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Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

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Exposição de arte com 50 artistas pláticos, comemorativa dos 25 anos do Instituto Politécnico do Porto. Exposição Comissariada por Fátima Lambert

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4 Pontos

10 Afío

Acácio

Adriano Miranda

Ana Pereira

Aníbal Lemos

António Durães

Augusto Lemos

Carlos Lobo

Cesário Alves

Cláudia Melo

Damião Matos

Diana Silva

Elsa César

Eric Many

Fábio Duarte

Filipe Martins

Gil Maia

Grifu

Horácio Marques

Hugo Olim

João Leal

Jorge Coimbra

José Topa

Jorge Campos

Luís Miguel Machado

Manuela Bronze

Maria de Freitas

Marta Fernandes

Nelson Garrido

Nuno Rocha

Nuno Tudela

Olívia da Silva

Oupas

Paulo Catrica

Pedro Serapicos

Prudência Coimbra

R2 Design

Ricardo Gonçalves

Rita Carvalho

Rita Castro Neves

Rui Carvalho

Rui Coelho

Rui Damas

Rui Pinheiro

Sara Bento Botelho

Sobral Centeno

Susana Lopes

Teresa Carrington

Verónica Soares

Virgílio Ferreira

Xai

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ELIPSEDA DURAÇÃO

50/IPP/25

INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

MOSTRA

/

ARTES PLÁSTICAS

/

IMAGEM

/

DESIGN

p a l a c e t e P i n t o L e i t e

2 5 F E V — 1 2 M A R

Curadoria / Curator

Fátima Lambert

Assistente Curadoria / Assistant Curator

Diana Cruz

Pedro Silva

Investigação / Research

Fátima Lambert

Natália Guimarães

Pedro Silva

Rui Pinheiro

Organização / Organisation

Instituto Politécnico do Porto

Coordenação / Co-ordination

Fátima Lambert

Natália Guimarães

Produção / Production

Fátima Lambert

Natália Guimarães

Pedro Silva

Rui Pinheiro

Rui Damas

Nuno Tudela

Rosa Maia

Daniel Vieira

Design de Luz / Lighting Design

Anna Gunn

Seguros / Insurance

Joaquim Geriante

Equipa de Montagem / Technical Team

Rosário Barbosa, José Miguel Neves, Pedro Silva, Rita Monteiro, Diana

Cruz, Sérgio Veludo, António Fernando Silva, Nuno Tudela, Carlos Filipe

Sousa, Fernando Teixeira, Alunos do 2º e 3º ano (diurno e pós-laboral)

do 1º Ciclo de Gestão do Património (ESE), Alunos do 1º e 2º ano do 1º

Ciclo de Artes Visuais e Tecnologias Artísticas (ESE), Miguel Teles, Rui

Pinto Leite, Fernando Coutinho, Gary Currin, Electricista do ISEP, Paulo

Campos, Bruno Santos, Horácio Marques, Orlando, José Soares.

Serviço Educativo / Educational Services

Fátima Lambert, Diana Cruz, Pedro Silva, Rosário Barbosa, Rita

Monteiro, Sérgio Veludo, Alunos do 3º Ano de Tradução e Interpretação

em Língua Gestual Portuguesa (ESE), Alunos do 2º e 3º ano de Gestão

do Património (ESE), Luísa Aguiar, Elisabete Torres.

Programação / Programme

Alunos do 2º e 3º Ano de Educação Musical da ESE (Dir. Francisco

Monteiro), Música para uma casa (d’après Musik für ein Haus – KH

Stockhausen, 1967-68).

2nd and 3rd Year Students from ESE (Dir. Francisco Monteiro), Music for a

house (d’après Musik für ein Haus – KH Stockhausen, 1967-68).

CURADORIA / FÁTIMA LAMBERT

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Coordenação / Coordination Fátima Lambert / Apresentação / Introduction Maria do Rosário Gambôa /

Textos / Texts Adriana Baptista, Fátima Lambert, Sérgio Veludo / Tradução / Translation Natália Guimarães,

Anna Gunn / Concepção Gráfica / Graphic Design Pedro Serapicos / Fotografia / Photography Rui

Pinheiro e os Artistas / Rui Pinheiro and the Artists / Revisão / Editing Natália Guimarães, Rita Monteiro /

Pré-impressão, impressão e acabamento / Press, printing and finishing Greca, Artes Gráficas / ISBN 978-972-8688-

71-4 / Depósito Legal 000 000/00 / © IPP 2011 / © Artistas, Autores / Instituto Politécnico do Porto, Rua Dr. Roberto

Frías 712, 4200 – 465 Porto / www.ipp.pt

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As instituições de ensino superior têm hoje a obrigação

de definir uma estratégia para o desenvolvimento integral

e responsável da comunidade que as envolve. Este de-

senvolvimento, que integra várias dimensões, tem que ser

concretizado na activação contínua de uma rede de co-

municação, capaz de gerar ideias e políticas, disseminar

a produção cultural e criar um novo espaço de cidadania

que vá além do suporte e da dimensão da educação mais

formal. É nesta plataforma que o Instituto Politécnico do

Porto se situa e se projecta. Trata-se de um objectivo de

duplo alcance através do qual o Instituto cumpre parte

integrante da sua missão – a criação e disseminação do

conhecimento e da cultura, colocando-os ao serviço da

comunidade – e simultaneamente se projecta e renova,

expondo os seus produtos às dinâmicas e críticas exte-

riores, num inter-curso dialógico.

A Mostra de Artes Plásticas, Imagem e Design que o IPP

oferece à cidade do Porto, no encerramento das comemo-

rações dos seus 25 anos, constitui um momento exemplar

de Exposição: o encontro entre a instituição e a comuni-

dade, fortalecendo o (re)conhecimento mútuo e a partilha.

Elipse da Duração: 50 / IPP / 25 traduz, assim, numa

equação feliz, o tempo elíptico de 25 anos de IPP – tempo

vivido e subentendido na actualidade do presente que a

obra de 50 artistas do IPP impõe como marca distintiva.

As sete Escolas que integram o Universo IPP, com cerca de

17 mil alunos, têm uma identidade forte e diversa, cons-

-truída sobre a pluralidade e dinamizada na intersecção

transversal. A cultura, nas suas diferentes extensões, não

é só um produto inerente à nossa actividade, mas tam-

bém um desafio de comunicação, provocação de ideias,

saberes e pessoas, um apelo à descoberta. A Mostra que

dá corpo a esta exposição reúne artistas em especial de

três Escolas do IPP: Escola Superior de Música e Artes

do Espectáculo (ESMAE), Escola Superior de Educação

(ESE), Escola superior de Estudos Industriais e Gestão

(ESEIG), onde existe formação artística, suportada em

investigação qualificada e uma notória e sistemática pro-

dução e criação cultural (teatro, música, documentário,

curta-metragem, vídeo, artes plásticas, ilustração, foto-

grafia, figurino, performance, design...). Outras sinergias

convergem no programa desta exposição, onde são evi-

dentes os contributos dos estudantes que formamos em

gestão cultural, apoio a actividades educativas ou edu-

cação especial.

Elipse da Duração: 50 / IPP / 25 é um campo aberto de pes-

quisa, uma inscrição crítica e interrogativa no mundo e no

universo da criação artística, à procura de canais de diálo-

go inter-linguagens, transversal e transgressor. E é na sua

presença vital um convite a que outros actores participem

na discussão/criação social e cultural como tema sempre

aberto, pois os caminhos do possível, que fundam uma

cidadania activa e consciente, passam também por aqui.

Rosário Gamboa

PRESIDENTE DO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

9 / ELIPSE DA DURAÇÃO / APRESENTAÇÃO

ELIPSEDA DURAÇÃO50/IPP/25

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Todos os limites existem pura e simplesmente para serem

ultrapassados – e assim por diante. 1

Por ti é que se fecham os poetas

e reúnem imagens, rumorosas e ricas,

e partem e amaduram em metáforas

e ficam tão sozinhos toda a vida (...) 2

Sob desígnio de continuidade e obra, todos os limites exis-

tem, como assinalou Novalis, para serem ultrapassados.

“O contrário daquilo que deveria ser... poderia ser o (sub)

título” 3 deste texto. De acordo com os “bons” princípios

que constam nos Estudos Curatoriais, cabe ao comissá-

rio/curador ser autor de uma proposta de exposição. Isto

é, concebê-la a partir da enunciação de conceitos e ideias

(que agem como propulsores, por assim dizê-lo) a serem

articulados de forma consentânea, achando-lhe corres-

pondência entre artistas e a sequente escolha de obras

específicas. Assim, se explanam/expandem territórios

cúmplices, onde afinidades e afastamentos (por vezes,

mesmo quase oposicionalidades) permitem explorações,

propiciando novos endereçamentos...

A presente mostra, não foi antecedida de qualquer base

conceptual, tampouco pela escolha prévia de autores ou

estabelecida a partir da selecção avançada das peças.

Todavia, a meu ver, existem ideias e actos de coerência,

legitimados pelo próprio impulso da mostra.

Com toda certeza e objectividade, constata-se o facto in-

contornável de presenças individuadas, num cenário ins-

titucionalizado (no bom sentido do termo), de autores e

artistas que, ao longo de 25 anos, nele desenvolveram e/ou

desenvolvem actividade docente ou discente. Parte inte-

grante de suas identidades como tal, foi processada uma

acção criadora que configurou e consolida os pressupos-

tos constitutivos desta vertente do ensino superior. Cru-

zada a capacidade de inventividade autoral à praxis edu-

cacional / formativa, têm sido gerados produtos e eventos

demonstrativos de uma sólida cultura institucional.

Consignados em 4 grandes núcleos de concepção, criação

e/ou produção, na mostra podem conhecer-se exemplos

elucidativos: Artes Plásticas, Artes da Imagem, Design e

Performance/Intervenção. Embora a afectação enuncia-

da possa não me satisfazer, em termos epistemológicos,

contribuirá para a “arrumação categorial” de quem visite a

Elipse da Duração | 50 / IPP / 25.

O próprio título foi moroso (e exigiu a tal exigência de “ul-

trapassar”...) pois a semente nasceu depois da árvore...

Não lhe fosse alheio o facto, de a realidade arquitectónica

do Palacete Pinto Leite acolher a mostra. Tempo e espaço

que conformam a singularidade de cada identidade e sua

possibilidade de interacção conjugada.

1 Fragmentos de Novalis – selecção, tradução e desenhos de Rui Chafes, Lx,

Assírio & Alvim, 1992, p. 87

2 Rainer Marie Rilke, “Livro Primeiro – Livro da vida monástica” (1899),

Poemas – as elegias de Duíno e Sonetos a Orfeu, Lisboa, Oiro do Dia, 1983, p p. 107-108

3 (I said it, you noticed it and I wrote it down).

11 / ELIPSE DA DURAÇÃO / 50/IPP/25

Elipse da duração50 / IPP / 25FátimaLambert

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cultural que vem acolhendo. Mas o palacete ainda é um

mistério para muitos cidadãos do Porto, quando é men-

cionado. Assim, como talvez seja caso de surpresa, para

alguns, o facto de se terem configurado tantas sólidas

carreiras artísticas, ao longo destas duas décadas e meia,

nesta plataforma institucional.

Uma das ideias que permitiu organizar o eixo curatorial foi

o desvelamento progressivo de salas atrás de salas (daí a

quase exigência de mapa...), entrecortadas por corredores

ou lanços de escadas centrais e laterais. Subsumando-

-se, simbolicamente, num imbricado de espaços na cave,

reorganizados para as funções de ensino artístico que ali

se concretizaram até há alguns anos atrás. Estas salas

identificam-se pela atribuição de nomes de célebres figu-

ras da cultural musical portuguesa. É um passado cruza-

do por reapropriações de identidades. Ou seja, as salas às

quais foram destinadas homenagens a autores, músicos,

intérpretes ou compositores, passam a ser habitadas –

durante o tempo desta exposição – por outros autores e

intérpretes de outras artes. Reapropriação pela escrita

(...pela imagem, pelo som...) do passado, relembrando a

afirmação de Antonio Tabucchi 6 a propósito de Fernando

Pessoa. Retorno do tempo.

... Le temps, a palavra para tempo, a qual

Segue um curso em que as mudanças são apenas

Aspectos do todo. O todo é estável dentro

Da instabilidade, um globo como o nosso, pousado

Sobre um pedestal de vazio, uma bola de pingue-pongue

Segura num jacto de água. 7

02 / HETEROGENEIDADE, SUJEITO(S)

E RECEPÇÃO ESTÉTICA

Estabilidade e instabilidade são termos antagónicos

que todavia conformam e instauram a intenção artística,

equilibrando-se e, portanto, adquirindo maior consistên-

cia – como se de vasos comunicantes se tratara. Encami-

nham para a imagem visual da elipse, pois esta evoca o

movimento incessante, garantindo a continuidade e as-

segurando certa lucidez: “E o tempo em que vivemos é o

tempo duma profunda tomada de consciência. (...)” 8

As bases teóricas do trabalho artístico – neste caso, bus-

cadas (e achadas) nos conceitos de tempo, duração, es-

paço elípticos... – relacionam-se, na sequência da defini-

ção de um conceito de cultura que, segundo autores como

Hans-Georg Gadamer, poderá: “paira[r] numa indetermi-

nação característica”, sendo “...que a cultura algo que nos

sustenta, mas nenhum de nós saberia o suficiente para

saber dizer o que é/seja a cultura. Isto aponta para um

problema profundo. Conhecemo-lo a partir do nexo quase

indestrutível entre cultura e crítica da cultura, entre orgu-

01 / ELIPSE, DURAÇÃO E ESPAÇO

O tempo é espaço interior – o espaço é tempo exterior.

(Síntese dos mesmos) Figuras temporais, etc.

Espaço e tempo nascem ao mesmo tempo. A força dos

indivíduos temporais mede-se pelo espaço – a força dos

indivíduos espaciais mede-se pelo tempo (duração). 4

A figura da elipse emergiu, quanto a ideia da duração,

tendo coincidido desde início no meu olhar sobre o caso.

As visitas sucessivas ao Palacete apenas vieram reafir-

mar o conhecimento anterior do espaço: quer através de

narrativas contadas por antigos alunos e professores do

Conservatório de Música, quer através das visitas quando

do evento Lookup! Natural Porto Art Show, que mais re-

centemente ali teve uma das suas extensões expositivas.

A elipse das narrativas, a elipse dos nomes / identidades

que nos organizaram a memória emprestada sobre o

edifício. A duração, portanto, do anteriormente afirmado

e também a ressonância num presente dilatado da pré-

-produção e da produção da mostra de Artes... apesar

de filtrado (confesso) pela minha razão e sensibilidade...

