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ESTUDO ESTUDO Câmara dos Deputados Praça 3 Poderes Consultoria Legislativa Anexo III - Térreo Brasília - DF CARTILHA FISCALIZAÇÃO DO FUNDEF Paulo de Sena Consultor Legislativo da Área XV Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia ESTUDO JULHO/2004

CARTILHA FISCALIZAÇÃO DO FUNDEF - Portal da Câmara dos ... · Fundo é um conceito de direito financeiro. Significa a reunião de recursos de diferentes fontes e sua separação

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ESTUDO

ESTUDO

CARTILHA FISCALIZAÇÃO DO FUNDEF

Paulo de SenaConsultor Legislativo da Área XV

Educação, Cultura, Desporto,Ciência e Tecnologia

ESTUDOJULHO/2004

Câmara dos DeputadosPraça 3 PoderesConsultoria LegislativaAnexo III - TérreoBrasília - DF

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ÍNDICE

PARTE I – FUNCIONAMENTO DO FUNDEF .............................................................................................4

1. Qual o fundamento da obrigação do Estado de financiar a Educação? ............................................................4

2. Como é financiada a Educação brasileira? .......................................................................................................4

3. Como funcionam as vinculações de recursos para a Educação?.......................................................................5

4. O que é FUNDEF? ...........................................................................................................................................5

5. Quais as principais características do FUNDEF? .............................................................................................5

6. O que significa a sigla FUNDEF? ....................................................................................................................6

7. O que é fundo?..................................................................................................................................................6

8. O que é natureza contábil?................................................................................................................................6

9. O que é manutenção e desenvolvimento do ensino? ........................................................................................7

10. O que significa dizer que as contas do FUNDEF são únicas e específicas? ...................................................7

11. O que significa automaticidade de repasses?..................................................................................................7

12. Os recursos do Fundo podem ser aplicados em escolas privadas? .................................................................7

13. Os Estados e Municípios estão impedidos de repassar verbas do FUNDEF ou ceder professores para asescolas conveniadas, APAES e Fundações Pestalozzi?........................................................................................8

14. Qual o critério para distribuição dos recursos aos fundos?.............................................................................8

15. Entre as matrículas que são utilizadas como base de cálculo para determinação dos valores recebidos peloFUNDEF, estão as matrículas do supletivo? ........................................................................................................8

16. Então é proibido financiar o supletivo com recursos do FUNDEF?...............................................................9

17. E os cursos a distância? Podem ser financiados com o FUNDEF? ................................................................9

18. Um Estado perde recursos para outro? O que significa a expressão “no âmbito de cada Estado”? ...............9

19. Qual a importância do censo escolar?.............................................................................................................9

20. Se o censo registrar informações incorretas, o que os Estados e Municípios podem fazer para não seremprejudicados?......................................................................................................................................................10

21. O que são os coeficientes de diferenciação de custos do FUNDEF?............................................................10

22. O Município é obrigado a absorver vagas da rede estadual? ........................................................................10

23. É vantajoso financeiramente para o Município fazê-lo?...............................................................................11

24. Se o Município optar por absorver vagas, como deve proceder? .................................................................11

25. Os recursos do Fundo podem servir de contrapartida em operações referentes ao ensino fundamental?.....11

26. Os recursos do Fundo podem ser utilizados para o pagamento de outros profissionais que não osprofessores? ........................................................................................................................................................11

27. A parcela dos 60% pode ser gasta com a capacitação de professores, no sentido amplo? E a capacitação deleigos?.................................................................................................................................................................12

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28. E para o pagamento de aposentados ? ..........................................................................................................12

29. Como fica a carreira dos professores? ..........................................................................................................12

30. E os professores leigos?................................................................................................................................13

31. Como são fixados os valores a serem gastos por aluno, no âmbito de cada Estado?....................................13

32. O que acontece se o valor, no âmbito do Estado, for inferior ao valor mínimo nacional? ...........................13

33. Como é fixado, anualmente, o valor mínimo nacional por aluno? ...............................................................13

PARTE II – FISCALIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEF .................................................................15

1. Como acompanhar a distribuição de recursos em nível estadual e municipal? ..............................................15

2. Quais as despesas que podem ser feitas com os recursos do FUNDEF? ........................................................15

3. Quais as despesas que não podem ser feitas com recursos do FUNDEF?......................................................16

4. Quais os mecanismos de fiscalização e transparência previstos na lei do FUNDEF? ...................................16

5. A fiscalização é exclusiva dos conselhos? Quem são seus parceiros nesta tarefa? ........................................17

6. Qual é o papel do Ministério Público?............................................................................................................17

7. Como são constituídos os Conselhos? ............................................................................................................17

8. Então, os sindicatos têm o direito de indicar as representações?....................................................................18

9. Os conselhos são órgãos do Poder Executivo? Têm alguma relação de hierarquia com a secretaria daeducação? ...........................................................................................................................................................18

10. Quem escolhe o presidente do conselho? O Secretário da educação pode ser presidente do conselho? ......18

11. Qual a competência dos Conselhos?.............................................................................................................18

12. Então, os conselhos fiscalizam todos os recursos da MDE (os 25%)? .........................................................19

13. Quais os dados que podem ser solicitados pelos conselhos? ........................................................................19

14. Então, ao função do conselho é conferir documentos?.................................................................................19

15. Se os recursos não forem aplicados corretamente - o que acontece: ...........................................................20

16. Os membros do conselho podem receber diárias e jetons?...........................................................................21

17. Quais as irregularidades mais comuns? Como combatê-las? .......................................................................21

SITES ÚTEIS .................................................................................................................................................27

ENDEREÇOS ÚTEIS( atualizados até abril de 2003) ...................................................................................30

FISCALIZAÇÃO DO FUNDEF....................................................................................................................54

© 2004 Câmara dos Deputados.

Todos os direitos reservados. Este trabalho poderá ser reproduzido ou transmitido na íntegra, desde quecitado o autor e a Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. São vedadas a venda, a reproduçãoparcial e a tradução, sem autorização prévia por escrito da Câmara dos Deputados.

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CARTILHA FISCALIZAÇÃO DO FUNDEF

Paulo de Sena

PARTE I – FUNCIONAMENTO DO FUNDEF

1. QUAL O FUNDAMENTO DA OBRIGAÇÃO DO ESTADO DE FINANCIAR A

EDUCAÇÃO?

Constituição Federal define a Educação como um direitosocial (art. 6º). Não contente, preceitua que a Educação é umdireito de todos e dever do Estado e da família (art. 205).

Não satisfeita, prevê que o ensino obrigatório e gratuito (=ensino fundamental) é um direitopúblico subjetivo, isto é, exigível judicialmente.( art. 208, § 1º). Para não deixar dúvidas,determina que é dever da família, da sociedade e do Estado, assegurar à criança e ao adolescente,com absoluta prioridade, o direito à educação (art. 227, caput).

Em resumo, a educação é um direito cercado de garantias jurídicas portodos os lados. O dever do estado implica em seu financiamento.

2. COMO É FINANCIADA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA?

Os recursos para a educação estão relacionados no art.68 da Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9394/96): impostos próprios dos entesfederativos, transferências constitucionais e outras, contribuições sociais, especialmente o salário-educação, incentivos fiscais e outros recursos previstos em lei.

Mas o alicerce fundamental do financiamento está definido naConstituição Federal. Se a Constituição determinou obrigações aos poderes públicos, não poderiaomitir-se quanto aos meios para seu cumprimento. Desta forma prevê a vinculação de recursosà manutenção e desenvolvimento do ensino. Até recentemente a Educação, era o único setorque tinha a gerantia de vinculação de recursos para seu financiamento.1 O Plano Nacional de 1 Também o setor da Saúde foi contemplado, a partir da Emenda Constitucional nº 29/00

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Educação (Lei nº 10.172/01) considera inclusive a vinculação como um princípio dofinanciamento da educação.

3. COMO FUNCIONAM AS VINCULAÇÕES DE RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO?

A Constituição brasileira, no art. 212, assegura a vinculação da receitalíquida resultante de impostos (pelo menos 18%, no caso da União e 25% no caso dos Estados,Distrito Federal e Municípios) para a manutenção e desenvolvimento do ensino em todos osníveis. A Emenda Constitucional nº 14/96 criou três subvinculações daqueles recursos, peloprazo de dez anos (até 2006):

a) 60% (= 15% dos 25%) para o ensino fundamental – art 60, caput doADCT;

b) 15% de alguns impostos para constituição de um fundo, conhecidocomo FUNDEF;

c) 60% dos recursos do FUNDEF devem ser aplicados na remuneraçãodos profissionais do magistério em efetivo exercício no ensino fundamental.

4. O QUE É FUNDEF?

FUNDEF é um fundo de natureza contábil. Tem como característica aredistribuição dos recursos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino fundamentalpúblico, de acordo com o critério objetivo do número de matrículas (do ano anterior) neste nívelde ensino.

5. QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO FUNDEF?

São características do FUNDEF:

- Natureza contábil;

- Contas únicas e específicas;

- Automaticidade dos Repasses;

- Ausência de estrutura administrativa e personalidade jurídica;

- Adoção do número de matrículas do ano anterior como critério deredistribuição dos recursos;

- Destinação exclusiva para o ensino fundamental público;

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- Estabelecimento de um valor mínimo nacional a ser aplicado,anualmente por aluno;

- Previsão legal expressa de patamar mínimo para a fixação do valormínimo, segundo fórmula indicada na Lei do FUNDEF (art 6º, caput e § 1º);

- Funcionamento no âmbito de cada estado;

- Estabelecimento, a partir da divisão das receitas pelo número dematrículas, de valor a ser aplicado no âmbito de cada Estado;

- Complementação da União aos Estados que não atinjam o valormínimo;

- Fiscalização por conselhos de acompanhamento e controle social,além das demais instâncias competentes (órgãos de controle interno, Tribunais de Contas,Ministério Público) com as quais deve estabelecer contato e relação de colaboração mútua.

6. O QUE SIGNIFICA A SIGLA FUNDEF?

A Emenda nº 14/96 criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimentodo Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério. A sigla seria FMDEFVM(!)2.Parafacilitar, a comunidade educacional “apelidou” o fundo de “FUNDEF”, por revelar sua idéiabásica: ser um fundo para o ensino fundamental. As propostas de alteração da lei3 já prevêeminclusive a oficialização da sigla.

7. O QUE É FUNDO?

Fundo é um conceito de direito financeiro. Significa a reunião de recursosde diferentes fontes e sua separação para uma destinação específica.

8. O QUE É NATUREZA CONTÁBIL?

O FUNDEF funciona através de um sistema de distribuição de recursospara contas bancárias únicas e específicas, existente em cada Município e no Estado. Cada contarecebe recursos de acordo com o número de matrículas.

