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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA ANNA LUCIA BARRETO DE FREITAS CATÁLOGO DE METADADOS DE DADOS CARTOGRÁFICOS COMO SUPORTE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE CLEARINGHOUSE NACIONAL Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Mestrado em Engenharia Cartográfica do Instituto Militar de Engenharia, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências em Engenharia Cartográfica. Orientador: Prof. Leonardo Castro de Oliveira D.E. Rio de Janeiro 2005

CATÁLOGO DE METADADOS DE DADOS CARTOGRÁFICOS … · As minhas irmãs Iracema, Regina, Maria Cristina e Elizabeth pela força que ... 2.4.2 Conceituação de Infra-estrutura de Dados

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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

ANNA LUCIA BARRETO DE FREITAS

CATÁLOGO DE METADADOS DE DADOS CARTOGRÁFICOS COMO SUPORTE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE

CLEARINGHOUSE NACIONAL

Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de

Mestrado em Engenharia Cartográfica do Instituto Militar de Engenharia, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências em Engenharia Cartográfica.

Orientador: Prof. Leonardo Castro de Oliveira D.E.

Rio de Janeiro

2005

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c2005

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Praça General Tibúrcio, 80 – Praia Vermelha

Rio de Janeiro - RJ CEP: 22290-270

Este exemplar é de propriedade do Instituto Militar de Engenharia, que poderá incluí-

lo em base de dados, armazenar em computador, microfilmar ou adotar qualquer

forma de arquivamento.

É permitida a menção, reprodução parcial ou integral e a transmissão entre

bibliotecas deste trabalho, sem modificação de seu texto, em qualquer meio que

esteja ou venha a ser fixado, para pesquisa acadêmica, comentários e citações,

desde que sem finalidade comercial e que seja feita a referência bibliográfica

completa.

Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do(s) autor(es) e

do(s) orientador(es).

F886 Freitas, Anna Lucia Barreto de Catálogo de Metadados de Dados Cartográficos como suporte para a implementação de Clearinghouse Nacional / Anna Lucia Barreto de Freitas. - Rio de Janeiro : Instituto Militar de Engenharia, 2005. 282 p.: il., tab.

Dissertação: (mestrado) - Instituto Militar de Engenharia – Rio de Janeiro, 2005.

1. Catálogo de Metadados Geoespaciais. 2. Informação Geográfica, normalização. 3. Cadastramento de Metadados. 4. Infra-estrutura de Dados Espaciais. I. Instituto Militar de Engenharia. CDD 025.0691

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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

ANNA LUCIA BARRETO DE FREITAS

CATÁLOGO DE METADADOS DE DADOS CARTOGRÁFICOS COMO SUPORTE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE

CLEARINGHOUSE NACIONAL

Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Mestrado em Engenharia Cartográfica do Instituto Militar de Engenharia, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências em Engenharia Cartográfica. Orientador: Prof. Leonardo Castro de Oliveira D.E. Aprovada em 1 de julho de 2005 pela seguinte Banca Examinadora: ________________________________________________________________

Prof. Leonardo Castro de Oliveira – D.E. – IME (Presidente)

________________________________________________________________

Prof. Maria Luiza Machado Campos – DCC/NCE – UFRJ ________________________________________________________________

Prof. Luiz Felipe Coutinho Ferreira da Silva – D.E. - IME

Rio de Janeiro

2005

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Às minhas queridas, filhas Julia e Luna, ao meu

companheiro José Luís e aos nossos bichanos: Black Jack

(gato), Lua (gata) e Lua (cachorra), pelo carinho e paciência.

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AGRADECIMENTOS A Deus por ter me concedido a benção de ser filha de Marina Briz Barreto de

Freitas, mulher guerreira que nos criou e nos transmitiu tudo, princípios, educação, afeto,

amor ao próximo e honestidade nas relações. Mãe, a você dedico não só mais esta

realização como também toda a minha vida.

As minhas filhas Júlia e Luna e ao meu companheiro José Luís, por terem me dado

seu amor, carinho, compreensão e solidariedade durante a transposição de mais esse

desafio. As minhas irmãs Iracema, Regina, Maria Cristina e Elizabeth pela força que

sempre me deram ao longo da minha vida, e por terem me incentivado a realizar esse

mestrado. A Cristina um agradecimento especial, não só pela revisão das versões e

traduções efetivadas, mas também em me ouvir e dividir vários momentos de solidão, não

apenas nos dois últimos anos, mas desde quando éramos pequenas. E ao meu cunhado

Maurício Losada por seu carinho e palavras de estímulo.

Ao IBGE, berço de minha consolidação enquanto profissional de Engenharia

Cartográfica, que me possibilitou ter uma visão abrangente quanto à produção de

informações sobre a realidade brasileira através de várias linguagens: estatística, geográfica

e cartográfica. A Diretoria de Geociências e ao Departamento de Cartografia que

propiciaram a realização de trabalhos internos e externos, que exigiram iteração com várias

áreas, o que tem estimulado a evolução de meu aprendizado e o intercâmbio permanente de

experiências e conhecimento. Agradeço a todos os colegas de trabalho, em especial: a

Marilourdes Lopes Ferreira, ao Ângelo Pavan pela amizade e pela pressão para fazer o

mestrado; a Isabel Teixeira pela indicação, pelo companheirismo e amizade; a Moema José

Augusto pelo apoio, pela compreensão e amizade. A Maria Luiza Campos Machado pelas

conversas de apoio e estímulo na formulação dos eixos e do fio condutor do tema da

dissertação; ao Cláudio João Barreto dos Santos e a Teresa Cristina Veiga pela

solidariedade e amizade, por terem criticado, sugerido e revisado os capítulos, além de

terem me acudido e sacudido com palavras encorajadoras nos momentos de solidão durante

a redação da dissertação; ao Márcio Imamura amigo e parceiro que me auxiliou na parte de

implementação do padrão de metadados e sua disseminação na Internet. A todos os

profissionais e companheiros do CCAR, da DGC e do IBGE que ao longo dos anos

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dividiram comigo seu conhecimento e amizade. Obrigado, aos técnicos do IBGE com quem

trabalho e aprendo.

Agradeço ao corpo docente e administrativo do Departamento de Engenharia

Cartográfica do Instituto Militar de Engenharia – IME que no período de créditos e durante

o desenvolvimento da dissertação contribuíram com discussões sobre conceitos,

metodologias e pesquisa, me ensinando e orientando na evolução dos trabalhos. Agradeço

de forma muito especial ao meu orientador Prof. DCE Leonardo Castro de Oliveira pelas

discussões, críticas, sugestões e broncas com relação ao desenvolvimento da dissertação, e

por sua amizade e pelas contribuições em meu desenvolvimento profissional. Grata por

você compartilhar comigo seus conhecimentos, amizade e vida. À turma do mestrado de

2003, novos amigos que se tornaram companheiros de desafio, o meu agradecimento

especial pela amizade, solidariedade e companheirismo.

E não poderia deixar de agradecer a todos os meus amigos, em especial as minhas

irmãs escolhidas: Lupe Seabra, Sonia Regina Bastos e Marisa de Lima Viana que com seus

carinhos e palavras de afeto foram um alento nesse caminhar, e a Gisa Schreier, que soube

me ajudar com orientações e ações para combater a solidão e as incertezas do processo de

composição de uma dissertação. E a todos que me auxiliaram de diversas maneiras e nos

momentos difíceis desse caminhar. A todos vocês dedico este trabalho.

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“O mais importante não é saber; é nunca perder a

capacidade de aprender”.

Leonardo Boff

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SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ...................................................................................... 12

LISTA DE TABELAS ............................................................................................... 15

LISTA DE SIGLAS ................................................................................................... 17

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 25

1.1 Motivação / Posicionamento ........................................................................... 26

1.2 Objetivo ........................................................................................................... 27

1.3 Justificativa ..................................................................................................... 28

1.4 Estrutura .......................................................................................................... 29

2 INFRA-ESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS – IDE ........................... 31

2.1 A Importância da Informação Geográfica ....................................................... 31

2.2 Dados, Informação (Geográfica) e Conhecimento ........................................... 33

2.2.1 Dados ............................................................................................................... 33

2.2.2 Informação ....................................................................................................... 34

2.2.3 Conhecimento .................................................................................................. 36

2.2.4 Dados e Informações Espaciais e Geográficas ................................................ 36

2.3 Iniciativas para a estruturação de Informação Geográfica .............................. 39

2.3.1 Agenda 21 ......................................................................................................... 40

2.3.2 Comitê de Ciências de Mapeamento (USA) ................................................... 41

2.3.2.1 Evolução das tecnologias e impactos na produção .......................................... 42

2.3.2.2 Definição e requisitos para a INDE americana ................................................ 44

2.3.3 Papel das Conferências Regionais de Cartográfica – UNRCC ....................... 47

2.3.4 Contribuição do Mapa Global ......................................................................... 48

2.3.5 Infra-estrutura Global de Dados Espaciais ...................................................... 51

2.4 Conceitos, componentes e evolução de Infra-estrutura de Dados Espaciais ... 57

2.4.1 Referências cartográficas e geodésicas – Referências geométricas para

bases geoespaciais ............................................................................................ 57

2.4.2 Conceituação de Infra-estrutura de Dados Espaciais ....................................... 58

2.4.3 Componentes de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais ............................... 60

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2.4.4 Evolução das Infra-estruturas de Dados Espaciais .......................................... 66

2.4.4.1 No mundo ........................................................................................................ 66

2.4.4.2 Nas Américas .................................................................................................. 69

2.5 Catálogo de metadados e Clearinghouse, componentes vitais

de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais ................................................... 77

3 ESTÁGIO E AVALIAÇÃO DOS PADRÕES DE METADADOS

ESPACIAIS ................................................................................................... 80

3.1 Contextualização ............................................................................................. 80

3.2 Padrões de intercâmbio de documentos eletrônicos ...................................... 83

3.3 Estruturação dos padrões de metadados ........................................................ 84

3.3.1 Principais padrões de metadados espaciais ................................................... 89

3.3.1.1 ANZLIC ........................................................................................................ 90

3.3.1.2 CEN ............................................................................................................... 91

3.3.1.3 DIGEST ........................................................................................................ 91

3.3.1.4 DCMII ............................................................................................................ 91

3.3.1.5 FGDC/CSDGM .............................................................................................. 92

3.3.1.6 GCMD ............................................................................................................ 92

3.3.1.7 GDF ................................................................................................................ 93

3.3.1.8 ISO TC 211 ..................................................................................................... 93

3.3.2 Interoperabilidade e padrões de intercâmbio de dados geoespaciais ............. 94

3.3.2.1 SAIF ............................................................................................................. 94

3.3.2.2 FGDC/SDTS .................................................................................................. 95

3.3.2.3 GEOBR /INPE ............................................................................................... 95

3.3.3 Fatores favoráveis na implementação de metadados ..................................... 96

3.3.4 Fatores críticos na produção e na implementação de metadados ................... 98

3.4 Diagnóstico de uso de padrões de metadados, no Brasil .............................. 100

3.4.1 Análise e apuração do levantamento ............................................................ 102

3.4.2 Diagnóstico do uso de padrões de metadados espaciais .............................. 104

3.4.3 Iniciativas de sucesso de serviços de metadados espaciais .......................... 106

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4 CATÁLOGO DE METADADOS ESPACIAIS: CARTOGRAFIA

SISTEMÁTICA TERRESTRE ................................................................ 124

4.1 Contextualização ............................................................................................ 124

4.2 Proposição de Elementos Mínimos para Metadados Referentes aos Dados

Cartográficos................................................................................................... 125

4.2.1 Produção, Qualidade e Utilização de Informaçâo Geoespacial

(Cartográfica)............................................................................................... 127

4.2.2 Seleção de Elementos Mínimos para a Descrição de Produtos

Cartográficos ................................................................................................ 130

4.3 Escolha do Padrão de Metadados para Descrição de Produtos Cartográficos 131

4.3.1 Padrão de Metadados FGDC ........................................................................ 133

4.3.2 Seções do Padrão de Metadados FGDC - Descrição Geral ........................ 136

4.4 Rede de disseminação de metadados espaciais – Clearinghouse ................ 142

4.4.1 Descrição e Componentes de uma Rede de Disseminação de Metadados .... 142

4.4.2 Ambientes e Padrões de Comunicação de uma Rede de Disseminação

de Catálogos de Metadados ............................................................................ 146

4.5 Catálogo de Metadados dos Produtos da Cartografia Terrestre ..................... 151

4.5.1 Etapas de Disponibilização de Catálogos de Metadados ............................... 152

4.5.2 Preparação, Compilação e Indexação de Catálogo de Metadados de

Produtos do Mapeamento Terrestre ............................................................... 153

4.5.2.1 Cadastramento e Compilaçâo dos Metadados de Produtos

da Cartografia Terrestre .................................................................................. 155

4.5.2.2 Indexação dos Metadados / Geração dos Índices .......................................... 160

4.5.3 Configuração de Ambientes de Consulta a Catálogos de

Metadados .......................................................................................................164

4.5.3.1 Procedimentos de Preparo para publicação na rede IGDN ............................. 164

4.5.3.2 Acesso aos metadados de produtos cartográficos do IBGE

pela rede IGDN ............................................................................................... 165

5 CONCLUSÕES .............................................................................................. 176

5.1 Introdução ....................................................................................................... 176

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5.2 Análise dos objetivos atingidos ..................................................................... 177

5.3 Recomendações.............................................................................................. 180

5.3.1 Diretrizes e condicionantes para o desenvolvimento de uma IDE nacional... 181

5.3.2 Modelo FGDC de metadados espaciais ........................................................ 182

5.4 Perspectivas .................................................................................................. 183

5.4.1 Tendências .................................................................................................... 183

5.4.2 Continuidade do trabalho .............................................................................. 187

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 190

7 APÊNDICES .................................................................................................. 202

7.1 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica .................... 203

7.2 Características de implementação de Infra-estrutura de Dados Espaciais,

nos países e regiões ........................................................................................ 208

7.3 Componentes principais de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais,

nos países e regiões ..................................................................................... 211

7.4 Dados Fundamentais de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais,

nos países e regiões ......................................................................................218

7.5 Características dos principais padrões de metadados para

dados cartográficos ......................................................................................226

7.6 Padrões de intercâmbio de dados geográficos .............................................. 238

7.7 Questionário de levantamento de uso de padrões de metadados espaciais,

no Brasil ....................................................................................................... 242

7.8 Seleção de seções de metadados FGDC para mapas e cartas do SCN ......... 245

7.9 Configuração e teste de ambiente cliente / servidor da rede IGDN ............. 260

7.10 Listagem dos metadados (FGDC) da base cartográfica 1: 1 000 000 ......... 264

7.11 Listagem dos metadados da base cartográfica bCIMd – formato html .........272

8 ANEXO ....................................................................................................... 279

8.1 Anexo 1 – Pesquisa Bibliográfica, exemplos de catalogação de metadados da

Biblioteca Nacional ....................................................................................... 279

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIG. 2.1 Da visão espacial à geográfica ..................................................................... 38

FIG. 2.2 Inter-relações entre conferências, fóruns e comitês dedicados à IDE...........40

FIG. 2.3 Componentes do Programa de compartilhamento de dados (USA) .............46

FIG. 2.4 Participação e estágio de desenvolvimento do Mapa Global .......................50

FIG. 2.5 Componentes de uma IDE ............................................................................65

FIG. 2.6 Dados fundamentais de referência, por país ................................................ 68

FIG. 2.7 Dados fundamentais temáticos, por país .................................................... 69

FIG. 2.8 Pesquisa sobre iniciativas nas Américas .......................................................70

FIG. 2.9 Cartograma de densidade populacional na América Central – 1950 ............75

FIG. 2.10 Evolução das iniciativas de IDE, no mundo ................................................ 76

FIG. 2.11 Contextualização dos enfoques de abordagem da dissertação ..................... 79

FIG. 3.1 Tendência de padrão para intercâmbio de dados entre sistemas ..................84

FIG. 3.2 Sistema de dados integrados do Projeto LBA ............................................107

FIG. 3.3 Sistema de pesquisa de dados do Projeto LBA ......................................... 107

FIG. 3.4 Tela do Portal do BCDAM ...................................................................... 108

FIG. 3.5 Tela de informações cartográficas do Projeto BCDAM ......................... 108

FIG. 3.6 Tela do INFORMS – Sistema de Informações Geográficas da Bahia .... 109

FIG. 3.7 Página de metadados de folhas de áreas urbanas do INFORMS ............. 110

FIG. 3.8 Página do visualizador de mapas da rede LabGeo.RJ ............................. 111

FIG. 3.9 Informação das camadas dos mapas da rede LabGeo.RJ ........................ 111

FIG. 3.10 Página de busca de informações da RISF ............................................... 112

FIG. 3.11 Página de busca de metadados na RISF ................................................. 112

FIG. 3.12 Metadados do mapa (folha de carta) de Abaeté .................................... 113

FIG. 3.13 Tela de consulta/download de bases cartográficas do SICOPAR .......... 114

FIG. 3.14 Metadados do MMDE de Cachoeiras de Macacu .................................. 115

FIG. 3.15 Seções: Referenciais, produção e insumos do MMDE de Cachoeiras

de Macacu ............................................................................................... 116

FIG. 3.16 Seleção e resultado de consulta de folhas de carta 1: 100.000 ................ 117

FIG. 3.17 Dados do Mapa Índice para a folha SF-23-Z-D-I-1 ................................ 118

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FIG. 3.18 Tela do Sistema de Organização e Gerenciamento de

arquivos da DSG .................................................................................... 119

FIG. 3.19 Módulo de Padronização de Nomes de Arquivos .................................. 120

FIG. 3.20 Módulo de Carga de Dados .................................................................. 121

FIG. 3.21 Módulo de Verificação de Dados ........................................................... 122

FIG. 4.1 Estrutura geral do padrão de metadados FGDC ......................................... 135

FIG. 4.2 Diagrama dos componentes da Infra-estrutura Nacional de Dados - EUA..143

FIG. 4.3 Configuração básica de uma clearinghouse ............................................... 144

FIG. 4.4 Ambientes da clearinghouse americana ..................................................... 147

FIG. 4.5 Distribuição dos gateways regionais da clearinghouse americana ........... 148

FIG. 4.6 Comunicação administrada por um gateway .............................................. 148

FIG. 4.7 Nós da clearinghouse americana no mundo ............................................... 150

FIG. 4.8 Etapas para a inserção de catálogo de metadados na rede FGDC .............. 152

FIG. 4.9 Procedimentos para a disponibilização de metadados na Web .................. 153

FIG. 4.10 Estrutura de diretórios para o pacote FGDC/ tools ................................... 154

FIG. 4.11 Detalhamento do sub-diretório “bin” ......................................................... 154

FIG. 4.12 Tela de entrada para cadastramento de metadados aplicativo TKME .... 155

FIG. 4.13 Fluxo para compilação dos metadados cadastrados segundo FGDC ......... 156

FIG.4.14 Metadados gerados armazenados no sub-diretório “bin” ........................... 157

FIG. 4.15 Relatório de erros dos metadados do Mapa da série Brasil 1: 5 000 000... .158

FIG. 4.16 Relatório de erros d os metadados do Mapa 1: 5 000 000., sem erros ....... 158

FIG. 4.17 Arquivos, diversas extensões, dos metadados de produtos cartográficos... 159

FIG. 4.18 Arquivos do pacote Isite para indexação e configuração BD ................... 159

FIG. 4.19 Detalhamento do sub-diretório Isite ..........................................................160

FIG. 4.20 Arquivos do pacote Isite para indexação e configuração do BD............... 161

FIG. 4.21 Geração do BD – Meta1, metadados nas extensões requeridas ................ 162

FIG. 4.22 Geração do BD – Metacart, com os metadados das folhas incluídos ....... 163

FIG. 4.23 Aplicativos de configuração do ambiente servidor e cliente ................... 164

FIG. 4.24 Tela de abertura do portal do FGDC ....................................................... 165

FIG. 4.25 Página para escolha do Gateway de gerenciamento da busca ................ 166

FIG. 4.26 Página para a escolha do tipo de pesquisa a ser efetivada ..................... 167

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FIG. 4.27 Página para escolha do tipo de categoria de informação para a busca ..... 168

FIG. 4.28 Página para a escolha da região e país para a busca ................................. 168

FIG. 4.29 Exibição do Brasil pelo Zoom to Location .............................................. 169

FIG. 4.30 Página para a escolha do servidor para a busca (Brasil – IBGE) ............ 169

FIG. 4.31 Opções de busca por período de tempo e palavra chave ........................ 170

FIG. 4.32 Resultado da busca no servidor Brasil – IBGE ...................................... 171

FIG. 4.33 Detalhamento do resultado da busca no servidor Brasil – IBGE .......... 171

FIG. 4.34 Exibição dos metadados (Summary) da Base Cartográfica Integrada

Digital, 1:1.000.000 ................................................................................ 172

FIG. 4.35 Seções dos metadados da Base Cartográfica Integrada

Digital, 1:1.000.000 ................................................................................ 172

FIG. 4.36 Produtos do Mapeamento Geográfico – Portal IBGE ............................ 173

FIG. 4.37 Produtos do Mapeamento de Unidades Territoriais – Portal IBGE ....... 173

FIG. 4.38 Produtos do Mapeamento Topográfico – Portal IBGE ........................... 174

FIG. 5.1 Assuntos propostos para os componentes de uma INDE brasileira ...... 180

FIG. 5.2 Motivações para a implementação de um Programa de Acordos de

Compartilhamento de Dados Espaciais ................................................. 182

FIG. 5.3 Arquitetura de uma rede Peer-to-Peer .................................................. 185

FIG. A1.1 Página principal do Portal da Biblioteca Nacional .............................. 279

FIG. A1.2 Tela de detalhes da catalogação MARC do livro

“Aprendendo XML” ............................................................................ 279

FIG. A1.3 Tela de formatos especiais de metadados bibliográficos para o livro

“Aprendendo XML” ............................................................................. 280

FIG. A1.4 Tela de referência bibliográfica – norma ABNT para o livro

“Aprendendo XML” ............................................................................. 280

FIG. A1.5 Tela de referência bibliográfica – norma ISO 2709 para o livro

“Aprendendo XML” ............................................................................. 281

FIG. A1.6 Tela de ficha catalógrafica para o livro “Aprendendo XML” ............. 281

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LISTA DE TABELAS

TAB. 2.1 Conferências GSDI, realizadas e prevista ............................................... 54

TAB. 2.2 Componentes estruturais de uma IDE (países) ........................................ 61

TAB. 2.3 Componentes estruturais de uma IDE (continentes) ................................ 62

TAB. 2.4 Relações entre os componentes de diversos níveis de IDE ...................... 64

TAB. 2.5 Quantitativos por modelo de liderança na constituição de IDE ............... 70

TAB. 2.6 Quantitativos, tipo de instituição de liderança na constituição de IDE .... 71

TAB. 2.7 Existência de ações para constituição de IDE .......................................... 71

TAB. 2.8 Dados básicos digitais existentes nos países pesquisados ...................... 72

TAB. 2.9 Forma de cobrança dos dados geoespaciais disponibilizados .................. 73

TAB. 2.10 Desafios a serem implementados na constituição de uma IDE ................ 73

TAB. 3.1 Tab. modelo para apresentação dos padrões de metadados espaciais ...... 90

TAB. 3.2 Síntese do levantamento de uso de padrões de metadados nas

instituições brasileiras, por tipo ............................................................ 102

TAB. 3.3 Síntese do cadastramento de metadados nas instituições brasileiras,

por tipo .................................................................................................... 103

TAB. 3.4 Seções relevantes para compor padrão de metadados geoespaciais ........ 103

TAB. 3.5 Categorias do padrão CPRMd adaptados para o INFORMS ................. 110

TAB. 4.1 Evolução histórica de qualidade .............................................................. 126

TAB. 4.2 Problemas usuais no manejo de informação geoespacial ........................ 128

TAB. 4.3 Processos, nos quais pode-se gerar erros na manipulação de dados

geoespaciais ............................................................................................. 129

TAB. 4.4 Classes de cartas segundo Padrão de Exatidão Cartográfica ................... 129

TAB. 4.5 Relação entre escala precisão e acurácia ................................................. 130

TAB. 4.6 Seção Informação de Identificação – padrão FGDC .............................. 136

TAB. 4.7 Seção de Informação de Qualidade dos Dados – padrão FGDC ............ 137

TAB. 4.8 Seção de Informações sobre a Organização Espacial dos Dados –

padrão FGDC ........................................................................................ 138

TAB. 4.9 Seção de Informações das Referências Espaciais – padrão FGDC ....... 138

TAB. 4.10 Seção Entidades e Atributos – padrão FGDC ........................................ 140

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16

TAB. 4.11 Seção de Informações de Distribuição – padrão FGDC .......................... 140

TAB. 4.12 Seção de Informações de Referência dos Metadados – padrão FGDC ... 141

TAB. 4.13 Características do software de gateway .................................................. 149

TAB. 4.14 Requisitos do ambiente cliente-servidor de uma rede de

disseminação de metadados .................................................................... 149

TAB. 4.15 Folhas do Mapeamento Topográfico Sistemático com cadastramento

de metadados, no padrão FGDC ............................................................ 162

TAB. 5.1 Vantagens e desvantagens da arquitetura Peer-to-Peer ......................... 185

TAB. A1 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica ............ 214

TAB. A2 Características de implementação de IDE (países e regiões) .................. 219

TAB. A3 Componentes principais de IDE (países e regiões) ................................. 222

TAB. A4 Dados fundamentais de IDE (países e regiões) ...................................... 229

TAB. A5.1 Tab. modelo para apresentação dos padrões de metadados espaciais .... 227

TAB. A5.2 ANZLIC ................................................................................................. 227

TAB. A5.3 CEN ........................................................................................................ 228

TAB. A5.4 DIGEST .................................................................................................. 229

TAB. A5.5 DUBLIN CORE / DCMII ……………………………….…………..... 230

TAB. A5.6 CSDGM / FGDC .................................................................................... 232

TAB. A5.7 GCMD / NASA ..................................................................................... 233

TAB. A5.8 GDF ........................................................................................................ 235

TAB. A5.9 ISO TC 211 / 19115 .............................................................................. 236

TAB. A6.1 SAIF ...................................................................................................... 238

TAB. A6.2 SDTS / FGDC ........................................................................................ 240

TAB A6.3 GEOBR / INPE ....................................................................................... 241

TAB. A8 Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas

(SCN – Cartografia Terrestre) ................................................................ 245

