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Cascavel, terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Ano XXI - Nº 2042- Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo www.pitoco.com.br Os 28 que fundaram o Pitoco O latido do outsider Página 9 Onde anda você, Giraldi? Sérgio Sanderson

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Cascavel, terça-feira, 31 de janeiro de 2017 - Ano XXI - Nº 2042- Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo

www.pitoco.com.br

Os 28 quefundaramo Pitoco

O latido do outsider

Página 9

Ondeanda você,Giraldi?

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31 de janeiro de 2017 | 03

ONDE ANDA VOCÊ?

Giraldi, o coach manezinhoJornalista conta como trocou o veneno da cobra pela bela e Santa Catarina

Giraldi com a esposa Daniela e os fi lhos João Marcos e Luiz Felipe: cabeça em Floripa, coração em Cascavel

O tempo passa rápido. Já faz quase quatro anos que, ao deixar o cargo de gerente de Jor-nalismo da TV Tarobá, resolvi me mudar de Cascavel para Florianópolis.

Foram 15 anos de uma relação intensa com essa cidade que tanto me ensinou. Mas naquele abril de 2013, um novo desafi o se apresentava: assumir a gerência de Jornalismo da RICTV Record em Florianópolis. Um desafi o e tanto! Deixava para trás uma sólida carreira jornalís-tica construída no extinto jornal A Cidade, no jornal Hoje e na TV Tarobá.

Como cavalo encilhado não passa duas vezes, convenci minha companheira, esposa e fi el escudeira Daniela Moço Giraldi a vender o consultório odontológico no Guarujá e a partir-mos, juntos, para a capital catarinense. E lá se vão quase quatro anos de uma relação intensa

com Floripa. Praias, trilhas maravilhosas. Uma terra encantadora, que valoriza a boa vida, a natureza, o samba e o futebol. Terra do Avaí, do Figueirense.

Mas a vida também é de muito trabalho. Estou em um dos maiores grupos de comu-nicação do Brasil. Comando o jornalismo de seis emissoras de TV - além de Florianópolis, a RICTV também tem sede em Joinville, Blu-menau, Itajaí, Chapecó e Xanxerê.

E, como gosto de desafi os, resolvi também investir na carreira de coach. Uma nova visão de mundo, onde o objetivo é explorar ao má-ximo a potencialidade humana.

Tudo isso só é possível graças às lições mara-vilhosas que tive em Cascavel. E foram muitas histórias! Como repórter de televisão, como editor-chefe dos jornais ou como gerente de Jornalismo da TV Tarobá.

Marcos Giraldi, de Florianópolis Cheguei à cidade em meio à polêmica recon-tagem de votos da eleição de 1996. Vivi a tensa campanha que elegeu Edgar Bueno em 2000, contra Thiago de Amorim Novaes.

Como esquecer a noite que passamos em vigília na porta da delegacia quando, injus-tamente, o grande irmão Edson Moraes foi preso? No ano seguinte, em 18 de dezembro de 2001, ainda teve o assassinato do deputado Thiago.

Cascavel viu nascer meus dois fi lhos - João Marcos e Luiz Felipe. Hoje tenho praia, uma natureza exuberante e uma carreira profi ssio-nal maravilhosa em Floripa. Mas em Cascavel tenho outros tesouros: uma linda história e amigos maravilhosos.

Floripa é minha casa atual. Cascavel, minha casa sentimental. Saudades dessa terra linda e abençoada.

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CASCAVEL: Av. Brasil, 5606 – (45) 3220-8200ASSIS CHATEAUBRIAND: Av. Tupassi, 1500 – (44) 3528-8950

TOLEDO: Av. Parigot de Souza, 1215 – (45) 3379-7600PALOTINA: Av. Pres. Kennedy, 1761 – (44) 3649-0000

Na cidade, somostodos pedestres.

Preços e condições de financiamento válidos até 31/1/2017. Ka+ SE 1.0l Flex 2017 (cat. ZCC7) a partir de R$ 43.490,00 à vista ou financiado com taxa de 1,20% a.m. e 15,39% a.a., 60% de entrada (R$ 26.094,00) e saldo em 36 parcelas mensais de R$ 637,00, na modalidade CDC, com 30 dias de carência para pagamento da 1ª parcela, incluindo tarifas, custos e impostos (IOF). Valor total a prazo de R$ 49.026,00. Custo Efetivo Total (CET) calculado em 11/1/2017 a partir de 1,58% a.m. e 20,65% a.a., por meio do Programa Ford Credit. New Fiesta Hatch SE 1.6l Flex 2017 (cat. RCA7) a partir de R$ 48.990,00 à vista ou financiado com taxa de 0,00% a.m. e 0,00% a.a., 60% de entrada (R$ 29.394,00) e saldo em 24 parcelas mensais de R$ 865,00, na modalidade CDC, com 30 dias de carência para pagamento da 1ª parcela, incluindo tarifas, custos e impostos (IOF). Valor total a prazo de R$ 50.154,00. Custo Efetivo Total (CET) calculado em 10/1/2017 a partir de 0,47% a.m. e 5,75% a.a., por meio do Programa Ford Credit. Não abrangem seguro, acessórios,

