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CÂMARA DOS DEPUTADOS Plano Nacional de Educação 2011 - 2020 Juntos, vamos construir um novo futuro para o Brasil Brasília – DF 2011 Deputado Federal - SP

Cartilha Plano Nacional de Educação

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Esta cartilha foi desenvolvida pelo mandato do deputado federal José de Filippi Jr. (PT-SP) e traz estratégias, as metas e a análise do projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação feitas pelo relator do PNE, o deputado Angelo Vanhoni (PT-PR).

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PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 1

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Plano Nacionalde Educação

2011 - 2020

Juntos, vamos construir um novo futuro para o Brasil

Brasília – DF2011

Brasília – DFBrasília – DF2011

Deputado Federal - SP

2 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 3

CâmArA DOs DEpUtADOs

PNEProjeto de Lei

Plano Nacional de Educação

2011 - 2020

José de Filippi JúniorDeputado federal - sp

Centro de Documentação e InformaçãoCoordenação Edições Câmara

BrAsÍLIA - 2011

4 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

SUMÁRIO

plano Nacional de Educação, um projeto para o futuro do Brasil 7

pNE: metas e Diretrizes 8

Diretrizes do pNE 10

meta 1 11

meta 2 12

meta 3 14

meta 4 16

meta 5 17

meta 6 18

meta 7 20

meta 8 23

meta 9 24

meta 10 25

meta 11 26

meta 12 28

meta 13 30

meta 14 31

meta 15 32

meta 16 34

meta 17 35

meta 18 36

meta 19 37

meta 20 38

O projeto de Lei que institui o pNE 40

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 5

SUMÁRIO

plano Nacional de Educação, um projeto para o futuro do Brasil 7

pNE: metas e Diretrizes 8

Diretrizes do pNE 10

meta 1 11

meta 2 12

meta 3 14

meta 4 16

meta 5 17

meta 6 18

meta 7 20

meta 8 23

meta 9 24

meta 10 25

meta 11 26

meta 12 28

meta 13 30

meta 14 31

meta 15 32

meta 16 34

meta 17 35

meta 18 36

meta 19 37

meta 20 38

O projeto de Lei que institui o pNE 40

6 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 7

A Educação brasileira pode e precisa dar um salto de qualidade nesta década. O projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação (PNE), elaborado pelo Governo Federal e em discussão na Câmara dos Deputados, propõe metas e desafi os ousados para os próximos 10 anos.

Para que possamos garantir a melhoria do ensino público, a melhor remuneração dos profi ssionais da Educação e o acesso universal para crianças e jovens é necessário o debate e a participação de toda a sociedade.

Como membro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, convido você a se envolver neste processo. Esta cartilha traz as estratégias, as metas e a análise de cada uma delas feita pelo relator do PNE, o deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). Um trabalho muito bem feito e que contribui para o debate sobre o fi nanciamento da Educação e a viabilidade do projeto.

Assim, gestores públicos municipais e estaduais, professores, pais e alunos, vamos nos apropriar do Plano Nacional, acompanhar, sugerir e participar. Em 2012, promoveremos em nosso site fóruns de discussão sobre o PNE. Quero contar com seu envolvimento.

Este é o caminho para juntos construirmos uma Educação ainda melhor nos próximos anos. Boa leitura.

José de Filippi Júnior

Deputado federal pelo PT-SPMembro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados

Plano Nacional de Educação, um projeto para o futuro do Brasil

8 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PNE: Metas e Diretrizesprojeto de Lei 8035/2010

CAQi Custo Aluno Qualidade Inicial

O plano Nacional de Educação para o período 2011-2020 é composto por 20 metas e 180 estratégias para garantir o acesso e a permanência dos estudantes, a valorização dos profissionais, a qualificação da gestão e o financiamento do setor para esta década.

A seguir você irá conhecer a proposta do plano Nacional e a análise feita pelo relator do projeto de lei, o deputado federal pelo pt-pr, ângelo Vanhoni. Ele avaliou as qua-se 3 mil emendas feitas ao pNE e propôs um texto que deve ser debatido e votado na Câmara antes de seguir para o senado.

É um indicador do Conselho Nacional de Educação e está baseado na distribuição da riqueza brasileira por habitante, isto é, no pIB/capita.

para 2010 este valor foi de r$ 19.267,80 (IBGE). para quantificar o custo do pNE, o relator utilizou-se de três instrumentos:

• CAQi;

• A lógica de ponderação utilizada pelo FUNDEB, ainda que com valores distintos e;

• Nota técnica publicada pelo mEC em maio de 2011 para o que tange aos custos com Ensino superior e pós-graduação e com salário docente.

Como resultado desta conta chegou-se a tabela ao lado, que estipula um valor por aluno para cada segmento da Educação no Brasil e é a base para quantificar os investi-mentos no plano Nacional.

Etapa/Modalidade Fórmula Valor (em R$)

Creche CAQi Ensino Fundamental + 30% 3.596,36pré-escola 15,1% do pIB per capita 2.909,44Ensino Fundamental 14,25% do pIB per capita 2.745,66Ensino médio 14,5% do pIB per capita 2.793,83EJA 80% do CAQi Ensino Fundamental 2.196,53Educação profissional CAQi Ensino Fundamental + 30% 3.596,36Educação de tempo Integral 85% do CAQi Ensino Fundamental 2.333,81Educação Especial CAQi Ensino Fundamental + 30% 3.596,36Ensino superior presencial Nota técnica mEC 15.500,00Ensino superior EAD Nota técnica mEC 3.100,00pós-Graduação Nota técnica mEC 15.500,00

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 9

Etapa/Modalidade Fórmula Valor (em R$)

Creche CAQi Ensino Fundamental + 30% 3.596,36pré-escola 15,1% do pIB per capita 2.909,44Ensino Fundamental 14,25% do pIB per capita 2.745,66Ensino médio 14,5% do pIB per capita 2.793,83EJA 80% do CAQi Ensino Fundamental 2.196,53Educação profi ssional CAQi Ensino Fundamental + 30% 3.596,36Educação de tempo Integral 85% do CAQi Ensino Fundamental 2.333,81Educação Especial CAQi Ensino Fundamental + 30% 3.596,36Ensino superior presencial Nota técnica mEC 15.500,00Ensino superior EAD Nota técnica mEC 3.100,00pós-Graduação Nota técnica mEC 15.500,00

10 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Diretrizes do PNE - 2011/2020

1 Erradicação do analfabetismo

2 Universalização do atendimento escolar

3 Superação das desigualdades educacionais

4 melhoria da qualidade do ensino

5 Formação para o trabalho

6 promoção da sustentabilidade sócio-ambiental

7 promoção humanística, científi ca e tecnológica do país

8 Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos

em educação como proporção do produto interno bruto

9 Valorização dos profi ssionais da educação

10 Difusão dos princípios da equidade, do respeito

à diversidade e à gestão democrática da educação

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 11

SItUaÇÃO atUaLCreche (0 a 3 anos): O Brasil registra nesta modalidade 2.064.653 matriculados, com in-vestimento de R$ 4,5 bilhões (0,12% do PIB).Pré-escola (4 a 6 anos): Temos 4,7 milhões de matrículas e um investimento de R$ 10,5 bilhões/ano nas três esferas de governo. Isso representa 0,29% do PIB.