Em termos inesperados, contrários às minhas expecta-

tivas lógicas, no palacete tem repercutido silêncio e não

devaneios ou palimpsestos de sons, como eu imaginara

pudesse ocorrer. Pensei uma e outra vez que esta exposi-

ção ia tocar o silêncio: (chamo silêncio à linguagem-que-

-já-não-é-órgão-de-nada)... 5

Por coincidência, nestes 25 anos de IPP, reuniram-se cerca

de 50 artistas, entre docentes actuais e de décadas ante-

riores, assim como antigos alunos. Em ambos casos, as

respectivas produções autorais, foram legitimadas (expan-

didas) no panorama cultural português, conferindo-lhes

estatuto de figuras insuspeitas numa mostra que ultra-

passa (Novalis dixit...) as fronteiras do caso institucional.

Presumo que quem visite a exposição, se encontre em

situação de pretender um mapeamento...é um desafio

cartográfico, quiçá. Ou seja, dada a sucessão, algo inter-

rompida, na trajectória de salas, corredores, escadarias e

andares, o objecto “mapa” (leia-se “folha de sala”+ planta

de cada piso) será um bem ambicionado...

Não deixa de ser estranho, como autóctone e/ou residen-

te de uma cidade, vermos o respectivo mapa manuseado

por estrangeiros. Estamos habituados a manipular mapas

em cidades alheias (projecção/introjecção...) tornando-se

algo inesperado entender o mapa da nossa cidade sen-

do urgente para outrem se orientar. A cidade converte-se

numa cidade outra, talvez. Adquire-se, transitoriamente, o

“olhar estrangeiro”, reapropriando-me do conceito de Nel-

son Brissac-Peixoto. Curiosamente, o filósofo realizou, em

Novembro passado, uma conferência no palacete, falando

acerca de projectos artísticos de intervenção em diferen-

tes zonas da cidade de São Paulo (Artecidade), assinalan-

do as consequências daí advindas. Em certa medida, o pa-

lacete confronta-se com uma indefinição/sobreposição de

identidade(s) que se consolidará através da programação

13 / ELIPSE DA DURAÇÃO / 50/IPP/2512 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

4 Fragmentos de Novalis – selecção, tradução e desenhos de Rui Chafes, p. 113

5 Pascal Quignard, Histórias de Amor de outros tempos, Lisboa, Cotovia, 2002, p. 12

6 Cf. L’Automobile, la Nostalgie et l’Infini, Paris, Ed. du Seuil, 1998

7 John Ashbery, Auto-retrato num espelho convexo e outros poemas, Lisboa,

Relógio d’Água, 1995, p. 167

8 Sophia de Mello-Breyner Andresen, “Posfácio”, Livro Sexto, Lisboa, Moraes Ed., 1976, p. 75

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dificuldade em articular o facto de que acerca de um fenó-

meno exista apenas uma opinião certa e legítima... efec-

tivamente, podem existir muitos e diferentes sentimen-

tos e entendimentos excitados por um mesmo objecto.

Ainda que assinalando que as regras da arte não podem

ser regras a priori, mas sim observações gerais retiradas

da experiência passada, David Hume considerava que os

artistas novos não estavam obrigados a ficar pela imitação

dos modelos anteriores, das regras decorrentes da obser-

vação, podendo submeter-se a regras que eles próprios

descobrissem, por “génio”, e que passariam a constituir-

-se, para os outros, em regras apreendidas da observação.

A constituição estrutural das regras de arte, caracteriza-

-se pois, por um estado dinâmico, por uma evolução pro-

cessual que se definirá pela capacidade criadora e in-

trínseca ao “génio” dos artistas, de geração para geração.

Posteriormente, pensando o papel e contributo da “Crítica

da Faculdade de Julgar” de E. Kant, para a constituição de

uma estética do “gosto” no século XVIII, é pertinente a afir-

mação de Jean-Marie Schaeffer quando considera que

a estética kantiana é, não tanto uma teoria da arte, mas

uma antropologia da experiência estética e uma análise

transcendental do juízo que traduz essa experiência no

domínio discursivo.

Poder-se-ia canalizar a rede das considerações estéticas

de Kant para o denominador comum que determina o en-

cadeamento lógico das suas considerações acerca do “juí-

zo de gosto”: saber se o sentimento de prazer ou desagrado

possui um princípio apriorístico, ou seja, como é que este

poderá originar um juízo com validade intersubjectiva.

Nalguns casos e momentos, talvez hoje se pense igual-

mente que o acto de juízo estético deve ver atribuído ao

sentimento pessoal e particular um valor universal, mas

que o juízo estético deverá ser (arte como comunicação)

fundamentalmente para “outrem”. No acto estético, ao

afirmar a (sua) universalidade de sentimento, o homem

ultrapassa o seu “eu” e chega ao “outrem”.

Estas considerações de radicação histórica servem para

repensar certas dúvidas que se colocam na recepção da

obra de arte na contemporaneidade – melhor ainda, na

actualidade. E, verificarmos a pertinência das mesmas,

passados tantos séculos de pensamento, acto e criação

em heterogeneidade.

No “agora” conciliam-se os opostos e, aquilo que eram ele-

mentos coincidentes vêem-se, com frequência, enquanto

“rivais”. Talvez já não haja/seja tempo para idealizações

sucessivas, antes elas coincidam (se assim se quiser as-

sumir) nos territórios e sedentarizações das artes – na

sua especificidade e na sua globalidade (generalidade, o

que é isso?) Muito lucidamente:

Agora é agora e nunca de modo nenhum no de Viver o dia

sem olhar às consequências!, mas sobretudo na esperan-

ça – não, ânsia – não, carência – de que, com o sondar dos

elementos de um espaço temporal, possa pressentir-se

também um modelo para um outro maior, um ainda maior,

lho cultural e pessimismo cultural.” 9

Considere-se a vigência, ainda que (in)consequente da

tradição, estando entrecortada pela assunção (estabe-

lecida a partir, nomeadamente, das reflexões de David

Hume) quanto ao primado da categoria estética da “novi-

dade (novelty)”. A “novelty” e “facility” são duas constantes

na perspectiva do filósofo e esteta inglês, no que respei-

ta o problema da compreensão e apreço da obra de arte:

Sem novidade não há interesse nem chamariz da

parte da obra; mas, por outro lado, sem um pouco de

facility , ou seja, de conhecimento antecipado da

obra e de facilidade em compreendê-la, não há

também uma adesão fácil da parte do público. 10

Com pertinência, hoje, se deveria atender aos princípios,

reflexões e argumentações desenvolvidas ao longo do séc.

XVIII, relativamente à “questão do gosto”. Se não, assina-

le-se: quer para Edmund Burke, quer em David Hume, a

questão colocava-se quanto à constatação de uma gran-

de variedade, de diferenças irredutíveis nas apreciações

de gosto; quanto à suspeita de que existem “princípios

universais” tão legítimos como os da razão.

Esta Estética Inglesa assume pois o carácter subjectivo/

pessoal, e a relatividade do gosto (de inferência cultural),

bem como a existência inequívoca de diferentes gostos

ou “moods”. A quem competia estabelecer os critérios de

gosto, aqueles critérios que serviam para a atribuição/

reconhecimento da obra de arte? Cabia ao artista essa

competência e, igualmente, “àquele” autor que, com mui-

ta proximidade, estivesse ciente dos meandros da criação

artística (sua praxis, não somente teoria). O esteta deveria,

portanto, ser simultaneamente filósofo e perito em Belas-

-Artes.

Assim e como já tive oportunidade de afirmar noutro

contexto, David Hume limita as suas análises de perito a

obras ou factos precisos, por ele bem conhecidos: o declí-

nio da eloquência na sua época; o prazer procurado nas

tragédias; a simplicidade e o requinte na arte da escrita;

e aquilo que poderíamos designar por uma estética pic-

tural...

Daqui se segue, que existe um “critério seguro” de gosto, no

respeitante ao gosto mental e que esta norma objectiva

será retirada de modelos estabelecidos ao longo de sécu-

los; que o juízo exacto releva da experiência mais sensível,

e não da opinião recebida.

A “norma de gosto” não decorre de argumentos autoriza-

dos, ou de opiniões que a pretendam definir, mas de uma

apreciação estética directa, mistura de raciocínio e senti-

mento, que é precisamente o “gosto”: “A noção objectiva de

gosto recebe o seu conteúdo preciso da experiência pas-

sada, presente e futura.” 11

Com frequência, o público que é confrontado com obras

de arte contemporânea, manifesta a dificuldade está em

conseguir determinar qual a definição constitutiva de

uma qualquer norma de gosto vigente ou privilegiante; a

15 / ELIPSE DA DURAÇÃO / 50/IPP/2514 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

9 Hans Georg Gadamer, Elogio da Teoria, Lisboa, Ed.70, 2001, p. 9

10 David Hume, On Tragedy, p. 226

11 René Bouveresse, “Introduction” a Les Essais Esthétiques, de David Hume, 2ª parte, p. 30 12 Peter Handke, Ensaio sobre o dia conseguido, Lisboa, Difel, 1994, p. 19

Page 9: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

do cúmplices a evocação óptica e geométrico-abstracta,

organizadora de vocabulário visual – Maria de Freitas,

Birdie; Dansette (radicação pictural) e Horácio Marques

(matriz digital) – Ho±MyCPUcell±011, HoMutant011AA+;

6 consignações de valência decorativa, onde os motivos

estabelecem um ritmo de leitura entrecortado, devida-

mente recortado do fundo (quase) uniforme – Ricardo

Gonçalves – Motivo 3, Breu;

7 hieratismo da linha volumetrizada que desenvolve um

equilíbrio sobre um fundo de aparência neutra, constituí-

do através de 4 unidades que constituem o políptico – Da-

mião Matos – Sem título;

8 sem sinais em que se reconheça uma escrita convencio-

nalizada, sabem-se subsumados excertos ou fragmentos

ou mesmo a totalidade de uma ou outra obra dos autores

que adquirem sua volumetria viva através da manipulação

de si como objectos – Xai – Heine Müller; Henri Michaux;

Rimbaud; Joyce (Livros de Artista);

9 celebração da escrita e alegoria do livro, revendo a crí-

tica, o silêncio e a objectualidade do pensamento estru-

turado quanto a perfectibilidade do iluminador – Gil Maia

– à capela – Livro Vermelho; Book of Hours;

10 artefactos eruditos que jogam com o espanto, o jogo e

o reflexo do entendimento; a manipulação pode ser con-

templativa assim tanto fossem mecanismos domestica-

dos os termos da vida que se escreve – 10afio – Máquinas

de Leitura;

11 as palavras são tanto escrita distribuída em letras /

isoladas, quanto sons / unidades, quanto gestos/exter-

nalizados e posturas / incorporadas: nesses entrecruza-

mentos, poesia, encenação, depoimento e improvisação

configuram es; através dos contornos definidos pelos

fraseados, pelos objectos, enfim... pela acção que é cons-

tituída por ocorrências interrompidas pelo entendimento

vigilante e a distencibilidade de um certo automatismo

(controlado ou não pelo senso) que se torna uma inces-

sante obra performática – Jorge Campos, Improvisation;

B /

12 as unidades / letras / coreografias de frases atingem

a emancipação da obra literária referencial, salvaguarda-

da a concatenação que caiba ao espectador que é leitor,

tacteador... para lhe organizar significados divergentes...

designadamente, quando se possa desconhecer que o

autor trabalhou d’après O capuchinho Vermelho de Roald

Dahl, sendo este um dos 13 painéis que integram a obra...

Pedro Serapicos – Type 4 Fun;

13 os desígnios da comunicação reúnem-se em discursos

estéticos sólidos, correspondendo à leitura intencionali-

zada e prévia que os designers investigam consoante as

mensagens a transmitir, propiciando jogos semântico-vi-

suais diferenciados – R2 – Molly Bloom; I love Távora; Em

torno / Marta Fernandes – Limite Zero; Livros...;

14 as palavras podem, nalguns casos pedem para serem

manipuladas (digitalizadas for real...) talvez não tanto

o maior possível?; (...) 12

Talvez tenhamos chegado, então, a um tempo, como as-

sinalou Carlos Drummond de Andrade: “... em que a vida é

uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.” 13

Avançando na trajectória desta afirmação, considere-

-se que no tocante às ideia e matéria das obras de arte,

alguns autores concebem e criam, situados na circuns-

tancialidade ambígua do “tempo”, tomando-o como subs-

tância e matéria: “... O tempo é a minha matéria, o tempo

presente, os homens presentes / A vida presente.” 14

03 / OS ARTISTAS, AS OBRAS E OS ACTOS

“Assim como o caminho que percorremos fisicamente so-

bre a terra é apenas uma linha e não uma superfície, na

vida, quando queremos agarrar e possuir algo, devemos

deixar muitas coisas à direita e á esquerda e renunciar

a diversas outras. E se não soubermos lidar com tal fato

e, ao contrário, tentarmos pegar tudo o que nos atrai pelo

caminho, como crianças numa feira, é porque temos a as-

piração insensata de transformar numa superfície a linha

da nossa vida; corremos, então em ziguezague, vagando

aqui e ali como fogos-fátuos, e não conseguimos nada.”15

A linearidade elíptica (da duração, do sujeito e da obra)

não contraria Schopenhauer, pois não se converterá em

ziguezague nem fogo-fátuo... A dinâmica da elipse asse-

gura a continuidade como antes referi.

Os cruzamentos entre IMAGEM e ESCRITA presentificam-

-se sob diferentes tipologias de criação e de produção,

sendo constatáveis quer na pintura, no desenho pintado,

na instalação quanto no design gráfico.

O núcleo de pintura engloba distintos conteúdos icono-

gráficos, predominando a exploração de campos onde

escrita e imagem se interelacionam de distintos modos:

A /

1 definição ideográmica e pictogramática de radicação

antropológica simbólica entranha-se na terra que é uma

espécie de sudário – Elsa César – Sem título;

2 uma sinalética de fundamentação algo hermética que

convoca as cosmogonias de fonte pitagórica e reconcebe

a serialidade, a progressão e a suposta música das esfe-

ras que se não ouve nunca – Jorge Coimbra, 32 Universos;

3 a fantasmagoria de valência psicanalítica (d’après Dr.