Tudo sem órgãos gestores ou burocracia. 2 O professor José Carlos de Araujo Melchior, um dos primeiros a analisar e comentar o novo fundo, chegou a usaresta sigla( Cf “ Mudanças no financiamento da Educação no Brasil. Ed. Autores Associados.1997,p.27)3 O PL nº 241/99, por exemplo, que está em condições de ser votado na Comissão de Constituição e Justiça e deRedação da Câmara Federal, na versão do Substitutivo da Deputada Fátima Bezerra.

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9. O QUE É MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO?

Manutenção e desenvolvimento do ensino, também conhecida por MDE,é um conceito normativo, isto é, definido pela lei, que:

- reflete aquelas ações essenciais para manter e desenvolver o ensino.Programas importantes, mas considerados suplementares, não estão abrangidos no conceito enão podem ser financiados com recursos de MDE.

- indica que gastos podem ser feitos. Esta previsão está nos arts. 70(gastos permitidos) e 71( gastos não permitidos) da LDB.

Infelizmente, são freqüentes as tentativas de alargar o conceito de MDE, oque leva a sua desfiguração.

10. O QUE SIGNIFICA DIZER QUE AS CONTAS DO FUNDEF SÃO ÚNICAS E

ESPECÍFICAS?

Significa que só há uma porta de entrada e saída dos recursos, e que estesnão podem ser “misturados“ com outros. Este é, ao lado da existência dos conselhos deacompanhamento e controle social, o principal instrumento que garante a transparência doFUNDEF.

11. O QUE SIGNIFICA AUTOMATICIDADE DE REPASSES?

Significa que os recursos não ficam à espera de uma liberação por quemquer que seja. Uma vez realizada a arrecadação do imposto os valores são imediatamentetransferidos para a conta-FUNDEF. Observe-se que, como o FUNDEF é constituído por uma“cesta“ de diferentes recursos, os dias dos repasses de cada qual não coincidem. É preciso ter emconta este detalhe ao analisar os extratos da conta-FUNDEF.

12. OS RECURSOS DO FUNDO PODEM SER APLICADOS EM ESCOLAS

PRIVADAS?

Não, como regra. A norma constitucional (art. 60, § 2º, ADCT) e a lei doFUNDEF (art. 2º, caput e art. 7º, caput) prevêem que os recursos do FUNDEF são dirigidosexclusivamente ao ensino fundamental público.Entretanto, a Lei nº10.845/04, que institui oprograma de complementação ao atendimento educacional especializado às pessoas portadoras dedeficiência-PAED, prevê que os profissionais cedidos para as entidades privadas sem fins

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lucrativos e que ofereçam educação especial,como as APAEs, são considerados em efetivoexercício do ensino fundamental público,para fins do disposto na lei do FUNDEF.

13. OS ESTADOS E MUNICÍPIOS ESTÃO IMPEDIDOS DE REPASSAR VERBAS DO

FUNDEF OU CEDER PROFESSORES PARA AS ESCOLAS CONVENIADAS, APAES

E FUNDAÇÕES PESTALOZZI?

Podem ceder professores.Em que pese ser,em nossa interpretação,arestrição de natureza constitucional,projetos de lei foram apresentados para permitir a aplicaçãode recursos do FUNDEF na educação especial privada.Houve veto presidencial a um destesprojetos iniciando-se uma polêmica em torno da questão.Surgiu assim a mencionada Leinº10.845/04,que prevê que os profissionais cedidos para as entidades privadas sem finslucrativos e que ofereçam educação especial( seria preferível utilizar a expressão do art.60 daLDB,”com atuação exclusiva em educação especial”),como as APAEs são considerados emefetivo exercício do ensino fundamental público,para fins do disposto na lei do FUNDEF.

Mesmo antes do advento desta lei, o Tribunal de Contas do Estado doParaná havia fixado entendimento no sentido de que as APAEs têm direito às verbas doFUNDEF.

14. QUAL O CRITÉRIO PARA DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS AOS FUNDOS?

A distribuição de recursos entre cada Estado e seus Municípios éproporcional ao número de alunos matriculados anualmente nas escolas cadastradas dasrespectivas redes públicas de ensino (art. 60, §2º, ADCT). Este número é apurado pelo censoescolar promovido pelo MEC. O critério refere-se às matrículas do ano anterior ao ano letivoem curso. ( art 6, § 1º, Lei 9.424/96).

15. ENTRE AS MATRÍCULAS QUE SÃO UTILIZADAS COMO BASE DE CÁLCULO

PARA DETERMINAÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS PELO FUNDEF, ESTÃO

AS MATRÍCULAS DO SUPLETIVO?

Não. Em virtude de veto presidencial ao art. 2º, §1º, II do projeto queoriginou a lei do FUNDEF, tem-se entendido que o supletivo não compõe a base de cálculo.Decorridos oito anos, o veto não foi apreciado pelo Congresso.Com a posse do novo governoentra na agenda a discussão para a derrubada dos vetos ao PNE e à lei do FUNDEF,sendo que oprimeiro tema tem predominado.Não está clara a posição do governo acerca dos vetos dogoverno anterior à lei do FUNDEF.

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Nesse ínterim foi instituído,inicialmente,o programa Recomeço( cujovalor por aluno foi,em 2001 e 2002 equivalente a 230 reais), substituído pelo programa Educaçãode Jovens e Adultos-EJA(cujo valor em 2003 foi equivalente a 250 reais por aluno).

16. ENTÃO É PROIBIDO FINANCIAR O SUPLETIVO COM RECURSOS DO

FUNDEF?

Não. Nada impede que sejam aplicados recursos nos cursos de jovens eadultos, desde que no nível fundamental. O problema,como mencionado no item anterior, éque estas vagas abertas não trarão recursos do FUNDEF. Trata-se, assim de vaga “sem lastrofinanceiro”. Outra questão é a redução real do valor aplicado por aluno da faixa etária de 7 a 14anos, se utilizados recursos do FUNDEF no supletivo.

17. E OS CURSOS A DISTÂNCIA? PODEM SER FINANCIADOS COM O FUNDEF?

Sim, se no nível fundamental. Entretanto não integrarão a base decálculo para distribuição de recursos. A situação é análoga à do supletivo.

18. UM ESTADO PERDE RECURSOS PARA OUTRO? O QUE SIGNIFICA A

EXPRESSÃO “NO ÂMBITO DE CADA ESTADO”?

Não. Enquanto programa e política educacional, há um único FUNDEF.Mas no aspecto operacional pode-se entender que, na realidade, há 27 FUNDEFs, cujosrecursos não se comunicam para além das fronteiras estaduais. Um estado pode perder recursospara seus municípios e vice-versa, de acordo com o número de matrículas. Mas o Ceará nãoperde recursos para a Bahia, o Rio de Janeiro não perde recursos para o Maranhão, e assim pordiante.

Ao adotar a expressão “no âmbito de cada estado” o legislador quisindicar, além do aspecto mencionado acima, que o FUNDEF não é do Estado ou do governo doEstado. O governador não pode reter recursos. Lei estadual não pode modificar os critérios departilha do FUNDEF.

19. QUAL A IMPORTÂNCIA DO CENSO ESCOLAR?

O censo escolar é fundamental para que se possa planejar as políticaseducacionais. Seus dados são utilizados em todos os programas federais voltados para os estados

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e municípios, dentro da função supletiva da União. No caso do FUNDEF, são os dados docenso que indicam o volume de recursos que cada estado ou município receberá. Daí uma duplapreocupação: a capacitação dos responsáveis pela coleta dos dados para que erros nãoprejudiquem o estado ou município que coleta os dados, e a fiscalização, para impedir que fraudesao censo, visando a obtenção de mais recursos, prejudiquem os demais entes federativos.

20. SE O CENSO REGISTRAR INFORMAÇÕES INCORRETAS, O QUE OS

ESTADOS E MUNICÍPIOS PODEM FAZER PARA NÃO SEREM PREJUDICADOS?

Os Estados e Municípios têm o prazo de trinta dias, a contar dapublicação do censo, no Diário Oficial da União, para apresentar recurso de retificação dosdados publicados (art. 2º, §5º).

A lei dá aos conselhos de acompanhamento e controle social doFUNDEF a incumbência de supervisionar o censo (art. 4º, § 2º).

21. O QUE SÃO OS COEFICIENTES DE DIFERENCIAÇÃO DE CUSTOS DO

FUNDEF?

A lei do FUNDEF estabelece que a distribuição de recursos do FUNDEFdeve considerar a diferenciação de custos por aluno segundo níveis de ensino (de 1ª a 4ª ou de 5ªa 8ª) ou tipos de estabelecimento (escolas de ensino especial e escolas rurais). Isto porque sereconhece que há custos diferenciados. A partir da 5ª série, por exemplo o aluno terá váriosprofessores, acesso a laboratórios, etc.

A partir do exercício de 2000 – dois anos após a previsão legal - foramestabelecidos custos diferenciados para 1ª a 4ª (coeficiente 1,00) séries e 5ª a 8ª séries e ensinoespecial (coeficiente 1,05). Assim, para o exercício de 2004, o Decreto nº 4.966/04 prevê osvalores de R$ 537,71 (1ª a 4ª séries) e R$ 564,60 (5ª a 8ª séries e educação especial).Não houvediferenciação para a escola rural.

22. O MUNICÍPIO É OBRIGADO A ABSORVER VAGAS DA REDE ESTADUAL?

Não. O FUNDEF não obriga a municipalização. Traz embutido ummecanismo que induz à municipalização, a partir da disponibilização de recursos correspondentesao número de matrículas.

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23. É VANTAJOSO FINANCEIRAMENTE PARA O MUNICÍPIO FAZÊ-LO?

Depende. O Município não deve perder de vista sua capacidade deatendimento. Mais vagas significam mais recursos do FUNDEF. Mas também significam acontratação de mais professores, a construção de mais salas de aula, etc. Em qualquer caso omunicípio deve definir suas metas e estabelecer com o Estado formas de colaboração.Estesaspectos podem e devem ser trabalhados no Plano Municipal de Educação,cuja elaboraçãoobrigatória é prevista na Lei nº10.172/01, que aprova o PNE(art.2º).

24. SE O MUNICÍPIO OPTAR POR ABSORVER VAGAS, COMO DEVE

PROCEDER?

Basta efetuar as matrículas no início do ano letivo. Se a absorção de vagasse der após este período, deve celebrar um convênio com o estado, que preverá a transferênciaimediata dos recursos equivalentes às matrículas absorvidas. Outras cláusulas podem sernegociadas neste convênio (cessão de professores, equipamentos, transporte escolar, etc).

25. OS RECURSOS DO FUNDO PODEM SERVIR DE CONTRAPARTIDA EM

OPERAÇÕES REFERENTES AO ENSINO FUNDAMENTAL?

Sim, desde que exclusivamente em projetos e programas deste nível deensino. Em qualquer caso não poderão ser utilizados como garantia de operação de crédito.

26. OS RECURSOS DO FUNDO PODEM SER UTILIZADOS PARA O PAGAMENTO

DE OUTROS PROFISSIONAIS QUE NÃO OS PROFESSORES?

