Case R. Anual ABRASCA - Natura Cosméticos · como do Balanced Scorecard, qualidade de vida e implementação da Agenda 21 em Cajamar. ... Presidência de Finanças e auditados pela

“Com 35 anos de fundação,a Natura Cosméticossempre primou pelaética e transparênciaem seus negócios. Alicerçadasobre essas premissas,a consciência de que aresponsabilidade social eresponsabilidade corporativarepresentam um dosprincipais instrumentosa serem conhecidos pelosdiver sos públ icos queinteragem com a empresasurgiu como algo natural.”

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Gazeta Mercantil – SP – “Natura Apresenta Finanças ao Lado da Ética” – 12 de julho de 2004.

introdução

A Natura apresenta o Relatório Anual 2003reafirmando a sua opção de reunir em umúnico documento a análise dos dadoseconômico-financeiros com a dosindicadores sociais e ambientais, conferindo-lhes peso equivalente. Por permitir umavisão mais abrangente das atividadesconduzidas ao longo do exercício anterior,este modelo integrado de informaçõesmostra-se, para a Natura, uma ferramenta

04 Introdução

08 Histórico

12 Estrutura

14 Produção e Distribuição

20 Reconhecimentos

24 Perspectivas

28 Clipping

re la tó r io anua l natura pág.03 pág.04 re la tó r io anua l natura

O Relatório deste ano tem um significado especial

para a Natura, já que se trata do último documento

a avaliá-la como empresa em regime de capital fechado.

Em maio de 2004, a Natura abriu o seu capital e iniciou

negociação de ações na Bolsa de Valores de São Paulo,

como parte de sua estratégia para assegurar a

concretização de novos ciclos de crescimento e a

perenidade de seus negócios. Além de expressar

confiança no desenvolvimento econômico e social do

País, a abertura de capital representou, para a Natura,

uma forma de dividir com a sociedade os excelentes

resultados de negócios que, desde o início modesto em

1969, estão presentes no desenvolvimento da empresa.

valiosa para aperfeiçoar o seu com-promisso com o desenvolvimentosustentável, em suas dimensões econômica,social e ambiental.

O presente documento registra expressivosresultados da empresa nessas trêsdimensões cujo equilíbrio ela tem buscadoobstinadamente . Investimentos emtecnologia , marketing, pesquisa edesenvolv imento, capac i tação deConsultoras e colaboradores, somados aoexercício contínuo da paixão por produtose relações, formaram o conjunto de fatoresdeterminantes desse grande êxito.


histórico

A Natura procura disseminar, de forma ampla, transparente,sistemática e organizada, informações sobre seus negócios eatividades, de acordo com suas Crenças e Valores e as boaspráticas de governança corporativa.

Nesse sentido, tem seguido, nos seus relatórios anuais, asrecomendações de destacados organismos nacionais einternacionais. No caso de relatórios da administração, adota aspropostas das principais entidades do mercado de capitais, comoa Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento doMercado de Capitais, Apimec, e a Associação Brasileira dasCompanhias Abertas, Abrasca.

No caso dos de responsabilidade corporativa, a Natura se destacacomo a única companhia brasileira a adotar integralmenteos modelos recomendados pela Global Reporting Initiative, GRI,e pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social,bem como as diretrizes de comunicação corporativa daAssociação Brasileira de Comunicação Empresarial, Aberje. É,também, a única empresa brasileira a fazer parte do StructuredFeedback Group, fórum de 30 grandes corporações internacionaisque adotam o modelo GRI nos seus relatórios. A GRI é umaentidade surgida em 1997 como resultado do esforço de instituiçõesmultilaterais para desenvolver uma estrutura de relatóriosespontâneos sobre o impacto econômico, social e ambiental dasatividades empresariais.

Ao unir informações solicitadas pelo mercado de capitais com omodelo recomendado pela GRI, a Natura precisou criar umanova matriz que eliminasse sobreposições, ao mesmo tempo emque mantivesse a abrangência e a qualidade das informações, demaneira a refletir o comportamento empresarial responsáveladotado pela Natura em todas as suas atividades.


Nesta edição, a gestão dosind icadores ut i l i zados naprodução do Relatório Anualficou a cargo da gerência deResponsabilidade Corporativa,a l ém de con ta r com oenvolvimento direto da vice-presidência de Finanças daempresa e da recém-criada áreade Relações com os Investidores.A s i n f o r m a ç õ e s f o r a mamplamente d i scut idas eanalisadas no âmbito do Comitêda Sustentabilidade da Natura,composto pelos presidentes daempresa, diretores, gestores dasáreas de Meio Ambiente ,Qualidade, Recursos Humanose Responsabilidade Corporativa.