Charcot) – Cláudia Melo, Vous voulez mes chaussettes ou

mon cerveau?;

4 estabelecimento de trajectórias onde a paisagem se en-

contra em estado ekfrástico também...sugerindo leituras

dos elementos picturais se rebelam ultrapassando os li-

mites da tela e expandindo-se no espaço – Susana Lopes,

Este caminho...; Que nome delicado... ; Outono... ;

5 gestação, aparentemente aleatória de formas, tornan-

17 / ELIPSE DA DURAÇÃO / 50/IPP/2516 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

13 Carlos Drummond de Andrade, “Os ombros suportam o mundo”, Antologia Poética,

Lisboa, Dom Quixote, 2001, p. 172

14 Carlos Drummond de Andrade, “Mãos dadas”, Antologia Poética, Lisboa,

Dom Quixote, 2001, p. 149

15 Arthur Schopenhauer, “Máxima 3”, A Arte de ser Feliz, São Paulo, Martins Fontes, 2001, p. 10

Page 10: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

res – Pregadeira, Pulseira e Colar;

20 a funcionalidade aparente subverte a compreensão

mais comodista e imediata: atenda-se à simbologia que

a luz transporta, desde os primórdios do fogo roubado aos

deuses por Prometeu às esculturas construtivistas de An-

ton Pevsner... que anunciam a luz das vanguardas sem a

comprometerem com uma tradição ou um passado cons-

tritivos...; conformando-se através de uma ascensão eléc-

trica (apetece traduzir a escultura para as frases lumíni-

cas de Álvaro de Campos ou Almada...) – Teresa Carrington

– Candeeiro em pé. Do varandim do 2º andar suspendem-

-se peças de borracha que se ornamentam, permitindo-

-nos olhá-las e reencontrar impulsos quase arquetípicos:

a forma circular é o todo, o infinito, interrompido pelos ori-

fícios por onde a alma de esvai – Sem título;

21 os espelhos, os reflexos estabelecem uma transversa-

lidade na iconografia ocidental, entenda-se na bi assim

quanto na tridimensionalidade; as peças organizadas

irrompem, de forma quase orgânica, conciliando-se com

o seu sentido de fixação ao interior; o espaço arquitectó-

nico reverbera; consoante a colocação do espectador re-

cria fragmentos reflectidos que se afastam e aproximam,

organizando novas assunções perceptivas do palacete –

Sara Bento Botelho – és cultura de letras;

22 e... do dentro que se espelha, no jardim fronteiriço à

fachada principal, os artistas que integram o colectivo

4pontos, instalaram – IPP PVC 10 63 x 0.25 anos. A peça

desenvolve-se num crescimento irregularizado que assu-

me quanto não nos devemos deixar domesticar ou limitar

por trajectórias (espaciais) ou jornadas (temporais) pre-

vistas. A convivialidade com a natureza envolvente que é

condicionada pelos ciclos do ano, garante uma certa in-

temporalidade à escultura que de materiais supostamen-

te efémeros é constituída...;

23 “O tremor visível e táctil do actor como que relembra

a tensão dessa disponibilidade para criar e cuidar o que

acarreta uma precariedade necessária, uma modéstia

comovente. Parece que estamos próximos de um teatro

que se entrega, sem omissões, ao colapso das aparências,

ao colapso do próprio teatro. Que sobra dessa exposição

frugal de vestígios? O casaco de Próspero a partir de fios

eléctricos? A sintonização dos ecos do mundo num rádio

de pilhas? A trindade iluminante que parece consagrar

uma religiosidade antiga? As mamas da Genoveva? Talvez

só reste o rosto do actor no embalo das sombras.” (Carlos

J. Pessoa) – José Topa – Balada Para Carrinho de Bebé;

IMAGEM, VIAGEM E MEMÓRIA

A / ARQUEOLOGIA, RUÍNAS E MITIFICAÇÕES

24 a força mítica dos 4 elementos atravessa a imaginação

matérica em artes e poesia, como assinalou Bachelard;

nesta série, o pintor coloca na vertical a horizontalidade

da terra, incoroprando-lhe a água que nela corre; sejam

fosseis, sinais do humano ou organismos plásticos, po-

voam as telas enquanto vestígios arquetipais – Acácio de

quanto à sua carga semântica mas/ou também quanto à

dimensão lúdica, ironista e societária que lhes assiste en-

quanto ilustrando códigos culturais e estéticos – Oupas,

Website manual;

C /

15 a efectivação óptica da escrita pode fundar-se em

elementos visuais que desconheçam alfabeto conven-

cionalizado; surge de justaposições respiratórias que as

imagens acentuam, regulando uma serialidade que é re-

criada pela intensidade pulsátil de um organismo que se

vai multiplicando como se de células se tratara – Nuno

Tudela – Atmosfera Reduzida;

16 “...Com a série Trailers pretendo reflectir sobre o obtuso

das imagens fílmicas, sobre a memória física/analógica

do cinema, trabalhando novas narrativas que, não sendo

fílmicas, têm a sua origem no suporte fílmico, naquilo que

está antes e depois das imagens cinematográficas pro-

jectadas aos espectadores.” – Hugo Olim – Film; Frame-

line; Sync, Sync;

17 “A instalação designada por ‘spiritus’ está alocada

imediatamente ao espaço onde se inscreve. Trata-se de

colocar uma voz (a de antónio durães) num espaço de-

terminado (e ela mesma, a voz, abraçada por uma lógica

de pré-espacialização por rui coelho) em diversos locais

da casa (que rui damas ‘descobrirá’ com luz), ao serviço

de outras ‘vozes’ que falam as palavras de algumas per-

sonagens célebres do repertório do teatro ocidental, uma

espécie de fantasmas que habitarão o palácio, e que di-

rão coisas, mais inconvenientes umas que outras, sobre

coisas que as (nos) atormentam. Shakespeare, Molière,

Gil Vicente, Sófocles e Pirandello por exemplo, passearão

entre nós. Serão eles, connosco, os ‘spiritus’ presentes. –

António Durães e Rui Damas” – Spiritus;

IMAGEM E OBJECTUALIDADE

18 as cadeiras significam a ausência da pessoa (não so-

mente em palco), designam a impossibilidade de relação

intersubjectiva, do diálogo...sabemo-lo desde a peça de

Ionesco, As Cadeiras... Na era do DanzTheater de Pina

Bausch (vide Café Müller), as cadeiras consolidaram a

sua substância existencial em distintas cumplicidades e

antagonismos performatizados. As cadeiras em Fábio Du-

arte – Cardinal # e em Rui Alves – Wellcome to the Jungle,

‘Avô’ e ‘Fiss Family’, impõem-se pela sua autonomia, não

sendo ausência de quem quer que o seja mas sendo ob-

jectos identitários;

19 o desenho preside à concretização das peças que se

apresentam como relíquias da contemporaneidade; a

justeza das linhas, a austeridade e rigor dos materiais

configuram esculturas que o corpo deseja ou o olhar é im-

pulsionado a contemplar; a estética dos objectos isolados

ajusta-lhes a emancipação mas relaciona-os, também,

como se de unidades de frases se tratara – Verónica Soa-

19 / ELIPSE DA DURAÇÃO / 50/IPP/2518 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 11: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

a alma que, afinal e contrariando alguns dogmas, é fisica-

lidade (anima e animus)... – Cláudia Melo – Vettement I,

Vettement II, Vettement III;

32 a imagem de suspensão implica, com frequência, um

sentido ascensional que se exerce também em sentido

oposto; suspensão evoca duração e quebra que se solifi-

cam na matéria do vestido agarrado num corpo postiço.

Fica a desconfiança de que o vestido ou talvez o corpo que

se ausentou, deixando substituto, habitará uma casa que

é imago mundi – Manuela Bronze – Muito;

B / VIAGENS E NOMADISMO

33 “Você não está procurando um lugar. Está procurando

uma pessoa.” 18

Sob auspícios do devaneio, jornada, errância, deambula-

ção ou viagem (e tantas mais variantes haveria a enun-

ciar) o homem desloca-se contrariando a condição que

lhe atribui, por suposição ou facto, estatuto difeernciador,

por confronto a outros seres vivos. Sendo que: “A errância

é uma característica humana herdada geneticamente dos

primatas vegetarianos. Todos os seres humanos têm a ne-

cessidade emocional, se não mesmo biológica, de ter uma

base, caverna, toca, território tribal, possessões ou porto.

É algo que partilhamos com os carnívoros. ” 19

Esse impulso pela viagem é resultado de distintas moti-

vações, mas coincidirá (em percentualidade variável) de

efabulações ou deduções, muito provavelmente, inaugu-

radas quanto a “Viagem ao redor do meu quarto” de Xavier

de Meistre. Daí, Michel Onfroy nos recordar que, nalguns

casos, a viagem se realiza mais na antecipação do que

quando da concretização. E, por vezes, diria que, quando a

partida se anuncia próxima, há certo recolher de armas e

quase se retorna a uma sedentarização estranha e alheia

ao desejo mais determinante.

Auscultar o mundo, rever os seus mapas pode coincidir

em cartografias que não querem ser registos de narra-

tivas de viagens mas sim as jornadas conquistadas pelo

próprio eu como viajante, como passeante ou errante.

Pode viajar-se através de mapas ou folhas de papel, cujos

sinais indiciam continentes (« Le paysage géographique

(à la perspective, ou sans perspective, vue de plan com-

me les cartespourrait enregistrer toutes sortes de choses,

avoir une légende, prendre un air statistique.» 20 ) – Aníbal

Lemos, Europa.

A definição de viagem pode investigar-se nos actos, con-

centrando-se nas acções da deslocação, sua decorrência,

portanto: na sua duração (elíptica ou não) recolhendo da-

dos (ideias e materializações) que instalam um reconheci-

mento e “recriação” do viajante extensível até àqueles que

não empreenderam qualquer jornada, dela se aproprian-

do através do autor – Paulo Catrica, Baltra – Ecuador. As

decisões asseguradas pelo fotógrafo para a explicitação

do terreno /território exploratório, sendo com frequência

tanto um lugar como um horizonte.

Na viagem, pessoas, objectos e lugares desidentificam-

Carvalho – Pano de Terra;

25 “...Nas pinturas e papéis, os cruzados e demais prota-

gonistas que venham ainda a surgir, servem propostas de

desfaçatez, ousadia e respeito pelos dogmas a propagar.

Desenham intenções, crime e volúpia, numa fluidez de

traço contido, fruto do desejo de evasão de um clérigo em

clausura. São mapas em que se reflectem as deambula-

ções de uns e os percursos de outros. São mapas que con-

centram vinganças, redenções e espíritos domadores, em

cujas linhas não se anunciam sítios ou praças tomadas.

(...)” 16 – Sobral Centeno – Cruzados (Série);

26 são vestígios que continuam a habitar a factualidade

da matéria edificada; as estruturas deixadas para o tem-

po corroer adquirem uma impositividade que alguns des-

tinos ansiariam: a escada, símbolo dominante na cultura

mítico-antropológica significa a sinuosidade ascensional

que o corpo ganha no tempo – duração; o fio eléctrico pen-

dente sobressaindo sobre o desgaste das paredes, quanto

as vidraças quase desagregadas instauram, todavia, uma

certeza de que, com Marguerite Yourcenar, o tempo, esse

grande escultor, nos obriga a ver, depois de olhar – Nelson

Garrido – Memórias do Tempo;

27 os elementos que se instalaram no tondo (tela de for-

mato redondo) possuem uma certa condição de palimp-

sestos ; supõe-se que são estabilizações de vivências que

foram precárias e frágeis, assim adquirindo uma unidade

simbólica que atravessa memórias pessoais, expandindo-

-se para mitificações históricas – Xai – Herr B;

28 o equilíbrio da imagem estabilizada cede através da

lentidão (quase a converter-se em imobilidade respirató-

ria) consignando uma consciência de intemporalidade; na

cativação prolongada de elementos que se convertem em

espaços, locais de permanência ambígua – Miguel Ma-

chado – And then you smile;

29 “Tinha sobrado tudo. Inclusivamente havia coisas que,

por entre a confusão, teimavam em não aparecer. / Apesar

disso, a cada movimento correspondia uma descoberta.

Nada do que lá estava era novo. / Agora, do que estava em

suspenso nada se confirma, apesar do caos. / Não confir-

mo porque não reconheço. Tenho na mão uma forma fa-

miliar, brilhante. / É óbvio não ser o que procurava, apesar

de, no meio de tantos objectos, ser uma peça fascinante.

/ Ai. Vai haver aqui um lapso qualquer, tenho a certeza. / O

calço não devia estar a segurar a porta, é a única explica-

ção possível. / Não. Continuo a não entender, independen-

temente de ser uma constante. / Tenho de procurar outra

vez, havemos de o encontrar. / Ninguém nos dirá aquilo de

que fomos capazes.” 17 – Rui Pinheiro – Elogio da Sombra;

30 Rita Carvalho – Vulcão dos Capelinhos; Fajã da Caldei-

ra de Santo Cristo;

31 as efabulações literárias e iconográficas dirigem a

intencionalidade criadora das peças que integram a ins-

talação, orientando a recepção estética para margens,

para onde distintas tipologias de imaginário confluem.

Os vestidos são, decididamente, uma pele que corporaliza

seres ausentes, deixando-lhes o molde e volumetria: ficou

21 / ELIPSE DA DURAÇÃO / 50/IPP/2520 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

16 Fátima Lambert – Sobral Centeno, Porto, Politema, 2004, p. 96

17 André Guedes, “Na Sombra”, 2011, texto inédito.

18 Bernardo de Carvalho, Mongólia, São Paulo, Companhia das Letras, 2003, p. 115

19 Bruce Chatwin, Anatomia da Errância, Lisboa, Quetzal Editora, 1997, p. 95

20 Marcel Duchamp, Duchamp du signe, Paris, Flammarion, 1994, p. 111

Page 12: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

você vê não se fotografa.” 21 – Cesário Alves – Blackpool;

Augusto Lemos – Rio Douro;

38 as estradas são o fim. Não existem estradas para além

do descer do nosso olhar, da qualificação pretendendo

ser interminável tanto quanto se sabe irreversível. Quan-

do se adquire a sabedoria e humildade de ver através de

outrem, torna-se possível encontrar uma maior razão de

verdade e atestar progressivamente autenticidade. Quan-

do se abdica da unidireccionalidade do nosso olhar ou da

rotina posicionado de nosso entendimento e se incarna

em outrem, pessoa, coisa ou animal: pois todos cumprem

a linearidade do vivo – Prudência Coimbra – Estradas

Principais, Estradas Secundárias;

C / REGISTO E MEMÓRIA

39 sob suspeita de excertos de Henry Purcell, entrecor-

tados pela imersão na actualidade, a fluidez dos movi-

mentos realizados no quotidiano, articulam-se com colo-

cações de corpo e movimentos concatenados em ambos

registos coreográficos; pois quer na rotina efabulada, quer

no encadeamento estético dos movimentos os arquétipos

misturam-se às palavras identitárias – Filipe Martins

– Dido e Eneias; Tendo assinalado Maurice Blanchot: “O

deserto não é ainda nem o tempo, nem o espaço, mas um

espaço sem lugar e um tempo sem procriação. Ali, pode-

-se somente errar, e o tempo que passa não deixa nada

para trás de si, é um tempo sem passado...” (excerto citado

por Né Barros na sinopse da peça) – Story Case. A estabili-

zação, a descontinuidade, a concatenação e a quebra (por

vezes a dobra/pli) constroem-se pelos corpos que entra-

nham as consignações do autor francês, propagando-as

e conferindo-lhes valências de perfectibilidade imagética;

40 “O Sermão de Santo António aos Peixes, que o Teatro

de Formas Animadas de Vila do Conde seleccionou para o

seu espectáculo PAYASSU – O VERBO DO PAI GRANDE, (...)