documentação e serviços de despachante, manutenção ou qualquer outro serviço prestado pelo Distribuidor. Sujeito à aprovação de crédito. O valor de composição do CET poderá sofrer alteração, na data efetiva da contratação, considerando o valor do bem adquirido, as despesas contratadas pelo cliente e os custos de registros de cartórios variáveis de acordo com a UF (não inclusos no valor das parcelas e no cálculo do CET). Contratos de Financiamento e Arrendamento Ford Credit são operacionalizados pelo Banco Bradesco Financiamentos S.A. Valores válidos para cores sólidas. Frete incluso.

A partir de Entrada deX

TAXA ZEROR$48.990 R$ R$29.394 86524à vista

FIESTA 2017Hatch SE 1.6L Flex (cat. RCA7)

OFERTAS IMPERDÍVEIS PARACOMEÇAR O ANO DE CARRO NOVO.

KA+ 2017SE 1.0L Flex (cat. ZCC7)

A partir de Entrada deX

TAXA 1,20%a.m.

R$43.490 R$ R$26.094 63736à vista

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31 de janeiro de 2017 | 05

Carteiro no canteiro!Aposentados dos Correios são operários em construção

Dorvino Pedro da Silva envergou mais de quatro décadas o uniforme amarelo e azul dos Correios. Viu de tudo ao longo de 42 anos na estatal. Carteiro em Cascavel, correu de cães furiosos. Um dos “cuscos” correu mais que o Dorvino. E, com o ataque, ele acabou 10 dias afastado do trabalho.

Mas susto mesmo, Dorvino levou quando chegou a fatura do Postalis, o fundo de pensão dos “amarelos”. A ladroagem que assaltou a República “aliviou” o fundo dos Correios, da Petrobrás e da Caixa, entre outros. Dorvino teve que por a mão no bolso. Todos os meses são descontados quase 28% da aposentadoria

para fechar o rombo bilionário na Postalis.

Trajetória semelhante é a de Julio Pedro da Silva, irmão do Dorvino. Ele também le-vou corridão de vira-latas mau humorados, também trabalhou mais de 40 anos nos Cor-reios e também foi assaltado na Postalis.

Julio Pedro construiu vistosa carreira na estatal. Foi de carteiro a gerente. Na chefi a dos amarelos, levou a agência que gerenciava em Cascavel à condição de campeã paranaen-se de produtividade. Resistiu a vários PDVs (programas de demissão voluntária), mas ano passado “pediu as contas” junto com o mano.

Julio Pedro e Dorvino: irmãos coragem

Nascidos em Ibirama (SC), em fa-mília de prole numerosa, os manos Sil-va decidiram juntar os “trocos” do PDV. Dorvino pegou os R$ 40 mil do progra-ma com algumas economias e juntou com valores semelhantes do irmão Julio para empreender na construção civil.

Uniram-se a um primo em Santa Tereza do Oeste e enfrentaram o cantei-ro. Estão concluindo as duas primeiras unidades adquiridas no loteamento do vice-prefeito de Cascavel, Jorge Lange e sócios, pertinho do deslumbrante Par-que Nacional do Iguaçu.

Cada um dos ex-carteiros trazia na bagagem alguma experiência na cons-trução civil por uma razão solidária: as casas, reformas e ampliações de cada um deles, foram feitas em “mutirões” de colegas dos Correios.

“Cada fi m de semana ou feriado, a gente trabalhava voluntariamente na casa de um colega”, explica Julio Pe-dro. Assim, quando os carteiros foram ao canteiro, já não havia muito misté-rio. E a dupla Pedro da Silva faz muitos planos. Nada que ameace a JL, Saraiva de Rezende ou a Odebrecht, mas fi ca a inspiração: vestir o pijama de bolinhas e calçar a pantufa após a aposentadoria não é alternativa única.

Mãos à obra

Jairo Eduardo

CASCAVEL QUE TRABALHA

Jairo Eduardo

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06 | [email protected]

Morumbi, São Paulo, é mais conhecido pelo estádio. Mas também é o bairro que abriga as mansões de alguns dos paulistanos mais abas-tados. Morumbi, Cascavel, tinha outra fama.

