Cartilha Icms Familiar

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  • Agricultura Familiar e o ICMS em Minas Gerais

  • Agricultura Familiar e o ICMS em Minas Gerais

  • ndiceIntroduo .............................................................................................. 5

    termos e conceItos .......................................................................6 Icms ...................................................................................................................6 Fato Gerador ...............................................................................................6 mercadorIa ...................................................................................................6 contrIbuInte ...............................................................................................6 estabelecImento ......................................................................................6 obrIGaes do contrIbuInte .............................................................7 base de clculo ........................................................................................7 alquota do Icms .......................................................................................7 reduo da base de clculo ........................................................... 8 nota FIscal ................................................................................................... 8

    produtor rural pessoa FsIca..................................... 10

    produtor rural da aGrIcultura FamIlIar .... 11 caracterstIcas do produtor

    da aGrIcultura FamIlIar ................................................................. 15 a assocIao ou cooperatIva

    da aGrIcultura FamIlIar .................................................................. 16 a FbrIca da aGrIcultura FamIlIar ........................................... 19 obrIGaes acessrIas ................................................................... 22 trIbutao da aGrIcultura FamIlIar...................................... 24

    comercIalIZao InstItucIonal ................................. 26 HabIlItao do produtor comercIalIZao

    InstItucIonal.......................................................................................... 26 a declarao de aptIdo ao pronaF ...................................... 28

    proGramas de comercIalIZao InstItucIonal proGrama de aquIsIo de alImentos ................................... 30 prIncIpaIs lInHas de atuao do paa ...................................... 30

    proGrama nacIonal de alImentao escolar pnae ............................................................... 32

    aGora leI produto aGroIndustrIal........... 35

    resumIndo ......................................................................... 36 beneFcIos para a assocIao

    ou cooperatIva da aGrIcultura FamIlIar ............................ 36 beneFcIos para o produtor da aGrIcultura FamIlIar

    FIlIado a uma cooperatIva ou assocIao .......................... 36

  • 5A legislao tributria mineira estabelece tratamento tributrio simplificado e diferenciado nas operaes promovidas por produtores rurais com o objetivo de incentivar a comercializao de produtos da agricultura familiar com menor carga tributria, realizada por cooperativa ou associao de produtores da agricultura familiar.

    Essas normas tambm viabilizam a simplificao no cumprimento das obrigaes tributrias dos produtores rurais da agricultura familiar filiados.

    Para compreenso desse tratamento diferenciado, vamos conhecer alguns termos e conceitos da legislao tributria relativos comercializao de mercadorias.

  • 6termos e conceItos

    ICMS o Imposto sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestao de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao. de competncia estadual e constitui uma das principais fontes de recurso para as contas pblicas.

    FAto GerAdor Situao hipottica, prevista em lei como necessria e suficiente para fazer surgir a obrigao tributria principal, ou seja, a obrigao de pagar o tributo. O fato gerador ocorre, dentre outras hipteses, na sada de mercadoria, a qualquer ttulo, inclusive em decorrncia de bonificao, de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.

    A movimentao de bens de forma frequente e em quantidade que denote intuito comercial atividade de circulao de mercadoria, tpica para a cobrana do ICMS.

    MerCAdorIA qualquer bem mvel, novo ou usado, passvel de circulao econmica em operao de sada de estabelecimento de contribuinte.

    ContrIbuInte Contribuinte do imposto qualquer pessoa, fsica ou jurdica, que promova operao relativa circulao de mercadoria ou prestao de servio descrita como fato gerador do ICMS. A condio de contribuinte independe de estar a pessoa constituda ou registrada, bastando que pratique operaes ou prestaes com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial.

    Entende-se por habitualidade, para fins de tributao, a prtica de atividade que importe em circulao de mercadorias ou de prestaes de servios de transporte, interestadual ou intermunicipal, ou de comunicao, a qual, pela sua repetio, induz presuno de que tal prtica constitui atividade prpria de contribuinte regular.

    eStAbeleCIMento o local, privado ou pblico, edificado ou no, prprio ou de terceiro, onde pessoas fsicas ou jurdicas exeram suas atividades em carter temporrio ou permanente, bem como onde se encontram armazenadas mercadorias. Considera-se tambm estabelecimento autnomo o veculo usado no comrcio ambulante ou na captura de pescado, salvo se exercidos em conexo e sob dependncia de estabelecimento fixo, caso em que o veculo ser considerado como prolongamento do estabelecimento.