Quanto à possibilidade de aplicação o FUNDEF contém dois tipos derecursos:

- uma parcela de, pelo menos 60%, que é vinculada ao pagamento deprofessores – expressão que consta da emenda nº 14/96 (art. 60, § 5º, ADCT). A lei doFUNDEF ampliou este conceito para profissionais do magistério (art. 7º, caput). O ConselhoNacional de Educação esclareceu que são profissionais do magistério aqueles profissionais queoferecem suporte pedagógico direto: direção e administração escolar, planejamento,inspeção, supervisão e orientação educacional (Resolução CEB/CNE nº 3/97). Exige-se oefetivo exercício de suas atividades no ensino fundamental. Parte dos recursos desta parcela

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podiam, até 2001, ser aplicadas na habilitação de professores leigos.Esta possibilidade não existemais;

- uma parcela de até 40%, a ser gasta nas despesas de MDE (asadmitidas pelo art. 70 da LDB e não vedadas pelo art. 71) referentes ao ensino fundamental.Dentre estas, admite-se o gasto com outros profissionais da educação que atuem no (sub)nívelfundamental ( art. 70, I, LDB,combinado como art.2º,caput da Lei 9424/96).

27. A PARCELA DOS 60% PODE SER GASTA COM A CAPACITAÇÃO DE

PROFESSORES, NO SENTIDO AMPLO? E A CAPACITAÇÃO DE LEIGOS?

Não. Estes recursos são para remuneração, e foram,provisória eexcepcionalmente destinados à capacitação, visando à habilitação de professores leigos. Tantoassim que a possibilidade de efetuar estas despesas foi limitada em cinco anos e criou-se umquadro em extinção. A própria lei usa a expressão habilitação (art. 9º, §§ 2º e 3º), a par de usar aexpressão menos precisa “capacitação”. A lei deve ser interpretada sistematicamente e aplicadacom razoabilidade. Não fazia sentido gastar recursos com capacitação de profissionais, no sentidoamplo, que integram um quadro em extinção, a não ser para habilitá-los, para que tivessem apossibilidade de integrar o quadro permanente. Assim, a capacitação de professores não leigos, oude professores leigos, sem visar a sua habilitação, deveria ter sido feita,sempre, com a parcela dos40%.A partir de 2001,mesmo a habilitação de professores leigos deve ser feita com estaparcela,uma vez que se extinguiu o prazo previsto na lei para a utilização da parcela dos 60%.

28. E PARA O PAGAMENTO DE APOSENTADOS ?

Em nenhuma hipótese os recursos do FUNDEF, da parcela dos 60%,podem ser gastos com aposentados.

Quanto aos “outros 40%”, ou outras fontes (como o IPTU, ISS e ITBI),há controvérsias. Deve-se proceder a consulta ao respectivo Tribunal de Contas. Alguns nãoadmitem estes gastos. A maioria tem admitido esta despesa até que se viabilizem fontes para seupagamento.

29. COMO FICA A CARREIRA DOS PROFESSORES?

Com a subvinculação de recursos do FUNDEF para a remuneração dosprofessores, passa a ser viável, em tese, a elaboração de planos de carreira. É claro que,subentendendo-se que o FUNDEF não acabará em 2006, passando a ser permanente ou sendosubstituído por mecanismo congênere (por exemplo, o FUNDEB – fundo único para a educaçãobásica, previsto no programa do presidente da República e em proposição em tramitação- PEC

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n°112/99). Esta indefinição acerca da permanência do FUNDEF é prejudicial, uma vez que ainsegurança leva os sistemas a adiar a elaboração de planos de carreira, e optar pela concessão deabonos.

A lei prevê a elaboração de novos planos de carreira. Havia um prazopara tanto ( até junho de 1997), mas em virtude de liminar obtida na Justiça(ADIN nº 1627-0) oprazo foi suspenso. Há esforços, por parte do MEC, da UNDIME, do CONSED e da CNTEpara construir parâmetros a serem utilizados nas propostas de planos de carreira.

30. E OS PROFESSORES LEIGOS?

Os professores leigos não integrarão os novos planos de carreira. Passama integrar um quadro em extinção. Assegurou-se a estes o prazo de cinco anos para a obtençãode habilitação necessária ao exercício das atividades docentes, condição para ingresso no quadrode carreira permanente. Até 2001 admitia-se a aplicação de parte dos 60% do FUNDEF nahabilitação de professores leigos.A partir daí deve se utilizar recursos da parcela dos 40% doFUNDEF.

31. COMO SÃO FIXADOS OS VALORES A SEREM GASTOS POR ALUNO, NO

ÂMBITO DE CADA ESTADO?

Divide-se o valor correspondente à previsão de receita para o FUNDEFno âmbito daquele Estado pelo número total de matrículas públicas no ensino fundamentalregular, somadas as redes municipais e estadual - apuradas pelo censo escolar do ano anterior.Este é o valor disponível por Estado. Observe-se que o menor valor disponível no Estado quetiver o menor resultado, é o menor valor dentre os estaduais – o que não se confunde com ovalor mínimo nacional. Caso contrário,não faria o menor sentido falar em complementaçãoda União, porque todos os Estados já teriam atingido o mínimo.

32. O QUE ACONTECE SE O VALOR, NO ÂMBITO DO ESTADO, FOR INFERIOR

AO VALOR MÍNIMO NACIONAL?

Neste caso a União deve efetuar a complementação, para que sejaatingido o valor mínimo.O número de estados que recebem a complementação vemdiminuindo.Num determinado momento sete estados eram beneficiados,tendo passado a cincoem 2004(Pará,Maranhão,Piauí,Alagoas e Bahia).33. COMO É FIXADO, ANUALMENTE, O VALOR MÍNIMO NACIONAL POR

ALUNO?

O valor mínimo definido nacionalmente (art.6º, caput, Lei do FUNDEF)é fixado anualmente, por decreto do presidente da República, e não pode ser “nunca inferior à razão

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entre a previsão de receita total para o fundo e a matrícula total do ensino fundamental do ano anterior,acrescida do total estimado de novas matrículas” (art. 6º, §1º Lei do FUNDEF).

A própria Constituição prevê que o valor mínimo é definidonacionalmente (art. 60, § 3º, ADCT). Se o valor mínimo não fosse nacional,perderia todo osentido lógico e jurídico a regra para efetuação da complementação da União prevista naConstituição Federal (dispositivo citado).

Desde a instalação do FUNDEF,entretanto,os decretos presidenciais nãovem respeitando o parâmetro legal .O Decreto nº4.966/04 não foge à regra.A questão é objeto dedisputa judicial a partir de ação do Ministério Público de São Paulo e foi debatida na meteóricaCPI do FUNDEF.O relator, Deputado Vicente Caropreso registrava em seu relatório(nãovotado):

“a) o problema do valor mínimo por aluno. Estados e Municípios,através, respectivamente do CONSED e Undime e CNM, queixam-se que a Uniãonão está respeitando o disposto na lei do FUNDEF( art.6º, caput e §1º), no que serefere à fixação do valor mínimo nacional a ser aplicado por aluno, anualmente. Aquestão é importante, na medida em que a União passaria a gastar mais recursos poraluno, aumentando seus gastos em torno de três bilhões de reais. A questão éobjeto de disputa judicial. Independentemente do resultado da disputa, esta evidenciaque há um clamor pelo ajuste do valor para um patamar que possibilite melhorar aqualidade do ensino. Havia a expectativa de que o novo governo, ao editar o Decretofixando o valor mínimo do FUNDEF para o exercício de 2003, adotasse ametodologia de cálculo defendida pelo PT nos últimos cinco anos. Isto não ocorreu e oDecreto nº4.580/03 repetiu a mesma fórmula adotada pelo governo anterior.”

Com a reação da comunidade educacional o MEC criou um grupo detrabalho para estudar alternativas de fixação do valor mínimo nos termos da legislação doFUNDEF(Cf. Portarias MEC nº 71 e 212 de 2003).O relatório final do grupo, elogiável por suatransparência e consistência, mas não representou a posição da área econômica dogoverno.Apresentou uma série de cenários e alternativas. A partir destas surgiram negociaçõespara -utilizando uma expressão da CNTE, chegar a um “valor mínimo transitório”,ainda menorque o previsto na lei, mas que permitiria que um maior número de estados recebesse acomplementação ( a intenção era fixar o novo valor em junho e estaria próximo a R$500,00. Aofinal do ano,após a tentativa pela União da cobrança dos valores pagos “ a maior” e a reação dosEstados no STF,houve nova negociação,através do Decreto 4861/03, que definiu os valores emR$ 462,00 e R$ 485,10.Neste exercício existiram,portanto,dois momentos de fixação do valormínimo.Desta forma houve a utilização dos recursos previstos na dotação ,sendo liquidados cercade 620 milhões de reais em 2003).

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PARTE II – FISCALIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEF

1. COMO ACOMPANHAR A DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS EM NÍVEL

ESTADUAL E MUNICIPAL?

Em primeiro lugar, através dos conselhos de acompanhamento e controlesocial do FUNDEF, constituídos em todos os níveis federativos. Os Conselhos têm acesso aosextratos da conta FUNDEF (norma LIC nº 3.14.7.1.13 do Banco do Brasil) e aos registroscontábeis e demonstrativos gerenciais (art. 5º Lei do FUNDEF). Qualquer pessoa pode acessaratravés da Internet os sites do INEP, da Secretaria do Tesouro Nacional e do Banco do Brasil paraverificar, respectivamente, dados do censo, coeficientes do FUNDEF e repasses mensais de cadaum dos impostos que compõem o Fundo. Outro procedimento adotado pelo MEC – que devecontinuar na nova gestão - corresponde à afixação nas agências do Correio, de cartazes queindicam os gastos permitidos e proibidos com dinheiro do FUNDEF, assim como o valor dosrepasses daquele Município.

2. QUAIS AS DESPESAS QUE PODEM SER FEITAS COM OS RECURSOS DO

FUNDEF?

Com a parcela de 60%, apenas a remuneração de profissionais domagistério em efetivo exercício no ensino fundamental;

Com a parcela de 40% podem ser feitas todas as despesas admitidascomo gastos com manutenção e desenvolvimento do ensino, nos termos do art. 70 da LDB( Leinº 9394/96), desde que no nível fundamental:

- remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demaisprofissionais da educação (inclusive a habilitação de professores leigos, que não pode mais serfinanciada com a parcela dos 60%).;

- aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações eequipamentos necessários ao ensino;

- levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamenteao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;

- realização de atividades–meio necessárias ao funcionamento dossistemas de ensino;

- concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;

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- amortização e custeios de operações de crédito destinadas a atender aodisposto nos incisos do artigo 70 da LDB;

- aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas detransporte escolar.

3. QUAIS AS DESPESAS QUE NÃO PODEM SER FEITAS COM RECURSOS DO

FUNDEF?