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LISTA DE SIGLAS

ANZLIC Australia New Zealand Land Information Council

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

BN Biblioteca Nacional

CALCO Padrão de Catalogação de publicações usado pela BN

CATIE Centro de Agricultura Tropical para Pesquisa e Treinamento

CBERS China Brazil Earth Resources Satellite

CEN European Committee for Standardization

CERCO Comitê responsável pela Cartografia Oficial da Europa

CIAT Centro Internacional de Agricultura Tropical

CIM Carta Internacional do Mundo, ao Milionésimo

CONCAR Comissão Nacional de Cartografia

CORINE Coordination of Information on the Environment

CSDGM Content Standards for Digital Geospatial Metadata

DCMI Dublin Core Metadata Initiative DIGEST Digital Geographic Information Exchange Standards DGIWG Digital Geographic Information Working Group DSG Diretoria de Serviço Geográfico do Exército

DW Data Warehouse – Tecnologia de Banco de Dados

FGDC Federal Geographic Data Committee GCMD Global Change Master Directory GDF Geographic Data File GEF Global Environment Facility GEOBR Padrão de intercâmbio de dados geográficos (INPE)

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GGIS Global Geospatial Information and Services

GLONASS Global Orbiting Navigation Satellite System

GM Mapeamento Global

GPS Global Positioning System

GSDI Global Spatial Data Infrastructure

G7 Grupo dos países mais desenvolvidos

HTML Hypertext Markup Language IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBM International Business Machines IDE Infra-estrutura de Dados Espaciais

IG Informação Geográfica

IGDN Inter-American Geographic Data Network

INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

IHO International Hydrographic Organization

IME Instituto Militar de Engenharia

INDE Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais

IPGH Instituto Pan-americano de Geografia e História

ISCGM International Steering Committee for Global Mapping

ISO International Organization for Standardization IT Information Technology LANDSAT Land Remote Sensing Satellite

LC Library of Congress

MARC Machine Readable Cataloging

MSC Mapping Science Committee

NASA National Aeronautics and Space Administration

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NCSA National Center for Supercomputing Applications

NSDI National Spatial Data Infrastructure

NOAA National Oceanic and Atmospheric Administration

OEA Organização dos Estados Americanos

ONU Organização das Nações Unidas

OCLC On Line Computer Library Center

OMT Object Modeling Technique

OPENGIS Open GIS Consortium

OTAN/NATO North Atlantic Treaty Organisation

PCIDEA Comitê Permanente de Infra-estrutura de Dados Espaciais para as Américas

PCGIAP Comitê Permanente de GIS para Ásia e Pacífico

PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

PROCIG Central American Geographic Information Project

RSDI Regional Spatial Data Infrastructure

SABE Seamless Administrative Boundaries of Europe SAD Sistema de Apoio à Decisão SAIF Spatial Archive and Interchange Format

SCN Sistema Cartográfico Nacional

SDI Spatial Data Infrastructure

SEN Sistema Estatístico Nacional

SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados

SGML Standard Generalized Markup Language SGN Sistema Geológico Nacional

SIG Sistema de Informação Geográfica

SPOT Satellite pour l’Observation de la Terre

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SR Sensoriamento Remoto

SIRGAS Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas

TI Tecnologia de Informação

TIC Tecnologia de Informação e Comunicação

UML Unified Modeling Language

UNCED Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento

UNICODE Norma mundial de conversão de todos os formatos de alfabeto

UNRCC Conferência Regional de Cartografia das Nações Unidas

USA United States of America

USGS United States Geological Survey

XML eXtensible Markup Language WWW World Wide Web W3C World Wide Web Consortium

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RESUMO Dados e informações geográficas têm sido essenciais e críticos para o caminhar da humanidade. A evolução da Tecnologia de Informação e Comunicação – TIC – e o estágio atual das geotecnologias de aquisição, tratamento, integração, análise, publicação e exibição de dados e informações vêm demandando o compartilhamento, integração e disponibilidade de dados e informações geoespaciais. A modernização do Estado exige a implantação de bases de dados e sistemas de informação necessários à gestão pública e privada, nos quais a componente espacial (territorial) é essencial. A abrangência e o conteúdo geográfico de um país se constituem como uma de suas infra-estruturas fundamentais para as ações da sociedade e do Estado. Constata-se que o Estado, na maioria dos países, é responsável pela normalização, compatibilização e disseminação de dados geoespaciais nacionais. Em paralelo, o desenvolvimento da Tecnologia de Informação - TI - têm exigido o conhecimento sobre as características dos dados e informações para a tomada de decisão territorial, ambiental, social e econômica. As iniciativas para a normalização de informação geográfica – IG - no mundo, com o objetivo de evitar duplicação de recursos públicos e otimizar a aquisição, a produção e o provimento de bases geoespaciais para uso da sociedade são iniciadas na década de 90. A ONU em suas 6a e 7a Conferencias Regional de Cartografia para as Américas (UNRCC) explicita em suas recomendações a necessidade dos países implementarem suas INDE. A popularização crescente do uso de geotecnologias, nos órgãos públicos e privados, tem municiado a construção de Sistemas de Informação próprios. A documentação referente a essas bases é condição primordial para análise de sua qualidade, análise de sua aplicabilidade e seu uso consistente. Inúmeros (atualmente em torno de 200) países vêm constituindo sua Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE – proposta pela motivação de normalizar a aquisição, produção e disseminação de dados geoespaciais fundamentais, com o intuito de subsidiar os sistemas de apoio à decisão públicos e privados, e prover informações necessárias ao exercício da cidadania. A concepção de uma INDE envolve aspectos legais e técnicos. Os aspectos técnicos englobam os dados; seus metadados; a tecnologia e serviços de comunicação; e recuperação através da busca distribuída na Web. A duplicação de recursos deve ser evitada, e a normalização é a solução identificada por diversos países que apontam para a necessidade de ser implementado um catálogo nacional de metadados como documentação das bases geoespaciais existentes; para a composição de redes geograficamente distribuídas de disseminação de metadados; e programas de acordos de compartilhamento de dados geoespaciais. Estas são ações mínimas para uma política de informação geoespacial e para a construção de uma INDE para o Brasil. São apresentados os conceitos inerentes a IG, as iniciativas no mundo, a conceituação e os componentes de uma INDE, bem como o estágio, avaliação e uso de padrões de metadados. Os catálogos de metadados espaciais e a clearinghouse são identificados como vitais para a construção de IDE, e seus componentes estão evidenciados. Foi realizado um diagnóstico do uso de padrões de metadados em instituições brasileiras, produtoras e usuárias de dados geoespaciais e de mapeamento terrestre.

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São discutidos, ainda, os critérios para a escolha do padrão de metadados a ser implementado no catálogo de metadados de produtos da Cartografia Terrestre, a implementação do referido catálogo segundo especificações e normas do FGDC e a sua publicação na rede IGDN /FGDC. A documentação de bases geoespaciais utilizando padrão internacional de metadados é percebida na TI como condição primordial à publicação de dados geoespaciais na Internet. A geração de metadados, dependendo do nível de detalhamento, pode ser complexa, porém factível (preferencialmente no momento de produção). O cadastramento de metadados espaciais de produtos cartográficos (mapeamento sistemático terrestre) foi efetivado contemplando as alternativas de cadastramento por profissional especializado e por migração de dados do Mapa Índice para o padrão FGDC. A publicação dos referidos metadados na rede IGDN/FGDC está implementada, contendo no momento 14 metadados de produtos cartográficos do IBGE (validados pela área produtora) e implementados durante a presente dissertação. A partir das especificações destes metadados a área de disseminação do IBGE (CDDI) implementou a migração de dados sobre o mapeamento geral do Brasil (contido no produto Mapa Índice) gerando 3.958 metadados de produtos de Geociências. Nesses metadados, que não foram validados pelas áreas produtoras dos dados, observam-se inconsistências quanto ao conteúdo de alguns itens de seções dos metadados. O que corrobora, como a necessidade dos metadados serem gerados e validados pelas áreas de produção. As conclusões evidenciam as mudanças culturais e institucionais que são necessárias para que as organizações brasileiras saiam de uma visão personalista para uma visão mais pertinente, de articulação e cooperação na produção de bases geoespaciais de uso comum. Essa nova cultura propicia a geração e disponibilidade bases cartográficas com consistência e qualidade requeridas para subsidiar o planejamento, a gestão e desenvolvimento da nação brasileira. Por fim, a dissertação enumera algumas sugestões de temas a serem discutidos, no âmbito da CONCAR e do Ministério do Planejamento, Organização e Gestão – MPOG – com o objetivo de serem iniciadas ações para que o país se insira no conjunto de países que tem definida uma Política de Informação Espacial através da construção de sua INDE.

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ABSTRACT

Geographic data and information have been essential and critical elements in mankind evolution. The development of Information and Communication Technology – ICT and the state of the art of geo-technologies applied to data and information acquisition, treatment, integration, analysis, publication and display requires that geospatial data and information be shared, integrated and made readily available. State modernization requires the construction of data bases and information systems needed for managing of public and private affairs, in which spatial dimension is an essential component. The geographic scope and contents of a country constitute a fundamental infrastructure to society and state actions. In most countries, the state is in charge of normalizing, making compatible and disseminating national geospatial data. Similarly, the development of Information Technology - IT has required that data and information characteristics be known in order to inform the decision making process concerning territorial, environmental, social and economic matters. In the 90’s, the first initiatives for normalizing geographic information – GI took place in the world and their main goal was to avoid duplication of public resources and to optimize the acquisition, production and provision of geospatial bases for society’s various uses. The United Nations in its 6th and 7th Regional Conferences on Cartography for the Americas (UNRCC) expressly stated in its recommendations that countries must implement their National Spatial Data Infrastructure – NSDI. The increasing popularization of geo-technologies use in public and private organizations has supported the construction of distinct Information Systems. The documentation concerning those bases is the prime condition for assessing their quality as well as their applicability and consistent use. Many (today totaling 200) countries are building their National Spatial Data Infrastructure – NSDI impelled by the motivation of normalizing the acquisition, production and dissemination of fundamental geospatial data in order to subsidize the supporting public and private decisions systems and also providing the necessary information for people exercise their citizen rights. The conception of a National Spatial Data Infrastructure – NSDI includes legal and technical aspects. Technical aspects comprise data and their correspondent metadata, communication technology and services and also data retrieval through search in the Web. Resources duplication must be avoided and normalization is the solution found by many countries. They point out the need for implementing a national metadata catalogue as a way of documenting the existing geospatial bases as well as the building up of geographically distributed networks for metadata dissemination. They also stress the need for programs and agreements in order to share geospatial data. These are the key actions if a geospatial information policy is to be implemented and if a NSDI is to be built for Brazil. In the present dissertation, the key concepts concerning Geographic Information – GI are discussed as well as the initiatives that have been taken around the world, the conceptualization and the main components of a NSDI. It is also shown the present stage, appraisal and use of metadata standards. Geospatial metadata catalogues and clearinghouse are seen as vital for NSDI construction and attention is drawn to its major components. The dissertation also presents a diagnosis of the use of metadata standards in Brazilian institutions which are producers and users of geospatial data and terrestrial mapping. It is discussed the criteria for choosing the metadata standard to be implemented

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in the metadata catalogue that shows the outputs of the Terrestrial Cartography, as well as the implementation of the catalogue and the Federal Geographic Data Committee - FGDC rules and its publication in IGDN - Inter-American Geospatial Data Network. The documentation of geospatial bases using the international metadata standard is seen in IT as a key condition to the release of geospatial data in the Internet. The metadata creation, depending on the level of detail, can be a very complex, yet feasible process (preferably in the production stage). Spatial metadata filing for cartographic products (systematic terrestrial mapping) was carried out by including alternatives of filing by a specialized professional and by data migration from Index Map to the FGDC standard. The publication of those metadata in the IGDN/FGDC has been already implemented, including at the moment 14 metadata of IBGE cartographic products (validated by the producer area) and implemented while the present dissertation was developed. Starting from these specifications, IBGE dissemination area (CDDI – Information and Documentation Data Center) has implemented the data migration of Brazil general mapping (included in the product “Index Map”), generating 3,958 metadata of Geo-sciences products. In these metadata, which were not validated by the data producer areas, some inconsistencies were found regarding the contents of some items of metadata sections. This fact confirms the need of having metadata generated and validated by producer areas. The dissertation conclusions emphasize the cultural and institutional changes that are needed for the Brazilian organizations to leave an individualistic standpoint to a more articulated and cooperative way in the production of common use geospatial bases. This new organizational culture leads to the creation and availability of cartographic bases with consistency and quality levels required to support planning, management and development of Brazilian institutions. Finally, the present dissertation suggests some themes that should be discussed in the CONCAR (Brazilian Cartography Commission) sphere, as well as that of Planning, Organization and Management Ministry aiming at enacting effective actions which could insert Brazil in the group of countries with a Spatial Information Policy well defined through the construction of its own NSDI.

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1 INTRODUÇÃO

A produção, cada vez mais intensa, de dados e bases geoespaciais, para utilização em

sistemas de informação, nos quais a característica posicional é considerada como essencial,

tem sido apoiada pela ciência da computação, pela Tecnologia da Informação – TI

(modelagem e gerenciamento de Banco de Dados – SGBD...), pelas tecnologias de

observação da Terra e pela tecnologia de posicionamento por satélite.

Na década de 60, com o advento dos primeiros sistemas de cartografia automatizada, e

logo a seguir, com a concepção de Sistema de Informação Geográfica - SIG - no Canadá,

teve início a formulação de um conjunto de procedimentos de suporte à produção de dados

e bases geográficas em ambiente digital. Outros fatores determinantes na automatização dos

processos de produção de dados geoespaciais foram à evolução da tecnologia de

Sensoriamento Remoto, com o lançamento das missões de observação da Terra (satélites

Landsat, Spot, CBERS, Ikonos, Quickbird etc...), e os sistemas de satélites de

Posicionamento GPS (Global Positioning System) e GLONASS (GLObal NAvigation

Satellite System), e em futuro próximo o sistema Galileo, que impulsionaram o

levantamento de dados do planeta Terra.

Na Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas – UNCED,

da qual resultou a Agenda 21 (Conferência do Rio, 1992), foram especificados os

procedimentos para inverter a deterioração ambiental e estabelecer as bases / diretrizes para

um modo de vida sustentável neste século. Essa conferência do Rio apontou a importância

da informação geográfica para o desenvolvimento sustentável global. Desde então, as

nações com consciência da importância do espaço em sua gestão têm desenvolvido

programas para documentação e disponibilidade de seus dados geoespaciais. Em 1997 a

Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas de Revisão e Avaliação da

Agenda 21 reafirmou a importância dos dados geoespaciais para o desenvolvimento social

e econômico sustentável global.

A Nação / Estado na maioria dos países, é responsável pela manutenção de vários

sistemas de dados e informações necessários à sua gestão e desenvolvimento. No caso do

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Brasil, como definido na Constituição de 1988, é de responsabilidade da União a

manutenção dos seguintes sistemas: Sistema Cartográfico Nacional – SCN (componentes:

terrestre, náutico e aeronáutico); Sistema Estatístico Nacional – SEN; e Sistema Geológico

Nacional - SGN, nos quais são produzidos dados e bases geoespaciais que retratam o

espaço territorial brasileiro e sua dinâmica de ocupação.

1.1 MOTIVAÇÃO / POSICIONAMENTO

Desde o final da década de 80 as instituições brasileiras produtoras de dados

geoespaciais (dados cartográficos, geodésicos e temáticos) vêm informatizando seus

processos de produção e modelando suas bases de dados geoespaciais segundo as

características dos sistemas empregados (FREITAS & SANTOS, 1994). Normalmente

estes sistemas possuem modelo e formatos de dados próprios, acarretando uma proliferação

de dados e bases geoespaciais com características diversas.

A popularização do uso de Sistemas de Informação Geográfica, por especialistas de

geociências e diversos outros profissionais, tem ampliado consideravelmente a produção de

dados geoespaciais. Entretanto, observa-se que para muitos dos dados produzidos são

desconhecidas as suas especificações técnicas e qualidade, que inviabilizam sua

reutilização, ou mesmo integração com outros dados e bases geoespaciais.

O desenvolvimento de dados e bases geoespaciais tem consumido consideráveis

investimentos públicos e privados. Porém, em sua produção nem sempre são considerados

os requisitos técnicos (geodésico, cartográfico e temático) requeridos nos projetos de

monitoramento e suporte à tomada de decisão. As inconsistências geradas na integração de

bases sem qualidade ou não compatibilizadas em seus referenciais espaciais - geodésico e

cartográfico (referencial planimétrico e altimétrico e sistema de projeção) e semântico /

temático (sistema de classificação /tipologia) podem acarretar, em muitos casos, resultados

equivocados e a perda dos recursos alocados, exigindo a re-elaboração dessas bases para

que subsidiem análises espaciais e algoritmos de cálculos necessários aos estudos ou

negócios referenciados ao espaço ou território.

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Ao longo da década de 90 as instituições brasileiras responsáveis pela produção de

dados geoespaciais direcionaram seus investimentos para a absorção de geotecnologias e a

produção de dados e informações, gerando acervos consideráveis para uso corporativo

interno. A documentação referente às especificações de produção dos dados geoespaciais é

um fator crítico para a sua disponibilização. Observa-se que poucas organizações estão

gerando documentação de sua produção. Esta documentação sobre os dados gerados,

denominada metadados, deve ser padronizada e estruturada, para que os usuários possam

conhecer a descrição técnica dos dados e avaliar sua adequabilidade a determinadas

aplicações que tem o posicionamento geográfico / territorial como uma de suas variáveis.

Percebe-se atualmente uma maior preocupação quanto a se conhecer quais os acervos

de dados geoespaciais estão disponíveis, pois como citado extensamente na bibliografia

especializada (ARONOFF, 1989; LONGLEY et al, 2001; CAMARA et al, 1996), a

construção da base de referência cartográfica em um SIG corresponde de 60% a 80% de

seu custo.

1.2 OBJETIVO

A presente dissertação tem como objetivo principal apresentar uma proposta para a

composição de catálogo para cadastrar, gerenciar e disponibilizar metadados de dados

cartográficos. Como objetivo específico propor o cadastramento de metadados das bases

cartográficas do mapeamento terrestre sistemático de referência (topográfico, geográfico e

municipal) que compõe o SCN, em consonância com as diretrizes de coordenação da

Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR (órgão colegiado do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão), através de um Catálogo Nacional de Metadados a ser

inserido na Rede Interamericana de Dados Geográficos – IGDN, de ampla utilização no

continente americano, viabilizando a pesquisa, nacional e internacional, de informações

referentes às bases cartográficas existentes no Brasil.

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1.3 JUSTIFICATIVA

Os metadados são considerados, pela TI, como os mecanismos essenciais para

promover a documentação, preservação, integração e disponibilização de dados. É

necessário que o Estado evite a duplicação de esforços e recursos empregados na produção

de bases geoespaciais por seus órgãos e instituições. Outro aspecto relevante é que esta

produção seja ordenada (segundo as normas existentes) e que se disponibilize sua

existência, através dos metadados espaciais, para que a sociedade usufrua os dados e bases

geoespaciais produzidas com investimentos públicos.

Identificam-se, a seguir, mais alguns fatores que consubstanciam a escolha do referido

tema para a proposta de dissertação a ser desenvolvida:

- a crescente popularização de geotecnologias (SIG, GPS, SR, etc) e a

conseqüente expansão da gama de usuários especializados e leigos envolvidos com

o emprego dessas tecnologias;

- a produção de informações geoespaciais como suporte aos sistemas de

informações de referência territorial e estatística na maioria dos órgãos

governamentais;

- a qualificação de uma base geoespacial deve ser obrigatoriamente documentada

através de metadados padronizados, descrevendo os insumos, os referenciais, a

linhagem, a estruturação e as formas de disseminação;

- o projeto Mapeamento Global (desenvolvido pela ONU e coordenado pelo GSI, no

Japão) já disponibiliza os dados referentes aos territórios dos países membros, via

Web, através da Infra-estrutura Global de Dados Espaciais – IGDE;

- Experiência adquirida na produção de dados e informações geográficas como

profissional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e em trabalhos

conjuntos com a DSG, órgãos integrantes do Sistema Cartográfico Nacional,

produtores de bases geoespaciais de referência e temáticas, vinculadas ao

mapeamento sistemático;

- a Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR, em sua nova gestão de 2003

instituiu a subcomissão de Dados Espaciais –SDE para tratar os seguintes temas:

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Integração e Análise de Tecnologias, Mapoteca Digital Nacional, Banco de

Metadados, Classificação de Produtos Cartográficos; e Políticas de Disseminação.

A União deve assumir seu papel de coordenação e articulação na implementação de

políticas e procedimentos que revertam, em prol da sociedade, os recursos públicos

investidos na produção de dados e bases geoespaciais do território brasileiro, para que essas

bases geoespaciais venham a beneficiar a tomada de decisão do Estado e da própria

sociedade em sua gestão. Identifica-se a Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR,

como o fórum nacional, já legalmente constituído e que incorpora as principais

representações dos governos federal e estaduais para o desenvolvimento da pesquisa e os

estudos necessários a implementação de um catálogo nacional de metadados dos produtos

cartográficos relativos à Cartografia Sistemática Terrestre.

1.4 ESTRUTURA

A presente dissertação está estruturada em 5 capítulos.

O capítulo 1 contextualiza o tema, relata as motivações para sua escolha e os objetivos

a serem alcançados com a presente proposta.

No capítulo 2 descrevem-se os conceitos e questões pertinentes à Infra-estrutura de

Dados Espaciais – IDE, e retrata-se as estratégias de implementação das principais

iniciativas de instalação de IDE a nível global, continental e nacional, apresentando em um

quadro síntese as diversas abordagens das iniciativas analisadas.

O capítulo 3 aborda os padrões de metadados espaciais existentes e suas características.

Apresenta, ainda, um diagnóstico de como o tema está sendo tratado pelas organizações

produtoras e usuárias de dados geoespaciais no Brasil.

O capítulo 4 apresenta a proposta de composição de um catálogo de Metadados

Espaciais, a partir da análise das iniciativas brasileiras de cadastramento e disponibilidade

de metadados e do estudo de viabilidade da aplicação do padrão de metadados do Comitê

Federal Americano de Dados Geográficos (FGDC). Em adendo esse capítulo engloba o

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cadastramento dos metadados de produtos cartográficos do SCN e o fluxo de manutenção e

inserção desses na Rede Interamericana de Dados Geoespaciais – IGDN, a qual garante sua

a disponibilidade nacional e internacionalmente.

O capítulo 5 descreve a análise dos resultados alcançados na composição do catálogo

proposto abordando a viabilidade do programa de compartilhamento de dados para a

manutenção da rede IGDN; a necessidade de adequação das interfaces de cadastramento; e

a manutenção do cadastro de metadados espaciais inserido nos servidores de busca de

dados mundiais. Relata, ainda, as perspectivas de continuidade do trabalho com vistas a se

consolidar uma cultura de documentação de dados geoespaciais através de metadados

padronizados e de acesso público, e aponta como sugestão ações a serem viabilizadas no

âmbito do Estado brasileiro para a ordenação e regulamentação da produção de dados

geoespaciais nas instituições públicas.

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2 INFRA-ESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS – IDE

2.1 A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Desde seus primórdios a humanidade vem utilizando a informação espacial por seu

valor intrínseco de localização necessário às várias atividades, tais como: orientação,

navegação, demarcação de territórios, representação da superfície terrestre, conhecimento e

representação dos recursos naturais, suporte as estratégias militares, monitoramento da

dinâmica de ocupação territorial, aplicações comerciais e industriais, dentre outras. Até a

década de 60 a informação espacial vinha sendo representada através de mapas manuscritos

ou impressos. Com o advento dos computadores surgem pesquisas, notadamente no Canadá

e Estados Unidos, para o desenvolvimento de sistemas visando à informatização da

produção cartográfica e de sistemas de informação especializados para coletar, tratar,

analisar e representar a informação espacial, denominados Sistemas de Informação

Geográfica – SIG (TEIXEIRA et al, 1995).

O desenvolvimento e a difusão da tecnologia SIG experimentou um crescimento

significativo na década de 80 (no Brasil este crescimento teve início na década de 90),

sendo aplicado em diversas áreas de conhecimento do setor público, privado e acadêmico.

Na década de 70 iniciou-se o desenvolvimento de sistemas de observação da Terra

(satélites orbitais de observação) e a partir de 1985 a difusão para aplicações civis dos

sistemas de posicionamento por satélite propiciou a determinação e interpretação de dados

e informações espaciais, ampliando a oferta e a demanda por dados espaciais.

A transformação dos processos de produção nas organizações brasileiras estatais e

privadas produtoras de dados espaciais, através da absorção das geotecnologias, têm

contribuído para a geração de grandes quantidades de dados em ambiente digital.

Entretanto, observa-se que na maioria dos países cada organização, instituição ou empresa

produz sua própria base de dados para atender aos objetivos específicos de sua área de

atuação ou negócio. Estas bases, por serem de uso interno às organizações, nem sempre são

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veiculadas ao público externo pela ausência de políticas institucionais de disseminação das

mesmas, o que tem acarretado duplicação de esforços e recursos na construção de bases em

ambientes SIG (MSC, 1993).

Os custos estimados de geração de uma base de dados espaciais, para as aplicações de

SIG no início da década de 90, segundo (BURROUGH, 1992), correspondiam a 10 vezes o

valor do software e a 100 vezes o valor do hardware. Os custos envolvidos na produção de

bases de dados espaciais, a geração de grandes volumes de dados espaciais pelas

organizações governamentais (com escala, níveis de abrangência, qualidade e formatos

diversificados), a possibilidade de se compartilhar dados entre sistemas SIG e a crescente

demanda por dados espaciais estimulou muitos países a desenvolverem políticas de

normalização e regulamentação da produção, documentação e distribuição de dados

espaciais, sendo que na maioria dos países esta atividade é executada pelo setor público e

em outros pela iniciativa privada.

Na maioria dos países a implantação de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais - IDE

vem sendo implementada para minimizar a construção desordenada de bases geoespaciais

(cartográficas e temáticas), racionalizar a produção, viabilizar a divulgação da existência de

dados espaciais para os usuários e possibilitar o compartilhamento de dados geoespaciais

necessários aos sistemas de informação, notadamente aos sistemas de informação

geográfica aplicados à gestão social, econômica e ambiental.

Em documento apresentado para discussão na 2ª Conferência de Infra-estrutura

Global de Dados Espaciais (em inglês GSDI), RHIND (1997) identifica as questões

decorrentes da produção de informação geográfica ou geoespacial nos países:

• dificuldade de obtenção de informação sobre a existência, qualidade e

disponibilidade de conjuntos de dados geoespaciais;

• a qualidade da informação disponível é diferenciada entre organizações e

países;

• a maioria das coleções de dados geoespaciais é desenvolvida em nível nacional,

e está desatualizada;

• a retenção de conjuntos de dados nacionais de importância é praticada,

especialmente por áreas de governo, e não são disponibilizados por várias

razões;

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33

Observam-se restrições de acesso não só por questões envolvendo a área de

defesa, mas também referentes a projetos considerados estratégicos para as

nações, para organizações e empresas financeiras, comerciais e industriais

(agrobusiness, mineração, petróleo, etc);

• ausência de conjuntos de dados regionais e globais, requeridos por alguns

usuários (uma demanda crescente);

• diversidade de especificações dos conjuntos de dados existentes num mesmo

país, dificultando sua integração;

• os dados e informações não estão fisicamente disponíveis para acesso fácil.