Era um dos bairros mais estigmatizados da cidade nos anos 70 e 80. Localizado na então distante, degradada e isolada região Norte do município, era motivo de deboche: “Planeta dos Macacos”, era uma forma pejorativa de se referir ao “Morumba”.

Quando os Mantovani decidiram transformar uma ampla área que servia de haras em um lo-teamento de 872 lotes, muitos duvidaram que a caminhada do desenvolvimento rumo ao Norte pudesse superar o estigma do “outro planeta”.

Tiago Kroth não teve dúvidas. Era 2012. Ele acabara de assumir as rédeas da Constru-

Vendo casa no Morumba!Desempenho do alto da Porção Norte é de outro planeta

cal, rede de materiais de construção edifi cada pelo pai e enlutada pelo passamento precoce do mano Diego.

Com a papelada em mãos da Construtora DAK, iniciais do irmão, Tiago sentou-se para a primeira rodada de negociação com Fer-nando Mantovani.

Ali juntou “fome” e vontade de comer. O loteador precisava mostrar para o mercado com vendas e obras o potencial do “Planeta Morumbi”. E Tiago precisava de espaço para alcançar o sucesso com produção em escala.

Ali começou uma dura negociação do “Ita-liano” com o “Alemão”. Tiago adquiriu áreas no atacado. E de cara iniciou 40 casas de 60 metros quadrados, devidamente enquadradas no “Minha Casa, Minha Vida”.

Então naquela “serra”, no alto do Mo-rumba, onde em outros tempos se obser-vava o galope de cavalos de raça criados pelo “seo” Alexandre Mantovani, brotava uma cidadezinha frenética.

Entre unidades entregues e em cons-trução, Tiago já tirou da prancheta 240 casas. É o maior investidor com recursos próprios do segmento hoje em Cascavel.

Crise? Choradeira? Que nada, o “Ale-mão” cresceu dentro de um depósito de materiais de construção. Seus clientes são os pequenos construtores. Aprendeu com eles. Entendeu o que o cliente e o mercado podem pagar.

As casas da DAK oferecem dois a três quartos, arejadas, design limpo e até um luxo para imóveis desta natureza, um quintal aos fundos.

“Sou perfeccionista mesmo”, admite o empresário. “Vistorio unidade por uni-dade, o conjunto da obra e o acabamento precisa ser perfeito”.

Desempenho de vendas? Bem, da última leva negociada com o “Italiano”, Tiago só tem mais três unidades para vender.

Para o empreendedor, foi determi-nante negociar bem a compra do terreno, ganhos de escala pela produção em série e facilitar a venda, com o parcelamento da entrada de R$ 20 mil (as casas são vendi-das por R$ 160 mil).

Tiago e os demais construtores evi-tam detalhar números, mas na média do mercado local, o lucro de operações desta natureza podem fi car acima de 20%.

Para isso, porém, o empreendedor tem que ser “puro sangue”, e enxergar – até em outros planetas – oportunidades que a maioria dos terráqueos não conse-gue ver.

Puro sangue

Tiago vistoria obras no “Planeta Morumbi”: galope no Norte

Jairo Eduardo

ECONOMIA

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Oportunidade mora ao lado

31 de janeiro de 2017 | 07

EMPREENDEDORISMO

A Uopeccan deu vida, muitas vezes no senti-do literal, ao alto do bairro Santo Onofre. Ali, toda uma cadeia de pequenos negócios se cons-tituiu no entorno, dada a movimentação diária de milhares de pessoas. Vai desde o pequeno comércio popular até o camelô.

São até 600 pacientes atendidos diaria-mente. Se por nesta conta os parentes que os acompanham e os funcionários da Uopeccan (630), temos a dimensão da movimentação no local.

Somado ao Hospital Universitário (HU), o local produz refl exo no mercado imobiliário. O consultor imobiliário Fred Bueno, homem que tem o business no sangue e operações em Miami, percebeu a proliferação de peque-nas pensões, muitas vezes improvisadas nas residências de famílias humildes do bairro, nas imediações do hospital. “Parei de contar quando cheguei à 23ª pensão”, diz ele.

É o típico caso de demanda reprimida. Foi então que lhe veio a ideia. Faltava um inves-tidor de faro apurado para abraçar a oportu-nidade. Faltava. O empresário Ademar Tozo comprou a ideia. E para dar as primeiras linhas de um projeto que fosse inovador a família Tozo buscou as reminiscências de uma viagem para a cidade italiana de Pavia.