Em primeiro lugar são vedadas despesa com outras etapas da educaçãoque não o ensino fundamental.Mesmo para este nível não são admitidas as despesas previstas noart. 71 da LDB e no art. 12 da Lei nº lei nº 10.219/01 (Bolsa escola), a saber:

- pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quandoefetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de suaqualidade ou à sua expansão;

- subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial,desportivo ou cultural;

- formação de quadros especiais para a administração pública, sejammilitares ou civis, inclusive diplomáticos;

- programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;

- obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ouindiretamente a rede escolar;

- pessoal docente e demais trabalhadores de educação, quando em desviode função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino;

Na mesma categoria estão os recursos despendidos na concessão debenefícios pecuniários às famílias carentes, nos termos da lei nº 10.219/01.

Observe-se que a lei não se posiciona claramente quanto a questão dosaposentados.

4. QUAIS OS MECANISMOS DE FISCALIZAÇÃO E TRANSPARÊNCIA

PREVISTOS NA LEI DO FUNDEF?

São a constituição de conselhos de acompanhamento e controle social e aabertura de contas únicas e específicas para o FUNDEF.

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5. A FISCALIZAÇÃO É EXCLUSIVA DOS CONSELHOS? QUEM SÃO SEUS

PARCEIROS NESTA TAREFA?

Não. Os conselhos tem um papel específico, de exercer o controle social -que não exclui a competência dos Tribunais de Contas, Poder Legislativo, órgãos de controleinterno do Poder Executivo e Ministério Público.

6. QUAL É O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO?

Ao Ministério Público incumbe o papel de defesa da ordem jurídica,sendo portanto, o fiscal da lei. Entre suas atribuições constitucionais está a de zelar para que osPoderes Públicos e Serviços de Relevância Pública respeitem os direitos assegurados na CartaMagna – entre os quais o direito à educação – promovendo as medidas necessárias para suagarantia (art. 129, II, CF).

O MP poderá requisitar informações e documentos, investigarirregularidades através do Inquérito Civil Público e se for o caso promover a ação competentecontra o administrador que cometa irregularidades. Instrumento freqüentemente utilizado peloMP é o termo de ajustamento de conduta.

7. COMO SÃO CONSTITUÍDOS OS CONSELHOS?

Os conselhos são constituídos de acordo com norma de cada esferaeditada para este fim .Há previsão de uma constituição mínima, com representações específicasde alguns segmentos (art. 4º Lei do FUNDEF). Esta composição pode ser ampliada para incluiroutros setores. O Estado do Pará, por exemplo, tem um representante dos estudantes, indicadopela Ubes, no conselho estadual. O município pode incluir representantes dos conselhos tutelares,aumentar o número de pais de alunos, etc. Havendo Conselho Municipal de Educação, estedeverá obrigatoriamente estar representado no conselho do FUNDEF (art.4º, §3º).

Os membros do conselho que representam os pais de alunos, servidorese professores e diretores devem ser indicados por seus pares. As expressões “representam”,“representações” e “representando“ (art. 4º, § 1º, I a IV) não deixam quaisquer dúvidas. Estasvagas não são de indicação do Executivo. Há casos de interferência do Ministério Público – que éo fiscal da lei – para a reconstituição do conselho, em caso de desobediência a esta norma.

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8. ENTÃO, OS SINDICATOS TÊM O DIREITO DE INDICAR AS

REPRESENTAÇÕES?

Não. Não há previsão legal para tanto, embora nada impeça que estafórmula seja adotada em nível local. Aliás, a presença da CNTE nos conselhos nacional eestadual, expressa em lei, indica que esta seria uma solução natural. Mas não é obrigatória.Obrigatória é a indicação pelos pares, seja em assembléia ou eleição organizadas para tanto, deacordo com a norma editada pelo Executivo local.

9. OS CONSELHOS SÃO ÓRGÃOS DO PODER EXECUTIVO? TÊM ALGUMA

RELAÇÃO DE HIERARQUIA COM A SECRETARIA DA EDUCAÇÃO?

Não. Não. Os conselhos têm autonomia. Esta autonomia deve serexercida, tanto quanto possível, em cooperação com o Executivo, sem abrir mão de seu papelfiscalizador e de ações mais contundentes, nos termos da lei, quando necessárias.

10. QUEM ESCOLHE O PRESIDENTE DO CONSELHO? O SECRETÁRIO DA

EDUCAÇÃO PODE SER PRESIDENTE DO CONSELHO?

O próprio conselho deve escolher seu presidente, sendo desejável oestabelecimento de mandatos e mecanismos de alternância. Há um princípio administrativosegundo o qual quem administra não deve controlar. A Constituição Federal prevê (art. 37, caput) entreos princípios da administração pública, os princípios da moralidade e eficiência. Desta forma, nãoé recomendável que o representante do órgão controlado exerça a presidência do órgãocontrolador.

11. QUAL A COMPETÊNCIA DOS CONSELHOS?

Compete aos conselhos exercer o acompanhamento e controle socialsobre a repartição, a transferência e a aplicação dos recursos do fundo (art. 4º, caput). Incumbe-lhes ainda a supervisão do censo escolar anual (art. 4º, § 2º).

A Lei nº 10.845/04, que instituiu o Programa de Complementação aoAtendimento Educacional Especializado às Pessoas portadoras de Deficiência,condiciona atransferência de recursos às entidades beneficiárias, à aprovação prévia pelos conselhos doFUNDEF,de programa de aplicação que atenda aos objetivos de atendimento ao educando daeducação especial (art.2ª,§3º).

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A Lei nº 10.880(originária a partir da MP nº 173/04) confere aosconselhos do FUNDEF a competência para realizar o acompanhamento e controle social sobre atransferência e a aplicação de recursos repassados à conta do Programa Nacional de Apoio aoTransporte do Escolar-PNATE e do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino paraAtendimento à Educação de Jovens e Adultos,que substituiu o “Recomeço’(art.5º).

12. ENTÃO, OS CONSELHOS FISCALIZAM TODOS OS RECURSOS DA MDE (OS

25%)?

Não. A competência dos Conselhos limita-se ao FUNDEF e ao casomencionado no item anterior. O Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172/01) tem como meta(item 11.3.1-meta nº 42) a instituição em todos os níveis de conselhos de acompanhamento econtrole social nos moldes dos conselhos do FUNDEF.

13. QUAIS OS DADOS QUE PODEM SER SOLICITADOS PELOS CONSELHOS?

O Conselho tem acesso aos seguintes dados:

- Registros contábeis e demonstrativos gerenciais, mensais e atualizados,relativos aos recursos repassados, ou recebidos, à conta do fundo ( art. 5º, lei do FUNDEF);

- Extratos da conta-FUNDEF junto ao Banco do Brasil;

- Quaisquer outros dados necessários para o regular desempenho de suasfunções. Ex: cópia da folha de pagamento dos profissionais do magistério, cadastro de empresashabilitadas e relação das inabilitadas para licitar, etc...

14. ENTÃO, AO FUNÇÃO DO CONSELHO É CONFERIR DOCUMENTOS?

Não. Para bem exercer sua função o conselho deverá se debruçar sobrealguns documentos, nem sempre de fácil manuseio. Dadas as dificuldades para tanto, o MEC,através do Fundescola desenvolveu na gestão passada um programa – PRASEM, orientado para acapacitação dos Secretários de Educação e dos membros dos conselhos.

Entretanto, a função do conselho não se limita a conferir papéis. Pode edeve verificar a efetiva realização de reformas de escolas, transporte escolar, utilização demateriais e equipamentos adquiridos com recursos do FUNDEF nas escolas, etc.

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15. SE OS RECURSOS NÃO FOREM APLICADOS CORRETAMENTE - O QUE

ACONTECE:

- ao Estado e ao Município?

A não aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos(25%), na manutenção e desenvolvimento do ensino, sujeita o Estado e o Distrito Federal aintervenção da União (art. 34, VII, “e”, CF) e o Município a intervenção do Estado (art. 35, III,CF). Pode implicar, ainda:

- parecer prévio do Tribunal de Contas competente pela rejeição decontas;

- rejeição das contas pelo Poder Legislativo;

- impossibilidade de celebração de convênios com órgãos dasadministrações estadual (no caso dos Municípios) e federal, que exigem certidão negativa doTribunal de Contas;

- impossibilidade de realização de operações de crédito junto a instituiçõesfinanceiras;

- perdas da assistência financeira da União e dos Estados (no caso dosMunicípios – Cf. art. 76, LDB);

- suspensão do recebimento de transferências voluntárias, excetuadas asações da própria educação, saúde e assistência social (art. 25, §1º, IV, “b” da LRF).

- ao prefeito e ao governador que não cumprirem a aplicação prevista na leido FUNDEF?

O prefeito pode estar sujeito a processo por crime de responsabilidade, secaracterizados os tipos penais previstos no art. 1º, III e XIV do decreto-lei nº 201/67(respectivamente, aplicar indevidamente verbas públicas e negar execução à lei federal). A penaprevista varia de três meses a três anos. A condenação definitiva implica a perda do cargo einabilitação para o exercício de cargo e função pública, eletivo ou de nomeação, pelo prazo decinco anos (Art. 1º, § 2º, Dec-lei nº 201/67).

O governador pode ser processado se incorrer numa das condutastipificadas na lei n° 1.079/50, podendo ser condenado a perda do cargo e inabilitação de até cincoanos para o exercício da função pública, sem prejuízo de ação na Justiça comum (art. 78).Qualquer cidadão pode denunciar o governador, perante a Assembléia Legislativa, por crime deresponsabilidade (art. 75).No caso do Distrito Federal, a denúncia é feita perante o SenadoFederal (art. 2º, lei nº 7.106/83).

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Prefeitos e governadores estão sujeitos a:

- processo pelo crime previsto no art.315 do Código Penal (aplicação deverba pública diversa à prevista em lei).A pena é de 1 a 3 meses de detenção ou multa;

- inelegibilidade, por 5 anos, se suas contas forem rejeitadas porirregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se a questão houversido ou estiver sendo submetida à apreciação do poder Judiciário (art. 1°, “g”, Lei Complementarnº 64/90).

No que se refere às sanções previstas na lei nº 8.429/92 (Lei deImprobidade Administrativa), a Lei nº 10.628/02,deu aos agentes a prerrogativa de foro ( isto é,serão julgados pelos tribunais), o que enfraqueceu o papel dos promotores.A Associação Nacionaldos Membros do Ministério Público-CONAMP entrou com ADIN(nº2.797-2/600-DF) contra alei.Enquanto se aguarda a definição do STF, há julgados que consideram a lei comoinconstitucional(Cf.Agravo de Instrumento nº313.238-511(9) da 9ª Câmara de Direito Público doTribunal de Justiça de São Paulo.

16. OS MEMBROS DO CONSELHO PODEM RECEBER DIÁRIAS E JETONS?

Não (art. 4º, § 4º, Lei do FUNDEF).