2.2 DADOS, INFORMAÇÃO (GEOGRÁFICA) e CONHECIMENTO

Ao desenvolver a pesquisa bibliográfica, de trabalhos e artigos, pode-se evidenciar a

diversidade de nomenclatura, conceituações e termos empregados para designar: dados

espaciais, informação geográfica ou geoespacial e bases geoespaciais. No entanto, constata-

se que existem conceituações e compreensões diversas do que vem a ser dado, informação

e conhecimento, embora estes conceitos sejam intrinsecamente interdependentes.

Neste sentido, se faz necessário apresentar o contexto que direcione o sentido mais

adequado dos termos Dados, Informação, Dados e Informações Espaciais, Geoespaciais e

Geográficas, visando fundamentar e homogeneizar a inserção desses termos na dissertação.

2.2.1 DADOS

Segundo SETZER (2001) “dados são definidos como uma seqüência de símbolos

quantificados ou quantificáveis”, podendo ser descritos através de representações formais e

expressos de forma sintática (ex: textos, imagens, gráficos, figuras, sons gravados, vídeos,

etc).

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Segundo DAVENPORT (2001) “dados são definidos como observações sobre o

estado do mundo, e sua observação pode ser feita por pessoas ou por tecnologia

apropriada".

Já HOUAISS (2001) apresenta três definições que são aplicáveis a dados:

• os resultados de investigação, cálculo ou pesquisa;

• os aspectos característicos que resultam da natureza, estado ou condição de

alguma coisa;

• os elementos iniciais de qualquer ato de conhecimento (uma impressão

sensível, um axioma, um princípio lógico etc.), apresentado de forma direta e

imediata à consciência, e que servirá de base ou pressuposto no processo

cognitivo.

LISBOA (2001) define dado como o valor de uma medida observada ou processada.

MENEZES (2000) define dado como uma observação ou obtenção de uma medida,

sem nenhum propósito pré-definido.

E REZENDE (2003) aponta que “dados representam a matéria-prima a ser utilizada

na produção de informações”.

A partir das definições citadas, infere-se que dados são observações, ou obtenção de

uma medida (resultado de investigação, cálculo ou pesquisa) de aspectos característicos da

natureza, estado ou condição de algo de interesse, que são descritos através de

representações formais e ao serem apresentados de forma direta ou indireta à consciência

servem de base ou pressuposto no processo cognitivo.

2.2.2 INFORMAÇÃO

SETZER (2001) diz que "a transformação de dados em informações deve ser vista,

simplificadamente, como um tipo de pré-processamento de um processo de elaboração".

MACHADO (2002) afirma que "informação é uma abstração informal que está na

mente de alguém, representando algo significativo para uma pessoa".

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35

HOUAISS (2001) define informação como “conjunto de informes (documentos ou

observações) já analisados, integrados e interpretados, que habilita um usuário a tomar

decisões”.

Segundo LISBOA (2001), a informação é obtida a partir do processamento ou da

contextualização de dados brutos ou processados.

A informação é gerada a partir de algum tratamento ou processamento dos dados por

parte do seu usuário, envolvendo, além de procedimentos formais (tradução, formatação,

fusão, exibição, etc), processos cognitivos de cada indivíduo. Decorrente das conceituações

apresentadas se infere que os computadores não processam informação e sim os seus

insumos, ou seja, dados. A estruturação de dados não deve ser vista como geradora de

informação, e sim tendo a função de modelar e facilitar a compreensão dos dados da

realidade tratada e/ou percebida.

Dados e informação são patrimônios primordiais das organizações, são essenciais na

gestão dos negócios e são considerados atualmente como recursos na visão econômica

atual. Contudo, a informação em sendo um bem apropriado tem característica, compreensão

e conseqüente utilização / aplicação, de forma diferenciada pelas organizações e pelas

pessoas. IKEMATU (2001) apresenta as seguintes propriedades consideradas significativas

da informação:

• a informação é compartilhável infinitamente;

• o valor da informação aumenta com o seu uso e a sua socialização;

• o valor da informação diminui com o tempo. Porém, a vida útil e seu histórico

temporal variam conforme o tipo da informação. A informação para tomada

de decisão tem uma vida útil maior que as informações operacionais

(dependendo da área do conhecimento ou do tipo de negócio);

• o valor da informação aumenta quando ela é combinada / integrada com outro

dado e também tem sua utilização ampliada quando é comparada e integrada

com outra informação.

Os processos de aquisição, tratamento, processamento, armazenamento,

gerenciamento, recuperação e disseminação de informação, normalmente, também geram

outras informações que quando utilizadas tendem a gerar também mais informação. As

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organizações estão absorvendo e integrando avanços tecnológicos, notadamente quanto à

aquisição, ao tratamento, ao gerenciamento e à disseminação eletrônica de informação. A

utilização destas tecnologias propicia, além da otimização da função de gerenciamento da

informação, a ampliação do conhecimento, pois viabiliza o compartilhamento de dados e

informação (Informação compartilhada / socializada = conhecimento ampliado).

2.2.3 CONHECIMENTO

O conhecimento é definido como "informações que foram analisadas e avaliadas

sobre a sua confiabilidade, sua relevância e sua importância" (DAVENPORT, 2001), sendo

gerado a partir da interpretação e integração de dados e informações. A combinação e

análise de dados e informações de várias fontes compõem o conhecimento necessário para

subsidiar a tomada de decisão inerente a um negócio ou a um assunto a ser tratado.

DAVENPORT (2001) afirma que "informação e conhecimento são, essencialmente,

criações humanas, e nunca seremos capazes de administrá-las se não levarmos em

consideração que as pessoas desempenham, nesse cenário, um papel fundamental"

Para SETZER (2001) "o conhecimento é uma abstração interior e pessoal, de algo que

foi experimentado, vivenciado, por alguém. Nesse sentido, o conhecimento não pode ser

descrito; o que se descreve é a informação".

O conhecimento é dinâmico, sendo modificado pela interação do indivíduo com o

ambiente, caracterizando um aprendizado. “Uma visão mais ampla é que o aprendizado é a

integração de novas informações em estruturas de conhecimento, de modo a torná-las

potencialmente utilizáveis em processos futuros de processamento e de elaboração”

(REZENDE, 2003).

2.2.3 DADOS E INFORMAÇÕES ESPACIAIS E GEOGRÁFICAS

Métodos, procedimentos, técnicas e tecnologias requerem definições específicas e

claras nas suas formulações. Entretanto, observa-se que alguns conceitos nem sempre são

conhecidos e compreendidos pelos os atuais usuários (profissionais especializados e não

especializados) das tecnologias associadas à informação geográfica. A utilização

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37

inadequada de conceitos e métodos acarreta várias inconsistências nos processos de

produção, uso e análise de dados.

Conforme apresentado por ARONOFF (1989) e BORGES (1997) “dados espaciais

são quaisquer tipos de dados que descrevem fenômenos aos quais esteja associada alguma

dimensão espacial”. A medida observada de um fenômeno, fato ou ocorrência sobre / sob a

superfície terrestre é denominado dado geográfico. “Dados geográficos ou

georreferenciados são dados espaciais em que a dimensão espacial está associada à sua

localização na superfície da Terra, num determinado instante ou período de tempo”

(CAMARA et al, 1996).

LONGLEY et al (2001) relatam que “o adjetivo geográfico se refere à superfície e ao

espaço próximo da Terra”, e “espacial refere-se a algum espaço, não somente ao espaço da

superfície da Terra”. Como exemplos de espaços não geográficos pode-se citar: o espaço

cósmico, o espaço do corpo humano que é captado por instrumentos que geram imagens

para diagnósticos médicos, e diversos outros espaços de interesse das diferentes áreas do

conhecimento.

Segundo ROSA (2002) “dados geográficos ou georeferenciados significa fatos,

objetos, fenômenos que ocorrem sobre a superfície terrestre e que possuem uma alta

correlação com a sua localização sobre a superfície do globo terrestre, em um dado instante

ou período de tempo”.

Observa-se recentemente a utilização, cada vez mais freqüente, do termo “geoespacial

para designar um sub-conjunto espacial aplicado especificamente à superfície, sob a

superfície e ao espaço próximo do Terra” (LONGLEY et al, 2001). Essa perspectiva está

retratada na figura 2.1.

Para LISBOA (2001), a informação é obtida a partir do processamento ou da

contextualização de dados brutos ou processados. De forma análoga, a informação

geográfica é resultado do processamento de dados geográficos. O termo informação

geográfica é caracterizado por ROSA (2002), como “um conjunto de dados cujo significado

contém uma associação ou relação com uma localização específica sobre a superfície

terrestre”. As informações geográficas ou geoespaciais compreendem os dados - da, sobre

a, sob a, e próximo a - superfície da Terra, sendo caracterizados por no mínimo três (3)

componentes: espacial ou posicional; descritivo ou semântico; e temporal.

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38

FIG 2.1 - Da visão espacial à geográfica (apenas ilustrativa, não está em escala)

Fonte: CGDI, 2000

Bases espaciais são as bases de dados que contêm dados que possuem dimensão

espacial ou localização referida a um sistema de coordenadas. Bases geográficas ou bases

geoespaciais são as bases de dados que definem localização na superfície da Terra e estão

referidas a um sistema de referência geodésica e a uma representação dos elementos

geográficos retratada através de uma determinada projeção cartográfica. As bases

geoespaciais são especializações das bases espaciais, e as bases geodésicas e cartográficas

são especializações das bases geográficas ou geoespaciais, abrangendo as observações e as

coordenadas das estações que compõem o Sistema Geodésico Nacional (bases de dados

geodésicos) e o mapeamento sistemático terrestre nacional: geográfico, topográfico e

municipal (bases de dados cartográficos). Entretanto, as bases de dados geoespaciais, em

ESPACIAL

GEOESPACIAL

GEOGRÁFICA

NÃO-ESPACIAL

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seu sentido mais amplo, envolvem as bases que retratam todos os temas relativos às

informações do espaço próximo, da superfície e do subsolo do planeta Terra.

2.3 INICIATIVAS PARA A ESTRUTURAÇÃO DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

A tarefa de coordenar e articular a construção de uma Infra-estrutura de Dados

Espaciais - IDE é um desafio para a Sociedade e o Estado. Após a Conferência do Meio

Ambiente de 1992, o mundo (países, organizações internacionais, continentais e nacionais)

vem promovendo e constituindo fóruns, comitês e organizações (legais, técnicas, industriais

e acadêmicas) com o objetivo de construir capacidade para a implantação de IDE (Spatial

Data Infrastructure - SDI). A figura 2.2 identifica algumas ações que fomentaram e vêm

estimulando o desenvolvimento de iniciativas de construção de algumas IDE, dentre as

quais pode-se citar:– Conferência Regional de Cartografia das Nações Unidas - UNRCC

(CRC da ONU); Comitê de Ciências de Mapeamento –(CCM – MSC/ USA); Infra-

estrutura Global de Dados Espaciais (IGDE – Global Spatial Data Infrastructure – GSDI);

Infra-estrutura Regional de Dados Espaciais (IRDE – Regional Spatial Data Infrastructure

- RSDI) e Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE –.Nacional Spatial Data

Infrastructure – NSDI).

Coleman e McLaughlin (1997) citam que:

“No início da década de 1990, o conceito de desenvolvimento de Infra-estrutura de Dados Espaciais (IDE) estava sendo proposto como suporte aos esforços crescentes de padrões para o intercâmbio de informação geográfica, programas nacionais de cartografia e o estabelecimento de redes de informação espacial de âmbito nacional nos Estados Unidos [MSC, 1993], no Reino Unido [Rhind, 1992], Canadá [McLaughlin, 1991] e na Comunidade européia [Brand, 1995]”. 1

Entretanto, na bibliografia disponível (GSDI (2000), PCGIAP(1995), CPIDEA

(2001)), fica evidenciado que o desenvolvimento de Infra-estrutura de Dados Espaciais em

diversos países foi intensificado a partir da conferência de Meio Ambiente e

Desenvolvimento da ONU, em cumprimento às diretrizes da Agenda 21(1992).

1 Estas referências são as citadas no artigo de Coleman e MacLauglin (1997)

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40

FIG. 2.2 – Inter-relações entre as Conferências, fóruns, projetos e comitês dedicados à

temática de IDE

2.3.1 AGENDA 21

A Agenda 21, elaborada na Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento

(United Nations Conference on Environment and Development - UNCED), realizada no Rio

de Janeiro em 1992, teve como objetivo preparar o mundo para os desafios do próximo

século. Reflete um consenso mundial e um compromisso político no que diz respeito ao

desenvolvimento e a cooperação ambiental. Os compromissos foram agrupados em 4

MSC / USA - 1993

RIO – 1992 Agenda 21

Iniciativas NSDI / INDE(Nacional)

PADRÕES

Mapeamento Global GM - 1997

GSDI - 1996

Iniciativas RSDI / Regional(Continental)

ONU / UNRCC

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seções, envolvendo os seguintes temas: dimensões sociais e econômicas; conservação e

manejo de recursos para o desenvolvimento; fortalecimento do papel dos grupos principais;

e meios de implementação, totalizando 40 capítulos (BDT, 2004).

Na seção II estão definidas as diretrizes e medidas para a proteção da atmosfera, o

combate ao desmatamento, a prevenção quanto a poluição, a preservação dos estoques de

pescados e a segurança no manejo de lixos tóxicos, dentre outras ações e medidas.

Na seção IV, o capítulo 40 intitulado Informação para a Tomada de Decisão, enfatiza

a necessidade de se fortalecer as atividades de aquisição de dados e melhorar a avaliação e

análise de dados utilizando novas tecnologias – SIG, Sensoriamento Remoto - SR e Global

Positioning System - GPS (MARUYAMA & AKIYAMA, 2003). Uma das conclusões da

conferência UNCED foi o reconhecimento de que em muitas áreas (territoriais e de

conhecimento) a qualidade dos dados usados não é adequada e que, até mesmo onde

existem dados, a sua utilidade é reduzida por restrições de acesso ou por falta de

padronização dos conjuntos de dados, tornando a disponibilidade de informação geográfica

uma questão crítica para a tomada de decisão ambiental.

2.3.2 COMITÊ DE CIÊNCIAS DE MAPEAMENTO (USA – 1987 A 1993)

Em 1987 o Conselho Nacional de Pesquisa e a Comissão de Geociências, Meio

Ambiente e Recursos Naturais do governo dos Estados Unidos da América constituíram o

Comitê de Ciências de Mapeamento (Mapping Science Committee) - MSC, que foi

requerido pelo U.S. Geological Survey - USGS - para prover recomendações relativas as

suas atividades cartográficas e geográficas. O MSC durante dois anos, realizou reuniões

com várias agências federais americanas (18 agências envolvendo as áreas de: Estatística,

Defesa, Transportes, de Proteção Ambiental, de Recursos Naturais, Agricultura,

Gerenciamento de Terras, Conservação de solos, dentre outras), para conhecer e discutir as

atividades e os projetos voltados para a coleta, produção e uso de informação geográfica.

Nesta etapa de avaliação da produção ficaram evidenciadas as seguintes questões (MSC,

1993):

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42

• quantidades consideráveis de dados espaciais estavam sendo gerados para

propósitos próprios e especiais, e sem procedimentos para compartilhamento e

disseminação ampla;

• com o crescimento do uso de tecnologia SIG em ambiente digital, os usuários tem

sido forçados a utilizar dados oriundos de mapas analógicos, que têm sido

repetidamente digitalizados;

• duplicação de esforços e gastos de recursos públicos, que poderiam estar sendo

utilizados para atualizar ou gerar dados novos.

Em 1990 o MSC emite um relatório intitulado Necessidades de Dados Espaciais: O

Futuro do Programa de Mapeamento Nacional, focado no papel a ser desenvolvido pelo

USGS como provedor de informação espacial para as outras agências federais e para a

nação como um todo, especialmente o programa de mapeamento topográfico na escala de

1: 24 000. Neste ano as responsabilidades do MSC são alteradas:

“O MSC servirá como um fórum para aconselhamento externo das agências federais em assuntos científicos e técnicos relacionados à disponibilidade e análise de dados espaciais. O propósito do comitê é prover recomendações para o desenvolvimento de uma Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais robusta para subsidiar a tomada de decisões em todos os níveis de governo e para a sociedade em geral” (MSC, 1993). 2.3.2.1 EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS E IMPACTOS NA PRODUÇÃO

A partir da alteração de suas responsabilidades, o MSC apresenta uma análise da

evolução (perspectivas) das tecnologias e seus impactos na produção de dados espaciais ao

longo de três períodos:

• 1960 a 1980:

- novo paradigma para gerenciamento de dados espaciais. Uso de

computadores para o levantamento e mapeamento, esforços para automatizar

o registro de terras e a construção de sistemas de informação regionais e

urbanos;

- visão ampla de uma sociedade de informação, incluindo a necessidade de

dados espaciais para auxiliar na resolução de assuntos relativos a terra e

possibilitar a participação dos cidadãos na tomada de decisão;

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- governo e laboratórios de universidades estavam desenvolvendo SIG para

integrar a variedade de informações requeridas pela regularização e

planejamento do uso da terra;

- introdução do conceito de cadastro multi-finalitário e a necessidade de

compartilhamento de dados são reconhecidas como essenciais.

• 1975 a 2000 (prospecção):

- sistemas de informação geográfica - SIG baseados em computador passam

a ser utilizados na administração, gerenciamento e planejamento público e

privado;

- governos de todos os níveis fazem grandes investimentos para desenvolver

bases de dados. Entretanto, o que ocorre é uma automatização das atividades

departamentais nas instituições, perdendo-se o poder de integração das

novas geotecnologias;

- período caracterizado pelo surgimento de software de SIG e de

mapeamento digital (até 1985 os maiores provedores de software já estão

estabelecidos);

- apesar da ênfase gráfica e análise espacial (especialmente no meio

acadêmico), o interesse predominante esteve em dados textuais e em

aplicações de consultas simples e diretas a dados espaciais;

- avanços tecnológicos principalmente em hardware, mas conceitos básicos

datam do período anterior.

• a partir de 1990:

- investimentos em tecnologia e na construção de bases de dados são

retomados;

- infra-estrutura é diferente de sistemas de informação: a ênfase muda da

informática para a Tecnologia de Informação e seu uso na sociedade;

- o foco está em unir bancos de dados em rede de informação espacial

distribuída. Outra característica é o desenvolvimento de software de

aplicação e ferramentas de suporte a decisão para explorar a informação

disponível mais efetivamente.

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Em sua análise, o MSC identificou dois obstáculos principais a eficiência e a

mudança cultural, organizacional e institucional:

• as formas tradicionais de criação, disseminação, utilização e comercialização

de mapas não voltadas para o fornecimento de dados espaciais nos atuais

veículos de comunicação e pelo fato da disseminação não ser reconhecida

como parte da missão das agências governamentais;

• falta de um sistema de incentivos para orientar os investimentos e capacidade

do setor público e privado na direção de mais coordenação e maior eficiência,

para propiciar trabalho conjunto, entre os diversos setores, na construção de

uma Infra-estrutura de Dados Espaciais.

O MSC (1993) aponta ainda que, no início da década de 90, as agências federais nos

Estados Unidos descobriram o valor de usar SIG para o armazenamento e manipulação de

dados espaciais. Foram feitos investimentos para equipar e coletar dados necessários na

forma digital, sendo que estes esforços resultaram numa miríade de formatos de dados,

padrões e processamento de algoritmos. Entretanto, o MSC constata que as agências

estavam repetindo, na forma digital, o que faziam na geração dos produtos em papel.

2.3.2.2 DEFINIÇÃO E REQUISITOS PARA A INDE AMERICANA

O MSC define a Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais – (National Spatial

Data Infrastructure – NSDI) como “o meio para congregar informação geográfica que

descreve o arranjo e atributos das características e fenômenos da Terra. A NSDI inclui os

materiais, a tecnologia, e as pessoas necessárias para adquirir, processar, armazenar, e

distribuir tal informação para atender a uma variedade ampla de necessidades”. Nesta

conceituação estão envolvidos todos os agentes de uma sociedade: organizações do setor

público, do setor privado, do meio acadêmico e científico e as organizações sociais

vinculadas às atividades para o desenvolvimento da cidadania.

Ainda, neste trabalho do MSC foram identificados alguns assuntos e impedimentos a

serem solucionados para a efetiva construção de uma NSDI nos Estados Unidos:

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45

• ausência de visão nacional sobre a relevância de uma NSDI, a não existência de

política nacional para dados espaciais e a falta de uma liderança nas agências ou

organizações federais para coordenar a coleção, o uso e o intercâmbio de dados

espaciais nacionais;

• a constatação da superposição e duplicação de esforços na aquisição de dados

espaciais em nível federal, entre as agências federais e estaduais e entre

organizações estaduais e municipais e do setor privado, com custos significativos

para a sociedade;

• coleta de dados espaciais em muitas escalas, níveis de acurácia, níveis de

detalhamento, categorias e classes de dados, dificultando o compartilhamento de

dados espaciais;

• a não existência, ainda, de mecanismo que permita a identificação de que dados

estão sendo coletados, onde estão armazenados, quem controla o acesso aos

dados, quais os conteúdos dos dados e a abrangência dos dados (escala,

densidade, etc). Em outubro de 1990 foi constituído, pela Presidência dos

Estados Unidos, o Comitê Federal de Dados Geográficos – FGDC com a

atribuição de promover e coordenar o desenvolvimento, uso, compartilhamento e

disseminação de dados geográficos em todo o governo americano. Em 1994 o

FGDC apresenta seu padrão de metadados espaciais, que tem como objetivo

descrever de forma estruturada os dados geoespaciais existentes;

• a existência de resistências e poucos incentivos para compartilhar dados entre

organizações federais, estaduais e locais, pois o compartilhamento de dados

exige acordos para uso, tipologia e formatos de dados. Estes acordos esbarram

nos diferentes tipos de dados, acurácia e urgência de coleta requerida pelas

diversas agências governamentais. Outro fator a ser tratado é a questão referente

à venda e cessão dos dados ao público. Os recursos advindos desta venda

geralmente vão para o governo federal, não retornando (a não ser por dotação

orçamentária) para as agências responsáveis por sua produção. O USGS é uma

das poucas agências americanas em que existe este retorno;

• a absorção de novas tecnologias e a experiência das organizações na produção e

uso de dados espaciais são diferenciadas e observa-se que alguns produtores de

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46

dados tem tido dificuldades para converter seus processos de produção

tradicional para sistemas que sejam capazes de gerar produtos digitais e

impressos.

FIG. 2.3 - Componentes do Programa de Compartilhamento de Dados Espaciais - USA

Fonte: MSC (1993)

Servidores dados espaciais

FGDC certificação Programas de garantia de qualidade

Produtores e Co-produtores de dados básicos

(federal, estadual, municipal, privado)

Acordos de Desenvolvimento Dados básicos

Planos de Desenvolvimento Dados básicos

Acordos de Compartilhamento de custos

Consultores de governo dados espaciais

Servidores de metadados

Usuários de dados espaciais

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47

O MSC propõe que seja implementado um programa de compartilhamento de dados

espaciais como marco inicial para a construção de uma Infra-estrutura Nacional de Dados

Espaciais, cujos componentes estão apresentados na figura 2.3. Este programa tem como

principal objetivo incrementar os benefícios para a sociedade advindos da disponibilidade

de dados espaciais. Estes benefícios irão resultar da redução da duplicação de esforços para

a coleta e manutenção de dados espaciais e através da ampliação do uso da informação

espacial pela sociedade. O fornecimento destes dados para a comunidade de usuários deve

também resultar num incremento na qualidade dos dados, que beneficia o produtor e os

usuários de dados geoespaciais.

O foco de um programa de compartilhamento deverá estar no acesso crescente aos

dados espaciais coletados a partir de investimentos públicos. Para o MSC um programa de

compartilhamento não deve dispensar o papel do setor privado no provimento de produtos

de valor agregado e de serviços associados com a utilização dos dados espaciais. Esta

participação resulta num ambiente profícuo para desenvolver novos negócios,

oportunidades e intercâmbio para o crescimento econômico.

2.3.3 O PAPEL DAS CONFERÊNCIAS REGIONAIS DE CARTOGRAFIA – UNRCC

As Conferências Regionais de Cartografia (United Nations Regional Cartographic

Conference) – UNRCC - instituídas pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas

foram concebidas com o objetivo de promover o intercâmbio de experiências e fomentar o

desenvolvimento de temas e projetos de interesse da Cartografia entre regiões do mundo.

Diversos projetos significativos para a Cartografia mundial e continental foram delineados

nestas UNRCC.

As conferências regionais, realizadas para as Américas (UNRCC-AM) formularam e

recomendaram os seguintes projetos: o Projeto da Carta Internacional do Mundo ao

Milionésimo - CIM; o Projeto para o estabelecimento de um referencial geodésico para a

América do Sul – South American Datum of 1969 – SAD 69; Projeto Sistema de

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Referência Geocêntrico para a América do Sul – SIRGAS (6ª UNRCC), que em 2001, por

resolução da 7ª UNRCC (UNRCC, 2001), passou a ser denominado Sistema de Referência

Geocêntrico para as Américas – SIRGAS; e a constituição do Comitê Permanente em

Infra-estrutura de Dados Espaciais – PCIDEA efetivada em 2000 a partir de resolução da 6ª

UNRCC (1997).

Para a região da Ásia e Pacífico (UNRCC-AP), além dos projetos recomendados em

nível mundial (CIM e Referencial geodésico geocêntrico), a implantação do Comitê

Permanente em Infra-estrutura de GIS (Permanent Committee on GIS Infrastructure for

Asia and the Pacific ) – PCGIAP foi consolidada em 1995 (IRWIN, 1999), a partir de

resolução da 13ª UNRCC (IRWIN, 1999).

As UNRCC-AM não tiveram a mesma evolução das UNRCC-AP. Constata-se que até

1997 foram realizadas somente seis conferências UNRCC para as Américas, quando que

para a região da Ásia e do Pacífico até este ano já tinham sido realizadas 14 conferências.

Esta diferenciação demonstra a pouca integração e a baixa consciência da importância de se

promover o intercâmbio e cooperação nos assuntos relacionados com a Cartografia no

continente americano.

2.3.4 CONTRIBUIÇÃO DO MAPA GLOBAL

Em 1992, o Ministério da Construção do Japão propôs a conceituação do produto

Mapa Global. No entanto, somente com o primeiro Workshop Internacional de

Mapeamento Global foram discutidas as ações a serem desenvolvidas pelas organizações

nacionais, regionais e internacionais para sua construção. As ações focaram os conjuntos de

dados geográficos verdadeiramente globais, com consistência e qualidade conhecidas. Esta

reunião, que pode ser considerada o marco inicial do Projeto Mapa Global, contou com a

participação de 14 países, três organizações internacionais e uma sociedade acadêmica

internacional. Foi realizada pelo Instituto de Levantamentos Geográficos do Ministério da

Construção do Japão em novembro de 1994, em Izumo, Japão.