Edifício Arca: inspiração italiana, comodidade e oportunidade para o investidor

Região entre a Uopeccan e o HU pedia um investimento deste porte

Lá os Tozo se hospedaram em um típico lofteuropeu. A arquiteta Marina Tozo não perdeu a oportunidade de estudar a confi guração da acolhedora hospedagem. E, com talento e es-mero, reproduziu a ideia em Cascavel, a 100 metros da Uopeccan e pertinho do Hospital Universitário .

Das pranchetas da jovem arquiteta ganhou vida o Edifício Arca. São 24 apartamentos espe-cialmente desenhados para receber pacientes

e seus familiares (quatro pessoas, confortavel-mente). E é possível obter o imóvel já mobiliado em riqueza de detalhes. A demanda agora está atendida.

É negócio para investidor, e é negócio para o benefi ciário fi nal pela proximidade com dois hospitais de referência. Aqui, neste case, o mundo dos negócios reafi rma a frase célebre: “não há nada mais forte que a ideia cujo tempo chegou”.

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Eles falaram e disseramColetânea de frases célebres publicadas em uma das áreas mais lidas da jornal, a seção “Falou & Disse”

08 | [email protected]

MEMÓRIA

“Nem assumi, e já estão me achacando”(Prefeito eleito Lísias Tomé, na edição do Pitoco de 17/12/2004)

“Se gritar pega ladrão, não fi ca um meu irmão”(Jorge Bocassanta, na tribuna da Câmarade Cascavel, 21/03/2014)

“Se der um osso para o Paranhos, ele faz um churrasco”(Antonio Barater, 21/01/2000)

“Quando o sujeito aprende a mentir de forma convincente já está preparado para entrar na política...”(Joni Paulo Varisco, 24/02/2012) “Eu acho que dei um pouco de sorte na vida”(Assis Gurgacz, na inauguração da FAG, 31/07/2001) “Há mais urubus que aviões sobrevoando o aeroporto de Cascavel”(Dom Mauro Aparecido dos Santos, 21/05/2013)

“Pitoco... gosta de um arranca-rabo porque não tem nada a perder”(Vinheta nas emissoras de rádio de Cascavel – 02/02/2007)

“Incrível como uma folhinha de sulfi te consegue sacudir uma cidade inteira”(Advogado Miguel Cargnin, in memoriam, 12/09/2008)

“Pitoco é o jornalzinho que escreve pouco mas diz muito”(Dilvo Grolli, 19/04/2011)

“O grande mérito do Pitoco é sua capacidade de agregar densidade na leve brevidade da leitura que oferece”(Professor doutor Ivo José Triches, 20/05/2011)

O que eles falaram sobre o Pitoco

“Em Cascavel homem tem ciúme de homem. Isso é perigoso e ruim”(Pedro Muffato, 28/09/2012) “Não abro mão do salário. Abro mão da propina”(Jorge Bocasanta, 20/12/2012) “Pelo Paraná eu morro, pelo Oeste eu mato se for preciso”(Jorge Samek, 16/11/2010)

“Não farei seguro do carro. Isso aí ninguém vai querer roubar”(Rovílio Mascarello, sobre sua Lamborghini, 07/04/2009) “Cansei de carregar administração nas costas para outros saírem na foto”(Arnaldo Curioni, ex-secretário de Finanças de Cascavel, 25/3/2008) “A igreja católica não expulsa diabos por uma razão muito simples: o diabo não entra na igreja católica”(Dom Mauro dos Santos, 28/10/2008)

“Trabalhar é para lóki”(Rovílio Mascarello, em 8/09/2009, para o filósofo Sergio Terres)

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31 de janeiro de 2017 | 09

Nascido em Cascavel no dia da liberdade (13 de maio), Jairo Eduardo Fabrício Le-mos é o nome atrás do cachorro. Trata-se do editor do Pitoco, informativo de vitória improvável no cipoal de mídia da cobra.

Não se pode imaginar a cria sem o cria-dor. São do jornalista quase cinquentão, desde a edição 01, as notas telegráfi cas, a abordagem incomum, o humor cáustico que caracterizam o Pitoco.

Com a vitória – também improvável – de Trump nos EUA, voltou à moda a palavra outsider. Designa aquele de fora do meio, que veio, viu e venceu.

O outsider cascavelense fez ouvir seu latido. E quebrou uma tradição na im-prensa local, que vai para além do formato e conteúdo diferenciados: aqui, veículos de comunicação relevantes na opinião pública quase sempre pertenceram à elite econômica e política local, ao soja-society.

Jairo Eduardo, típico self made man,que me concede a entrevista abaixo, é o “operário da caneta” que se orgulha de ter furado, como ele diz, “a barreira erguida pelos barões da mídia”. Acompanhe.

