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J.S.A., homem, 55 anos, obeso, natural de Imbituva/PR. Pcte chegou ao PS pelo SAMU, vítima de um acidente auto-moto. ABCDE do trauma realizado pelo serviço de emergência: Glasgow 11 (3+4+4) e rebaixando, fratura exposta em tíbia E, tórax instável com respiração paradoxal. Abordagem do serviço de emergência: sedação e EOT, redução de fratura. Admissão hospitalar: Glasgow 3, pcte entubado, ventilação com pressão positiva, Sat O2 92%, Exames: TAC crânio: RX tórax: Partes moles preservadas. Fratura dos arcos costais esquerdos 7º, 8º, 9º, 10º. Trama vascular preservada. Área cardíaca normal. Recessos costofrênicos livres. Rx MIE:

caso clínico 6

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Mais um exemplo de caso clínico na área de infectologia que estou disponibilizando e que está aqui pra você que queira baixar inteiramente grátis .

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Page 1: caso clínico 6

J.S.A., homem, 55 anos, obeso, natural de Imbituva/PR.

Pcte chegou ao PS pelo SAMU, vítima de um acidente auto-moto.

ABCDE do trauma realizado pelo serviço de emergência: Glasgow 11 (3+4+4) e rebaixando,

fratura exposta em tíbia E, tórax instável com respiração paradoxal. Abordagem do serviço de

emergência: sedação e EOT, redução de fratura.

Admissão hospitalar: Glasgow 3, pcte entubado, ventilação com pressão positiva, Sat O2 92%,

Exames:

TAC crânio:

RX tórax: Partes moles preservadas. Fratura dos arcos costais esquerdos 7º, 8º, 9º, 10º. Trama

vascular preservada. Área cardíaca normal. Recessos costofrênicos livres.

Rx MIE:

Page 2: caso clínico 6

Conduta:

Realizado toracodrenagem e redução de fraturas. Pcte encaminhado para uti sedado (Glasgow 3), com

ventilação mecânica em pressão positiva, com sonda vesical, acesso venoso central, manejo e controle da

PIC.

Evolução:

D1: Pcte permanece estável em UTI, sem mudança do quadro – continua com HIC, controle hídrico, uso

de rocefin 1g 24/24h. Família relata que o pcte é caminhoneiro com longas jornadas de trabalho, HAS e

DSLP não tratados, faz uso de rebite esporádico, alimentação não balanceada carregada em alimentos

gordurosos e fritos, não faz controle de sal, sedentário, tabagista (2 carteiras/dia há 30 anos). Negam

outras comorbidades, alergias, cirurgias e internamentos. Mãe, faleceu aos 76 anos, “problema no

coração”. Pai, faleceu aos 65 anos, câncer de estômago. 5 irmãos, 4 vivos (3 mais velhos com HAS, DM e

DSLP; 1 mais velho com ca de próstata), 1 falecido (suicídio). 2 filhos homens saudáveis.

D2: Pcte estável sem alteração no quadro. Hemograma com Hb 12,9 g/dl; VG: 36%; 150.000

plaquetas/mm³; leucócitos: 9.000/mm³; bastonetes 4%. Sat 02 95% FR 16 FC 65

D4: Sem alterações do quadro neurológico.

D7: Avalição do cirurgião torácico para a retirada do dreno. Hemograma Hb: 11,8 g/dl; VG: 33%; 142.000

plaquetas/mm³; 18.000 leucócitos; bastonetes 12%. Sat 02 93% FR 18 FC 125

Perguntas:

1) O que você espera de evolução do quadro desse paciente? (Não vale citar apenas a parte

neurológica)

2) Defina SIRS, choque séptico e septicemia. Em quais destas definições o paciente enquadra-se e

por que?

3) Quais são os fatores de risco para infecções hospitalares nesse paciente?

4) Quais são os possíveis micro-organismos envolvidos?

5) Cite quais tipos de resistência podemos esperar nessas bactérias.