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O Mapa Global foi concebido com o objetivo de fornecer informação geográfica

digital, com 1 km de resolução, abrangendo todo o planeta Terra com especificações

unificadas e disponíveis a todo mundo. Para a implementação deste desafio o International

Steering Committee for Global Mapping - ISCGM apresentou um plano de

desenvolvimento no qual foram definidas regras e formas de participação dos países

(AKIYAMA, 2000). Os países, conforme a experiência de suas organizações nacionais de

Cartografia e o estágio de informatização dos processos de produção cartográfica nacional,

poderiam se encaixar nas seguintes classes de participação:

• Classe A: países que poderiam desenvolver seus dados e auxiliar outros a

implementar seus dados;

• Classe B: países que poderiam desenvolver seus dados (o Brasil está inserido

nesta classe);

• Classe C: países que necessitam de auxílio para implementar seus dados.

A base cartográfica de referência para o projeto, definida pelo ISCGM, foi a Carta

Internacional do Mundo ao Milionésimo – CIM. Os dados serão atualizados com

especificações consistentes, a intervalos regulares, para produzir uma série temporal que

permitirá sua utilização no monitoramento das mudanças ambientais globais.

Algumas camadas de dados no produto estarão em formato vetorial e outras em

formato matricial (raster). A escolha destes dois formatos foi determinada pela natureza

das camadas propostas para compor o Mapa Global e também pelos conjuntos de dados

disponíveis com cobertura global. A integração dos conjuntos de dados e a análise dos

dados serão facilitadas pelo uso de um datum geodésico (rede ITRF94 - International

Terrestrial Reference Frame, que materializa o sistema ITRS - International Terrestrial

Reference System e elipsóide - GRS80) e um sistema de coordenadas de natureza

cartográfica (latitude e longitude) comum entre todas as camadas de informação (ISCGM,

2000). As categorias de informações a serem representadas no Mapa Global são:

• sistemas de transporte;

• limites;

• hidrografia / drenagem;

• centros populacionais / população;

• elevação;

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• vegetação;

• cobertura da terra;

• uso da terra.

Segundo as especificações definidas pelo ISCGM, as quatro últimas camadas podem

ser fornecidas no formato matricial, com tamanho de célula a 30” x 30” adequado à escala

de 1: 1 000 000 (ISCGM, 2000).

Em dezembro de 2003 , conforme lista divulgada pelo Comitê de Diretivo do

Projeto em sua página www.iscgm.org, participam do Mapa Global 132 países e regiões, e

mais 32 países estão considerando efetivar sua participação (aguardando autorização de seu

governos). A figura 2.4 retrata a participação e o estágio de desenvolvimento do Projeto nos

países.

FIG. 2.4 – Participação e estágio de desenvolvimento do Mapa Global

Fonte: ISCGM (2003)

O IBGE, responsável por compor a parte referente ao território brasileiro no Mapa

Global, finalizou as categorias de informação correspondente à Carta CIM (sistemas de

transporte, limites, hidrografia, localidades e hipsografia) e encaminhou, pela Coordenação

de Cartografia, os arquivos vetoriais para o ISCGM. As camadas temáticas (vegetação,

Dados disponíveis

Dados em verificação

Dados em desenvolvimento

Considerando participação Não participam

LEGENDA

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cobertura e uso da terra) estão em elaboração pela Coordenação de Recursos Naturais do

IBGE.

A ESRI, em 2002, aportou recursos ao projeto Mapa Global através de um

programa de doação (Grant Program) com o objetivo de intensificar a disseminação dos

dados. Este programa englobou a cessão de software (família ArcGIS ®) e treinamento

para os países participantes, além de disponibilizar os dados do Projeto na Geography

Network (www.geographynetwork.com).

Em fevereiro de 2005 foi enviada ao IBGE correspondência do ISCGM contendo a

validação da componente brasileira do Projeto Mapa Global. A versão consolidada da

componente Brasil do GM foi entregue, pelo IBGE, em julho na 8ª UNRCC para as

Américas, para sua publicação na Web. No mês de julho está iniciando novo treinamento

no ISCGM / GSI, e o Brasil está representado pela engenheira cartógrafa Renata Estevão da

Coordenação de Cartografia do IBGE.

2.3.5 INFRA-ESTRUTURA GLOBAL DE DADOS ESPACIAIS – GSDI

Como reportado por MASSER (1998) até meados da década de 90 já existiam pelo

menos 11 países desenvolvendo estratégias nacionais para informação geográfica.

Em 1996 foi promovida a 1a Conferência para a Infra-estrutura Emergente Global de

Dados Espaciais (Emerging Global Spatial Data Infrastructure (GSDI) Conference), que

foi realizada de 4 a 6 de setembro, em Bonn, Alemanha. (GSDI, 1996) e patrocinada pela

Organização Européia para Informação Geográfica (EUROGI), pela Organização da

Alemanha para Informação Geográfica (DDGI), pelo Instituto Atlantic (AI), pelo Consórcio

Open GIS (OGC), pelo Comitê Federal Americano para Dados Geográficos (FGDC) e pela

Federação Internacional de Geômetras - Comissão 3 (FIG-COM3).

Na abertura desta conferência, o presidente da EUROGI - Michael Brand “enfatiza que onde quer que nós estejamos no mundo, sua evolução, sua cultura, seu estado de desenvolvimento econômico, os problemas que enfrentamos são semelhantes. Eles podem diferir em grau, mas isso é tudo, e infelizmente os problemas não são de natureza técnica que podem, freqüentemente, ter soluções mais fáceis”.

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As principais metas da conferência foram:

• minimizar a duplicação de esforços nacionais e o custo de Pesquisa &

Desenvolvimento (P&D), além de identificar as oportunidades críticas e ameaças

inerentes a criação de uma Infra-estrutura Global de Dados Espaciais;

• criar um vocabulário unificado e definir novos conceitos para facilitar um diálogo

contínuo entre diversas profissões para projetar, implementar e ampliar infra-

estruturas de dados espaciais necessárias para a construção e uso de produtos e

serviços de geo-informação em uma Infra-estrutura Global de Dados Espaciais.

Lance MCKee (1996) identifica que a tecnologia está no centro do conceito de GSDI.

Entretanto, outros assuntos significantes também precisam ser solucionados. E acrescenta

que o ponto principal é que esta conferência deve ajudar a criar um vocabulário "global" ou

"idioma" que organize os pensamentos e ações objetivando à educação das pessoas que

estão participando e que venham a ter iniciativas de construção de Infra-estruturas

Nacionais de Dados Espaciais, as quais num futuro deverão estar conectadas em rede para

serem utilizadas de forma conjunta. A conferência abordou os seguintes assuntos:

• o que é GSDI e por que nós deveríamos nos preocupar com isso;

• que benefícios trará uma GSDI, e para quem;

• o que precisa ser feito para promover e organizar o crescimento de GSDI;

• o vocabulário de GSDI;

• os componentes de tecnologia de uma GSDI;

• geodados: dados legados e dados novos;

• cultura, associações profissionais, agências de Governo;

• estrutura legal e reguladora;

• conclusões e plano global de ação.

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Esta conferência teve a participação de vários países (20), de 64 pesquisadores e

representantes da indústria, e foram relatadas algumas iniciativas de infra-estruturas em

desenvolvimento (Austrália, Japão, Canadá, USA, Holanda) e projetos globais, tais como:

EarthMap/USA; Mapa Global / Japão; Global Marine Spatial Data Infrastrucuture /

Canadá; Global Geospatial Information and Services – GGIS (DMA / USA). Estes relatos

reforçaram a importância de se constituir um fórum que articulasse os projetos em

andamento, para se integrar às idéias e assuntos sobre a composição de Infra-estruturas de

Dados Espaciais, tanto em nível global quanto nacional.

Foi proposto que este Fórum GSDI devesse ser estendido a todos os setores da

comunidade mundial de informação geoespacial. Deveria ser realizado novamente em um

período de 7 a 9 meses para proporcionar o diálogo entre os participantes, tendo grupos de

trabalho informais investigando os problemas com respeito ao uso mais global de IG. Não

foi proposta a criação de nenhum novo projeto global para tratar do tema. Porém, foi

sugerido que os projetos globais existentes, no G7 2 e outros projetos internacionais

(Earthmap, Mapa Global, e projetos ambientais e geofísicos internacionais, projetos

africanos como Africover, etc.) fossem examinados para ver se estavam ocorrendo

problemas comuns e como estavam sendo superados.

Ficou claro que a intenção de cooperação e de compartilhar idéias sobre arquiteturas

de infra-estrutura de dados e soluções são necessárias e consideradas como ações

importantes entre as nações. E enfatizou-se que as decisões sobre um evento num

determinado instante são dependentes do posicionamento, sua localização baseada em

coordenadas.

Todas as pessoas e especialmente os políticos e os gestores têm que ser convencidos

da importância de dados geoespaciais. Estes só fazem sentido se eles estiverem

nacionalmente e globalmente disponíveis e se existir uma infra-estrutura em

funcionamento. É necessário que sejam implementadas ações nesta direção e levada em

conta que a técnica não é o problema; a habilidade para incrementar a cooperação e

articulação institucional e entre nações é o ponto crucial (GSDI, 1996).

2 Grupo dos líderes de governo das maiores economias do mundo, criado pelo Presidente Giscard da França e pelo Chanceler Helmut Schmidt da Alemanha em 1975, inicialmente composto pela França, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra e Japão, no qual foram agregados posteriormente o Canadá e a Itália, para promover conversas, de maneira exclusiva e antiburocrática, sobre as pressões internacionais que afetam as políticas nacionais

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A partir de 1996 foram realizadas outras 6 conferências sobre GSDI, em cada um

dos continentes participantes, como apresentada na tabela 2.1.

TAB. 2.1: Conferências GSDI – realizadas e prevista

GSDI Época de realização Local e país

1ª Setembro de 1996 Bonn, Alemanha

2ª Dezembro de 1997 Chapel Hill, North Carolina, EUA

3ª Dezembro de 1998 Canberra, Austrália

4ª Março de 2000 Cape Town, África

5ª Maio de 2001 Cartagena, Colômbia

6ª Setembro de 2002 Budapeste, Hungria

7ª Janeiro de 2004 Bangalore, Índia

8ª Abril de 2005 Cairo, Egito

9ª A ser agendada Chile (cidade a ser escolhida)

Fonte: MASSER, 2003

A (G)SDI é de importância vital na implementação do Programa da Agenda 21 do

“Summit” do Rio de Janeiro, para as convenções ambientais multinacionais, e deveria ser

colocada como suporte central para a tomada de decisão em nível global. (RHIND (1997)).

Em 1998, em Camberra na Austrália, foi formalizado o Comitê de Direção da GSDI

com a seguinte estrutura organizacional: comitê executivo, com presidente e vice-

presidente e um conselho formado com representantes de cada uma das regiões Ásia e

Pacífico, Europa, África e as Américas; e inicialmente 4 grupos de trabalho: Operacional,

Técnico, Comunicação e Conscientização; e Legal e Econômico.

No período de 1998 a 2000 a GSDI realizou uma pesquisa para identificar as

iniciativas de Infra-estrutura de Dados Espaciais existentes (vide apêndice 2, 3 e 4).

Segundo MASSER (2003) apenas 53 países responderam à pesquisa, abrangendo diferentes

quantitativos nos seguintes continentes: Europa (13), Américas (21), Ásia e Pacífico (13) e

África (6).

Na 5ª conferência, realizada em Cartagena, na Colômbia em 2001 foi apresentado

pelo Grupo de Trabalho Técnico um guia para implementação de Infra-estruturas Nacionais

de Dados Espaciais, denominado Desenvolvendo Infra-estrutura de Dados Espaciais: O

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Guia de IDE (The SDI CookBook), em versão preliminar está em consolidação pelo

conselho da GSDI. Este guia foi elaborado por vários especialistas de diversos países e

contempla os seguintes capítulos (GSDI, 2000):

• Capítulo 1 – Estrutura do Guia;

• Capítulo 2 – Desenvolvimento de Dados Geoespaciais: construção de dados para múltiplos usos;

• Capítulo 3 – Metadados: descrição dos dados geoespaciais;

• Capítulo 4 – Catálogo de Dados Geoespaciais: habilitando a descoberta de dados;

• Capítulo 5 – Visualização de Dados Geoespaciais: Mapeamento na Web;

• Capítulo 6 – Acesso e fornecimento de Dados Geoespaciais: acesso livre para os dados;

• Capítulo 7 – Outros Serviços;

• Capítulo 8 – Expansão e Capacidade de Construção;

• Capítulo 9 – Estudos de Caso;

• Capítulo 10 – Glossário.

A partir da conferência de Cartagena, em 2001, são iniciadas as providências para

transformar a GSDI em uma Associação. Na 6ª conferência realizada, em Budapeste no ano

de 2002, o Conselho de administração foi formalizado com a incumbência de preparar um

Plano Estratégico para a criação da Associação. Esse Plano foi apresentado na 7ª

conferência da GSDI realizada em 2004, em Bangalore na Índia (MASSER, 2003).

Esse plano está orientado para atingir as seguintes metas:

• desenvolver consciência e intercâmbio em assuntos de infra-estrutura para

todos os níveis relevantes, do local para o global;

• estimular o uso de padrões baseados em acesso e busca de dados pela

Internet;

• promover, encorajar, suportar, e conduzir capacitação e treinamento em SDI;

• promover o desenvolvimento e pesquisa em SDI;

• estabelecer e apoiar programas para financiar e prover recursos para efetivar

as metas da GSDI.

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No Plano Estratégico em desenvolvimento e apresentado na 7ª GSDI, foi identificada

a missão da associação, composta pelos seguintes eixos GSDI (GSDI, 2004):

• servir de ponto de contato e voz efetiva para a comunidade global envolvida

no desenvolvimento, implementação e evolução dos conceitos de Infra-

estrutura de Dados Espaciais;

• fomentar Infra-estruturas de Dados Espaciais para suporte a sistemas sociais,

econômicos, e ambientais integrados e sustentáveis em escalas do local ao

global;

• promover o uso participativo e responsável de informações geográficas e

tecnologias espaciais para o benefício de sociedade.

A formulação e composição de IDE nos diversos países onde esta iniciativa já se

iniciou, advém da necessidade de se disponibilizar informação geoespacial para a sociedade

em geral, notadamente com a expansão das telecomunicações, o surgimento da Internet e o

acesso, cada vez a um custo menor, à geotecnologias que têm ampliado a demanda por

dados georreferenciados em diversas áreas e disciplinas. Até a década de 90 esta produção

esteve confinada ao setor público das nações. Entretanto é crescente a pressão das

comunidades – privada, acadêmica e não governamentais – que também vêm produzindo

dados geoespaciais frente às dificuldades em ter conhecimento e acesso aos dados já

produzidos. Neste contexto, observa-se em todo mundo, uma proliferação desse tipo de

dado, gerando duplicação e em alguns casos bases não compatibilizadas, sejam em seus

referenciais, sejam em retratar a realidade físico-político-administrativa.

Esta percepção de elevados gastos públicos na geração de bases geoespaciais

(essenciais) e o pouco retorno à sociedade (pouca disseminação pública de dados

geoespaciais) têm fomentado as discussões e fóruns com o objetivo de compatibilizar,

integrar e disseminar as bases geoespaciais consideradas como fundamentais para a gestão

e o desenvolvimento das nações.

A filosofia que tem norteado as iniciativas de constituição de IDE estão baseadas em

programas de compartilhamento de dados entre os diversos atores da sociedade

(capitaneado na maioria dos países pelo Estado), e objetivam compor uma rede de serviços

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de busca e acesso a dados geoespaciais a serem oferecidos aos cidadãos (produtores e

usuários) para subsidiar a tomada de decisão em suas áreas de atuação.

A influência das Infra-estruturas de Dados Espaciais tem sido significativa,

organizando e disponibilizando os dados geoespaciais que propiciam a ampliação do

conhecimento geográfico das nações. Vêm ainda corroborando com a tomada de decisão

ambiental estratégica para gestão e desenvolvimento social e econômico, e fazendo parte da

filosofia mundial de acesso à informação geográfica para todos.

2.4 CONCEITOS, COMPONENTES E EVOLUÇÃO DE IDE

2.4.1 REFERÊNCIAS CARTOGRÁFICAS E GEODÉSICAS – REFERÊNCIA

GEOMÉTRICA DAS BASES GEOESPACIAIS

A utilização de tecnologia SIG provocou uma notória expansão da gama de usuários

(especialistas e não especialistas) de dados e informações geoespaciais. Entretanto,

observa-se também uma certa desinformação conceitual (noções de Cartografia) na

composição de bases geoespaciais, construídas e utilizadas nos diversos SIG que estão

sendo implementados nos diferentes níveis de governo e na iniciativa privada.

As aplicações geográficas exigem que se definam as bases de referência geométrica a

serem compostas para que se possa compilar / representar os diversos temas envolvidos nas

aplicações. As bases geodésicas e cartográficas são as bases de referência (geométrica e

espacial), sem as quais nenhum tema pode ser retratado e referenciado geograficamente

(ARONOFF, 1989).

Na integração de bases de dados geoespaciais é necessário planejamento e estudo

visando o conhecimento das informações sobre o processo produtivo das bases a serem

integradas (os dados sobre seus dados - metadados). Para se obter dados e informações

confiáveis, com um grau de exatidão mínima e requerida por determinadas aplicações, é

necessário compatibilizar os referenciais geodésicos e cartográficos das referidas bases

geoespaciais a serem integradas (ARIZA, 2002).

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2.4.2 CONCEITUAÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS – IDE

Como citado por Coleman e McLaughlin (1997):

“Anne Branscombe [1982] introduziu o termo "infra-estrutura de informação" para se referir coletivamente às várias mídia, portadoras e até mesmo infra-estrutura física usada para o fornecimento de informação. O termo estava sendo usado em um contexto muito mais amplo antes dos anos 1980, e a noção de infra-estrutura como um agente habilitado (i.e., permitindo os usuários plug in para bancos de dados independentes) estava sendo adotado pela comunidade de processamento de informação. Neil Anderson [1990]3 estendendo a definição sugere que infra-estrutura de informação deveria possuir as seguintes três características importantes:

• os conteúdos (dados), canal (rede de telecomunicações) e controle de fluxo deveriam ter procedimentos unificados;

• as fontes principais e os usuários devem estar conectados e; • a rede deve ser personalizada para fácil acesso aos usuários”.

O termo "infra-estrutura" de dados espaciais é usado freqüentemente para denotar um

conjunto básico de tecnologias, políticas e arranjos institucionais que facilitam a

disponibilidade e o acesso a dados espaciais (COLEMAN & MCLAUGHLIN, 1997;

PCGIAP, 1995; GSDI, 2000).

O Comitê Federal de Dados Geográficos, dos Estados Unidos (FGDC, 1997) define

IDE como “um conjunto de políticas, padrões, e procedimentos sob os quais organizações e

tecnologias interagem para promover o uso, administração e produção, mais eficientes de

dados geoespaciais”.

O Conselho de Informação Espacial da Austrália e Nova Zelândia – ANZLIC,

responsável pela coordenação e o desenvolvimento da IDE australiana explicita que “uma

Infra-estrutura de Dados Espaciais provê uma base para busca de dados espaciais,

avaliação, transferência e aplicação para os usuários e provedores dentro de todos os níveis

de governo, do setor comercial e industrial, dos setores não lucrativos, acadêmicos e do

público geral”. (ASDI, 2004)

Coleman e McLaughlin (1998) definem “a IDE Global como envolvendo as políticas,

tecnologias, padrões e recursos humanos necessário para a efetiva coleta, administração, acesso,

fornecimento e utilização de dados geoespaciais em uma comunidade global”. O objetivo

principal de desenvolver uma IDE é prover um ambiente propício, no qual todos os

participantes, usuários e produtores de informação espacial podem cooperar entre si de um

3 Bibliografia do artigo de Coleman e Mclaughin (1997)

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modo eficiente e efetivo para alcançar seus objetivos. RAJABIFARD et al (2000) reforçam

que no desenvolvimento de uma IDE devem ser enfatizadas como essenciais às interações

entre os provedores e usuários de dados geoespaciais.

O êxito na construção de uma IDE nacional, segundo ICDE (1999) está atrelado aos

seguintes fatores:

• coordenação e condução – deve estar a cargo dos principais produtores e

usuários de dados e informações geoespaciais, considerando as necessidades

nacionais;

• participantes – devem estar envolvidos todos os atores da sociedade

(instituições governamentais, privadas, não governamentais e universidades);

• respaldo político e financeiro – apoio das esferas superiores do governo é

fundamental na definição das diretrizes e no aporte de recursos financeiros

para a execução das fases e projetos de uma IDE;

• cooperação técnica – conhecer as experiências internas de gerenciamento de

dados geoespaciais, estabelecer acordos institucionais para o

compartilhamento de dados, buscar apoio na experiência de outros países e

manter interação com iniciativas regionais e global. ( Agenda 21 - agir local e

pensar global );

• investigação e desenvolvimento – as tecnologias envolvidas na composição de

IDE (telecomunicações, de informação (BD, informática e geomática), SIG,

SR, GPS, dentre outras) requerem pesquisa, estudos e investigações. A IDE

agrega dados e informações multidisciplinares e na maioria das iniciativas o

seu desenvolvimento se operacionaliza através de conselho ou comitê

nacional, o qual viabiliza as discussões dos temas afetos a IDE e agiliza as

comunicações entre as entidades participantes.

MASSER(2003) aponta as seguintes motivações para a implementação de uma IDE:

• importância crescente de informação geográfica dentro da sociedade de

informação;

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• a necessidade dos governos em coordenar a aquisição e disponibilidade de

dados, como citado por Clinton (Ordem Executiva 1994, criação da INDE

americana) – “IG é crucial para promover desenvolvimento econômico,

melhorar nosso monitoramento de recursos e proteger o meio ambiente “;

• necessidade de planejamento para o desenvolvimento social, ambiental e

econômico;

• modernização do governo, em todos os níveis, de gestão e desenvolvimento

(aquisição, produção, análise e disseminação de dados e informações).

Infra-estrutura de Dados Espaciais facilita o acesso à informação geograficamente

relacionada e integrada, oriundas de fontes de dados institucionais que são fornecidos e

mantidos através de acordos de compartilhamento, e utiliza um conjunto mínimo de

procedimentos, padrões, protocolos, especificações e dados fundamentais. Infra-estruturas

de Dados Espaciais são comumente distribuídas eletronicamente pela internet.

2.4.3 COMPONENTES DE UMA IDE

A constatação de que a atuação do homem sobre o meio ambiente vem causando

impactos, que em alguns casos são irreparáveis, têm expandido o reconhecimento e

conscientização da importância e necessidade dos dados geográficos para tomada de

decisão ambiental e territorial. MOELLER (2002) reforça a observação da Agenda 21, de

que a informação geográfica é crítica para os governos e os negócios, e identifica quatro

fatores que corroboram para essa afirmação:

• a informação é um valioso recurso em todas as nações;

• estima-se que 80% de dados de governo têm uma componente espacial;

• a geografia é o fio condutor comum para integrar diversos temas e assuntos;

• sem informação geográfica não se pode efetivar boa governância, governo

eletrônico, segurança dos cidadãos ou sustentabilidade das comunidades.

Neste contexto a IDE é vista como uma forma, eficiente e eficaz, para o

gerenciamento de dados relevantes que subsidiam as atividades de planejamento e gestão

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de vários setores da atuação governamental e privada, promovendo uma abordagem

coordenada para o acesso e aplicação de dados geoespaciais.

Nas diversas iniciativas de IDE relatadas na bibliografia (MASSER,2003; ASDI,

2004; CGDI, 2000; ICDE, 1999; PC IDEA, 2000; PCGIAP, 2000; NGDF, 1998) são

identificados componentes comuns e específicos que incorporam as características gerais,

as questões culturais e as experiências dos países e regiões nas quais foram desenvolvidas.

TAB. 2.2 – Componentes estruturais de IDE de alguns países

Países Componentes IDE Nacional Canadá (CGDI, 2000)

- Políticas; - Padrões; - Estrutura (Framework) de conjuntos de dados fundamentais; - Parcerias;

- Acesso. Portugal (GOUVEIA, 2001)

- Coordenação; - Políticas de cessão e comercialização de dados institucionais; - Dados fundamentais; - Metadados;

- Clearinghouse.

Alemanha (BARWINSKI & KNABENSCHUH, 2000)

- Aspectos de institucional /organizacional; - Aspectos técnicos; - Aspectos legais;

- Aspectos socioeconômicos; - Aspectos internacionais.

Estados Unidos (LANCE, 2003)

- Políticas de acesso a dados; - Metadados; - Clearinghouse; - Proteção de dados; - Dados Geoespaciais; - Parcerias;

- Padrões. Colômbia (ICDE, 2001)

- Dados fundamentais; - Padrões de informação geográfica; - Clearinghouse; - Política de informação geográfica; - Demandas de informação geográfica (planos, programas e projetos nacionais);

- Promoção e divulgação. Fonte: várias (especificadas na coluna dos países)

Nas tabelas 2.2 e 2.3 são evidenciadas algumas das abordagens implementadas, em

nível nacional e regional, por algumas das iniciativas pesquisadas.

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TAB. 2.3 – Componentes IDE de algumas regiões e continentes

Regiões /

Continentes

Componentes IDE Regional

África (LANCE, 2000)

- Inventário e criação de base de conjunto de dados fundamentais; - Coleção e disponibilidade de metadados; - Desenvolvimento e alinhamento de padrões; - Política pertinente à disseminação e acesso;

- Desenvolvimento de capacidade de construção.

Américas (PC IDEA, 2001)

- Assuntos legais e econômicos; - Comunicações para impulsionar o desenvolvimento da IDE; - Políticas e acordos interinstitucionais; - Dados fundamentais; - Padrões de informação geográfica; - Clearinghouse; - Nomes geográficos;

- Fortalecimento institucional.

Ásia e Pacífico (PCGIAP, 2000)

- Implementação de uma rede geodésica regional; - Identificação dos dados fundamentais regionais; - Política para compartilhar dados fundamentais regionais; - Desenvolvimento e integração de dados fundamentais regionais; - Estabelecer uma rede de nós regionais (clearinghouse).

EUROGI /

GI2000 e INSPIRE

2004 (EUROGI, 1999)

- Política para a organização, acesso, distribuição e padronização de IG; - Sistema europeu de metadados; - Política de intercâmbio de experiência com os programas de IDE nacionais; - Políticas para o mercado de IG (produtos e serviços utilizáveis em escalas nacionais e pan-europeías); - Políticas e desenvolvimento de aplicações e ferramentas para análise, visualização e de apresentação que possam ser usadas por leigos (não especializados).