Faz parte de um conjunto de cerca de 200 sermões que

o padre [António Vieira] coligiu na sua velhice brasileira,

sermão pronunciado na cidade de S.Luís do Maranhão,

em 1654.” (...) Mensagem expressa de modo subtil, ora lou-

vando as virtudes, ora fustigando os vícios dos prevarica-

dores, tudo isto, dis Vieira, quando a terra se vê tão corrup-

ta como está a nossa...” (José Coutinhas) – Grifu, Payassu;

41 a abordagem a figuras históricas é conquista do tempo

e do espaço, assinalado de forma inexcedível em palavras

de Ana Hatherly: “O que é o espaço / senão o intervalo /

por onde / o pensamento desliza / imaginando imagens?

(...)”22, quando nas construções estéticas de – Jorge Cam-

pos – Nadir Afonso; Humberto Delgado;

42 através de motivações literárias e poéticas, a confi-

guração gráfica que Gil Maia confere a– Almeida Garrett,

reencaminha a leitura através da extensibilidade do tríp-

tico; eis como o cartaz ultrapassa a sua identidade e se

transfigura em retrato;

-se, tornam-se emblemas ou quase paradigmas que cor-

respondem à acuidade do olhar; podem, contudo, angariar

conteúdos fortemente identitários, através da assunção

do autor; ou seja, o autor não é apenas (ou em demasia)

um observador/recolector de aparições de pessoas, que

se indistintam em “pergrinações” de imagens – Virgílio

Ferreira – Peregrinos do Quotidiano. No afastamento de

referentes aproximativos, dos parentescos culturais afins,

seja sedução, estranheza ou identificação, os motivos re-

tratados demonstram esse olhar privilegiador do detalhe

(sobre o qual com mestria reflectiu Daniel Arasse). Então,

o que fora distanciamento objectivo, mensurável conver-

te-se, de súbito, na intimidade que sendo persistente, re-

sulta numa finalização por mais protelável possa saber-

-se. Ficam episódios que os espectadores reencenam,

procriando guiões mudos, tanto quanto fica somente na

experiência do autor, a extrapolação que lhe assistiu –

Carlos Lobo – Far, Far East.

34 convocando figuras emblemáticas que realizaram ex-

pedições ao Ártico, os factos, as paisagens e as figuras

enriquecem-se pela construção de um texto evidenciador

de uma meticulosidade investigativa e atribuição analítico

e, simultaneamente, capacitada pela síntese imagética; de-

corrência das cenas registadas equilibra-se entre uma po-

ética realista e a possibilidade de reencontro com paradig-

mas das leituras de viagens – Jorge Campos – Tuaregues;

35 as trajectórias dos ruídos podem recortar-se num fun-

do de instabilidade e velocidade irregular que contraria a

suposta decorrência pontuada pela natureza dos gerado-

res de movimento; então, a condução sonora das figuras

que se ocultam ou revelam convertem-se em duplos do

espaço que é movimento cativado em imagens precárias

– Nuno Tudela – Guandong tuning tone;

36 “... em jeito de homenagem ao filme “Profissão: Repór-

ter”, de Michelangelo Antonioni (1975), tanto o dinamismo

estático do fotográfico como a imobilidade activa da ima-

gem sequenciada, enaltecem o perturbador movimento

sem termo aparente. Nos sete minutos do plano sequên-

cia de Antonioni muito acontece, tanto dentro como fora

de plano. O quase imperceptível movimento para a frente

transporta quem está a ver para o núcleo de um ciclone

que, pela instabilidade que vinha revelando, não augurava

um desfecho agradável. Em “Endless”, a linha que percorre

a imagem mantém-se perfeitamente nivelada. O suporte

da imagem cria uma inesperada ilusão de declive. Ou seja,

a instabilidade vem de fora, não está intrínseca como em

“Profissão: Repórter”.” – João Leal – Endless;

37 a cativação da paisagem interferida é algo de enig-

mático pois pode, num endereçamento de continuidade

e alongamento, conduzir o olhar do espectador até hori-

zontes que este não pretenda conhecer. A familiaridade ou

estranheza perante um fragmento de paisagem (natural

ou interferida) depende tanto mais do recolector da ima-

gem quanto (também) do receptor que a interioriza. Uma

paisagem nunca + e aquilo que se procura. Como alertou

Bernardo de Carvalho: “A paisagem não se entrega. O que

23 / ELIPSE DA DURAÇÃO / 50/IPP/2522 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

21 Bernardo de Carvalho, Mongólia, São Paulo, Companhia das Letras, 2003, p. 41

22 Ana Hatherly, “O que é o espaço?”, O Pavão Negro, p. 37

Page 13: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

fantil. Submergir imagens em humor, pincelando-as com

tons sexuais, irónicos, misteriosos e castróficos é, de certa

forma, convidar a outras leituras. É atrever-se a outros fi-

nais que não os felizes.

É transgredir os limites entre o fictício e o real, a fim de sa-

tisfazer os desejos mais particulares do subliminar. Fun-

damentadas na conflituosa relação entre as verdades da

psicologia e a experiência humana, estes dípticos habitam

a vida suburbana, propondo um novo olhar sobre particu-

lar mundo da fantasia.” Diana Silva – Almostfairy Tales;

48 “... uma vídeo-instalação em que o que se passa lá fora

reflecte o que vai cá dentro. O movimento da música vai

criando um ambiente próprio e paralelo ao da acção, onde

acontecimentos aparentemente banais se tornam extra-

ordinários no quotidiano da jovem mulher que trabalha no

Bar Azul.

A janela de um café que dá para o mar azul potencia e

promete momentos de intensidade emotiva. Gaivotas in-

vadem o nosso imaginário: o realismo mágico a encostar-

-se ao horror doméstico. Enquanto isto, o som gera expec-

tativas que não se realizam totalmente, numa espiral que

não cessa de recomeçar. O contraste entre a ideia de lugar

público – que são todos os bares azuis de todos os lugares

costeiros – e a ausência de clientes – uma mesa e duas

cadeiras esperam – convida a narrativas a construir pelo

público.” Eric Many/Rita Castro Neves – Bar Azul;

49 “... Enquanto trabalha num clube de vídeo, Vicky co-

nhece Sam, que rapidamente se torna um cliente regular.

Ambos se apaixonam ignorando a verdadeira razão para a

sua atracção.” Assim, se encontra a efectividade da curta-

-metragem de Nuno Rocha – Vicky and Sam. Depois, tem-

-se a quase sublimidade de uma imagética esteticizante,

onde os contornos das figuras inauguram enredos únicos,

de tanto serem repetidos num quase teatro do absurdo,

enredado em humor e em clichés do quotidiano... Enfim,

parece que: “...Cada coisa está isolada ante os meus senti-

dos, / que a aceita impassível: um ciclo de silêncio. / Cada

coisa na escuridão posso sabê-la, / como sei que o meu

sangue circula nas veias.”; 24

50 quando a figura se enreda com as sombras que não são

de si mesma e o contorno da invisibilidade identitária se

destaca em excertos e transversalidades fundos (urba-

nos, arquitectónicos e paisagísticos) tão estáveis e hierá-

ticos que a duração é absoluta quase – Miguel Machado

– Interieur sur fond.

D / PRESENTIFICAÇÃO, VESTÍGIOS

E REPRESENTAÇÃO

43 os retratos são essa reentrância de outrem no âmago

de um si-mesmo. Quando o autor se apropria da imagem

do retratado, lembramo-nos de Michel Tournier (vide A

Gota de Ouro) mas tranquilizemo-nos: a alma não foi rou-

bada, antes a alma através do corpo se torna mais vidente

e visível...todavia, alertando de que as imagens mentindo,

supõe-se nunca conseguirem anular a genuidade do olhar

da criança. A solidez de colocação das figuras por via de

sua corporalidade, a contractura ou distensão dos gestos

– que acolhem atributos ou a abdicação da posse – ga-

rantem que o olhar, esse sim, rouba a nossa tranquilida-

de pois enigmático, nunca transparecendo a essência do

raciocínio e/ou do afecto – Adriano Miranda – Cabanelas;

44 por acaso: como algo pudesse não fora por acaso; tem-

-se certeza de que razões maiores foram legitimadas pelo

pensamento decorrente de acaso (exagero, puro exagero

ou não?); um díptico significa essa coesão gerada por duas

unidades que distanciadas possuem autonomia mas que

adquirem responsabilidade estética se adjudicadas. Fos-

sem vestígios de quem habitou atributos ou evidências

sem propriedade autoral. Como quando, depois de uma

viagem interrompida se entra de novo em casa, num quar-

to e se descobrem coisas que não fomos nós que as deixa-

mos. Somente quedaram ali, para quê? Rita Castro Neves

– Here and Abroad;

45 pois dentro desses dípticos que contêm presentifica-

ções individuais, olha-se como se as pessoas estivessem

ali esperando. Se as fotografias decidem-se ausentar-

-se, escapando da ordem do autor, as pessoas ali conti-

nuariam a ser; nas rotinas que se adivinham através dos

atributos, objectos e posturas de seus objectos e corpos.

À semelhança de um vocabulário iconográfico (Cesare

Ripa, quiçá) , as figuras comprovam a sua auto-identidade

dentro de um anonimato que é gerador de cargas psico-

-societárias únicas, através da mediação de elementos

de reconhecimento visual e antropológico – Olívia Silva –

Projecto Fotográfico – “8/2”;

46 “... Procurar sonhar dentro do que é o dia-a-dia, dentro

do que se repete, que é monótono e sem mistério.” Ana

Pereira – O Mundo das coisas pequenas. Assinalou Niet-

zsche a importância das coisas pequenas. Tarde, entendi

mesma evidência e lucidez em excertos de Clarice Lispec-

tor: “Não compreendo o que vi. E nem mesmo sei se vi, já

que meus olhos terminaram não se diferenciando da coisa

vista. Só por um inesperado tremor de linhas, só por uma

anomalia na continuidade ininterrupta de minha civiliza-

ção, é por um átimo experimentei a vivificadora morte.” 23

Hoje, se absorva a aparente pequenez das coisas num

mundo que é imensamente pequeno para a consciência

do indivíduo – confundindo real e pensamento imaginado

para que seja possível compreender;

47 “... Ícones da literatura infantil repousam na memória

colectiva completamente alheios ao inocente contexto in-

25 / ELIPSE DA DURAÇÃO / 50/IPP/2524 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

23 Clarice Lispector, A Paixão segundo G.H., Lisboa, Relógio d’Água, 2000, p. 12

24 Cesare Pavese – “Mania da solidão”, Trabalhar cansa, Lisboa, Ed. Cotovia, 1997, p. 7125

Cf. E.Kant, Critique de la Faculté de Juger, p. 73

Page 14: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Kant ensinou-nos que o prazer estético é suscitado pela

forma do objecto, pelo que se define como “desinteres-

sado”. O prazer depende apenas da forma, e não de sua

matéria, superando-se aparentemente a dicotomia entre

o reino da natureza e o reino moral. Constatou, também,

a impossibilidade do juízo estético originar uma doutri-

na...25 Seria, pois, tentativa inútil, querer encontrar um

critério universal, um princípio do gosto com valor univer-

sal do belo... Por analogia, pondere-se sobre a obsoles-

cência de pensamento e acto, ao pretender uma regula-

ridade ou categorização de unidireccionamento tipológico

para estipular as trajectórias e deambulações das Artes

na contemporaneidade e hoje.

Finalizando, a urgência da estética aspira, talvez, vencer

os antagonismos e paradoxos da realidade histórica, da-

quilo que Schiller designava pela ascensão da burguesia,

em que o homem se encontra fragmentado e dividido so-

cial e politicamente.

Questione-se a pertinência das reflexões do filósofo ale-

mão, ao longo das 27 Cartas de Educação Estética, para

aceder a um mundo que lhe está tão ausente. As Cartas

exaltam a educação estética e o terceiro estádio – o es-

tético – enunciando as determinações necessárias à

transformação dos postulados morais em prática social.

O estado estético (lúdico) é recurso e meio para atingir o

carácter moral subjacente, mas é também fim último – o

homem estético. Apenas neste estado, o homem será in-

tegralmente homem, sendo ele próprio uma espécie de

obra de arte, não só formal mas intrinsecamente. seria o

restabelecimento da humanidade, da civilização humani-

zada. Nesta utopia estética, Schiller pretendeu um novo

“estado natural”, que contivesse, ainda, o desenvolvimento

espiritual e moral, estabelecendo um ambiente de harmo-

nia e equilíbrio, onde o homem viveria a sua felicidade.

Maria de Fátima Lambert

LX / PRT / FEV / 2011

27 / ELIPSE DA DURAÇÃO / CODA

Coda

Page 15: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Os objectos: na trama do tempo, certos objectos tecem o espaço de modo

inusitado ainda que coerente. No seu modo de estarem juntos são discretos e

distantes. E, no entanto, sem o saberem, alguns pertencem-se.

a luz: quando abrimos as janelas, tudo se organiza de forma a que acredite-

mos que a luz que ilumina o que vemos vem do exterior e desenrola o modo

como olhamos. E, no entanto, sabe-se, a luz habita certos objectos mesmo

antes de connosco se abrirem as janelas. Uma outra luz, aquela que, como

uma respiração quente, por instantes, faz revoltear o pó suspenso para que

este mostre, através de longos cones de poalha, como o brilho da pintura

de um dourado velho na caliça da parede pode ser observado, surpreso de

coabitar com o inesperado. Apesar de tudo parecer silente e de a escuridão

remoer dentro das salas o curso do dia e da noite, pressentem-se, desenha-

das no soalho, atrás das portas, réstias de luz, longas farpas que flecham

os espaços, tirando os volumes da sombra. Essa luz que pré-existe à obser-

vação e avalia a consistência etérea dos objectos é a própria capacidade de

suspeitarmos que existem, sempre existiram, é a luz que avoluma o desejo

de os vermos.

o espaço: os lugares onde esses objectos repousam nunca é um arquivo, an-

tes um corpo onde se articulam luminosamente e que os torna distantes de

outros objectos arquivados pelo tempo. Ás vezes, é urgente abrir as portas,

não interessa onde, e mostrar.

O corpo: articular é também experimentar. Impor cesuras ao tempo e, na

anacronia, juntar, propor um modo de funcionamento. Laborioso, como só

um corpo sabe ser, na gestão dos esforços e, todavia, perdulário a gastar

energia, se convidado a crescer, extravasando com prazer a contenção que

dele se espera. Como se nenhuma parede fosse suficiente, como se nenhuma

fronteira houvesse entre ele e o mundo. Osmótico. Preparado para dialogar.