Com isso, os indicadoresut i l izados para compor oRelatório passaram a integrar oprocesso permanente dea v a l i a ç ã o d a e m p r e s a .Informações sobre práticas deresponsabilidade social, parcerias e gestão ambiental, comouso de materiais, reciclagem, consumo de energia e tratamentode resíduos, tiveram, assim, o mesmo peso que os dados dereceita bruta, evolução do Ebitda e do lucro líquido.

O Comitê da Sustentabilidade foi criado em 2002 e

atua como um fórum de discussão sobre os melhores

caminhos a serem seguidos pela empresa para alcançar

o desenvolvimento sustentável. Esse acompanhamento

inclui aspectos como a implementação das ferramentas

de gerenciamento da qualidade, dos sistemas da gestão

ambiental e da responsabilidade corporativa, bem

como do Balanced Scorecard, qualidade de vida e

implementação da Agenda 21 em Cajamar.

“O manual de uso do GRI tem100 páginas e especifica 96indicadores econômicos, sociaise ambientais para medir odesempenho da empresa. Elesabordam desde impostos pagose consumo de água atécomposição de gerências,segundo o gênero e a adoção deprogramas contra a Aids,passando pelo impacto dosprodutos no mercado, acidentesde trabalho, treinamento defuncionários e doações àcomunidade.”

Revista Exame – SP – “Responsabilidade Social”– 11/06/2003 páginas 102 e 103.


estrutura

Com a adoção dos modelos GRI e de entidades do mercadode capitais, a Natura já assegurava um bom grau de abrangênciae transparência nas informações. No caso do modelo GRI, osindicadores de desempenho são estruturados conforme umahierarquia de categoria, aspecto e indicador. As definições usadasdentro dessa hierarquia estão alinhadas com normas internacionais,mas adaptadas à estrutura do GRI. Os indicadores estão agrupadosconforme as três dimensões da definição convencional desustentabilidade – econômica, ambiental e social.

Nos indicadores econômicos, por exemplo, são analisados osimpactos econômicos diretos e indiretos relacionados acolaboradores, clientes, fornecedores e setor público. Nosindicadores ambientais, são abordados aspectos como autilização de recursos naturais – energia, água e ativos dabiodiversidade emissão de efluentes, transporte, produtos eserviços, entre outros.


Os indicadores sociais abordamaspectos como práticas trabalhistas,direitos humanos – incluindo trabalhoinfantil, políticas de não discriminação,práticas disciplinares, entre outrasrelações com a sociedade, res-ponsabilidade sobre produtos e serviçose comunicação responsável. Além destesdestaques, contidos no relatóriopropriamente dito, há um apêndice,em que são detalhadas as ações, osresultados do ano com indicações deobjetivos alcançados ou não, e as metasestabelecidas para programas e projetosno exercício seguinte.

Quanto ao modelo das entidades domercado de capitais para o desempenho há, entre outras,informações sobre estratégia, medidas de produtividade, gestãode risco e de práticas de governança corporativa, além daanálise do comportamento dos negócios e dos resultados,como complemento importante aos dados de balanço.

“O Relatório é uma importantefonte de pesquisa a ser consultadapelos nossos alunos do Curso dePós-Graduação lato sensu Gestãode Processos Comunicacionais daEscola de Comunicações e Artesda Universidade de São Paulo, paraconstrução de caminhos que levamà interaçãoUniversidade/Sociedade.”

Profa. Dra. Maria Aparecida Baccega,Coordenadora do Curso de Pós Graduação lato sensuGestão de Processos Comunicativos da ECA-USP

produçãoe distribuição

O trabalho de apuração de informações para a redação do textodo relatório tomou como base informações levantadas porequipes externa e interna especialmente designadas. Durante oprocesso, as principais lideranças da companhia produziram umsumário executivo contendo as atividades e resultados maisimportantes de suas áreas. Este material serviu como subsídiopara que jornalistas, especialmente contratados para a preparaçãodo texto, conduzissem as entrevistas com os executivos da Natura.

Uma equipe interna multidisciplinar liderou um grande númerode colaboradores mobilizados para a coleta e tabulação dosdados. As diretorias de Finanças, de Assuntos Corporativos, asáreas de Relações Institucionais, de Recursos Humanos,Responsabilidade Corporativa e de Meio Ambiente estiveramà frente de um processo que mobilizou 67 colaboradores.Coube a este grupo apurar, entre outras informações, 89indicadores entre os 96 sugeridos pela GRI, bem como os dadospertinentes ao Balanço Patrimonial e às Demonstrações deResultados da empresa.