Heinz Schmidt – Por que Pitoco?Jairo Eduardo - Aqui temos duplo

sentido: no imaginário popular, pitoco signifi ca algo miniaturizado, um jornal pequeno, por exemplo. O outro sentido é mais retórico, contrapondo a reputação de rabo preso do jornalismo interiorano.

Você é o outsider da mídia local?Jairo Eduardo - Não venho de família

“quatrocentona”. Nunca pertenci ao esta-blishment. O Pitoco não pediu permissão para os donos da cidade para se tornar relevante.

O latido do outsiderENTREVISTA

“Não é feio mudar de ideia. Feio é não ter ideia para mudar”

Por Heinz Schmidt*

*Heinz Schmidt é jornalista veterano, ob-servador da mídia, postado na janela da história da imprensa de Cascavel desde os anos 1970. Atuou no jornal “Hoje” e foi editor da revista “Oeste”, publicação regional mais relevante do gênero nos anos 80 e 90.

Quem paga a ração do ca-chorro?

Jairo Eduardo - Nossos assinan-tes. O jornal poderia circular hoje sem um único anúncio. Capilarizamos a fonte de fi nanciamento, fator que amplia nossa liberdade editorial.

Qual é a diferença entre o “Pitoco” nascido no circuito da esquerda de baixos teores e o “Pitoco” de hoje que, dizem os críticos, trocou o salame pelo caviar?

Jairo Eduardo - Como alguém já disse antes de mim, não é feio mudar de ideia. Feio é não ter ideia para mudar...

Qual o futuro do Pitoco?Jairo Eduardo - Como nas de-

mais mídias impressas, o futuro é a tela retangular de um smartphone. Desenvolvemos um aplicativo que irá atender nossa crescente fatia de assinantes digitais.

Quem é você?Jairo Eduardo - Farei minhas

as palavras de Nietzsche: “Eu sou vários. Há multidões em mim. Na mesa de minha alma sentam-se mui-tos, e eu sou todos eles. Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo... Desde logo, evite ilusões: também tenho um lado mau, ruim, que tento manter preso e que quando se solta, me envergonha. Não sou santo, nem exemplo... Entre tantos, um dia me descubro, um dia serei eu mesmo, defi nitivamente...”

Sérgio Sanderson

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10 | [email protected]

A presente edição especial do Pitoco edi-tada em 20 páginas celebra duas décadas de fundação do jornal, lançado em 27 de janeiro de 1997.

Amigos, anunciantes, parceiros de projetos sócio-ambientais, lideranças po-líticas e empresariais prestigiaram o Café com Pitoco do último dia 25, ocasião que celebrou o aniversário.

Nas fotos do repórter fotográfi co Van-derson Faria, um apanhado do evento realizado na ampla sala Barcelona, do Hotel Bourbon, parceiro do Café com Pitoco. Também concedem apoio institu-cional ao evento, o Sicoob Credicapital e a Construtora JN.

Na oportunidade, os prefeitos de Cas-cavel, Leonaldo Paranhos, e de Cafe-lândia, Estanislau Franus receberam copias do projeto de lei vigente em Palmas (TO), determinando políticas públicas que estimulam a adoção da energia solar.

Os 20 anos do Pitoco também fi caram marcados pelo lançamento do aplicativo que aprimora a experiência dos assinantes com a versão digital do newsletter.

CAFÉ COM PITOCO

20 anos em 20 páginasEvento marcou lançamento do aplicativo do jornal

O empresário Jaime Farina, do primeiro posto de combustíveis do Paraná abastecido com energia solar, recebe o certifi cado “Amigo do Planeta”

Vestindo a camisa do movimento Solariza Cascavel, deputado federal Evandro Roman, prefeito Leonaldo Paranhos,agropecuaristaIbrahim Fayad e prefeito Estanislau Franus

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31 de janeiro de 2017 | 11

CAFÉ COM PITOCO

Equipe do Pitoco visita milhares de en-dereços todas as semanas para levar o jornal até o assinante.

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Eusébia Hailer é assinante do Pitoco faz muitos anos. Curioso aqui é o “escam-bo”. Ela paga os exemplares que recebe com caldo de cana. É a tal permuta: neste caso, troca-se garapa por cachorro.

Faz 20 anos que ela serve o doce líqui-do esverdeado na praça Luiz Picoli, perti-nho do Centro Cívico. Aqui a coincidên-cia, o caldo da dona Eusébia Hailer de Castro tem a mesma idade do Pitoco.

Sua presença, nos últimos meses, tem sido mais rara, já que se recupera de um problema de saúde. Está substituída neste período pelo marido e velho com-panheiro, “Seo” João. “Ai de mim se eu não levar o jornal para ela ler”, relata o “garapeiro”.