17. QUAIS AS IRREGULARIDADES MAIS COMUNS? COMO COMBATÊ-LAS?

A Subcomissão de análise das irregularidades do FUNDEF, constituídapela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados constatou as seguintes irregularidades:

a) Fraude ao censo

Esta pode ser cometida através da inclusão de alunos –fantasma (a escolaexiste, mas não o aluno),”escolas fantasma” (sequer a escola existe ou está em funcionamento),“clonagem de alunos” (o aluno existe mas é contado duas ou mais vezes).

Para fiscalizar: Em primeiro lugar, é importante cobrar da Secretaria deEducação uma boa organização administrativa, para inclusive evitar que o próprio Municípioperca recursos. É importante que o conselho mostre ao executivo que é um aliado nesta tarefa.Além disso cabe ao conselho supervisionar o censo, como um todo e não apenas os dados deseu município. Esta fiscalização cruzada é um mecanismo importante contra a fraude, mas nãovem tendo o destaque que merece. Isto é, percebendo uma variação anormal em dados de outrosMunicípios, com relação ao ano anterior, – que não sejam explicados por fatores como a

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migração, o crescimento populacional ou a absorção de vagas estaduais, os conselhos podemsolicitar ao MEC auditorias para verificar cada caso. Também o MEC vem exercendo umcontrole estatístico.Quanto aos dados do município o conselho deve ser firme: o fornecimento deinformações falsas, acarretará sanções administrativas, sem prejuízo das civis ou penais ao agenteexecutivo que lhe der causa (art. 10, parágrafo único, lei do FUNDEF).

b) Gastos com despesas que não se caracterizam comoMDE

Manutenção e desenvolvimento de ensino é um conceito técnico, que nãose confunde com as despesas com educação em geral, ou com a antiga classificação na função“educação e cultura” e nem mesmo, necessariamente, com a nova classificação funcional –programática, que prevê a função “educação” isoladamente.

Para fiscalizar: Um lançamento equivocado de despesas pode ocorrer,por desconhecimento ou má-fé. A ocorrência mais comum é a merenda escolar. Este é um gastomuito importante, mas suas fontes de receita são outras. Os recursos de convênios com a Uniãoou com o Estado, carimbados para outros programas, como os recursos do FNDE, não podemser apropriados “dentro dos 25%”, - que se referem apenas à receita líquida resultante deimpostos daquele ente. Este é um detalhe que às vezes confunde até membros do MP e juízes.Deve-se ter sempre à mão os arts. 70 e 71 da LDB, além das instruções normativas e resoluçõesdo respectivo Tribunal de Contas.

c) Transporte escolar fantasma e desvio de finalidade dotransporte escolar

O veículo pode até existir, mas são lançados ficticiamente, trajetos nãocumpridos, ou despesas excessivas com combustível. É comum o aluguel de transporte departicular a preços superfaturados.

Para fiscalizar: Em primeiro lugar, verificar se o número de veículos écompatível com as necessidades da educação, ou se não está sendo lançada a frota municipal ouestadual como pertencente a este setor. É importante verificar as notas fiscais referentes acombustível e manutenção. Uma prática recomendável é a inscrição os veículos de frases como:“a serviço da educação – recursos do FUNDEF”, acompanhadas de telefones da secretaria deeducação e do Conselho do FUNDEF, de modo a permitir a fiscalização pelo cidadão em caso deutilização do veículo em trajetos ou horários incompatíveis. Há casos em que a SubcomissãoEspecial do FUNDEF verificou a utilização corriqueira de transporte escolar no período de fériasescolares... Finalmente deve-se manter contato com o aluno-usuário, para confirmar o efetivo

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transporte, os trajetos, etc.

d) Procedimentos licitatórios irregulares:

Contratação com empresas fantasma, ou inabilitadas, superfaturamento,serviços fantasma, simulação.

Para fiscalizar: É importante acompanhar a licitação. Qualquer cidadãopode fazê-lo (art. 4º, caput, Lei 8666/94), sendo inclusive parte legítima para impugnar, até cincodias úteis da data da fixação para a abertura dos envelopes, o edital, se este não obedecer à lei (art.41, caput). Com mais razão, os membros do conselho. As administrações, eventualmente mantêmcadastros de fornecedores. O conselho pode ter acesso a estes registros para verificar, porexemplo, se as empresas não sofreram sanção de inabilitação. Quanto à execução do contrato,propriamente dita, a administração deve designar um representante para acompanhá-la e fiscalizá-la (art. 67, § 1º e caput, Lei 8.666/94). O conselho pode manter contato com este representante,além de realizar suas próprias visitas no local, para verificar se as reformas estão sendoefetivamente realizadas, de acordo com as especificações e prazos contratuais, etc. Finalmente,cabe cobrar da administração que os responsáveis pelas licitações sejam capacitados – o quepermitiria a detecção de fraudes.

e) Notas frias

O objetivo desta fraude é “justificar” despesas inexistentes.

Para fiscalizar: Freqüentemente são providenciadas notas de outrosEstados para dificultar a checagem.

Assim, além do acompanhamento das licitações, da verificação doscadastros, os conselhos devem procurar manter uma rede de contatos e troca de informaçõescom outros conselhos de outros municípios e estados, que podem eventualmente ter maisfacilidade para checagem junto à junta comercial, da existência da empresa, verificação se oendereço fornecido não é fantasma, etc.

Como assinala a cartilha elaborada pela ONG Amarribo, especial atençãodeve ser dedicada às notas com números seqüenciais seguidos e aquelas cujo valor seja próximoao limite de dispensa de licitação

f) Não instalação dos conselhos ou seu funcionamentoirregular

A instalação de conselhos é uma exigência legal. Durante os debatesacerca da lei cogitou-se inclusive que fosse condição para receber os recursos, hipótese descartadaporque uma falha da administração poderia prejudicar os alunos. Entretanto o Ministério Público

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pode atuar – e assim tem feito, através do compromisso de ajustamento de conduta, ou emúltimo caso através da Ação Civil Pública, para que os conselhos sejam instalados, e de acordocom a lei. Há casos em que o MP solicita a reconstituição de conselhos. É recomendável que osmunicípios adotem, por iniciativa própria, independentemente de sua aprovação, aquilo que seprevê no PL nº 241/99,cujo Substitutivo da Deputada Fátima Bezerra está em condições de servotado na CCJR da Câmara, e que prevê os mesmos impedimentos da lei eleitoral para aconstituição dos conselhos, afastando parentes, etc, explicita a autonomia do conselho; e prevêregras para o exercício da presidência de modo que não seja exercida pelo representante dofiscalizado. Tudo isto pode ser previsto na lei municipal.

g) Não prestação de contas ao Tribunal de Contas ou aoLegislativo

O Decreto-lei nº 201/67, prevê que é crime de responsabilidade (art. 1º,VI) deixar de prestar contas à Câmara ou órgão competente, sendo a pena de detenção de trêsmeses a três anos.

h)Não disponibilização de dados pelo executivoO art. 5º da Lei do FUNDEF é claro: os conselhos têm acesso aos

registros contábeis e demonstrativos do FUNDEF. A administração deve ser exercida de acordocom a Constituição e seus princípios, entre os quais o princípio da publicidade. É importanteformalizar os pedidos de dados, através de requerimentos.

i)Não disponibilização de dados pelo gerente local doBanco do Brasil

Da mesma forma devem ser respeitados o art. 5º da lei do FUNDEF e oprincípio da publicidade. Há uma norma interna do BB (LIC nº 3.14. 7.1.13) que determina queos extratos sejam disponibilizados.

j) Pagamento aos professores de menos de 60% dosrecursos do FUNDEF

Um dos principais objetivos do FUNDEF é a valorização do magistério.Com a subvinculação, qualquer aplicação inferior à prevista é irregular. Observe-se que o cálculonão é feito “mês-a-mês”, sobre cada recurso que entra, no momento de seu ingresso na conta-FUNDEF. Trata-se de valor anual. Entretanto, se seguidamente os valores praticadosmensalmente forem muito menores que 60% há um indício de irregularidade ou de máadministração.

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Embora não seja o desejável, não há irregularidade no pagamento de partedestes recursos na forma de abono, que até certo ponto está relacionada à insegurança quanto àcontinuidade do FUNDEF após 2006.

k) Pagamento de profissionais de outros níveis de ensinoPara uma fiscalização eficaz, deve-se ter acesso às folhas de pagamento,

que devem discriminar quais os profissionais em efetivo exercício no ensino fundamental.

l) Retenção de descontos previdenciários efetuados emfolha

Se o desconto foi efetuado em folha, automaticamente deve ir para oórgão previdenciário. Não pertence à administração, que não pode utilizá-lo para “fazer caixa”.

m) Prática de salário abaixo do salário-mínimoTrata-se de ilegalidade, que deve ser denunciada ao sindicato e ao

Ministério Público, para providências.

n) Falso pagamento

Há casos em que os professores assinam recibos, em determinado valor,tendo efetivamente recebido quantia menor. Trata-se de uma ilegalidade. A questão deve serencaminhada ao Sindicato e ao Ministério Público , para providências legais.

o) Pagamento dos inativos com a parcela de 60% doFUNDEF

A subvinculação do FUNDEF para o pagamento destina-seexclusivamente aos profissionais em efetivo exercício. O conselho deve chamar a atenção doMinistério Público e do Tribunal de Contas para este aspecto.

p) Desrespeito ao caráter de conta única e específica doFUNDEF

As contas do FUNDEF são únicas e específicas. Não podem os recursosser misturados com outros. Igualmente irregular é a “tomada de empréstimo” da conta doFUNDEF. Verificada esta irregularidade deve-se recorrer ao Ministério Público.

q) Pagamento de multas, taxas e juros de movimentaçãobancária

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Decorrência da irregularidade anterior. Este tipo de gasto obviamente nãose caracteriza como MDE. Cabe recorrer aos préstimos do Ministério Público.

r) Inexistência ou não aplicação do disposto no plano decarreira

Embora sem prazo, face à liminar concedida pela Justiça(ADIN nº 1627-0), o plano é exigência legal. Se em vigor deve ser respeitado, para tanto devem ser acionados osindicato e o Ministério Público.

s) Não previsão correta das metas da educação e seusrespectivos recursos nos instrumentos de planejamento público (PlanoPlurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Orçamento)

A fiscalização deve se iniciar já no processo de discussão orçamentária. ALei de Responsabilidade Fiscal (art. 48) prevê a realização de audiências públicas durante osprocessos de elaboração e discussão dos PPAs LDOs e Orçamentos. Nestes momentos éimportante:

- fazer constar de forma clara nestas peças as metas de manutenção eexpansão do setor educacional, de acordo com o Plano Estadual e Municipal de Educação;

- verificar a correta previsão dos recursos financeiros disponíveis para aeducação. Esta têm como fontes todos recursos vinculados resultantes de impostos. Isto inclui aparcela da dívida ativa e multas cuja origem seja os impostos – o que é frequentemente esquecidopor desconhecimento ou má-fé. Os recursos do FUNDEF devem constar de programaçãoespecífica nos orçamentos (art. 3º, § 7º, Lei do FUNDEF), isto é, não se misturam com outrosrecursos.