Reino Unido (NDGF, 1998)

- Programa de definição da NGDF; - Metadados; - Pesquisa e tecnologia; - Desenvolvimento de melhores práticas de orientação; - Educação e promoção; - Credenciamento e padrões; - Disponibilidade de dados e novos requisitos.

Austrália e Nova Zelândia (ANZLIC, 2003)

- Estrutura Institucional; - Padrões técnicos; - Dados fundamentais;

- Rede de Clearinghouse.

Fonte: várias (especificadas na coluna das regiões)

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63

MOELLER (2001) ressalta que existem, na construção de IDE ao redor do mundo

“muitas diferenças: legais, organizacionais e econômicas, e muitos elementos comuns:

padrões, dados fundamentais, catálogos / clearinghouse e tecnologia”.

Esta constatação fica evidenciada na leitura das tabelas anteriores, em que os termos

metadados, padrões de dados, dados fundamentais e clearinghouse são citados como um

dos componentes das diferentes infra-estruturas retratadas.

Metadados - dados padronizados, que são usados para documentar e catalogar

conjuntos de dados a serem disseminados. Metadados descrevem o conteúdo, qualidade,

condição, e outras características dos conjuntos de dados espaciais.

Clearinghouse - rede geograficamente distribuída de produtores de dados e usuários

que viabiliza a busca e acesso a metadados padronizados e aos dados espaciais. Envolve

ferramentas de comunicação (Internet), protocolos aceitos internacionalmente (Z39.50) e

métodos padrões que permitem a pesquisa e o acesso aos dados espaciais, os quais não

estão disponíveis nos aplicativos de busca comuns (google, altavista, etc.) (USGS, 1999).

Padrões de dados - padrões de conteúdo de dados, de classificação e gerenciamento

que estão disponíveis para a comunidade de produtores e usuários de dados espaciais.

Esses padrões podem ser pré-definidos por alguns produtores, tais como agências

nacionais.

Dados Fundamentais - conjuntos de dados geoespaciais básicos, com cobertura que

abrange geograficamente unidades territoriais (cartas cadastrais, cartas topográficas e

mapas nacionais), que satisfazem a padrões técnicos e que são essenciais a uma variedade

ampla de usuários. Os dados considerados como fundamentais propiciam que outros temas

de dados sejam construídos ou georreferenciados. A definição do conjunto de dados

fundamentais está relacionada com as características físico-ambientais e as atividades

econômicas desenvolvidas por cada país. (ver tabelas A4 do apêndice 4).

Com a incorporação de geotecnologias a produção de dados geoespaciais, os países

vem desenvolvendo IDE em diferentes níveis da administração pública – local, estadual,

nacional e regional. Alguns países também têm participado da criação de uma infra-

estrutura global de dados espaciais. Estas iniciativas visam facilitar uma melhor

administração e utilização de ativos de dados espaciais existentes (RAJABIFARD et al,

2000). Os dados geoespaciais, além da correlação posicional, têm também relações quanto

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64

a sua produção e aplicabilidade. A tabela 2.4 apresenta as relações existentes nos diversos

níveis de desenvolvimento de IDE quanto ao componente político, dados fundamentais,

padrões técnicos, rede de acesso e recursos humanos.

TAB. 2.4 - Relações entre os componentes dos diversos níveis de IDE

IDE Local

IDE Estadual

IDE Nacional

IDE Regional

IDE Global Político L E

L N L R L G

E L E N E R E G

N L N E N R N G

R L R E R N R G

G L G E G N G R

Dados Fundamentais

L E L N L R L G

E L E N E R E G

N L N E N R N G

R L R E R N R G

G L G E G N G R

Padrões Técnicos

L E L N L R L G

E L E N E R E G

N L N E N R N G

R L R E R N R G

G L G E G N G R

Rede de Acesso

L E L N L R L G

E L E N E R E G

N L N E N R N G

R L R E R N R G

G L G E G N G R

Pessoas

L E L N L R L G

E L E N E R E G

N L N E N R N G

R L R E R N R G

G L G E G N G R

Fonte: RAJABIFARD et al, 2000

A partir da análise da documentação da pesquisa bibliográfica (COLEMAN &

MACLAUGLIN, 1998; ICDE, 2000; PCGIAP, 2000; MSC, 1993; ONSRUD, 2000;

NGDF, 2000; LANCE, 2000; GSDI, 2000; CGDI, 2000; CPIDEA, 2001 e ASDI, 2004 ) e

frente a necessidade urgente de minimizar a duplicação de esforços de produção e ampliar a

disseminação de dados e informações geoespaciais existentes, essenciais aos sistemas de

informação vitais para gestão do espaço territorial e ambiental brasileiro.

Torna-se urgente que se inicie ações estruturadas e sistemáticas para um programa de

compartilhamento de dados e informações entre instituições governamentais (programa a

ser gerenciado pela CONCAR) como o embrião para a Infra-estrutura Nacional de Dados

Impacto Direto Impacto Indireto Sem impacto

L= IDE Local E= IDE Estadual N= IDE Nacional R= IDE Regional G= IDE Global

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65

Espaciais – INDE para o país. A presente dissertação identifica como principais

componentes de uma IDE: as políticas, as questões legais, os dados, os padrões, a

tecnologia e os recursos humanos essenciais para a sua construção. A figura 2.5 retrata a

composição proposta.

FIG. 2.5 – Componentes de uma IDE

Na abordagem proposta os componentes englobam:

• Políticas: política de informação geográfica (acesso, restrições, cessão,

responsabilidade de uso e preços), acordos interinstitucionais para

compartilhamento e acesso aos dados geoespaciais, fluxos para a

manutenção permanente de disseminação de dados e constituição de comitê

ou conselho diretivo da INDE;

• Legais: definição das responsabilidades de produção e disseminação,

direitos autorais e créditos, custódia dos dados e os direitos e deveres dos

participantes;

• Dados: definição dos dados fundamentais e específicos que serão

disponibilizados, análise de qualidade e consistência para viabilizar a

integração de dados de mesma abrangência geográfica;

IDE

Políticas (compartilhamento e acesso)

Legais (mandatos institucionais de produção, direitos, custodia)

Dados (fundamentais: qualificação e integração)

Padrões (metadados, catálogos de metadados, de intercâmbio)

Tecnologia (comunicação, servidores e serviços)

Recursos Humanos (treinamento e capacitação)

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• Padrões: compreende a escolha de padrões para documentação e

catalogação de dados e produtos, através de metadados, objetivando a

disseminação dos dados geoespaciais existentes. Englobam ainda, padrões

de intercâmbio de dados para propiciar a interoperabilidade entre diferentes

sistemas.

• Tecnologia: incorpora os recursos tecnológicos para viabilizar o

armazenamento, gerenciamento, busca e fornecimento dos metadados e

dados geoespacias, envolvendo sistema de comunicação/ redes e protocolos,;

serviços de gerenciamento e busca (clearinghouse); visualização; e de

reprodução de dados;

• Recursos humanos: compreende a capacitação e treinamento dos recursos

humanos para as atividades inerentes à composição de IDE, envolvendo

profissionais de diversas áreas do conhecimento (TI, Informática, Geodésia,

Cartografia, e outras áreas das ciências da Terra), que devem interagir de

forma harmoniosa para definir e implementar os planos de desenvolvimento

da IDE. Esse componente e os dados são considerados como críticos na

construção de uma IDE.

2.4.4 EVOLUÇÃO DE INFRA-ESTRUTURAS DE DADOS ESPACIAIS

2.4.4.1 NO MUNDO

As primeiras estratégias nacionais de informação geográfica datam de 1986 e foram

desenvolvidas por 11 países (MASSER, 1998). Contudo, constata-se que a real efetivação

foi implementada em meados da década de 90, como apresentada na tabela A1 constante do

apêndice 1. Entretanto são intensificadas a partir da Conferência da UNCED realizada no

Rio de Janeiro em 1992, da qual resultou a Agenda 21 que estabelece às orientações para

minorar a deterioração ambiental e estabelecer as bases e diretrizes para um novo modo de

vida sustentável neste século (PCGIAP – 1995).

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67

Desde então países e continentes vêm desenvolvendo programas para inventariar a

situação de suas bases cartográficas e levantamentos geodésicos e temáticos (bases e

informações geoespaciais) para integrar e disseminar produtos e informações, viabilizando

uma maior e mais adequada utilização de dados geoespaciais na tomada de decisão social,

econômica e ambiental de suas nações e seus negócios.

Em 2000 a GSDI implementou uma pesquisa para levantar as iniciativas existentes de

IDE, nos países. A pesquisa indicou que 53 países estavam desenvolvendo ou iniciando o

desenvolvimento de suas IDE. Em 2002, segundo MASSER (2003) já eram 120 países que

consideravam a implementação de uma IDE. A tabela A2 apresentada no apêndice 2 retrata

algumas características (estágio, formalização legal, participação, coordenação e áreas

envolvidas) da construção de IDE em alguns países. Observa-se que apenas seis países

(Reino Unido, Japão, Irlanda do Norte, Holanda, França e África do Sul) dos 24 retratados

têm a participação efetiva do setor privado. Essas iniciativas são coordenadas, em sua

grande maioria pela agência nacional de Cartografia e Levantamento ou pela agência de

Informações e Levantamento de terras.

O apêndice 3 contém a tabela A3 que relaciona os principais componentes da IDE, de

alguns países, e a disponibilização dos dados geoespaciais. Nessa tabela fica evidenciada a

importância de disseminação de dados geoespaciais através de uma clearinghouse, pois

somente seis países (Chipre, Grécia, Índia, Hungria, Irlanda do Norte e Macau) dos 24

representados não estão utilizando este mecanismo. Quanto a disponibilização de dados

geoespaciais, nota-se que existe uma diversidade de modalidade relativa a cobrança pelo

fornecimento dos dados, dez países e regiões (África do Sul, Alemanha, Chipre, Colômbia,

França, Índia, Japão, Malásia, Paquistão e Reino Unido) sinalizam que tem custos o

fornecimento, enquanto três países (Alemanha, Holanda e Macau) relatam que há

intercâmbio gratuito entre agências de governo. E somente oito países e regiões (Antártica,

Canadá, Holanda, Hungria, Indonésia, Rússia, Suécia e Estados Unidos) disseminam

gratuitamente alguns dados geoespaciais.

A definição dos dados fundamentais que compõem uma IDE dependem do estágio

econômico e científico dos países e conseqüentemente do nível e grau de informatização da

produção das agências governamentais. Contudo, ressalta-se que são considerados como

dados fundamentais de referência, pela maioria dos países (tabela A4 do apêndice 4), os

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seguintes conjuntos: rede de controle geodésico; cartas topográficas e cadastrais; nomes

geográficos; limites político-administrativos; elevação e batimetria; e registro de

propriedades e terras. A figura 2.6 apresenta os dados fundamentais de referência por países

extraído da pesquisa de ONSRUD (2000). Entretanto oito países (Colômbia, Hungria,

Indonésia, Irlanda do Norte, Japão, Rússia, Suécia e Estados Unidos) consideram também

como dados fundamentais de referência conjuntos de dados geoespaciais considerados

como dados fundamentais temáticos, por outros países, como por exemplo: vegetação;

solos; geologia; cobertura e uso da terra, que são definidos especialmente pelas

características físico-ambientais e pela atuação dos setores econômicos (agricultura,

mineração e petróleo, e riscos naturais) de cada país. Os conjuntos de dados fundamentais

temáticos considerados por cada país estão retratados na figura 2.7.

FIG. 2.6 – Dados fundamentais de referência, por país

Fonte: ONSRUD, 2000

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69

Legenda: identificou não informou

FIG. 2.7 – Dados fundamentais temáticos, por país

Fonte: ONSRUD, 2000

2.4.4.2 NAS AMÉRICAS

O IPGH e o Comitê Permanente de Dados Espaciais para as Américas - CPIDEA

desenvolveram um levantamento nos países do continente americano para identificar o

estágio do desenvolvimento de Infra-estruturas de Dados Espaciais. Este levantamento

abordou um conjunto de quesitos sete (7) grandes temas: liderança e autoridade;

participantes; dados básicos; componentes; preços; marcos legais e grandes desafios. A

pesquisa foi respondida por 18 países (sendo que em 5 países: Belize, Paraguai, Guiana,

Suriname e Guiana Francesa, não existem iniciativas) de um total de 23 respostas. Na

figura 2.8, estão representados os países que participaram da referida pesquisa.

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70

FIG. 2.8 –Pesquisa sobre iniciativas de IDE nas Américas

Fonte: LANCE, 2000

O conjunto de tabelas a seguir fornece uma visão geral das informações apuradas

pela pesquisa do IPGH, desenvolvida de 1998 a 2000, nos países das Américas, e

consolidada por ONSRUD e LANCE (2000).

TAB. 2.5 – Quantitativos por modelo de liderança para a constituição de INDE

LIDERANÇA E AUTORIDADE

Modelo de Liderança

- uma única instituição ( org. nacional de mapeamento)

Resp.

8

- comitê multi-institucional (oficial) 2

- associação com forte representação governamental 3

- dividida entre várias instituições 6

- grupo não governamental 0

- não sabe 5

Fonte: LANCE, 2000

Mesmo tendo sido o modelo de liderança mais apontado pelos países o de uma

única instituição (de preferência organização de mapeamento sistemático), os quantitativos

das opções comitê multi-institucional e a liderança dividida entre instituições juntos já se

iguala ao quantitativo da opção majoritária, indicando uma tendência de maior interação

entre as organizações produtoras de dados geoespaciais.

Resposta

Não Resposta

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A tabela 2.6 aponta a ainda forte influência das organizações de mapeamento

sistemático como a instituição de liderança para a composição de uma INDE. Entretanto

observa-se certa mudança cultural quanto a esta visão. Alguns países avaliam que as

organizações de mapeamento estão assumindo cada vez mais um papel de normalizadoras e

provedoras de informações geodésicas e cartográficas.

TAB. 2.6 – Quantitativo por tipo de instituição de liderança na constituição de INDE

LIDERANÇA E AUTORIDADE

Tipo de Instituição de Liderança No de respostas

- de Mapeamento sistemático 10

- de Estatística 0

- de Mapeamento e de Estatística 2

- de Meio Ambiente 2

- Transportes e Obras Públicas 1

- Não sabe 6

Na próxima tabela 2.7 nota-se que a inexistência de normas legais não tem

impedido as iniciativas de constituição de INDE. Entretanto ainda são poucos os países que

contam com orçamento e/ou financiamento para a implementação de sua INDE.

TAB. 2.7 – Existência de ações, por país, para a constituição de uma INDE.

AUTORIDADE E PERSPECTIVAS

País Normas legais - INDE iniciativas financiamento

ARGENTINA sim sim sim

BOLIVIA não sim não

BRASIL - sim não

CANADA não sim não

CHILE não sim sim

COLÔMBIA não sim sim

COSTA RICA não sim sim

CUBA sim não sim

EQUADOR não sim não

EL SALVADOR não sim não

GUATEMALA sim sim não

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72

TAB. 2.7 – Existência de ações, por país, para a constituição de uma INDE (cont.).

AUTORIDADE E PERSPECTIVAS

País Normas legais - INDE iniciativas financiamento

HONDURAS não sim não

JAMAICA não sim não

MEXICO sim sim não

NICARAGUA não não/sim não

PANAMA não sim não

PERU - sim não

REPUBLICA

DOMINICANA

sim sim sim

URUGUAY não sim não

USA sim sim sim

VENEZUELA não sim -

Fonte: LANCE, 2000

Na tabela 2.8 fica caracterizada a importância dos dados de referência cartográfica

(mapas topográficos), os quais foram apontados pela maioria dos países como dados

básicos / fundamentais para a composição de uma INDE.

TAB. 2.8 – Dados básicos digitais existentes nos países pesquisados

DADOS BÁSICOS (total de respostas válidas= 16)

Tipos de dados digitais Quantitativo de países

Mapas Topográficos 15

Rede de Transporte 13

Hidrografia / obras hidroelétricas 12

Uso da Terra / Cobertura Vegetal 12

Divisão Político-Administrativa 11

Geologia 10

Solos 10

Dados estatísticos dos Censos 10

Cadastro fundiário 9

. Fonte: LANCE, 2000.

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73

Em decorrência de baixos orçamentos e poucos financiamentos se observa que a

grande maioria dos países considera a recuperação de custos necessária em sua modalidade

de disseminação de dados geoespaciais. Cada instituição tem sua política de preços que são

diferenciados conforme o produto a ser disponibilizado.

TAB. 2.9 – Forma de cobrança dos dados geoespaciais disponibilizados

DISSEMINAÇÃO / PREÇOS

Tipo de Cobrança Número de países

Grátis (custo de reprodução) 3

Recuperação de custos 9

Combinação grátis e recuperação de custos 1

Lucro 0

Não está claro 3

Fonte: LANCE, 2000

A tabela 2.10 evidencia que a grande maioria dos países aponta como grandes

desafios os aspectos legais, a questão de financiamento, os padrões e a política de acesso e

de preços, mesmo alguns tendo informado que existem restrições legais quanto ao acesso

aos dados e os direitos autorais. Na pesquisa também foram apontados outros desafios, tais

como: aspectos de coordenação e organização institucional; falta de recursos humanos;

falta de continuidade na gestão e projetos das instituições; mudanças culturais quanto ao

gerenciamento e disseminação de informação.

TAB. 2.10 – Desafios a serem implementados na constituição de uma INDE

MARCOS LEGAIS

Grandes Desafios No respostas

Aspectos legais (Direitos de Autor e Propriedade intelectual) 9

Financiamento 9

Padrões de informação 7

Política de preços e acesso 6

Serviços de informação online 4

Disponibilidade e produção de dados fundamentais 4

Metadados (desenvolvimento e difusão) 2

Falta de consciência e compromisso da gestão superior 2

Fonte: LANCE, 2000.

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74

Na consolidação da pesquisa, implementada em 1998 (IPGH e CP IDEA) e

consolidada em 2000, por Lance, pode-se inferir que:

• assuntos de SIG e IDE ainda são liderados pelas agências nacionais de Cartografia,

mas atualmente estão sendo efetivados por outros tipos de provedores de

informação geográfica;

• inexistência, na maioria dos países, de políticas relativas ao desenvolvimento de

Infra-estruturas Nacionais de Dados Espaciais;

• existem 17 iniciativas de IDE na região do continente americano (nas Américas) sob

responsabilidade de organizações nacionais;

• a indústria e outros tipos de provedores de tecnologia ainda não estão envolvidos no

desenvolvimento destas iniciativas;

• camadas básicas de dados que freqüentemente são consideradas como dados

fundamentais são: cartografia topográfica incluindo hidrografia, localidades, limites

político-administrativos, estradas; cobertura da terra e uso de terra;

• a recuperação de custos, é uma tendência na maior parte dos países, os preços são

estimados baseados nos custos de produção;

• as restrições principais para consolidação das iniciativas de INDE são os aspectos

legais, de financiamento, a falta de padrões nacionais para dados geoespaciais, e

recursos humanos habilitados.

A resolução da 6ª UNRCC-AM recomendou a formalização de um Comitê

Permanente de Dados Espaciais para as Américas. Mesmo funcionando informalmente o

CP IDEA realizou o levantamento retratado nas tabelas anteriores com o objetivo de

inventariar as características e diretrizes da produção de dados geoespaciais e das

iniciativas de IDE no continente. Esse levantamento evidenciou que alguns países,

notadamente da América Central, por questões ambientais, estão desenvolvendo uma

articulação e integração dos ativos de dados geoespaciais para a região, denominado

PROCIG – Projeto de Informação Geográfica para a América Central.

O Projeto de Informação Geográfica para a América Central (PROCIG) é uma rede

de organizações dos países da América Central que promovem pesquisa e desenvolvimento

de informação geográfica gerada e administrada na região. PROCIG é patrocinado pelo

programa de InfoDev (Information for Development Program) do Banco Mundial, pelos

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75

governos de América Central, pelo Centro de Agricultura Tropical para Pesquisa e

Treinamento (CATIE), e pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT).

O projeto foi idealizado a partir de uma reunião de especialistas dos Institutos de

Estatísticas e Censo do Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador e

Guatemala, na qual ficou evidenciada a necessidade de articulação entre as instituições,

considerando a quantidade de dados geoespaciais disponíveis nas várias instituições que, ao

serem integrados, poderiam contribuir de forma mais consistente e eficaz com a

comunidade usuária desses dados. Inicialmente, o objetivo principal do projeto era

promover a integração de dados estatísticos de censo com informação geográfica para gerar

produtos para disseminação pública.

O projeto prevê o desenvolvimento, em ambiente ESRI (programa de doação da

ESRI), utilizando-se o software ArcView 3.1®. com Spatial Analyst and 3D Analyst®, de

estudos e produtos de SIG e programas de treinamento (realizados nos anos de 2000 e

2001). A rede de informação geográfica do PROCIG disponibiliza uma página na Web

(PROCIG, 2000) com links para os países membros, contendo vários mapas compostos a

partir da integração dos dados nacionais. A figura 2.9 apresenta um dos exemplos

disponíveis na página da Web do PROCIG.

FIG. 2.9 – Cartograma de densidade populacional da América Central

Fonte: PROCIG, 2000.

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76

Em relação ao desenvolvimento de IDE, as diretrizes são ditadas conforme as

condições e as alternativas de cada país membro. Entretanto, como o desenvolvimento de

uma INDE requer um projeto continuado e permanente, vêm sendo tratados os seguintes

temas: catálogo de metadados, Clearinghouse, disponibilidade de dados via Web, serviços

de Webmapping, dentre outros de gerenciamento e disseminação de dados, objetivando a

criação de mecanismos para a administração de dados geoespaciais de forma coordenada

para as Américas (CPIDEA, 2001). A figura 2.10 apresenta uma síntese da evolução das

iniciativas de construção de IDE nos países e em algumas regiões do mundo.

FIG. 2.10 – Evolução das iniciativas de IDE no mundo

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77

2.5 CATÁLOGO DE METADADOS ESPACIAIS E CLEARINGHOUSE –

COMPONENTES VITAIS DE UMA IDE

Na criação de uma Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais, que evita a duplicação

e o desperdício de recursos na geração de bases geoespaciais para múltiplos usos (GSDI,

2000); (PCGIAP, 2000); (CP IDEA, 2001), são requeridos acordos institucionais; o

estabelecimento de padrões; a identificação de dados fundamentais; as tecnologias para

acesso, manutenção e serviços de espaciais; e de descoberta e disseminação de dados e

bases geoespaciais.

Um dos componentes essenciais de uma IDE é a documentação padronizada e

estruturada dos dados e das bases geoespaciais, caracterizada pelos metadados

geoespaciais, que segundo CAMARA et al, (1996) provêm informações sobre a

identificação, a gênese e a forma de veiculação de dados geoespaciais. O padrão de

metadados espaciais, os protocolos de comunicação e os mecanismos de busca de dados são

considerados, na concepção das Infra-estruturas de Dados Espaciais em desenvolvimento

mundialmente, como os componentes técnicos/ tecnológicos chaves.

A presente dissertação propõe a implantação de um catálogo de espaciais, através de

um padrão de metadados, para o cadastramento de dados e bases cartográficas inerentes ao

SCN, e a sua disseminação na rede interamericana de dados geoespaciais (IGDN). A figura

2.11 contextualiza a proposta e detalha o recorte de abordagem da dissertação, por ser a

composição de uma INDE complexa e envolver vários atores do cenário político,

administrativo e técnico-científico, optou-se por abordar partes de três componentes, que

estão envolvidos pela linha vermelha na figura 2.11:

• padrões – documentação de metadados, estudo e a definição dos elementos

mínimos do padrão a ser utilizado e aplicativos para cadastramento;

• tecnológica – rede de disseminação de metadados / clearinghouse (circundada

pela linha azul);

• dados – a descrição dos documentos cartográficos do mapeamento sistemático

terrestre e da Divisão Político-Administrativa (DPA).

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78

FIG. 2.11 – Contextualização dos enfoques de abordagem da dissertação

INDE

• Acordos Institucionais

• Direitos e Deveres

POLÍTICO LEGAL PADRÕES TECNOLÓGICA DADOS CAPACITAÇÃO

Documentação (METADADOS)

Intercâmbio

Padrão ElementosMínimos

Cadastro

Geoserviços

Visualização

Web mapping

Sistema de Localização

LEGENDA

Catálogo Clearinghouse Conexão Gateway Conexão Usuário

• f (IDE) - Mapeamento Sistemático Terrestre e DPA (Malhas)

Servidores (Metadados)

Nó Gateway

Z39.50 HTTP

Usuários

• Operacionalização - Conceitos; - Cadastramento; - Administração; - etc.

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O enfoque central da dissertação está embasado em parte de três componentes de uma

IDE: Padrões – definição do padrão de metadados a ser utilizado para o cadastramento dos dados

cartográficos que compõe o catálogo de metadados cartográficos; Tecnológica – rede de

disseminação de metadados (Clearinghouse – rede distribuída entre produtores e usuários de

dados geoespaciais, composta por servidores, conexões e protocolos de indexação e busca); e

Dados – compreendendo a descrição (metadados) dos documentos cartográficos referentes ao

mapeamento sistemático terrestre e à Divisão Político-Administrativa (DPA) representada através

do mapeamento municipal.

O catálogo de metadados espaciais proposto é devidamente detalhado no capítulo 4.

Enquanto a definição e estruturação de clearinghouse são apresentadas na seção 4.4 (Rede de

disseminação de metadados). Contudo, é relevante que antes sejam conceituados: metadados, a

importância da definição de padrões de metadados, metadados espaciais e as características dos

padrões em uso nos diversos países que são abordados no capítulo 3.

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3 ESTÁGIO E AVALIAÇÃO DOS PADRÕES DE METADADOS ESPACIAIS 3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

O conhecimento humano sempre se apoiou no registro de dados e informações, ou seja, a

documentação de informações tem acompanhado a evolução da humanidade. Os

desenvolvimentos sociais, culturais e científicos da humanidade, através dos seus diversos setores

do conhecimento, vêm se apropriando das diferentes formas de registrar e documentar fatos,

fenômenos, estudos e informações relevantes ao seu caminhar, o que foi exigindo a definição de

modelos, padrões e especificações de dados.

Com a valorização da informação geográfica, decorrente da ampliação de uma

mentalidade menos irresponsável com o meio ambiente e das pressões sociais e econômicas para

uma melhor compreensão da realidade territorial para subsidiar políticas de gestão e

desenvolvimento sustentável, nota-se um crescimento significativo no uso das geotecnologias

(SIG, GPS, SR e outras) nas áreas de planejamento e gestão territorial. O que tem contribuído

para a geração de grandes volumes de dados e informações geoespaciais por parte de

organizações públicas e privadas.