  • 7obrIGAeS do ContrIbuInte As obrigaes do contribuinte so classificadas em obrigao principal e acessria. A obrigao principal diz respeito ao dever de recolher o ICMS devido nas operaes. As obrigaes acessrias esto relacionadas no art. 96 do RICMS1, como por exemplo, inscrever-se no Cadastro de Contribuintes, emitir o documento fiscal, apresentar declaraes e informaes ao Fisco, etc.

    bASe de ClCulo o montante tributvel. o valor sobre o qual dever ser aplicada a alquota correspondente operao ou prestao. Regra geral, a base de clculo de incidncia do imposto o valor da operao ou prestao. Para determinar a base de clculo do imposto em situaes especficas devero ser observados os art. 43 a 54 do RICMS.

    AlquotA do ICMS o percentual estabelecido em Lei, aplicvel sobre a base de clculo da operao ou da prestao, de modo a apurar o valor do ICMS. em minas Gerais, regra geral, esse percentual varia entre 7, 12 e 18%.

    1 RICMS Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 43.080/02

  • 8reduo dA bASe de ClCulo uma tcnica tributria, prevista na legislao, que permite a reduo do valor do ICMS em determinada situao. Como a base de clculo do ICMS o valor da operao, o valor de venda da mercadoria, h situaes em que a legislao permite a reduo dessa base de clculo, de modo a obter um valor menor do ICMS.

    A operao de sada de mercadoria para outro contribuinte (supermercado, padaria, etc.) promovida por associao ou cooperativa da agricultura familiar tem reduo de base de clculo de 61,11 %, caso a alquota da operao seja 18% e reduo de 41,66%, caso a alquota seja de 12%. Em ambos os casos, o valor do ICMS ser de 7% sobre o valor da operao.

    deMonStrAndo:

    Valor do produto = R$1.000,00Alquota = 18%

    Percentual de reduo = 61,11%Base de clculo reduzida = R$388,90 = R$1.000,00 * (100% - 61,11%)

    Valor do ICMS = R$388,90 * 18% = R$70,00.

    notA FISCAl Documento hbil para acobertar a sada de mercadorias. Nesse documento devem constar os dados do remetente e do destinatrio, os dados dos produtos, a base de clculo da operao, o percentual da alquota da mercadoria e o destaque do valor do ICMS, alm de outros requisitos exigidos pela legislao.

    Para o produtor rural acobertar o trnsito de mercadorias, dever emitir a Nota Fiscal de Produtor ou a Nota Fiscal Avulsa de Produtor Rural por meio do SIARE/SEF.

  • 9No caso da agricultura familiar, as operaes com as mercadoriasremetidas pelo produtor rural sero acobertadas por documento fiscal

    emitido pela prpria cooperativa ou associao com inscrio coletiva,a qual o produtor rural/remetente esteja filiado, exceto quando

    previsto o livre trnsito com o produto.

  • 10

    produtor rural pessoa fsica

    Produtor rurAl PeSSoA FSICA o produtor rural no inscrito no Registro Pblico de Empresas Mercantis e no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica CNPJ. Dever estar inscrito no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Fsica do Sistema Integrado de Administrao da Receita Estadual (SIARE).

  • 11

    produtor rural da agricultura familiar

    Produtor rurAl dA AGrICulturA FAMIlIAr Produtor rural pessoa fsica dispensado de se inscrever no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Fsica, desde que seja filiado a uma cooperativa ou associao inscrita no Cadastro de Contribuintes de ICMS, com inscrio coletiva de que trata o art. 441 da Parte 1, Anexo IX do RICMS.

  • 12

    O produtor rural da agricultura familiar poder se inscrever no

    Cadastro de Produtor Rural Pessoa Fsica como contribuinte regular,

    pois no h previso na legislao tributria vedando expressamente

    essa possibilidade.

    Na hiptese de ser inscrito nesse Cadastro, dever cumprir as

    obrigaes tributrias, inclusive a emisso de documentos fiscais na sada de mercadoria para demais

    contribuintes, observando o disposto no Captulo LXII do Anexo IX do

    RICMS, que trata das Operaes Promovidas pelo Produtor Inscrito

    no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Fsica.

