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Castanha-do-Brasil no Amazonas

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A cadeia da castanha-do-Brasil no Estado do Amazonas

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  • CADEIA PRODUTIVA DACASTANHA-DO-BRASIL

    NO ESTADO DO AMAZONAS

  • Carlos Eduardo de Souza BragaGovernador do Estado Amazonas

    Virglio Maurcio VianaSecretrio de Estado do

    Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel

    Comisso organizadora daI Conferncia Estadual das Populaes Tradicionais

    do AmazonasCoordenador

    Francisco Ademar da Silva CruzSecretrio Executivo Adjunto de Extrativismo

    Secretrio ExecutivoMarcelo Marquesini

    ColaboradoresAdevaldo Dias da Costa

    SEAE/SDSAguimar Simes Vasconcelos

    Ag.de Florestas/SDSAna Paula Cardoso

    Ag. de Florestas/SDSJos Max Dias

    Ag. de Florestas/SDSKarina Ladeira Vilar

    Ag. de Florestas/SDSMarcelo Cortez

    SEAE/SDS

  • Manaus 2005

    Governo do Estado do Amazonas

    CADEIA PRODUTIVA DACASTANHA-DO-BRASIL

    NO ESTADO DO AMAZONAS

  • CADERNNOS DO EXTRATIVISMO

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    TextoMrio Menezes

    Marcos Roberto PinheiroAna Cntia Guazzelli

    Fbio Martins

    RevisoAdemar Cruz (SDS)Rita Menquita (SDS)

    Projeto Grfico e Editoraottema Design Editorial

    Marcos Roberto Pinheiro

    MapasIPAAM/SDS

    Laboratrio de Geoprocessamento

    Ficha Catalogrfica elaborada por Maria Edna Freitas da Costa CRB/11-104

    Copyright SDS-2005

    A479 AMAZONAS, Governo do Estado.Cadeia produtiva da castanha-do-Brasil no estado do Amazonas /Mrio Menezes, Marcos Roberto Pinheiro, Ana Cntia Guazzell eFbio Martins. - Manaus: SDS, 2005. Srie Tcnica Meio Ambientee Desenvolvimento Sustentvel, 3.

    28p.; il.

    1. Produtos Florestais - Castanha - Amazonas. I. Ttulo. II. Srie. CDU: 630.8 (811.3)

    Este contedo foi organizado a partir dos resultados daI Conferncia Estadual das Populaes Tradicionais do Amazonas,

    realizada de 08 a 11 de novembro de 2004,na cidade de Manaus, Amazonas

    Secretaria Executiva Adjunta de Extrativismo daSecretaria de Estado do Meio Ambiente de Desenvolvimento Sustentvel (SDS)

    Rua Recife, 3280 - Parque Dez - Manaus - AM - CEP 69.050-030(92) 3643.2316 - [email protected]

  • CADEIA PRODUTIVA DA CASTANHA-DO-BRASIL

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    Sumrio

    Apresentao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

    1. Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

    2. reas de produo de castanha no estado . . . . . . . . 10

    3. Nmero de famlias envolvidas na produo . . . . . . . 16

    4. Produo atual e potencial (por ano) . . . . . . . . . . . . . 16

    5. Renda mdia das famlias/participaodo produto na renda familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    6. Processamento do produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    7. Possibilidades de maior verticalizaoda produo nas comunidades/municpio . . . . . . . . . 18

    8. Organizao da produo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    9. Principais mercados alcanados . . . . . . . . . . . . . . . 18

    10. Formas de comercializao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    11. Instituies/projetos que atuam nosprincipais municpios produtores . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    12. Principais gargalos da cadeia produtiva ealternativas para sua superao,segundo a bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    13. Principais problemas da cadeiaprodutiva e alternativa para sua superao, segundo a I Conferncia das Populaes Tradicionais. . . . . . . 20