A claraboiada casaAdrianaBaptista

29 / ELIPSE DA DURAÇÃO / A CLARABOIA DA CASA

Page 16: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Esta exposição não é um corpo, mas a imagem de um corpo que respira. A sua

respiração tem voz e nome e, ainda que possa estar desatenta a cada uma das

partes, torna-se consciente de que existem através de uma espécie de formi-

gueiro de presença. Um rumor que, desde trás, circula dentro das suas paredes

e que leva de um ponto a outro informações que um sacrário guardou e libertou.

Os olhos deste corpo vêem, captam e arquivam. Um álbum de retratos, rostos e

gestos, que o cérebro deste corpo pensa e localiza no desejo, no movimento e na

expectativa. Um álbum de paisagens liquefeitas, presas diferentemente ao mo-

mento e ao modo onde ocorrem ao ser vistas e que logo se desfazem quando o

observador se afasta e as suas partes se confundem, desarticulando a moldura

do horizonte. Um álbum de acontecimentos distantes que a ficção tornou reais,

logo depois de imaginados. Um álbum de gestos, de objectos parados de onde

o nosso olhar removeu a elipse. Um álbum do espaço uterino que acolheu este corpo.

Os pés deste corpo filmam a vertigem onde circulam, o asfalto onde rapidez e

repetição se confundem e, vigilantes, esperam. Mostram o medo e o obsidiante

modo de ser marcha neste corpo que só artificialmente retirou do tempo um

frame para se mostrar, mas que continua a caminhar, guardada a chama que o

vime há-de proteger.

O cenário deste corpo exibe os seus fantasmas, como um sopro alado, através dos

quais se observam a si mesmos na pequena casa do mundo, de onde as portas,

fronteiras da passagem entre a vida e a morte, fugiram para ser panos de terra.

As mãos deste corpo experimentam desmultiplicar o gesto. Hábeis na projec-

ção do risco, agora igual, agora diferente, confundem, surpreendem. A repetição

sobrepõe o gesto ao tempo e a sobreposição desvela um outro tempo pela frag-

mentação: persianas por onde a própria imagem se observa. Tecidos oníricos

onde retrato e retratado se confundem. Tecidos como textos, como letras. Dis-

poníveis para ser combinados, decifrados, lidos. Rios que a tela absorve. Som-

bras que a cidade engole. Marcas telúricas do labirinto da pele sobre a pele.

A voz deste corpo embala o texto que se articula como uma meditação, a roce-

gar no ouvido palavras que atormentam e encantam. A voz, que sempre exige o

corpo e o timbre, traz o presente para o passado do tempo. E deste modo diz o

que no lóbulo da folha guarda o brilho que há-de ser.

Adriana C. Baut

30 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO ELIPSE DA DURAÇÃO / 31

Page 17: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

O Palacete Pinto Leite, múltiplo herdeiro de marcantes memórias portuenses é

hoje um pólo de cultura, multidisciplinar, transversal, que começou como uma

opulenta casa de família e que de 1975 a 2008 foi sede do Conservatório de

Música do Porto, ele próprio berço de talentos. A própria envolvente da hoje Rua

da Maternidade é um repositório da História passada e do presente da Cidade.

Lá desemboca a Rua Miguel Bombarda, o quartier alternativo, ou Indie, das ga-

lerias e das tertúlias. Lugar da Maternidade que continua a trazer ao mundo o

futuro. É um lugar de memórias, do Palácio dos Terenas e da sua Torre do Pedro

Sem, do Cemitério dos Ingleses, situado no que a antiga toponímia designava

como Campo Pequeno, ponto elevado de onde se via a antiga Torre da Marca,

no promontório dos actuais jardins do Palácio de Cristal, referência dos pilotos

da Barra do Douro e demolida a tiros da artilharia miguelista durante o Cerco do

Porto. Mas este local foi também escolhido por um homem de negócios, retrato

do seu tempo, para a sua residência, reflexo da prosperidade dos negócios com

um Brasil já independente, mas não um Brasileiro, e dos frutos da sua socieda-

de comercial em Inglaterra.

Depois da Guerra Civil de 1832-1834, a Cidade do Porto, devastada, tentava

reinventar-se, com aquilo que eram os seus trunfos, o comércio e indústria, só

possíveis com a iniciativa de muitos, de que alguns não sendo nascidos na cida-

de a adoptaram em pleno. Daqui sobressai a família que se associou à Casa do

Campo Pequeno, e dela Joaquim Pinto Leite. O investigador Francisco Queiroz

refere que este homem, possuidor de um vasto património social e económico,

era altivo, de gosto refinado e vaidoso. O palacete que manda construir é o es-

pelho do seu poder, não só pelas dimensões físicas, mas também pela origina-

lidade que retém face ao que se havia construído até então na Cidade do Porto.

(Queiroz, 2003:375)

O século XIX viu a ascensão da família Pinto Leite como uma das mais poderosas

do Porto e do Reino, parte de uma próspera alta burguesia empresarial, com in-

Memória / HistóriaO Palacete Pinto LeiteSérgio Veludo Coelho1

1 Doutorado em História. Professor Adjunto da Escola Supe-

rior de Educação do Politécnico do Porto. Docente do Curso de

Gestão do Património.

33 / ELIPSE DA DURAÇÃO / MEMÓRIA / HISTÓRIA

Page 18: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

teresses nas emergentes indústria e banca do pós-guerra civil. Pouco escapou

ao surto investidor de Joaquim Pinto e seus irmãos, entrando no comércio dos

têxteis, nos transportes marítimos, nas empresas, nos bancos. Tal energia não

se podia confinar a uma casa no Lóios, Havia que emoldurá-la de forma mais vi-

sível. Assim surge a Casa do Campo Pequeno. Mais uma vez recorremos a Fran-

cisco Queiroz, numa das mais recentes análises deste edifício. De acordo com

este investigador a Casa do Campo Pequeno foi levantada no que na época era

uma zona de pouco movimento, afastada da movimentação citadina, do bulício,

factor que terá tido influência na estrutura que se apresenta a meio caminho en-

tre a residência urbana e uma casa de quinta. (Queiroz, 2004) No entanto, a influ-

ência inglesa, de recorte vitoriano, é visível na forma como a fachada facilmente

nos transporta para os manors neopalladianos da aristocracia britânica. A linha

construtiva do palacete, segundo Queiroz, situar-se-ia entre 1858 e 1865 no que

respeita à delimitação dos espaços, levantamento de estruturas, acabamentos

e, muito importante, o enquadramento paisagístico da circundante do edifício,

mais uma vez a transmitir o ideário inglês. (Queiroz, 2004: 187)

O que parece ser claro é que Pinto Leite desejava e fez construir uma casa

apalaçada de grandes dimensões, de acordo com os seus desígnios que já re-

montavam a 1852, numa época de recuperação económica ditada pelos primei-

ros tempos da Regeneração. A intenção passava por lá poder alojar a família,

numa forma a que não seriam estranhas as suas frequentes idas a Inglaterra

onde geria a sociedade que tinha com o seu irmão Adelino Pinto Leite e John

O’Neill, só dissolvida em 23 de Junho de 1883 (London Gazette, 1883: 3387).

Na obra da casa esteve envolvido um mestre pedreiro que Queiroz referencia

nos seus trabalhos, Francisco Geraldo da Silva Sardinha, provável autor do pro-

jecto, mas seguindo indicações de Joaquim Pinto Leite, em nada estranhas já

que o Porto havia sido, desde o início do século XIX um forte repositório do neo-

clássico de influência britânica. No entanto foi levantada a hipótese de também

ter existido a intervenção directa de arquitectos ingleses nos projectos da casa,

hoje dispersos por vários locais e alfarrabistas (Queiroz, 2004: 188).

A história deste palacete é rica e dinâmica, mas o tempo ditou, como em mui-

tos casos a sua reconversão para outros usos, transitando da esfera do priva-

do para o público. Adquirido na década de sessenta pela Câmara Municipal do

Porto, vem a ser a sede, a partir de 1975, do Conservatório de Música do Porto,

o que obrigou à adaptação do espaço, sem o ferir de morte, como aconteceu em

muitos outros casos. Durante 33 anos, como escola pública, foram ali formadas

gerações de músicos e artistas, sedimentando a vocação educacional da casa

que hoje, transformada em espaço operacional de saberes e competências mul-

tidisciplinares, é parte activa do entorno cultural, com iniciativas relevantes nas

artes performativas, exposições e acontecimentos de grande relevância e projec-

ção no quotidiano da cidade. A Casa já não está isolada do bulício, faz parte dele.

Bibliografia

Queiroz, JFF (2003). A aplicação da psicologia da escrita na investigação em História da Arte. In Ciências e

Técnicas do Património. Revista da Faculdade de Letras. I Série Vol. II, Porto p. 375.

Queiroz, JFF (2004). Casa do Campo Pequeno, da família Pinto Leite Enquadramento e abordagem pre-

liminar a uma habitação notável do Porto Romântico. In Ciências e Técnicas do Património. Revista da

Faculdade de Letras. I Série Vol.III, Porto p. 187-189.

ELIPSE DA DURAÇÃO / 3534 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 19: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

EXTERIOR4 PONTOS:

CARLOS COSTA

JACINTA COSTA

RICARDO GONÇALVES

SARA BENTO BOTELHO

Page 20: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

4 Pontos

IPP PVC 10 63 x 0.25 anos / 2011 / Instalação

EXTERIOR / 3938 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 21: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

CAVEERIC MANY / RITA CASTRO NEVES

GRIFU - LUÍS LEITE, RUI DAMAS,

JOSÉ PEDRO MARTINS, MARTA SILVA,

E MARCELO LAFONTANA

HORÁCIO MARQUES

HUGO OLIM

JOÃO LEAL

MIGUEL MACHADO

NELSON GARRIDO

OLÍVIA DA SILVA

Page 22: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Eric Many / Rita Castro Neves

Bar Azul / 2005 / Mini DVCam-DVD / 3’30’’

CAVE / 4342 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 23: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Luís Leite Grifu Desenho Multimédia Marcelo

Lafontana Encenação e representação

Marta Silva Cenografia

João Pedro Martins Fotografia

Rui Damas Desenho de Luz

Payassu / Teatro / 2009

44 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Horácio Marques

Ho±MyCPUcell±011 / 2011 / (Evolução de) / 100 x 100 cm

CAVE / 45

Page 24: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Luís Leite Grifu Desenho Multimédia Marcelo

Lafontana Encenação e representação

Marta Silva Cenografia

João Pedro Martins Fotografia

Rui Damas Desenho de Luz

Payassu / Teatro / 2009

João Leal

Endless / 2007 / 3 impressões em duratrans, colocadas em caixa de luz / Caixas de alumínio, pintadas em branco matte / 100 x 25 cm

46 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO CAVE / 47

Page 25: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Miguel Machado

Interieur sur fond / 2007 / DVD 13 min

CAVE / 49

Nelson Garrido

Memórias do Tempo 1 de 3 / 2005 / Lambda Print / 110 x 145 cm

48 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 26: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Olívia da Silva

Projecto Fotográfico / “8/2” / 1997 / Papel Fotográfico / Negativo Cor / 100 x 100 cm (cada) / Caixa Preta 105 x 105 x 15 cm / 3 Dípticos

CAVE / 5150 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 27: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

R/C

10AFIO – ANTÓNIA MARQUES,

CLÁUDIA MELO, JORGE COIMBRA,

PEDRO BRITO, PRUDÊNCIA COIMBRA,

RICARDO GONÇALVES, SARA BENTO,

BOTELHO, SUSANA LOPES

E SUSANA PINTO

ADRIANO MIRANDA

ANA PEREIRA

FILIPE MARTINS

JORGE CAMPOS

NUNO ROCHA

PAULO CATRICA

VIRGILIO FERREIRA

Page 28: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

10Afio

Máquinas de Leitura / 2000 / Instalação / 45 x 45 x 90 cm (cada)

R/C / 5554 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 29: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Adriano Miranda

Cabanelas / 1997 / Impressões em Papel FB com viragem a sépia / 40 x 40 cm (cada) / 5 Fotografias

Ana Pereira

O mundo das coisas pequenas / 2010 / impressão Lambda / 100cmx70cm / 4 Fotografias

R/C / 5756 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 30: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Filipe Martins

Story Case / 2009 / Dvd / 13’30’’

Jorge Campos

Jorge Campos / Tuaregues / 1994 / Doc / 55’

R/C / 5958 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 31: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Nuno Rocha

Vicky and Sam / 2010 / dvd / 13’38’’

Paulo Catrica

Baltra / Islas Galapagos / Ecuador / 1902 – 2010

357 fotografias diversos formatos

11 documentos escritos

6 mapas

1 video dur. aprox. 5 min.

R/C / 6160 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 32: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Virgílio Ferreira

Peregrinos do Quotidiano / 2006

Imagens produzidas em Archival Ink Jet Print e colocadas em PVC 5 mm / 90 x 90 cm

4 fotografias

R/C / 6362 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 33: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

1º PISO

ACÁCIO

CARLOS LOBO

CESÁRIO ALVES

DAMIÃO MATOS

FÁBIO DUARTE

GIL MAIA

JORGE COIMBRA

MANUELA BRONZE

PEDRO SERAPICOS

R2 – ARTUR REBELO E LIZÁ RAMALHO

RITA CARVALHO

RUI ALVES

SARA BENTO BOTELHO

SUSANA LOPES

TERESA CARRINGTON

VERÓNICA SOARES

XAI

Page 34: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Acácio

Pano de terra 1/3 / 2000 / Técnica mista s/ tela e madeira / 244 x 184 cm

1º PISO / 6766 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 35: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Carlos Lobo

Untitled da série Far Far East / 2009

Frontier prints on Fuji Fine Art Archival / Paper / 30.5 x 25.4 cm

Edição 1/3 / 3+1 PA / 4 Fotografias

Cesário Alves

Blackpool 1999 / # 6 / Película fotográfica negativa a cores

Impressão em jacto de tinta / 70 x 180 cm

1º PISO / 6968 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 36: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Damião Matos

Sem título / s/d óleo s/linho / 162 x 200 cm

Fábio Duarte

Cardinal # / 2010 / Mobiliário modular

1º PISO / 7170 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 37: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Gil Maia

À capela / 2011 / Instalação / Livro vermelho / 1992 / 40 x 40 cm / 2 Book of Hours / 1992 / 23,3 x 17 cm / Sobre genuflexórios.