Entretanto, como estes dados são normalmente produzidos para atender a requisitos

específicos de projetos e determinadas aplicações, apresentam especificações e características

técnicas diversas. Neste contexto de produção e de especificações diversificadas, a interpretação

e o uso adequado dos dados por diferentes tipos de usuários requerem que se disponibilize um

conjunto de informações sobre esses dados, que propicie a compreensão e o entendimento sobre a

aplicabilidade e forma de utilização dos mesmos. Denomina-se metadados ao conjunto de dados

e informações que documenta e descreve os dados.

Metadados é um vocábulo composto pela junção do prefixo “meta”, que significa “além

de”, e da palavra “dados”, que é a medida da presença de um determinado conjunto de valores de

uma variável ou fenômeno ou tema, ou ainda o valor para uma medida observada. Este vocábulo

metadados adquire o significado popularizado de “os dados sobre o dado”. Entretanto, existem na

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bibliografia diversas variantes, como as apresentadas a seguir, referentes à definição de

metadados:

• descrevem o conteúdo, condição, histórico, a localização e o formato dos dados (LIMA et

al, 2001);

• informação essencial para que os dados geográficos sejam utilizados de forma consistente

(PEREIRA et al, 2001);

• são dados que identificam e descrevem como utilizar os dados (LONGLEY et al,2001).

• compõem uma das áreas de pesquisa da Tecnologia da Informação - TI que transforma

dados brutos em conhecimento (IKEMATU, 2001);

• são usados para prover uma descrição de alto nível, disponibilizando informações sobre

referenciamento espacial, qualidade, linhagem e periodicidade dos dados (GOODCHILD,

1997).

A utilização de metadados, segundo a bibliografia pesquisada (GOODCHILD, 1997;

RIBEIRO, 1997; LIMA, 2002; WEBER et al, 1999), tem como objetivos principais:

• preservar os investimentos internos (das organizações) na produção dos dados;

• compor o portfólio de informação e dados das organizações / instituições;

• prover informações para identificar, processar, interpretar e integrar dados de fontes

externas.

Os metadados têm como objetivo basilar o de documentar e organizar, de forma sistemática e

estruturada, os dados das organizações, facilitando seu compartilhamento e manutenção, além de

disciplinar a sua produção, armazenamento e, essencialmente, orientar a utilização desses nas

diversas aplicações dos usuários.

Nas tecnologias de processamento de dados e informações - SIG, Data Warehouse – DW

(Bancos de Dados Multidimensionais) e de Sistemas de Apoio a Decisão – SAD, os metadados

são os componentes centrais dos modelos de implementação. Estas tecnologias facilitam a

integração de dados de múltiplas fontes numa base de dados, espacial e semântica, compondo

assim os sistemas corporativos ou a infra-estrutura de informação para a gestão e tomada de

decisão em organizações públicas, privadas e acadêmicas.

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Atualmente, vivencia-se uma revolução informacional (SANTOS 2001). Com a utilização

crescente da rede mundial de informação – INTERNET, a busca por dados e informações tem

sido ampliada de forma significativa e os metadados são peças chave neste ambiente provendo as

descrições dos dados. Em termos gerais se pode identificar os metadados como sendo as

informações necessárias para que os dados se tornem úteis. Estas informações são constituídas

por um conjunto de características sobre os dados e que nem sempre estão incluídas nos dados

propriamente ditos.

Os padrões de metadados estão conceituados e estruturados em seções com funções

específicas de:

- identificar o produtor e a responsabilidade técnica de produção;

- padronizar a terminologia utilizada;

- garantir a transferência de dados;

- viabilizar a integração de informações;

- possibilitar o controle de qualidade;

- garantir os requisitos mínimos de disponibilização.

Os metadados foram utilizados inicialmente na área de biblioteconomia para catalogar

documentações e publicações armazenadas em bibliotecas convencionais. O padrão Machine

Readable Cataloging – MARC - aplicável a área de catalogação bibliográfica e em sistema de

automação de bibliotecas foi desenvolvido na década de 1960, nos Estados Unidos pela LC

(Library of Congress) (SOUZA et al, 1992). O padrão MARC é internacionalmente utilizado e

vários padrões regionais e locais apresentam suas informações também neste padrão. A

Biblioteca Nacional - BN utiliza o padrão MARC / CALCO (Catalogação Cooperativa) e opera

em nível de gerenciamento de referências catalográficas através do sistema ARGONAUTA

®(sistema de administração de bibliotecas, centros de documentação e de informação composto

dos módulos acervo, empréstimos, consulta, relatórios e aquisição). A BN veicula aos seus

usuários os diferentes padrões de metadados: as normas da Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT; a norma ISO 2709, editada para a padronização deste tipo de metadados; e a

ficha catalográfica. Encontra-se no anexo 1 a pesquisa bibliográfica com exemplos recuperados

do portal da Biblioteca Nacional – www.bn.br.

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3.2 PADRÕES DE INTERCÂMBIO DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS E DE VEICULAÇÃO NA WEB

A partir dos anos 80 foi implementada a norma de estruturação / formatação de documentos

denominada SGML, que é a sigla usada para Standard Generalized Markup Language, ou seja,

Linguagem Padrão de Marcação Genérica. A definição da linguagem SGML está documentada

na norma ISO 8879, e é muito utilizada na documentação técnica e na publicação de documentos

eletrônicos (GODOY, 2000). A SGML marca, numa linguagem específica, os capítulos, os

títulos, os parágrafos, as notas de rodapé, em resumo, tudo o que dá forma a um documento, seja

ele um livro, um folheto, um relatório, etc.

Com o advento da WEB surge a HTML, uma norma de estruturação de documentos

eletrônicos para permitir a apresentação e a conexão (hiperligação / hyperlink) de documentos a

partir de servidores INTERNET. HTML é a sigla usada para HyperText Markup Language, ou

seja, Linguagem de Marcação de HiperTexto. As definições de sintaxe e uso da HTML podem

ser encontradas em portal da Universidade de São Paulo (HTML, 1995) e na página da World

Wide Web Consortium (http://www.w3.org/).

A maior parte dos documentos da WEB é codificada em HTML que, além das marcas para

formatar cabeçalhos, parágrafos, listas e tabelas, inclui uma marca para especificar a

funcionalidade de hipertexto. Esta linguagem deriva da SGML, mas é mais simples e mais pobre.

Inicialmente a organização do documento era feita com cerca de 30 marcas (tags), o que fazia

com que os documentos visualizados na WEB apresentassem todos o mesmo visual. A

estruturação HTML tem essencialmente objetivos de apresentação e sem capacidade para

adicionar novas marcas adaptadas para as aplicações dos usuários.

Para acolher na WEB o universo editorial e responder às demandas de se implementar de

maneira automática a extração, manipulação e formatação de conteúdos, surgiu a linguagem

XML com o objetivo de se tornar uma norma tão rica como o SGML, porém, mais fácil de

utilizar. XML é a sigla usada para eXtensible Markup Language, ou seja, Linguagem de

Marcação Expansível. A XML é definida como tendo uma estrutura de conteúdo separada da

forma de apresentação e permite criar novas marcas/tags (HEITLINGER, 2001). Além disso, a

XML integra o UNICODE (fornece um único número para cada caracter, não importa a

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plataforma, não importa o programa, não importa o idioma), que é a norma mundial de conversão

de todos os formatos de alfabeto (russo, japonês, árabe, etc.), tendo também sido criada pelo

W3C - o World Wide Web Consortium. A XML oferece esta riqueza estrutural porque é

“extensível”, permitindo aos autores criar as suas próprias marcas e definir o significado que se

quiser. Por exemplo: além de elementos “tradicionais”, como título e parágrafo, pode-se

livremente acrescentar marcas para indicar citação, cronologia, saldo, n.º de transação ou outra

marca de interesse do usuário.

No ambiente de e-business, a força da XML reside no estabelecimento de um formato

comum de dados, permitindo a comunicação entre diferentes aplicações, bem como a gestão de

conteúdos e a publicação on line. Esta característica permite às empresas individualizar a

informação dos seus portais na WEB, em atendimento às demandas de público alvo, e

especializar apresentações conforme o perfil dos usuários. Uma das aplicações mais importantes

de XML (vide figura 3.1) segundo a TI nos próximos anos será a comunicação de computador

com computador, ou seja, o compartilhamento de dados, integrando as diversas aplicações de

uma empresa ou de empresas diferentes.

FIG. 3.1 – Tendência de padrão para intercâmbio de dados entre sistemas

Fonte: HEITLINGER, 2001

3.3 ESTRUTURAÇÃO DOS PADRÕES DE METADADOS ESPACIAIS

A importância de se compor os metadados das bases geoespaciais é a de se construir um

mecanismo fundamental para transmitir as características, os referenciais, a estruturação e o grau

de qualidade das bases geoespaciais (WEBER at al, 1999). Desde a década de 90, países e

continentes (USA, Canadá, Austrália, Europa, Ásia, etc.) vem discutindo e propondo a

XML Sistema X

Sistema Y

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padronização de metadados para os dados geoespaciais. Os principais padrões utilizados são: o

FGDC (USA); o SAIF (Canadá); o padrão CEN / CERCO (Europa); e os padrões ISO e

OPENGIS (em desenvolvimento). Entretanto, muitas organizações em alguns países, incluindo

países da América Central, América do Sul, Ásia e África ainda desenvolvem suas bases através

de estruturas e modelos próprios e sem os correspondentes metadados.

Como a composição de sistemas de informação tem sido, normalmente um esforço de Estado

/ Nação, alguns países iniciaram articulações internas e externas (Comitês, Grupos de Trabalhos,

etc.) para o desenvolvimento de propostas de padrões de metadados a serem implementados na

produção de seus sistemas de informação – estatística, cartográfica / geodésica e ambiental. No

Brasil observa-se que, somente algumas poucas organizações estão implementando os metadados

de suas bases geoespaciais, mesmo não tendo uma uniformização quanto ao padrão de metadados

geoespaciais a ser utilizado.

Nas últimas duas décadas a incorporação de geotecnologias para a produção, análise e

reprodução de dados geoespaciais tem sido intensificada, tanto por parte do setor público como

da sociedade em geral. Isto tem ampliado, de forma significativa, a demanda por informação

referenciada ao território, ou seja, por bases cartográficas e/ou geoespaciais. A organização e a

estruturação das informações de referência geográfica e temática sobre um dado território

compõe o núcleo ou a “GeoBase” dos Sistemas de Informação Geográfica. As tecnologias

aplicadas à produção, tratamento, armazenamento, gerenciamento, análise, recuperação e

reprodução de informações geoespaciais requerem a integração de bases de referência espacial

com banco de dados descritivos e semânticos. Estas bases integradas constituem–se nas bases de

dados necessárias às análises geográficas e espaciais demandadas pelos sistemas de informação

dos diversos setores do conhecimento e da atuação humana, especialmente os Sistemas de Apoio

à Decisão - SAD.

Com a evolução dos serviços disponibilizados no ambiente WEB, o intercâmbio de dados

tem sido intensificado e têm sido desenvolvidos diferentes aplicativos que viabilizam a

transferência de informações. Segundo WEBER et al (1999), “as aplicações de transferência de

dados implicam numa série de ações conjuntas envolvendo acesso, disponibilidade e adequação

dos dados”, além das informações necessárias para processar e utilizar o conjunto de dados,

viabilizando, assim, a busca e pesquisa entre sistemas, indicando a adequabilidade e a

possibilidade de transferência dos dados.

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Os metadados fornecem as características dos dados a serem transferidos e não as

especificações da ação de transferência. Acesso e disponibilização de dados englobam as

informações necessárias para se conhecer o que um conjunto de dados oferece – seu conteúdo e

características, além das formas de apresentação e representação dos dados. Permitem conhecer a

estrutura da informação e orientam o usuário na navegação pelo conjunto de dados, subsidiando

assim, a análise e decisão do usuário sobre a adequação dos dados às suas necessidades antes da

sua transferência.

Os principais padrões de metadados espaciais apresentados no item 3.3.1 estão estruturados,

com poucas variações conforme a sua aplicabilidade, nas seguintes seções:

• identificação e origem;

• cobertura e referência espacial;

• formato;

• status;

• qualidade;

• entidades e atributos;

• restrições de uso;

• forma de acesso / fornecimento.

As seções definidas nos diversos padrões de metadados constituem, segundo NGDF (2000),

três níveis de metadados: de descoberta ou de identificação; de exploração; e de utilização.

Os metadados de identificação compreendem as informações necessárias para o usuário

discernir sobre o conteúdo, formato e extensão de um conjunto de dados. Estes metadados

cobrem as questões referentes ao "o que, quem, onde, como e quando”, permitindo ao usuário

decidir se o conjunto de dados é potencialmente útil.

Os metadados de exploração relatam as informações relevantes para os usuários avaliarem

a aptidão dos dados às exigências de suas aplicações e está correlacionada à qualidade dos dados.

O conjunto de dados referente à qualidade informa as especificações técnicas de produção

exigidas na aquisição, tratamento e representação cartográfica e geográfica da documentação

espacial. E é uma característica essencial ou de distinção necessária para dados cartográficos de

forma a torná-los aptos para uso. A existência de medidas de qualidade de dados é fundamental

para avaliar a confiabilidade de resultados obtidos a partir de aplicações efetuadas com esses

dados.

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“Qualidade não é a performance máxima, mas o respeito da performance especificada para

responder às necessidades requeridas” (FAIZ, 1996). Conforme o tipo de produção, a data e a

versão da informação podem ser relatadas itens de qualidade diferenciados. Por exemplo, os

dados do mapeamento municipal estatístico, foram atualizados por GPS 4 com precisão

compatível com a distribuição espacial dos elementos existentes no setor censitário, necessária ao

recenseador quando das atividades de coleta dos dados estatísticos dos Censos Demográfico e

Agropecuário. Esses dados podem ser utilizados, adequadamente, como subsídios para descrição

geral das potencialidades municipais. Entretanto, se mostram inadequados para um projeto de

eletrificação rural ou um projeto de assentamento agrário.

Os conjuntos de dados de qualidade comumente retratados são: a linhagem, a acurácia, a

consistência lógica, a completeza; e dependendo do tipo de dados que está se descrevendo - a

precisão, restrições de captação / aquisição e os tratamentos (conversões, correções, etc.)

efetivados durante a produção de um conjunto de dados.

WEBER et al (1999) descrevem os seguintes conjuntos de dados de qualidade:

• Linhagem

Reportam sucintamente as fases de construção / produção do dado, identificando as suas

referências, tais como os insumos originais, os métodos e processos de produção, transformações

efetuadas, observações e outros dados técnicos relevantes, tais como: escala dos insumos e do

produto final; os pontos de referenciamento e de controles utilizados no referenciamento espacial;

a identificação e disponibilização dos algoritmos de transformações e parâmetros utilizados; datas

de aquisição dos dados e de processamento dos dados; e os responsáveis pela construção e

manutenção dos dados.

• Acurácia

Identifica o quanto o dado está correto, informando o quanto o resultado fornecido está

próximo do resultado assumido como verdadeiro. Segundo WEBER et al (1999), o conceito de

acurácia assemelha-se ao conceito de exatidão. Este conceito de acurácia é identificado para as

dimensões posicional ou geométrica, de atributos ou semântica e temporal:

• acurácia posicional ou geométrica – medida que define o quanto o posicionamento

absoluto, o posicionamento relativo e o modelo (forma geométrica e de representação)

4 GARMIN II – tipo navegação

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diferem do dado origem. Descreve a proximidade posicional e de representação do dado

em relação ao dado real;

• acurácia de atributos ou temática – identifica a fidelidade dos dados descritivos /

semânticos. Descreve a modelagem dos dados / arquitetura de informação do conjunto

de dados, isto é, a descrição geral das entidades / objetos, seus comportamentos,

relacionamentos e os valores de seus domínios.

• acurácia temporal – medida de atualidade do dado. Descreve as datas das fases

de produção, de manutenção e dos eventos ao qual o dado foi submetido;

• Consistência Lógica

Este conjunto de informações relata a consistência das relações lógicas e topológicas dos

dados, incluindo informação sobre testes de validação de domínios de valores e de classificação e

hierarquização de feições e/ou entidades. Relatam os requisitos topológicos que são garantidos

nos dados espaciais: conectividade (nós de redes conectados; vizinhança / adjacência /

contigüidade; fechamento de polígonos; compartilhamento de margens / bordas de polígonos

vizinhos); e padronização do sentido de fluxo nos elementos que retratam redes (redes

hidrográficas, de sistemas de transportes, de energia, de comunicação, etc.).

Este conjunto de informações também descreve, de forma sucinta, os métodos utilizados nos

procedimentos de validação da conversão dos dados espaciais analógicos (mapas, cartas,

imagens, valores de coordenadas, etc.) para o ambiente digital. E registra as informações do

controle de qualidade, isto é, as inconsistências identificadas, as correções efetivadas e as datas

da edição.

• Completeza

Este conjunto de dados relata as regras de compilação, ou seja, as regras da linguagem

cartográfica ou de representação do mapeamento utilizadas: os critérios de seleção e de

generalizações; omissões; definições; e conceitos da linguagem de representação cartográfica.

Estas normalmente são informações textuais identificando, de maneira sucinta, os procedimentos

e critérios cartográficos utilizados.

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• Precisão

Especifica a precisão dos valores descritivos e de posicionamento (coordenadas) de um dado

ou conjunto de dados. Precisão é definida como o grau de proximidade de medidas repetidas de

uma mesma quantidade ou observação. Várias medidas de precisão são comumente usadas em

aplicações de posicionamento, inclusive desvio padrão, elipse de erro, dentre outros. Cada um

provê uma indicação da expansão ou dispersão do conjunto de estimativas sobre o significado ou

o valor esperado, refletindo o erro aleatório nas medidas ou observações repetidas.

Os metadados de utilização consistem nas seções que relatam as formas de obtenção dos

dados, mídias para fornecimento, os requisitos computacionais (sistema operacional e aplicativos,

dentre outros), os direitos autorais e as restrições e responsabilidades de uso. Nestes também são,

opcionalmente, informados contatos adicionais para quaisquer dúvidas na utilização dos dados.

3.3.1 PRINCIPAIS PADRÕES DE ESPACIAIS

Com o desenvolvimento de sistemas computacionais em apoio aos processos e métodos

aplicáveis às ciências da Terra, ficou evidenciada a necessidade de se compartilhar os dados e

informações geoespaciais, pois sua aquisição, conversão, tratamento e apresentação demandam

esforços – humanos, financeiros e materiais - consideráveis.

Os padrões de metadados vinculados às áreas das ciências da Terra, denominados

metadados geográficos ou espaciais, tem sido desenvolvidos por agências governamentais e

comitês nacionais e internacionais de normas e padrões.

Com o objetivo de organizar a apresentação dos principais padrões de metadados

espaciais existentes, foi composta tabela 3.1 como modelo para relatar algumas características de

cada padrão:

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TAB. 3.1 – Tabela modelo para apresentação dos padrões de espaciais

Denominação do padrão (sigla, nome e referência)

Órgão responsável pelo padrão

Diretrizes Descreve as principais diretrizes do padrão

Evolução e Estágio Relata a evolução e estágio do padrão

Características Apresenta as principais características (de modelagem e estruturação) do padrão

Categoria de informação (metadados)

Descreve as seções de informação dos metadados que compõe o padrão

Ferramentas Apresenta os programas e aplicativos para o cadastramento dos metadados

No apêndice 5 estão retratados, segundo a tabela modelo 3.1, as características dos

principais padrões de metadados para dados cartográficos, em uso no mundo.

3.3.1.1 ANZLIC (Australia New Zealand Land Information Council)

O modelo de padrão de metadados ANZLIC foi composto a partir da definição de

conteúdo, ou seja, das seções de informação dos metadados geográficos implementada através de

consultas aos produtores e usuários de dados geoespaciais na Austrália e na Nova Zelândia

(apêndice 5 e tabela A5.2).

Em meados da década de 80 a Austrália iniciou a coleta, gerenciamento e apresentação de

metadados espaciais. Porém, não houve uma receptividade das agências governamentais pela

dificuldade e o alto custo de coleta e de atualização. Em 1997 foi feita uma revisão do modelo,

adotando-se a versão 2 do FGDC, sendo disponibilizado o aplicativo MET 97. Em 2000 nova

readequação, desta vez, para incorporar a padronização da norma ISO 19115 – metadados

geográficos.

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3.3.1.2 CEN (European Committee for Standardization)

O CEN está estruturado através de comitês e grupos de trabalho, sendo que os de interesse

para as Geociências são: CEN TC287 – comitê para a padronização de informação geográfica;

CEN TC278 – comitê para a padronização referente aos dados de transporte rodoviário e

telemática de tráfego; CERCO – comitê responsável pela Cartografia Oficial da Europa;

EUROSTAT – organização responsável pelos padrões para a disseminação de dados

geoestatísticos – estatísticos territoriais.

O padrão CEN, sendo uma norma européia, está em utilização em vários projetos:

MEGRIN ( apêndice 5 e tabela A5.3), SABE (limites político-administrativos dos países) e

CORINE (informações sobre uso do solo), dentre outros.

3.3.1.3 DIGEST (Digital Geographic Information Exchange Standards)

O conjunto de especificações DIGEST é utilizado em aplicações militares por vários

países membros da OTAN, que no nível conceitual se parece muito com o padrão do Comitê

Federal Americano para Dados Geográficos - FGDC. Esse conjunto de especificações reúne uma

família de padrões internacionalmente aceitos que fornecem um método uniforme para

intercâmbio de informação geográfica digital. Seus formatos de dados possibilitam o intercâmbio

de dados cartográficos de texto, matricial (raster) e vetorial (apêndice 5 e tabela A5.4).

3.3.1.4 DCMII (Dublin Core Metadata Iniciative)

O padrão Dublin Core é uma iniciativa de um grupo de especialistas (área das ciências da

computação) para a especificação de metadados a serem utilizados para catalogar documentos

eletrônicos na WEB. Como a geração automática de metadados resulta em informação

insuficiente e a geração manual é muito cara, o Dublin Core procura conceber um sistema que

esteja entre esses dois extremos, especificando que os elementos de metadados sejam opcionais e

extensíveis.

O padrão completo para identificar o recurso informacional pode conter, ainda os

seguintes elementos: descrição, colaborador, formato, relacionamento, e direitos de propriedade.

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O padrão DCMI encontra-se em discussão, porém já divulgou sua versão 1.1 (apêndice 5 e tabela

A5.5).

3.3.1.5 FGDC/ CSDGM (Content Standards for Digital Geospatial Metadata)

O padrão de metadados americano foi desenvolvido pelo FGDC (Federal Geographic

Data Committee) – comitê, vinculado à Presidência dos EUA, responsável por desenvolver e

implantar os padrões de dados geoespaciais a serem utilizados, obrigatoriamente, pelos setores

público, privado e acadêmico americano, e coordenar a implantação da Infra-estrutura Nacional

de Dados Espaciais (National Spatial Data Infrastructure – NSDI) dos EUA. O comitê FGDC

está estruturado em diversos sub-comitês que desde 1994 vem desenvolvendo padrões,

aplicativos e capacitação para catalogação de dados geoespaciais segundo o padrão CSDGM

(apêndice 5 e tabela A5.6) e coordenando o intercâmbio de dados segundo o padrão SDTS (vide

tabela A5.11).

Em termos de uso, as normas do FGDC têm servido de referência para o desenvolvimento

de praticamente todos os demais padrões hoje propostos e em uso. Existem bases de metadados,

neste padrão, em várias regiões do mundo (Canadá, Europa, Austrália, Ásia, etc.), principalmente

nos EUA.

3.3.1.6 GCMD (Global Change Master Directory)

O Global Change Master Directory (GCMD) foi desenvolvido pela NASA. O objetivo da

composição do GCMD é o de suportar a comunidade científica na busca e integração de dados

referentes às ciências da Terra (apêndice 5 e tabela A5.7).

Esse padrão se tornou uma fonte de informação sobre dados de satélite e de ciências da

Terra “in situ”, tais como observações sobre a atmosfera, a hidrosfera, os oceanos, a terra firme e

a biosfera, dentre outras formas de observação da Terra.

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3.3.1.7 GDF / CEN TC278 ( telemática de tráfego)

O padrão GDF (apêndice 5 e tabela A5.8) apresenta um esquema de representação de

feições, no qual são dadas as instruções de como representar um objeto como ponto, linha, área

ou feição complexa. As especificações de medida de qualidade descrevem as regras e métodos de

como mensurar a qualidade e validade do arquivo GDF.

No catálogo de dados globais é fornecida a descrição da referência geodésica e

cartográfica, e como os dados foram modelados. As especificações do dicionário de dados são

providas por este catálogo.

A estrutura lógica dos dados descreve como foi modelada a informação de acordo com

regras definidas, identificando também seus requisitos topológicos. Estas especificações são

independentes de uma particular mídia de reprodução. A especificação do meio físico de

reprodução também tem que ser definida no padrão GDF.

3.3.1.8 ISO TC 211 / Norma 19115 – Comitê Técnico para informação geográfica e geomática –

Metadados

A ISO (International Organization for Standardization) provê os requisitos para a

especificação de produtos / dados geográficos, que devem incluir os aspectos relevantes de outros

padrões ISO, tais como: esquema de aplicação, referência espacial e temporal, metadados e

aspectos de qualidade dos dados, e ainda pode conter outras categorias de informação, dentre elas

pode-se citar informações sobre o distribuidor, propósito, produção e manutenção (ISO, 1995).

A ISO identifica as seguintes referências normativas, que são aplicadas aos produtos e dados

geográficos:

ISO 19107: Informação Geográfica — Esquema Espacial ISO 19108: Informação Geográfica — Esquema Temporal. ISO 19109: Informação Geográfica — Esquema de regras para aplicação ISO 19110: Informação Geográfica — Catalogação metodológica de elemento ISO 19111: Informação Geográfica — Referência Espacial para coordenadas. ISO 19112: Informação Geográfica — Referenciamento espacial por identificador geográfico ISO 19113: Informação Geográfica — Princípios de qualidade. ISO 19115: Informação Geográfica — Metadados. ISO 19118: Informação Geográfica — Codificação ISO 19125-1: Informação Geográfica — Acesso a elementos

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O Comitê TC 211 está estabelecendo um consenso internacional para padrão de

metadados (ISO 19115), e especifica um vocabulário comum para campos e estruturas,

objetivando minimizar as deficiências de alguns padrões que descrevem campos através de texto

livre e propiciar um padrão de metadados que contemple todos os tipos de dados geoespaciais

(formatos matriciais (produtos de SR), vetoriais e Banco de Dados Geoespaciais).

Para a definição do padrão ISO 19115 (apêndice 5 e tabela A5.9), o comitê TC 211

avaliou os padrões existentes (FGDC, ANZLIC, CEN, etc) identificando os elementos

significativos para a documentação de dados espaciais e propôs uma modelagem (UML)

utilizando o paradigma de orientação a objetos, definindo classes de elementos, dicionário para

terminologia (elementos, tipos de dados e definições). O padrão foi desenvolvido em XML,

linguagem de marcação extensível que permite aos usuários acrescentar novas informações

consideradas relevantes.