    Alguns programas do governo pressupem a aquisio de

    alimentos diretamente de produtor rural pessoa fsica.

  • 13

    Nesse caso, o produtor rural dever estar inscrito no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Fsica, ser caracterizado como pertencente agricultura familiar por meio da DAP fsica e as operaes de

    fornecimento devero estar corretamente acobertadas por documento fiscal de

    emisso do prprio produtor.

    Grupos formais Agricultores familiares e empreendedores rurais organizados em cooperativas ou associaes que possuem

    DAP jurdica para a venda de produtos.

    Grupos informais Grupos de agricultores familiares que possuem DAP

    fsica, organizados com o propsito de comercializar mercadorias.

    Considerando a legislao do ICMS, no h diferena entre produtores rurais informais e formais. Ambos devero

    cumprir as obrigaes de contribuintes, quer seja individualmente ou por meio de

    sua associao ou cooperativa.

  • 14

    Para que o produtor rural seja beneficiado com o tratamento simplificado e diferenciado para a agricultura familiar, dever observar as seguintes condies:

    :: apresentar receita bruta anual de at R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) na comercializao de seus produtos;

    :: enquadrar-se no conceito de produtor da agricultura familiar, nos termos da Lei Federal n 11.326/2006;:: no ser empresrio e no participar como scio de sociedade empresria;:: estar filiado a uma associao ou cooperativa da agricultura familiar com inscrio coletiva;:: no se encontrar em dbito com a Fazenda Pblica Estadual.

    Ainda que se enquadre nas condies previstas

    na Lei Federal n 11.326 de 24 de julho de 2006, para que o produtor rural possa

    usufruir do tratamento tributrio simplificado

    previsto para a agricultura familiar

    necessria sua filiao a alguma associao ou cooperativa com inscrio coletiva.

  • 15

    A partir do ingresso no quadro de filiados da associao ou cooperativa com inscrio coletiva, detentora de regime especial previsto no inciso XIV do art. 75 do RICMS, o produtor rural poder usufruir dos seguintes benefcios:

    :: dispensa da inscrio no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Fsica do Estado de MG;:: iseno do ICMS na operao de remessa de mercadoria de sua produo para sua cooperativa ou associao;:: facilidade de venda de seus produtos por meio da cooperativa ou associao;:: facilidade na compra de bens ou mercadorias para emprego na sua produo, por meio de aquisies realizadas

    pela cooperativa;:: assistncia tcnica da Emater;:: sada de seus produtos acobertada por nota fiscal de entrada emitida pela associao ou cooperativa;:: preferncia nas vendas de produtos para os programas sociais do Governo por meio da associao ou

    cooperativa, como grupos formais.

    CArACterStICAS do Produtor dA AGrICulturA FAMIlIAr

    considerado Agricultor Familiar o empreendedor familiar rural que se enquadrar nas condies da Lei Federal n 11.366, de 24 de Julho de 2006, tais como:

    :: no detenha rea maior do que 04 mdulos fiscais2;:: utilize predominantemente mo de obra da prpria famlia nas atividades econmicas do seu estabelecimento

    ou empreendimento;:: renda familiar predominantemente resultante das atividades econmicas vinculadas ao prprio estabelecimento

    rural de at R$ 120 mil reais por ano;:: dirija o estabelecimento rural com a famlia.

    2 Mdulo fiscal - Unidade de medida expressa em hectares, fixada para cada municpio, considerando tipo de explorao predominante no municpio; renda obtida com a explorao predominante; outras exploraes existentes no municpio que, embora no predominantes, sejam significativas em funo da renda ou da rea utilizada; conceito de propriedade familiar.

  • 16

    A ASSoCIAo ou CooPerAtIvA dA AGrICulturA FAMIlIAr A legislao mineira estabeleceu tratamento tributrio simplificado e diferenciado para o produtor rural da agricultura familiar.

    Esse tratamento diferenciado ocorre por intermdio da cooperativa ou associao da agricultura familiar.

    Para representar seus filiados produtores rurais da agricultura familiar junto ao Estado, a associao ou cooperativa deve ser inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS caracterizada com a inscrio coletiva e ser detentora de regime especial, conforme disposto no inciso XIV e no inciso V do 7 do art. 75 do RICMS.