Jorge Coimbra

32 Universos / 2000 / Técnica mista / 61 x 61 cm (cada) / 32 telas

1º PISO / 7372 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 38: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Manuela Bronze

Muito / 2007 / Instalação / Técnica mista / 200 x 140 x 110 cm

Pedro Serapicos

Type 4 Fun / 2008 / Instalação em esferovite

1 de 13 painéis d’après O capuchinho Vermelho de Roald Dahl

Dimensões variáveis

1º PISO / 7574 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 39: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

R2

Molly Bloom / 2002 / Poster / Silkscreen / 120 x 170 cm

I love Távora / 2005 / Poster / Silkscreen / 120 x 170 cm

Em torno / 2002 / Poster / Silkscreen / 120 x 170 cm

20ème Festival International de l’Affiche et du Graphisme de Chaumont / 2009 / Poster / Silkscreen / 80 x 120 cm

Rita Carvalho

Vulcão dos Capelinhos / 2009 / Acrílico e marcador s/papel / 100 x 200 cm

Fajã da Caldeira de Santo Cristo / 2009 / Acrílico e marcador s/papel / 100 x 100 cm

1º PISO / 7776 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 40: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Rui Alves

Wellcome to the Jungle / 2010 / Protótipos

Sara Bento Botelho

És cultura de letras / 2007 / Ferro, espelho e aço / 100 x 100 x 70 cm

1º PISO / 7978 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 41: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Susana Lopes

Este caminho… / 2007 / Acrílico s/tela / 80 x 80 cm

Teresa Carrington

Candeeiro em pé / 1,70 cm de altura c/luz na base de metros de carpinteiro reciclados

1º PISO / 8180 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 42: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Verónica Soares

Pregadeira / 2010 / Prata texturada / 12 x 4 cm

Xai

Joyce 1/3 / 2000 / Acrílico s/ Mdf e contraplacado com elementos colados / 26,5 x 61 cm (aberto 53x61)

1º PISO / 8382 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 43: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

2º PISO

ANÍBAL LEMOS

AUGUSTO LEMOS

CLÁUDIA MELO

DIANA SILVA

ELSA CÉSAR

MARIA DE FREITAS

MARTA FERNANDES

NUNO TUDELA

OUPAS – JOANA, CIDÁLIA,

FÁBIO E SOFIA

PRUDÊNCIA COIMBRA

RICARDO GONÇALVES

SOBRAL CENTENO

Page 44: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Aníbal Lemos

Europa 1,2 / 2011 / archival inkjet print / 1,10 x 1, 25 m (cada/each)

2º PISO / 8786 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 45: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Augusto Lemos

Rio Douro no Pinhão / 2005 / Fotografia estenopeica / Impressão em Durst Lambda / 75x75 cm

Cláudia Melo

Vous voulez mes chaussettes o mon cerveau? / 2009 / Técnica mista / 120 x 100 cm

Vettement I, Vettement II, Vettement III / 2009 / Técnica mista s/gesso, renda / 60cm altura

2º PISO / 8988 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 46: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Diana Pereira da Silva

Almost fairy tales é composto por 10 imagens / 5 dípticos / 60 x 60 cm cada

Elsa César

S/ Titulo, 2002, Papier machê s/ tela, 38 x 40 cm

2º PISO / 9190 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 47: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Maria de Freitas

Birdie / 1999/2009 / Técnica mista em tela s/ suporte de madeira / 47 x 67 cm

2º PISO / 93

Marta Fernandes

Amo+te / 2004 / Livro / Ed. Ausência

1º PISO / 9392 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 48: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Nuno Tudela

Guandong Tuning Tone, 2005 / Áudio Pedro Tudela / Vídeo Nuno Tudela / 2’ 50”13 frm

Atmosfera Reduzida, 2005 / Áudio Pedro Tudela / Vídeo Nuno Tudela / 2’50”04 frm

Oupas

Website manual / 2011 / Instalação em cartão / 150 x 50 x 50 cm

2º PISO / 9594 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 49: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Prudência Coimbra

Estradas Principais / Estradas Secundárias / 2007 / Video-instalação / 1h

Ricardo Gonçalves

Motivo 3 / 2004 / Técnica mista sobre contraplacado / 160 x 60 x 6,9 cm

2º PISO / 9796 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 50: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Sobral Centeno

Cruzados (Série) / 2009 / Acrílico sobre papel / 65 x 400 cm

2º PISO / 9998 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 51: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

3º PISORUI PINHEIRO

SPIRITUS – ANTÓNIO DURÃES,

RUI COELHO E RUI DAMAS

Page 52: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Rui Pinheiro

Elogio da Sombra / 2011 / Impressão jacto de tinta / Hahnemuhle Fine Art / 30 x 30 cm

10 fotografias / Texto André Tavares

2º PISO / 103102 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 53: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Rui Damas / António Durães / Rui Coelho

Spiritus / 2011 / Instalação som e imagem

A instalação designada por “Spiritus” está alocada imediatamente ao espaço onde se inscreve. Trata-se de colocar uma voz (a de António Durães) num

espaço determinado (e pela mesma, a voz, abraçada por uma lógica de pré-espacialização por Rui Coelho) em diversos locais da casa (que Rui Damas

“descobrirá” com luz), ao serviço de outras “vozes” que falam as palavras de algumas personágens célebres do repertório do teatro ocidental, uma es-

pécie de fantasmas que habitarão o palácio, e que dirão coisas, mais convenientes umas que outras, sobre coisas que as (nos) atormentam. Shake-

speare, Moliére, Gil Vicente, Sófocles e Pirandello por exemplo, passearão entre nós. Serão eles, connosco, os “Spiritus” presentes.

António Durães

2º PISO / 105104 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

Page 54: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

ARTISTASOBRAS

Page 55: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Acrílico com encáustica com elementos s. Mdf

Rimbaud, 2000, Acrílico s. Mdf com elementos

colados, 30 x 60cm (aberto 30 x 120)

Joyce, 2000, Acrílico s/ Mdf e contraplacado com

elementos colados, 26,5 x 61cm (aberto 53 x 61)

Herr B, 1996, Acrílico, colagem e encáustica

sobre platex, Diâmetro 26,4 cm

Damião Matos

Sem título, s/d, óleo s/linho, 162 x 200 cm

Pedro Serapicos

Type 4 Fun, 2008, instalação em esferovite,

1 de 13 painéis d’après O capuchinho Vermelho

Roald Dahl, dimensões variáveis

Cartaz Direitos Humanos, 2010, Universidade do

Porto, Serigrafia, 120 x 175 cm cm, 200 exs

Cartaz Encontro de literatura infantil, 2009,

Fundação Cupertino Miranda, Serigrafia,

120 x 175 cm, 250 exs

Cartaz Off the Record, 2010, Burburinho, Offset,

50 x 70 cm, 150 exs

Cartaz D&AD, 2010, ESEIG, Impressão digital,

70 x 100, Print on demand

Oupas

Website manual, 2011, instalação em cartão,

150 x 50 x 50cm

Marta Fernandes

Limite Zero, 2005, Logotipo, Linha Gráfica e

Manual de Identidade.

Teatro de sombras “Estórias do Dia e da Noite”,

2005, Livro.

Desertor Patriota, 2005, Livro, Ed. Ausência

Amo+te, 2004, Livro, Ed. Ausência

Procria, 2004, Logotipo, Linha Gráfica e Manual

de Identidade.

R2

Molly Bloom, 2002, Poster, Silkscreen,

120 x 170 cm

I love Távora, 2005, Poster, Silkscreen,

120 x 170 cm

Em torno, 2006, Poster, Silkscreen, 120 x 170 cm

20ème Festival International de l’Affiche et du

Graphisme de Chaumont, 2009, Silkscreen,

80 x 120 cm

Rita Carvalho

Vulcão dos Capelinhos, 2009, Acrílico e marcador

s/papel, 100 x 200 cm

Fajã da Caldeira de Santo Cristo, 2009, Acrílico e

marcador s/papel, 100 x 100 cm

Rui Alves

Wellcome to the Jungle, 2010, protótipos

Avô, 2008, banco, protótipo

Fiss Family, 2008, candeeiros, protótipos

Fábio Duarte

Cardinal #, 2010, mobiliário modular

Cardinal #, 2010, modular furniture

Adriano Miranda

Cabanelas, 1997, Impressões em Papel FB com

viragem a sépia, 40 x 40 cm (cada); 5 Fotografias

Nelson Garrido

Memórias do Tempo 01, 2005, lambda print,

110 x 145 cm

Memórias do Tempo 02, 2005, lambda print,

110x145cm

Memórias do Tempo 03, 2005, lambda print,

110x145cm

Augusto Lemos

Rio Douro no Pinhão, 2005, fotografia

estenopeica, impressão em Durst Lambda,

75 x 75 cm

Rio Douro, 2005, fotografia estenopeica,

impressão em Durst Lambda, 70 x 100 cm

Aníbal Lemos

Europa 1, 2, 2011, archival inkjet print,

1,10 m x 1,25 m (cada/each)

Europa 3, 4, 2011, archival inkjet print,

1,10 m x 1, 25 m (cada/each)

Acácio

Pano de terra 1, 2000, técnica mista s/ tela e

madeira, 244 x 184 cm

Pano de terra 3, 2000, técnica mista s/ tela e

madeira, 244 x 184 cm

Pano de terra 4, 2000, técnica mista s/ tela e

madeira, 244 x 184 cm

Manuela Bronze

Muito, 2007, Instalação, técnica mista,

200 x 140 x 110 cm

Verónica Soares

Pregadeira, 2010, Prata texturada, 12 x 4 cm

Pulseira, 2005, Prata, 6,6 diâmetro / 4,8 cm altura

Colar, 2003, Ouro e Prata, 14,5 / 15,2 cm

Elsa César

S/ Titulo, 2002, Papier machê s/ tela, 38 x 40cm

S/ Titulo, 2002, Papier machê s/ tela, 38 x 40cm

S/ Titulo, 2002, Papier machê s/ tela, 38 x 40cm

S/ Titulo, 2002, Papier machê s/ tela, 38 x 40cm

Teresa Carrington

Sem título, 2010, borracha galvanizada e fio de

nastro, dimensões variáveis

Candeeiro em pé, 1,70 cm de altura c/luz na base

de metros de carpinteiro reciclados

Sobral Centeno

Cruzados, 2009, Acrílico sobre papel, 65 x 400 cm

10Afio

Máquinas de Leitura, 2000, instalação,

45x45x90cm (cada)

Gil Maia

À capela, 2011, instalação. Livro vermelho, 1992,

40 x 40 cm e 2 Book of Hours, 1992, 23, 3 x 17 cm

sobre genuflexórios.

Preto no Branco, cartaz (Porto Editora, 1998.

Copywriter: Adriana Baptista); 52 x 64,8 cm

3 cartazes com textos de Almeida Garrett

(Biblioteca Pública Municipal do Porto, 1998.

Logótipo e cartaz). Medidas: 48 x 67,5 cm

Prudência Coimbra

Estradas Principais, Estradas Secundárias, 2007,

video-instalação, 1h

Jorge Coimbra

32 Universos, 2000, técnica mista, 61 x 61 cm

(cada); 32 telas

Cláudia Melo

Vous voulez mes chaussettes o mon cerveau?

2009, técnica mista, 120 x 100 cm

Vettement I, Vettement II, Vettement III, 2009,

técnica mista s/gesso, renda, 60 cm altura.

Susana Lopes

Este caminho, 2007, Acrílico s/tela, 80 x 80 cm

Que nome delicado, 2007, Acrílico s/tela, 40 x 80 cm

Outono, 2007, Acrílico s/tela, 40 x 80 cm

Maria de Freitas

Birdie, 1999 / 2009, técnica mista em tela

s/ suporte de madeira, 47 x 67 cm

Dansette, 2008, técnica mista em tela s/ suporte

de madeira, 43 x 53 cm

Sara Bento Botelho

És cultura de letras, 2007, ferro, espelho e aço,

100 x 100 x 70 cm

4pontos

IPP PVC 10 63 x 0.25 anos, 2011, installation

Ricardo Gonçalves

Breu, 2004, técnica mista sobre Contraplacado,

160 x 60 x 6,9 cm

Motivo 3, 2004, técnica mista sobre

Contraplacado, 160 x 60 x 6,9 cm

Breu, 2004, mixed media on plywood,

160 x 60 x 6,9 cm

Motivo 3, 2004, mixed media on plywood,

160 x 60 x 6,9 cm

Xai

Heiner Müller, 2000, Acrílico, encáustica, gesso,

com elementos s. Mdf, 40 x 60cm (aberto 40 x 120)

Henri Michaux, 2000, 40 x 60cm (aberto 40 x 120),

108 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO OBRAS / AUTORES / 109

Lili
Highlight
Page 56: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Hugo Olim

Sync, Sync, 2010, 2 Retro-projectores e película

cinematográfica, dimensões variadas.

Frameline. 2010, Película cinematográfica, 2

ecrãs de computador 15,4’’ e inversor LCD,

69 x 22 cm

Film, 2010, Película cinematográfica e fita

adesiva transparente, 200 x 152 cm

Sync, Sync, 2010, 2 Overhead projectors and

motion picture film, various sizes

Frameline. 2010, Film, 2 computer screens, 15,4’’

and LCD inverter, 69 x 22 cm

Film, 2010, Film and transparent tape,

200 x 152 cm

Horácio Marques

Ho±MyCPUcell±011, 2011 (Evolução de),

100 x 100 cm

Nuno Tudela

Atmosfera Reduzida, 2005 (Áudio Pedro Tudela /

Vídeo Nuno Tudela), 2’50”04 frm

Guandong Tuning Tone, 2005 (Áudio Pedro Tudela

/ Vídeo Nuno Tudela), 2’ 50”13 frm

José Topa

Balada Para Carrinho de Bebé, 2010

Texto e encenação: Carlos J. Pessoa;

Interpretação: José Topa

Rui Damas / António Durães / Rui Coelho

Spiritus, 2011, instalação som e imagem

Rui Pinheiro

Elogio da Sombra, 2011, impressão jacto de tinta

Hahnemuhle Fine Art, 30x30cm

(10 fotografias/texto André Tavares)

Paulo Catrica

Baltra, Islas Galapagos, Ecuador, 1902/2010, 357

fotografias diversos formatos + 11 documentos

escritos + 6 mapas + 1 video dur. aprox 5 min.

Cesário Alves

Blackpool 1999 (# 6), Película fotográfica

negativa a cores. Impressão em jacto de tinta,

70 x 180cm

Blackpool 1999 (# 4), Película fotográfica

negativa a preto e branco. Impressão em jacto de

tinta, 70 x 180cm

João Leal

Endless, 2007, 3 impressões em duratrans,

colocadas em caixa de luz (caixas de alumínio,

pintadas em branco matte) 100 x 25cm

1 vídeo em formato 16/9 PAL (para apresentação

em plasma 16/9), som stéreo.