É importante observar que a partir deste exercício de 2004 estarãovigentes os novos PPAs da União e dos Estados.Em 2005 será o ano de elaboração dos novosPPAs municipais É o momento oportuno para fazer com que estes dêem suporte,respectivamente, às metas dos planos municipais de educação em elaboração,como prevê o art.5ºda Lei 10.172/01,que aprovou o PNE.

Qualquer irregularidade na elaboração dos orçamentos deve sercomunicada ao Ministério Público.

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SITES ÚTEIS

www.mec.gov.br

O site do MEC contém informações básicas sobre o FUNDEF, além dalegislação (inclusive os pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação), estimativas dedados financeiros para o exercício, e links como a Secretaria do Tesouro Nacional (onde podemser verificados os coeficientes do FUNDEF e dados por município, por origem de recursos e pormês) e com o INEP (site que disponibiliza os dados do censo escolar) e com o Banco do Brasil(onde se pode verificar as datas e valores de crédito oriundos de cada um dos impostos quecompõe a cesta do FUNDEF).

www.camara.gov.br

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara realiza freqüentementedebates em audiências públicas sobre, cujas notas taquigráficas estão disponíveis na internet. Aoentrar no site, clique, respectivamente “Comissões Permanentes” e “Comissão de Educação eCultura ”. Também é possível, logo na página inicial da Câmara, clicar em “proposições”, paraverificar os projetos de lei que visam alterar a lei do FUNDEF ou Propostas de Emendaconstitucional-PECs que visam alterá-lo ou criar o FUNDEB e outros fundos. Ainda neste sitepode-se ter acesso a estudos e notas técnicas da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputadose da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados

Para acessar as discussões nas audiências públicas da CPI do FUNDEF,que funcionou entre novembro de 2002 e janeiro de 2003 e foi encerrada sem a votação dorelatório do deputado Vicente Caropreso, deve se clicar, sucessivamente "comissões","temporárias"” e, ”CPIs -encerradas' e CPI-FUNDEF”

www.stn.fazenda.gov.br

Neste site podem ser verificados os coeficientes do FUNDEF e dados pormunicípio, por origem de recursos e por mês.

www.bancodobrasil.com.br ou www.governo-e.com.br

Neste site pode-se verificar as datas e valores de crédito oriundos de cadaum dos impostos que compõem a cesta do FUNDEF.

www.inep.gov.br

O site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Nacionaisdisponibiliza os dados do Censo Escolar, além de dar acesso ao sistema “PROLEI” no qual podese retirar toda legislação educacional.

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www.consed.org.br

O Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação é uma dasentidades com assento nos conselhos nacional e estaduais de acompanhamento e controle socialdo FUNDEF. Contém informações e textos de debate.

www.undime.org.br

A União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação é uma dasentidades com assento nos conselhos nacional e estaduais de acompanhamento e controle socialdo FUNDEF. Contém informações e textos de debates.

www.acaoeducativa.org

Esta ONG voltada para a Educação realiza debates sobre temas variados,inclusive sobre FUNDEF e financiamento, disponíveis para download.

www.anped.org.br

A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educaçãodisponibiliza em seu site textos referentes a vários temas entre os quais o financiamento daeducação.

www.anpae.org.br

A Associação Nacional de Política e Administração da Educação,disponibiliza em seu site textos sobre financiamento da educação.

www.cnte.org.br

A Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação é uma dasentidades com assento nos conselhos nacional e estaduais de acompanhamento e controle socialdo FUNDEF. Contém informações e textos de debates.

www.fundescola.org.br

O Fundescola manteve projetos voltados à capacitação de secretáriosmunicipais de educação e membros dos conselhos do FUNDEF (PRASEM) e a capacitação demembros do Ministério Público (Encontros pela Justiça na Educação) acerca da legislaçãoeducacional e de defesa do direito à educação das crianças e adolescentes. Em seu site é possívelacompanhar notícias e obter textos disponíveis para download.

www.tcu.gov.br

O site do TCU contém suas normas, como a Instrução Normativa nº36/00, além de decisões em casos concretos. Há link para os tribunais de contas estaduais emunicipais.

www.stj.gov.br

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No site do Superior Tribunal de Justiça é possível acompanhar a tendênciada jurisprudência acerca do FUNDEF e retirar cópias da Súmula 208/98.

www.conamp.org.br

A Associação Nacional dos membros do Ministério Público, tem em seusite artigos jurídicos e links com as associações do MP e procuradorias.

www.abmp.org.br

Associação brasileira de magistrados e promotores de justiça da infância eda juventude foi parceira do Fundescola nos encontros pela justiça na Educação. Há, em seu site,informações sobre o programa pela justiça na educação, com textos de apoio e informaçõessobre as experiências adotadas e diversas localidades.

www.planalto.gov.br.

O site contém toda legislação brasileira. Inclui, quando for o caso ,asmensagens de veto.

www.planalto.gov.br/cgu

A Controladoria Geral da União tem realizado sorteios para fiscalizar asaplicação de recursos nos municípios, sendo comum a detecção de desvios de recursos doFUNDEF.

www.senado.gov.br.

O site contém toda legislação brasileira, podendo a busca se dar porexpressões -chave.

www.transparencia.org.br

A transparência Brasil é uma ONG comprometida com o combate àcorrupção. É associada à Transparência Internacional. O site contém textos e notícias de projetosanti-corrupção.

www.amarribo.com.br

A ONG Amigos Associados de Ribeirão Bonito nasceu da mobilizaçãocontra a corrupção numa cidade do interior de São Paulo. A ONG mantém site em quedisponibiliza cartilha de combate à corrupção.

www.mpd.org.br

O site da ONG movimento do Ministério Público democrático, formadapor membros do ministério público, mantém artigos sobre temas referentes aos direitos docidadão, entre os quais o direito à educação.

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ENDEREÇOS ÚTEIS( atualizados até abril de 2003)

Ministério das Educação - MEC /Departamento de Acompanhamento do FUNDEF

Esplanada dos Ministérios – bloco L, sala 500 - G Ed. Sede

CEP: 70.047-900 – Brasília – DF

Tel: 0800-616161(ligação gratuitta) / 0XX 61 2104-8648/2104-9270/2104-9295/2104-9282

fax: 0XX 61 410-9283

E-mail: [email protected]

Conselho Nacional de Educação

SGAS – Av. L2, Quadra 607 – Lt 50 – 1º andar sala 122

CEP: 70.200-670 – Brasília – DF

Tel: 0XX 61 244-0668/443-8099

Fax: 0XX 61 2440990

E-mail: [email protected]ão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados- CECD

Anexo II – Sala 170-C

Praça dos Três Poderes – Brasília

CEP: 70.160-900

Tel: 318-6900

E-mail: [email protected]ão Nacional dos Dirigentes Municipais de Ensino – UNDIME

SCS Qd.06 Bl.A Ed. Carioca salas 611/613

CEP: 70.306-000

Tel: 0XX61 224-7888

Fax: 0XX61 223- 6031

E-mail:[email protected]

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE

SDS Ed. Venâncio III – salas 101/104

Brasília – DF

CEP: 70.393-900

Tel: 0XX61 225-1003

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Fax: 0XX61 225-2685

E-mail: [email protected]

TCU - Tribunal de Contas da União

Setor Administração Federal Sul, lote 1

CEP: 70.042-900

E.mail: [email protected] Nacional de Secretários Estaduais de Educação – CONSED

SDS Edifício Boulevard Center – bloco A/J – 5º andar sala 501

CEP: 70.391-900 – Brasília – DF

Tel: 0XX61 322-8759

Fax: 0XX61 321-3713

E-mail: [email protected]

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

ACRE

Rua Marechal Deodoro, 476 – Centro – Rio Branco

CEP: 69.900-210

Tel : 0XX68 224-3376/ 223-2800

Fax: 0XX68 /223-4891

e-mail : [email protected]

ALAGOAS

Rua Tabajara, 79 – Poço – Maceió

CEP: 57.025-400

Tel: 0XX82 336-5799/336-5755

Fax: 0XX82 336-5799

AMAPÁ

Av. F.A.B nº 64 – Centro – Macapá

CEP: 68.906-010

Tel : 0XX96 223-4143/223-3727

Fax: 0XX96 223-4147/223-8196

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AMAZONAS

Rua 24 de maio, 321 – Centro – Manaus

CEP: 69.010-080

Tel: 0XX92 622-1291/622-1991/223-8340

Fax: 0XX92 633-3369/ 233-8340

BAHIA

Av. Oceânica, 1949 – Ondina – Salvador

CEP: 40.140-131

Tel: 0XX71 339-8401 / 339-8402 / 339-8403 / 339-8409 / 339-8499

Fax: 0XX71 339-8446

CEARÀ Rua Assunção, nº 1.100 – José Bonifácio

Fortaleza

CEP: 60050-011

Tel: 0XX85 452-3756( Centro de apoio Operacional da Cidadania)

Fax: 0XX85

E-mail: [email protected]

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Pça. Municipal, Ed. Sede do MP, lote 02, Eixo Monumental, 9º andar.