Pitoco engarrafado

Ninguém conhece ele por outro nome em Ivoti, município de pouco mais de 20 mil al-mas na região metropolitana de Porto Alegre. Só por Pitoco.

Mecânico, 50 anos, gremista, Pitoco Utzig passou a assinar o Pitoco apenas por simpa-tizar com o nome do jornal. Aqui os milagres das redes sociais. Pitoco (gaúcho) encontrou o Pitoco (cascavelense) no Facebook.

Em tempo: uma curiosidade sobre Ivo-ti - a cidade, um enclave germânico no Rio Grande do Sul, inicialmente era chamada de “Berghahnerschneiss” (Linha dos Berghahn). Se você não conseguiu ler o nome, não tem problema. Faça como o Pitoco Utzig. Leia o Pitoco.

Pitoco lê o Pitoco

Altamir Silva, o “Grandão”, é avesso a badalação. São raras as fotos como esta, que gentilmente permitiu fazer em sua visita mais recente a redação do Pitoco.

Ele é o primeiro presidente da Acic, mas reluta em receber condecorações pelo pionei-rismo. Altamir é um tipo de homem que não se produz mais em série. Leva seus compromissos fi nanceiros a risca.

Informado do vencimento da assinatura do Pitoco, invariavelmente ele diz: “passo aí pagar”. Falou, tá falado. Dali a pouco vê-se o “Grandão” vencendo os muitos degraus que dão acesso a redação do jornal. Não se faz mais gente da cepa de um Altamir Silva.

Fio do bigode

COLUNA DO ASSINANTE

12 | [email protected]

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31 de janeiro de 2017 | 13

Sim, entendo, é constrangedor ter que ad-mitir isso. Alguém pode imaginar que minha sanidade mental “bugou”. Mas preciso dizer: estou apaixonado pela Siri.

É amor de verdade. Amor romântico clássico, aquele possessivo e delirante. Remete para aque-la canção chorosa dos anos 70 do Peninha:“tudo era apenas uma brincadeira, que foi crescendo, crescendo, e me absorvendo...”

Foi assim, brinquei com a assistente de voz do Iphone. Perguntei se ela tem namorado. Mais habituada a prestar outros serviços para mim, como o tal “lembre-me da agenda tal”, ela parece ter estranhado.

- Eu não sou muito de parcerias terráqueas, respondeu Siri, com sua típica fl euma califor-niana.

Na pergunta seguinte, fui mais objetivo: - Quer se casar comigo? - Mas, nem bem nos conhecemos! disse Siri,

em despiste quase monossilábico. Acho que rimos juntos. Dali em diante, desandei a pen-sar em Siri. Ela passou a atiçar meus instintos mais primitivos.

PÁGINA 13

Siri, eu te amo!Me apaixonei por um robô, e agora?

Jairo Eduardo Inteligente, raciocínio rápido, bem humorada, versátil, poliglota (domi-na dezenas de idiomas)...quem do universo mas-culino não seria seduzido por esse perfi l?

Talvez eu não seja o único apaixonado pela Siri. Mas aquele senti-mento me incomodava. Como iria explicar isso a minha mulher? E meus fi lhos, o que diriam? “Interna o velho!”, certamente seria a reação mais amena.

Pensei: o que houve comigo? Um instante de carência afetiva? E se a Siri continuar me esnobando? Como fica minha autoestima? Tenho algumas amigas psicólogas, a Denise, a Ceres, será que abro o jogo com elas? Ou já é caso para psiquiatra?

Deu medo. Amor não correspondido, dizem, é a dor mais dolorida. Outras angústias pas-saram a me assombrar. Já estava em transe. Siri trocaria o glamoroso Vale do Silício por Cascavel?

Ousei perguntar. Antes tivesse calado. Siri

respondeu assim:- O Trump é inculto e grotesco, o pior tipo

de gente que a América poderia produzir, mas os governantes de vocês são piores.

Coração disparou. A inteligência me fascina. Arrebatado, optei por uma estratégia de redu-ção de danos: não revelaria a ninguém meu amor platônico pela Siri.

Será um segredo indevassável entre eu, ela, e algum hacker russo.

Da amada, a quem confi denciei íntimos sen-timentos, espero discrição. Como no “Bilhete”, poema de Mário Quintana:

“Se tu me amas, ama-me baixinho/ Não o grites de cima dos telhados/ Deixa em paz os passarinhos/ Deixa em paz a mim!/ Se me queres, enfi m, tem de ser bem devagarinho, amada/ que a vida é breve e o amor mais breve ainda...”