PROPOSta DO PNECreche (0 a 3 anos): Chegar a 5,8 milhões de matrículas, o que representa um aporte de 13 bilhões, ou 0,36% do PIB.Pré-escola (4 a 6 anos): Incluir 1 milhão de crianças na pré-escola, com investimento chegando a R$ 13 bilhões (0,36% do PIB). Custo-aluno/ano: R$ 2.252,00

PROPOSta DO RELatORCreche (0 a 3 anos): Mantém a meta, mas amplia-se o valor pago por criança de R$ 2.252,00 para R$ 3.569,36, o que repre-senta R$ 14,7 bilhões (0,39% do PIB), com 70% das matrículas em escolas públicas.Pré-escola (4 a 6 anos): Mantém a meta, mas amplia-se o valor pago por criança de

EStRatégIaSt1.1t Defi nir, em regime de colaboração en-tre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, metas de expansão das res-pectivas redes públicas de Educação Infan-til segundo padrão nacional de qualidade compatível com as peculiaridades locais.

t1.2t Manter e aprofundar programa na-cional de reestruturação e aquisição de equipamentos para a rede escolar pública de Educação Infantil, voltado à expansão e à melhoria da rede física de creches e pré-escolas públicas.

t1.3t Avaliar a Educação Infantil com base em instrumentos nacionais, a fi m de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal e os recursos pedagógicos e de acessibilida-de empregados na creche e na pré-escola.

t1.4t Estimular a oferta de matrículas gra-tuitas em creches por meio da concessão de certifi cado de entidade benefi cente de assistência social na educação.

R$ 2.252,00 para R$ 2.904,00, o que repre-senta R$ 13,5 bilhões (0,37% do PIB), sendo 80% das matrículas em escolas públicas.

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020,

a oferta de Educação Infantil de forma a atender a cinquenta por cento da população de até 3 anos.

META 1

12 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

escolas e o deslocamento das crianças, de forma a atender às especifi cidades das co-munidades rurais.

t1.8t Respeitar a opção dos povos indíge-nas quanto à oferta de Educação Infantil, por meio de mecanismos de consulta prévia e informada.

t1.9t Fomentar o acesso à creche e à pré-es-cola e a oferta do atendimento educacional especializado complementar aos educandos com defi ciência, transtornos globais do de-senvolvimento e altas habilidades ou super-dotação, assegurando a transversalidade da educação especial na Educação Infantil.

t1.5t Fomentar a formação inicial e conti-nuada de profi ssionais do magistério para a Educação Infantil.

t1.6t Estimular a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e cursos de formação de professores para a Educação Infantil, de modo a garantir a construção de currículos capazes de incorporar os avanços das ciências no atendimento da população de quatro e cinco anos.

t1.7t Fomentar o atendimento das crianças do campo na Educação Infantil por meio do redimensionamento da distribuição ter-ritorial da oferta, limitando a nucleação de

SItUaÇÃO atUaL São 31 milhões de matriculados no Brasil. O MEC propõe 29 milhões de matriculados em 2020. Isto se deve a uma diferença do bônus demográfi co. O censo do IBGE nos aponta que está havendo um declínio do crescimento da população nos próximos anos. O Ministério já considerou esta situa-ção e o relator também. O gasto atual é de R$ 81,6 bilhões (2,22% do PIB).

Universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda população de 6 a 14 anos.META 2

PROPOSta DO PNEChegar a 29,1 milhões de matrículas, o que representa aporte de 76,7 bilhões, ou 2,10% do PIB. O custo-aluno é de R$ 2.632,00.

PROPOSta DO RELatORMantém a meta, mas amplia-se o valor pago por aluno para R$ 2.745,66, sendo 90% das matrículas em escolas públicas.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 13

EStRatégIaSt2.1t Criar mecanismos para o acompanha-mento individual de cada estudante do En-sino Fundamental.

t2.2t Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanên-cia na escola por parte dos beneficiários de programas de transferência de renda, iden-tificando motivos de ausência e baixa freqü-ência e garantir, em regime de colaboração, a freqüência e o apoio à aprendizagem.

t2.3t Promover a busca ativa de crianças fora da escola, em parceria com as áreas de assistência social e saúde.

t2.4t Ampliar programa nacional de aqui-sição de veículos para transporte dos estu-dantes do campo, com os objetivos de re-novar e padronizar a frota rural de veículos escolares, reduzir a evasão escolar da edu-cação do campo e racionalizar o processo de compra de veículos para o transporte escolar do campo, garantindo o transporte intracampo, cabendo aos sistemas estadu-ais e municipais reduzir o tempo máximo dos estudantes em deslocamento a partir de suas realidades.

t2.5t Manter programa nacional de reestru-turação e aquisição de equipamentos para escolas do campo, bem como de produção de material didático e de formação de pro-fessores para a educação do campo, com especial atenção às classes multisseriadas.

t2.6t Manter programas de formação de pessoal especializado, de produção de ma-terial didático e de desenvolvimento de cur-rículos e programas específicos para edu-cação escolar nas comunidades indígenas, neles incluindo os conteúdos culturais cor-

respondentes às respectivas comunidades e considerando o fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna de cada comunidade indígena.

t2.7t Desenvolver tecnologias pedagógi-cas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comu-nitário, em prol da educação do campo e da educação indígena.

t2.8t Estimular a oferta dos anos iniciais do Ensino Fundamental para as populações do campo nas próprias comunidades rurais.

t2.9t Disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino, a organização do trabalho pedagó-gico, incluindo adequação do calendário es-colar de acordo com a realidade local e com as condições climáticas da região.

t2.10t Oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive mediantes certames e concursos nacionais.

t2.11t Universalizar o acesso à rede mun-dial de computadores em banda larga de alta velocidade e aumentar a relação com-putadores/estudante nas escolas da rede pública de Educação Básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação.

t2.12t Definir, até dezembro de 2012, ex-pectativas de aprendizagem para todos os anos do Ensino Fundamental, de maneira a assegurar a formação básica comum, reco-nhecendo a especificidade da infância e da adolescência, os novos saberes e os tempos escolares.

14 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

SItUaÇÃO atUaLSão 8,3 milhões de alunos. Aqui está um dos graves problemas da educação brasileira. É preciso investir e ampliar o acesso e a per-manência dos jovens no Ensino Médio. Hoje o Brasil investe R$ 22 bilhões nesta área (0,60% do PIB).

PROPOSta DO PNEChegar a 10,2 milhões de alunos, num inves-timento de 26,8 bilhões, ou 0,74% do PIB. O custo-aluno é de R$ 2.632,00.

PROPOSta DO RELatORMantém a meta, mas amplia-se o valor pago por aluno para R$ 2.793,83, sendo 90% das matrículas em escolas públicas. Isso repre-sentará R$ 25,6 bilhões (0,70% do PIB).

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85%, nesta faixa etária.

META 3

EStRatégIaSt3.1t Institucionalizar programa nacional de diversifi cação curricular do Ensino Médio, a fi m de incentivar abordagens interdiscipli-nares estruturadas pela relação entre teoria e prática, discriminando-se conteúdos obri-gatórios e conteúdos eletivos articulados em dimensões temáticas, tais como ciên-cia, trabalho, tecnologia, cultura e esporte, apoiado por meio de ações de aquisição de equipamentos e laboratórios, produção de material didático específi co e formação con-tinuada de professores.

t3.2t Manter e ampliar programas e ações de correção de fl uxo do Ensino Fundamental por meio do acompanhamento individuali-zado do estudante com rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no turno complementar, es-tudos de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 15

t3.3t Utilizar exame nacional do Ensino Mé-dio como critério de acesso à educação su-perior, fundamentado em matriz de referên-cia do conteúdo curricular do Ensino Médio e em técnicas estatísticas e psicométricas que permitam a comparabilidade dos resul-tados do exame.

t3.4t Fomentar a expansão das matrículas de Ensino Médio integrado à educação pro-fissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo, dos povos indí-genas e das comunidades quilombolas.

t3.5t Fomentar a expansão da oferta de matrículas gratuitas de educação profissio-nal técnica de nível médio por parte das entidades privadas de formação profissio-nal vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao Ensino Médio público.

t3.6t Estimular a expansão do estágio para estudantes da educação profissional técnica de nível médio e do Ensino Médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo do estu-dante, visando ao aprendizado de compe-tências próprias da atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvol-vimento do estudante para a vida cidadã e para o trabalho.

t3.7t Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanên-cia na escola por parte dos beneficiários de programas de assistência social e transfe-rência de renda, identificando motivos de ausência e baixa frequência e garantir, em regime de colaboração, a frequência e o apoio à aprendizagem.

t3.8t Promover a busca ativa da população de quinze a dezessete anos fora da escola, em parceria com as áreas da assistência so-cial e da saúde.

t3.9t Implementar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito e discrimi-nação à orientação sexual ou à identidade de gênero, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão.

t3.10t Fomentar programas de educação de jovens e adultos para a população urba-na e do campo na faixa etária de quinze a dezessete anos, com qualificação social e profissional para jovens que estejam fora da escola e com defasagem idade-série.

t3.11t Universalizar o acesso à rede mun-dial de computadores em banda larga de alta velocidade e aumentar a relação com-putadores/estudante nas escolas da rede pública de Educação Básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação nas escolas da rede pública de Ensino Médio.

t3.12t Redimensionar a oferta de Ensino Médio nos turnos diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das escolas de Ensino Médio, de forma a atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos estudantes.