    14. Apresentao do grupo de castanha.(Aguimar Simes Vasconcelos Ag. de Floresta) . . 21

    15. Debate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

    16. Documentos e instncias consultados . . . . . . . . . . . . 28

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    Apresentao

    A I Conferncia Estadual das Populaes Tradicionais doAmazonas foi realizada no perodo de 8 a 11 de novembro de2004, com o objetivo de viabilizar a participao dostrabalhadores extrativistas na construo de um programaestratgico de desenvolvimento para o setor extrativista doestado, no mbito do Programa Zona Franca Verde.Do evento participaram em torno de 250 pessoas, entretrabalhadores, comerciantes, funcionrios pblicos (estaduaise municipais), tcnicos e pesquisadores, representando 38 dos62 municpios amazonenses.Dois temas centrais dominaram a Conferncia: a cadeiaprodutiva de produtos extrativos e a proposta formulada pelaSDS para conservao da biodiversidade no estado. Subsdiossobre esses temas foram apresentados aos participantes,atravs de documentos bsicos elaborados pela SecretariaExecutiva Adjunta de Extrativismo e pelo Departamento deProjetos Especiais da SDS.A metodologia das atividades desenvolvidas durante o encontrose constituiu de palestras de representantes das comunidadesextrativistas, rgos pblicos e ONGs ambientalistas e deassessoria tcnica, e de grupos de trabalho reunidos em doismomentos. Um primeiro conjunto de grupos, divididos porproduto extrativo, discutiu e props sobre a cadeia produtiva doaa, borracha, castanha, fibras vegetais extrativas, madeira,leos extrativos vegetais e pesca; o segundo, organizado porsub-regio, analisou as reas propostas para conservao dabiodiversidade nas sub-regies de alto Solimes-Japur, Juru,mdio Solimes, Purus, Madeira, baixo Amazonas e rio Negro.

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    A I Conferncia Estadual das Populaes Tradicionais doAmazonas mais um resultado da parceria da SDS com oMinistrio do Meio Ambiente e o WWF-Brasil, que muitocontriburam para a realizao e xito do evento. Os Cadernosdo Extrativismo tm o objetivo de apresentar os resultados destaprimeira conferncia e, principalmente, o contedo discutido nosgrupos de trabalho sobre as cadeias produtivas extrativistas.

    Virglio Maurcio VianaSecretrio de Estado do

    Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel

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    1. IntroduoA castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa H.&B. Lecythidaceae) tambm conhecida como castanha-do-par e castanha-da-amaznia. Trata-se de uma rvore intimamente ligada culturadas populaes tradicionais da Amaznia e do estado doAmazonas. Seus produtos e subprodutos so utilizados h vriasgeraes, como fonte de alimentao e renda. A castanha encontrada nas matas de terra firme em vrios pases da regioamaznica continental, com destaque para o Brasil, Bolvia e Peru.No Amazonas, a espcie ocupa principalmente as regies deMaus e dos rios Purus, Negro, Solimes e Madeira onde suaexplorao constitui atividade econmica realizada por quase atotalidade das comunidades rurais (1). Tambm um dos maisimportantes produtos exportados pelo estado, e sua demanda nomercado internacional muito elstica, em funo de serfacilmente substituda por outras amndoas sujeitas variaode preos e pela forte competio exercida por outros pasesprodutores - Bolvia e Peru, principalmente. A destruio decastanhais nativos pelos desmatamentos e o surgimento debarreiras no-tarifrias pela imposio de padres fitossanitriosmais rgidos (aflatoxina) tambm tm infludo negativamente naproduo e exportao brasileiras de castanha (1).Em funo desses fatores, as exportaes do produto vmdespencando nos ltimos anos, passando de 51.195 t em 1990,para 26.505 t em 1993, 19.301 t em 1995/96, 17.230 t em 2000e 6.300 t em 2003 (1) (2).Aproveitando-se da crise por que passa a produo de castanhano Brasil, a Bolvia se organizou e tomou do lugar brasileiro nomercado internacional, de forma to competente, que os produtoresdo Acre esto fazendo parcerias com os bolivianos para voltar aexportar. Internamente, tambm h experincias importantes que oAmazonas pode absorver. No Amap, um projeto em castanhaisdo sul do estado, iniciado em 1995, com o objetivo de combater apobreza, produz e beneficia castanha para a merenda escolar.Recentemente, pesquisadores da UNICAMP criaram uma misturade castanha-do-brasil com farinha de mandioca, que pode entrarpara o cardpio matinal da famlia brasileira.

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    2. reas de produo de castanha no estadoPara o IBGE, 40 municpios do Amazonas produzem castanhas(Mapa 1) (3). Dentre eles, os maiores produtores em 2002 foram:Novo Aripuan (1.326 t), Alvares (1203 t), Lbrea, (1.135 t),Boca do Acre (794 t), Humait (761 t), Tef (611 t), Tapau (609t), Manicor (599 t) e Tabatinga (514 t) (Tabela 1). Juntos, essesnove municpios responderam por 84% da produo estadualnaquele ano.Para pesquisadores e tcnicos que trabalham com a castanha,os principais plos de produo no estado so ( Mapa 2) (4):

    No Purus:- Boca do Acre e Lbrea: municpios com reas de

    ocorrncia com aes de governo (em vermelho, no mapa)- Pauini, Canutama, Tapau, Beruri e Anori: municpios com

    reas difusas de produo e coleta (em verde, no mapa).

