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CASOS DE JOGO CONSELHO DE ARBITRAGEM -1- ÉPOCA 2002/2003 CASOS DE JOGO - Aplicação das Regras, Decisões e Comentários - Tradução da Parte II do “Case Book” – 2001-2004 editado pela Comissão das Regras de Jogo da FIVB.

Casos de jogo 2002-2003 - FPVoleibol.pttreinador da Alemanha teve um desentendimento com o primeiro árbitro. O treinador dirigiu-se ao segundo árbitro e insistiu em explicações

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -1- ÉPOCA 2002/2003

CASOS DE JOGO

- Aplicação das Regras, Decisões e Comentários -

Tradução da Parte II do “Case Book” – 2001-2004 editado pela Comissão das Regras de Jogo da FIVB.

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -2- ÉPOCA 2002/2003

Capítulo 1: Instalações e equipamentos

Altura da rede

N.º do caso Situação Decisão

1.1 Existem diferentes alturas

da rede de acordo com a idade e sexo dos atletas?

Sim. Há várias alturas da rede para os diferentes escalões etários, que não são iguais em todo o mundo e são estabelecidas pelas respectivas Federações Nacionais. Aplica-se a Regra 2.1.1 para as competições da FIVB, jogos internacionais e escalões seniores das Federações Nacionais.

Capítulo 2: Participantes

Uso de objectos proibidos

N.º do caso Situação Decisão

2.1 Um jogador prepara-se para

substituir outro. O segundo árbitro repara que o atleta apresenta um aparelho protector numa perna. É permitido tal aparelho?

O segundo árbitro deve permitir a entrada do jogador desde que o aparelho em causa não possa colocar em risco o próprio atleta, bem como os restantes jogadores, durante o jogo. Por outro lado, não poderá ser dada permissão de jogar a um atleta com um molde de gesso, mas este poderá estar sentado no banco. Regra 4.5.1

2.2 Durante uma competição

feminina, uma atleta usa um anel com uma pedra pontiaguda. O primeiro árbitro pede para que esta o tire do dedo. A atleta responde que é impossível retirá-lo. A atleta tem permissão para jogar com o anel no dedo?

O principal desta regra é de que a atleta deve tirar o anel. Se de facto isso é impossível, este deve ser envolvido com adesivo de modo a que atleta e as restantes jogadoras se encontrem protegidas de uma possível lesão causada pelo anel. É importante que o árbitro informe tanto a atleta como o seu treinador principal que esta se encontra a violar a regra e é responsável pelas consequências de qualquer possível lesão causada pelo anel. Regra 4.5.1

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -3- ÉPOCA 2002/2003

Capitão

N.º do caso Situação Decisão

2.3 Na American’s Cup, o

capitão em jogo da Argentina , Hugo Conte, em várias ocasiões questionou as decisões do árbitro e perguntou o porquê de determinadas decisões terem sido tomadas. Qual é a resposta a dar pelo primeiro árbitro?

Quando, na opinião do primeiro árbitro, este comportamento excede os limites da Regra 5.1.2, o primeiro árbitro deve advertir o capitão de jogo mas sem nenhuma penalidade conforme estabelecido na Regra 21.1. Se o comportamento continuar para além dos limites da expressão de desagrado razoável, o capitão de jogo deve ser penalizado com cartão amarelo por conduta grosseira. Regra 5.1.2.1, 21.1, 21.2, 22.2.

2.4 No Women’s Norceca Championships a capitã em jogo da equipa de Porto Rico estava com dúvidas sobre a ordem de rotação da sua equipa. A jogadora pediu ao segundo árbitro para verificar a posição das jogadoras antes de dar continuidade ao jogo. Qual foi a resposta do primeiro árbitro?

É um pedido legal. Neste jogo o primeiro árbitro pediu ao segundo para este verificar se as posições das jogadoras de Porto Rico estava correcta antes de dar continuidade ao jogo. Não é necessário que o primeiro árbitro se envolva, uma vez que o segundo tem autoridade para verificar a posição das jogadoras sem necessitar da autorização do primeiro. Nenhum dos árbitros pode dar informações ao capitão de jogo sobre as posições da outra equipa, quer esta esteja correcta ou não. A possibilidade de fazer este pedido não deve ser de usada excessivamente por qualquer equipa. Regra 5.1.2.2.

2.5 O capitão em jogo da equipa

que tem o serviço está com dificuldades em determinar quais os jogadores da equipa adversária que estão a jogar na linha avançada. Como forma de poder clarificar a sua dúvida pede ao primeiro árbitro para verificar a formação do adversário. É permitido?

Se tal pedido não tiver natureza repetitiva, o primeiro árbitro pode pedir ao segundo que este faça a verificação das posições dos adversários. No entanto, a única informação que pode ser dada é se os adversários estão ou não correctamente posicionados. Nenhuma informação deve ser dada que possa identificar os atletas da linha avançada e da linha defensiva. Regra 5.1.2.2.

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -4- ÉPOCA 2002/2003

2.6 O capitão vê um juiz de linha

assinalar um toque no bloco. O primeiro árbitro não vê esse sinal. Como pode o capitão de jogo, educada e legalmente, pedir para que o primeiro árbitro consulte o juiz de linha?

No final da jogada, o capitão de jogo pode levantar a sua mão com um gesto educado para pedir para se dirigir ao primeiro árbitro. Poderá pedir uma explicação para a interpretação da jogada. O primeiro árbitro deve aceitar esse pedido. Regra 5.1.2.1, 21.2.1.

2.7 Uma jogada em que houve

um erro do primeiro árbitro na aplicação correcta de uma sanção é protestada por parte do capitão de jogo da equipa penalizada. O primeiro árbitro diz que a sua decisão é final e que nenhum protesto será aceite. É uma afirmação correcta por parte do árbitro?

O primeiro árbitro esteve errado. Este deve clarificar os motivos da sua decisão. Se não ficar satisfeito, o capitão tem o direito de registar o seu desagrado no boletim de jogo, como um protesto oficial, no final do jogo ou pedir que se registe o resultado para esse fim. Os protestos envolvendo regras e a aplicação de sanções é permitido e deve ser aceite. A discussão do mesmo não é permitida durante o jogo. Nas Competições Internacionais oficiais nas quais está presente o Comité de Controlo, o treinador principal das equipa protestante pode requerer ao Juiz Presidente do Jogo para que se realize uma Conferência de Juizes. Os procedimentos para a Conferência de Juizes encontra-se nas Instruções de arbitragem. Regras 5.1.2.1, 24.2.4.

Treinador N.º do caso Situação Decisão

2.8 Antes do início de um jogo

no Jogos Olímpicos de Barcelona, o primeiro árbitro notou que o treinador da selecção Italiana tinha um “walkie-talkie” e estava a falar com uma pessoa sentada na bancada. É permitido o uso deste aparelho?

É permitido o uso de tais aparelhos.

2.9 No primeiro e segundo set

de um jogo entre a Alemanha e o Canadá , o treinador da Alemanha teve um desentendimento com o primeiro árbitro. O treinador dirigiu-se ao segundo árbitro e insistiu em explicações

De acordo com a Regra 5.1.2, apenas o capitão de jogo se encontra autorizado a falar com os árbitros e a pedir explicações. O treinador não tem autorização para falar com os árbitros. O segundo árbitro deve recusar falar com o treinador e pedir para que este se dirigia para o seu lugar. Se este pedido não for

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -5- ÉPOCA 2002/2003

para o julgamento efectuado pelo primeiro. Por duas vezes o segundo árbitro falou com o treinador durante mais de 10 segundos. O segundo árbitro fez uma aplicação correcta das regras?

acatado o segundo árbitro deve notificar o primeiro árbitro para a sanção adequada. Normalmente, o primeiro árbitro apenas adverte o treinador do seu comportamento, comunicando através do capitão de jogo. Não há sanção. Se o comportamento do treinador continuar, o primeiro árbitro sanciona-o por conduta grosseira, com a perda as jogada, pelo capitão de jogo. Regra 5.1.2, 5.2.3, .5.2.3.4, 22.1, 22.1, 22.3.

2.10 Nos Pan American Games,

na Argentina, o treinador principal da equipa feminina Americana levantou-se no final de uma jogada e protestou em voz alta sobre a decisão dos árbitros, pedindo ao primeiro árbitro para reconsiderar. Qual é a resposta correcta do primeiro árbitro?

O primeiro árbitro pode dirigir-se, através do capitão em jogo, ao treinador ou qualquer outro elemento da equipa técnica, dando uma advertência por conduta incorrecta menor. Em casos extremos o primeiro árbitro pode penalizar o treinador com conduta grosseira (cartão amarelo) como descrito na escala de sanções, diagrama 9, Regra 22.3. Apenas o capitão de jogo pode falar com o primeiro árbitro e pedir explicações sobre a decisão. Regra 5.1.2, 5.2.3, 21.1, 22.2, 22.3.

2.11 Num jogo BSE-Galatasaray

da CEV Cup, o treinador húngaro movimentou-se na zona livre para perto da linha de fundo. Quando queria pedir tempo morto pedia ao treinador adjunto que carregasse na campainha após o qual o treinador fazia o sinal oficial de pedido de tempo morto. É um procedimento aceitável para o pedido de tempo morto?

É um procedimento aceitável para a requisição de tempo morto. O treinador principal tem a responsabilidade de pedir o tempo morto, o que inclui tocar a campainha e fazer o sinal oficial. De modo a facilitar a fluidez do jogo e de acordo com as novas regras de mobilidade do treinador, este está autorizado a pedir que outro elemento da equipa técnica carregue na campainha, mas o treinador tem que realizar o sinal oficial de tempo morto. Regra 5.2.1, 5.2.3.3, 5.3.1.

2.12 No decorrer do jogo Japão-

Russia do Campeonato do Mundo feminino, no Japão, o treinador adjunto e o preparador físico da equipa japonesa saíram do banco e acompanharam o treinador principal quando este percorria a linha lateral do campo. O primeiro árbitro não tomou nenhuma atitude de modo a proibir estes movimentos. È aceitável o comportamento dos japoneses?

As regras apenas permitem que o treinador principal se desloque livremente ao longo da linha lateral entre a linha dos três metros e a zona de aquecimento. Os outros membros da equipa técnica devem permanecer no banco ou na zona de aquecimento. Os árbitros deveriam ter chamado a atenção do treinador para esse facto e pedido que o treinador adjunto e o preparador físico permanecessem sentados. Regra 5.2.3.2, 5.2.3.4, 5.3.1.

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -6- ÉPOCA 2002/2003

2.13 No USA Open Volleyball

Championships, o treinador principal da equipa feminina da Republica Dominicana encontrava-se muito próximo da área de jogo encorajando as suas atletas. Houve momentos em que se encontrava entre o segundo árbitro e as suas jogadoras em campo. Quando isto aconteceu , o segundo árbitro pediu para que treinador principal se afastasse da linha para não lhe dificultar a visão clara das jogadas. O treinador protestou dizendo que se encontrava numa posição legal. É esta a interpretação correcta das regras?

A Regra 5.2.3.4 estabelece que o “o treinador pode dar instruções em pé ou movimentar-se dentro da zona livre em frente ao seu banco ... sem perturbar o jogo”. Neste caso o treinador estava a interferir com a capacidade do segundo árbitro de visualizar os acontecimentos que ocorriam no jogo. Deste modo o pedido deste árbitro estava correcto. Regra 5.2.3.4

2.14 Num jogo de uma prova

europeia entre o Nyborg e o Austrat, o treinador do Austrat entrou em campo pela linha final para dar instruções ao seu libero. Noutra ocasião o treinador colocou-se entre a extensão da linha dos três metros e da linha central. Esta posição impedia a visualização do serviço por parte do marcador. Qual é a atitude correcta a ser tomada pelos árbitros, em relação a este comportamento?

O treinador , e apenas o treinador , pode movimentar-se entre o prolongamento da linha dos três metros e a zona de aquecimento. O treinador não pode entrar no recinto de jogo para dar instruções aos seus jogadores. Deste modo, o treinador não foi correcto em três ocasiões, pois não tem autorização para:

ir para a linha final, zona de serviço. encontrar-se entre o prolongamento

da linha dos três metros e da linha central.

entrar no campo. O primeiro árbitro deveria, através do capitão em jogo, alertar o treinador por conduta incorrecta menor. O treinador deve ser relembrado dos limites da sua liberdade de movimento. Regra 5.2.3.4.

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -7- ÉPOCA 2002/2003

CAPÍTULO 3: Formato de jogo Sorteio

N.º do caso Situação Decisão

3.1 Depois de ganhar o sorteio

antes do primeiro e do quinto set de um jogo, que opções tem o capitão de equipa ?

O vencedor do sorteio tem quatro opções: 1. o serviço; 2. a recepção ao serviço; 3. escolher o lado direito do campo; 4. escolher o lado esquerdo do campo;

se o capitão vencedor escolher o campo, o capitão derrotado tem que ficar com o outro campo e pode escolher o serviço ou a recepção. Se o capitão vencedor escolher o serviço, o outro capitão vai receber, mas pode escolher o lado do campo onde iniciará o jogo. Se o capitão vencedor escolher a recepção o outro capitão terá de servir, mas poderá escolher o campo. Regra 7.1.2

Faltas de posição e de rotação

N.º do caso Situação Decisão

3.2 No USA National

Championships, Sato, o jogador de 6, estava posicionado claramente à frente de Miller na posição 3. Antes do contacto com a bola, no serviço da equipa adversária, Sato saltou e não se encontrava em contacto com o solo quando a bola foi batida É uma posição legal para a equipa de Sato?

Quando um jogador salta , mantém a posição que tinha no último contacto com o solo. Deste modo enquanto Sato estava no ar o seu último contacto com o solo foi mantido, assim considera-se que Sato estava à frente de Miller e em posição ilegal, perdendo a jogada. Regra 7.4, 7.4.2, 7.4.3.

3.3 Na recepção ao serviço, o

jogador de 6 está com os pés ligeiramente atrás do jogador de 3 e as suas mãos, que estão em contacto com o solo, estão à frente dos pés do jogador de 3 no momento do batimento da bola no serviço. É uma posição legal para a equipa que recebe?