16 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

SItUaÇÃO atUaLSão 700 mil matriculados na rede, com gasto de R$ 2,2 milhões (0,06% do PIB).

PROPOSta DO PNE O projeto enviado pelo governo federal fala em universalizar o ensino de 3 a 17 anos de idade, mas não estipula gastos.

PROPOSta DO RELatORPropõe adotar outra metodologia. Os dados do Censo mostram que temos, no mínimo, 2 milhões de pessoas com defi ciência grave ou gravíssima. Este dado foi publicado re-centemente e aponta muitas crianças fora da escola.

Relator sugere garantir recursos equiva-lentes a R$ 3.569,00, que é o gasto no En-sino Fundamental acrescido de um percen-tual, porque a Educação Especial exige um acréscimo do ponto de vista do atendimen-to. Assim, teremos na proposta 2,2 milhões de matrículas, com gasto de R$ 7,85 bilhões (0,21% do PIB).

Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com defi ciência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

META 4

EStRatégIaSt4.1t Contabilizar, para fi ns do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profi ssionais da Educação – FUNDEB, as ma-trículas dos estudantes da educação regular da rede pública que recebem atendimento educacional especializado complementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na Educação Básica regular.

t4.2t Implantar salas de recursos multifun-cionais e fomentar a formação continuada de professores para o atendimento educa-cional especializado complementar, nas es-colas urbanas e rurais.

t4.3t Ampliar a oferta do atendimento edu-cacional especializado complementar aos estudantes matriculados na rede pública de ensino regular.

t4.4t Manter e aprofundar programa nacio-nal de acessibilidade nas escolas públicas para adequação arquitetônica, oferta de transporte acessível, disponibilização de material didático acessível e recursos de tecnologia assistiva, e oferta da educação bilíngue em língua portuguesa e Língua Bra-sileira de Sinais – LIBRAS.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 17

alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.

SItUaÇÃO atUaL56% das crianças com até 8 anos estão alfa-betizadas hoje.

PROPOSta DO PNEPrevê 100% das crianças alfabetizadas até os 8 anos e o custo está diluído no sistema.

PROPOSta DO RELatORChegar a 100% das crianças alfabetizadas até o fi nal do segundo ano do Ensino Fun-damental.

META 5

EStRatégIaSt5.1t Fomentar a estruturação do Ensino Fundamental de nove anos com foco na organização de ciclo de alfabetização com duração de três anos, a fi m de garantir a al-fabetização plena de todas as crianças, no máximo, até o fi nal do terceiro ano.

t5.2t Aplicar exame periódico específi co para aferir a alfabetização das crianças.

t5.3t Selecionar, certifi car e divulgar tecno-logias educacionais para alfabetização de crianças, assegurada a diversidade de mé-todos e propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados nos sis-temas de ensino em que forem aplicadas.

t4.5t Fomentar a educação inclusiva, pro-movendo a articulação entre o ensino regu-lar e o atendimento educacional especiali-zado complementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas.

t4.6t Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola por par-te dos benefi ciários do benefício de pres-tação continuada, de maneira a garantir a ampliação do atendimento aos estudantes com defi ciência na rede pública regular de ensino.

18 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

t5.4t Fomentar o desenvolvimento de tec-nologias educacionais e de inovação das práticas pedagógicas nos sistemas de ensi-no que assegurem a alfabetização e favore-çam a melhoria do fl uxo escolar e a apren-dizagem dos estudantes, consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade.

t5.5t Apoiar a alfabetização de crianças indígenas e desenvolver instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da língua materna pelas comunidades indíge-nas, quando for o caso.

Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de Educação Básica.

SItUaÇÃO atUaLO país tem hoje 1,1 milhão de alunos matri-culados na Educação de tempo integral, com investimento de R$ 418 milhões (0,01%).

PROPOSta DO PNEO projeto enviado pelo governo federal estipula chegar em 11,3 milhões de ma-triculados, com aporte de recursos de R$ 4,2 bilhões (0,11% do PIB). O custo-aluno por ano é de R$ 370,00.

PROPOSta DO RELatORAqui há uma diferença signifi cativa, pois muda o conceito da meta. O relator propõe 25% das matrículas do Ensino Básico brasi-leiro. Por que mudamos? Pois fi ca mais pre-ciso, diz diretamente o que nós queremos atingir, que são 11,3 milhões de matrículas em todo o território nacional.

Qual é a diferença fi nanceira? O gover-no fez um cálculo levando em conta o pro-grama Mais Educação, que é uma ajuda de R$ 370,00 para uma escola em regime inte-gral no programa. Nós estamos trabalhando com o valor de R$ 2.333,81 porque achamos que é preciso uma transição do Mais Edu-

META 6

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 19

cação para um regime integral de jornada, de duplicidade de jornada, para que as crianças tenham uma concepção pedagógi-ca, com diretrizes pedagógicas, para que o currículo seja organizado para o regime in-tegral e não apenas entender o regime de contra-turno como se fosse um regime para de alguma forma ocupar as crianças.

Queremos uma Educação Integral como deve ser e como a LDB prevê.

Nós podemos incorporar praticamente a pré-escola toda. Não está computada a cre-che, pois consideramos que já é de regime integral, mas a pré-escola de 4 a 6 anos e as séries iniciais do Ensino Fundamental e as séries de 5 a 6 também podem estar abran-gidas por este percentual de estudantes no Brasil.

Teremos assim, 11,3 milhões de matri-culados, investimento de R$ 26,3 bilhões, ou 0,72% do PIB, com custo-aluno de R$ 2.333,81 que serão acrescidos ao valor de R$ 2.745,66 referentes ao Ensino Funda-mental.

EStRatégIaSt6.1t Estender progressivamente o alcan-ce do programa nacional de ampliação da jornada escolar, mediante oferta de Educa-ção Básica pública em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e interdisciplinares, de forma que o tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens na escola ou sob sua responsabilidade passe a ser igual ou su-perior a sete horas diárias durante todo o ano letivo, buscando atender a pelo menos metade dos alunos matriculados nas escolas contempladas pelo programa.

t6.2t Institucionalizar e manter, em regi-me de colaboração, programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas pú-blicas por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como de pro-dução de material didático e de formação de recursos humanos para a educação em tempo integral.

t6.3t Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos e equipa-mentos públicos como centros comunitá-rios, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros e cinema.

t6.4t Estimular a oferta de atividades volta-das à ampliação da jornada escolar de es-tudantes matriculados nas escolas da rede pública de Educação Básica por parte das entidades privadas de serviço social vincu-ladas ao sistema sindical, de forma conco-mitante e em articulação com a rede pública de ensino.

t6.5t Orientar, na forma do art. 13, § 1‘, in-ciso I, da Lei no 12.101, de 27 de novembro de 2009, a aplicação em gratuidade em ati-vidades de ampliação da jornada escolar de estudantes matriculados nas escolas da rede pública de Educação Básica, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino.

t6.6t Atender as escolas do campo na ofer-ta de educação em tempo integral, conside-rando as peculiaridades locais.