3.3.2 INTEROPERABILIDADE E PADRÕES DE INTERCÂMBIO DE DADOS

GEOESPACIAIS

A questão da interoperabilidade entre sistemas exige o conhecimento sintático e semântico

dos conjuntos de dados a serem processados pelos sistemas. Os metadados fornecem vários dados

sintáticos referentes aos conjuntos de dados. Porém são precários quanto à descrição da

modelagem e estrutura semântica dos conjuntos de dados geoespaciais. Para tanto alguns países

especificaram normas para intercâmbio de dados geoespaciais o apêndice 6 retrata alguns destes

padrões de intercâmbio.

3.3.2.1 SAIF - SPATIAL ARCHIVE AND INTERCHANGE FORMAT

O SAIF não enfatiza a separação entre entidades gráficas e atributos, incorporando a noção de

compartilhamento de objeto (dados espaciais e espaços-temporais), permitindo um maior

leque de informações e possibilidade de atendimento específico (Apêndice 6 e tabela A6.1).

Este padrão aborda a estrutura de dados através do paradigma da orientação a objetos

(OMT), onde os dados são considerados como instâncias de tipos (classes) que seguem uma

hierarquia extensível pelo usuário. O modelo de dados é definido como um conjunto de conceitos

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95

e regras de composição associadas, usadas para descrever tipos e relacionamentos entre instâncias

ou classes. Atualmente, o SAIF vem sendo usado no Canadá e em várias regiões dos Estados

Unidos. Apesar disso, é extremamente raro encontrar bases de metadados cadastrados de acordo

com esse padrão. Entre os usuários cita-se o Projeto Sequoia 2000 (é um projeto que tem como

meta o desenvolvimento de sistemas de informação em larga escala para cientistas preocupados

com o meio ambiente - University of California, Berkeley,

http://s2k-ftp.cs.berkeley.edu:8000/sequoia/abouts2k.html ).

3.3.2.2 FGDC / SDTS (SPATIAL DATA TRANSFER STANDARD)

O padrão SDTS foi desenvolvido para permitir a transferência de conjuntos de dados

espaciais entre diferentes sistemas, enquanto o padrão CSDGM foi desenvolvido para definir os

elementos de metadados usados para documentar dados geoespaciais digitais para vários

propósitos. Uma vez que o SDTS é um padrão para transferência de dados, o conteúdo de seus

metadados primários é usado para determinar a aptidão do conjunto de dados para o propósito do

usuário (apêndice 6 e tabela A6.2).

Há um relacionamento estreito entre o padrão CSDGM e os elementos de metadados

contidos no modulo Data Quality do SDTS, e em outros locais dentro do conjunto de

transferência SDTS. Como o padrão CSDGM contém metadados usados para procurar por

conjuntos de dados espaciais digitais, esses elementos não precisam estar contidos no conjunto de

transferência SDTS.

3.3.2.3 GEOBR ( INTERCÂMBIO DE DADOS GEOGRÁFICOS – BRASIL / INPE)

A proposta de padrão de intercâmbio GEOBR, implementada pelo INPE (apêndice 6 e

tabela A6.3), encontra-se em fase de desenvolvimento e não tendo aplicações institucionais,

exceto no meio acadêmico, através de teses e artigos científicos.

Os padrões de metadados espaciais vêm sendo especificados, desde o final da década de 80,

para documentar e disponibilizar dados geográficos, inicialmente entre as agências de governo,

mas atualmente muitos países os disponibilizam através da Web para o público em geral. Os

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96

padrões se diferenciam mais pela modelagem e estruturação de seus elementos do que por seu

conteúdo. Há um consenso mundial, em se adotar o padrão ISO (2003). Entretanto ainda são

poucos os países que estão implementando a migração de seus metadados para este padrão

(Portugal e Austrália). No continente americano, na África e alguns países (Itália, Hungria, Japão

e Rússia) o padrão mais utilizado é o FGDC, devido a atuação desse comitê em prover

capacitação e treinamento nos conceitos inerentes aos metadados espaciais e ferramentas para

cadastramento, além de viabilizar a disponibilização dos mesmos através da Rede Interamericana

de Dados Geográficos – IGDN (EROS, 2000). O FGDC está desenvolvendo (por contrato)

aplicativo para migração dos metadados cadastrados no seu padrão para o padrão ISO 19115

publicado em 2003 pela ISO. E está prevista a disponibilização desse aplicativo para os

participantes da IGDN.

3.3.3 FATORES FAVORÁVEIS NA IMPLEMENTAÇÃO DE METADADOS

A Terceira Revolução Industrial ou a Revolução Informacional está calcada na socialização

do conhecimento através do acesso e disponibilização de dados e informações. Com o

desenvolvimento e implantação da Internet, questões relativas à disponibilidade, acesso,

adequação e compartilhamento de dados se tornaram atividades para as quais os usuários buscam

soluções efetivas. Neste contexto os metadados se tornaram itens de dados essenciais .

A tecnologia de metadados evoluiu em função dos requisitos de administração de dados, da

necessidade de intercâmbio de dados entre organizações e da padronização da documentação

sobre os dados produzidos, a serem disponibilizados através das redes - intranets e extranets

(ISA, 2003).

Com a ampliação (natural) dos acervos legislativos, jurídicos, técnico-científicos,

administrativos e funcionais das organizações são necessárias para seu gerenciamento e

administração, normas de padronização e estruturação de bases de dados, e a composição de

metadados para a padronização e disponibilização, de maneira estruturada, de informações sobre

o significado e conteúdo dos dados envolvidos nos negócios das organizações.

Vantagens da implantação de metadados nas organizações:

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97

• propiciar um maior conhecimento quanto ao conteúdo dos dados relevantes ao seu

negócio,

• estabelecer um controle eficiente na produção de dados e informações, além de auditar e

informar a qualidade dos dados produzidos;

• subsidiar a disseminação e identificar direitos de propriedade de produção e de uso dos

dados;

• viabilizar a transferência / intercâmbio / compartilhamento de dados entre sistemas e

organizações.

Os usuários estão, cada vez mais, demandando das organizações, públicas, privadas e

acadêmicas, produtoras de dados e informações, que disponibilizem os seus metadados,

viabilizando assim o conhecimento sobre a origem, a linhagem, a qualidade e a aplicabilidade da

informação digital por elas veiculadas e/ou comercializadas. Na busca de dados relevantes para

uma dada aplicação é fundamental que se disponha de uma documentação consistente sobre os

dados de interesse, o que significa ter os metadados disponíveis.

Existem casos em que os solicitantes não têm conhecimento sobre os dados envolvidos na

sua solicitação, sendo necessário, portanto, a disponibilização de metadados, tal qual a função

help, existente em diversos aplicativos. Os metadados são instrumento primordial para

esclarecimento, explicitação e explicação dos dados e informações a serem geradas, recuperadas

e fornecidas. Esta conduta possibilitará ao usuário avaliar se o dado pesquisado atende os

requisitos de sua aplicação.

As principais vantagens identificadas na utilização de metadados em ambiente de rede

INTERNET, são (ICDE, 2000):

• estabelecer padrões de descritores de dados, diante da enorme e diversificada gama de

informações contidas e disponibilizada na rede;

• propiciar aos usuários, identificar o conteúdo e analisar a adequabilidade dos dados

disponíveis para as suas múltiplas aplicações;

• estimular o uso de padrões de metadados, e seu cadastramento;

• viabilizar os estudos para a definição das linguagens de consulta (semântica e espacial) de

metadados e sistemas de intercâmbio de dados.

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98

3.3.4 FATORES CRÍTICOS NA PRODUÇÃO E NA IMPLEMENTAÇÃO DE

METADADOS

Nas organizações onde a documentação dos dados não é priorizada, observa-se superposição

de esforços na implementação de processos de aquisição, tratamento e manutenção de seus dados.

Isto gera inconsistências e duplicação de procedimentos, acarretando usos inadequados e

ineficientes da informação (RIBEIRO, 1997).

A seguir relacionam-se alguns dos itens que impactam a implementação de metadados:

- Disponibilidade dos dados e metadados

• apenas parte do acervo de informação existente está em meio digital e não dispõe dos

correspondentes metadados.

• existem dificuldades em se recuperar e cadastrar os metadados das informações já

produzidas de forma digital;

• dos acervos em meio analógico, alguns não detêm informações necessárias para se

extrair seus metadados, como por exemplo a linhagem e os métodos de produção.

- Periodicidade de cadastramento e atualização

• a produção dos dados, as sucessivas versões e atualizações e o cadastramento de seus

metadados têm execução em tempos diferenciados;

• a definição do momento de cadastramento dos metadados é fator crítico. Deve-se dar

preferência para o cadastramento on line com a produção. A periodicidade de

atualização é item essencial, demandado pelos usuários quando da disseminação do

conjunto de dados;

- Qualidade

• devem ser relatados atributos em que sejam identificados, inequivocamente, os

requisitos de qualidade garantidos nas componentes: espacial, semântica e temporal.

- Quantidade de dados

• a quantidade de dados e informações produzidas não deve inibir a implementação de

metadados. Devem ser definidas prioridades para o cadastramento (dos mais recentes

e com maior freqüência de demanda para os mais antigos);

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• os metadados devem ser cadastrados para todo o acervo das instituições, e não apenas

para os dados digitais. Os dados e informações analógicas necessitam ter seus

metadados;

• o tamanho dos arquivos ou a quantidade de feições podem acarretar problemas no

momento de transferência. Este é um item que deve ser informado nos metadados.

- Padronização

• informações sobre o padrão e modelo de estruturação dos dados – espaciais e

semânticos, é primordial para a compreensão dos dados por parte de todos os usuários

e é uma exigência para a interoperabilidade entre sistemas computacionais.

- Interoperabilidade

• a interoperabilidade de dados entre sistemas exige grande número de informações de

forma padronizada e estruturada. É necessário à identificação dos modelos, formatos e

tecnologias aplicáveis do sistema de dados “origem”, para serem incorporados pelo

sistema “destino”.

Os metadados têm tradicionalmente sido vistos como um item separado do núcleo ou do

corpo da informação, aquela que está relacionada com as transações de negócio das organizações.

Entretanto, algumas especificações e definições de produtos, regras de negócios, informações de

formatos e domínios, detalhes de mídia, fontes, créditos e direitos autorais têm sido considerados,

em alguns casos, como metadados ou partes de metadados.

Nota-se uma maior preocupação das organizações públicas, privadas e do meio acadêmico

com a documentação de seu acervo – analógico e digital, o que tem apontado para a necessidade

de se modelar e compor metadados dos projetos e/ou dos repositórios de dados e informações.

Esta conduta tem como objetivo dispor de uma documentação padronizada e estruturada, e

também viabilizar a transferência e o intercâmbio de dados e informações. Observa-se que ainda

são incipientes os investimentos para documentar, de forma padronizada e estruturada, a memória

organizacional e informacional das instituições, o que tem acarretado, em alguns casos, perda de

informação e deficiências na integração da produção dos dados e conseqüentemente pouca

eficiência na disseminação.

Na documentação de dados, os metadados tem sido, em algumas organizações, tratados da

mesma forma que a documentação de sistemas e aplicativos, isto é, todos sabem da importância

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desta documentação, porém nem todos a desenvolvem ou a implementam, causando impactos

significativos na manutenção do ambiente informacional destas organizações. Segundo

CALLAHAN et al, 1996, “a documentação de conjuntos de dados é vista freqüentemente pelos

produtores dos dados como uma tarefa onerosa e é então deixada para depois, tornando-se

inacabada”. Quanto aos metadados, sua ausência gera impactos no intercâmbio e na utilização

adequada dos dados veiculados. O tratamento e a implementação de banco de metadados nas

organizações variam conforme a gestão de negócios, seu nível de integração intra e

interinstitucional e fundamentalmente seu grau de informatização. O estágio atual do

desenvolvimento informacional e tecnológico da “aldeia” global, cada vez mais, evidencia a

importância dos metadados.

O uso de bases de dados por diferentes grupos de usuários com múltiplos interesses depende

de uma documentação apropriada. Os metadados compõem esta documentação, permitindo a

compreensão de seu significado e a localização das informações necessárias e adequadas para as

aplicações. Entretanto, observa-se que a implantação de banco de metadados nas organizações é

tarefa complexa e de desenvolvimento gradativo.

Atualmente os usuários das info-redes detêm conhecimentos diversificados – de leigos até

superespecializados, o que amplia ainda mais a importância e a necessidade de metadados

adequados tanto para a caracterização quanto para a descrição e compreensão dos dados.

O desenvolvimento de Catálogos ou Bancos de Metadados Espaciais nas instituições

provedoras de dados e informações identifica o seu compromisso com o compartilhamento de

informações sobre a realidade espacial e territorial da Nação e corrobora com a ampliação do

conhecimento na sociedade sobre o país.

3.4 DIAGNÓSTICO DE USO DE PADRÕES DE METADADOS, NO BRASIL

Com a incorporação de geotecnologias (SR, GPS, SIG, dentre outras) na produção de dados

e informações geoespaciais, as instituições brasileiras têm gerado um volume significativo de

sistemas para a coleta, tratamento, gerenciamento e edição de diversos produtos, nas mais

variadas mídias. Entretanto, ainda são poucas as instituições que disponibilizam seus dados e

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informações de forma eletrônica, via Internet, incluindo a documentação sobre as características

dos mesmos, ou seja, seus metadados.

Nas duas últimas décadas as instituições brasileiras se dedicaram à absorção de tecnologias

nos processos de produção, à capacitação e treinamento de seu pessoal e à composição de

sistemas de informação em atendimento aos seus projetos. Conforme abordado por BOMFIM

(2001), “as Instituições Públicas incorrem em processos de entropia, onde as suas unidades

procuram atingir suas metas sem integração entre as mesmas. É preciso melhorar a comunicação

entre as partes, identificando o desempenho de cada uma das partes na Instituição em termos de

eficácia e eficiência”.

Os sistemas de informação utilizados na maioria das instituições não são integrados e

provêm de sistemas departamentais, gerenciais, estatísticos e, em muitos casos, através de

planilhas eletrônicas, banco de dados específicos e outros. Normalmente, esses sistemas utilizam

diversas tecnologias de informação, sendo os dados coletados, tratados e armazenados em

diferentes áreas, épocas e formatos. Neste contexto a integração torna-se mais complexa,

exigindo políticas e investimentos constantes em tecnologias de informação capazes de produzir,

documentar, gerir e disseminar dados e informações, não só para a própria instituição como um

todo, mas também para a sociedade.

No Brasil, a documentação através de metadados tem evoluído na área de biblioteconomia.

Entretanto, não se tem bibliografia referente à implementação continuada de metadados na

produção de dados geoespaciais nas instituições brasileiras. Esse fato apontou para a necessidade

de se realizar um diagnóstico de como o tema está sendo tratado pelas instituições produtoras de

dados geoespaciais.

Na concepção do questionário para o levantamento do diagnóstico foram identificados três

conjuntos de informações a serem inventariados: articulação e integração institucional;

modalidades de composição de base de dados; e padrões de metadados utilizados, tendo como

objetivo compor uma visão geral da cultura de informação vigente nas instituições (Apêndice 5).

O referido questionário foi encaminhado eletronicamente para 6 (seis) prefeituras, 32 (trinta e

duas) instituições estaduais e 11 (onze) instituições federais, totalizando 49 (quarenta e nove)

instituições.

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3.4.1 ANÁLISE DAS RESPOSTAS E APURAÇÃO DO LEVANTAMENTO

O levantamento teve o retorno formal de 14 (quatorze) respostas, e informal de 7 (sete)

instituições, através de: respostas encaminhadas às Unidades Descentralizadas do IBGE e por

contato telefônico. Entretanto 8 (oito) instituições informaram extra-oficialmente que não tem

nada. E 20 (vinte) instituições não fizeram nenhuma comunicação.

A tabela 3.2 apresenta as informações referentes ao uso de padrões de metadados, seu

cadastramento e categorias de informação consideradas relevantes pelas instituições que

responderam ao levantamento.

TAB. 3.2 – Síntese do uso de padrões de metadados nas instituições brasileiras, por tipo

Informações Institucionais

Padrão de metadados

Utilização de padrão Serviço de Metadados

Tipo de Instituição

Total Pesq.

Lev. Internet não sim Próprio FGDC não sim Prefeituras 7 4 3 4 3 2 1 4 3 Órgãos Estaduais

8 5 3 5 3 2 1 7 1

Órgãos Federais

9 7 2 6 3 2 1 9 -

Agências Reguladoras

2 2 - 1 1 - 1 2 -

Órgãos de Cartografia Sistemática (Federal)

3 3 - 1 2 2 (*)

1 (*)

1 2

Total 29 21 8 17 12 8 5 23 6 (*) Órgão Federal que tem formato próprio e também está implementando o padrão FGDC.

Fonte: Levantamento através de questionário e via Internet

Às 21 (vinte e uma) respostas (correspopndendo 42,6% dos questionários enviados) foram

adicionadas mais 8 (oito) instituições pesquisadas pela Internet, totalizando 29 (vinte e nove)

instituições pesquisadas para o Levantamento de Uso de Padrões de Metadados implementado.

Da leitura da tabela 3.2 ressalta-se que somente 12 (doze) estão utilizando algum padrão de

metadados, e dessas apenas 6 (seis) tem serviço de disponibilização de metadados, sendo que 2

(duas - prefeituras) tem serviço de metadados disponível na Internet. As 4 (quatro) restantes

(prefeitura, órgão estadual, e os órgãos de Cartografia Sistemática) disponibilizam documentação

sobre os produtos, ou no momento de fornecimento dos dados aos usuários e/ou por

disseminação interna através de Intranet.

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A tabela 3.3 apresenta os quantitativos, por tipo de instituição, que vêm desenvolvendo o

cadastramento sistemático dos metadados de seus conjuntos de dados. Observa-se, entretanto,

que existe uma diferença entre os valores de utilização de padrões apontada na tabela 3.13, para

os quantitativos de instituições que mantêm um cadastramento de metadados (8 e 7). Isto deve-se

ao fato de ter sido apontada a legenda dos mapas como cadastramento de metadados.

TAB.3.3 – Síntese po tipo do cadastramento de metadados nas instituições brasileiras Padrão de metadados

Dados com metadados

Cadastramento de metadados

Serviço de Metadados

Tipo de Instituição

Total pesquisa

sim sim Próprio FGDC sim Prefeituras 7 3 3 2 1 3

Órgãos Estaduais

8 3 3 2 1 1

Órgãos Federais

9 3 3 1 1 -

Agências Reguladoras

2 1 1 - 1 -

Órgãos de Cartografia Sistemática (Federal)

3 2 2 2 (*) 1 2

Total 29 12 12 7 5 6

(*) Órgão Federal que tem formato próprio e também está implementando o padrão FGDC.

A identificação das seções relevantes para compor um padrão de metadados adequado à

realidade brasileira foi solicitada no questionário de levantamento (Apêndice 5), sendo que na

tabela 3.4 estão retratados os conjuntos de informação (seções) que foram consideradas como

relevantes pelas instituições que responderam ao levantamento. As seções definidas no

questionário forma embasadas na conceituação de metadados e nas especificações dos principais

padrões descritos anteriormente na seção 3.3.

TAB. 3.4 – Seções relevantes para compor padrão de metadados - Instituições brasileiras (*)

Seções Instituições Prefeituras Órgãos Estaduais

Órgãos Federais

Agências Reguladoras

Órgãos Cartografia Sistemática

Identificação X X X X X X X X X X - Qualidade - - X X X X - X X X -

Organização espacial X X X X X X - X X X - Referência Espacial X X X X X X X X X X -

Entidades e Atributos X X X X - X - X X X X Citação / produtor X - X X X X X X X X -

Período de referência - - X X X X X X X X X Contato técnico - X X X X X - X X X -

(*) nem todas as instituições que responderam identificaram as seções componentes

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É curioso ressaltar que 4 (quatro) instituições que responderam sobre as seções componentes

de um padrão de metadados não apontam a seção de qualidade dos dados como relevante na

composição do padrão. Contudo, é através dessa seção que se pode auferir se os dados têm

qualidade e/ou adequabilidade compatível com determinada aplicação.

3.4.2 DIAGNÓSTICO DE USO DE PADRÕES DE METADADOS

Ao se realizar a apuração dos questionários respondidos optou-se por não apresentar as

respostas consolidadas por instituição de modo a manter o sigilo sugerido por algumas

instituições, preservar os profissionais envolvidos, além de não se ter tido acesso a todos os

projetos de produção de dados geoespaciais existentes no setor público. Os pontos fortes

identificados pelas instituições pesquisadas foram:

• informações sobre a origem;

• complemento para melhor compreensão da informação;

• expressar a organização dos planos de informação.

• facilitar a pesquisa e o acesso as informações;

• criar padrão de informações sobre os dados;

• possibilitar a pesquisa sobre os mesmos dados em várias instituições;

• promover o conhecimento do acervo, da natureza e da qualidade da informação espacial,

bem como os detentores da informação;

• grande relevância, dados completos sobre cada informação tornando-as mais confiáveis;

• dar maior visibilidade aos dados fornecidos;

• conhecimento das bases geoespaciais para referência e atualização das mesmas;

• prover informações descritivas que permitem ser mais fácil a identificação, a organização

e a recuperação dos dados;

• documentar, preservar e viabilizar a busca e disseminação de bases geoespaciais, prover

conhecimento sobre as bases produzidas;

• preservar a história do dado, possibilitar que mesmo base de dados com algumas

inconsistências possa ser útil para algumas aplicações, limitar a responsabilidade, facilitar

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o uso, registrar o conhecimento das pessoas que fizeram parte da obtenção ou atualização

do dado.

E como pontos críticos as instituições indicaram os seguintes fatores:

• dificuldades em educar os profissionais para estarem aptos a implementarem metadados;

• ausência de um padrão nacional;

• a necessidade de manutenção dos metadados;

• investimentos na produção para a introdução de etapa específica de documentação

concomitante com a produção de dados, conscientização dos técnicos sobre a

importância de se cadastrar metadados;

• escassez de recursos humanos capacitados.

Quanto à visão das instituições referente à padronização de metadados foram obtidas as

seguintes respostas:

• limitada e ainda carente de informação, treinamento e instrução;

• essencial no âmbito da empresa;

• em implantação, frente a importância para o intercâmbio de dados geoespaciais entre os

órgãos de governo;

• grande facilitador para troca/aquisição de informações além de dar mais credibilidade as

informações;

• otimizar o emprego das fontes de dados (imagens, cartas, bases cartográficas),

propiciando a redução dos custos de produção, a eficiência dos processos e a

confiabilidade dos produtos cartográficos;

• reativação da Câmara Técnica de Cartografia e Geoprocessamento do Estado;

• é importante para distribuir o conhecimento sobre as bases de dados e os produtos

gerados;

• é de grande valia para a globalização da informação, para tanto, se está trabalhando na

padronização para produção e disponibilização dessas informações;

• facilita a disseminação da informação pelo conhecimento do que se tem nas bases

cartográficas através das informações constantes nos metadados;

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• traz benefícios para a disseminação e compartilhamento das diversas bases geoespaciais

existentes;

• mecanismo essencial para a documentação do acervo, o intercâmbio e a disseminação de

dados cartográficos;

• não existe uma política específica. A empresa possui política de patentes;

• é importante a atualização constante dos metadados nos formatos definidos pelo

convênio. Deseja-se, no futuro, transcrever os metadados atualmente disponíveis para

padrões da indústria.

3.4.3 INICIATIVAS DE SUCESSO DE SERVIÇOS DE METADADOS

A seguir são apresentadas algumas iniciativas de sucesso na implementação de serviços de

metadados no Brasil:

• Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia (LBA)

A definição do projeto LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na

Amazônia (Large Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazonia, LBA), segundo o

portal, “é uma iniciativa internacional de pesquisa liderada pelo Brasil. O LBA está planejado para gerar

novos conhecimentos necessários à compreensão do funcionamento climatológico, ecológico,

biogeoquímico e hidrológico da Amazônia, do impacto das mudanças dos usos da terra nesse

funcionamento e das interações entre a Amazônia e o sistema biogeofísico global da Terra.

(CPTEC,2004).” A figura 3.2 apresenta o fluxo para a integração de dados ao projeto LBA. Esse

projeto disponibiliza aos pesquisadores um editor de metadados próprio (LBA Metadata Editor

at CPTEC for the Beija-flor Search Engine - http://lba.cptec.inpe.br/cgi-bin/lme/access.pl ) que

utiliza o padrão DIF e HTML, usados também pelo FGDC e sua rede de disseminação de

metadados (clearinghouse). O LBA propicia um sistema de busca a dados multidisciplinares

denominado Beija Flor (figura 3.3).

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FIG. 3.2 – Sistema de Dados Integrados do LBA

Fonte: CPTEC (INPE), 2004.

FIG.3.3 – Sistema de Pesquisa de dados do Projeto LBA Fonte: CPTEC,2004

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• BCDAM – Sistema de Bases Compartilhadas da Amazônia

O projeto BCDAM (figura 3.4) contempla a Base Referencial de Informações sobre a

Amazônia – BRISA, que foi desenvolvida pela CPRM, a qual utiliza o padrão CPRMd para

metadados implementado por ALMEIDA (1999). As tentativas de acesso à BRISA foram

infrutíferas.

FIG. 3.4 – Tela do Portal do BCDAM

Ao se acessar a Base de Dados e Informações Cartográficas se obtém como resultado uma

lista de projetos desenvolvidos por instituições governamentais, como retratado pela figura 3.5.

FIG. 3.5 – Tela sobre Informações Cartográficas do Projeto BCDAM

Fonte: BCDAM, 2004.

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• INFORMS – Sistema de Informações Geográficas Urbanas do Estado da Bahia Segundo o portal da CONDER ( http://www.seplantec.ba.gov.br/conder ) “o INFORMS é

um sistema de informações baseado em tecnologias de geoprocessamento que reúne dados geográficos

básicos da Região Metropolitana de Salvador e demais áreas urbanas do Estado da Bahia” ( INFORMS,

2004). A figura 3.6 apresenta a tela do portal do INFORMS.

FIG. 3.6 – Tela do INFORMS – Sistema de Informações Geográficas. Bahia

Fonte: INFORMS, 2004.

O INFORMS utiliza uma adaptação do padrão FGDC, conforme identificado em seu

portal, onde relata ainda que foram procedidas adaptações no padrão CPRMd para a geração de

um padrão próprio, o INFORMS-MTDD-1999, que contempla 7 categorias de metadados para

descrever as bases cartográficas. A tabela 3.5 apresenta as categorias definidas para o padrão

INFORMS.

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TAB. 3.5 – Categorias do padrão CPRMd adaptados para o INFORMS

CATEGORIA DESCRIÇÃO

1 - Identificação Informações básicas sobre o conjunto de dados.