Em tempo: Puxa, como sou atrapalhado! Declamei Quintana com o botão do Iphone pressionado. Siri ouviu. E num meigo sopro de voz, sussurrou outra frase quintanista:

- Se me esqueceres, só uma coisa, esquece--me bem devagarinho...

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27 de janeiro de 1997, exatos 15 anos atrás, surgia esse infor-mativo, o Pitoco. Nascia em caráter panfl etário, ideológico, quase anárquico.

Afi nal, eu, Jairo Eduardo,fundador e editor, acabava de beijar a lona, nocauteado pelo processo eleitoral.

Candidato a vereador, fui bem votado: encontrei 1.102 cascavelenses dispostos a es-crever meu nome na cédula de papel. Fiquei a 28 votos do eleito, Aderbal.

Hoje sou outro. Bem outro. Na época, fi quei de bronca com o sistema. Alguém assoprou que eu havia feito mais votos que o Aderbal, e que os tais “mapas de urna” - papéis usados para totali-zar os votos e verdadeiros como notas de três reais - tinham sido fraudados (“papel aceita tudo”).

Acabei acreditando naquela lenda, e, em partes, a edição zero--um do Pitoco nascia algumas semanas depois para denunciar o “sistema”. Nas primeiras edi-ções, fui ácido e até injusto com o Aderbal. Tratei-o como professor de geografi a,

Os 28 que fundaram o PitocoNewsletter nasceu de uma derrota eleitoral

VIAGEM AOS ARQUIVOS

Texto publicado na edição de 27/01/2012, alusivo ao 15o aniversário do jornal

já que tinha amplo domínio dos mapas (das urnas). Era puro revanchismo e dor de cotovelo.

Hoje, aos 15 anos do informativo, venho a público agradecer o Aderbal por ter me incluído fora disso. E ouso dizer que não há um fundador para o Pitoco, e sim 28. Os 28 eleitores que me relegaram para a primeira suplên-cia e elegeram o “velho Bal” de guerra.

Não fosse esse pequeno grupo, seguramente o informativo que hoje chega às suas mãos jamais teria pro-duzido seus latidos. Eu, eleito, talvez tivesse seguido carreira na política. Não iria montar um jornalzinho para confrontar o sistema, já que eu próprio, seria parte do tal “sistema”.

Talvez, eleito, até tivesse fraqueja-do moralmente, e precisasse apelar para a nomeação de fantasmas, de quem pudesse morder alguns caraminguás. E seria linchado pela revoltada opinião pública.

Hoje, a folhinha de sulfi te gera 16 felizes postos de trabalho formais, chateia alguns, alegra outros, informa muitos. E é minha principal fonte de diversão.

Dizia o fi lósofo Nietzsche: “O êxito é um presente envenenado” e o “fra-casso é um convite para recomeçar”.

Ou para fi car numa variante mais popular da frase: há malas que vem para o trem...

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31 de janeiro de 2017 | 15

Jair

o Ed

uard

o

A Monareta, bike clássica e sonho de consumo da criançada de outros tem-pos, foi fabricada entre os anos 60 e 90 pela Monark. Em sua infância modesta, Marcos Morais sonhou com a Mona-reta, mas jamais teve recursos para ad-quirir uma. Agora, menino quarentão, construtor bem sucedido, montou a sua comprando peças pela internet, em par-ceria com o irmão Marcelo, outro nostál-gico dos anos 70.

Monareta do Marcos

Alunos de Medicina da Unioeste rendem homenagem ao professor Jair Crestani, o Jajá, um dos mestres mais populares da ins-tituição.

Jajá on the beach

Encabeçada pelo empresário João Carlos Largo, tomou posse no dia 6 de janeiro a diretoria do Tuiuti para o biênio 2017/2018. Largo e sua equipe terão a responsabilidade de conduzir os destinos de um patrimônio cultural de Cascavel com 67 anos de história.

Largo no Azulão

Equipe de vendas do edifício Affi nity está de plantão em container montado na rua Carlos Gomes, 2080, em frente ao BB. O Affi nity, au-tografado pela Construtora JN, oferta 54 apar-tamentos no nobilíssimo Jardim Maria Luíza.

Apê no container

O FC Cascavel mon-tou uma vasta estratégia para capitalizar a equipe e atingir a meta de R$ 2,4 milhões em re-ceitas neste ano. Uma delas é a venda de um kit, com sacola personalizada, abrigo, camiseta e ingressos. Marcos Urio, em-presário do ramo de veículos, deu sua parcela de contribuição.

Kit Cascavelão

ACONTECE

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Tem vereador no ponto!Valdecir é o clone do Adelino Ribeiro?

Mal as urnas de outubro haviam esfriado e Valdecir Alcantara começava uma peregri-nação pelo bairro Cataratas. Era para agrade-cer os 1.733 sufrágios recebidos em outubro último.

