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LEI MARIA DA PENHA UMA CONQUISTA DE TODA A SOCIEDADE. DENUNCIE.

Cartilha Lei Maria da Penha

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Cartilha sobre a Lei Maria da Pensa desenvolvida para a Subsecretaria da Mulher e da Promoção da Cidadania do Governo do estado de Mato Grosso do Sul.

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LEI MARIADA PENHA

UMA CONQUISTA DE TODA A SOCIEDADE. DENUNCIE.

Projeto Implementação de ações para consolidação do Pacto Nacional

pelo enfrentamento da violência contra a mulher

André PuccinelliGovernador do Estado de Mato Grosso do Sul

Osmar Domingues JerônimoSecretário de Estado de Governo/SEGOV

Elza Maria Verlangieri Loschi – TaiSubsecretária da Mulher e da Promoção da Cidadania

Idealização e realizaçãoSubsecretaria da Mulher e da Promoção da Cidadania

Coordenação geralElza Maria Verlangieri Loschi

Coordenação técnica:Márcia Paulino da Silva Lopes

Tiragem:1.000 exemplares

Projeto financiado com recursos da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.

Projeto: “Implementação de ações para consolidação do Pacto Nacional pelo enfrentamento da violência contra a mulher” Lei Maria da Penha: compromisso e atitude. Subsecretaria da Mulher e da Promoção da Cidadania/SEGOV. Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo Grande-MS, 2012.

A nossa sociedade ainda convive com diversas formas de violência, sendo que a violência de gênero, baseada em uma estrutura desigual de poder, é a que mais atinge as mulheres em todo o mundo.

Dessa forma, a Subsecretaria da Mulher e da Promoção da Cidadania, com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, apresenta essa publicação como uma forma de oferecer caminhos para a mulher que sofre violências, a fim de que ela saia dessa condição desumana. Continuaremos buscando a efetivação dos direitos das mulheres e a transformação de nossa sociedade. A conquista de uma vida livre de violência para todas as mulheres ainda faz parte da nossa luta.”

Tai Loschi Subsecretária da Mulher e da Promoção da Cidadania

A violência contra a mulher é um problema de saúde pública, um problema social, um crime e uma violação dos direitos humanos das mulheres.

Essa perversa forma de violência envolve fatores culturais, sociais e ideológicos que estão enraizados na sociedade desigual em que vivemos.

Enfrentar essa realidade e contribuir para a transformação de padrões machistas e patriarcais: esse é o nosso compromisso!”

André Puccinelli Governador do Estado de Mato Grosso do Sul

Lei Maria da Penha, Compromisso e Atitude. A lei é mais forte.

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RELAÇÕES SOCIAIS DE GÊNERO

GÊNERO é a construção social do masculino e do feminino, ou seja, aprendemos a nos comportar como homens e como mulheres através da educação que recebemos desde que nascemos, da cultura e do local em que vivemos.

Assim, diferenciamos as características físicas, biológicas – as quais se referem ao sexo – das características de comportamento – que se referem ao gênero.

As mulheres ainda são colocadas em uma posição de inferioridade em relação aos homens na nossa sociedade, assim como aos homens ainda são dadas mais oportunidades de trabalho melhor remunerado e de participação na vida pública.

É comum ouvirmos as frases:

- Mulher é sensível e homem não chora;

- Mulher tem que cuidar da casa, dos filhos e do marido e o homem tem que trazer o sustento pra família.

Isso faz com que a cultura machista continue na nossa sociedade e que as relações entre homens e mulheres ainda sejam perpassadas por relações de poder, onde se acredita que os homens são superiores às mulheres e devem impor suas vontades sobre as mulheres.

As principais consequências desse tipo de educação são a violência e a desvalorização das mulheres.

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Uma conquista de toda a sociedade. Denuncie.

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POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A MULHER

Para enfrentar esses problemas que afetam a vida das mulheres temos a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Esse órgão estabelece políticas públicas que visam contribuir para a melhora de vida de todas as brasileiras.

As políticas públicas para a mulher são uma conquista do movimento de mulheres e feminista e demonstram que o Estado brasileiro reconhece as desigualdades sofridas pelas mulheres e se compromete com a sua superação.