    No Solimes:- Anam (Lago do Anam-Gasoduto), Fonte Boa (Paran

    do Maiana e Rio Uatiparan Resex Uatiparan), Mara,Tef (Resex Catu/Ipixuna), Coari (Projeto Gasoduto):municpios com reas de ocorrncia com aes de governo(em vermelho, no mapa).

    - Coari: municpio com reas produtivas de baixa coleta (emazul, no mapa).

    - Codajs, Amatur, Santo Antnio do Ia, Tonantins, Juta,Uarini, Alvares: municpios com reas difusas deproduo e coleta (em verde, no mapa).

    No Madeira:- Manicor (Resex Capan Grande, Igarap do Jenipapo, Rio

    Atininga, Rio Arau e Rio Mataur): municpio com reas deocorrncia com aes de governo (em vermelho, no mapa).

    - Itapiranga, Novo Aripuan, Borba, Humait e Nova Olindado Norte: municpios com reas difusas de produo ecoleta (em verde, no mapa).

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  • CAD

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    RASIL

    1415

    Juru 105 - - - - - - - - - - - -Juta - - 0 - 28 30 10 11 12 12 12 13 14Lbrea 369 360 7 9 452 497 878 912 958 971 1.010 1.050 1.135Manacapuru 406 255 2 20 131 145 50 58 60 61 64 67 72Manaquiri 603 - - - - - - - - - - - -Manaus - - 47 45 50 55 1 1 1 2 2 2 2Manicor 196 383 19 20 2.455 2.701 329 468 492 498 518 555 599Mara 20 - 0 - - - - - - - - - -Maus 0 82 0 3 373 410 26 28 30 30 31 32 35Nhamund 0 302 3 26 201 221 106 117 123 124 128 133 147N. O. Norte 228 127 2 0 118 130 - - - - - - -Novo Airo 5 - - - - - 7 8 8 8 9 9 10Novo Aripuan 52 163 5 4 520 572 995 1.074 1.116 1.133 1.179 1.228 1.326Parintins 289 197 0 0 71 78 8 8 9 9 9 10 11Pauini 13 - - 14 385 424 62 68 71 72 74 78 84R. Preto da Eva 9 - - - - - 32 34 36 36 38 39 43S.I. Rio Negro 10 - - 0 - - 1 1 1 1 1 1 1S. A. do I 1 - - - - - - - - - - - -S.Seb. Uatum - 19 0 - - - 1 1 1 1 1 1 1Silves - - - - - - 1 1 1 1 1 1 1Tabatinga - - - - - - 355 387 406 411 453 476 514Tapau 350 683 6 4 683 615 355 387 406 412 427 564 609Tef 422 1.148 10 5 286 315 449 489 519 527 545 566 611Tonantins - - - - - - 8 9 9 9 10 10 11Uarini 135 0 0 - - - - - - - - - -Urucar - 21 0 0 56 62 4 4 5 5 5 5 5Urucurituba 58 11 0 - 77 85 - - - - - - -Fonte: IBGE - Produo Extrativa Vegetal, 2002.

    Tabela 1 Produo de Castanha no Brasil e dos Municpios do Estado do Amazonas (em toneladas de frutos)

    Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002Brasil 51.195 35.838 25.303 26.505 38.882 40.216 21.469 22.786 23.111 26.856 33.431 28.467 27.389Norte 50.521 35.025 24.911 26.116 38.632 39.958 21.224 22.551 22.870 26.589 33.186 28.191 27.038Amazonas 13.059 7.957 193 4.267 15.465 15.727 6.670 7.357 7.368 7.467 7.823 8.352 8.985Alvares 220 2 5 - - - 903 957 995 1.005 1.066 1.124 1.203Amatur 54 - - - - - 27 29 30 30 33 34 36Anam 129 0 0 1 347 375 2 3 3 3 3 4 4Anori 51 105 1 1 2 1 0 0 0 0 0 0 0Apu - - - - - - 90 11 12 12 12 55 61Autazes 153 2 3 1 110 120 20 29 31 31 33 34 37Barcelos 61 - 1 - 58 52 4 6 6 6 7 7 8Barreirinha 170 - - - - - - - - - - - -Beruri 334 3 0 2 - - 96 103 107 108 134 142 153B. V. Ramos 10 3 1 - - - 7 7 8 8 8 9 9Boca do Acre 1.589 1.299 22 3.999 2.998 2.600 522 630 662 671 704 740 794Borba 177 287 1 1 202 222 11 12 13 13 14 14 15Caapiranga - 18 - - - - 7 8 8 9 9 9 1Canutama 526 169 4 0 534 587 303 372 39 39 29 31 33Careiro 30 12 0 - - - 1 2 2 2 2 2 2Careiro Vrzea 18 8 0 - - - - - - - - - -Coari 3.927 1.753 25 92 2.644 2.908 2 2 2 2 2 2 2Codajs 125 221 0 3 163 179 120 185 209 212 220 230 248Fonte Boa 99 302 3 2 - - 230 242 251 254 264 278 300Guajar - - - - - - - - - - - - -Humait 917 - 23 12 2.149 1.934 583 624 655 664 690 718 761Itacoatiara 1.153 23 1 2 345 379 63 67 71 72 75 78 85Itapiranga 25 - - - 28 30 1 1 1 1 1 1 1Japur 25 - - - - - - - - - - - -