É uma posição legal. Apenas os pés, que estão em contacto com o solo, são considerados para determinar se a posição do jogador é legal ou não. Regra 7.4.3, 7.5.

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -8- ÉPOCA 2002/2003

3.4 No momento do batimento da

a bola no serviço, o passador americano Jeff Stork, que estava na linha avançada, tinha parte do pé a penetrar no campo da equipa adversária e a parte restante sobre a linha central. O segundo árbitro apitou por Stork estar em falta de posição pois não se encontrava totalmente dentro dos limites do campo da equipa que recebe no momento do batimento da bola no serviço. Estava o segundo árbitro correcto?

Foi uma decisão correcta por parte do segundo árbitro. Regra 7.4.

3.5 Num jogo do Grande Prémio

feminino, e durante o terceiro set a equipa que recebia, o Brasil, ganhou a jogada. O jogador número 6 deveria ter rodado para servir. No entanto é o jogador número 5 que serve. Este facto não foi detectado pelo marcador. O jogador 5 serve 3 pontos. Após mais duas jogadas o Brasil volta a ganhar o serviço. O jogador que se seguia ao número 5, número 11, roda para servir. Após o serviço , o marcador, anuncia a falta de rotação no serviço. No boletim de jogo apenas se identifica que deveria ter sido o número 5 a servir. Um visionamento posterior do vídeo do jogo mostra o que aconteceu, mas isso não pode ser visto no boletim de jogo. O árbitro determina a perda de jogada por parte do Brasil pelo serviço do número 11, e é reposta a posição correcta em campo. Não foram cancelados os pontos. Foi correcta esta decisão do primeiro árbitro?

Baseada na informação escrita no boletim de jogo, a decisão do primeiro árbitro foi correcta. Regra 7.7.1, 24.2.3.

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -9- ÉPOCA 2002/2003

Substituições

N.º do caso Situação Decisão

3.6 Durante o aquecimento

oficial no inicio do primeiro set entre USA e a Argentina, Kantor o passador da argentina lesionou-se e não pode jogar. O atleta já estava inscrito no boletim de jogo como o jogador que iria fazer o serviço. O árbitro permitiu que o treinador substituísse o atleta. Uma vez que esta estava registado como um dos atletas do seis base, deverá participar numa jogada antes de ser substituído?

Não, o árbitro permitiu correctamente que o jogador fosse retirado de jogo através de uma substituição legal, aos 0-0. Uma vez que a o boletim de jogo tenha sido verificado pelo segundo árbitro ou pelo marcador, a única alteração permitida , excepto a substituição do libero, são as realizadas através de substituições legais. Esta substituição conta para as seis permitidas por set, para cada equipa. Regra 7.3.2, 7.3.4, 7.3.5.2

3.7 R7 encontrava-se em jogo

quando devia estar no banco. A equipa que recebe já utilizou as seis substituições permitida. Uma vez que não existem substituições legais para fazer, qual é o procedimento correcto por parte dos árbitro?

A equipa que recebe tinha a formação errada. Os procedimento da Regra 8.4.2, é o seguinte:

a. perda de jogada por parte da equipa que recebe. Ponto para a que serve.

b. A substituição é rectificada. R7 é retirado e o jogador correcto é colocado em campo. Esta correcção não conta como substituição, no entanto a saída de R7 não cancela a substituição se esta foi usada para colocar R7 em campo.

c. Todos os ponto efectuados pela equipa que recebe, enquanto R7 estava em campo ilegalmente são retirados.

d. Não existe mais nenhuma penalidade para a equipa que estava a receber.

Regra 8.4.2

3.8 A equipa R já fez cinco substituições. O treinador de R pede substituição e indica que é dupla. Qual é a resposta adequada por parte do segundo árbitro?

Uma vez que a equipa R já fez cinco substituições, o pedido para a sexta é válido. O segundo árbitro relembra o treinador que este pode fazer apenas uma substituição e pergunta qual quer efectuar. Uma vez que não haja atrasos, a segunda substituição é rejeitada sem nenhuma sanção. Regra 8.1.1, 16.5, 16.6, 17.1

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -10- ÉPOCA 2002/2003

3.9 Num jogo do campeonato

nacional dos USA entre duas equipas muito fortes ocorreu o seguinte caso: R2 e R5 são dois atacantes muito fortes. Durante um set R5 é substituído regressando mais tarde ao campo. Durante este set, quando R5 estava na linha avançada, lesiona-se tendo de ser efectuada uma substituição excepcional. Uma vez que o treinador vê R5 no campo aparentemente com uma lesão grave, pede uma substituição para R2 (na linha defensiva), ficando um especialista de defesa no lugar de R2 e este no banco. Depois é determinado que R5 não pode jogar e o treinador faz entrar R2 no jogo, à rede, no lugar de R5, usando uma substituição excepcional. Esta sequência de substituições é legar?

Não é legal. Entre duas jogadas o treinador apenas pode fazer uma substituição. No entanto se quiser fazer mais do que uma substituição estas devem ser pedidas ao mesmo tempo. A tentativa de substituição por parte do treinador não é legal. Regra 8.2, 16.3.2

3.10 Num jogo na Liga do Kuwait

o treinador pede duas substituições. Quando o marcador verificou as substituições, indicou que a primeira era legal mas o segundo pedido não o era. Qual é a resposta correcta por parte do segundo árbitro?

O segundo árbitro permite que a substituição legal se realize. O pedido da substituição ilegal é recusado, independentemente da ordem em que as substituições forem pedidas. O pedido de uma substituição ilegal é sancionado por demora. Se for o primeiro só é feita uma advertência, as que se seguirem serão penalizadas. Regra 8.1 17.1.3

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -11- ÉPOCA 2002/2003

CAPÍTULO 4: ACÇÕES DE JOGO Toque de bola N.º do caso Situação Decisão

4.1 No Grand Champions Cup

masculino, Narita era o passador dos japoneses que estavam a jogar contra a Holanda. O defesa japonês recebe o serviço holandês muito mal e a bola passa por cima da rede e por fora da antena. Narita corre para a bola na zona livre da Holanda e toca a bola na direcção do campo japonês. Mas a bola não passa a rede e vai na direcção da rede do lado da Holanda. O blocador central da Holanda apanha a bola. O primeiro árbitro apita antes do blocador apanhar a bola e o sinal de bola fora é efectuado pelo árbitros. É um sinal correcto por parte dos árbitros? Em que momento é que a bola ficou fora?

O sinal do árbitro está correcto, , a bola está fora. A bola fica totalmente fora de jogo quando deixa o espaço sobre a zona livre do lado da rede da Holanda. Deste modo a bola está fora quando atravessa a linha lateral do lado da rede da Holanda. A bola também estaria fora se tocasse num jogador das Holanda que estivesse na zona livre, desde que este não estivesse lá para impedir que o japonês tocasse a bola para o seu lado do campo. Regra 11.1.2, 11.1.2.2

4.2 Numa tentativa de colocar a

bola com o primeiro toque na parte posterior do campo, o atacante italiano Papi tocou a bola com a palma da mão para cima. O primeiro árbitro permitiu que a jogada continuasse. A sua decisão foi correcta?

O primeiro árbitro estava correcto. O contacto com a bola deve ser julgado pela qualidade do contacto, ou seja, se a bola é ou não agarrada ou empurrada. O árbitro não se deve precipitar em apitar a falta, a não ser que tenha visto que a bola foi agarrada ou empurrada pelo Papi. Regra 10.2.1, 10.2.2, 10.2.3.3, 10.3.4.

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -12- ÉPOCA 2002/2003

4.3 Num jogo feminino entre

USA e a China, a atacante chinesa Li ataca a bola conta o bloco de Elaina Onden. A bola ressalta para o campo chinês onde Li tenta jogar a bola com os antebraços. A bola ressalta entre um braço e o outro e para o peito da jogadora durante uma acção sem que fosse agarrada ou empurrada. O primeiro árbitro permitiu a continuação da jogada. Estava correcto?

O primeiro árbitro esteve correcto. Foi o primeiro toque da equipa que recebia. Por isso, os toque sucessivos são legais desde que ocorram durante uma acção de jogada da chinesa e esta não tentou agarrar nem empurrar a bola. Existem vários casos em que o primeiro toque pode ser composto por toques sucessivos. Entre eles encontramos:

1. recepção ao serviço; 2. defesa de um ataque. Pode ser uma

ataque com força ou não; 3. defesa da bola que ressalta do bloco

da equipa que o efectua. 4. defesa de uma bola que ressalta do

bloco efectuado pela equipa adversária. Regra 10.2.3.2

4.4 Nos Jogos Pan Americanos, uma jogadora brasileira tentou fazer bloco a um ataque de Tee Williams dos USA. A bola toca nas mãos da brasileira e cai entre a rede e a blocadora. A blocadora joga a bola com um braço. A bola toca momentaneamente o braço e o corpo da blocadora brasileira. O primeiro árbitro assinala toque retido. Foi uma decisão correcta?

O contacto com a bola vai determinar se foi uma jogada legal ou bola retida. Uma vez que é o primeiro toque das brasileiras , a blocadora pode dar toques sucessivos desde que dentro de uma única acção para jogar a bola. É, no entanto, possível apitar um toque retido no primeiro toque. Regra 10.2.2, 10.2.3.2

4.5 Num jogo Canadá-Brasil nos

PA Games. Uma jogadora brasileira recebe uma serviço, fazendo-a passar directamente para o campo do Canadá. A jogadora central do Canadá faz bloco reenviando a bola para o campo do Brasil. Esta jogada é legal?

É legal fazer bloco e bater a bola para o campo do adversário. O primeiro árbitro apenas tem que decidir da legalidade do contacto do blocador com a bola. A única consideração a ter é se a bola foi tocada legalmente ou foi agarrada ou empurrada. O contacto ilegal ( bola retida) pode ocorrer na acção de bloco. Regra 10.2.2

4.6 A jogadora americana, Dan

Landry, durante uma jogo contra a Holanda, saltou numa tentativa de jogar a bola junto dos espectadores. Depois do contacto com bola a jogadora caiu nas cadeiras sem entrar em contacto com o chão. Foi uma acção legal por parte de Landry?.

Jogada legal. A jogadora pode jogar a bola para além da zona livre. Fora da área de jogo, a jogadora pode apoiar-se em colegas de equipa ou outros elementos estruturais de modo a tocar a bola. Regra 10.1.3

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -13- ÉPOCA 2002/2003

4.7 USA vs. Canada - Durante

uma jogada, uma canadiana corre atrás da bola até à bancada dos espectadores. Quando a jogadora estava quase a tocar a bola, um espectador agarra a bola. O treinador pediu que a jogada fosse anulada pois o esticador interferiu com a jogada. O árbitro recusou. Foi uma decisão correcta por parte do árbitro.?

Sim. O jogador pode salvar a bola da bancada dos espectadores ou em qualquer parte fora da área de jogo incluindo o banco da equipa. Regra 11.1.2 Por outro lado, o jogador tem prioridade da bola dentro da área de jogo, este prioridade não se mantém fora da área de jogo. Regra 10, 10.1.3, 11.1.2

Penetração por baixo da rede N.º do caso Situação Decisão

4.8 A atacante brasileira

movimentou o pé de modo a que este tocasse acidentalmente a blocadora holandesa por debaixo da rede. O contacto impediu que a jogadora holandesa jogasse a bola reflectida do bloco e a Holanda perdeu a jogada. Qual deverá ser a resposta do segundo árbitro?

O segundo árbitro devia apitar uma acção ilegal uma vez que a jogadora brasileira interferiu com a jogadora holandesa. A jogada deveria ter sido ganha pelas holandesas. Regra 12.2.1

4.9 Holanda vs. Cuba no Men’s

World Cup. Numa altura do jogo em que o cubano Joel Despaigne estava na linha defensiva, recebe um passe feito para a frente da linha dos três metros. Este salta detrás da linha dos três metros, ataca e cai com os calcanhares na linha central e a maior parte dos pés, sobre os pés do blocador holandês Ron Zwerver. Zwerver tenta jogar a bola mas não consegue mover-se com a rapidez suficiente para tocar nela. Zwerver pede interferência ao segundo árbitro, este ignora o pedido. Confrontações semelhantes

A Rega 12.2.1 estabelece que “é permitido penetrar o espaço do adversário por debaixo da rede, desde que essa penetração não interfira com a jogada do adversário.” É bastante claro que a interferência não é permitida. Se foi ou não este caso especifico não podemos determinar à distância. É razoável pensar que uma jogador que esteja totalmente na sua área de jogo e é atingido ou calcado por um adversário tenha sido submetido a uma interferência. Neste caso, o jogador que faz a interferência deve ser penalizado. É uma das funções do segundo árbitro observar esta possível falta. Regra 12.2.1, 12.2.2.1, 12.2.4

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -14- ÉPOCA 2002/2003

correram diversas vezes durante todo o encontro, e todas as vezes o pedido de interferência foi ignorado por parte do segundo árbitro. Foi uma aplicação correctas das regras?

Jogador na ou em contacto com a rede

N.º do caso Situação Decisão

4.10 A equipa feminina dos USA

estava a receber o serviço. Lori Endicott era a passadora americana a penetrar da linha defensiva. Tee Williams recebe mal a bola e Endicott é obrigada mover-se para a zona de defesa para passar a bola. Quando Endicott se volta em direcção à zona de defesa, toca ligeiramente na rede. O árbitro são assinala o contacto com a rede. Foi uma decisão correcta?

O árbitro esteve correcto. Uma vez que o contacto com a bola que se encontra afastada da rede é posterior ao toque na mesma. O contacto com a rede por parte de Endicott não é falta. Regra 12.3.1

4.11 Depois de jogar a bola, uma

jogadora brasileira, Ana Moser, fez um movimento de rotação junto da rede e tocou nesta com o cabelo. Qual é a decisão correcta neste caso?