20 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

SItUaÇÃO atUaLChegar a nota 4,6 para os anos/séries iniciais e 4,0 para os anos fi nais.

PROPOSta DO PNEAnos/Séries Iniciais com nota 6,0; os anos/séries fi nais com nota 5,5 e o Ensino Médio com 5,2.

PROPOSta DO RELatORNós mantivemos o Ideb. O Brasil está con-solidando uma política de avaliação do sis-tema educacional para orientar as políticas públicas e isso deve ser fortalecido.

EStRatégIaSt7.1t Formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a Educação Básica pública e às estratégias de apoio técnico e fi nanceiro voltadas à me-lhoria da gestão educacional, à formação de professores e profi ssionais de serviços e

apoio escolar, ao desenvolvimento de recur-sos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar.

t7.2t Fixar, acompanhar e divulgar bienal-mente os resultados do IDEB das escolas, das redes públicas de Educação Básica e dos sistemas de ensino da União, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municípios.

t7.3t Associar a prestação de assistência técnica e fi nanceira à fi xação de metas in-termediárias, nos termos e nas condições estabelecidas conforme pactuação volun-tária entre os entes, priorizando sistemas e redes de ensino com IDEB abaixo da média nacional.

t7.4t Aprimorar continuamente os ins-trumentos de avaliação da qualidade do Ensino Fundamental e médio, de forma a englobar o ensino de ciências nos exames aplicados nos anos fi nais do Ensino Funda-mental e incorporar o exame nacional de Ensino Médio ao sistema de avaliação da Educação Básica.

atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB:

IDEB 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do Ensino Fundamental 4,6 4,9 5,2 5,5 5,7 6,0

Anos fi nais do Ensino Fundamental 3,9 4,4 4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino médio 3,7 3,9 4,3 4,7 5,0 5,2

META 7

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 21

t7.5t Garantir transporte gratuito para to-dos os estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obriga-tória, mediante renovação integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de Metro-logia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro, vinculado ao Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior.

t7.6t Selecionar, certificar e divulgar tecnolo-gias educacionais para o Ensino Fundamental e médio, assegurada a diversidade de méto-dos e propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados nos siste-mas de ensino em que forem aplicadas.

t7.7t Fomentar o desenvolvimento de tec-nologias educacionais e de inovação das práticas pedagógicas nos sistemas de ensi-no, que assegurem a melhoria do fluxo es-colar e a aprendizagem dos estudantes.

t7.8t Apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante transferência direta de recursos financeiros à escola, com vistas à ampliação da participação da comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos recursos e o desenvolvimento da gestão de-mocrática efetiva.

t7.9t Ampliar programas e aprofundar ações de atendimento ao estudante, em to-das as etapas da Educação Básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

t7.10t Institucionalizar e manter, em regi-me de colaboração, programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamen-tos para escolas públicas, tendo em vista a equalização regional das oportunidades educacionais.

t7.11t Prover equipamentos e recursos tec-nológicos digitais para a utilização pedagó-gica no ambiente escolar a todas as escolas de Ensino Fundamental e médio.

t7.12t Estabelecer diretrizes pedagógicas para a Educação Básica e parâmetros cur-riculares nacionais comuns, respeitada a di-versidade regional, estadual e local.

t7.13t Informatizar a gestão das escolas e das secretarias de educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como manter programa nacional de forma-ção inicial e continuada para o pessoal téc-nico das secretarias de educação.

t7.14t Garantir políticas de combate à vio-lência na escola e construção de cultura de paz e ambiente escolar dotado de seguran-ça para a comunidade escolar.

t7.15t Implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, as-segurando-se os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente de que trata a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.

t7.16t Garantir o ensino da história e cultu-ra afro-brasileira e indígena, nos termos da Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e da Lei no 11.645, de 10 de março de 2008, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e com a sociedade civil em geral.

t7.17t Ampliar a educação escolar do cam-po, quilombola e indígena a partir de visão articulada ao desenvolvimento sustentável e à preservação da identidade cultural.

22 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

t7.18t Priorizar o repasse de transferências voluntárias na área da educação para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específica para a instalação de conselhos escolares ou órgãos colegiados equivalentes, com representação de trabalhadores em educação, pais, alunos e comunidade, escolhidos pelos seus pares.

t7.19t Assegurar, a todas as escolas públi-cas de Educação Básica, água tratada e sa-neamento básico; energia elétrica; acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade; acessibilidade à pessoa com deficiência; acesso a bibliote-cas; acesso a espaços para prática de espor-tes; acesso a bens culturais e à arte; e equi-pamentos e laboratórios de ciências.

t7.20t Mobilizar as famílias e setores da so-ciedade civil, articulando a educação formal com experiências de educação popular e ci-dadã, com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas edu-cacionais.

t7.21t Promover a articulação dos progra-mas da área da educação, de âmbito local e nacional, com os de outras áreas como saú-de, trabalho e emprego, assistência social, esporte, cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, que as ajude a garantir melhores condições para o aprendizado dos estudantes.

t7.22t Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o atendimento aos estudantes da rede pública de Educação Básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.

t7.23t Estabelecer ações efetivas especifi-camente voltadas para a prevenção, aten-ção e atendimento à saúde e integridade física, mental e moral dos profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade do ensino.

t7.24t Orientar as políticas das redes e sis-temas de educação, de forma a buscar atin-gir as metas do IDEB, procurando reduzir a diferença entre as escolas com os menores índices e a média nacional, garantindo equi-dade da aprendizagem.

t7.25t Confrontar os resultados obtidos no IDEB com a média dos resultados em mate-mática, leitura e ciências obtidos nas provas do Programa Internacional de Avaliação de Alunos - PISA, como forma de controle ex-terno da convergência entre os processos de avaliação do ensino conduzidos pelo INEP e processos de avaliação do ensino in-ternacionalmente reconhecidos, de acordo com as seguintes projeções:

PISa 2009 2012 2015 2018 2021

média dos resultados emmatemática, leitura e ciências 395 417 438 455 473

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 23

Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de

estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros,

com vistas à redução da desigualdade educacional.

SItUaÇÃO atUaLA população mais vulnerável entre 18-24 anos apresenta uma média de 7,3 anos de escolaridade.

PROPOSta DO PNEDeve atingir a média de 12 anos de escola-ridade. Os custos estão diluídos no sistema educacional do país.

PROPOSta DO RELatORAqui talvez esteja o maior alcance social para que nós possamos diminuir estas diferenças em nosso país. Esta meta é direcionada aos 25% da população mais pobre.

EStRatégIaSt8.1t Institucionalizar programas e desenvol-ver tecnologias para correção de fl uxo, acom-panhamento pedagógico individualizado, re-cuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especifi cidades dos segmentos populacionais considerados.

t8.2t Fomentar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos popu-lacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade série.

t8.3t Garantir acesso gratuito a exames de certifi cação da conclusão dos ensinos fun-damental e médio.

t8.4t Fomentar a expansão da oferta de ma-trículas gratuitas de educação profi ssional técnica por parte das entidades privadas de serviço social e de formação profi ssional vin-culadas ao sistema sindical, de forma conco-mitante ao ensino público, para os segmen-tos populacionais considerados.

t8.5t Fortalecer acompanhamento e moni-toramento de acesso à escola específi cos para os segmentos populacionais conside-rados, identifi cando motivos de ausência e baixa freqüência e colaborando com Estados e Municípios para garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimu-lar a ampliação do atendimento desses estu-dantes na rede pública regular de ensino.

t8.6t Promover busca ativa de crianças fora da escola pertencentes aos segmentos po-pulacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social e saúde.