    A inscrio coletiva uma caracterstica atribuda inscrio estadual da cooperativa ou associao no Cadastro

    de Contribuintes do ICMS. concedida cooperativa ou associao de que trata o art. 441 da Parte 1 do Anexo IX do RICMS, para cumprir obrigaes tributrias e realizar

    operaes de circulao de mercadorias remetidas por seus cooperados/associados ou destinadas a esses.

  • 17

  • 18

    Podem inscrever-se no Cadastro de Contribuintes do ICMS com inscrio coletiva a associao ou a cooperativa. Para tanto, os filiados, produtores artesanais, produtores da agricultura familiar ou agricultores familiares devem atender s condies exigidas na Lei n 14.180, de 16 de janeiro de 2002, regulamentada pelo Decreto n 44.133, de 19 de outubro de 2005 e na Lei n 11.326, de 24 de julho de 2006.

    obs.: Lei 14.180/2002: Os estabelecimentos devem estar habilitados pelos rgos de controle sanitrios competentes. Existncia do Cadastro Estadual de Associaes e Cooperativas de Produtos Artesanais ou da Agricultura Familiar CEPAF, coordenado pela Secretaria da Fazenda e IMA.

  • 19

    considerada Fbrica Coletiva do Agricultor Familiar a unidade produtora criada com a finalidade de agregar valor e auxiliar a comercializao dos produtos, desde que:

    a) pelo menos 70% (setenta por cento) da matria prima utilizada seja proveniente da explorao agropecuria ou extrativista realizada pelos produtores da agricultura familiar;

    b) a fabricao seja realizada preponderantemente por produtores da agricultura familiar;c) seja estabelecida dentro da rea de abrangncia determinada no estatuto social da cooperativa ou

    associao de produtores da agricultura familiar;d) seja assistida por tcnicos da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuria e Abastecimento (SEAPA)

    ou de empresa pblica de assistncia tcnica e extenso rural.

    Aps ter deferida a inscrio estadual, a cooperativa ou associao dever protocolizar na Administrao

    Fazendria de sua circunscrio os seguintes documentos para

    homologao pelo Delegado Fiscal:

    a) termo de adeso ao Protocolo de Intenes 4.44/09;

    b) certificao ou atestado da Emater de que a interessada atende s

    condies exigidas e que seus filiados preenchem os requisitos da Lei

    Federal n. 11.326/06;c) pedido de regime especial.

    a fbrica da agricultura familiar

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    IMPortAnte

    Documentos necessrios a serem apresentados junto Secretaria de Estado de Fazenda:

    :: Atestado emitido pela a EMATER de que a organizao atende s condies da Lei federal n. 11.326/06 - DAP Jurdica;

    :: Requerimento assinado pelo Presidente/Diretor da entidade - 2 vias;:: Cpia dos documentos pessoais do representante legal da entidade (CPF, CI, CNPJ, Carteira de

    habilitao);:: Cpia dos documentos pessoais do procurador (CPF e Carteira de identidade) - se for o caso;:: Certido negativa de dbitos tributrios, que poder ser solicitada no mdulo SIARE, no site

    www.fazenda.mg.gov.br;:: Cpia do documento do Ato constitutivo da Associao ou entidade (estatuto ou contrato social);:: Declarao de todos associados, informando que os mesmos no so empresrios, no participam

    como scio de sociedade empresarial e no se encontram em dbito com a Fazenda Pblica Estadual. A declarao deve ser assinada conforme a identidade;

    :: Relao contendo nome e CPF de todos os associados;:: Anexar uma declarao de que a associao ou cooperativa realizava operaes exclusivamente com

    os produtos recebidos de seus filiados;:: Os documentos acima descritos devem ser entregues na Administrao Fazendria AF;:: Guardar uma via como recibo.

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  • 22

    obrIGAeS ACeSSrIAS - As cooperativas ou associaes tambm cumprem as obrigaes principal e acessrias decorrentes da comercializao dos produtos remetidos pelo produtor rural da agricultura familiar.