Não é falta. O contacto na rede por qualquer parte do corpo, incluindo o cabelo, toalha pessoal de limpeza do chão ou qualquer parte do equipamento só é falta quando a jogadora está na acção da jogada junto à rede. Regra 12.3.1, 12.4.4

4.12 Nos Jogos Olímpicos no

jogo Argentina vs. USA, Ctvrtlik, um jogador americano envia a bola para perto da rede. A bola está no plano vertical da rede. Stork, o passador consegue alcançar a bola ultrapassando o plano vertical da rede e distribui a bola para que o atacante Buck a possa atacar. O primeiro árbitro apita falta. É uma jogada legal?

O primeiro árbitro esteve correcto. Acima da tela o jogador não pode ultrapassar o plano vertical para tocar a bola de volta para o seu campo. Deste modo a jogada de Stork não é legal. Uma jogada similar por debaixo da rede é diferente. Debaixo da rede a jogada é ilegal se a bola atravessar completamente o plano vertical da rede. Regra 10, 12.2.1

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CONSELHO DE ARBITRAGEM -15- ÉPOCA 2002/2003

4.13 Num jogo entre o Japão e

URSS no Campeonato do Mundo feminino, uma atacante japonesa atacou uma bola que foi passada em cima da rede. A blocadora soviética entrou em contacto com a bola ao mesmo tempo sem entrar no espaço aéreo das japonesas. Depois do contacto simultâneo a bola cai fora do campo, do lado das soviéticas. O primeiro árbitro assinalou a jogada a favor das japonesas. Foi uma decisão correcta do primeiro árbitro?

A bola não fica presa quando é tocada simultaneamente por adversários e cai fora da área de campo, a falta foi cometida pela equipa pela equipa do lado contrario a onde caiu a bola. Deste modo o primeiro árbitro estava errado. A jogada deveria ter sido ganha pelas soviéticas. Regra 10.1.2.2.

4.14 A blocadora chinesa Lai

Yawen estava a blocar a atacante americana Tammy Liley. O ataque de Liley fez com que a rede tocasse os antebraços da Lai. O primeiro árbitro não assinalou toque na rede mesmo estando Lai na acção da jogada. Esteve correcto?

O primeiro árbitro esteve correcto. Se for a rede a tocar no blocador não existe falta. Se o blocador tocar na rede, durante a acção de bloco, comete falta. Regra 12.3.3

4.15 Durante o Campeonato do

Mundo masculino um japonês blocou uma bola atacada com muita força por um atacante coreano. A bola ressaltou nas mãos do blocador japonês e foi para além da linha final. O libero japonês mergulhou e tocou a bola. Os espectadores aclamaram a jogada do libero. Depois do blocador japonês cai no solo, terminando o seu movimento de bloco, virou-se para preparar para a continuação da jogada. Quando se virou, tocou levemente a rede com o ombro. O segundo árbitro apitou toque na rede. Deveria ter sido marcada falta?

A decisão do segundo árbitro foi incorrecta. A Regras 12.3.1 considera que o contacto com a rede não é falta excepto quando o jogador toca a rede durante a sua acção de jogar a bola. Especialmente quando é uma jogada espectacular para além da linha final, longe da rede, o toque não deve ser penalizado. O apitar da falta faz com que o jogadores fiquem desencorajados e os espectadores desapontados. Regra 12.3.1

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4.16 Na Taça do Mundo um

jogador cubano ataca a bola que não toca no bloco dos americanos. A bola foi salva por Eric Sullivan que se encontrava na linha defensiva, mas antes do blocador americano, Jeff Nygaard, tocar o solo, este tocou na rede. O primeiro árbitro apitou falta. Foi de facto falta?

Sim, o primeiro árbitro estava correcto. Uma vez que a acção de jogar a bola levou que o blocador tocasse a rede. Note-se a diferença entre este caso e o anterior. Neste caso o contacto com a rede resulta da continuação da acção de jogar a bola na rede. No caso anterior, o contacto com a rede ocorre depois de se completar a acção de jogada na rede. Regra 12.3.1

4.17 USA vs. Cuba num jogo

crucial da Taça do Mundo masculina. Cuba estava numa acção ofensiva e os americanos se preparavam para blocar. Os cubanos tinham três atacantes junto da rede e o passador Diago, fintou o bloco passando a bola para o atacante de 4. O bloco americano desvia a bola e esta é jogada na linha defensiva. Ao mesmo tempo que o atacante cubano de 4 toca a bola, um blocador americano toca na rede tentando fazer bloco ao atacante cubano de 2. O segundo árbitro apitou toque na rede por parte do americano. Foi uma decisão correcta do segundo árbitro?

Não, o segundo árbitro não esteve correcto. O ataque foi efectuado na posição 4 e a violação da/na rede foi feita na posição 2 de Cuba. Uma vez que nem o atacante nem o blocador estavam de nenhuma maneira envolvidos com acção de jogar a bola, e o toque na rede não interferiu com a jogada, o toque na rede é um acção legal e a jogada não devia ter sido parada. Regra 12.3.1

4.18 Na Taça do Mundo

masculina o passador brasileiro fez um passe em suspensão perto da rede. e passou. Depois de ter efectuado o passe tocou o solo. Quando o jogador se virou para retornar à sua posição defensiva tocou a rede. O segundo árbitro não considerou falta. Estava correcto?

O segundo árbitro esteve correcto. Uma vez que o passador não estava na acção de jogar a bola. Tocar a rede acidentalmente não é falta. Regra 12.3.1

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4.19 Na Liga dos USA NCAAA no

jogo Arizona University vs. University of Oregon, o atacante central do Arizona salta para atacar a bola. O seu passador calcula mal o tempo do passe e a bola passa por cima do atacante e cai no chão sem ser tocada por nenhum dos restantes jogadores. O blocador central do Oregon toca na rede durante a tentativa de blocar o atacante do Arizona. O toque na rede ocorreu antes da bola tocar no solo do Arizona. O árbitro assinalou falta por parte do blocador central do Oregon. Estava o primeiro árbitro correcto?

Sim, esteve correcto. O blocador central do Oregon estava na acção de jogar a bola mesmo que esta não tenha sido tocada nem por si nem pelo atacante.

4.20 A equipa japonesa estava a

realizar uma combinação rápida com dois atacantes na parte central do campo. Em vez de passar a bola para o meio do campo, passou-a para o atacante de 4. Quando fez isso o blocador central da Coreia tocou a rede na tentativa de parar a jogada combinada. O primeiro árbitro assinalou toque na rede por parte do blocador central coreano. Foi uma decisão correcta?

Sim, o primeiro árbitro esteve correcto. O blocador central coreano estava na acção de jogar a bola, quando o passador japonês muito inteligentemente passou a bola para o atacante de 4. Regra 12.3.1

4.21 A equipa masculina

japonesa estava a realizar uma combinação rápida com dois atacantes na parte central do campo. Em vez de passar a bola para o meio do campo, passou-a para o atacante de 4. Quando fazia isso, um blocador coreano pensou que o ataque japonês podia ser feito da zona defensiva, zona 1 e tocou na rede. O segundo árbitro apitou falta do blocador coreano. O árbitro estava correcto?

Não, o segundo árbitro não esteve correcto. O blocador coreano não estava na acção de blocar a bola. A bola não estava perto do blocador ou do atacante, por isso o jogador não estava na acção de jogar a bola. Daí que o toque na rede não foi falta . Regra 12.3.1

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4.22 Na Liga do Japão feminina, Daiei recebe um a bola de “match point”. Depois de efectuar o ataque, o atacante tocou o solo desequilibrado, deu dois passos e tocou levemente a rede fora da vareta, enquanto a bola ainda estava em jogo. O primeiro árbitro apitou falta , acabando o jogo. Foi uma decisão correcta do primeiro árbitro?

A parte exterior da vareta ainda é rede, o primeiro árbitro tem que considerar isto na sua decisão. No entanto, segundo as regras de 2001, a decisão do primeiro árbitro não está correcta. Uma vez que a atacante deu dois passos antes de tocar a rede, o fez por fora da vareta e longe da acção de jogada da bola, o toque de rede não é falta. Se, no caso improvável, o primeiro árbitro considerar que o leve toque na rede interferiu com a jogada, o árbitro estava correcto. Regra 2.2, 12.3.1, 12.3.2

Serviço

N.º do caso Situação Decisão

4.23 No NORCECA

Campionships feminino, o marcador reparou que Elaine Youngs se tinha colocado na posição de serviço em vez da servidora correcta Stephanie Thater. Logo que Youngs tocou a bola no serviço o marcador assinalou para o segundo árbitro parar a jogada. Esta acção é correcta por parte do marcador?

É a acção correcta por parte do marcador. Quando o jogador errado se encontra na zona de serviço para executar o mesmo, O marcador deve esperar que acção de serviço seja executada antes de notificar os árbitros da infracção, O marcador pode ter uma campainha para assinalar a falta. Regra 7.7.1, 13.2.1, 13.7.1, 26.2

4.24 Em França no torneio de

qualificação para as Olimpíadas, depois de um tempo técnico, o jogador errado preparava-se para servir. O primeiro árbitro apitou para o início da jogada. A equipa que tinha a bola reparou no erro e o jogador correcto entrou na zona de serviço e preparou-se para servir. O árbitro voltou a apitar autorizando o serviço. O árbitro actuou bem?

Não. O serviço só é autorizado uma vez.

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4.25 Num jogo da NORCECA

entre Porto Rico e o México, a jogadora do Porto Rico, que servia, lançou a bola no ar e deixou-a cair. A jogadora apanha a bola do ressalto e serve imediatamente antes de expirarem os 8'' do serviço. Foi uma acção legal por parte da jogadora?

Não foi uma acção legal. A bola deve ser tocada com uma mão ou qualquer parte do braço depois de ser lançada ou solta da(s) mão(s). Qualquer acção que seja considerada pelo primeiro árbitro como sendo “lançamento para o serviço" deve ser seguida pelo batimento do serviço. Regras 13.4.2

4.26 A bola de serviço toca a

rede e a vareta antes de ser jogada pela equipa que recebe. O primeiro árbitro assinala falta no serviço. Estava correcta a decisão do primeiro árbitro?

A decisão do primeiro árbitro é correcta. Quando a bola toca na vareta está fora de jogo. Regra 9.4.3

4.27 Na Vestcup (NOR), no jogo

Klepp vs Oslo, o serviço tocou a rede diversas vezes entre a parte inferior da tela e a superior da rede. Em todas as vezes, o primeiro árbitro apitou imediatamente para parar a jogada. Quando deve o árbitro apitar?

A bola de serviço deve passar a rede. Se não passar, o serviço é, automaticamente, falta. Se a bola tocar na rede não é falta. Logo que o árbitro decida que a bola se vai manter no campo da equipa que serviu deve apitar a falta no serviço. Regra 13.6.2.1

Toque de ataque

N.º do caso Situação Decisão

4.28 Num segundo toque de

equipa, Lima , o passador brasileiro que estava na linha defensiva saltou na zona de ataque e tocou a bola quando esta estava acima do bordo superior da rede. Em vez de passar a bola a um colega decidiu tocá-la levemente por sobre a rede perto do blocador cubano Hernandez. Antes da bola atingir o plano vertical da rede, Hernadez chegou para além do plano da rede e blocou a bola. Qual a decisão correcta por parte do primeiro árbitro?

O primeiro árbitro assinalou correctamente que Cuba tinha ganho a jogada. Qualquer acção que direccione a bola para o campo adversário, excepto o serviço e o bloco, é um toque de ataque. O toque de ataque está completo no momento em que a bola atravessa o plano da rede ou a bola entra em contacto com o bloco adversário. Neste caso logo que a bola é tocado pelo blocador Hernandez, o toque de ataque estava completo. Uma vez que o toque de ataque foi feito na zona de ataque por um jogador da linha defensiva e o contacto com a bola foi feito acima da rede, o toque de ataque efectuado por Lima é ilegal. Regra 14.1.1, 14.1.2, 14.2.2, 14.3.3

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4.29 No segundo toque da equipa

USA, Liley passa a bola perto da rede em direcção ao campo chinês. A bola não chega ao plano vertical da rede. O primeiro árbitro, considera que nenhum jogador americano pode jogar a bola. A blocadora chinesa Qi, ultrapassa o plano da rede e bloca a bola. Qual é a decisão correcta do árbitro?

Mesmo só sendo o segundo toque da equipa, se a bola estiver a mover-se na direcção do campo adversário, é considerada um toque de ataque. Uma vez que o primeiro árbitro considera que nenhum jogador americano pode jogar a bola, o bloco de Qi é legal. Regra 14.1.1, 15.3

4.30 Na Taça do Mundo feminina,

ao segundo toque da equipa do Egipto, a jogadora Toson, que estava na linha defensiva, saltou na zona de ataque e atacou a bola que estava mais alta que a tela da rede. A bola toca na tela e ressalta para o campo do Egipto. O primeiro árbitro não apita esta tentativa de ataque pela jogadora da linha defensiva. O árbitro agiu correctamente?

Uma vez que nem a bola atravessou o plano da rede nem entrou em contacto com a blocadora adversária, o toque de ataque de Toson não foi completo. A equipa do Egipto tinha ainda o terceiro toque para enviar a bola para o campo do adversário. O árbitro esteve correcto em permitir a continuação da jogada. Regra 10,1, 14.1.3, 14.2.2, 14.3.3

4.31 Num jogo USA vs. China

feminino, as chinesas serviram. A recebedora americana , Tee Williams, saltou de detrás da linha de ataque e atacou a bola de serviço acima do bordo superior da rede. O contacto teve lugar atrás da linha de ataque, e a bola enviada para o campo chinês. Esteve o primeiro árbitro correcto ao permitir a continuação da jogada?

Acção legal. Apesar de ser ilegal blocar ou atacar uma bola de serviço numa altura superior ao da rede, o ataque de Williams é legal uma vez que o ponto de contacto com a bola foi atrás da linha de ataque. Regra 14.3.4

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4.32 O passador americano Lloy

Ball, posicionado na linha defensiva, saltou dentro da zona de ataque e passou a bola a Ctvrtlik quando esta estava acima da rede. Antes que Ctvrlik pudesse tocar a bola esta ultrapassa o plano vertical da rede sendo blocada pelo passador brasileiro Lima. O primeiro árbitro permitiu que a jogada continuasse. Esteve correcto?