Assim, temos uma política nacional para as mulheres que orienta um conjunto de ações que devem ser realizadas pelos governos municipais, estaduais e federal. Essas ações visam a promoção da igualdade entre mulheres e homens, incorporando as dimensões étnico-raciais, geracional, de livre orientação sexual e das mulheres com algum tipo de deficiência.

A política para a mulher se utiliza de diversos mecanismos como: Planos, Normas Técnicas, Legislações, Pactos, Fóruns, dentre outros, que precisam ser conhecidos pelas mulheres, bem como ter sua participação efetiva garantida nesses espaços.

Atualmente, o principal desafio da política pública para a mulher é garantir o direito a uma vida livre de qualquer forma de violência para todas as mulheres.

Lei Maria da Penha, Compromisso e Atitude. A lei é mais forte.

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A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL

A LEI MARIA DA PENHA

18% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência praticada por um homem (Fundação Perseu Abramo, 2010);

70,19% dos casos da violência contra a mulher o agressor é o companheiro ou cônjuge da mulher, chegando a 89,17% quando se inclui ex-marido, namorado e ex-namorado (Ligue 180, 1º semestre de 2012);

Uma mulher é agredida a cada cinco minutos no Brasil e por ano, mais de quatro mil são assassinadas (SPM, 2012).

Essa Lei é o resultado de uma luta histórica dos movimentos feministas e de mulheres pelo fim da impunidade para os agressores.

Além disso, ela cria mecanismos de atendimento humanizado, agrega valores de direitos humanos à política pública, enfatiza a importância da prevenção da violência, da proteção às vítimas e da responsabilização do agressor.

Com seis anos de vigência a Lei ainda enfrenta muitas resistências e desafios na sua aplicação, devido a preconceitos milenares presentes na nossa sociedade ainda machista e patriarcal. Por isso é importante que todas as mulheres a conheçam e possam reivindicar seus direitos.

A Lei Maria da Penha é para todas as mulheres!

Por uma vida saudável e livre de violência!

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Uma conquista de toda a sociedade. Denuncie.

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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERA Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006) define a violência contra a mulher como “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão ou sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.”

A Lei define as formas de violência contra a mulher como:

FÍSICA: qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;

PSICOLÓGICA: qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima, que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento por meio de ameaças, constrangimento, humilhação, perseguição contumaz, chantagem, ridicularização ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;

SEXUAL: qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força, ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

PATRIMONIAL: qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;

MORAL: qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Lei Maria da Penha, Compromisso e Atitude. A lei é mais forte.

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Ciclo daViolência

1ª FASEConstrução da

tensão norelacionamento

2ª FASEExplosão

da violência

3ª FASELua de mel,

arrependimentodo agressor

CICLO DA VIOLÊNCIAA violência contra a mulher segue um ciclo composto por três fases:

1ª fase: construção da tensão no relacionamento – nessa fase ocorrem agressões verbais, crises de ciúmes e destruição de objetos.

2ª fase: explosão da violência – quando a tensão atinge seu ponto máximo e acontecem os ataques e agressões mais graves.

3ª fase: lua de mel, arrependimento do agressor – ele demonstra arrependimento e medo de perder a companheira. Tenta agradá-la com presentes, demonstração de culpa e pedido de perdão.

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Uma conquista de toda a sociedade. Denuncie.

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POR QUE

MUITAS

MULHERES

NÃO

CONSEGUEM

SAIR DESSE

CICLO?

São vários os motivos que levam a mulher a não denunciar, dentre eles:

vergonha, medo de apanhar e sofrer ainda mais, dependência emocional ou financeira, preocupação com os filhos, receio de prejudicar o agressor, a crença de que “foi só aquela vez” ou de que “ele vai mudar” e ainda a ideia de que, de alguma forma, elas são culpadas pela violência.

CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA A mulher que sofre violência doméstica apresenta diversos problemas que afetam sua saúde física, emocional, social e o seu trabalho. Dentre as principais consequências estão: lesões físicas, dores musculares, abdominais e de cabeça, traumas dentários, medo, ansiedade, depressão, angústia, insônia, baixa autoestima, isolamento social, faltas no trabalho, comportamento autodestrutivo como uso de álcool ou outras drogas, transtornos digestivos, dentre outros.

Lei Maria da Penha, Compromisso e Atitude. A lei é mais forte.

