existe definio legal de artista? Sim. A Lei n 6.533/78, que trata da regulamentao das profisses de artistas e de tcnico em es-petculos de diverso, define artista como sendo o profissional que cria, interpreta ou executa obra de carter cultural de qualquer nature-za, para efeito de exibio ou divulgao pblica, atravs de meios de comunicao de massa ou em locais onde se realizam espetculos de diverso pblica. A seu turno, a LDA tambm define os artistas, intr-pretes ou executantes art. 5, XIII.

    Seria permitida a construo de um novo edifcio aprovei-tando o projeto de arquiteto concretizado em obra ante-rior? No. O proprietrio do edifcio tem direito quela construo, mas no obra arquitetnica nela encarnada. Nessa hiptese, aplica-se o art. 37 da LDA pois, mesmo que o proprietrio tenha ficado com as plantas ou o projeto, a aquisio do original de uma obra ou exemplar no confere ao adquirente qualquer dos direitos patrimoniais do auto-res, salvo conveno em contrrio entre as partes.

    permitida a reproduo de uma construo pela foto-grafia? O art. 48 da LDA expressamente permite que as obras situa-das permanentemente em logradouros pblicos podem ser represen-tadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, fotografias e proce-dimentos audiovisuais.

  • 31 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)

    6 Legislao correlataOs direitos autorais no Brasil so regidos pela Constituio

    Federal (art. 5, incisos XXVII e XXVII) e pela Lei de Direito Autoral (Lei n 9.610/98), tambm encontrando disciplina nas seguintes leis:

    n Lei 9.609/98 (Lei do Software), que dispe sobre a proteo do programa de computador;

    n Decreto 75.699/73 (Conveno de Berna), que regula a proteo das obras literrias e artsticas;

    n Decreto 57.125/65 (Conveno de Roma), que trata dos direitos conexos;

    n Decreto 1.355/94 (ADPIC ou TRIPS), que trata sobre aspectos dos direitos de propriedade intelectual relacionados ao comrcio;

    n Lei 12.853, de 14 de agosto de 2013, que dispe sobre a gesto coletiva de direitos autorais.

  • 33 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)Os rgos e associaes de Direito Autoral constituem um

    importante elo do autor para a sua representao, administrao de suas obras intelectuais e defesa dos seus direitos autorais. Informamos, a seguir, as principais associaes existentes na rea do Direito Autoral:

    Amar Associao de Msicos, Arranjadores e RegentesAv. Rio Branco, 18/19 AndarCEP: 20090-000 CentroRio de Janeiro RJTelefone: (21) 2263-0920 Fax: (21) 2263-0921Home Page: www.amar.art.br

    Abramus Associao Brasileira de MsicaRua Voluntrios da Ptria, 360/3 AndarCEP: 22270-010 BotafogoRio de Janeiro RJTelefone: (21) 2226-1391 Fax: (21) 2226-1392E-mail : [email protected] Page: www.abramus.org.br

    SBACEM Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de MsicaPraa Mahatma Gandhi, 2/salas 704-705, 710, 712, 715-716Caixa Postal 2786 CEP: 20031-100 Centro Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 2220-5685/2220-3635 Fax: (21) 2262-3141Home Page: www.sbacem.org.br

    7 rgos e associaes

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 34

    Sicam Sociedade Independente de Compositores e Autores MusicaisRua lvaro Alvim, 31/sala 1802CEP: 20010-030 CinelndiaRio de Janeiro RJTelefone: (21) 2240-5210 Fax: (21) 2220-8909

    Socinpro Sociedade Brasileira de Administrao e Proteo de Direitos Intelectuais Av. Beira Mar, 406/sala 1205CEP: 20021-060 Centro Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 2220-3580 | Fax: (21) 2262-7625E-mail: [email protected] Page: www.socinpro.org.br

    UBC Unio Brasileira de CompositoresRua Visconde de Inhama, 107 CEP: 20091-000 Centro Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 2223-3233 | Fax: (21) 2516-8291E-mail: [email protected] Page: www.ubc.org.br

    Abrac Associao Brasileira de Autores, Compositores, Intrpretes e MsicosRua Evaristo da Veiga, 35/sala 1816CEP: 20061-040 CentroTelefone: (21) 3185-1665 | Fax: (21) 2240-0343E-mail: [email protected]

    Anacim Associao Nacional de Autores, Compositores e Intrpretes de MsicaAv. Erasmo Braga, 227/612Centro Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 3286-5152 / 3185-3532 Fax: (21) 2532-5887E-mail: [email protected]

  • 35 Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie)

    Cartilha de Direitos Autorais

    Assim Associao de Intrpretes e MsicosRua Evaristo da Veiga, 35/sala 701CEP: 20031-925 Centro Rio de Janeiro RJE-mail: [email protected]

    Sadembra Sociedade Administradora de Direitos de Execuo Musical do Brasil Av. Almirante Barroso, 2/5 AndarCEP: 20031-000 Centro Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 2220-9719 Fax: (21) 2220-9345E-mail: [email protected]

    Ecad Escritrio Central de Arrecadao e DistribuioRua Guilhermina Guinle, 207CEP: 22270-060 Botafogo Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 2537-8830 Fax: (21) 2537-8460e-mail: [email protected]: www.ecad.org.br

    ABPDEA - Associao Brasileira de Proteo dos Direitos Editoriais e AutoraisRua Visconde de Cairu, 165 CEP: 20270-050 Tijuca Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 3234-1212 | Fax: (21) 2264-6392e-mail: [email protected] | home-page: www.abpdea.org.brwww.abpdea.org.br/denuncie.html

    ADDAF Associao Defensora de Direitos AutoraisAv. Rio Branco, 18/12 andarCEP: 20091-000 Centro Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 2253-2696 e (21) 2233-0905 Fax: (21) 2263-5173E-mail: [email protected] page: www.addaf.org.br

  • Cartilha de Direitos Autorais

    Comisso de Direitos Autorais, DireitosImateriais e Entretenimento (Cdadie) 36

    SBAT Sociedade Brasileira de Autores TeatraisAv. Almirante Barroso, 97/3 AndarCEP: 20031-005 CentroRio de Janeiro RJTelefone: (21) 2544-6966 e (21) 2240-7231 | Fax: (21) 2240-7431E-mail: [email protected] page: www.sbat.com.br

    ABPD Associao Brasileira de Produtores de Disco Rua Marqus de So Vicente 99/1 andarCEP: 22451-041 Gvea Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 2512-9908 | Fax: (21) 2259-4145E-mail: [email protected] Page: www.abpd.org.br

    ABC Associao Brasileira CinematogrficaRua Mxico, 31/6 AndarCEP: 20031-144 Centro Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 2240-8340 | Fax: (21) 2544-6771E-mail: [email protected]

    ABPITV Associao Brasileira de Produtores Independentes de TelevisoRua da Glria, 344 - Sala 703CEP: 20241-180 Glria Rio de Janeiro RJTelefone: (21) 3268-0877 | (11) 3071-2867E-mail: [email protected] Page: www.abpitv.com.br