O árbitro não esteve correcto. O passe feito por Ball tornou-se num ataque ilegal por parte de um jogador da linha defensiva quando o toque de ataque ficou completo pelo bloco de Lima. Quando o blocador Lima tocou a bola, o toque de ataque ficou completo e ilegal. A jogada deveria ter sido ganha pelo Brasil. Regra 14.1.3

Bloco

N.º do caso Situação Decisão

4.33 No torneio de qualificação

para as Olimpíadas de NORCECA feminino, Sawarzke a passadora canadiana que estava na linha defensiva penetrou para a primeira linha para executar um passe em suspensão. Soucy recebeu a bola de serviço para junto da rede. A bola estava muito alta para Sawatzke a tocar e atravessou o plano da rede, sendo atacada pela atacante central da Republica Dominicana contra os braço erguidos de Sawatzke que ainda estavam acima do bordo superior da rede. A bola ressaltou e caiu no campo dominicano. Esteve o árbitro correcto ao considerar bloco ilegal por parte de Sawazke?

Sim. O bloco foi um bloco ilegal por parte de uma jogadora da linha defensiva. Mesmo não tendo intenção de blocar, o contacto de Sawazke acima do bordo superior da rede perto do ponto em que a bola atravessa a rede faz dela uma blocadora. Regra 15.1.1, 15.1.3, 15.6.2

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4.34 Num jogo entre as equipas

femininas da Coreia e da Alemanha, uma jogadora alemã penetrou acima da rede para blocar o segundo toque da passadora coreana. O primeiro árbitro não apitou. É legal a blocadora penetrar rede para blocar um passe do adversário?

É absolutamente necessário que o primeiro árbitro determine o a acção do passador. Deve saber se o passador fez um passe paralelo à rede ou passou a bola na direcção do campo adversário fazendo um toque de ataque. No primeiro caso, o blocador pode fazer falta uma vez que a bola não tinha a direcção do seu campo. No segundo caso o passe vinha na direcção do campo do adversário e por isso deve ser considerado um toque de ataque. De acordo com a Regra 15.3 não é falta blocar um toque de ataque passando as mãos por cima da rede. É importante que o árbitro seja capaz de diferenciar entre um passe e um ataque executado em passe de dedos. Regra 15.1.1, 15.3

4.35 O cubano Sarmientos

blocou o ataque de Timmons dos USA. Buck o blocador central dos USA blocou o bloco de Sarmientos. O bloco de Buck é um bloco legal ou não?

Sim, é um bloco legal. Blocar é interceptar a bola vinda do campo do adversário, daí que seja legal blocar um bloco do adversário. Regra 15.1.1

4.36 Holanda vs. Grécia, no

Campeonato do Mundo masculino. Dois blocadores holandeses fizeram um bloco com sucesso. Antes de tocar o campo grego a bola tocou levemente o pé de um dos blocadores holandeses que tinha caído com o pé parcialmente no campo grego. O primeiro árbitro assinalou bloco com sucesso para os holandeses. Estava correcto?

Decisão correcta por parte do primeiro árbitro. A posição do pé é legal e o facto da bola ter tocado o pé deve ser tratada como se tocasse o solo. A Holanda ganha a jogada Regra 12.2.1. Numa acção similar se a bola tocar o pé do blocador antes deste tocar o chão, o blocador interferiu com a oportunidade dos gregos jogarem a bola. É assinalada falta do blocador. Regra 12.2.1

4.37 O blocador americano Karch

Kiraly tocou a bola no lado soviético da rede. A bola ressaltou para o ar onde foi tocada, com uma acção de bloco, para o solo soviético pelo jogador de linha avançada Doug Partie. A bola nunca penetrou no espaço aéreo da equipa americana. O primeiro

O primeiro árbitro estave correcto. A acção de Partie não foi legal. A acção de Partie não foi uma única acção com a de Kiraly e não pode ser considerado bloco duplo. Foi um toque de ataque por parte de Partie efectuada logo após o bloco de Kiraly dentro do espaço aéreo soviético. Regra 12.1.2, 15.1.1, 15.2, 15.3 Se a bola blocada por Kiraly tivesse ultrapassado o plano da rede, o toque inicial (toque de ataque) de Partie tinha

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árbitro assinalou falta no bloco de Partie. Foi uma decisão correcta do primeiro árbitro?

que ser efectuado no lado americano da rede. Regra 14.2.1, 14.3.1, 15.1.1, 15.2

4.38 A americana Tammy Liley recebeu o serviço de modo a que atravessasse a rede se não fosse tocado por nenhuma jogadora americana. A passadora americana Endicott estava em posição de fazer uma jogada legal . A blocadora chinesa Li penetrou no plano vertical da rede e blocou a bola antes que Endicott tivesse a possibilidade de a jogar. O primeiro árbitro assinalou falta de Li. Foi uma decisão correcta do primeiro árbitro?

O primeiro árbitro esteve correcto pois o bloco foi ilegal. Os blocadores não podem tocar a bola ultrapassando o plano vertical da rede até que o toque de ataque seja executada, excepto quando na opinião do árbitro a equipa que tem a bola não tem possibilidade de continuar a jogada. Regra 15.3

4.39 Usa vs. Cuba na Taça do

Mundo masculina. Ball o passador americano, que estava na linha defensiva atacou, na zona de ataque, a bola que estava a uma altura superior à da rede. Simultaneamente ao contacto de Ball com a bola, o blocador cubano Hernandez ultrapassou o plano da rede e tocou a bola numa acção de bloco. Qual é a decisão correcta por parte do árbitro?

O primeiro árbitro deve assinalar falta dupla. A acção de ataque por parte de Ball é ilegal mas o contacto simultâneo de Hernadez também é uma bloco ilegal. Se o contacto de Hernandez foi posterior ao de Ball então só o troque de ataque executado por o jogador Ball, da linha defensiva era penalizado. Regra 14.3.3, 15.3, 15.6.1, Diagrama Figura 7

4.40 Japão vs. Coreia na Taça do

Mundo feminina. Chang Yoo-Hee serviu pela Coreia e Obayashi recebeu pelo Japão. Nakanishi era a passadora japonesa na linha avançada. Quando Obayashi recebeu a bola esta ficou próxima da rede. Naskanishi a passadora japonesa pensou que a bola ia passar para o campo da Coreia e, saltando, atacou a bola com a duas mãos, usando uma acção de bloco direccionado a bola para o campo adversário e de

Principio: Se a primeira jogada na rede é uma acção de bloco por parte de Nakanishi então o contacto com a bola deve ser considerado toque de ataque. Deve ser julgado como se Naskanishi tivesse atacado a bola. Não é comum permitir um ataque a duas mãos o atacante com as duas mãos abertas, mas não existe nenhuma regra em contrário. O contacto duplo não é permitido e a bola não pode ser transportada. Por outro lado, se a primeira jogada na rede é uma acção de ataque ou bloco por Chung, então o contacto de Nakanishi deve ser julgado como se esta fosse uma blocadora. É comum permitir que o blocador use ambos as mãos , mãos

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encontro às mãos da blocadora Chung Sun-Hye. Foi uma jogada legal por parte da passadora japonesa?

abertas. Nos casos referidos, o primeiro árbitro deve julgar o toque de bola de Nakanishi como um contacto legal e não bola retida.

4.41 Egipto vs. USA na Taça do

Mundo feminina. A atacante americana Tara Battle, atacou a bola muito forte contra a blocadora egípcia Toson. A bola tocou as mãos de Toson , depois tocou na cabeça e ressaltou das mãos de Toson para trás de si para o campo egípcio. O primeiro árbitro permitiu a defesa egípcia, o passe e ao ataque. Esteve o primeiro árbitro bem ao permitir os três toques de Toson seguidos de mais três toques da sua equipa?

O primeiro árbitro esteve correcto. Apesar de Toson ter dado três toque de bola distintos, este foram feitos durante uma única acção de bloco. Depois do bloco a equipa pode fazer mais três toques. Regra 10.1, 15.2, 15.4.1

4.42 Argentina vs. Alemanha no

Campeonato do Mundo masculino, na Grécia. Numa jogada o jogador alemão joga a bola por cima da rede para o espaço aéreo da Argentina. Um jogador da linha defensiva argentina salta acima da rede e bloca. Um atacante alemão toca a bola com a duas mãos numa acção de bloco para além do plano da rede. Ambos os jogadores tocam a bola ao mesmo tempo. O primeiro árbitro assinala falta dupla. A decisão do primeiro árbitro foi correcta?

A decisão do árbitro foi correcta. O atacante alemão apesar de tocar a bola numa acção de bloco, completou uma toque de ataque não um bloco. O bloco é uma acção de interceptar a bola vinda do campo adversário não vindo do seu passador. (Regra 15.1.1). Uma vez que o contacto inicial com a bola por parte de atacante foi no espaço aéreo do adversário, o ataque é ilegal (Regra 14.3.1) O jogador da linha defensiva argentina completou o bloco quando tocou a bola acima da rede (Regra 15.1.1). Um jogador da linha defensiva não pode fazer um bloco, é falta (Regras 15.6.2) Uma vez que ambos os jogadores cometeram falta ao mesmo tempo, a jogada termina em falta dupla. Comentário: Nestas situações difíceis acima da rede o primeiro árbitro deve observar a jogada muito cuidadosamente. Se o jogador alemão tocar primeiro a bola o árbitro deve assinalar falta ao alemão. Se o jogador argentino tocar a bola primeiro , deve ser assinalada falta a este.

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4.43 USA vs. Brasil masculino.

Um jogador americano recebe a bola do serviço brasileiro e joga-a pelo espaço exterior à vareta para a zona livre do Brasil para além da zona central. O passador americano, Ball segue a bola, passa pelo segundo árbitro e chega à zona livre do adversário. Quando passou pelo poste da rede e pelo segundo árbitro Ball agarrou o poste de modo a rodar mais rapidamente e chegar à bola. O árbitro permitiu que a jogada continuasse. Foi uma decisão correcta por parte do árbitro?

Foi uma decisão correcta. Desde que Ball não esteja em contacto com o poste da rede quanto toca a bola, a jogada é legal. Regra 10.1.3

Capítulo 5: Interrupções e demoras Substituições

N.º do caso Situação Decisão

5.1 Um treinador pede

substituição, e indica que será feita uma substituição tripla. Depois do pedido ser concedido, o treinador decide fazer apenas duas substituições. Qual o procedimento do segundo árbitro?

É legal desde que não retarde o jogo. Regra 16.5.2, 16.5.4, 17.1

5.2 Durante a Taça do Mundo

feminina, Kojima o treinador do Japão pediu substituição sem indicar o número de substituições que queria fazer. Dois substitutos iam entrar em campo. O segundo árbitro permitiu uma substituição e rejeitou a segunda como sendo um pedido improcedente. Esteve o segundo árbitro correcto?

O segundo árbitro esteve correcto. Uma vez que Kojima não indicou que ia fazer mais que uma substituição, apenas uma foi permitida. Se na altura do pedido ambos os jogadores estivessem na posição correcta de entrada, Kojima sem atrasar o jogo podia decidir qual o substituto que entrava. Regra 16.5.4

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5.3 No terceiro set do Itália vs.

Camarões do Campeonato do Mundo masculino, o treinador italiano pediu duas substituições. Na altura do pedido, apenas um jogador estava perto da zona de substituição enquanto que o outro estava a sair da zona de aquecimento. Quantas substituições deveriam ter sido permitida de acordo com as regras?

No momento do pedido o(s) jogador(es ) devem estar perto da zona de substituição prontos para entrar em jogo. Apesar do treinador ter pedido duas substituições deve ser apenas autorizada a substituição do jogador que se encontra pronto. A segunda substituição pode ser rejeitada sem sanções uma vez que o pedido de substituição foi legal e não retardou o jogo. Regra 16.5.2, 16.5.3

5.4 No terceiro set Cuba vs.

Camarões do Campeonato do Mundo masculino o treinador cubano pediu uma substituição. Uma vez que o jogador cubano não estava pronto a equipa foi sancionada com uma advertência por demora e a substituição rejeitada. Logo que a advertência por demora foi aplicada o treinador cubano pediu substituição. O treinador pode fazer esta substituição?

A substituição não é legal. Como o primeiro pedido de substituição foi sancionado a equipa não tem permissão para pedir uma segunda substituição consecutiva. Deve pelo menos decorrer uma jogada antes de um pedido de substituição pela mesma equipa ocorra. Regra 16.3.2

5.5 O treinador da equipa

masculina do Brasil pediu substituição. O segundo árbitro permitiu a substituição, mas o jogador apresentava a placa com o número errado da substituição. O jogador vai buscar a placa correcta. O primeiro árbitro assinala uma advertência por demora mas permite a substituição. Foi uma resposta correcta por parte do árbitro?

O árbitro não esteve correcto. A advertência por demora é a sanção correcta, mas também inclui o cancelamento da substituição. Regra 16.5.3, 17.1.1, 17.2

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5.6 No torneio de qualificação

feminino da NORCECA para as Olimpíadas, no jogo entre a República Dominicana e Porto Rico, o treinador da República Dominicana faz sinal para substituição. Nesse momento o jogador que ia entrar começou a correr desde a zona de aquecimento para estar pronto para entrar em campo, quando sinal do treinador fosse reconhecido pelo segundo árbitro. Uma vez que houve apenas uma atraso mínimo causado pela substituição, o segundo árbitro deixou que ela se efectuasse. Foi uma decisão correcta por parte do segundo árbitro?