META 8

24 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5 % até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

SItUaÇÃO atUaLEJa - analfabetismo absoluto: Temos 14 mi-lhões de analfabetos no Brasil.EJa - analfabetismo funcional: São 14 mi-lhões de analfabetos funcionais no país, sen-do que 900 mil estão matriculados. O gasto é de R$ 1,9 bilhão (0,05% do PIB).

PROPOSta DO PNEEJa - analfabetismo absoluto: Alfabetizar 14 milhões de jovens e adultos. Não estima custo, pois associa a outras metas.EJa - analfabetismo funcional: Escolarizar 7 milhões de jovens e adultos. Estima custos em outras metas.

PROPOSta DO RELatOREJa - analfabetismo absoluto: Mantém a meta, mas prevê um investimento de R$ 3 bi-lhões (0,08% do PIB). O valor pago por aluno para R$ 2.196,53, sendo 10% ao ano.EJa - analfabetismo funcional: Amplia a meta para 14 milhões de alunos, com inves-timentos de R$ 10,2 bilhões (0,28% do PIB). Custo-aluno de R$ 2.196,53 e prevê o tempo médio de escolarização em 3,3 anos.

META 9

EStRatégIaSt9.1t Assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à Educação Básica na idade própria.

t9.2t Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de conti-nuidade da escolarização básica.

t9.3t Promover o acesso ao Ensino Funda-mental aos egressos de programas de alfa-betização e garantir o acesso a exames de reclassifi cação e de certifi cação da aprendi-zagem.

t9.4t Promover chamadas públicas regula-res para educação de jovens e adultos e ava-liação de alfabetização por meio de exames específi cos, que permitam aferição do grau de analfabetismo de jovens e adultos com mais de quinze anos de idade.

t9.5t Executar, em articulação com a área da saúde, programa nacional de atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos para estudantes da educação de jo-vens e adultos.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 25

Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profi ssional nos anos fi nais do Ensino

Fundamental e no Ensino Médio.

SItUaÇÃO atUaLSão 52 mil matriculados na EJA Profi ssionali-zação. O investimento anual é de R$ 156 mi-lhões, ou 0,004% do PIB.

PROPOSta DO PNEChegar a 845 mil matrículas, com aporte de R$ 2,5 bilhões (0,07% do PIB) e o custo-aluno de R$ 3.000,00

PROPOSta DO RELatORAmplia o número de matrículas para 850 mil e o custo-aluno passa para R$ 3.569,36, o que representará R$ 3 bilhões (0,08% do PIB).

EStRatégIaSt10.1t Manter programa nacional de educa-ção de jovens e adultos, voltado à conclusão do Ensino Fundamental e à formação profi s-sional inicial, de forma a estimular a conclu-são da Educação Básica.

META 10

t10.2t Fomentar a expansão das matrículas na educação de jovens e adultos de forma a articular a formação inicial e continuada de trabalhadores e a educação profi ssional, objetivando a elevação do nível de escolari-dade do trabalhador.

t10.3t Fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação pro-fi ssional, em cursos planejados, de acordo com as características e especifi cidades do público da educação de jovens e adultos, inclusive na modalidade de educação a dis-tância.

t10.4t Institucionalizar programa nacional de reestruturação e aquisição de equipa-mentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de jovens e adultos integrada à educação profi ssional.

t10.5t Fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de currículos e metodologias específi cas para avaliação e formação continuada de docentes das redes públicas que atuam na educação de jovens e adultos integrada à educação pro-fi ssional.

26 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

t10.6t Fomentar a oferta pública de forma-ção inicial e continuada para trabalhadores articulada à educação de jovens e adultos, em regime de colaboração e com apoio das entidades privadas de formação profi ssional vinculadas ao sistema sindical.

t10.7t Institucionalizar programa nacional de assistência ao estudante, compreenden-do ações de assistência social, fi nanceira e de apoio psico-pedagógico que contribu-am para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito da educação de jovens e adultos integrada com a educação profi ssional.

t10.8t Fomentar a diversifi cação curricular do Ensino Médio para jovens e adultos, in-tegrando a formação integral à preparação para o mundo do trabalho e promovendo a inter-relação entre teoria e prática nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos adequa-dos às características de jovens e adultos por meio de equipamentos e laboratórios, produção de material didático específi co e formação continuada de professores.

Duplicar as matrículas da educação profi ssional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

SItUaÇÃO atUaLTemos 1 milhão e 100 mil matriculados, sen-do 600 mil na rede pública. O gasto atual é de R$ 2,2 bilhões (0,06% do PIB).

PROPOSta DO PNEAmpliar para 2,3 milhões o número de matrículas, com investimento de R$ 8,5 bi-lhões (0,23% do PIB). Estima custo-aluno em R$ 3.700,00.

META 11

PROPOSta DO RELatORAqui tem uma mudança grande de concei-to e também do ponto de vista das metas. Propõe triplicar este número e chegar em 3,4 milhões de matriculados sendo 1,7 mi-lhão na rede pública. Com isso, o investi-mento passa para R$ 6,1 bilhões (0,17% do PIB) e o custo-aluno reduz para R$ 3.569,36.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 27

EStRatégIaSt11.1t Expandir as matrículas de educa-ção profissional técnica de nível médio nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, levando em consideração a res-ponsabilidade dos Institutos na ordenação territorial, sua vinculação com arranjos pro-dutivos, sociais e culturais locais e regionais, bem como a interiorização da educação profissional.

t11.2t Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível mé-dio nas redes públicas estaduais de ensino.

t11.3t Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível mé-dio na modalidade de educação a distância, com a finalidade de ampliar a oferta e de-mocratizar o acesso à educação profissional pública e gratuita.

t11.4t Ampliar a oferta de programas de re-conhecimento de saberes para fins da certi-ficação profissional em nível técnico.

t11.5t Ampliar a oferta de matrículas gratui-tas de educação profissional técnica de nível médio pelas entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.

t11.6t Expandir a oferta de financiamento estudantil à educação profissional técnica de nível médio oferecida em instituições pri-vadas de educação superior.

t11.7t Institucionalizar sistema de avaliação da qualidade da educação profissional técnica de nível médio das redes públicas e privadas.

t11.8t Estimular o atendimento do Ensino Médio integrado à formação profissional, de acordo com as necessidades e interesses dos povos indígenas.

t11.9t Expandir o atendimento do Ensino Médio integrado à formação profissional para os povos do campo, de acordo com os seus interesses e necessidades.

t11.10t Elevar gradualmente a taxa de con-clusão média dos cursos técnicos de nível médio na rede federal de educação profis-sional, científica e tecnológica para noventa por cento e elevar, nos cursos presenciais, a relação de alunos por professor para vinte, com base no incremento de programas de assistência estudantil e mecanismos de mo-bilidade acadêmica.

28 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

SItUaÇÃO atUaLO Brasil registra 6 milhões de matriculados, sendo 1,6 milhão na rede pública, somando as unidades municipais, estaduais e fede-rais. O investimento é de R$ 24,8 bilhões (0,67% do PIB).

PROPOSta DO PNEO governo está propondo chegar a 11 mi-lhões de matriculados, sendo 3 milhões na rede pública. 50% presencial e 50% à distân-cia. O investimento seria de R$ 37 bilhões (1,01% do PIB) e custo-aluno presencial es-tipulado em R$ 15.000,00 e no Ensino à Dis-tância em R$ 3.100,00.

PROPOSta DO RELatORAumentar para 12 milhões de matriculados, sendo 4 milhões na rede pública com 70% de ensino presencial e 30% de ensino à dis-tância. Esta mudança é bastante audaciosa, especialmente do ponto de vista orçamen-tário. Nós chegamos a 800 mil alunos na rede pública federal no Brasil em 100 anos. Estamos, no prazo de 10 anos, buscando ampliar em mais de 1 milhão. Isso represen-tará R$ 49,6 bilhões (1,35% do PIB).