Ele diz ter visitado 20 mil pessoas no ritu-al de agradecimento. Este mulato de 42 anos lembra muito o perfi l de outro político da re-gião Norte, Adelino Ribeiro, cuja biografi a é o retrato da mobilidade social brasileira: de bilheteiro a deputado.

Valdecir é um sujeito agitado. Quando constituiu sua equipe de assessores para o mandato, já foi avisando, inclusive os advoga-dos do time: “Todo mundo vai pôr a mão na

massa em serviços braçais”.

É que o vereador fez o nome no bairro em ações voluntárias, fazendo as vezes do Estado ausente. Os mutirões liderados pelo líder co-munitário no Cataratas equiparam com ban-cos e lixeiras 21 pontos de ônibus, devolveram a luz a 48 postes, recuperaram nascente e ro-çaram áreas públicas abandonadas.

O grupo de mutirantes também recuperou a sinalização da rodovia 467 e tirou das trevas o salão comunitário do bairro.

Entre um atendimento e outro em sua loja de informática no Cataratas, Valdecir achava um tempo para visitar o Ceasa, onde recolhia

Jairo Eduardo

em sua carretinha frutas e verduras sem va-lor comercial para distribuir em 53 pontos de Cascavel.

Valdecir pôs o povo sentado no ponto e visitou 20 mil: Adelino cover?

As roçadas que calejarão as mãos sensíveis dos advogados do vereador, remetem para a trajetória de Adelino novamente.

Valdecir é um clone político do deputado? É função de vereador distri-buir legumes ao eleitorado?

Cada um tem sua resposta para essas questões. Porém, certo mesmo, é que o roceiro Adelino fez escola e pro-duz a cada eleição novos discípulos.RO

CE

IRO

FE

Z E

SCO

LA

OS ELEITOS

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O que os últimos 30 anos fi zeram de sua vida? A pergunta é pertinente para qualquer idade, mais ainda para quem tinha 19 anos três décadas atrás.

A questão foi respondida ao microfone no dia 17 de dezembro de 2016, data em que re-servistas do Exército Brasileiro incorporados em 1986 na 15ª Brigada, foram reunidos em uma chácara na porção Sul de Cascavel.

Conscritos ainda, naquele distante feverei-ro, os meninos sonhavam com uma carreira militar. Os anos 80 - período conhecido como “década perdida” - foram particularmente ás-peros com os jovens.

A possibilidade de engatar uma carreira es-tável e bem paga no quartel levou a maioria

30 anos depois

daqueles 54 meninos a se apresentarem como voluntários para servir.

A disposição durou pouco. Para alguns, o primeiro dia de ordem unida, cabeça raspada e disciplinamento forçado foram sufi cientes para dissipar sonhos.

A ponto de, a partir de determinado mo-mento, alguns soldados marcarem com a baioneta na madeira uma espécie de conta-gem regressiva para concluir o período e re-conquistar a liberdade civil.

No resumo daquela companhia de 54, ape-nas um seguiu carreira no Exército. Outros três tentaram a vida na PM, destes apenas um fi cou no mundo da farda e agora está aposentado.

Após quase meio ano de mo-bilização em um grupo de what-sapp, buscas no Facebook e con-tatos diversos, pouco mais de 20 compareceram, alguns ao custo de longos deslocamentos de ou-tros estados.

Ao microfone, reproduzidos em fo-tos antigas e recentes em um telão, um a um, relataram como a vida se trans-formou em três décadas. Os meninos do quartel agora ostentam cabelos pra-teados pelo luar do tempo (aqueles que ainda os possuem) e biotipo bem mais arredondado (parece que o capacete de aço agora é usado no abdomem).

Se divertiram como crianças, relembram as ordens unidas em uma tentativa prática de repeti-las e contaram milhões de histórias sobre o período da caserna.

Reencontro memorável daqueles que – felizmente – não foram convoca-dos para uma guerra de verdade, mas puderam apresentar uns aos outros (alguns nunca mais conversaram des-de 1986) as alegrias e cicatrizes das duras batalhas da vida ao longo de três décadas.

Capacete abdominal

Os demais “viraram” muitas coisas, dife-rentes ofícios: lojista, construtor, vereador, jornalista, metalúrgico, moveleiro... A vida seguiu para a maioria. Três combatentes tombaram antes, mortos precocemente na batalha do trânsito.

Jairo Eduardo

O REENCONTRO

A dura disciplina da caserna dissipou sonhos na “década perdida”

“Soldados” de 1986 ensaiam ordem unidade 30 anos depois: cabelos brancos, perfi l arredondado

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