Não foi uma decisão correcta pois a substituição não devia ter sido permitida. A Regra 16.5.3 estabelece que o substituto deve estar perto da zona de substituição no momento do pedido. Se o jogador não estiver lá a equipa é sancionada com uma advertência por demora e a substituição é cancelada. Regra 16.5.3, 17.2

Pedidos improcedentes

N.º do caso Situação Decisão

5.7 No Campeonato do Mundo

masculino, o treinador cubano pediu uma substituição. O substituto não ouviu o treinador e não se encontrava perto da zona de substituição quando o treinador fez o pedido. O primeiro árbitro assinalou uma advertência por demora e a substituição é cancelada mandando o jogador para fora da zona de substituição, onde este já se encontrava. Seguiu-se uma discussão com os árbitros. O Brasil pediu tempo morto seguido e depois uma substituição. Cuba voltou a pediu substituição, sendo esta concedida. O jogo continuou com Cuba a ganhar o set e o jogo. Foi uma aplicação correcta das regras por parte do primeiro árbitro?

Não foi uma aplicação correcta das regras. Uma vez que o treinador cubano pediu verbalmente e assinalou substituição e o jogador não estava pronto para a substituição, a advertência por demora para Cuba foi correcta. Também foi legal os pedidos de tempo morto e substituição por parte do treinador brasileiro após a advertência por demora a Cuba. O pedido de substituição feito por Cuba depois do tempo morto não foi correcto. Deve existir uma jogada entre a a advertência por demora pela substituição não permitida antes que a mesma equipa possa fazer uma substituição. O pedido de substituição deveria ter sido rejeitado sem penalidade a não ser que tivesse havido um pedido improcedente. Regra 16.3.1, 16.3.2, 16.5.3, 16.6.1.3, 17.1.1, 17.1.2

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5.8 A equipa mexicana jogava

contra a R. Dominicana na NORCECA e já lhe tinham sido concedidos dois tempos. Mais tarde, no mesmo set, o capitão de equipa em campo pediu um terceiro tempo, que foi concedido pelo segundo árbitro. Logo após ter sido permitido o terceiro tempo, o marcador apercebeu-se do erro. A equipa foi avisada, bem como o segundo árbitro. Qual é procedimento correcto por parte dos árbitros?

O pedido de terceiro tempo foi incorrecto e deveria ter sido rejeitado imediatamente sem sanção. O primeiro árbitro foi avisado do erro e o tempo pedido teria de terminar de imediato. O primeiro árbitro deveria avisar o capitão de campo da equipa mexicana e deveria ser assinalada uma advertência por demora, uma vez que a acção afectou ou retardou o jogo. Regra 16.6.1.4, 17.1.5

Lesões

N.º do caso Situação Decisão

5.9 Na Taça do Mundo

masculina, o passador holandês, Peter Blange, lesionou-se no joelho durante uma jogada defensiva. O jogador permaneceu no chão enquanto se reuniram à sua volta o treinador e o médico que avaliava a lesão. Depois de 2’ de tratamento Blange declarou que estava pronto para jogar. O árbitro mandou que o jogo continuasse com Blange a jogar. Foi uma decisão correcta por parte do primeiro árbitro?

Para segurança do jogador, o médico da equipa pode entrar no campo. Se a lesão parecer grave, o primeiro árbitro deve parar a jogada imediatamente e permitir que a assistência médica entre em campo. Se a lesão for tão grave que o treinador entre no campo, o jogador deve ser retirado pelo menos durante uma jogada. A principal decisão do primeiro árbitro é dar ao jogador algum tempo para a avaliação da lesão e limitar o tempo antes da substituição ser pedida. A retirada de um jogador lesionado deve ocorrer pelo processo normal de substituição. Se uma substituição normal não for possível deve ser permitida uma substituição excepcional. Regra 18.1.2

5.10 Num jogo nos USA, o

jogador Lewis foi atingido no nariz pelo cotovelo de um colega de equipa durante um bloco. Lewis ficou a sangrar do nariz. O treinador de Lewis pediu uma substituição. O substituto apresentou-se ao marcador com o fato de treino vestido. Qual a decisão correcta por parte do árbitro?

Os árbitros devem usar o bom senso nos casos em que a substituição não é planeada. Deve ser dado ao substituto tempo razoável para que dispa o fato de treino e entre em campo sem sanções. Acrescente-se ainda que, quando uma lesão origina uma hemorragia externa o jogador deve ser substituído até que a mesma seja estancada, e o sangue seja removido do seu equipamento. Regra 4.4, 8, 16.5.2, 16.5.3, 18.1.1

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5.11 Durante um set a Alemanha tinha feito 5 substituições. Um jogador alemão que tinha iniciado o jogo, já tinha sido substituído e regressado ao jogo, lesionou-se. Uma substituição excepcional foi usada para substituir este jogador. O primeiro árbitro considerou esta substituição excepcional como sendo a sexta substituição e os alemães não tinha mais nenhuma substituição. O treinador alemão questionou esta interpretação das regras. Qual a interpretação correcta das regras?

Um jogador lesionado pode ser substituído por meio de uma substituição excepcional. O treinador alemão pode utilizar qualquer jogador que não esteja a jogar excepto o libero e o seu jogador de substituição. A substituição excepcional não é contada como uma das seis substituições e o número de substituições da Alemanha manteve-se. Regra 8.1, 8.2, 16.1

Demoras de jogo

N.º do caso Situação Decisão

5.12 Antes do início do terceiro

set do jogo Japão vs. China no World Cup masculino, o primeiro árbitro fez a sinalética para as equipas se apresentarem em campo. A equipa japonesa não se apresentou. Como os japoneses foram muito lentos a atender ao pedido do primeiro árbitro, este deu uma advertência por demora (sem penalidade). A equipa japonesa apresentou-se então em campo. Foi um acção correcta por parte do primeiro árbitro?

Sim. O primeiro árbitro esteve correcto. As equipas devem estar prontas a pomar os seus lugares em campo. Se não se apresentarem, o primeiro árbitro deve assinalar uma advertência por demora. As advertências por demora são as únicas advertências que são registados no boletim de jogo. Se a equipa não se apresentar , uma penalização por demora, cartão amarelo, deve ser a sanção. Se a equipa continuar a não responder, será considerada uma recusa de jogar e é considerada como ausente. Neste casos o resultado do jogo será 0-3: 0-25, 0-25, 0-25. Se a equipa é lenta a regressar ao campo depois de um tempo o mesmo procedimento deve ser seguido. Regra 6.4.1, 17.1

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5.13 Depois de ganhar uma

jogada a equipa brasileira feminina juntou-se para combinar a estratégia da jogada seguinte. O primeiro árbitro concedeu o tempo adequado para a jogadoras retomarem os seus lugares caso não se tivessem juntado, apitou e assinalou uma advertência por demora ao Brasil por não estarem prontas para servir. Foi uma decisão correcta por parte do primeiro árbitro?

Foi uma decisão correcta por parte o árbitro. Não existe nenhuma necessidade do árbitro esperar mais tempo do que tempo adequado para a jogadoras retomarem os seus lugares para a jogada seguinte. O árbitro deve usar o bom senso no julgamento deste caso. Deve permitir o entusiasmo e o festejo normal, mas não deve permitir atrasos no jogo. Regra 17.1.2, 17.1.5

5.14 Um jogador recusou-se a

jogar devido ao chão estar molhado por um mergulho de um colega de equipa. Qual é a resposta correcta por parte do primeiro árbitro?

O árbitro deve considera vários factores. Os “limpadores rápidos” deveriam ter limpo a área molhada. O jogadores também podem usar as suas toalhas pessoais para limpar o chão. Em jogos com Comité de Controlo o Júri de Jogo pode autorizar o segundo árbitro a permitir uma limpeza extra caso a mancha seja grande e a temperatura seja acima dos 25ºC e a humidade acima de 61%. Por outro lado o controle do jogo é sempre uma decisão do primeiro árbitro. Se não houver Comité de Controle e o árbitro achar que o chão necessita de limpeza extra este pode permiti-la. Se , na analise final, a equipa se recusar a jogar o árbitro pode sancionar a equipa com sanções por demora ou declará-la como ausente. Regra 1.5, 5.1.2.2, 6.4.1, 17.2

Interferências externas

N.º do caso Situação Decisão

5.15 Durante um set, os

espectadores correram para o campo, depois da jogada terminar e interromperam o jogo ao protestarem as decisões dos árbitros. Qual é a resposta correcta por parte do primeiro árbitro?

O primeiro árbitro deve suspender o jogo e fazer com que os organizadores ou o Comité de Controle se apresente e restabeleça a ordem. Esta interrupção deve ser assinalada no boletim de jogo. Regra 18.2, 18.3

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Capítulo 6: Libero

N.º do caso Situação Decisão

6.1 No início do de um jogo do

Campeonato do Mundo, o treinador da equipa masculina dos USA, Doug Beal, apresentou a sua formação. Antes do segundo árbitro verificar a formação, o libero americano, Eric Sullivan, substituiu o jogador da linha defensiva Nygaard. Qual é a resposta adequada do segundo árbitro durante a verificação da formação antes do início do jogo.

O jogador Nygarrd deve estar em campo durante a verificação da formação. Nygaard deve substituir rapidamente Sullivan, sem sanção. Logo a pós o segundo árbitro verificar a formação, Sullivan pode substituir Nygarrd. Se este acontecimento voltar a acontecer durante o jogo ou se a demora for muito longa, o primeiro árbitro julgará esta acção como demora, e deverá assinalar uma advertência por demora. Regra 20.3.2.2

6.2 A equipa tem sete jogadores

incluindo o libero. No segundo set o jogador inicial nº 6 é sancionado com desqualificação. O primeiro árbitro declara a equipa incompleta e dá a vitoria do jogo aos adversários. É uma decisão correcta por parte do árbitro?

O primeiro árbitro esteve correcto, uma vez que o libero não pode participar nas substituições e o jogador desqualificado deve ser substituído por uma substituição legal. Uma vez que não existem jogadores disponíveis para uma substituição legal, a decisão é correcta. Regra 20

6.3 A equipa vermelha tem

apenas 8 jogadores, incluindo o libero. No segundo set do jogo, o jogador nº 6 da equipa vermelha foi substituido e regressou ao jogo. O jogador nº 6 é sancionado com desqualificação. O libero está no banco na altura da desqualificação. Qual é a decisão correcta do primeiro árbitro?

Uma vez que o nº 6 não pode ser substituído regularmente o primeiro árbitro declara a equipa incompleta para o set. Regra 6.4.3, 8.2, 8.3, 20.3.2

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6.4 A equipa tem 7 jogadores

incluindo o libero. No segundo set o jogador inicial nº 6 lesiona-se . O primeiro árbitro permite que o libero entre no jogo por uma substituição normal e toma o lugar do jogador lesionado terminando o jogo na posição deste. Foi uma decisão correcta do primeiro árbitro?

O árbitro não esteve correcto. O libero não pode participar numa substituição regulamentar ou excepcional. Existem duas possibilidades para a equipa. Se o jogador nº 6 no momento da lesão estava na linha avançada, a equipa pode pedir 3 minutos para a recuperação. Se o jogador não pode continuar a jogar a equipa perde o set e possivelmente o jogo. No entanto, se o jogador lesionado está na linha defensiva e o libero está no banco, a equipa pode substituir o nº 6 pelo libero até este chegar, na rotação, à linha avançada. Nesta altura o nº 6 ou entra em jogo ou a equipa é declarada incompleta. Regra 8.2, 8.3, 18, 20.3.2

6.5 O libero está em campo no

lugar do jogador nº 5. O libero é expulso do set. Qual é processo correcto para a continuação do jogo?

O nº 5 deve retornar ao jogo no lugar do libero. A equipa não pode usar mais o libero nesse set. O libero pode jogar nos restantes sets. Se a sanção é a desqualificação, a equipa não pode usar mais o libero durante o restante jogo. Regra 20.3.2, 20.3.

6.7 USA vs Mexico do

Campeonato júnior feminino da NORCECA. Uma especialista no serviço McNamee substituiu a blocadora central Amber Holmquist. Depois do serviço Amber foi substituída pela Libero Erin Bird. Quando Bird ia para a linha avançada esta foi substituída por Homquist com uma substituição normal de libero. Nesse momento o treinador americano Deitre Colins, apercebeu-se que Holmquist tinha entrado em jogo ilegalmente e tocou a campainha para fazer uma substituição normal de Holmquist por MnNammee na tentativa de colocar McNamee de volta, de modo a que a substituição fosse considerada legal. Quando o primeiro árbitro se preparava para autorizar as americanas a servir, o segundo árbitro recusou o

De facto o primeiro árbitro foi um “artista na arte de arbitrar". No espirito de permitir que o jogadores jogassem com pouca interferência dos árbitros, o primeiro árbitro tomou a decisão correcta. Se tais erros continuassem a surgir na equipa americana, deveriam ser aplicadas sanções.

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pedido improcedente dos USA. O primeiro árbitro apercebeu-se que já tinha autorizado o serviço, quando as americanas tinham uma jogadora ilegal em campo. Autorizou a substituição e sancionou a equipa americana com uma advertência por demora. Foi uma resposta correcta por parte do primeiro árbitro?

6.8 Na Westcup, um dos eventos

mais prestigiados na Noruega, o libero que ia substituir o jogador de 1 teve uma reacção lenta à situação. A substituição teve lugar após o árbitro ter autorizado o serviço, mas antes do batimento na bola. Qual é a resposta correcta do árbitro?

O primeiro árbitro deve permitir que a jogada continue sem a interromper. Depois da jogada, o primeiro árbitro pode fazer uma advertência verbal. Subsequentes atrasos na substituição deverão ser sancionados com sanções de demora. No entanto, se a substituição tivesse ocorrido após o batimento de serviço, a violação das regras deveria ser assinalada pelo árbitro. Regra 20.3.2.3

6.9 USA vs Mexico do

Campeonato do Mundo masculino. O blocador central inicial americano era Jeff Nygaard. Quando Nygaard rodou para servir, o treinador, Doug Beal, substitui-o por um especialista do serviço, Chip McCaw. Depois de perder o serviço McCaw foi substituído pelo libero, Eric Sullivan, quando Sullivan ia rodar para linha avançada foi substituído por Nygaard. Após duas jogadas a equipa grega apercebeu-se que a substituição não tinha sido legal, uma vez que McCaw não tinha sido substituído por Nygaard. A equipa grega protestou a situação. A conferência de Juizes foi convocada, depois foi permitida a substituição de McCaw por Nygaard sem sanções. Foi uma aplicação correcta das regras?