    Assim, a cooperativa ou a associao dever cumprir as obrigaes tributrias previstas no RICMS como contribuintes do ICMS, inclusive a emisso de documento fiscal:

    :: para acobertar o transporte de mercadoria, quando se tratar de comrcio ambulante, observado, no que couber, o disposto nos arts. 78 a 80 da Parte 1 do Anexo IX do RICMS;

    :: nas devolues de compras;:: na sada de mercadoria destinada a rgo pblico;:: na sada de mercadoria destinada merenda escolar;:: na entrada de mercadorias recebidas de seus cooperados ou associados, em conformidade com os incisos I e VII

    do art. 20 da Parte 1 do Anexo V do RICMS.

    A cooperativa ou associao de produtores da agricultura familiar podero emitir nota fiscal

    global, por perodo de apurao, mediante regime especial concedido pelo titular da Delegacia Fiscal a que o contribuinte estiver circunscrito, de modo a facilitar o cumprimento das obrigaes acessrias.

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    trIbutAo dA AGrICulturA FAMIlIAr

    Entre os procedimentos simplificados para a agricultura familiar esto includos aqueles referentes tributao.

    Vamos verificar como ocorre a apurao do ICMS incidente nas operaes praticadas entre os filiados e a cooperativa/associao, entre essas e contribuintes e no contribuintes.

    Conforme o item 162 da Parte 1 do Anexo I do RICMS, so isentas as operaes de remessa de mercadorias do produtor filiado para a sua cooperativa/associao, bem como da cooperativa/associao para o produtor rural filiado.

    isenta a sada, em operao interna, de mercadoria de propriedade do cooperadoou associado promovida pela cooperativa ou associao com destino ao cooperado ou associado,

    bem como do cooperado ou associado com destino cooperativa ou associao.

    J o item 51 da Parte 1 do Anexo IV do RICMS faz referncia reduo de base de clculo nas operaes que a associao ou cooperativa destinar a contribuinte do ICMS.

    Reduo de base de clculo na sada de produtos de artesanato e da agricultura familiar, destinados a contribuinte do imposto, promovida por cooperativa ou associao que possua inscrio coletiva e seja beneficiria do crdito presumido de que trata o inciso XIV do art. 75 do RICMS:

    a) quando tributada alquota de 18%, reduo de 61,11%; b) quando tributada alquota de 12%:, reduo de 41,66%.

    Nas operaes com mercadorias destinadas a no contribuinte do imposto, a tributao ocorre normalmente, ou seja, com base de clculo e alquota previstas na legislao tributria.

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    O tratamento tributrio diferenciado caracteriza-se, tambm, pela aplicao do crdito presumido previsto inciso XIV do art. 75 do RICMS, quando da apurao mensal do ICMS, a ser efetuada pela cooperativa ou associao.

    O inciso V do 7 do art. 75 do RICMS estabelece que o benefcio do crdito presumido para o centro de distribuio previsto no inciso XIV desse artigo aplica-se, tambm, s sadas tributadas promovidas por cooperativa ou associao de artesanato ou da agricultura familiar.

    Embora o pressuposto dessa equiparao, no h exigncia de constituio de centro de distribuio pela associao ou cooperativa para fins da aplicao do crdito presumido, pois, nos termos da alnea c do inciso XIV do art. 222 do RICMS, considera-se centro de distribuio de produtos de artesanato e da agricultura familiar, a cooperativa ou associao que possua inscrio coletiva no Cadastro de Contribuintes do ICMS, nos termos do art. 441 do Anexo IX do mesmo Regulamento.

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    CoMerCIAlIZAo InStItuCIonAl

    HAbIlItAo do Produtor CoMerCIAlIZAo InStItuCIonAl

    As operaes com mercadorias destinadas aos programas de aquisio ou doao de alimentos tm tratamento especfico na legislao tributria mineira.

    Essas operaes podem ser realizadas diretamente por produtor rural pessoa fsica, devidamente cadastrado ou por intermdio da cooperativa ou associao da agricultura familiar qual o produtor rural esteja filiado.

    O produtor rural que estiver filiado a uma associao ou cooperativa da

    agricultura familiar est dispensado

    de se inscrever no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Fsica.

    As obrigaes tributrias relacionadas com a

    venda de seus produtos sero cumpridas pela

    prpria associao ou cooperativa.