Brasília

CEP: 70.944-900

Tel: 0XX61 343-9500

Fax: 0XX61 343-9715

ESPÍRITO SANTO

Rua Humberto Martins de Paula.Ed.Procurador Edson Machado,Enseada do Suá –

Vitória

CEP: 29.055-100

Tel: 0XX27 3223-2680 / 3222-4422

Fax: 0XX27 3233-8751

E-mail:[email protected]

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GOIÁS

Rua 23 esquina com Avenida B, Qd. A-6 Lotes 15-24 – Jardim Goiás – Goiânia

CEP: 74805-100

Tel: 0XX62 243-8000

Fax: 0XX62 243-8287

E-mail: [email protected]

MARANHÃO

Rua Osvaldo Cruz, 1396 – Centro – São Luís

CEP: 65.020-910

Tel: 0XX98 219-1600

Fax: 0XX98 231-2890

MATO GROSSO

Rua 8, Ed. COHAB - CPA, Caixa Postal 1740 – Cuiabá

CEP: 78050-900

Tel: 0XX 65 644-2077 / 644-2609 / 644-1945 / 644-2409

Fax: 0XX 65 644-2177

MATO GROSSO DO SUL

R. Presidente Manuel Ferraz de Campos Salles, 214 - Jardim Veraneio

Campo Grande

CEP: 79.031-907

Tel: 0XX67 318-2000 - Geral e 318-2001 - Gabinete

MINAS GERAIS

Av. Álvares Cabral, 1690 - Santo Agostinho

Belo Horizonte

CEP: 30.170-001

Tel: 0XX31 3330-8100 (geral)

Fax: 0XX31 3291-6362

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PARÁ

Rua João Diogo, 100 - 3º andar, Ed. Sede - Cidade Velha

Belém

CEP: 66.015-160

Tel: 0XX91 210-3400

Fax: 0XX91 223-3585

PARAÍBA

Rua Rodrigo de Aquino, s/nº - Centro

João Pessoa

CEP: 58013-030

Tel: 0XX83 2107-6000 / 6001 / 6002

Fax: 0XX83

e-mail [email protected]

PARANÁ

Rua Marechal Hermes,751 – Centro cívico.Ed. Affonso alves

Curitiba

CEP: 80530-230

Tel: 0XX41 250-4212

Fax: 0XX41 250-4217

PERNAMBUCO

Rua do Imperador, 473 - Santo Antônio

Recife

CEP: 50.010-470

Tel: 0XX81 3419-7000

Fax: 0XX81 3224-1633

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PIAUÍ

Rua Álvaro Mendes, 2294 - Centro

Teresina

CEP: 64.000-600

Tel: 0XX86 222-5570

Fax: 0XX86

RIO DE JANEIRO

Av. Marechal Câmara, 370- Centro

Rio de Janeiro

CEP: 20.020-080

Tel: 0XX21 2550-9050

Fax: 0XX21 2550-9053/9054

E-mail : [email protected]

RIO GRANDE DO NORTE

Rua Senador Georgino Avelino, 904 – Barro Vermelho

Natal

CEP: 59.022-630

Tel: 0XX84 232-7130

Fax: 0XX84 232-7132

E-mail : [email protected]

RIO GRANDE DO SUL

Rua Andrade Neves, 106 - 16º andar - Centro

Porto Alegre

CEP: 90010-210

Tel: 0XX 51 3224-8155

Fax: 0XX 51

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RONDÔNIA

Rua Jamary, 1555 – Bairro Pedrinhas

Porto Velho

CEP: 78903-037

Tel: 0XX69 216-3700

Fax: 0XX69 216-3918

RORAIMA

Av. Ville Roy, 557 - E - Centro

Boa Vista

CEP: 69.301-001

Tel: 0XX95 621-2900

Fax: 0XX95 623-2388

E-mail: [email protected]

SANTA CATARINA

Paço daa Bocaiúva – Rua da Bocaiúva 1750 -Centro

Florianópolis

CEP: 88.015-904

Tel: 0XX48 229-9000

Fax: 0XX48 223-2170

E-mail: [email protected]

SÃO PAULO

Rua Riachuelo, 115 - Praça da Sé – Centro

São Paulo

CEP: 01.007-904

Tel: 0XX11 3119- 9000

Fax: 0XX11 3119-9651

E-mail: [email protected]

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SERGIPE

Pça. Fausto Cardoso, 327, Ed. Walter Franco, 7º and.

Aracaju

CEP: 49.010-080

Tel: 0XX79 216-2400

Fax: 0XX79 211-7472

TOCANTINS

Pça dos Girassóis s/n

Caixa Postal, 13

Palmas

CEP: 77.054-970

Tel: 0XX63 218-3500

Fax: 0XX63 218-3547

E-mail: [email protected]

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (Estados que recebem ou receberam acomplementação da União)

ALAGOAS

Av. Fernandes Lima, 3296 – Farol – Maceió

CEP: 57.000-000

Tel: 0XX82 2121-1400

Fax: 0XX82 2121-1424

E-mail: [email protected]

BAHIAAv. Sete de Setembro, 2365 – Corredor da Vitória – Salvador CEP: 40.080-002Tel: 0XX71 338-1800Fax: 0XX71 336-5576E-mail: [email protected]

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CEARÁ

Rua João Brígido, 1260 – Joaquim Távora – Fortaleza

CEP: 60.135-080

Tel: 0XX85 266-7300

Fax: 0XX85 266-7443

MARANHÃO

Rua das Hortas, 223 – Centro – São Luís

CEP: 65.020-270

Tel: 0XX98 232-1555

Fax: 0XX98 221-4869

E-mail: [email protected]

PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ

Rua E, s/n, Bairro São Salvador

CEP: 65.907-260 – Imperatriz

Fax: 0XX99 525-3088

E-mail: [email protected]

PARÁ

Rua Domingos Marreiros, 690 – Belém

CEP:

Tel: 0XX91 242-1057

Fax: 0XX 212-1344

E-mail: [email protected]

PARAÍBAAv. Getúlio Vargas, nº 255/277 – Centro João PessoaCEP: 58.130-240Tel: 0XX83 241-7094 Fax: 0XX83 241-7155

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PERNAMBUCO

Av. Gov. Agamenon Magalhães, 1800 – Espinheiro

Recife

CEP: 52.021-170

Tel: 0XX81 2125-7300

Fax:0XX81 2125-7353

PIAUÍ

Pça. Marechal Deodoro, s/n – Salas 302/602

Ed. Min. da Fazenda – Centro – Teresina

CEP: 64.000-160

Tel: 0XX86 221-5915

Fax: 0XX86 221-5508

RIO GRANDE DO NORTE

Av. Deodoro, 743, Tirol – Natal

CEP: 59.020-600

Tel: 0XX84 221-3814

Fax: 0XX 84 221-3816

TRIBUNAIS DE CONTAS DOS ESTADOS

ACRE

Av. Ceará, 7266 – Centro – Rio Branco

CEP: 69.903-700

TEL: 0XX68

FAX: 0XX68E-mail : [email protected]

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ALAGOAS

Av. FERNANDES LIMA,1047 – Farol - Maceió

CEP: 57.055-000

TEL: 0XX82 315-5551

FAX: 0XX 82

E-mail: [email protected]

AMAPÁ

Av. FAB – Centro –Macapá

CEP : 68.906-000

TEL: 0XX96

FAX: 0XX96

E-mail:

AMAZONAS

Av. Efigênio Sales 1155, Parque 10, – Manaus

CEP: 69.060-020

TEL: 0XX92 643-0059

FAX: 0XX 92

E-mail:

BAHIA

Ed. Conselheiro Joaquim Batista Neves, Plataforma 05,Av. 4 – Centro Administrativo da

Bahia – Salvador

CEP:41.750-300

TEL: 0XX 71 370-3115 370-4665

FAX: 0XX 71

E-mail : [email protected]

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CEARÁ

Rua Sena Madureira, 1047 – Centro – Fortaleza

CEP: 60.055-080

TEL: 0XX85 488-5900

FAX: 0XX85

E-mail: [email protected]

DISTRITO FEDERAL

Palácio Costa e Silva – Pça do Buriti - Brasília

CEP:70.075-901

TEL: 0XX 61 314-2110

FAX: 0XX [email protected]

ESPÍRITO SANTO

Rua José Alexandre Buaiz, 157 – Enseada do Suá - Vitória

CEP:29.055-221

TEL: 0XX27 3334-7600

FAX: 0XX27 3345-1355

E-mail: [email protected]

GOIÁS

Praça Cívica,332 - Goiânia

CEP:74.003-010

TEL: 0XX 62 201-9000

FAX: 0XX

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MARANHÃO

Av. Carlos Cunha – , s/n –São Luís

CEP:65.076-820

TEL: 0XX 98 218-6000

FAX: 0XX 232-3862

E-mail: [email protected]

MATO GROSSO

Centro Político-Administrativo – Caixa Postal 881 - Cuiabá

CEP: 78.050-700

TEL: 0XX65 613-7500

FAX: 0XX65 313-3155/313 - 3231

E-mail: [email protected]

MATO GROSSO DO SUL

Rua Ricardo Franco, 515 – Parque dos Ypês – Campo Grande

CEP:79.110-030

TEL: 0XX 67 361-2032

FAX: 0XX

E-mail: [email protected]

MINAS GERAIS

Av. Raja Gabaglia 1315 – Luxemburgo – Belo Horizonte

CEP:30.380-090

TEL: 0XX 31 3348-2450/2150/2160

FAX: 0XX 31 33482347

E-mail:[email protected]

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PARÁ

Travessa Quintino Bocaiúva, 1585 – Bairro de Nazaré - Belém

CEP:66.035-903

TEL: 0XX 91 210-0555

FAX: 0XX

E-mail:[email protected]

PARAÍBA

Rua Professor Geraldo Von Sohsten, s/n– Bairro de Jaguaribe -João Pessoa

CEP:50.015-190

TEL: 0XX83 208-3300

FAX: 0XX83 208--3364

E-mail: [email protected]

PARANÁ

Praça Nossa Senhoria da Salete, s/n – Centro Cívico - Curitiba

CEP:80.530-910

TEL: 0XX 41 350-1616

FAX: 0XX 41 254-8763

E-mail: [email protected]

PERNAMBUCO

Rua da Aurora, 885 – Boa Vista – Recife

CEP:50.050-000

TEL: 0XX 81 3413-7600

FAX: 0XX

E-mail : [email protected]

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PIAUÍ

Av. Pedro Freitas, 2.100 – Centro Administrativo - Teresina

CEP:64.018-200

TEL: 0XX 86 215-3800/3812

FAX: 0XX 86 218-3113

E-mail: [email protected]

RIO DE JANEIRO

Praça da República, 70 - Centro -Rio de Janeiro

CEP:20.211-351

TEL: 0XX 21 3231-5200

FAX: 0XX

RIO GRANDE DO NORTE

Av. Av.Getúlio Vargas,690 - Petrópolis - Natal

CEP: 59.012-360

TEL: 0XX 215-1922

FAX: 0XX

E-mail: [email protected]

RIO GRANDE DO SUL

Rua Sete de Setembro,388 – Porto Alegre

CEP:90.010-190

TEL: 0XX 51 3214-9700

FAX: 0XX 51 3214-9797

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RONDÔNIA

Av. Presidente Dutra, 4229 – Pedrinhas – Porto Velho

CEP:78.903-900

TEL: 0XX 69 223-2866/223-2867

FAX: 0XX 69 224-1539

E-mail: [email protected]

RORAIMA

Av. Capitão Ene Garcez, 548 – Centro – Boa Vista

CEP:69.301-160

TEL: 0XX 95 623-1812

FAX: 0XX

E-mail: [email protected]

SANTA CATARINA

Rua Bulcão Viana, 90 – Caixa Postal 773 - Florianópolis

CEP:88.010-970

TEL: 0XX48 221-3600

FAX: 0XX48 2213608

E-mail:

SÃO PAULO

Av. Rangel Pestana, 315 – Centro – São Paulo

CEP:01.017-906

TEL: 0XX 11 3258-3266

FAX: 0XX

E-mail:

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46

SERGIPE

Centro Administrativo Gov. Augusto Franco – Palácio Gov. Albano Franco

Av. Cons. Maciel Porto, s/n – Novo Paraíso - Aracaju

CEP:49.080-470

TEL: 0XX 79 216-4300

FAX: 0XX

E-mail: [email protected]