Séries: 3 + Prova de Autor

Carlos Lobo

Untitled da série Far Far East, 2009, Frontier

prints on Fuji Fine Art Archival Paper,

30.5x25.4cm, edição: 1/3 (3+1PA) (4 Fotografias)

Virgílio Ferreira

Peregrinos do Quotidiano, 2006, imagens

produzidas em Archival Ink Jet Print e colocadas

em PVC 5 mm, 90x90 cm (4 fotografias)

Ana Pereira

O mundo das coisas pequenas, 2010, impressão

Lambda, 100 x 70cm (4 Fotografias)

O mundo das coisas pequenas, 2010, printed in

Lambda, 100 x 70cm (4 photos)

Olívia da Silva

Projecto Fotográfico – “8/2”, 1997, Papel

Fotográfico, Negativo Cor, 100 x 100cm (cada);

Caixa Preta 105 x 105 x 15cm (3 Dípticos)

Rita Castro Neves

Here and Abroad, Here and Abroad, 2009, díptico,

50 x 150 cm, ficheiro Raw / Lambda / PVC 3mm,

edição de 5 + PA

Eric Many / Rita Castro Neves

Bar Azul, 2005, Mini DVCam-DVD, 3’30’’ file Raw

/ Lambda / PVC 3mm, edition of 5 + PA

Bar Azul, 2005, Mini DVCam-DVD, 3’30’’

Diana Pereira da Silva

Almost fairy tales é composto por 10 imagens

(5 dípticos) 60 cm x 60 cm (cada).

Filipe Martins

Story Case, 2009, dvd, 13’30’’

Dido e Eneias, 2007, dvd, 17’

Jorge Campos

Nadir / 1994 (Doc) / 53’

O meu coração ficará no Porto / 2009 (Doc) / 52’

Tuaregues / 1994 (Doc) / 55’

Improvisation / 2010 (Doc) / 13’

Nuno Rocha

Vicky and Sam, 2010, dvd, 13’38’’

Grifu

Payassu (Teatro) - TFA, 2009: Luís Leite “Grifu”

Desenho Multimédia; Marcelo Lafontana,

encenação e representação; Marta Silva,

cenografia; J. Pedro Martins, Fotografia; Rui

Damas, Desenho de Luz.

História de um Caramelo - Cinemate / Animago,

2007, Animação, Edição, Música, Pós-produção

Miguel Machado

Interieur sur fond, 2007, dvd, 13m

And then you smile, 2008, dvd, 7m

110 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO OBRAS / AUTORES / 111

Page 57: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

DADOS BIOGRÁ-FICOS

Page 58: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Universidade de Derby School of Art & Design,

M.Phil, MA, BA, Fotografia.

[email protected]

www.aniballemos.com

António Durães

Figueira da Foz, 1961 • Vive em Braga e trabalha

no Porto e no mundo • Docente no Curso de

Teatro: Produção e Design de Luz e Som, na

ESMAE | IPP – Escola Superior de Música, Artes

e Espectáculo do Politécnico do Porto.

[email protected]

António Fernando Silva – Xai

Valbom, Gondomar, 1962 • Vive e trabalha no

Porto • Docente na ESE | IPP – Escola Superior

de Educação do Politécnico do Porto – UTC Artes

Visuais • Mestrado | FLUP • Doutorando em

Educação Artística | FBAUP.

Augusto Lemos

Porto, 1951 • Docente na ESE | IPP – Escola Superior

de Educação do Politécnico do Porto • Mestre.

http://aluzdofundodotunel.blogspot.com/

Carlos Lobo

Guimarães, 1974 • Vive em Guimarães e

trabalha no Porto • Completou o Bacharelato

em Tecnologias da Comunicação Audiovisual

no Instituto Politécnico do Porto, 2004 •

Licenciatura em Ensino de Português e Inglês |

Universidade de Aveiro • Mestrado em Imagem e

Comunicação| Goldsmiths University, Londres •

Doutorando | Escola das Artes da Universidade

Católica Portuguesa.

www.carloslobo.net

Cesário M.F. Alves

Vila do Conde, 1971 • Vive em Vila do Conde e

trabalha no Porto • Docente na ESMAE | IPP –

Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo

do Politécnico do Porto • Mestrado em Fotografia

| Universidade de Derby.

www.cesarioalves.net

Cláudia Melo

Porto, 1975 • Local onde vive e trabalha

no Porto • Docente na ESE | IPP – Escola

Superior de Educação do Politécnico do Porto

/ UTC Artes Visuais • Mestranda em Criação

Artística Contemporânea | Universidade de

Aveiro • Licenciatura em Artes Plásticas –

Pintura | FBAUP.

www.galeriatrindade.co.pt

Damião Matos

Porto, 1956 • Vive e trabalha no Porto • Foi Docente

na ESEIG | IPP – Escola Superior de Estudos

Industriais e de Gestão do Politécnico do Porto.

[email protected]

www.matosdamiao.blogspot.com

Diana Pereira da Silva

Porto, 1984 • Vive e trabalha no Porto • É docente

na ESMAE | IPP – Escola Superior de Música,

Artes e Espectáculo do Politécnico do Porto •

Foi aluna ESMAE | IPP • Mestrado em Fotografia

Criativa | Escuela de Fotografia de Madrid.

[email protected] • www.dianasilva.pt.vu

Carlos Filipe Ribeiro Duarte Martins

Paredes, 1977 • Docente na ESMAE | IPP –

Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo

do Politécnico do Porto • Bacharelato em

Cinema e Vídeo | ESAP • Licenciatura em Arte

e Comunicação, ramo audiovisual | ESAP •

Mestrado em Ciências da Comunicação |

Universidade Nova de Lisboa, com tese teórica

na área da epistemologia.

[email protected]

Elsa César

Porto, 1947 • Vive e trabalha no Porto • Foi

docente na ESE | IPP – Escola Superior de

Educação do Politécnico do Porto, na Área

de Artes e Ofícios • Curso complementar de

escultura | ESBAP • Mestrado em Belas-Artes

(Fine Art) | Goldsmith`s College da Universidade

de Londres • Prémio Revelação | VIII Bienal

Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira,

V.N. Cerveira, Agosto de 1995 • Bolsa de

Mestrado do Instituto Politécnico do Porto

1988/1999 • Bolsa de Investigação da Fundação

Calouste Gulbenkian, 1998/1999.

[email protected]

4 Pontos / Carlos Casimiro Costa

Porto, 1970 • Vive e trabalha no Porto • Docente

na ESE | IPP – Escola Superior de Educação do

Politécnico do Porto • Licenciatura em Design de

Equipamento | ESAD (Matosinhos) • Mestrado

em Design Industrial | FEUP • Doutorando em

Design Industrial | FEUP Universidade do Porto +

Universidade de Delft.

Jacinta Costa

Vila Nova de Gaia, 1974 • Vive e trabalha no Porto

• Docente na ESE | IPP – Escola Superior de

Educação do Politécnico do Porto • Licenciatura

em Design de Equipamento | ESAD (Matosinhos)

• Mestrado em Multimédia em Educação |

Universidade de Aveiro • Doutoranda em Design |

Universidade de Aveiro.

Ricardo Gonçalves

Ver Ricardo Gonçalves, página X.

Sara Bento Botelho

Ver Sara Bento Botelho, página XX.

Link / YouTube / 4 Pontos / Carlos Costa +

Jacinta Costa + Ricardo Gonçalves + Sara

Botelho

http://www.youtube.com/watch?v=_O94R_BfaBA

10afio

10afio surge em 1999 como grupo de intervenção

artística numa reunião de vontades artísticas

que possibilitam a acção. Integra sete elementos

com diferentes formações: pintura, escultura e

arquitectura: Xai [António Fernando Silva], Cláudia

Melo, Jorge Coimbra, Prudência Antão Coimbra,

Ricardo Gonçalves, Sara Bento Botelho, Susana

Lopes, Pedro Brito, Antónia Marques e Susana

Pinto. As intervenções do grupo direccionam-se

para a reflexão do lugar contemporâneo da arte

e da sua situação de contaminação, impureza,

ausência de limites, estilo ou narrativa. Os projectos

desenvolvidos, maioritariamente em função dos

espaços ocupados (site specific), dialogam, deste

modo, sobre a arte, sua produção e fruição.

Acácio de Carvalho

Vila Nova de Gaia, 1952 • Vive e trabalha no

Porto • Foi Docente na ESE | IPP – Escola

Superior de Educação do Politécnico do Porto

• Mestrado • Primeiro Prémio de Pintura, na

modalidade “Tema Livre”, Exposição Nacional

das Comemorações do Ano Internacional

da Juventude e da Música, 1985 • Menções

Honrosas nos Prémios: Nacional de Desenho

Isolino Vaz, CMG, e Nacional de Pintura “António

Joaquim – Artistas de Gaia”, 3ª Edição, 1999 •

Prémio de Aquisição BCP na XI Bienal de Vila

Nova de Cerveira, 2001.

[email protected]

Adriano Miranda • Aveiro, 1966 • Vive no Porto e

trabalha no Jornal Público • Docente na ESMAE

| IPP – Escola Superior de Música, Artes e

Espectáculo do Politécnico do Porto.

[email protected] • www.400asas.

wordpress.com • http://400asas.wordpress.

com/2010/10/01/a-corda-no-pescoco/

Ana Cristina Rodrigues Pereira

Moçambique, 1974 • Vive e trabalha no Porto

• Mestrado em Comunicação Audiovisual,

especialização Fotografia e Cinema Documental

na ESMAE | IPP – Escola Superior de Música,

Artes e Espectáculo do Politécnico do Porto • Foi

docente de fotografia na licenciatura de Design

Gráfico e Publicidade da ESEIG | IPP – Escola

Superior de Estudos Industriais e de Gestão

do Politécnico do Porto • Foi docente no curso

de Tecnologia da Comunicação Audiovisual na

ESMAE | IPP – Escola Superior de Música, Artes

e Espectáculo do Politécnico do Porto • Menção

Honrosa | Concurso Novo Talento da Fotografia

Fnac-Portugal, 2003. • Seleccionada para a

Mostra de Jovens Artistas Europeus, (http://

www.jeunecreation.eu) em Montrouge França,

em 2006, com Uma tela duma história que não

se acende, exibida igualmente no Silo/CPF e no

Centro Cultural Vila Flor.

[email protected]

www.anapereira.com

Aníbal Nogueira de Lemos

Estarreja, 1951 • Vive em Salreu e trabalha no

Porto • Docente no Departamento de Artes da

Imagem da ESMAE | IPP – Escola Superior de

Música, Artes e Espectáculo • Doutoramento |

114 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO DADOS BIOGRÁFICOS / 115

Page 59: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Audiovisual no Politécnico do Porto • Doutorando

| Universidade de Gales, Newport • Prémio Pedro

Miguel Frade | Centro Português de Fotografia.

[email protected]

[email protected]

www.dai.esmae.ipp.pt

www.esmae-ipp.pt •

Jorge Campos

Porto, 1947 • Vive e trabalha no Porto • Docente

na ESMAE | IPP – Escola Superior de Música,

Artes e Espectáculo do Politécnico do Porto

• Doutorado em Ciências da Comunicação

| Universidade de Santiago de Compostela

• Menção Honrosa | Festival de Cinema •

Documental da Amascultura • Premiado pelo

Clube de Jornalistas • Premiado pelo Clube de

Imprensa • Premiado na Mostra Atlântica de

Televisão • Premiado pelo Rotary Clube do Porto.

http://www.imdb.com/name/nm0133253/

Jorge Mário Oliveira Dias Coimbra

Maputo, Moçambique, 1945 • Vive e trabalha no

Porto • Docente na ESE | IPP – Escola Superior de

Educação do Politécnico do Porto • Licenciatura

em Arquitectura | Escola Superior de Belas

Artes do Porto • Curso de Ciências Pedagógicas |

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Curso de Alfabetizador e de Animador Cultural,

orientado pela Doutora Judith Cortesão | Instituto

Superior Técnico, Lisboa • Estágio Pedagógico do

5º Grupo do Ensino Secundário (Artes Visuais)

orientado pela Dra. Elvira Leite | Liceu Nacional de

Rodrigues de Freitas.

http://www.galeriatrindade.co.pt/php/historia.

php?lingua=1&1277635402

José Topa

Vila Nova de Gaia, 1955 • Vive e trabalha no Porto

• Docente no Curso de Teatro: Interpretação na

ESMAE | IPP – Escola Superior de Música, Artes

e Espectáculo do Politécnico do Porto • Mestre.

[email protected]

Marcelo Lafontana

São Paulo, 1967 • Vive e trabalha em Vila do

Conde • Colaborador em projectos de teatro na

ESMAE • Bacharelato em Educação Artística •

Licenciatura em Artes Cénicas • Licenciatura

em Teatro e Educação • Fundador do Teatro de

Formas Animadas de Vila do Conde • Encenador/

intérprete do projecto “PAYASSU”.

www.tfa-portugal.com

Manuela Bronze

Moçambique, 1955 • Vive e trabalha no Porto •

Docente no curso de Teatro: Produção e Design

de Figurino na ESMAE | IPP – Escola Superior de

Música, Artes e Espectáculo do Politécnico do

Porto • Doutorada.

[email protected]

Maria de Freitas

Porto, 1973 • Vive e trabalha no Porto • Docente

na ESE | IPP – Escola Superior de Educação

do Politécnico do Porto/ UTC de Artes Visuais

• Licenciatura Artes Plásticas Pintura FBAUP

• Mestrado na Universidade de Barcelona •

Doutoranda na FBAUP.

Marta Silva

Braga, 1976 • Vive e trabalha no Porto • Docente

na ESMAE | IPP – Escola Superior de Música,

Artes e Espectáculo do Politécnico do Porto •

Licenciatura em Teatro - Design de Cenografia

| ESMAE | IPP • Bolsa de Mérito | IPP (2000) •

Prémio distinção Fundação Eng.º António de

Almeida (2001).

Miguel Machado

Barcelos, 1972 • Vive e trabalha em Bruxelas

• Bacharelato em Tecnologia da Comunicação

Audiovisual | IPP • Mestrado em História e

Estética do Cinema | Universidade de Valladolid •

Mestrado em Estudos de Cinema | Universidade

Pompeu Fabra, Barcelona • Realizador.

Marta Sofia Bento Pires Fernandes

Porto, 1978 • Vive e trabalha no Porto e em Vila do

Conde • Docente na ESEIG | IPP – Escola Superior

de Estudos Industriais e de Gestão do Politécnico

do Porto • Licenciatura em Design de Comunicação,

FBAUP • Mestrado em Arte Multimédia |FBAUP •

Doutoranda em Design | FA-UTL.

http://visualarchives.wordpress.com

[email protected]

Eric Many

Angoulême, França, 1971 • Vive e trabalha

no Porto • Docente na ESE | IPP – Escola

Superior de Educação do Politécnico do Porto

• Licenciatura e Mestrado em Literatura

Espanhola | Faculté de Limoges (França, 1997)

• Doutorando em Ciências da Educação | FPCE

Universidade do Porto.