Esta situação ocorreu durante uma fase inicial da implementação do libero. Existem três partes das regras: 1.uma vez que esta situação não estava prevista nas regras, a Regra 24.2.3 estabelece que o primeiro árbitro tem o poder de decidir em qualquer situação envolvendo o jogo incluindo as não mencionadas pelas regras. 2.Dada aquela situação concreta, a equipa americana deveria ter sido penalizada com a perda de jogada por uma substituição ilegal, mas sem perda de pontos adicionais uma vez que o boletim de jogo não permite saber o momento da substituição ilegal. Para que Nygaard volte legalmente para o jogo a equipa americana deve pedir uma substituição normal de McCaw por Nygaard. 3.O processo de substituição correcto numa situação deste tipo é o seguinte: No momento em que Sullivan ia rodar para a linha avançada deveria ter sido substituído por McCaw. Nesse momento o treinador Beal deveria ter pedido a substituição regulamentar de Nygaard por MCCaw. Estas substituições deverão ser efectuadas na mesma interrupção de jogo. Regra 20.3.2.1, 24.2.3

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6.10 Argentina vs Canadá durante

a Taça do Mundo masculina. O árbitro autorizou que Hugo Conde realizasse o serviço. Nesse momento Conte apercebeu-se que o libero argentino tinha saído do campo e não tinha sido substituído. Deste modo a Argentina só tinha 5 jogadores em campo contando com Conte. Conte atrasou o serviço até ao limite legal dos 8”, e serviu. No momento do batimento de serviço o jogador substituído pelo libero estava em campo na posição 1 , mas a sua posição legal era a 4. Estava claramente fora de posição. As equipas jogaram e a Argentina ganhou a jogada. O capitão em campo do Canadá aproximou-se do primeiro árbitro e pediu explicações pela decisão de continuar a jogada uma vez que a Argentina tinha a formação errada. O primeiro árbitro rejeitou o argumento do Canadá e permitiu que a jogada fosse considerada correcta. Qual deveria ter sido a decisão do primeiro árbitro?

Houve três erros nesta situação. O primeiro é que o primeiro árbitro não deve autorizar o serviço sem que a equipa esteja em campo e preparada para servir. Deveria ter atrasado a autorização de serviço. Se causasse um atraso no jogo a equipa argentina deveria receber uma advertência por demora. O segundo é que a substituição do libero apenas pode ocorrer antes da autorização de serviço. O terceiro é que a Argentina tinha a formação errada no momento do serviço. Como a Argentina tinha a formação errada deveria ter perdido a jogada. Se o substituto estivesse na posição 4 antes do batimento de serviço a jogada deveria ter sido jogada e a Argentina deveria ter sido sancionada de acordo com a Regra 20.3.2.3. Uma vez que foi a primeira vez que tal aconteceu , a equipa da Argentina deveria ter recebido uma advertência verbal do primeiro árbitro. Regras 7.5.1, 13.3, 20.2.3.2, 20.2.3.3

6.11 Durante um jogo, o libero

estava em campo a substituir o jogador nº 6. Quando correu atrás de uma bola o libero lesionou-se na perna e não pode continuar o jogo. O treinador decidiu que seria o jogador nº 6 nomeado libero. É possível?

A Regra 20.3.3.1 estabelece que em caso de lesão do libero o treinador pode renomear um novo libero entre os jogadores que estão fora de campo no momento da renomeação. Mas o jogador nº 6 tem primeiro que substituir o libero. O treinador pode usar uma substituição normal para que o jogador nº 6 vá para o banco e poderá então, nessa altura, renomear o nº 6 como libero. Se o jogador nº 6 não puder ser substituído regularmente durante o set, não pode ser renomeado durante esse set. Regra 20.3.3.1

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6.12 Num jogo europeu entre o

Nyborg e o Varhaug, o treinador do Nyborg também era o libero. Quando não estava em campo falava com o jogadores dando-lhes instruções e andando entre o prolongamento da linha de ataque e a área de aquecimento. O árbitro não proibiu esta actividade. Foi um decisão correcta do árbitro?

O árbitro esteve correcto. As regras estabelecem que o libero não pode ser o capitão de equipa ou o capitão em campo. As regras não proíbem o libero de ser treinador. Hence, o treinador-libero tem autorização para a sua dupla-função. Regra 5.2.3.4, 20.1.3

6.13 USA vs Argentina dos Jogos

Olímpicos. O atacante central americano Tom Hoff estava no banco, sendo substituído no campo pelo libero Erin Sullivvan. Quando Sullivan rodou de 6 para 5, Hoff distraído entra em campo e Sullivan sai. Antes dos americanos servirem Hoff apercebe-se do erro e rapidamente troca de posição com Sullivan. O primeiro árbitro ignorou o erro e autorizou o serviço. Foi uma decisão correcta por parte do árbitro?

A Regra 20.3.2.1 estabelece que deve haver uma jogada entre duas substituições de libero. Quando duas substituições são efectuadas com os mesmo jogadores sem interrupção do jogo, são ignoradas e o jogo prossegue sem penalidades. Isto é “arte de arbitrar”. Se por outro lado Sullivan tivesse substituído outro jogador sem a jogada exigida entre as substituições, os americanos deveria ser penalizados com perda de jogada e a substituição incorrecta deveria ser corrigida. Regra 20.3.2.1

6.14 Num jogo da Liga do Kuwait,

o libero estava na linha avançada, posição 4. Depois de três pontos o primeiro árbitro constatou a posição errada. Qual a decisão correcta por parte do árbitro?

O libero só está em falta de posição quando o jogador de 1 efectuar o serviço. Nessa altura, o árbitro com a ajuda do marcador determina quantas jogadas esteve o libero em falta. A equipa perde os pontos marcados com a formação errada e perde também a última jogada. As formações são corrigidas e o jogo recomeça. Regra 7.5.4, 20.3.1.1

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Capítulo 7: Conduta dos participantes

N.º do caso

Situação Decisão

7.1 Na Taça do Mundo, um

jogador espanhol desgostoso com a jogada pontapeou a bola. O primeiro árbitro advertiu o jogador com conduta incorrecta menor. Foi uma acção correcta por parte do primeiro árbitro?

Foi uma decisão correcta por parte do árbitro. Esta conduta incorrecta menor deve ser controlada pelo primeiro árbitro. Se por outro lado o pontapé na bola for perigoso para os jogadores, árbitros ou espectadores, é conduta grosseira e o primeiro árbitro tem autoridade para sancionar o jogador com o cartão amarelo. O marcador regista a conduta grosseira no boletim de jogo, no quadro das sanções, por baixo do número do jogador. Apesar do primeiro árbitro poder fazer uma advertência verbal a um jogador por conduta incorrecta menor ou uma advertência à equipa, através do capitão em jogo, por conduta incorrecta menor repetitiva, tem a autoridade para sancionar directamente se a ofensa for de natureza grave. Regra 22.1, 22.2

7.2 No intervalo entre dois sets

de um jogo o jogador azul nº3 fez um comentário depreciativo a um elemento da equipa de arbitragem e o primeiro árbitro sancionou-o com conduta grosseira. A equipa azul era a primeira a servir no set que se ia iniciar. Qual é a acção correcta por parte do primeiro árbitro?

As sanções impostas entre sets de um jogo são postas em prática antes do inicio de jogo do set seguinte. .Então, antes do primeiro serviço, o primeiro árbitro faz o sinal de penalidade e perda de jogada para a equipa azul. A equipa que recebe ganha um ponto , roda e serve. Regra 22.5. Se em qualquer ocasião ambas as equipas são penalizadas, primeiro penaliza-se a equipa que serve e depois a que estava a receber. Segue-se um sumário de infracções que ocorrem entre sets: e devem ser registadas no boletim de jogo: 1. Advertência a um jogador da equipa

que serve. ° Sem penalidade e sem registo no

boletim de jogo. 2. Advertência a um jogador da equipa que

recebe ° Sem penalidade e sem registo no

boletim de jogo. 3. Penalização a um jogador da equipa que

serve ° Perda de jogada a equipa que serve.

Equipa que recebe ganha um ponto, roda e serve.

4. Penalização a um jogador da equipa que recebe

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° É marcado um ponto à equipa que serve

5. Penalização simultânea às duas equipas: a) Sanção para a equipa que serve, a

equipa perde a jogada, ponto marcado à equipa que recebe e esta ultima prepara-se para servir.

b) A equipa que recebe roda uma posição. Perde a jogada e a sanção é aplicada a esta equipa.

c) A equipa que inicialmente ia servir roda uma posição, ganha um ponto e inicia o serviço, com o segundo jogador na ordem de serviço. Marcador 1-1.

d) Os pontos só começam a ser contados após cada equipa ter sido penalizada. No entanto, uma penalidade dupla com a pontuação 24-25 não termina o set a 24-26, mas o marcador, após a dupla penalização, deverá ser 25-26.

7.3 Holanda vs. Cuba naTaça

do Mundo masculina,. Durante um extenuante segundo set , o passador holandês, Peter Blange fez um passe sensacional após um bloco dos cubanos. O atacante holandês Meulen atacou a bola contra o solo. Como os blocadores estavam baralhados e tentavam blocar Meulen, o passador cubano Diago, puxou intencionalmente a rede para que os árbitros pensassem que Meulen tinha feito falta na rede. O segundo árbitro observou a jogada, apitou e deu a jogada aos holandeses. O primeiro árbitro fez uma advertência a Diago. Foi correcta a penalidade aplicada a Diago?

O primeiro árbitro não esteve correcto. A jogada deveria ter sido ganha pelo holandeses devido ao contacto da rede, por parte dos cubanos, que interferiu com a jogada. Diago deveria ter sido penalizado, os cubanos deveriam ter perdido a jogada por conduta grosseira e tentativa de enganar os árbitros. Regra 22.2.1, 22.3

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7.4 Num jogo da Liga Mundial o

treinador brasileiro levantou-se no final de uma jogada e gesticulou de tal forma que sugeria que não estava de acordo com a decisão do árbitro?

Deve ser permitido ao treinador ter algumas reacções. Se a reacção poder ser considerada conduta incorrecta menor, o treinador deve receber uma advertência por parte do primeiro árbitro. Se voltar a acontecer a mesma situação o treinador deve ser penalizado com cartão amarelo por conduta grosseira. Nos casos em que a infracção ocorrer durante a jogada, a penalidade deve ser dada no final da mesma e deve ser dada em adição ao resultado da jogada. Em determinadas competições mundiais, instruções especiais de arbitragem podem listar outras sanções. Regra 5.2.3, 22.1, 22.2, 22.3

7.5 A equipa americana estava

a receber. Ball o passador estava na linha defensiva e a penetrar . O jogador americano que recebeu a bola fê-lo muito mal de tal maneira que Ball não teve sequer hipótese de tocar a bola. Num gesto de frustração, depois da bola ter tocado o chão, Ball puxou a rede. Deverá esta acção ser considerada falta?

De acordo com a Regras 22.3 o primeiro árbitro tem autoridade para sancionar os jogadores de acordo com a severidade da ofensa. Puxar a rede é uma reacção emocional e normal de frustração por parte dos jogadores e pode ser controlada pela a “arte de arbitrar” em determinados casos. O puxar intencional da rede pode ser considerado um conduta incorrecta e deve ser sancionada de acordo com a infracção. Como neste caso não houve tentativa de enganar o árbitro durante a jogada não deverá ser considerada conduta incorrecta. Regra 22.2, 22.2.1, 22.3

7.6 Um jogador sente-se

prejudicado pela decisão do primeiro árbitro no que diz respeito ao toque no bloco. O jogador em causa puxa a rede e o primeiro árbitro acena para que este retome o seu lugar. O jogador caminha em direcção ao árbitro gesticulando e gritando com este mesmo após a advertência do primeiro árbitro. O árbitro considera o comportamento do jogador como conduta ofensiva e sanciona-o com cartão vermelho, que expulsa o jogador do jogo. Foi uma resposta adequada por parte do primeiro árbitro?

A resposta do primeiro árbitro é correcta. O árbitro tentou resolver o assunto com um aviso ao acenar ao jogador para que este retornasse o seu lugar. Quando isso não aconteceu, o primeiro árbitro tem autoridade para sancionar o jogador segundo a Regra 22.3. Nesta regra é dado ao árbitro a autoridade para sancionar uma jogador de acordo com uma ofensa severa. Por conduta grosseira o jogador teria recebido uma penalidade que faria a sua equipa perder a jogada. Por uma conduta mais grave o jogador teria recebido a penalidade de conduta ofensiva que expulsa o jogador do set. Por conduta agressiva o jogador deve ser desqualificado do jogo. Deve-se ter em atenção que a conduta grosseira obriga à perda da jogada, enquanto que uma conduta ofensiva ou agressão, não. Regra 22.1, 22.2, 22.3

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7.7 Na Liga Mundial, no jogo Brasil vs. Canadá, um jogador foi expulso do campo directamente. Nenhuma das equipa tinha recebido uma advertência ou penalização até esta altura do jogo. Qual deverá ser a resposta do primeiro árbitro a uma subsequente conduta incorrecta menor de outro jogador dessa equipa?

O primeiro árbitro esteve correcto ao expulsar o jogador e mandá-lo, para fora do campo para a área de penalização. No caso de conduta ofensiva o árbitro deve expulsar o jogador sem uma advertência prévia. As sanções de condutas incorrectas são estritamente individuais, e não devem entrar em linha de conta nas sanções futuras de outros elementos da mesma equipa. Deste modo o árbitro pode dar uma advertência ou penalização a outros elementos da mesma equipa, depois da expulsão. Regra 22

Capítulo 8: Árbitros e as suas responsabilidades

N.º do caso Situação Decisão

8.1 Ouviu-se o treinador do

Brasil a falar e a distrair o marcador durante uma jogada. O segundo árbitro disse ao treinador para este não interferir com o marcador. Foi uma acção correcta por parte do segundo árbitro?