    O produtor rural pessoa fsica devidamente inscrito ou o produtor rural filiado a uma associao ou cooperativa da agricultura familiar que prenteder comercializar produtos para os programas do Governo deve se enquadrar como produtor da agricultura familiar como sendo aquele que:

    :: possui rea de at 4 mdulos fiscais para explorar a atividade rural;:: utiliza mo de obra familiar;:: tem renda originada das atividades econmicas vinculadas ao prprio

    estabelecimento rural;:: dirige seu estabelecimento ou empreendimento;:: possua DAP jurdica, se for associado a uma organizao ou a DAP

    fsica, caso no seja filiado a uma associao ou cooperativa;:: esteja enquadrado no Programa Nacional de Fortalecimento da

    Agricultura Familiar PRONAF.

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    Tambm so considerados agricultores familiares: silvicultores,

    aquicultores, extrativistas, pescadores, indgenas, quilombolas e assentados.

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    A deClArAo de APtIdo Ao PronAF DAP o instrumento que identifica o produtor rural da agricultura familiar e/ou suas formas associativas organizadas em pessoas jurdicas.

    :: para o agricultor familiar no associado ou cooperado, a DAP Fsica ser nica para cada unidade familiar, ou seja, marido ou companheiro, esposa ou companheira, filhos e eventuais agregados. Nessa unidade, a DAP pode ser ou no em nome do casal. A DAP tem validade de 06 anos.

    :: o agricultor familiar associado ou cooperado deve possuir DAP Jurdica tambm chamada de especial. Cada forma associativa de agricultores familiares dever ter uma DAP ESPECIAL, que deve conter a relao completa de cada associado vinculado a ela e seus respectivos nmeros de DAP Fsica. A DAP Jurdica tem validade de 01 ano.

    :: A DAP pode ser emitida em Minas Gerais pela EMATER-MG (Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural do Estado de Minas Gerais, CONTAG (Confederao Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), SRT (Sindicato dos Trabalhadores Rurais), FETRAF (Federao dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), STRAF (Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), ANPA(Associao Nacional dos Pequenos Agricultores), CAPB (Confederao da Agricultura e Pecuria), FUNAI (Fundao Nacional do ndio), INCRA(Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria).

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    ProGrAMAS de CoMerCIAlIZAo InStItuCIonAl

    ProGrAMA de AquISIo de AlIMentoS PAA

    Tem como objetivo garantir o acesso a alimentos em quantidade e regularidade necessrias s populaes em situao de insegurana alimentar e nutricional.

    O PAA um instrumento de poltica pblica institudo pelo art. 19 da Lei n. 10.696, de 2 de julho de 2003, e regulamentado pelo Decreto n. 4.772, de 02 de julho de 2003, alterado pelo Decreto n. 5.873, de 15 de agosto de 2006. A Lei N 10.696 foi alterada pela Lei 12.512, de 14 de outubro de 2011.

    PrInCIPAIS lInHAS de AtuAo do PAA:

    :: Compra direta da agricultura familiar para distribuio de alimentos ou formao de estoque pblico. Agentes: MDS, MDA, CONAB, limite de contratao de R$ 8.000,00 por ano/produtor;

    :: Apoio formao de estoque pela agricultura familiar. Agentes: MDA, CONAB, limite de contratao de R$ 8.000,00 por ano/produtor;

    :: Compra da agricultura familiar, via organizaes, com doao simultnea. Agentes: MDS, CONAB, limite de contratao de R$ 4.500,00 por ano civil/produtor;

    :: Compra direta local da agricultura familiar, via organizaes ou produtores individuais, com doao simultnea. Agentes: MDS, municpios, limite de contratao de R$ 4.500,00 por ano/produtor:

    :: Incentivo produo e ao consumo do leite. Agentes MDS, IDENE e EMATER; laticnios cadastrados e agricultores organizados das regies Norte e Nordeste de Minas, limite de R$ 4.000,00 por semestre/produtor.

    Conforme estabelecido no item 138 da Parte 1 do Anexo I do RICMS, so isentas do imposto as operaes com mercadorias adquiridas no mbito do Programa Fome Zero::: pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) junto a produtores rurais, suas cooperativas ou

    associaes, nos termos de convnio celebrado com o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome, em operao interna ou interestadual;

    :: pelo municpio, nos termos de convnio celebrado com o Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome.