TOCANTINS

Rua Teotônio Segurado102 Norte Cj 01 Lts ½ - Palmas

CEP:77.006-002

TEL: 0XX 63 218-5800

FAX: 0XX

E-mail: [email protected]

TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS NOS ESTADOS

BAHIA

Av. 04, 495 – 3º andar – Centro Administrativo da Bahia – Salvador

CEP:41.750-300

TEL: 0XX

FAX: 0XX

E-mail: webmaster @tcm.gov.br

CEARÁ

Rua Osvaldo Cruz, 1024 – Aldeota - Fortaleza

CEP:60.125 - 150

TEL: 0XX 85 433-5100/5101

FAX: 0XX 85 261-9115

E-mail: [email protected]

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GOIÁS

Rua 68, 727 – Centro - Goiânia

CEP:74.055

TEL: 0XX 62 216-6219/216-6292 216-6160

FAX: 0XX 62 216-6205/216-6268

E-mail: [email protected]

PARÁ

Travessa Magno de Araújo, 474 – Bairro Telégrafo - Belém

CEP:66.113-050

TEL: 0XX 91 210-7500

FAX: 0XX 91 244-5356

TRIBUNAIS DE CONTAS DE MUNICÍPIOS

RIO DE JANEIRO

Rua Santa Luzia, 732 – 7º andar – Centro – Rio de Janeiro

CEP:20.030-040

TEL: 0XX 3824-3600

FAX: 0XX

E-mail: [email protected]

SÃO PAULO

Av. Prof. Ascendino Reis, 1130 – Vila Clementino – São Paulo

CEP:04.027-000

TEL: 0XX 11 5080-1000

FAX: 0XX

E- mail: [email protected]

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JUNTAS COMERCIAISACRE - JUCEAC

Av. Getúlio Vargas,1341 –Bosque – Rio Branco

CEP: 69900-900

TEL: 0XX68 224-3441 224-0744

FAX: 0XX68 224-0744

E-mail :

ALAGOAS - JUCEAL

Av. Fernandes Lima,1681 – Farol – Maceió

CEP: 57055-870

TEL: 0XX82 241-8181 241-8182

FAX: 0XX82 338-7925

E-mail :

AMAPÁ - JUCAP

Av. FAB,1610 – Centro - Macapá

CEP: 68900-000

TEL: 0XX96 222-4866 222-2860

FAX: 0XX96 222-3598

E-mail :

AMAZONAS - JUCEA

Av. Eduardo Ribeiro,898 – Centro – Manaus

CEP: 69010-001

TEL: 0XX92 622-2255

FAX: 0XX92 622-8101

E-mail :

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BAHIA - JUCEB

Rua da Bélgica,2 – Ed. Roosevelt,9º andar – Comércio -Salvador

CEP: 40010-030

TEL: 0XX71 326-2180 326-2181

FAX: 0XX71 326-8018

E-mail :

CEARÁ - JUCEC

Rua 25 de março,300 esquina com Costa Barros – Centro - Fortaleza

CEP: 60060-120

TEL: 0XX85 226-6116 226-8915 226-5900

FAX: 0XX85 226-8915

E-mail : [email protected]

PARÁ - JUCEPA

Av. Magalhães Barata,1.234 – São Braz – Belém

CEP: 66060-670

TEL: 0XX91 217-5800 217-5810

FAX: 0XX91 217-5840

E-mail : [email protected]

RONDÔNIA - JUCER

Av. Pinheiro Machado,326 – Caiari - Porto Velho

CEP: 78900-050

TEL: 0XX69 224-3681 224-1947

FAX: 0XX69 221-5070 224-1952

E-mail :

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TOCANTINS - JUCETINS

104 Norte, Av. LO O 2,Lote 22 – Palmas

CEP:

TEL: 0XX63 218-4805

FAX: 0XX63 218-4802

E-mail :

DISTRITO FEDERAL - JCDF

SAUS.Qd.02,Lote 1/A – Subsolo – Asa Sul – Brasília

CEP: 70070-020

TEL: 0XX61 329-8800

FAX: 0XX61 225-7503

E-mail :

ESPÍRITO SANTO - JUCEES

Av. Nossa Senhora da Penha,1433 – Santa Luíza –Vitória

CEP: 29045-401

TEL: 0XX27 325-2528 325-1926

FAX: 0XX27 325-1957

E-mail :

GOIÁS - JUCEG

Rua 260,Esquina com Rua 259,Q. 85-A,Lote 5-F –Goiânia

CEP: 74610-240

TEL: 0XX62 261-4833

FAX: 0XX62 261-4094

E-mail :

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MARANHÃO - JUCEMA

Praça João Lisboa,328 – São Luís

CEP: 65010-310

TEL: 0XX98 219-8500

FAX: 0XX98 321-2727

E-mail :

MATO GROSSO - JUCEMAT

Av. Historiador Rubens de Mendonça, s/n – CPA – Cuiabá

CEP: 78055-500

TEL: 0XX65 644-1300

FAX: 0XX65 644-2481

E-mail :

MATO GROSSO DO SUL - JUCEMS

Rua Dr. Arthur Jorge,1.376 – Centro – Campo Grande

CEP: 79010-210

TEL: 0XX67 783-4429 783-4329

FAX: 0XX67 783-4429 724-3498

E-mail : [email protected]

MINAS GERAIS - JUCEMG

Av. Santos Dumont,380 – Centro - Belo Horizonte

CEP: 30111-040

TEL: 0XX31 3277-2300

FAX: 0XX31 32265111

E-mail : [email protected]

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PARAÍBA - JUCEP

Av. Princesa Isabel,755 – Centro - João Pessoa

CEP: 58013-251

TEL: 0XX83 241-2794 241-2795 241-2047

FAX: 0XX83 221-3116 241-3576

E-mail :

PARANÁ

Av. Barão do Serro azul,316 – Centro – Curitiba

CEP: 80020-180

TEL: 0XX41 322-4151 322-1050

FAX: 0XX41 225-7092

E-mail : [email protected]

PERNAMBUCO - JUCEPE

Rua do hospício,751 – Boa Vista – Recife

CEP: 50050-050

TEL: 0XX81 3423-5285 3423-1063 3423-6808

FAX: 0XX81 3423-1502

E-mail :

PIAUÍ - JUCEPI

Rua Gonçalo Cavalcante,3359 – Bairro Cabral – Teresina

CEP: 64000-600

TEL: 0XX86 221-4535 221-0612

FAX: 0XX86 221-9715

E-mail : [email protected]

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RIO DE JANEIRO - JUCERJA

Av. Rio Branco,10 –Centro – Rio de Janeiro

CEP: 20090-000

TEL: 0XX21 3849-3939

FAX: 0XX21 3849-3946

E-mail : [email protected]

RIO GRANDE DO NORTE

Praça Augusto Severo,111 - Ribeira – Natal

CEP: 59012-380

TEL: 0XX84 221-6039 221-3614 221-3615

FAX: 0XX84 221-3613

E-mail : [email protected]

RIO GRANDE DO SUL - JUCERGS

Av. Júlio de Castilhos,120 – Palácio do Comércio – Centro – Porto Alegre

CEP: 90030-130

TEL: 0XX51 224-4399 224-4287

FAX: 0XX51 226-3092

E-mail : [email protected]

SANTA CATARINA - JUSESC

Av. Rio Branco,387 – Centro – Florianópolis

CEP: 88015-201

TEL: 0XX48 224-5599 224-5402 224-5580

FAX: 0XX48 223-4166

E-mail : [email protected]

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SÃO PAULO - JUCESP

Rua Barra Funda,836(Rampa) – Barra funda – São Paulo

CEP: 01152-000

TEL: 0XX11 3826-7599 3824-0276 3826-7484

FAX: 0XX11 3826-7674

E-mail :

SERGIPE - JUCESE

Rua Propriá,315 – Centro – Aracaju

CEP: 49011-020

TEL: 0XX79 234-4100

FAX: 0XX79 234-4141

E-mail : [email protected]

FISCALIZAÇÃO DO FUNDEFLEGISLAÇÃO / JURISPRUDÊNCIA

Emenda Constitucional nº 14/96

Lei Complementar nº 64/90 – Art. 1º - Prevê a inelegibilidade no caso de rejeição de contas porirregularidade insanável

Lei Complementar nº 101/00 - Lei de Responsabilidade Fiscal – Art. 48 - prevê a realização deAudiências Públicas durante o processo de elaboração e discussão do PPA, LDO e Orçamento

Lei nº 9.424/96 – Lei do FUNDEF

Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional– LDB

Lei nº 1.079/50 – Define os crimes de responsabilidade do Presidente da República, Ministros deestado e Governadores e secretários de estado

Decreto–Lei nº 201/67 – Dispõe sobre os crimes de responsabilidade de prefeitos

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Lei nº 7.106/83 – Define os crimes de responsabilidade do Governador do Distrito Federal eseus secretários

Lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente

Lei nº 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa)

Lei nº 8.666/94 (Lei das Licitações) – arts. 4º, 14, 27, 34, 41, 66, 67 e 87 a 99

Lei nº 9.452/97 – Determina que as Câmaras Municipais sejam obrigatoriamente notificadas daliberação de recursos federais para os respectivos municípios

Lei nº 10.628/02 - Altera o CPP, de modo a estabelecer a competência dos tribunais superioresem caso de prerrogativa de função

Lei nº 10.845/04 – Condiciona a transferência de recursos financeiros às entidades de educaçãoespecial beneficiárias do Programa de complementação ao atendimento educacional especializadoàs pessoas portadoras de deficiência ,à aprovação prévia pelo Conselho do FUNDEF, deprograma de aplicação dos recursos - art.2º,§3º

Lei nº 10.880/04 – Dá aos Conselhos do FUNDEF, competência para realizar oacompanhamento e o controle social do programa nacional de apoio ao transporte do escolar edo programa de apoio aos sistemas de ensino para atendimento à educação de jovens e adultos” –art. 5º

Decreto nº 2.264/97 – Regulamenta a Lei do FUNDEF

Decreto nº4.923/03 – Dispõe sobre o Conselho de Transparência Pública e Combate àCorrupção

Decreto nº 4.966/04 – Fixa os valores mínimos do FUNDEF para o exercício de 2004

Súmula n° 347/63 do STF – O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, podeapreciar a constitucionalidade de leis e atos normativos

Súmula nº 208/98 do STJ – Indica que compete à Justiça Federal processar e julgar prefeitomunicipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal

Resolução CEB/CNE nº 3/97 – Fixa as diretrizes para os novos planos de carreira previstos naLei do FUNDEF

Instrução Normativa TCU nº 36/2000 – Dispõe sobre procedimentos para a fiscalização dos

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recursos de MDE e do FUNDEF

Parecer Normativo nº 26/97 – CNE – Dispõe sobre o Financiamento da Educação na LDB

Portaria MEC nº 859/97 – Define como escolas públicas estaduais e municipais, para efeito derecebimento de recursos do FUNDEF, aquelas cujo diretor seja nomeado por ato do PoderExecutivo

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