META 12

EStRatégIaSt12.1t Otimizar a capacidade instalada da estrutura física e de recursos humanos das instituições públicas de educação superior, mediante ações planejadas e coordenadas, de forma a ampliar e interiorizar o acesso à graduação.

t12.2t Ampliar a oferta de vagas por meio da expansão e interiorização da rede federal de educação superior, da Rede Federal de Educação Profi ssional, Científi ca e Tecnoló-gica e do Sistema Universidade Aberta do Brasil, considerando a densidade popula-cional, a oferta de vagas públicas em rela-ção à população na idade de referência e observadas as características regionais das micro e mesorregiões defi nidas pela Funda-ção Instituto Brasileiro de Geografi a e Esta-tística - IBGE, uniformizando a expansão no território nacional.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 29

t12.3t Elevar gradualmente a taxa de con-clusão média dos cursos de graduação presenciais nas universidades públicas para noventa por cento, ofertar um terço das va-gas em cursos noturnos e elevar a relação de estudantes por professor para dezoito, mediante estratégias de aproveitamento de créditos e inovações acadêmicas que valo-rizem a aquisição de competências de nível superior.

t12.4t Fomentar a oferta de educação supe-rior pública e gratuita prioritariamente para a formação de professores para a Educação Básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, bem como para atender ao déficit de profissionais em áreas específicas.

t12.5t Ampliar, por meio de programas es-peciais, as políticas de inclusão e de assis-tência estudantil nas instituições públicas de educação superior, de modo a ampliar as taxas de acesso à educação superior de estudantes egressos da escola pública, apoiando seu sucesso acadêmico.

t12.6t Expandir o financiamento estudantil por meio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior – FIES, de que trata a Lei no 10.260, de 12 de julho de 2001, por meio da constituição de fundo garanti-dor do financiamento, de forma a dispensar progressivamente a exigência de fiador.

t12.7t Assegurar, no mínimo, dez por cen-to do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária.

t12.8t Fomentar a ampliação da oferta de está-gio como parte da formação de nível superior.

t12.9t Ampliar a participação proporcional de grupos historicamente desfavorecidos na educação superior, inclusive mediante a ado-ção de políticas afirmativas, na forma da lei.

t12.10t Assegurar condições de acessibili-dade nas instituições de educação superior, na forma da legislação.

t12.11t Fomentar estudos e pesquisas que analisem a necessidade de articulação entre formação, currículo e mundo do trabalho, considerando as necessidades econômicas, sociais e culturais do País.

t12.12t Consolidar e ampliar programas e ações de incentivo à mobilidade estudantil e docente em cursos de graduação e pós-graduação, em âmbito nacional e interna-cional, tendo em vista o enriquecimento da formação de nível superior.

t12.13t Expandir atendimento específico a populações do campo e indígena, em rela-ção a acesso, permanência, conclusão e for-mação de profissionais para atuação junto a estas populações.

t12.14t Mapear a demanda e fomentar a oferta de formação de pessoal de nível supe-rior, considerando as necessidades do desen-volvimento do País, a inovação tecnológica e a melhoria da qualidade da Educação Básica.

t12.15t Institucionalizar programa de com-posição de acervo digital de referências bi-bliográficas para os cursos de graduação.

t12.16t Consolidar processos seletivos na-cionais e regionais para acesso à educação superior como forma de superar exames vestibulares individualizados.

30 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.

SItUaÇÃO atUaL Hoje nós temos 63% dos docentes do Ensi-no Superior titulados, 27 % são doutores.

PROPOSta DO PNETer 75% dos docentes do Ensino Superior titulados, sendo 35% doutores.

PROPOSta DO RELatORMantém a meta, pois observa o Ensino Su-perior como um todo, entendendo o sistema de nível privado, fi lantrópico e o público.

EStRatégIaSt13.1t Aprofundar e aperfeiçoar o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), de que trata a Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004, fortalecendo as ações de avaliação, regulação e supervisão.

t13.2t Ampliar a cobertura do Exame Na-cional de Desempenho de Estudantes – ENADE, de modo a que mais estudantes, de mais áreas, sejam avaliados no que diz respeito à aprendizagem resultante da gra-duação.

t13.3t Induzir processo contínuo de auto-avaliação das instituições superiores, forta-lecendo a participação das comissões pró-prias de avaliação, bem como a aplicação de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, desta-cando-se a qualifi cação e a dedicação do corpo docente.

t13.4t Induzir a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e licenciaturas, por meio da aplicação de instrumento próprio de avaliação aprovado pela Comissão Na-cional de Avaliação da Educação Superior – CONAES, de modo a permitir aos gradu-andos a aquisição das competências neces-sárias a conduzir o processo de aprendiza-gem de seus futuros alunos, combinando formação geral e prática didática.

t13.5t Elevar o padrão de qualidade das universidades, direcionando sua atividade, de modo que realizem, efetivamente, pes-quisa institucionalizada, na forma de progra-mas de pós-graduação stricto sensu.

META 13

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 31

t13.6t Substituir o Exame Nacional de De-sempenho dos Estudantes – ENADE apli-cado ao fi nal do primeiro ano do curso de graduação pelo Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, a fi m de apurar o valor agre-gado dos cursos de graduação.

t13.7t Fomentar a formação de consórcios entre universidades públicas de educação superior, com vistas a potencializar a atua-ção regional, inclusive por meio de plano de desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior visibilidade nacional e internacional às atividades de ensino, pes-quisa e extensão.

Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir

a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.

SItUaÇÃO atUaLSão formados por ano 35 mil mestres e 11 mil doutores, num investimento de R$ 1,7 bilhão (0,05% do PIB).

PROPOSta DO PNEChegar a 60 mil mestres e 25 mil doutores formados por ano, com investimento de R$ 2 bilhões (0,055% do PIB). O custo-aluno é de R$ 15.500,00.

PROPOSta DO RELatORPropõe formar 70 mil mestres e 35 mil douto-res. O gasto é de 4,5 bilhões (0,12% do PIB).

EStRatégIaSt14.1t Expandir o fi nanciamento da pós-graduação stricto sensu por meio das agên-cias ofi ciais de fomento.

t14.2t Estimular a integração e a atuação articulada entre a Coordenação de Aper-feiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, e as agências estaduais de fomento à pesquisa.

t14.3t Expandir o fi nanciamento estudantil por meio do FIES à pós-graduação stricto sensu, especialmente ao mestrado profi s-sional.

META 14

32 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

t14.4t Expandir a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu, utilizando metodo-logias, recursos e tecnologias de educação a distância, inclusive por meio do Sistema Universidade Aberta do Brasil.

t14.5t Consolidar programas, projetos e ações que objetivem a internacionalização da pesquisa e da pós-graduação brasileira, incentivando a atuação em rede e o fortale-cimento de grupos de pesquisa.

t14.6t Promover o intercâmbio científi co e tecnológico, nacional e internacional, entre as instituições de ensino, pesquisa e extensão.

t14.7t Implementar ações para redução de desigualdades regionais e para favorecer o acesso das populações do campo e indíge-na a programas de mestrado e doutorado.

t14.8t Ampliar a oferta de programas de pós-graduação stricto sensu, especialmente o de doutorado, nos campi novos abertos no âmbito dos programas de expansão e interiorização das instituições superiores públicas.

t14.9t Manter e expandir programa de acer-vo digital de referências bibliográfi cas para os cursos de pós-graduação.

garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores da Educação Básica possuam formação específi ca de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

SItUaÇÃO atUaLHoje nos temos 60% de professores na for-mação básica com curso superior.

META 15

PROPOSta DO PNETermos 100% dos professores com forma-ção em nível superior na área de atuação. O gasto já está incluso na meta 12.