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    ProGrAMA nACIonAl de AlIMentAo eSColAr PnAe

    por meio da lei n. 11.947/2009, os produtores da agricultura familiar passam a fornecer gneros alimentcios para atendimento ao cardpio servido nas escolas da rede pblica, com no mnimo 30% dos recursos repassados pelo Fundo nacional de desenvolvimento da educao - Fnde.

    Conforme estabelecido no item 186 da Parte 1 do Anexo I do RICMS, so isentas do imposto as operaes com gneros alimentcios destinadas alimentao escolar, desde que:

    :: A operao seja promovida por agricultor familiar, empreendedor familiar rural ou suas organizaes, detentoras da DAP ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF);

    :: os produtos sejam remetidos diretamente Secretaria Estadual e Municipal de Ensino, s escolas de educao bsica pertencentes s suas respectivas redes de ensino ou para as Unidades Gestoras Caixa Escolar;

    :: a aquisio seja decorrente do Programa Nacional de Alimentao Escolar (PNAE), nos termos da Lei Federal n 11.947, de 16/06/2009;

    :: as sadas no ultrapassem o limite de R$ 9.000,00 (nove mil reais) a cada ano civil, por agricultor ou empreendedor.

    obs.: A iseno no dispensa o contribuinte do cumprimento das obrigaes acessrias, ou seja, mesmo isentas do ICMS, a operao dever estar regularmente acobertada por documento fiscal.

    nota: Em 06/10/2011 foi editada a Instruo Normativa SUTRI/SEF n 02/2011, que dispe sobre a aplicao da iseno do ICMS prevista nos itens 138 e 186 da Parte 1 do Anexo I do RICMS. Tais dispositivos referem-se s operaes com gneros alimentcios produzidos e comercializados pelo agricultor familiar ou pelo empreendedor rural no mbito dos programas de aquisio de alimentos e de alimentao escolar.

    Esto includas na mesma isenoas aquisies de produtos no mbito

    do Programa de Aquisiode Alimentos - Atendimento

    da Alimentao Escolar, institudo pela Lei Federal n 10.696,

    de 2 de julho de 2003.

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  • 34

    A IN SUTRI n 02/2011 no cria regra nova, apenas esclarece sobre o termo gneros alimentcios para fins de aplicao da iseno citada. Os esclarecimentos trazidos pela IN SUTRI n 02/2011 convergem para a implantao de polticas pblicas de promoo do Desenvolvimento Rural Sustentvel e da Segurana Alimentar e Nutricional, garantindo aos produtores rurais no s a produo, mas facilitar a agregao de valor e a comercializao de seus produtos processados, dos quais, a ttulo exemplificativo, podem-se citar: biscoitos, bolos, pes, doces, temperos e rapadura, caseiros e artesanais.

    A IN SUTRI n 02/2011 estabelece, tambm, que acondicionamento de produto em embalagem no o descaracteriza como gnero alimentcio, ou seja, embora beneficiado, no um produto considerado industrializado para os fins de aplicao da iseno do ICMS prevista nos itens 138 e 186 da Parte 1 do Anexo I do RICMS.

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    AGorA leI - Produto AGroInduStrIAl

    Foi sancionada a Lei n 19.978, de 28 de dezembro de 2011, que inclui o 3 no art. 17 da Lei n 6.763, de 1975. Esse dispositivo assegura ao produtor rural iseno do ICMS de produtos agroindustriais nas operaes internas destinadas a contribuinte. desde que o produtor esteja inscrito no cadastro de produtor rural pessoa Fsica, atenda legislao sanitria vigente e tenha receita bruta anual de at r$120.000,00 (cento e vinte mil reais), poder comercializar produtos da agroindstria com a iseno do Icms para qualquer contribuinte.

    est obrigado habilitao sanitria todo agricultor familiar e o estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte que produza, beneficie, prepare, transforme, manipule, fracione, receba, embale, reembale, acondicione, conserve, armazene, transporte ou exponha venda produtos de origem vegetal e animal, adicionados ou no de produtos de origem vegetal.