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SUBSECRETARIA DA MULHER E DA PROMOÇÃO DA CIDADANIA

(67) 3318-1081/1082 | [email protected]

COORDENADORIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A MULHER

(67) 3318-1003/1101 | [email protected]

SOS MULHER – 0800 67 1236

CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER – Ligue 180

CORPO DE BOMBEIROS – Disque 193

POLÍCIA MILITAR – Disque 190

CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA MULHER – (67) 3382-8224

ORGANISMOS MUNICIPAIS DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES

Aquidauana – 3241-7376

Batayporã – 3443-1918 / 1211

Campo Grande – 3314-9512 / 9510

Corguinho – 3250-1012 / 1428

Corumbá – 3907-5432

Coxim – 3291-4535 / 4010

Dois Irmãos do Buriti – 3243-1191

Dourados – 3411-7665

Itaquiraí – 3476-1965

Ivinhema – 3442-3482

Japorã – 3475-1324 / 1159

Jardim – 3251- 3297

Ladário – 3226-5360

Naviraí – 3461-3404

Nioaque – 3236-1824 / 1015

Nova Alvorada do Sul – 3456-2321

Nova Andradina – 3441-7600 / 8502

Paranhos – 3480-1016

Ponta Porã – 3431-6353 / 4773

São Gabriel do Oeste – 3295-4177

Sidrolândia – 3272-7463

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Uma conquista de toda a sociedade. Denuncie.

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CENTROS DE

REFERÊNCIA DE

ATENDIMENTO

À MULHER EM

SITUAÇÃO DE

VIOLÊNCIA

1. Aquidauana – 3241-7376 / Rua Antônio Nogueira, 818 – Bairro Alto

2. Campo Grande – 3361-7519 / Rua 7 de Setembro, 1628 – Jardim Aclimação

3. Corumbá – 3907-5432 / Av. General Rondon, 509 – Centro

4. Coxim – 3291-4535 / Rua Marechal Deodoro, 81 – Centro

5. Dourados – 3424-5268 / Rua Iran Pereira de Matos, 1520 – Vila Mari

6. Fátima do Sul – 3467-5537 / Rua Celcio Joaquim de Barros, 1492 – Centro

7. Jardim – 3251-1657 / Rua Marechal Rondon, 860 – Centro

8. Naviraí – 3461-8223 / Rua Rui Barbosa, 182 – Centro

9. Nova Andradina – 3441-7600 / Rua Santa Lúcia, 1058 – Centro

10. Ponta Porã – 3431-4773 / Av. Tiradentes, 1559 – Vila Vitória

11. Três Lagoas – 3929-1038 / Rua 15 de junho, 544 – Bairro Santos Dumont

DELEGACIAS ESPECIALIZADAS DE ATENDIMENTO À MULHER1. Aquidauana – 3241-1172/Rua Luiz da Costa Gomes, 555, Vila Cidade Nova

2. Campo Grande – 3384-2946/1149/Rua 7 de Setembro, 2.421, Centro

3. Corumbá – 3907-5121/Rua Major Gama, 290, Centro

4. Coxim – 3291-1338/Rua General Mendes de Moraes, 230, Jardim Aeroporto

5. Dourados – 3421-1177/Rua Dr. Nelson de Araújo, 806, Jardim América

6. Fátima do Sul – 3467-1622/Rua Presidente Dutra, 1.261, Centro

7. Jardim – 3251-6397/Av. Fernando Aranha, 1.055, Bairro Major Costa

8. Naviraí – 3461-5182/5115/Rua Irineu Bonicontro, 74, Jardim Progresso

9. Nova Andradina – 3441-5047/8261/Rua Imaculada Conceição, 1.608, Centro

10. Paranaíba – 3668-1413/3994/Rua Visconde Taunay, 860, Centro

11. Ponta Porã – 3431-3771/Rua Eleodoro Alves Salgueiro, s/n, Bairro Santa Izabel

12. Três Lagoas – 3521-9056/9234/Rua David Alexandria, 946, Vila Nova

SOS MULHER – 0800 67 1236

CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER – LIGUE 180

CORPO DE BOMBEIROS – DISQUE 193

POLÍCIA MILITAR – DISQUE 190

CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA MULHER – (67) 3382-8224

Subsecretaria da Mulhere da Promoção da Cidadania

Secretaria dePolíticas para as MulheresSEGOV

Secretaria de Estado de Governo