A coordenação da coleta de dados para cumprir as exigênciasdos indicadores econômicos, sociais e ambientais foi feita pelagerência de Responsabilidade Corporativa, responsável aindapelo apoio na interpretação de cada quesito. Os indicadoresutilizados foram amplamente analisados e debatidos pelo Comitêde Sustentabilidade da Natura. Os balanços patrimoniais edemais demonstrações financeiras foram organizados pela vice-Presidência de Finanças e auditados pela Deloitte ToucheTohmatsu. A direção de Arte e projeto gráfico couberam aWilson Spinardi Junior, da Modersign Design e Inovação. E acoordenação editorial e redação dos textos ficaram a cargo dedois experientes jornalistas da área econômica e de negócios,José Paulo Kupfer e Antonio Felix, ambos com passagensdestacadas por publicações como Revista Exame, GazetaMercantil, DCI e O Estado de São Paulo, e com larga experiênciana produção de relatórios anuais de grandes empresas.

Uma novidade desta edição foi a produção de uma versãocondensada do relatório na linguagem em braile e em tipografiapara visão subnormal. Além de atender aos colaboradores daNatura que são portadores de deficiência visual, é objetivo daempresa estender suas informações a este público por meiodo relacionamentos com entidades de apoio e bibliotecasdirigidas a portadores de necessidades especiais.

Assim como fez no ano passado, quando escolheu a ar te daxilogravura para ilustrar seu Relatório 2002, a Natura buscounas raízes do Brasil o conceito gráfico do Relatório Anual2003. O Estado do Pará, onde a empresa desenvolve açõesjunto a comunidades locais, é o berço das culturas marajoarae tapajônica, cujos motivos inspiram esta publicação. A cerâmicamarajoara, considerada das mais belas e das mais bemelaboradas do mundo, nasceu de povos extintos antes dodescobrimento do Brasil. O artesão paraense Raimundo SaraivaCardoso, o Mestre Cardoso, é um dos maiores conhecedoresdestas manifestações ar tísticas. São de sua autoria as peçasreproduzidas neste Relatório.

Foram utilizadas, ainda, imagens de fotógrafos consagrados,como Arnaldo Pappalardo, Danilo Borges, Eduardo Simões,Fabiano Feijó, Gabriel Matarazzo, Jair Lanes, Mário Fontes, PauloGozzi, Ricardo Benichio, Roberto Linsker e Thomas Kremer.

O Relatório, de 108 páginas, foi impresso em papel totalmentereciclado, de 120 g/m2 no miolo.

partido gráfico


Como resultado final, a Natura produziu um relatório detalhadoe explicativo das suas atividades em 2003. A comparação dedados comprova que é possível conciliar práticas social eambientalmente corretas com a obtenção de resultadoseconômicos e financeiros extremamente positivos.

Com a abertura de capital em 2004, o Relatório Anual da Naturapassou a ser distribuído aos novos acionistas (cerca de 3500pessoas físicas e 500 instituições), sendo também colocado àdisposição do corpo gerencial da empresa e todos oscolaboradores. Outros públicos com os quais a companhia serelaciona, como empresas, órgãos governamentais, organizaçõesnão-governamentais, entidades de classe, Imprensa e universidades,igualmente recebem o relatório.

A versão em braile e em tipografia para visão subnormal serádistribuída para entidades de apoio aos deficientes visuais ebibliotecas dirigidas a este público.

Para facilitar o acesso e, assim, ampliar a visibilidade de suasatividades, a Natura coloca à disposição dos interessados, tantona internet como na sua rede interna de comunicação, intranet,a íntegra do Relatório Anual.


reconhecimentos

O Relatório Anual Natura 2002recebeu três impor tantesp rêm io s em 2003 . Fo iconsiderado o melhor relatóriode companhia fechada pelaAssociação Bras i le ir a dasCompanhias Abertas, Abrasca, eganhou o primeiro lugar emprêm io conced ido pe l aAssoc iação Br as i le i r a deComunicação Empresarial, Aberje.Recebeu, ainda, o 3º prêmioBalanço Social, na categoriaRegional São Paulo, da Associaçãodos Analistas e Profissionais deInvestimento do Mercado de Capitais, Apimec, Associação Brasileirade Comunicação Empresarial, Aberje, Fundação Instituto deDesenvolvimento Empresarial e Social, Fides, e Instituto Brasileirode Análises Sociais e Econômicas, Ibase.

“A Natura recebeu ontem na Bolsade Valores de São Paulo (Bovespa) oPrêmio Abrasca de Melhor RelatórioAnual na categoria companhia fechada.A premiação promovida pelaAssociação Brasileira das CompanhiasAbertas (Abrasca), pelo quinto anoconsecutivo, é considerada o principalreconhecimento às empresas queinvestem nas boas práticas dagovernança corporativa e buscam aexcelência na elaboração derelatórios.”