Uma vez que só o primeiro árbitro pode oficialmente advertir ou penalizar o treinador, jogadores ou outros elementos das equipas técnicas, se o segundo árbitro achar que a situação justifica uma advertência o primeiro árbitro deve ser notificado e o caso deve ser resolvido por ele. Regra 24.3.2

8.2 O segundo árbitro indica ao

primeiro árbitro que o jogador substituto (do libero) Eric Sato estava sentado no chão na zona de aquecimento em vez de estar em pé ou em aquecimento. O primeiro árbitro adverte a equipa americana por conduta incorrecta menor e mandou Sato ficar em pé. Foi uma acção correcta por parte do primeiro árbitro?

Foi uma aplicação da regras incorrecta por parte do primeiro árbitro. O jogador não necessita de estar em pé na zona de aquecimento. Por outro lado o jogadores não podem sentar-se em bancos, cadeiras, encostar-se a parede ou vedação nesta zona do campo. A zona de aquecimento foi concebida para que os jogadores se preparem para jogar. Regra 4.2.1, 4.2.3, 25.2.4, 25.2.5

8.3 O treinador da equipa júnior

feminina dos USA aproximou-se do marcador e perguntou quantos tempos já tinham sido pedidos pela equipa mexicana. Qual é a resposta correcta por parte do marcador?

O treinadores apenas tem autorização para fazerem perguntas sobre a suas equipas. Apenas podem pedir ao marcador essas informações em alturas em que não estejam a distrair o marcador ou a atrasar o jogo. Regra 26.2.2

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Capítulo 9: Casos especiais

N.º do caso Situação Decisão

9.1 Num jogo do Campeonato

do Mundo feminino Japão vs. URSS verificou-se um ataque muito poderoso de uma jogadora soviética. A jogadora do Japão na zona de defesa não teve uma defesa muito boa e a bola ressaltou para longe do campo. Uma outra jogadora japonesa correu atrás da bola e fez um passe sensacional enquanto cai sobre os panéis de publicidade que delimitam a zona livre. Devido ao extraordinário esforço que gerou uma grande ovação do público o toque da jogadora com a bola teve uma pouco mais de contacto. O primeiro árbitro apitou e assinalou transporte. O público expressou o seu descontentamento perante a decisão do árbitro. Como deve o primeiro árbitro controlar a sua decisão nestas situações?

O árbitro não deve ser considerado apenas uma pessoa que dirige e aplica mecanicamente as regras, mas também alguém que promove a modalidade. A espectacularidade é um elemento muito importante na promoção do Voleibol. Os árbitros não devem julgar a acção para satisfação do publico, mas também não devem o desencorajar. Deve haver um equilíbrio apropriado entre a prática e os efeitos “promocionais” das suas acções. Na prática, é absolutamente necessário, até um certo ponto, sacrificar alguma técnica para efeitos mais “promocionais”. Esta é "arte de arbitrar”.

9.2 Durante uma jogo entre

Cuba e o Canadá, as cubanas estavam a jogar muito forte e muito rápido. As canadianas intencionalmente baixaram o ritmo do jogo da cubanas. Como deve agir o árbitro?

O ritmo é um elemento muito delicado no voleibol. Todas as equipas tem o seu ritmo óptimo para jogarem. O ritmo não é contemplado pelas regras, mas o seu controlo é um factor essencial para uma boa performance de um árbitro. Um ritmo adequado permite que o jogo se desenrole a um nível elevado. Por outro lado, o árbitro deve manter o jogo com um ritmo constante dentro da fluidez normal do jogo. O árbitro não deve permitir que interferências externas atrasem a fluidez do um bom jogo e prejudique uma boa performance de uma das equipas. Esta é a "arte de arbitrar”.

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9.3 No quarto set do Correia

vs. Alemanha, do Campeonato do Mundo, o treinador da Coreia pediu uma substituição. Depois da substituição efectuada o marcador informou que foi ilegal. O segundo árbitro corrigiu a substituição. O capitão em jogo coreano discordou do segundo árbitro. Ao conferir o boletim de jogo, o segundo árbitro descobriu que de facto a substituição era legal e voltou a corrigir a situação. Foi uma situação bastante embaraçosa para os árbitros. Qual deveria ter sido a resposta do segundo árbitro?

Princípio: É muito importante que os árbitros tomem decisões baseadas em factos. Mudar as decisões pode criar uma atmosfera muito desfavorável no jogo. Cria nos jogadores e público uma sentimento de desconfiança e hostilidade para com os árbitros. Em casos como este o segundo árbitro deve conferir o boletim de jogo antes de tomar decisões.

9.4 Cuba vs. Peru na Taça do

Mundo feminina. Uma toalha de limpeza do chão caiu do equipamento de uma das cubanas para o chão entre as blocadoras do Peru. A jogada continuou com as cubanas a ganharem a jogada. Foi uma aplicação correctas da regras?

Princípio: O primeiro árbitro é que deve decidir qual o grau de influencia que a toalha teve na jogada. Uma vez que a toalha caiu entre as blocadoras adversárias, a toalha teve uma possível influência no resultado da jogada e é uma possível causa de lesão. Por isso a jogada deveria ter sido interrompida e iniciada de novo. Se for intencional ou uma ocorrência repetitiva outras sanções deverão ser tomadas. Regra 18.2

9.5 O jogador R5 recebe uma

ataque muito forte e em linha recta do atacante S2. A bola ressalta para a área dos espectadores. R6 salta por cima dos painéis de publicidade que delimitam a zona livre e corre para a bancada para jogar a bola. O toque na bola foi duplo. O público estava extremamente motivado e aplaudiu a jogada espectacular. O árbitro não apitou os dois toque nem bola retida. Esteve correcto?

O primeiro árbitros esteve correcto. A bola pode ser jogada de fora da zona livre, como estabelecido pela Regra 10. Dois toques só são penalizados se forem efectuados dentro das área de jogo. No que diz respeito ao contacto com a bola, cada contacto deve ser julgados separadamente pelos árbitros. A modificação efectuada na Regra 10.2.3.2 foi feita com o objectivo de permitir uma melhor defesa no voleibol e uma maior espectacularidade. Apesar de não ser o primeiro toque, isto é muito importante para melhorar a "arte de arbitrar" e permitir uma jogada espectacular, de modo a que o voleibol possa ser mais atractivo. Regra 10.3.2.3

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9.6 A equipa coreana ganhou a

jogada, o ponto e a bola de serviço. Antes da rotação para serviço, o capitão de jogo coreano pediu ao segundo árbitro a formação para determinar o jogador correcto a servir. O marcador disse ao segundo árbitro que era o jogador nº 10 a servir. O jogador nº 10 serviu durante quatro pontos. Antes do jogador nº 10 servir outra vez, o marcador informou o segundo árbitro que o jogador nº 8 é que deveria estar a servir pela Coreia. Qual a decisão correcta a ser tomada pelo primeiro árbitro?

O primeiro árbitro estabelece que os quatro pontos marcados pelo jogador nº 10 devem ser cancelados. A equipa coreana regressa à pontuação e formação na qual o jogador nº 8 devia servir. Todos os tempos e substituições que ocorreram nessas jogadas são canceladas. Sanções por conduta incorrecta e tempos técnicos permanecem como jogados. As equipas devem regressar o mais perto possível à formação original. O jogador nº 8 da Coreia serve e o jogo continua a partir do ponto em que o capitão em jogo coreano perguntou qual era o jogador correcto a servir. Estes acontecimentos devem ser registados no boletim de jogo.

9.7 Nos campeonatos nacional

americanos, o capitão de jogo do Kenneth Allen Club Team pediu ao primeiro árbitro a interpretação deste sobre a aplicação das regras durante uma jogada. A explicação pareceu agradar ao capitão de jogo. O Kenneth Allen perdeu o jogo. Depois do jogo terminar o capitão de Kenneth Allen tentou registrar um protesto no boletim de jogo. O primeiro árbitro recusou. Foi uma aplicação correctas das regras por parte do primeiro árbitro?

O primeiro árbitro esteve correcto. No momento das explicações dadas pelo primeiro árbitro, o capitão de jogo do Kennteh Allen não referiu qualquer intenção de protestar o jogo. Regra 24.2.4

9.8 Num torneiro na Escócia

num jogo Elliots vs Grangemouth e com 23-23 no terceiro set, o segundo árbitro assinalou falta de formação para o Grangemouth, e a equipa protestou inutilmente. No serviço seguinte com a pontuação a 24-23 para Elliots o segundo árbitro volta a assinalar falta de

O primeiro árbitro esteve errado. Os árbitros podem corrigir as suas decisões no que diz respeito à aplicação das regras. O Comité de Apelação corrigiu o erro ao fazer o jogo recomeçar no terceiro set aos 23-23.

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formação para o Grangemouth declarando set ganho por Elliots. Outra vez o capitão de jogo de Grangemouth protestou junto de ambos os árbitros. Após alguma discussão o primeiro árbitro concordou que ambos os julgamentos foram errados. No entanto o primeiro árbitro afirmou que o set tinha acabado e que nenhuma correcção poderia ser efectuada. Apesar dos protestos, o árbitro continuou o jogo com o quarto set. O capitão de jogo de Grangemouth assinalou o protesto formalmente no final do jogo. Foi esta uma acção correcta por parte do primeiro árbitro?

9.9 Na Taça do Mundo feminina

China vs. Coreia, no terceiro set a treinadora chinesa Lang Ping accionou a campainha e fez a sinalética de tempo morto. O segundo árbitro apitou instintivamente mas depois apercebeu-se que as chinesas já tinham utilizado os dois tempos mortos. Depois sinalizou para que as equipas se mantivessem em campo e não foi sancionada a China com um pedido improcedente por causa da ligeira demora. Nesse momento a treinadora chinesa assinalou que queria fazer uma substituição. O segundo árbitro não permitiu a substituição assinalando um pedido improcedente e o jogo continuou. O segundo árbitro foi correcto na maneira como lidou com a situação?

O segundo árbitro esteve correcto. Esta situação é complexa, mas a decisão final é do primeiro árbitro. As complicações começaram quando o segundo árbitro apitou ao som da campainha. Ele deveria saber que a China não tinha mais tempos. Uma vez que houve uma pequena demora e o tempo para a registar no boletim de jogo é normalmente maior que o da acção que está a ser penalizada, o segundo árbitro fez um bom julgamento ao apressar o reenício do jogo. No que diz respeito à substituição, o árbitro achou que uma vez que o momento do pedido de substituição tinha sido obtido através de um pedido improcedente a substituição não deveria ser permitida. Esta decisão foi apoiada pelo Comité de Controlo. Regra 16.6, 17.1, 17.2

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9.10 No NORCECA feminino,

USA vs. Canadá. No inicio do quinto set o treinador americano Kent Miller fez a sua formação. Ao sinal do primeiro árbitro as equipa entraram em campo. As jogadoras da equipa dos USA tomaram as suas posições enquanto que as canadianas ainda se encontravam junto do treinador no banco. O primeiro árbitro pediu para que a equipa canadiana entrasse em campo. O treinador canadiano, aparentemente observava as jogadoras americanas e só depois deu a sua formação ao segundo árbitro. O primeiro árbitro sancionou o treinador canadiano com uma advertência por demora. O treinador Miller protestou ao Comité de Controlo que a equipa canadiana deveria ser sancionada com conduta incorrecta e a USA deveria ganhar um ponto. Qual é aplicação correcta das regras neste caso?

O primeiro árbitro cometeu um erro ao mandar que as equipas entrassem em campo sem que o segundo árbitro tivesse da formação canadiana. Uma vez que a equipa americana estava em campo, a advertência por demora dado pelo primeiro árbitro provavelmente estaria correcta. Se por outro lado estava claro que o treinador canadiano estava a tirar vantagem da situação o Comité de Controlo deveria assinalar conduta grosseira ao treinador canadiano e dar um ponto e o serviço aos USA.

9.11 No jogo do World Cup

feminino, Brasil vs. Holanda durante o segundo set o “placard” de marcação que pode ser visto pelos espectadores não estava correcto. Imediatamente o treinador brasileiro “provocou” o marcador, o árbitro e o Comité de Controlo. O treinador foi apoiado pelo chefe da delegação brasileira que surgiu na mesa do Comité de Controlo vindo da bancada reservada aos chefes de delegações. O primeiro árbitro apitou ao

O erro inicial foi do marcador. O segundo foi do operador do “placard” de marcação. O terceiro foi do marcador de reserva por não ter confirmado o marcador oficial para se certificar que ambos estavam correctos. O primeiro árbitro, via segundo árbitro, deveria ter-se certificado que a conduta incorrecta tinha sido registada no boletim de jogo. A capitã em jogo brasileira deveria ter comunicado ao treinador a sanção que este tinha recebido. Quando esta não o fez, deveria ter sido chamada a atenção para o fazer. O Comité de Controlo esteve incorrecto ao permitir que o Chefe da Delegação brasileira se aproximasse da mesa do Comité. O presidente do Júri de Jogo deveria ter parado o jogo e assinalado uma Conferência de Árbitros de modo a que o resultado do

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capitão de jogo brasileiro e explicou que ia sancionar o treinador do Brasil com uma penalização por conduta incorrecta. Apesar da capitã em jogo ser obrigada a transmitir esta sanção ao treinador esta não o fez. Acrescente-se ainda que durante a confusão gerada, o segundo árbitro não se apercebeu da sanção ao treinador brasileiro e a conduta incorrecta não foi registada no boletim de jogo. Nessa altura os membros do Comité de Controlo sem comunicarem que uma Conferência de Árbitros iria acontecer, determinaram que o “placard” de marcação não estava correcto. O marcador também não tinha o resultado de jogo correcto, mas o marcador de reserva concordou com os Membros do Comité de Controlo e o treinador brasileiro. O resultado foi corrigido e o jogo continuou sem que fosse registado no boletim de jogo este incidente. Como deveria ter sido tratado este incidente?

jogo fosse resolvido. É exigido ao presidente do Júri de Jogo que inclua o primeiro árbitro e o Delegado de Arbitragem na Conferência de Árbitros. O segundo árbitro pode ser convidado mas não tem voto na decisão final. Outros árbitros com experiência podem ser convocados para darem a sua opinião à Conferência de Árbitros. Felizmente a pontuação estava correcta, a conduta incorrecta manteve-se e o jogo continuou. O problema foi complexo porque ambos ao árbitros e o Delegado de Arbitragem permitiram que o boletim de jogo fosse assinado e aprovado sem mencionar a sanção e a correcção da pontuação.