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    reSuMIndo

    beneFCIoS PArA A ASSoCIAo ou CooPerAtIvA dA AGrICulturA FAMIlIAr

    :: Inscrita no Cadastro nico dos Contribuintes do ICMS com inscrio coletiva que tenha aderido ao Protocolo de Intenes 4.44/09 e obtido regime especial;

    :: Constituda por filiados produtores artesanais e agricultores familiares que esto em conformidade com os critrios da Lei federal n. 11.326/06;

    :: Facilidade na emisso de documentos fiscais e de forma simplificada para os produtores filiados;:: Melhores condies de comercializao;:: Preferncias em determinadas polticas pblicas na comercializao de alimentos;:: Tratamento tributrio diferenciado, com aplicao de crdito presumido na apurao do ICMS do perodo e

    aplicao de reduo de base de clculo nas operaes com contribuintes.

    beneFCIoS PArA o Produtor dA AGrICulturA FAMIlIAr FIlIAdo A uMA CooPerAtIvA ou ASSoCIAo:

    :: Dispensa da inscrio no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Fsica do Estado de Minas Gerais;:: Iseno de ICMS na sada de sua produo para a cooperativa ou associao;:: Sada dos produtos acobertada por nota fiscal emitida pela cooperativa ou associao a qual estiver filiado;:: Assistncia tcnica dos extencionistas rurais;:: Facilidade de comercializao de mercadorias de sua produo;:: Facilidade na compra insumos necessrios sua produo;:: Preferncia na venda de seus produtos para programas do governo como grupos formais.

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    CATEGORIA ENQUADRAMENTO DESTINAO -OPERAO INTERNA

    TRATAMENTO TRIBUTRIO

    DISPOSITIVODO RICMS

    Inscrito no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Fsica. No

    associado ou cooperado Enquadrado como agricultor familiar

    - DAP Fsica Emite nota fiscal

    de produtor ou nota fiscal

    avulsa de produtor

    rgo do governo estadual mineiro

    Iseno item 136 da Parte 1 do Anexo I

    rgo do governo federal e municipal e no contribuinte

    Normal art. 460 da Parte 1 do Anexo IX com aplicao de crdito presumido

    Contribuinte do ICMS Iseno art. 459 da Parte 1 do Anexo IX.

    Prefeituras Muncipais e CONAB - Programa Fome Zero

    Iseno item 138 da Parte 1 do Anexo I

    Alimentao Escolar - Programa PAA e PNAE

    Iseno item 186 da Parte 1 do Anexo I

    No inscritono Cadastro

    de Produtor Rural Pessoa Fsica Filiado

    ou cooperadoda agricultura

    familiar Detentor de

    DAP Jurdica Notas fiscaisemitidas pela associao ou

    cooperativa

    Orgo do governo estadual mineiro

    Iseno item 136 da Parte 1 do Anexo I

    rgo do governo federal e municipal e no contribuinte

    Normal inciso XIV do art. 75 aplicao de crdito presumido na

    apurao do ICMS

    Contribuinte do ICMS Reduo de Base de Clculo

    item 51 do Anexo IV inciso XIV do art. 75 Aplicao de

    crdito presumido na apurao do ICMS

    Prefeituras Muncipais e CONAB - Programa Fome Zero

    Iseno item 138 da Parte 1 do Anexo I

    Alimentao Escolar - Programa PAA e PNAE

    Iseno item 186 da Parte 1 do Anexo I

    Organizao de que faa parte (associao ou cooperativa)

    Iseno item 162 da Parte 1 do Anexo I

    PR

    OD

    UTO

    R

    RU

    RA

    L

    Sem

    par

    ticip

    ao

    da c

    oope

    rativ

    a ou

    Ass

    ocia

    o

    da a

    gric

    ultu

    ra fa

    mili

    ar

    Com

    a p

    artic

    ipa

    oda

    Coo

    pera

    tiva

    ou A

    ssoc

    ia

    oda

    agr

    icul

    tura

    fam

    iliar

    InForMAeS

    Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuria e Abastecimento de Minas Gerais Subsecretaria da Agricultura Familiar [email protected] de Estado de Fazenda de Minas Gerais www4.fazenda.mg.gov.br/faleconoscoservico

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    InForMAeS

    Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuria e Abastecimento de Minas Gerais Subsecretaria da Agricultura Familiar [email protected] de Estado de Fazenda de Minas Gerais www4.fazenda.mg.gov.br/faleconoscoservico

    CrIAo: RC ComunicaoIluStrAo: Geraldo FernandesdAtA: 1 semestre de 2012

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