Diário do Comércio – SP – “Natura” –

19/09/2003 – pág. 10.

Além da versão original emportuguês, o Relatório é produzidotambém em espanhol e inglês. Aversão em espanhol atendeespecialmente os públicos de paísesda América do Sul em que a Naturatem operações – Argentina, Chile,Peru e Bolívia – e serve comoimportante canal de comunicaçãocom esses novos mercados. A versãoem inglês é dirigida a um mailingqualificado de empresas e entidadesde entidades representativas noexterior, como a própria GRI, osvários programas das Nações Unidas,a Business for Social Responsibilitye a Global Compact, entre outras.

Uma ver são condensada esimplificada do Relatório é publi-cada em edição especial doSerNaturaColaborador, publicaçãomensal de circulação interna. Delaconsta não só a Mensagem da Presidência como os principaisindicadores de resultados da companhia, além de reportagens sobreas características e a importância do relatório na disseminação deidéias e conceitos.

Este ano, para ampliar ainda mais a divulgação de suas atividades, aNatura publicou no jornal Valor Econômico, em três páginas e emquatro cores, anúncio com uma versão condensada do Relatório Anual.

A Natura também divulga o Relatório em palestras e fóruns.

“Fico muito contente em compartilhara filosofia e resultados da Naturaatravés de seu Relatório Anual. Comovocês sabem, há muitos anosacompanho com entusiasmo odesenvolvimento e ação realizadas pelaNatura. Achei o máximo todo ocuidado na elaboração do Relatório,especialmente as ilustrações. Sinto-meorgulhosa de ser amiga de vocês e queo Brasil tenha uma empresa desseporte que se identifica com nossasraízes culturais.”

Maria Alice SetubalDiretora presidente do Centro de Estudos e Pesquisasem Educação, Cultura e Ação Comunitária



perspectivas

A compilação de dados e indicadores e a sua apresentaçãode forma transparente faz parte também de um processo deaprendizado contínuo. Ao mesmo tempo em que o RelatórioAnual é o retrato das atividades da Natura num determinadoperíodo, serve ainda como um guia para ações futuras, umimpor tante auxiliar para a empresa alcançar os objetivosestabelecidos.

A busca pelo equilíbrio entre os aspectos econômico-financeiro,social e ambiental, registrado no relatório unificado, não é ummero exercício estatístico. Ela faz parte do dia-a-dia da companhiae estará ainda mais presente no futuro, com a incorporação dorelatório nas atribuições do Comitê de Sustentabilidade, compostopor executivos com poder de decisão, para discutir iniciativasrelacionadas a meio ambiente, qualidade total, responsabilidadesocial e qualidade de vida dos colaboradores.


Agilent, dos Estados Unidos

BASF, da Alemanha

Baxter International, dos Estados

Unidos

Bayer AG, da Alemanha

British American Tobacco, da Inglaterra

CWS Powder Coatings, da Alemanha

ESAB, da Suécia

Ford Motor Company, dos Estados

Unidos

Gaz de France, da França

General Motors, dos Estados Unidos

Halliburton, dos Estados Unidos

Ito Yokado, do Japão

Jebsen and Jessen,de Cingapura

empresas que participamdo grupo de feedbackda global reporting initiative

relações transparentes coma sociedade e diálogos com públicos interessadosPalestras relacionadas à Responsabilidade Social ministradas em 2003

Kirin Brewery Co., do Japão

Natura, do Brasil

Nike, dos Estados Unidos

Panasonic, do Japão

Procter & Gamble, dos Estados Unidos

Renault, da França

Rio Tinto, da Inglaterra

Royal Dutch/Shell, da Inglaterra

Siam Kraft, da Tailândia

SKF Group, da Suécia

Suncor Energy, do Canadá

Sydkraft Group, da Suécia

Texaco, dos Estados Unidos

TotalFinaElf, da França

TransAlta, do Canadá

TXU Europe, da Inglaterra

Vivendi Environnement, da França

WSP Group, da Inglaterra


Para saber mais acesse

www.aberje.com.br

www.abrasca.org.br

www.apimec.com.br

www.ethos.org.br

www.fides.org.br

www.globalreporting.org

www.ibase.org.br

www.unglobalcompact.org


clipping



Revista ExameSão Paulo, 11/06/2003

Gazeta MercantilSão Paulo, 18/09/2003



Revista Carta CapitalSão Paulo, 15/10/2003


Revista Projeto DesignSão Paulo, 08/2003


Diário do ComércioSão Paulo, 05/11/2003




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