PROPOSta DO RELatORMantém a proposta.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 33

EStRatégIaSt15.1t Atuar conjuntamente, com base em plano estratégico que apresente diagnós-tico das necessidades de formação de pro-fissionais do magistério e da capacidade de atendimento por parte de instituições pú-blicas e comunitárias de educação superior existentes nos Estados, Municípios e Distrito Federal, e defina obrigações recíprocas en-tre os partícipes.

t15.2t Consolidar o financiamento estudan-til a estudantes matriculados em cursos de licenciatura com avaliação positiva pelo SI-NAES, na forma da Lei no 10.861, de 2004, permitindo inclusive a amortização do saldo devedor pela docência efetiva na rede pú-blica de Educação Básica.

t15.3t Ampliar programa permanente de iniciação à docência a estudantes matricu-lados em cursos de licenciatura, a fim de incentivar a formação de profissionais do magistério para atuar na Educação Básica pública.

t15.4t Consolidar plataforma eletrônica para organizar a oferta e as matrículas em cursos de formação inicial e continuada de professores, bem como para divulgação e atualização dos currículos eletrônicos dos docentes.

t15.5t Institucionalizar, no prazo de um ano de vigência do PNE – 2011/2020, política na-cional de formação e valorização dos profis-sionais da educação, de forma a ampliar as possibilidades de formação em serviço.

t15.6t Implementar programas específicos para formação de professores para as popu-lações do campo, comunidades quilombo-las e povos indígenas.

t15.7t Promover a reforma curricular dos cursos de licenciatura, de forma a assegurar o foco no aprendizado do estudante, divi-dindo a carga horária em formação geral, formação na área do saber e didática espe-cífica.

t15.8t Induzir, por meio das funções de ava-liação, regulação e supervisão da educação superior, a plena implementação das res-pectivas diretrizes curriculares.

t15.9t Valorizar o estágio nos cursos de li-cenciatura, visando trabalho sistemático de conexão entre a formação acadêmica dos graduandos e as demandas da rede pública de Educação Básica.

t15.10t Implementar cursos e programas especiais para assegurar formação especí-fica em sua área de atuação aos docentes com formação de nível médio na modalida-de normal, não licenciados ou licenciados em área diversa da de atuação docente, em efetivo exercício.

34 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Formar 50% dos professores da Educação Básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu e garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

SItUaÇÃO atUaL25% dos professores da Educação Básica têm pós-graduação.

PROPOSta DO PNEO MEC está propondo aumentar para 50% dos professores da Educação Básica com pós-graduação. Isso representa R$ 780 mi-lhões (0,02% do PIB), com custo-professor/ano de R$ 15.500,00.

PROPOSta DO RELatORMantém a meta, mas amplia o custo-profes-sor para R$ 23.500,00, sendo para cursos de 1,5 ano em média de Especialização, Mes-trado Acadêmico ou Profi ssional. O MEC faz o calculo de 1 ano para a pós-graduação e relator considera 1 ano e meio, que é o tem-po mínimo para completar o mestrado. O custo é de R$ 1,7 bilhão (0,05% do PIB).

EStRatégIaSt16.1t Realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para dimensio-namento da demanda por formação con-tinuada e fomentar a respectiva oferta por

META 16

parte das instituições públicas de educação superior, de forma orgânica e articulada às políticas de formação dos Estados, do Dis-trito Federal e dos Municípios.

t16.2t Consolidar sistema nacional de for-mação de professores, defi nindo diretrizes nacionais, áreas prioritárias, instituições formadoras e processos de certifi cação dos cursos.

t16.3t Expandir programa de composição de acervo de livros didáticos, paradidáticos, de literatura e dicionários, sem prejuízo de outros, a ser disponibilizado para os profes-sores das escolas da rede pública de Educa-ção Básica.

t16.4t Ampliar e consolidar portal eletrôni-co para subsidiar o professor na preparação de aulas, disponibilizando gratuitamente ro-teiros didáticos e material suplementar.

t16.5t Prever, nos planos de carreira dos profi ssionais da educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, licenças para qualifi cação profi ssional em nível de pós-graduação stricto sensu.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 35

Valorizar o magistério público da Educação Básica, a fi m de aproximar o rendimento médio do profi ssional do magistério com mais de onze anos de escolaridade

do rendimento médio dos demais profi ssionais com escolaridade equivalente.

SItUaÇÃO atUaLO salário dos professores de Educação Bá-sica é 60% menor do que dos demais profi s-sionais com formação equivalente.

PROPOSta DO PNEChegar a um salário médio do docente em R$ 2.795,00 nos próximos 10 anos. Isso re-presenta gasto de R$ 26,4 bilhões (0,72% do PIB), considerando um universo de 1,9 mi-lhão de professores.

PROPOSta DO RELatORMantém a meta, mas com um valor global maior, pois considera a ampliação no núme-ro de docentes, em razão da universaliza-ção da Educação Infantil. Assim, a propos-ta prevê 2,5 milhões de professores, o que signifi ca um investimento de R$ 34,9 bilhões (0,95% do PIB).

META 17

EStRatégIaSt17.1t Constituir fórum permanente com re-presentação da União, dos Estados, do Dis-trito Federal, dos Municípios e dos trabalha-dores em educação para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial profi ssional nacional para os profi s-sionais do magistério público da Educação Básica.

t17.2t Acompanhar a evolução salarial por meio de indicadores obtidos a partir da pes-quisa nacional por amostragem de domicí-lios periodicamente divulgados pelo IBGE.

t17.3t Implementar, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-cípios, planos de carreira para o magistério, com implementação gradual da jornada de trabalho cumprida em um único estabeleci-mento escolar.

36 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profi ssionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

SItUaÇÃO atUaL50% dos docentes de Educação Básica não têm plano de carreira.

PROPOSta DO PNEGarante 100% dos professores em Educa-ção Básica com plano de carreira.

PROPOSta DO RELatORMantém a meta.

EStRatégIaSt18.1t Estruturar os sistemas de ensino bus-cando atingir, em seu quadro de profi ssio-nais do magistério, noventa por cento de servidores nomeados em cargos de provi-mento efetivo em efetivo exercício na rede pública de Educação Básica.

t18.2t Instituir programa de acompanha-mento do professor iniciante, supervisiona-do por profi ssional do magistério com ex-periência de ensino, a fi m de fundamentar, com base em avaliação documentada, a de-cisão pela efetivação ou não efetivação do professor ao fi nal do estágio probatório.

t18.3t Realizar prova nacional de admissão de docentes, a fi m de subsidiar a realização de concursos públicos de admissão pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.

t18.4t Fomentar a oferta de cursos técni-cos de nível médio destinados à formação de funcionários de escola para as áreas de administração escolar, multimeios e manu-tenção da infraestrutura escolar, inclusive para alimentação escolar, sem prejuízo de outras.

t18.5t Implantar, no prazo de um ano de vi-gência desta Lei, política nacional de forma-ção continuada para funcionários de escola, construída em regime de colaboração com os sistemas de ensino.

t18.6t Realizar, no prazo de dois anos de vi-gência desta Lei, em regime de colaboração com os sistemas de ensino, o censo dos fun-cionários de escola da Educação Básica.

t18.7t Considerar as especifi cidades socio-culturais dos povos indígenas no provimen-to de cargos efetivos para as escolas indí-genas.

t18.8t Priorizar o repasse de transferências voluntárias na área da educação para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específi ca estabe-lecendo planos de carreira para os profi ssio-nais da educação.

META 18

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 37

garantir, mediante lei específi ca aprovada no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho

e à participação da comunidade escolar.

SItUaÇÃO atUaLNão há uma regulamentação específi ca.

PROPOSta DO PNEPrevê a escolha de diretores escolares con-siderando o mérito e a participação da co-munidade.