  • CADERNNOS DO EXTRATIVISMO CADEIA PRODUTIVA DA CASTANHA-DO-BRASIL

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  • CADERNNOS DO EXTRATIVISMO

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    No mdio Amazonas:- Autazes Silves, Nhamund, Barreirinha, Boa Vista do

    Ramos, Itacoatiara e Parintins: municpios com reasdifusas de produo e coleta (em verde, no mapa).

    - Urucurituba, Boa Vista do Ramos e Barreirinha: municpioscom reas produtivas de baixa coleta (em azul, no mapa).

    No rio Negro- Santa Izabel do rio Negro e Barcelos (regio do alto curso

    do rio Padauari, que corta os dois municpios): municpioscom reas difusas de produo e coleta (em verde, nomapa).

    - Terra Indgena Waimiri-Atroari: reas produtivas de baixacoleta (em azul, no mapa).

    3. Nmero de famlias envolvidas na produoH informaes disponveis apenas para seis municpios: Bocado Acre, 200; Lbrea, 300; Manicor, 215; Coari, 50; Fonte Boa,35 (Resex); Mara, 50 (RDS) (2), num total de 850 famlias.

    4. Produo atual e potencial (por ano)Segundo o IBGE, a produo de castanha no Amazonas, em2002, foi de 8.985 toneladas de castanha, e o estado hoje omaior produtor da regio produzindo 27.038 toneladas. Em1990, o Amazonas era o 3 produtor regional, atrs do Acre ePar, respectivamente. Como acontece com outros produtosextrativos, a exemplo da borracha e mesmo do aa, o estadoviu sua produo de castanha cair na ltima dcada numaproporo menor do que em estados antes produtores lderesno perodo. Sua produo baixou pouco menos de 1/3, passandode 13.059 toneladas, em 1990, para 8.985 toneladas, em 2002,enquanto na regio a queda foi de mais de 45% e no Acre ePar ultrapassou 60%. Aqui, como no caso da borracha, tambmvale o registro de que o Amazonas saiu de terceiro estadoprodutor de castanha, em 1990, para primeiro, em 2002, nopelo aumento de produo, mas por ter sofrido menor reduono volume produzido na ltima dcada (Grfico 1).

  • CADEIA PRODUTIVA DA CASTANHA-DO-BRASIL

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    5. Renda mdia das famlias/participao doproduto na renda familiarTabela 1. Indicadores de Renda nos Principais Municpios Produtores de Castanha.Municpio Renda per Proporo de

    capita/ms Variao pobres Variao(R$) (%) (%) (%)

    1991 2000 1991 2000

    Novo Aripuan 103,67 70,15 -32,33 63,48 81,13 +27,80Alvares 104,00 91,95 -11,58 64,12 65,81 +2,63Lbrea 78,04 66,46 -14,83 80,22 79,48 -0,09Boca do Acre 80,99 92,58 +14,31 73,70 66,52 -9,74Humait 92,03 134,36 +46,00 68,92 60,72 -11,90Tef 105,38 117,55 +11,54 53,13 58,17 +9,48Tapau 43,42 47,73 +9,92 87,27 86,06 -1,38Manicor 81,90 70,26 -14,21 70,78 74,94 +5,87Tabatinga 96,08 142,08 +47,87 63,27 55,97 -11,53

    Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil.

    Obs.: para clculo da renda mdia familiar, considera-se que uma famlia nomeio rural do Amazonas composta por cinco membros.

    No h informaes disponveis sobre a participao dacastanhas na renda familiar dos produtores.

  • CADERNNOS DO EXTRATIVISMO

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    6. Processamento do produtoO produto sai in natura das comunidades, geralmente emregates de intermedirios.

    7. Possibilidades de maior verticalizao daproduo nas comunidades/municpioBoca do Acre j possui usina, com escoamento da produovia Acre; Lbrea e Amatur tm em implantao uma usina cada;e Manicor e Coari tm em andamento propostas deimplantao de usinas.