Rita Castro Neves

Paris, 1971 • Vive e trabalha no Porto • Docente

na ESMAE | IPP e na ESEIG | IPP • Curso

Avançado de Fotografia | Ar.Co, Lisboa • Master

in Fine Art | Slade School of Fine Art, Londres

www.ritacastroneves.com

Fábio Júlio Reis Duarte

São Paulo, Brasil, 1988 • Vive e trabalha em

São João da Madeira • Licenciado em Design

Industrial pela ESEIG | IPP – Escola Superior de

Estudos Industriais e de Gestão do Politécnico

do Porto • Vencedor da 1º Edição do Concurso

“IKEA - Design Contest”, com o projecto “Bin For

Kid´s” (2010) • Vencedor do “ PRÉMIO VIARCO

- Melhor Projecto de Design Industrial ESEIG”,

com o projecto “SIGA1eco – carro de varredor de

rua” (2010).

www.coroflot.com/fabioduartedesign

[email protected]

Gil Maia

Vila do Conde, 1950 • Vive e trabalha no Porto

• Docente na ESE | IPP – Escola Superior de

Educação do Politécnico do Porto, professor

coordenador na UTC de Artes Visuais • Licenciado |

ESBAP • Master of Arts in Graphic Design | Central

Saint Martin’s College of Art & Design, Londres •

Doutorado em Design de Comunicação | FBAUP.

Grifu (Luís Leite)

Porto, 1973 • Vive e trabalha no Porto • Docente

no curso de Tecnologias de Comunicação

Audiovisual e no curso de Tecnologias de

Comunicação Multimédia na ESMAE | IPP –

Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo

do Politécnico do Porto • Licenciado em

Tecnologias da Comunicação Multimédia •

Mestre em Tecnologias Multimédia • Doutorando

em Media Digitais | Programa Austin - Portugal

• Prémio melhor Animação com o filme “História

de um Caramelo” – Categoria Vídeo | Festival de

Cinema Caminhos do Cinema Português

www.grifu.com

Horácio Tomé Marques

Porto, 1960 • Vive e trabalha no Porto • Docente nos

cursos de Tecnologia da Comunicação Audiovisual

e de Tecnologia da • Comunicação Multimédia na

ESMAE | IPP – Escola Superior de Música, Artes e

Espectáculo do Politécnico do Porto • Licenciado

em Design de Comunicação | FBAUP • Doutorando

no PDMD, Media Digitais | FEUP.

www.horacioarts.com

Hugo Olim • Machico, 1978 • Vive e trabalha na ilha

da Madeira • Docente no Centro de Competências

de Artes e Humanidades da Universidade da

Madeira • Foi aluno do curso de Tecnologias da

Comunicação Audiovisual do Politécnico do Porto

• Mestrado pela Faculdade de Ciências Sociais

e Humanas | Universidade Nova de Lisboa •

Doutorando | Faculdade de Belas-Artes de Lisboa

• 1º Prémio Vídeo Arte | Certame Macaronésio

de Jovens Artistas, promovido pelo Cabildo de

Lanzarote, Canárias (2005).

www.hugoolim.com

José Pedro Martins

S. João da Madeira, 1961 • Vive e trabalha em

Vila do Conde • Foi docente na ESE | IPP – Escola

Superior de Educação do Instituto Politécnico do

Porto • Licenciatura em Educação Física | ISEFP

Universidade do Porto • Mestrado em Ciências

do Desporto - Desporto de crianças e jovens,

Universidade do Porto.

www.wix.com/JPedroMartins/j_pedromartins

www.fineart-portugal.com/author/259

www.zphoto.fr/jpfm1961

olhares.aeiou.pt/jpedromartins

João Leal

Porto, 1977 • Vive e trabalha no Porto • Docente

na ESMAE | IPP – Escola Superior de Música,

Artes e Espectáculo do Politécnico do Porto,

no Departamento de Artes da Imagem •

Licenciatura em Tecnologia da Comunicação

116 / INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO DADOS BIOGRÁFICOS / 117

Page 60: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

(vídeo) • Menção Honrosa | Ovarvídeo 98 •

Financiamento ICAM 2002 de Curta-metragem.

http://www.blogger.com/

profile/06364105574691433299

www.cronicaelectronica.org/?p=021

www.imdb.com/name/nm0006751/

Prudência Maria Fernandes Antão Coimbra

Almeida, Guarda, 1958 • Vive e trabalha no

Porto Docente na ESE | IPP – Escola Superior

de Educação do Politécnico do Porto • Curso

do Magistério Primário • Licenciatura em

Pintura do Curso de Artes Plásticas | ESBAP

• Mestrado em História da Arte em Portugal

– Escultura Contemporânea, na FLUP •

Doutoramento em Ciências da Arte, sob

orientação da Professora Doutora Cristina

Azevedo Tavares - A Palavra na Pintura

Contemporânea em Portugal | FBAUL • Prémio

Engenheiro António de Almeida para o melhor

aluno do Curso de Belas Artes (1991) • Menção

Honrosa, Concurso Nacional de Pintura,

Coimbra (1991) • 2ºPrémio, Concurso de

Pintura João Barata, Lisboa (1992).

R2 – Lizá Ramalho e Artur Rebelo

Porto • Vivem no Porto e são docentes

convidados no Curso de Design e Multimédia

da Universidade de Coimbra • Foram docentes

do Curso de Design na ESEIG | IPP – Escola

Superior de Estudos Industriais e de Gestão

do Politécnico do Porto • Licenciados em

Design de Comunicação | FBAUP • Mestrados

em Design Research | Facultad Belles Arts da

Universidade de Barcelona.

www.r2design.pt

Ricardo Gonçalves

Matosinhos, 1973 • Vive e trabalha no Porto • Foi

docente na ESMAE | IPP – Escola Superior de

Música, Artes e Espectáculo do Politécnico do Porto

• Licenciatura em Artes Plásticas Pintura | FBAUP •

Mestrado em Estudos da Criança TIC | Universidade

do Minho • Doutorando em Design | Universidade de

Aveiro • Menção Honrosa em Escultura | XI Salão de

Primavera da Galeria de Arte do Casino Estoril, 1998

• Seleccionado na edição do 5.º Prémio Amadeo de

Souza-Cardoso, 2005.

Rita Carvalho

Porto, 1978 • Vive e trabalha em Lisboa • Foi

docente do Curso de Design na ESEIG | IPP –

Escola Superior de Estudos Industriais e de

Gestão do Politécnico do Porto • Licenciatura em

Design de Comunicação - Arte Gráfica | FBAUP

• Mestrado em Artes Visuais | Universidade de

Évora. • Doutoranda em Design | Universidade

Técnica de Lisboa. • Investigadora no projecto

“Colour in medieval illuminated • manuscripts”,

Universidade Nova, Lisboa.

[email protected]

Rui Alves

Paços de Ferreira, 1977 • Vive em Paços de

Ferreira • Docente do Curso de Design na ESEIG |

IPP – Escola Superior de Estudos Industriais e de

Gestão do Politécnico do Porto • Licenciado em

Design Industrial pelo IADE • Mestrando em Design

Industrial na FEUP • RedDot Design Award 2010.

www.myownsuperstudio.com

Rui Coelho

Porto, 1956 • Vive e trabalha no Porto • Docente

no Curso de Teatro: Produção e Design de Luz

e Som, na ESMAE | IPP – Escola Superior de

Música, Artes e Espectáculo do Politécnico do

Porto • Mestre em Sociologia da Cultura | ISCTE

• Doutorando em Ciências da Comunicação

|Universidade do Minho • Rui Coelho • Porto, 1956.

Rui Damas

Porto, 1975 • Vive e trabalha no Porto • Docente

no Curso de Teatro: Produção e Design de Luz

e Som, na ESMAE | IPP – Escola Superior de

Música, Artes e Espectáculo do Politécnico do

Porto • Licenciado.

[email protected]

Rui Pinheiro

Vila do Conde, 1973 • Vive em Vila do Conde

e trabalha no Porto • Foi aluno do Curso de

Tecnologia da Comunicação Audiovisual do

Instituto Politécnico do Porto • Licenciatura em

Comunicação Social.

www.ruipinheiro.net

[email protected]

Nelson Garrido

Portugal, 1974 • Vive e trabalha no Porto •

Licenciatura em Tecnologias Comunicação

Audiovisual | Politécnico do Porto • Fotojornalista

• Licenciatura em Comunicação Social | Escola

Superior de Coimbra • Europress Photo Awards

Da Fujifilm - Categoria Arquitectura (1995) •

Prémios Visão Fotojornalismo - 3 Menções

Honrosas (1995) • Gourmand World Cookbook

Awards – Melhor Fotografia para o livro “Rui

Paula, Uma Cozinha No Douro” (2009) • Menção

Honrosa na categoria Reportagem | Prémio

Internacional Fotojornalismo Estação Imagem

Mora (2010).

Nuno Rocha

Porto, 1977 • Vive e trabalha no Porto •

Licenciatura em Tecnologia da Comunicação

Audiovisual | Politécnico do Porto • MFA (Master

and Fine Arts) | Universidade do Texas.

www.filmesdamente.com

[email protected]

Olívia da Silva

Porto, 1962 • Vive e trabalha no Porto •

Docente no Departamento de Artes Visuais

na ESMAE | IPP – Escola Superior de

Música, Artes e Espectáculo do Politécnico

do Porto • Doutorada em Fotografia |

Universidade de Derby, Inglaterra, Faculdade

de Arte e Design • Mestrado em Fotografia

| Universidade de Derby, Inglaterra •

Pertence ao Departamento de Investigação

e CPR – European Center for Photography

Research da School of Art Media and Design

| Universidade de Newport.

www.oliviadasilva.com

Oupas!

Cidália, Fábio, Joana e Sofia • Porto, 1988 •

Trabalham no Porto e em Vila do Conde • Foram

alunos da Licenciatura em Design Gráfico

na ESEIG | IPP – Escola Superior de Estudos

Industriais e de Gestão do Politécnico do Porto

• Incubadora de Design Gráfico da ESEIG •

Selecção para o site RE-Nourish como estúdio

“verde” (2010)

www.oupasdesign.com

www.behance.net/oupasdesign

Paulo Catrica

Lisboa, 1965 • Vive e trabalha em Lisboa • Foi

docente na ESMAE | IPP – Escola Superior de

Música, Artes e Espectáculo do Politécnico do

Porto • Mestrado em Imagem e Comunicação |

Goldsmiths University, Londres • Licenciatura em

História (1992) | Universidade Lusíada, Lisboa

• Bolseiro da Fundação da Ciência e Tecnologia

• Doutorando em “Estudos de Fotografia”

| Universidade de Westminster, Londres. •

Nomeado para o BESPhoto (2005).

www.paulocatrica.com

Pedro Serapicos

Porto, 1975 • Vive em Fão e trabalha no Porto •

Docente no Curso de Tecnologia da Comunicação

Multimédia da ESMAE | IPP Escola Superior de

Música, Artes e Espectáculo do Politécnico do

Porto • Docente no Curso de Design Gráfico e

Publicidade da ESEIG | IPP – Escola Superior de

Estudos Industriais e de Gestão do Politécnico

do Porto • Docente na ESAD • Foi docente na

FBAUP • Licenciatura no Curso de Design de

Comunicação - Arte Gráfica | FBAUP • Mestre

em Design de Comunicação | ESAD • Doutorando

em Arte e Design | FBAUP • Designer e Director

Artístico em empresas como a Ambar, Amorim

Group, Benetton, Sonae e o Grupo Symington

• Selecionado para o Paperworld’s Trend Show

de Frankfurt desde 2004 • Ilustrador de livros

infantis.

www.pedroserapicos.com

Nuno Tudela

Viseu, 1966 • Vive e trabalha no Porto •

Docente na ESMAE | IPP – Escola Superior de

Música, Artes e Espectáculo do Politécnico

do Porto • Docente na ESEIG | IPP – Escola

Superior de Estudos Industriais e de

Gestão do Politécnico do Porto • Mestre

em Comunicação Audiovisual - Cinema

Documental | ESMAE | IPP • Realizador •

Novos Valores da Cultura 1988 - Melhor

Vídeo • Videoeiras 96 e Tom de Vídeo 96

| Melhor Vídeo Musical • Prémio Blitz 96

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Page 61: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

Sobral Centeno

Porto, 1948 • Vive em Leça e trabalha no Porto

• Foi docente na ESE | IPP – Escola Superior de

Educação do Politécnico do Porto • Curso de

Artes Plásticas da Escola Superior de Belas-

Artes do Porto • Bolseiro da Fundação Calouste

Gulbenkian de 1983 a 1985.

Susana Maria Sousa Lopes Silva

Porto, 1975 • Vive na Maia e trabalha no Porto

• Docente na ESE | IPP – Escola Superior de

Educação do Politécnico do Porto • Licenciada em

Belas Artes – Escultura (1998), pela Universidade

do Porto • Mestre em Comunicação Visual e

Expressão Plástica (2005), pela Universidade

do Minho • Prémio: Menção Honrosa 8º Prémio

Jovens Pintores / Fidelidade Mundial.

Teresa Carrington

Nasceu Porto, 1955 • Vive e trabalha em

Matosinhos • Foi docente na ESE | IPP – Escola

Superior de Educação do Politécnico do Porto •

Licenciatura FBAUP • Mestrado (Reino Unido).

[email protected]

Verónica Leonor Moreira Baptista Soares

Vila Nova de Gaia • Vive e trabalha no Porto •

Foi docente na ESE | IPP – Escola Superior de

Educação do Politécnico do Porto • Curso de

Pintura pela Escola Superior de Belas Artes

do Porto • Escola de joalharia contemporânea

“Engenho e Arte”, Porto • Professora – Joalheira

• Verónica Leonor Moreira Baptista Soares •

Virgílio Ferreira

Porto, 1970 • Vive e trabalha no Porto •

Docente no Curso Comunicação Multimédia

na ESMAE | IPP – Escola Superior de Música,

Artes e Espectáculo do Politécnico do Porto •

Curso Avançado de Fotografia cinematográfica

da Escola Internacional de Cinema de Cuba,

San Antonio de Los Baños, La Habana. •

2º ano do Curso Superior de Fotografia na

École des Arts e Metiers de L´image 21-Paris.

• Vencedor do prémio Internacional de

Fotografia Emergentes DST, Encontros da

Imagem, Braga (2010) • Seleccionado para o

prémio Hanhnemuhle Anniversary Collection,

Alemanha (2009) • Menção Honrosa | London

International Creative Competition (2009) •

Nomeado para o Photography Masters Cup,

USA (2009) • Finalista | KL Photo Awards,

Malásia (2009) • Semi-finalista | Hasselblad

Masters, USA (2008) • Semi-finalista | The

Foundation HSBC pour la Photographie,

Paris, France (2008) • Menção Honrosa

Hey, Hot Shots | Jek Backman Gallery, New

York, USA (2008) • Vencedor do prémio de

fotografia Fnac, Portugal (2005) • Publicações

internacionais em revistas, Photo-Art Blogs

e webzines, como: European Photography;

Guardian UK; Katalog- Musem for Fotokunst

Brandts; Hey, Hot Shot; 1000 Words

Photography; Lens Culture; Eye Curious; Mrs

Deane; Heading East; Exposure Compensation

e Artephotographica.

www.virgilioferreira.com

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Page 62: Catalogo da Exposição "ELIPSE DA DURAÇÃO" | 50/IPP/25

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