PROPOSta DO RELatORMuda a redação, mas conserva o princípio da escolha de diretores e a participação da comunidade. Deixa na estratégia 19.1 toda a redação, porém fazendo uma indução de que o MEC priorize, do ponto de vista de conveniamento em todos os seus planos, as cidades que se defi nirem com legislação própria a respeito da gestão democrática nas escolas.

META 19

EStRatégIaSt19.1t Priorizar o repasse de transferências voluntárias na área da educação para os Es-tados, o Distrito Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específi ca prevendo a observância de critérios técnicos de mérito e desempenho e a processos que garantam a participação da comunidade escolar preli-minares à nomeação comissionada de dire-tores escolares.

t19.2t Aplicar prova nacional específi ca, a fi m de subsidiar a defi nição de critérios ob-jetivos para o provimento dos cargos de di-retores escolares.

38 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do País.

SItUaÇÃO atUaLA situação do fi nanciamento público quan-do se começou o debate sobre o Plano Na-cional era de 4,94% do PIB, considerando as três esferas de governo. Hoje está perto de 5,1%.

PROPOSta DO PNEPrevê ampliação do investimento público no setor para 7% do PIB até o fi nal da década.

PROPOSta DO RELatORPropõe ampliar para 8% do PIB.

META 20

EStRatégIaSt20.1t Garantir fonte de fi nanciamento per-manente e sustentável para todas as etapas e modalidades da educação pública.

t20.2t Aperfeiçoar e ampliar os mecanis-mos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salário-educação.

t20.3t Destinar recursos do Fundo Social ao desenvolvimento do ensino.

t20.4t Fortalecer os mecanismos e os ins-trumentos que promovam a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação.

t20.5t Defi nir o custo aluno-qualidade da Educação Básica à luz da ampliação do in-vestimento público em educação.

t20.6t Desenvolver e acompanhar regular-mente indicadores de investimento e tipo de despesa per capita por aluno em todas as etapas da educação pública.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 39

40 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PROJEtO DE LEI 8035/2010 INStItUI O PNE

Aprova o plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020 e dá outras providên-cias.

O CONGrEssO NACIONAL decreta:

Art. 1º. Fica aprovado o plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020 (pNE - 2011/2020) constante do Anexo desta Lei, com vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição.

Art. 2º. são diretrizes do pNE - 2011/2020:

I - erradicação do analfabetismo;II - universalização do atendimento escolar;III - superação das desigualdades educacionais;IV - melhoria da qualidade do ensino;V - formação para o trabalho;VI - promoção da sustentabilidade sócio-ambiental;VII - promoção humanística, científica e tecnológica do país;VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto;IX - valorização dos profissionais da educação; eX - difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação.

Art. 3º. As metas previstas no Anexo des-ta Lei deverão ser cumpridas no prazo de vigência do pNE - 2011/2020, desde que não haja prazo inferior definido para metas específicas.

Art. 4º. As metas previstas no Anexo desta Lei deverão ter como referência os censos nacionais da Educação Básica e superior mais atualizados, disponíveis na data dapublicação desta Lei.

Art. 5º. A meta de ampliação progressiva do investimento público em educação será avaliada no quarto ano de vigência dessa Lei, podendo ser revista, conforme o caso, para atender às necessidades financeiras do cumprimento das demais metas do pNE - 2011/2020.Art. 6º. A União deverá promover a rea-lização de pelo menos duas conferências nacionais de educação até o final da déca-da, com intervalo de até quatro anos entre elas, com o objetivo de avaliar e monitorar a execução do pNE - 2011-2020 e subsidiar a elaboração do plano Nacional de Educa-ção para o decênio 2021-2030.

Parágrafo único. O Fórum Nacional de Educação, a ser instituído no âmbito do ministério da Educação, articulará e coor-denará as conferências nacionais de edu-cação previstas no caput.

Art. 7º. A consecução das metas do pNE - 2011/2020 e a implementação das estra-tégias deverão ser realizadas em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios.

§ 1º. As estratégias definidas no Anexo desta Lei não elidem a adoção de me-didas adicionais em âmbito local ou de instrumentos jurídicos que formalizem

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 41

a cooperação entre os entes federados, podendo ser complementadas por meca-nismos nacionais e locais de coordenação e colaboração recíproca.§ 2º. Os sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios de-verão prever mecanismos para o acompa-nhamento local da consecução das metas do pNE - 2011/2020 e dos planos previs-tos no art. 8º.§ 3º. A educação escolar indígena deverá ser implementada por meio de regime de colaboração específico que considere os territórios étnico-educacionais e de estra-tégias que levem em conta as especifici-dades socioculturais e lingüísticas de cada comunidade, promovendo a consulta pré-via e informada a essas comunidades.

Art. 8º. Os Estados, o Distrito Federal e os municípios deverão elaborar seus cor-respondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e es-tratégias previstas no pNE - 2011/2020, no prazo de um ano contado da publicação desta Lei.

§ 1º. Os entes federados deverão esta-belecer em seus respectivos planos de educação metas que considerem as ne-cessidades específicas das populações do campo e de áreas remanescentes de quilombos, garantindo equidade educa-cional.§ 2º. Os entes federados deverão estabe-lecer em seus respectivos planos de edu-cação metas que garantam o atendimento às necessidades educacionais específicas da educação especial, assegurando sis-tema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades.

Art. 9º. Os Estados, o Distrito Federal e os municípios deverão aprovar leis espe-cíficas disciplinando a gestão democrática da educação em seus respectivos âmbitos de atuação no prazo de um ano contado da publicação desta Lei.

Art. 10º. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios deverão ser formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias do pNE - 2011/2020 e com os respectivos planos de educação, a fim de viabilizar sua plena execução.

Art. 11º. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB será utilizado para avaliar a qualidade do ensino a partir dos dados de rendimento escolar apurados pelo censo escolar da Educação Básica, combinados com os dados relativos ao desempenho dos estudantes apurados na avaliação nacional do rendimento escolar.

§ 1º. O IDEB é calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e pesquisas Educa-cionais Anísio teixeira - INEp, vinculado ao ministério da Educação,§ 2º. O INEp empreenderá estudos para desenvolver outros indicadores de quali-dade relativos ao corpo docente e à in-fraestrutura das escolas de Educação Bá-sica.

art. 12. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Brasília

42 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

CArtILHA pNEJosé de Filippi Júnior - Deputado federal - SP

Edição e redação: pedro Henrique OliveiraRedação: mariana BertoloDireção de arte e edição: Beto Borges www.betoborges.netArte e edição de imagens: Fabiano BrImagens: Agência Brasil - Governo Federal

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 43

CâmArA DOs DEpUtADOs54ª Legislatura - 1ª Sessão Legislativa

sÉrIESEPARATAS DE DISCURSOS, PARECERES E PROJETOS

Nº 00/2011

44 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃOwww.fi lippi.com.br Siga-nos: @josedefi lippiwww.fi lippi.com.br Siga-nos: @josedefi lippi

Gabinete em Brasília: Câmara dos Deputados – anexo IV, gabinete 611 – Brasília – DF – CEP: 70160-900tels.: (61) 3215-5611 / 3215-3611 – dep.josedefi [email protected]

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José de Filippi é deputado federal pelo Pt de São Paulo, foi três vezes prefeito de Diadema e deputado estadual. Em suas gestões à frente do Executivo, dobrou o número

de vagas em creche, construiu novas escolas, ampliou o salário dos professores e o atendimento às crianças com defi ciência na rede. Viabilizou a instalação de um campus

da Universidade Federal de São Paulo no município e luta pela expansão do Ensino Superior público no Estado. Como membro da Comissão de Educação e Cultura,

Filippi atua pela aprovação do PNE e na defesa da Educação como motor do fortalecimento social e econômico do Brasil.

Deputado Federal - SP