    8. Organizao da produoAviamento.

    9. Principais mercados alcanadosAustrlia, Estados Unidos e Itlia.

    10. Formas de comercializaoA intermediao.

    11. Instituies/projetos que atuam nosprincipais municpios produtores (5)

    - Novo Aripuan: CNS, CAAM, IBAMA, CNPT, IPAAM, ResexCapan Grande.

    - Alvares: sem informao.- Lbrea: sem informao.- Boca do Acre: Peti, CNO, frigorfico privado, sindicatos,

    associaes e cooperativa, UEA, AGROPAN, CIMI,Critas, Fome Zero, FNO, Criao de Unidades deConservao, Mapi e Inauini, Projeto da UFAC (5).

    - Humait: CNS, CAAM, IBAMA, CNPT, IPAAM, ResexCapan Grande.

    - Tef: sem informao.

  • CADEIA PRODUTIVA DA CASTANHA-DO-BRASIL

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    - Tapau: sem informao.- Manicor: CNS, CAAM, IBAMA, CNPT, IPAAM, Resex

    Capan Grande.- Tabatinga: Cooperao Italiana, FUNAI, IBAMA., Projeto

    PETI, Programa Zona Franca Verde, Projeto Cunhat eCurumim, Distrito Sanitrio Especial Indgena do AltoSolimes (DSEI/AS), PRONAGER.

    12. Principais gargalos da cadeia produtiva ealternativas para sua superao, segundo abibliografia (4) (6) (7)

    Gargalo- Escoamento precrio.- Falta de linhas de crdito.- Falta de organizao social.- Embargos (econmicos) fitossanitrios dos pases

    importadores (Europa).- Ausncia de boas prticas no manejo e produo nos

    castanhais- Carncia de usinas de beneficiamento nas reas

    produtoras.

    Alternativa- Organizao do escoamento pelos produtores.- Criao de linha de crdito especfica.- Fortalecimento das associaes locais.- Posicionamento mais contundente do Ministrio da

    Agricultura perante esses pases, quanto aos limites detolerncia aceitveis de aflatoxina.

    - Fomento a boas prticas nas reas extrativistas.- Implantao de usinas de beneficiamento nos municpios

    produtores de castanha.

  • CADERNNOS DO EXTRATIVISMO

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    13. Principais problemas da cadeia produtiva ealternativas para sua superao, segundo a IConferncia das Populaes Tradicionais.

    Problemas- Difcil acesso aos castanhais mais centrais.- Pouco investimento para infra-estrutura de transporte e

    armazenamento do produto.- Muita oscilao no preo da castanha.- Falta de prticas de manejo adequado na coleta e

    armazenamento que garanta a qualidade do produto.- Baixo nvel de organizao social dos coletores.- Falta de pesquisa no desenvolvimento de tecnologia para o setor.- Grilagem de terras em reas de castanhais na regio sul de Lbrea.- Falta de comunicao entre os extrativistas quanto ao mercado.Propostas para solues dos problemas- Levantamento do potencial existente nas reas de

    produo.- Criao de linhas de crdito de financiamento ao extrativista

    para aquisio de animais de carga e meios de transportesadequados (barco, tratores, mni tratores etc.).

    - Estabelecer uma poltica de preo mnimo.- Aprimoramento das prticas que garantam a qualidade do

    produto, de forma a diminuir o tempo entre a coleta eprocessamento.

    - Implantao de usinas de processamento nas sedes municipais.- Capacitao, implantao de infra-estrutura de escoamento.- Fortalecimento das organizaes sociais voltadas

    comercializao e processamento de castanha.- Demanda, atravs das instituies, de pesquisas voltadas

    para o setor (Exemplo: mquina para quebra de ourios).- Ao mais eficiente do poder pblico contra grilagem de terras.- Criao de uma rede de comunicao entre os extrativistas

    e compradores.- Estabelecimento do papel de cada ator envolvido no

    processo produtivo.

  • CADEIA PRODUTIVA DA CASTANHA-DO-BRASIL

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    14. Apresentao do grupo de castanha.(Aguimar Simes Vasconcelos Ag. de Floresta)