9.12 No jogo China Coreia do

Campeonato do Mundo feminino a passadora coreana S.J. Lee passou a bola para a atacante Yoon-Heen Chang. Quando Chang atacou a bola, também tocou com o seu joelho em Lee, o que fez com que esta fosse contra a rede. O segundo árbitro assinalou falta de Lee. Esta é um aplicação correcta da Regra 12.3.1

O segundo árbitro esteve correcto. Chang estava na acção do toque de bola quando fez com que Lee fosse contra a rede. Se Lee tivesse tocado casualmente na rede após ter passado a bola e quando se preparava para a próxima jogada, o contacto com a rede teria sido acidental, não devendo ser assinalando toque de rede por parte do segundo árbitro.

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9.13 Durante um tempo morto

no jogo Cuba vs. Brasil no World Cup, o treinador cubano reuniu-se com toda a sua equipa num canto da zona livre perto da zona de aquecimento. Os árbitro não fizeram nada para evitar isso. Os árbitros estiveram correctos?

A Regra 16.4.2 estabelece que a equipa de ir para a zona livre perto do banco durante o período do tempo morto. Apesar de aparentemente o treinador cubano ter violado essa regra, ele não violou o espírito da regra. O espírito da regra é que o jogadores saiam da área de jogo para que esta possa ser limpa e não possa ser "ameaçada" por água ou outros materiais que a equipa possa usar durante o tempo morto. Os árbitros estiverem correctos por não se preocuparem com esta atitude. Regra 16.4.2

9.14 No torneio final de

qualificação feminino para as Olimpíadas no segundo set do jogo Croácia-Coreia, no fim de uma jogada as jogadoras coreanas estavam à procura de uma zona molhada no campo. O treinador adjunto coreano veio até à linha lateral para ajudar as jogadoras a encontrarem a zona molhada. O primeiro árbitro chamou o capitão de jogo coreano e disse-lhe que o treinador adjunto devia estar no banco. A decisão do primeiro árbitro foi correcta?

O treinador adjunto pode sentar-se no banco e não pode intervir no jogo. Apenas o treinador principal pode andar ao longo da linha lateral. O primeiro árbitro esteve correcto. Regra 5.2.3.4, 5.3.1

9.15 No torneio final de

qualificação feminino para as Olimpíadas, no jogo China vs Holanda , a blocadora holandesa Chaine Ataelens foi lenta a formar o bloco colectivo e estava a dois passos de distância do bloco colectivo quando a atacante chinesa tocou a bola. Ante que Ataelens podesse chegar ao bordo superior da rede para blocar a bola tocou em Ataelens a uma altura ente o bordo e a parte de baixo da rede. A Holanda jogou a bola com mais três toques antes de

O primeiro árbitro não esteve bem ao permitir que a Holanda ganhasse a jogada. Ataelens não fazia parte do bloco colectivo e não estava acima do bordo superior da rede quando a bola lhe tocou. Deste modo o contacto com a bola não pode ser considerado bloco. Uma vez que o seu contacto com a bola foi o primeiro toque a equipa holandesa fez falta ao realizar quatro toques e deveria ter perdido a jogada. Regra 10.3.1, 15.1.1.

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acabar a jogada. Esteve correcto o primeiro árbitro ao permitir que a jogada fosse ganha pela Holanda?

9.16 No torneio final de

qualificação feminino para as Olimpíadas, no jogo Coreia vs China. No segundo set, o treinador coreano perguntou ao segundo árbitro se o jogador do serviço era o correcto. O segundo árbitro verificou com o marcador e respondeu que o jogador que estava pronto para servir estava correcto. O primeiro árbitro continuou o jogo. Foi um pedido legal por parte dos coreanos?

Não. O único membro da equipa que pode falar com os árbitros é o capitão de jogo. Deste modo o treinador não està autorizado a falar com o segundo árbitro. Regra 5.1.2

9.17 Na Top Temas Cup,

Szeged (HUN) vs. Kakanj (BIH). Durante o jogo o treinador do Szeged pediu uma substituição ao fazer tocar a campainha e fazendo a sinalética da substituição. Isto foi feito pouco tempo depois do árbitro autorizar o serviço a Szerged. A jogada parou. O 1º árbitro apercebeu-se da situação e recusou o pedido acenando com a mão. Entretanto ambos os jogadores envolvidos na substituição já se encontravam na zona de substituição preparados para esta ser realizada. O 1º árbitro apressou o jogador Szeged a servir. No momento do serviço o 2º árbitro apitou e assinalou falta de formação na equipa que servia por ter sete jogadores em campo. Depois dos árbitros conversarem, o primeiro assinalou ponto e serviço para a equipa de Kakanj. Foi uma decisão correcta?

Este é um caso típico de pedido improcedente. O pedido de substituição deveria ter sido negado. Szeged poderia ter sido advertido por demora e deveria repetir o serviço. No que diz respeito à actuação do segundo árbitro este não tem autoridade nem responsabilidade para julgar faltas de posição da equipa que serve. Quando o segundo árbitro apitou, a jogada deveria ter sido repetida.

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9.18 O passador na linha

avançada da equipa A, num esforço em passar a bola recebida por um jogador da sua equipa saltou e tocou a bola com uma mão por cima da rede de modo a que no momento do toque os seus dedos estavam no espaço aéreo do adversário. A bola não estava totalmente no espaço aéreo do adversário. A bola enviada pelo passador foi paralela à rede em direcção a um atacante da sua equipa. O blocador da equipa B tocou a bola antes do jogador da equipa A de modo que o jogador da equipa A não pode fazer o ataque. O 1º árbitro apitou falta do passador por passar a bola enquanto penetrava no espaço aéreo dos adversários. O 1º árbitro teve uma decisão correcta?

De acordo com a Regra 10, cada equipa deve jogar a bola dentro do seus espaço aéreo. Uma vez que o passador tocou a bola no espaço aéreo do adversário, o passador fez falta. O blocador também cometeu falta por ter tocado a bola no espaço aéreo do adversário antes do ataque. Apenas a primeira falta é penalizada. O árbitro esteve correcto

9.19 A equipa da Grã-Bretanha está com a posse de bola e prepara-se para servir. O capitão em jogo pede a confirmação do jogador que vai servir. O marcador informa que é o nº6 a servir. O capitão de jogo duvida da informação e é lhe confirmado que é o jogador nº6 a servir. O capitão em jogo ainda não satisfeito enquanto se tenta aproximar do primeiro árbitro este autoriza o serviço. Gera-se confusão e a equipa da Grã-Bretanha é penalizada por não efectuar o serviço dentro dos 8”. Quando voltaram a verificar o boletim de jogo, descobriram que o treinador da Grã-Bretanha tinha dado um formação errada com o jogador nº6

O bom senso deve prevalecer na resolução neste caso. O erro inicial foi do treinador da Grã-Bretanha quando forneceu uma formação errada. Este teve continuação pela desatenção do segundo árbitro e marcador. O jogador nº1 deve ser autorizado a servir. A equipa da Grã-Bretanha não deve ser penalizada por demora no serviço. Por outro lado o erro inicial do treinador causou um atraso no jogo, daí que deve ser sancionado com advertência por demora. O segundo árbitro deve pedir ao treinador uma nova ficha de formação.

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em duas posições. Deveria ser o jogador nº1 a servir como o capitão de jogo tinha suposto. Qual é aplicação correcta da regras por parte do primeiro árbitro neste caso?

9.20 No jogo Cuba vs. Canadá

feminino nos Jogos Olímpicos, houve um problema entre uma camera de TV e uma das jogadoras. Quando uma jogadora cubana estava a servir, o braço flutuante de uma camera de TV do fundo do campo desceu e tocou na jogadora. A jogadora continuou a acção de serviço apesar da interferência e conseguiu enviar a bola para o campo adversário e a jogada continuou. O primeiro árbitro não parou a jogada ou ordenou que se repetisse e não houve protestos por parte da equipa cubana. Foi uma decisão correcta do primeiro árbitro?

O primeiro árbitro esteve correcto neste caso uma vez que a jogada foi espectacular e causou grande interesse e entusiasmo no público. No entanto, e noutras situações, o primeiro árbitro deve mandar repetir o serviço.

9.21 No jogo do Campeonato do

Mundo júnior feminino, Cuba vs. Eslováquia, o treinador esloveno pediu tempo morto e o segundo árbitro apitou. O primeiro árbitro não ouviu o apito do segundo, dando autorização para a execução do serviço às cubanas. O segundo árbitro voltou a apitar para permitir o tempo pedido pela Eslováquia. Depois de alguma confusão o primeiro árbitro deu uma advertência por demora à Eslováquia. Mais tarde no mesmo set uma jogadora eslovena que ia servir foi sancionada advertência por demora.

A eslovacas tinham razão em protestar. Em situações em que os juizes tem desentendimentos as equipas não devem ser penalizadas. Daí que a primeira advertência para as eslovenas não tenha justificação Se a primeira advertência não existisse, o segundo caso merecia apenas uma advertência por demora e o protesto da eslovacas nunca teria ocorrido. Por outro lado, as eslovacas deveriam ter registado o seu direito a protesto na altura da primeira advertência por demora. Uma vez que não o fizeram abdicaram do direito de protestarem da decisão do primeiro árbitro, no fim do jogo. Regra 5.1.2.1

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Esta segunda sanção demora para a Eslováquia no mesmo jogo deu origem a uma penalização por demora à Eslováquia e deu a Cuba um ponto. Este ponto levou o resultado de Cuba para 24 e deu-lhe o ponto de jogo que estas ganharam. As eslovacas protestaram as sanções de demora. Estavam a eslovacas correctas no seu protesto?

9.22 Com o resultado em 9-7 no

terceiro set de uma jogo da Liga do Kuwait as luzes do pavilhão apagaram-se. Durante esse set uma dos jogadores base de uma das equipas tinha sido desqualificado do jogo. O jogo foi reatado noutro pavilhão. A Regra 18.3.2.2 estabelece que o set interrompido é cancelado e reiniciado com os mesmo elementos e a mesma formação. Qual é a aplicação correcta das regras no caso de desqualificação de uma jogador no reinício do terceiro set cancelado?

Quando o set é reiniciado não é permitida a participação dos jogadores desqualificados e expulsos. Outro jogador da equipa que não esteja na formação inicial deverá tomar o seu lugar. Acrescente-se que todas as sanções que tenham sido registadas no boletim de jogo até ao ponto em que as luzes estavam acesas devem ser transferidos para o novo boletim de jogo.

9.23 No Taça do Mundo

masculina, um jogador canadiano serviu, a bola tocou na rede e ia a cair caiu do lado canadiano da rede. Um jogador espanhol, do outro lado da rede e por baixo desta, apanhou a bola antes desta tocar o chão. Isto é permitido?

A bola está jogável até que o primeiro árbitro determine que a bola não vai passar a rede legalmente e ocorre uma falta. O primeiro árbitro deve apitar quando determinar que a bola não vai sair do lado do campo da equipa que serve. O jogador espanhol pode apanhar a bola depois do primeiro árbitro apitar a falta. Regra 13.6.2.1

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9.24 No Taça do Mundo

masculina, num jogo entre Japão e Itália, um atacante italiano atacou a bola contra o bloco japonês. A bola saiu das mãos do blocador japonês por cima da vareta parcialmente pelo espaço externo, por cima do primeiro árbitro e para a zona livre da Itália. Um jogador japonês da linha defensiva persegue a bola para a jogar para o campo japonês. O juiz de linha assinalou bola fora e o primeiro árbitro assinalou a sua decisão em favor dos atacante italiano. Os japoneses argumentaram que a bola tinha passado por cima da vareta e praticamente ao longo do espaço externo daí que a bola estava jogável. Foi uma aplicação correcta das regras por parte do primeiro árbitro?

O primeiro árbitro esteve mal. A a bola passou por cima da vareta para a zona livre do adversário pelo espaço externo. Daí é legal por parte dos japoneses jogarem a bola fazendo-a regressar ao seu campo pelo seu espaço externo do mesmo lado do campo. O juiz de linha não deve dar nenhum sinal enquanto a bola ainda está em jogo. Regra 11.2.1

9.25 Num jogo na Republica

Checa a equipa de casa estava a servir e a jogada foi ganha pela equipa visitante. Quando a equipa da casa serviu o marcador não viu o número do jogador que servia. Na conclusão da jogada o marcador viu o número do jogador. Imediatamente chamou a atenção do segundo árbitro pelo facto do jogador ter servido for a da ordem de rotação. O árbitro deu a jogada e o ponto à equipa visitante e assinalou falta de rotação à equipa da casa. O treinador da equipa visitante protestou e disse que a sua equipa tinha ganho a jogada e que também deveria receber um segundo ponto pois os

O árbitro esteve correcto ao dar apenas um ponto. Apesar da jogada já estar concluída, quando o marcador constatou a falta de rotação a jogada não deveria ter sido realizada. Os visitantes tiveram uma ponto com base no facto da equipa da casa apresentar uma falta de rotação. Regra 7.7.1

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adversários estavam em falta de rotação. Esteve bem o primeiro árbitro ao dar apenas um ponto à equipa visitante ou deveria dar dois pontos?

Nota:

Quando as equipas e os jogadores não são identificados pelos nomes e para que se possa compreender melhor a situação em análise a letra de código “S” é usada para designar a equipa e os jogadores da equipa que serve, e o “R” a equipa e os jogadores da equipa que recebe.