    O grupo comeou ouvindo trs palestras. Uma proferida porAguimar, apresentador das propostas do grupo, que tratou dasexperincias vivenciadas no municpio de Manicor.Em seguida, a de Carlos Molina Mitro, que tratou da experinciana Bolvia e enfatizou a importncia do setor privado em ajudara dinmica das cadeias produtivas, visto que os exportadoresso os maiores interessados. Por fim, a Maria Aldenir, doMinistrio da Agricultura, que falou sobre segurana, qualidadee normas para a castanha-do-brasil, tratada por legislaoespecfica nos aspectos relacionados ao manejo, boas prticas,comercializao e exportao.Os problemas e concluses encontrados pelo grupo se referiramprincipalmente s dificuldades de acesso aos castanhais maiscentrais, pela pouca infra-estrutura disponvel. Assim como nocaso da seringa, os castanhais mais distantes tambm tm queter suas estradas limpas para facilitar o acesso. Isso foi colocadocomo uma das dificuldades e um dos problemas para aproduo de castanha.Pouco investimento na infra-estrutura de transporte earmazenamento do produto. Na Bolvia, a usina de beneficiamentoconsiderada a maior exportadora de castanha do mundo entregacaminhes para os extrativistas e abate seu valor no decorrer dassafras. Esses caminhes fazem o transporte para a usina debeneficiamento. No Amazonas, o meio de transporte utilizado paratransportar a castanha so barcos.Quanto ao armazenamento, a alternativa apontada foi aconstruo de galpes e paiis para armazenar essa castanha,dando condies de maior durabilidade ao produto, at serprocessado e comercializado.A oscilao do preo do produto. O mercado de castanha temessa caracterstica: o preo varia demais a cada ms. Issodepende da oferta, ou seja, da quantidade de castanha disponvelno mercado.

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    Falta de prtica e manejo adequados na coleta earmazenamento que garanta efetivamente a qualidade doproduto. Apesar do esforo da Agncia de Floresta nadisseminao de boas prticas, em alguns municpios aindaexistem extrativistas que no produzem de forma adequada.Do ponto de vista financeiro, o extrativista que faz boas prticasainda no sente diferena em relao ao que no a faz, mas aquesto no s o dinheiro no bolso. Por trs de tudo isso tema segurana alimentar, a conscincia de que se est produzindoum alimento e que algum vai consumir aquele produto. No s o preo agregado, mas tambm a segurana que ele estdando ao consumidor de castanha.Baixo nvel de organizao social dos coletores. Nem todos estoorganizados em associaes. Essa uma das dificuldadesencontradas em campo, quando se dissemina boa prtica.Falta de pesquisa no desenvolvimento de tecnologia para osetor. Este um aspecto fundamental e um dos grandes gargalosda produo de castanha no estado. Os bolivianos tm muitocontrole sobre a produo e tm tecnologia, que buscam naEuropa. No Brasil, no h tecnologia desenvolvida. Poucosestudos so realizados pelas instituies de pesquisas: INPA,Universidade Federal, EMBRAPA.Grilagem de terras em reas de castanhais na regio sul deLbrea, mas sabe-se que existem outras regies com o mesmoproblema. Em muito caso, o grileiro o patro, o dono de fatoda terra, e o castanheiro acaba tendo que vender parte de suaproduo para esse patro.E, por fim, a falta de comunicao entre os extrativistas quantoao mercado. O extrativista, a associao comunitria ouassociao de produtores esto distantes dos mercados, emuitas vezes no tm acesso s informaes sobre valores, noficam sabendo como est o mercado, e tudo isso agravadopela oscilao do preo.

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    As propostas para soluo desses problemas:Primeiro, o levantamento do potencial existente nas reas deproduo. S sabemos que a produo de castanha maiornum ano, menor no outro, constituindo trs anos de baixaproduo e um de pico. No sabemos exatamente o potencial,mas seu levantamento vai ajudar futuros planos de manejo. Parase coletar corretamente a castanha, preciso saber o quantotem-se que deixar para renovar os castanhais.Criao de linha de crdito para o financiamento de aquisiode animais de cargas para os castanhais centrais e para meiosde transporte adequados como barcos, mini-tratores e outros.Estabelecimento de uma poltica de preo mnimo. Existemtrs usinas no Amazonas: AB Sab, uma dos Benzecry, e umal em Boca do Acre, dos extrativistas, mas quem comanda opreo aqui no estado a famlia Mutran, juntamente com ABSab e os Benzecry. Essa a realidade: o preo definido econtrolado por eles. necessrio estabelecer uma poltica depreos que garanta um mnimo adequado para o produtor,quando o mercado no estiver pagando preo justo, apesar deele estar produzindo com qualidade. preciso discutirestratgias, quem deve liderar essa iniciativa, se o poder pblicoou o setor privado.Aprimoramento das prticas que garanta a qualidade doproduto, de forma a diminuir o tempo entre a coleta e oprocessamento. Algumas pesquisas na Bolvia constataram queo problema com a aflatoxina vem sim da floresta. Aqui no Brasil,tambm ns j descobrimos isso, a contaminao ocorre nafloresta. A aflatoxina um veneno, uma substncia txicaproduzida por um fungo que est na castanha. O tempo levadoentre a coleta e o processamento importante nesse processo,e quanto maior ele for, maiores os riscos de contaminao.Implantao de usinas de processamento nas sedesmunicipais. Como necessrio diminuir o tempo de transportedo produto que est na floresta e a usina, a estratgia montaras usinas nas sedes municipais, j que nas comunidades noh energia eltrica. Nas sedes municipais seria mais

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    conveniente para os produtores do que em Manaus, e muito maisainda do que fornecer para IBSAB e CIEX.Capacitao e implantao de infra-estrutura de escoamentoda produo. A capacitao foi colocada como uma daspropostas pelos extrativistas para produzir um produto comqualidade, e implantao de infra-estrutura de escoamento.Fortalecimento das organizaes voltadas para acomercializao e processamento de castanha. J existemorganizaes como a cooperativa de Boca do Acre, quebeneficiam e comercializam a castanha. importante fortaleceras cooperativas que j esto em operao.Demanda de pesquisas voltadas para o setor. O grupo sugeriua construo de uma mquina de quebrar o ourio. Em plenosculo 21, ainda se corre o risco de se perder dedos comterado. O desafio colocado para as instituies de pesquisa.Ao mais eficiente do poder pblico contra grilagem de terras.Criao de uma rede de comunicao entre os extrativistas ecompradores.Definio do papel de cada ator envolvido no processoprodutivo. Qual o papel do governo, o do extrativista e o dousineiro, dentro da cadeia produtiva da castanha.

    15. Debate

    Cludio Maretti WWF Brasil:A pergunta que eu fao diz respeito sustentabilidade ou produtividade a longo prazo. Acho que a preocupao deorganizar a produo, melhorar a renda e melhorar a organizaodos produtores fundamental e a qualidade do produto indispensvel nesse processo, inclusive de melhoria de renda.Mas, no h nenhuma questo levantada com relao manuteno da produo dos castanhais a longo prazo, erecentemente vrios estudos cientficos tm levantado a questode que dentro de 50 anos pode haver um declnio dos castanhais,uma vez que a renovao das castanheiras est diminuindo.

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    Ento, eu queria saber a opinio de vocs nesse sentido, e quala alternativa para garantir a manuteno dessa produo e dessemercado.

    Joo de Souza Ferreira Boca do AcreEu quero s falar para o Ademar. No relatrio feito, eu no vinada sobre o ICMS da castanha, que ns pagamos l quandons a despachamos. Ns pagamos 12% em cima do valor danota e eu gostaria que isso ficasse arquivado.

    Ronaldo Rocha CoariO exportador nunca se preocupou em subsdio da nossacastanha. Hoje, tem que ser o estado.Colocar o produto atravs de beneficiamento de produtor,extrator, direto ao consumidor e isentar a castanha para oextrator, o produtor ou usina e associaes. Esse um objetivoque tem que ser posto em prtica logo, porque a safra decastanha j comea agora em dezembro e deixar para outroano vai prolongando o prazo de resolver, de equacionar osproblemas dos castanhais e dos extratores.

    Jos de Castro UFAMSe hoje a gente for em algumas lojas especializadas, compracastanha achocolatada, importada, ou seja, ns estamosvendendo castanha e depois ela volta e a gente compra por umpreo super alto.Ento, eu colocaria como sugesto termos uma poltica deaproveitamento da castanha, uma poltica de industrializao,porque frente a outros produtos exportados, a exportao decastanha uma mixaria, que ainda por cima depende domercado internacional. Acho que no haveria necessidade deestarmos na dependncia dos gringos para vender a castanha.

    Ademar Cruz SEAEEu queria saber qual o tipo de interveno que pode ser feitanessa rea? Criando Unidade de Conservao de UsoSustentvel? Qual tipo? Porque a maioria das terras decastanhal est titulada e nas mos de meia dzia de pessoas

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    do estado e at de fora, de So Paulo, com terras enormes aquino Purus, no Juru, e nos outros rios. Ento, eu acho que deveriase definir qual o tipo de interveno do poder pblico em relaoa essas reas, para que a gente tenha um norte na criao deunidades de conservao.

    Em resposta, o Aguimar Simes:Respondendo logo ao Ademar. Eu creio que, em princpio, asterras so tituladas. O processo de criao de unidade deconservao muito mais complicado. Estamos vendo a opessoal do Capan-Grande. At hoje, apesar de a reserva tersido criada, eles esto com maior problema de ameaas dosdonos das terras, que dizem que no vo deixar elestrabalharem, enquanto no forem indenizados. Do meu pontode vista, a criao de unidade de conservao seria a melhorestratgia, mas enfrentam-se muitos trmites burocrticos queacabam emperrando o processo.Eu acho que isso um tema que a gente tem que discutir muitocom os extrativistas, e a aproveitar este momento para sair daquicom uma definio. No grupo no se discutiu que estratgia,mas eu coloco como encaminhamento, tambm, que a genteaproveite a Conferncia para discutir essa questo.Com relao sustentabilidade dos castanhais, eu estouparticipando dos grupos de pesquisa do INPA, com o Dr. RogrioGribel. A equipe dele e ns estamos preocupados com amanuteno dos castanhais. Sabemos que grande parte doscastanhais antiga, e que a permanncia de castanhas(sementes) na floresta, no garante a reproduo da planta,porque a semente precisa de luz, de clareiras que viabilizemsua germinao. H uma pesquisa no municpio de Oriximin,que est trabalhando essa questo. Esto formando um bancode germoplasma a partir das melhores castanhas de vrioslugares da regio amaznica. Esto montando um banco desementes, para depois fazer cruzamento e ver se se conseguecultivar castanheiras potentes, como se chama. A minha maiorpreocupao que a partir do momento que se estabelea, porexemplo, um preo mnimo e qualidade do produto, a presso

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    aumente sobre os castanhais. Em Manicor, que foi onde tudocomeou, uma pessoa que produzia 20 latas, agora produz 100,200 latas. Esto indo mais longe no castanhal, porque o preoest compensando. Isso significa que mais sementes estosaindo da floresta, alm de nutrientes do solo e uma srie decoisas. Da a proposta de fazer o levantamento do potencialexistente, para, a partir dele, definirmos que estratgia de manejousar para que os castanhais tenham essa sustentabilidade. Oproblema que no existem estudos cientficos que nos d essepadro. Existem at padres de certificao, inclusive do FSC,mas eles so baseados em relatos de extrativista e noconhecimento das pessoas envolvidas no processo, e no emconhecimentos tcnicos e cientficos.Sobre o que o Ronaldo falou, colocamos aqui o que imaginamosser de curto e mdio prazos. A longo prazo, tem muita coisa aser resolvida, inclusive essa questo da manuteno depesquisas.O professor Castro foi muito feliz na sua colocao em relao poltica de industrializao. Entendo que muito importante oque ele colocou, e que isso no ocorre s com a castanha. Osleos vegetais, por exemplo, saem daqui e so transformadosem produtos l e voltam para c medicamentos, porque ns nodesenvolvemos tecnologia para fazer isso tudo aqui no Brasil.Da a importncia maior desta Conferncia, que inicia noAmazonas esse debate. Com relao castanha, estamosdando o primeiro passo, que o aporte de apoio s associaesque so formadas de fato e de direito, para que elas possam teroportunidade tambm de industrializar o produto, verticalizandosua produo.

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    16. Documentos e instncias consultados(1) Simes, Aguimar Vasconcelos. Impactos de tecnologias

    e do manejo da castanha-do-brasil (Bertholettia excelsa,HUMB & MONPL. 1808) no controle da contaminao poraflatoxina em sua cadeia produtiva. Dissertao demestrado. Manaus, 2004.

    (2) Drew, Nelson e Fujiwara, Luiz. Projeto Castanha-do-Brasil. Amap, 2001.

    (3) IBGE-Fundao Instituto Brasileiro de Geografia eEstatstica. Produo Extrativa Vegetal (ano 1990 a 2002).

    (4) Secretaria Executiva Adjunta de Extrativismo/SDS. Oficinasobre a cadeia produtiva de produtos extrativos (Manaus,03 de agosto de 2004). Grupo da Castanha: Dr. AguimarSimes Vasconcelos (Ag. Floresta/SDS), Dr. RogrioGrbel (INPA), Dra. Ariane Mendona Pacheco(NUTRICOM), Dr. Fbio Chicuta Franco (Agroextrativismo/SCA/MMA).

    (5) Governo do Estado do Amazonas - SDS/IPAAM e SEDUC.Relatrio Sntese da Pr-Conferncia Estadual de MeioAmbiente. Manaus, nov/2003.

    (6) Federao das Indstrias do Estado do Amazonas-FIEAM/Assessoria das Coordenadorias Tcnicas (Arquivo).Manaus.

    (7) Governo do Amazonas - SDS/SEAE. DiagnsticoPreliminar para Subsidiar o Estabelecimento de MedidasCompensatrias do Gasoduto no Trecho Coari-Manaus.Manaus, mar/ 2004.

    (8) Governo do Amazonas - SDS. Pronunciamentos deabertura e Resultados dos Grupos de Trabalho sobreCadeias Produtivas de Produtos Extrativos. Volume I.Manaus, nov/2004.

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