2 - Referência dos Metadados Informações sobre a atualidade dos meta- dados e declaração de responsabilidade.

3 - Distribuição Informações sobre o distribuidor e as formas de se obter os conjuntos de dados.

4 - Qualidade dos Dados Avaliação geral da qualidade dos dados.

5 - Organização Espacial dos Dados Mecanismo usado para representar espacialmente os dados

6 - Referência Espacial Descrição da referência geográfica

7 - Entidades e Atributos Informações sobre o conjunto de dados, tipos de entidades, seus atributos e domínios

Fonte: INFORMS, 2004.

O INFORMS disponibiliza, desde de 2000, os metadados para um conjunto de folhas do

mapeamento urbano do estado da Bahia, possibilitando ao usuário fazer download dos metadados

visualizados em sua página http://www.seplantec.ba.gov.br/conder/informs/ (figura 3.7).

FIG. 3.7 – Tela dos metadados de folhas de áreas urbanas do INFORMS

Fonte: INFORMS, 2004.

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• Rede LabGeo.RJ – Sistema de visualização de dados geoespaciais do Centro de

Informações e Dados do estado do Rio de Janeiro – CIDE

Essa rede com acesso através do portal do CIDE, possibilita a exibição de um conjunto de

mapas, fotografias, estrutura municipal, dentre outros conjuntos de informações. Na visualização

dos mapas estadual e regionais (figura 3.8), que são compostos por camadas de informação,

existe o ícone - que permite o acesso a um conjunto de informações sobre as camadas da

base cartográfica num padrão próprio. No entanto, esse conjunto não pode ser considerado como

metadados, pois não são fornecidas informações básicas, tais como: organização espacial;

referência espacial; linhagem de produção, dentre outras (figura 3.9).

FIG.3.8 – Tela do visualizador de mapas da Rede LabGeo.RJ

Fonte: CIDE, 2004.

FIG.3.9 – Informação da camada dos mapas da Rede LabGeo

Fonte: CIDE, 2004.

m

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• RISF - Rede de Informações da Bacia do São Francisco (Agência Nacional de

Águas)

O portal da RISF, que pertence à Agência Nacional de Águas – ANA, informa que a rede

RISF é formada por um coletivo de entidades produtoras de conhecimento sobre a bacia do Rio

São Francisco, interessadas em, de um lado, compartilhar esforços com a intenção de dividir

responsabilidades e custos, e, de outro, disponibilizar esse conhecimento para toda a sociedade

(RISF, 2004). A rede disponibiliza metadados no padrão FGDC, os quais viabilizam a

localização de informações nos acervos das entidades participantes. O Projeto tem o apoio do

GEF, PNUMA e OEA. A rede apresenta um conjunto de interfaces para busca de informações

(por metadados e por conteúdo), bem como de visualizadores para os dados pesquisados (figuras

3.10 e 3.11).

FIG.3.10 – Tela de busca de informações na RISF

FIG.3.11 – Tela de busca de metadados na RISF

Fonte: RISF/ANA, 2004.

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O sistema de busca possibilita a visualização dos metadados e também o download do mesmo (figura 3.12)

.

FIG.3.12 – Metadados do Mapa (folha de carta) de Abaeté – fornecidos pela RISF

Fonte: RISF/ANA, 2004.

• SICOPAR - Sistema de Informações Cartográficas Oficiais do Estado do Paraná

Segundo o portal do SICOPAR (http://www.pr.gov.br/sicopar/osistema.html), “o sistema

foi idealizado para ser uma solução para o uso compartilhado de informações cartográficas básicas,

utilizando-se de geotecnologia.” Esse sistema têm como principais objetivos:

- integrar as bases espaciais permitindo intercâmbio entre as instituições;

- divulgar o acervo cartográfico, facilitando a definição de investimentos e utilização;

- disponibilizar o acervo cartográfico aos diversos órgãos estaduais e ao cidadão;

- proporcionar facilidades na atualização e manutenção das bases cartográficas;

- otimizar tempo e recursos na preparação das bases cartográficas para SIG.

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O SICOPAR gerencia e armazena dados e informações (metadados) sobre produtos

cartográficos, estruturas geodésicas, imagens (Sensoriamento Remoto) coletadas da região

territorial do Estado, e disponibiliza documentação da cartografia digital básica nos formatos

vetorial e matricial (raster). O sistema foi desenvolvido pela CELEPAR – Companhia de

Informática do Estado do Paraná no âmbito de um programa de governo e com orientação da

Câmara Técnica de Cartografia e Geoprocessamento do Conselho Estadual de Informática e

Informações (Paraná) (SICOPAR, 2004).

O módulo de consulta permite download de 2 (duas) bases cartográficas: da base de

bairros de Curitiba (1:10.000 – situação 1999, fornecida para ambiente ESRI) e dos bairros do

município de Curitiba (1:10.000 – situação 1999, fornecida para ambiente CAD). As bases são

descritas através de metadados simplificados num padrão próprio (figura 3.13). Atualmente a

Celepar, após consulta às organizações integrantes do SICOPAR, optou por adotar o padrão

FGDC adaptado, definindo as adequações de forma conjunta com as instituições. Seu uso ainda

está restrito às organizações estaduais participantes.

FIG.3.13 – Tela de consulta / download de bases cartográficas do SICOPAR

Fonte: SICOPAR, 2004.

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O aumento significativo de conjuntos de bases cartográficas produzidas pelos órgãos

responsáveis pelo mapeamento sistemático terrestre e as novas tecnologias de TIC conjugadas

com aplicativos de geotecnologias, vêm exigindo organização e padronização da documentação

de produtos cartográficos do acervo do SCN. A seguir são apresentados serviços de metadados

implementados via Intranet, pelo IBGE e pela DSG.

- IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

O IBGE produz dados e informações estatísticas, territoriais, geodésicas, cartográficas, de

recursos naturais e estudos ambientais. Implementa ações e atividades requeridas pela

manutenção do SEN e do SGB. Quanto ao SCN, no que tange ao mapeamento terrestre, tem a

função de normalizar o mapeamento em escala geográfica, compartilhar a produção com a DSG

do mapeamento topográfico, normalizar e produzir o mapeamento municipal, o qual é a

referência territorial para as pesquisas estatísticas estruturais e conjunturais. O Banco de

Metadados Estatísticos e Geocientíficos vêm sendo desenvolvido, com a participação das áreas

produtoras de dados, sendo disponibilizado, até o momento, via Intranet IBGE -

http://www.metadados.ibge.gov.br/metabd/default.aspx , tendo o layout da figura 3.14.

FIG. 3.14 – Metadados do Mapa Municipal Digital Estatístico de Cachoeiras de Macacu

Fonte: BD-Metadados. IBGE, 2004.

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No BD-Metadados, além dos metadados estatísticos, estão disponibilizados os metadados

do mapeamento municipal relativo a Base Territorial do Censo Demográfico 2000, cuja

modelagem originou-se de trabalho conjunto entre a Diretoria de Informática / Coordenação de

Base de Dados - COBAD e a Coordenação de Cartografia / Vertente Rural do Censo 2000 sendo

definidas 7 (sete) seções de metadados: geral; enquadramento; referências; produção; insumos;

imagens; e contato.

O mapa municipal digital estatístico (MMDE) utilizado no Censo 2000, por questões

orçamentárias e técnicas, foi composto por documentação cartográfica (malhas e folhas de carta

topográfica) em formatos distintos (vetorial e matricial), identificado-o como um produto digital

híbrido. Na seção de insumos, existe um hyperlink que fornece os metadados (Mapa Índice –

SCN) das folhas e bases que compõem o mapa municipal digital estatístico (MMDE)

correspondente ao município selecionado (figura 3.15).

FIG. 3.15 – Seções Referências, Produção e Insumos do MMDE de Cachoeiras de Macacu

Fonte: BD-Metadados. IBGE, 2004.

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O BD-Metadados do IBGE utiliza um padrão próprio e disponibiliza sistema de consulta

ao Mapa Índice, produto em ambiente digital, desenvolvido sob a coordenação do IBGE em

conjunto com a DSG. A figura 3.16 apresenta o sistema de consulta, selecionando as folhas de

carta na escala 1:100.000.

FIG. 3.16 – Seleção e resultado da consulta de folhas de carta 1:100.000

Fonte: Mapa Índice Digital. IBGE, 2003.

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A figura 3.17 retrata os dados fornecidos pelo Mapa Índice para uma consulta

personalizada no município do Rio de Janeiro para a folha SF-23-Z-D-I-1 (1:50.000) produzida

pela DSG.

FIG. 3.17 – Dados do Mapa Índice para a folha SF-23-Z-D-I-1

Fonte: Mapa Índice Digital. IBGE, 2003.

Em paralelo a este projeto de BD-Metadados foram iniciados, em 1999, procedimentos

para cadastramento de metadados espaciais utilizando o padrão FGDC como parte de um projeto

de catálogos de metadados para as Américas, coordenado pelo IPGH / FGDC e implementado

pela área de disseminação (Centro de Documentação e Disseminação de Informações – CDDI) do

IBGE. Pelo fato das áreas produtoras estarem, no momento, envolvidas na absorção de

geotecnologias em suas diversas linhas de produção cartográfica, não foi dada prioridade para a

geração de metadados das bases cartográficas produzidas e em produção. Com a disponibilização

de diversos produtos cartográficos em mídias digitais (CD-ROM e portal IBGE) e com a

disponibilidade de serviços como um servidor de mapas, tornou-se emergencial a

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disponibilização de metadados utilizando um padrão com visibilidade nacional, continental e

internacional (FGDC).

A proposta de Catálogo de Metadados de produtos cartográficos (mapeamento terrestre)

efetivada na presente dissertação, segundo o padrão FGDC (apêndice 6), pode vir a constituir-se

uma versão zero (inicial para discussões) de um Catálogo Nacional de Metadados a ser composto

no âmbito da SDE / CONCAR, a partir de adequações necessárias para englobar os mapeamentos

dos membros componentes da CONCAR.

- DSG – Diretoria do Serviço Geográfico do Exército

A Diretoria do Serviço Geográfico – DSG do Comando do Exército do Ministério da

Defesa é a instituição nacional responsável pela normalização do mapeamento topográfico, nas

escalas de 1:250.000 a 1:25.000, cuja produção é efetivada em conjunto com o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A DSG iniciou a absorção de novas tecnologias, em

ambiente digital, para a produção cartográfica desde 1987. Até 1999 a DSG e IBGE utilizavam o

mesmo ambiente de produção baseado na família de pacotes e sistemas da Integraph. Com a

expansão da Tecnologia de Informação e Comunicação - TIC e o incremento das tecnologias

voltadas para observação/aquisição, tratamento e medições de dados geoespaciais (SIG, SR, GPS,

PDI, dentre outras), as duas instituições diversificaram o seu parque instrumental (hardware e

software) instalado. Atualmente desenvolvem trabalhos e projetos utilizando várias linhas de

aplicativos e metodologias para a elaboração de documentação cartográfica de referência básica

para a gestão territorial, ambiental, social e econômica do País.

FIG. 3.18 – Tela do Sistema de organização e gerenciamento de arquivos da DSG

Fonte: CCAuEX /DSG , 2004

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O Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército - CIIGEx desenvolveu um

sistema para a organização dos arquivos que compõem as bases cartográficas digitais do acervo

da DSG (figura 3.18)., Este sistema modular, além de padronizar a denominação dos arquivos

segundo algumas características de sua produção, também carrega dados sobre as bases digitais, o

que pode ser visto como os metadados, em um modelo próprio e específico, do mapeamento

topográfico executado pela DSG. Está em desenvolvimento, também o Sistema de Informação do

Espaço Geográfico Brasileiro disponível na Intranet do Exército (http://ebnet.eb.mil.br/portal/ ).

O sistema utiliza a base integrada digital, ao milionésimo – bCIMd (IBGE, 2003) para a seleção

da área de interesse e de exibição do acervo existente, por ser este o único mapeamento de

referência que recobre totalmente para o país (CD-Rom gratuito disponibilizado pelo IBGE).

Com o módulo de padronização de nomes de arquivos, as áreas de produção da DSG,

cadastram o seu acervo. Este módulo permite a seleção da folha de carta a ser tratada

identificando o número do Mapa Índice que fornece a nomenclatura da referida folha de carta.

FIG. 3.19 – Módulo de Padronização de Nomes de Arquivos

Fonte: CCAuEx / DSG, 2004

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Pela figura 3.19 depreende-se que a denominação dos arquivos é composta por uma

nomenclatura padronizada contendo: gênero, forma de aquisição, espécie / tipo da carta, órgão

executor do mapeamento, unidade da DSG a qual está afeta a referida folha de carta e a escala da

mesma. O módulo de cadastramento dos metadados, denominado módulo de carga de dados,

está sendo utilizado para documentar as bases em formato matricial em padrão próprio da DSG

que contempla as seguintes seções de dados:

• produto – composto pelos dados da denominação do arquivo acrescido do nome, mídia de

• armazenamento, número da mídia e situação da reambulação;

• matricial – dados sobre a conversão e georreferenciamento do arquivo da carta

denominada, incluindo o tipo, pontos, parâmetros, erro médio quadrático do método de

georreferenciamento e o formato do arquivo. A resolução do arquivo matricial ( 300 dpi

na figura 3.20) é fornecida nos dados complementares;

• sistema geodésico – para informar o Datum vertical e o Datum horizontal;

• de dados referentes ao ano de vôo, escala de vôo e sobre atualização da folha de carta;

• observações – para documentar informações adicionais.

FIG. 3.20 – Módulo de Carga de Dados

Fonte: CCAuEx / DSG, 2004

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O sistema para padronização, organização e documentação do acervo matricial das

unidades de produção de dados cartográficos da DSG possui ainda um módulo para verificação

dos dados cadastrados para cada arquivo do acervo da DSG. Na figura 3.21 verifica-se que esse

módulo permite que sejam gerados relatórios das cartas selecionadas.

FIG. 3.21 – Módulo Verificação de Dados

Fonte: CCAuEx / DSG, 2004

Em reunião dos membros do Comitê de Mapoteca Nacional Digital – MND da sub-

comissão de Dados Espaciais – SDE da CONCAR, realizada de 30/8 a 3/9/2004 em Brasília, no

CCAuEx, foram apresentados os dois sistemas desenvolvidos pela DSG. Nessa ocasião foi

sugerido que nas seções referentes ao produto e a sua produção fossem cadastradas as fases de

produção segundo as normas da DSG e descritas no quadro de produção que consta das folhas da

carta modelo, especificadas para cada escala do mapeamento topográfico ( a saber: ano do vôo,

ano do apoio de campo, ano da reambulação, ano da edição e de publicação).

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Considerando que a absorção de geotecnologias para a composição de sistemas de

informações para gestão publica e ambiental vêm sendo intensificada desde a década de 1990,

ainda são poucas as instituições que mantêm, de maneira padronizada e sistematizada, a

documentação de dados e bases geoespaciais. Neste contexto, constata-se que o tema metadados

ainda não é considerado como prioritário, tornando-se parte das atividades de produção de dados

geoespaciais, e que ainda existe pouco conhecimento sobre sua importância e aplicabilidade na

documentação, na preservação, no compartilhamento e na disseminação de acervos. Portanto

torna-se essencial que se promova através da CONCAR, Sub-comissão de Dados Espaciais -

SDE o cadastramento dos metadados das bases geoespaciais digitais produzidas no âmbito do

governo, a ser implementada através de programas de capacitação em metadados; de Programa

de Acordos de Compartilhamento de Dados Geoespaciais (PACDG) entre instituições do

governo e a inclusão de mecanismo para ordenação e regulamentação, na legislação do SCN, em

reavaliação, de cláusula que torne obrigatório a composição de metadados para todas a bases

geospaciais digitais produzidas em projetos governamentais, notadamente pelos membros da

CONCAR.

O capítulo 4 aborda as definições, a composição, os ambientes conceituais e operacionais

para a construção de um catálogo de metadados e sua disseminação na rede Interamericana de

Dados Geoespaciais – IGDN.

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4 CATÁLOGO DE METADADOS ESPACIAIS: CARTOGRAFIA SISTEMÁTICA TERRESTRE

4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Com a transformação da produção em ambiente analógico para ambiente digital, através da

absorção de tecnologias apoiadas por computador (cartografia digital, SR, GPS e SIG), observa-

se um aumento significativo na geração de dados e informações geoespaciais e a crescente

demanda por dados digitais para suporte a decisão. A documentação, de forma sistemática e

estruturada, dos dados cartográficos, através de padrão de metadados geoespaciais, para a

divulgação e disseminação de produtos da Cartografia Sistemática Terrestre (escala geográfica e

topográfica) é considerada como fator fundamental para que se garanta a utilização e integração

desses dados e informações aos sistemas de informação e de apoio à decisão, para os quais a

componente posicional é preponderante.

Nas últimas duas décadas, as instituições públicas e privadas que gerenciam dados

geoespaciais, investiram em absorver e implantar novas tecnologias em suas linhas de produção e

em fomentar a produção de dados em ambiente digital (FREITAS e SANTOS, 1994). Entretanto,

a cultura verticalizada das instituições brasileiras e a falta de coordenação do SCN fizeram com

que cada instituição pública fosse uma “ilha” de produção independente de dados (BOMFIM,

2001). Outro fator significativo é decorrente da cultura de produção para seus próprios objetivos

e negócios, com pouca ênfase na função de disseminação interna e externa, o que tem propiciado

que diversas bases de dados sejam desenvolvidas e algumas sendo desconhecidas de outras

unidades de uma mesma organização. Atualmente surgem preocupações nas instituições

produtoras de dados geoespaciais quanto à duplicação de esforços e a proliferação de bases de

dados nem sempre compatíveis, e nota-se uma maior preocupação quanto à documentação

através de padrões metadados espaciais para subsidiar o conhecimento e a disseminação mais

eficiente dos dados existentes.

Este capítulo propõe uma alternativa para cadastramento de metadados de produtos

cartográficos abrangendo dados referentes ao mapeamento sistemático geográfico, topográfico,

municipal, náutico, aeronáutico (mapas e malhas da base territorial do país), os quais constituem

os principais dados e informações de referência espacial do território brasileiro. No Sistema

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Cartográfico Nacional estão explicitados os produtos cartográficos referente a Cartografia

Terrestre (mapeamento geográfico e topográfico), a Cartografia Aeronáutica, a Cartografia

Náutica e a Cartografia Temática. Entretanto não aborda os produtos inerentes a Cartografia

Cadastral que são de responsabilidade dos Estados da Federação. Os documentos e produtos

cartográficos se diferenciam pelo método de produção, pela forma de representação e escala

(nível de detalhe representado) e por temas (de referência terrestre, especiais e específicos).

A proposta de metadados apresentada contém um conjunto mínimo e necessário de

elementos que retrate as características dos produtos cartográficos e garanta sua identificação,

avaliação e utilização. Um cadastro nacional de metadados de produtos cartográficos

disponibilizado através de uma rede de acesso nacional e internacional, propiciará uma maior

visibilidade de alguns produtos cartográficos existentes no país e possibilitará a ampliação da

utilização de informações geográficas de maneira adequada para a tomada de decisão. Esse

conjunto mínimo é proposto como o núcleo comum a todos os tipos de produtos cartográficos,

sendo que os produtos de mapeamento especial, cadastral e temático requerem maior

detalhamento dos itens de algumas seções dos metadados para retratar suas especificidades.

4.2 PROPOSIÇÃO DE ELEMENTOS MÍNIMOS PARA METADADOS REFERENTES AOS DADOS CARTOGRÁFICOS

Os dados e informações contidas nos documentos inerentes à cartografia sistemática

terrestre são as referências geométricas do espaço territorial, ou seja, retratam os elementos

naturais e artificiais da porção do território nacional, modelados adequadamente para serem

visualizados nas diversas escalas de representação cartográfica (geográficas, topográficas e

cadastrais). Esses documentos correspondem às bases de referência para que outros temas possam

ser compilados ou georreferenciados (LONGLEY et al, 2001 e ARIZA, 2002). A produção

desses documentos de referência, até meados da década de 80, era executada através de métodos

convencionais (analógicos) cuja implementação estava afeta a profissionais especializados

(cartógrafos, geodesistas, topógrafos, restituidores, etc) que conheciam e seguiam especificações

técnicas correlatas aos métodos utilizados (aerofotogrametria, compilação, generalização,

levantamentos geodésicos e topográficos, dentre outros). A evolução da ciência da computação,

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da tecnologia de informação e suas aplicações na produção de dados geoespaciais têm barateado

e popularizado o uso de geotecnologias (SIG, SR e GPS). Contudo a integração consistente de

dados oriundos de diversas fontes (bases cartográficas de referência e bases temáticas) requer

conhecimento de conceitos e especificações inerentes aos dados e as aplicações a que se

destinam.

A qualidade de um documento cartográfico convencional ou digital está embasada nos

mesmos princípios, ou seja, nas especificações técnicas dos insumos e no controle dos processos

de produção. É necessário se definir e homogeneizar os sistemas de referências geodésica e

cartográfica, os quais materializam a referência espacial a ser utilizada, bem como a

aplicabilidade de cada insumo ou dado fonte, as especificações e os parâmetros envolvidos no

tratamento e processamento dos dados para se produzir dados confiáveis e com consistência. A

qualidade é entendida como a conformidade com as especificações projetadas ou prescritas

(ARIZA, 2002). Os enfoques de qualidade têm evoluído historicamente (vide tabela 4.1) e

atualmente se identifica à gestão de qualidade como a qualidade de todo processo de produção –

linhagem, produção e produto (certificação).

TAB. 4.1 – Evolução histórica de qualidade

Fase Industrial Ano

Qualidade do produto 1775

Qualidade do processo 1924

Qualidade do projeto 1975

Fase (Informação e serviços) Ano

Controle total da qualidade 1956

Círculos de qualidade 1960

Qualidade total 1984

Certificação 1987

Fonte: SEBASTIÁN e COL. apud ARIZA, 2002

A tabela 4.1 apresenta como a questão da qualidade foi e é tratada na Era Industrial e na Era

da Informação (e Serviços), passando do controle de qualidade de projetos, processos e produtos

para a qualidade total e a certificação aos padrões internacionais.

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4.2.1 PRODUÇÃO, QUALIDADE E UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÂO GEOESPACIAL

(CARTOGRÁFICA)

São definidas no SCN as organizações responsáveis pela Cartografia sistemática terrestre,

cabendo ao IBGE a normalização da Cartografia em escala geográfica (1: 1.000.000 e menores) e

a coordenação do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e à Diretoria do Serviço Geográfico –

DSG - do Comando do Exército a normalização da Cartografia em escala topográfica (1: 250.000

a 1: 25.000), em conformidade com o Decreto-Lei Nº 243 de 28 de fevereiro de 1967 (CONCAR,

2004). Entretanto, quanto à Cartografia em escala cadastral (maiores que 1: 25 000) sua

normalização não está estabelecida no SCN, por estar afeta às Unidades da Federação (Estados) e

isto acarreta que se utilizem diversas normas para esta produção, inviabilizando em alguns casos,

a integração com o mapeamento sistemático topográfico, de responsabilidade da União.

A qualidade dos produtos cartográficos em escala geográfica e topográfica deve seguir as

especificações emanadas pelas organizações definidas no SCN, que tem publicado

sistematicamente as especificações técnicas a serem seguidas para se produzir produtos

cartográficos com qualidade. Cabe ressaltar que estas normas, em sua maioria, foram prescritas

para os processos de produção convencionais ou analógicos e que quanto à produção em

ambiente digital o que se tem são especificações, ainda não normalizadas para o público externo,

das instituições produtoras. A expansão do uso de geotecnologias por outros setores do

conhecimento sendo que alguns casos, os profissionais desconhecem as questões inerentes aos

processos de produção de dados geoespaciais, como as apontadas na tabela 4.2 e que via de regra

acarretam inadequações na utilização e integração de dados. Outras questões que concorrem para

a inadequada utilização de bases cartográficas como referências para mapeamentos temáticos são:

capacitação, muitas vezes autodidata em aplicativos computacionais, ausência de documentação e

inadequação das bases cartográficas utilizadas. Aspectos relevantes, tais como: modelo de dados,

aquisição, armazenamento, referenciais e tratamento geodésico / cartográfico e formas de

representação, dentre outros itens técnicos de produção são muitas vezes ignorados, contribuindo

para ocorrência de inconsistências na utilização da documentação cartográfica como referência

para outras determinações (tabela 4.3).

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TAB. 4.2 – Problemas usuais no manejo de informação geoespacial

QUESTÕES ORIGEM

Heterogeneidade

Mídias diversas Formatos diferentes

Cartográfica: - Escalas

- Projeções - Simbologia

Temática Referência temporal Diferentes datas de elaboração

Complexidade Representação de elementos com diversas geometrias

Múltipla procedência Variedade de produtores Finalidades distintas Precisões diversas Métodos diferentes

Documentação Legenda (não completa) Não adoção de padrões de metadados

Fonte: adaptada de ARIZA, 2002.

A utilização adequada de mapas e cartas é dependente do conhecimento que se tem dos

mesmos (LAZZAROTTO et al, 2004). Para tanto, é necessário que se forneça uma

documentação sobre as bases cartográficas que permita aos usuários conhecê-las quanto à sua

linhagem e qualidade, propiciando análise de sua adequabilidade à aplicação a ser implementada.

Conseqüentemente, a construção de bases cartográficas e temáticas sem a devida documentação

de sua produção inviabiliza a aferição de sua qualidade. O controle e documentação da produção

fornecem as garantias de geração consistente de dados, de preservação dos investimentos de

produção e de disseminação eficiente. Os metadados implementam de forma estruturada e

padronizada essa documentação, informando aos usuários o conteúdo, as características, as

especificações, a qualidade e as restrições e responsabilidades de uso dos produtos

disponibilizados.

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TAB. 4.3 – Processos que podem gerar erros na manipulação de dados geoespaciais.

PROCESSO MOTIVO

Modelagem conceitual Inadequação do modelo de dados Levantamento / aquisição de dados Erros no trabalho de campo

Erros nas fontes de informação utilizadas Inexatidão da digitalização

Inexatidão dos elementos geográficos Armazenamento Precisão numérica e espacial inadequada

Erros de processamento Manipulação / tratamento Erros de superposição

Intervalos de classes inadequados Propagação de erros

Representação cartográfica Erros de transformação de coordenadas Inexatidão de escala

Inexatidão do dispositivo de saída Deformações do suporte de reprodução

Utilização Entendimento incorreto Uso inapropriado

Fonte: ARONOFF, 1989.

O SCN, através do decreto nº 89.817 de 20 de junho de 1984, estabelece as Instruções

Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Nacional e definem a exatidão de uma

documentação cartográfica através do padrão de exatidão cartográfica (PEC), que é um indicador

estatístico de dispersão. Esse decreto estabelece que noventa por cento dos pontos bem definidos

numa carta, quando testados no terreno, não deverão apresentar erro superior ao Padrão de

Exatidão Cartográfica – planimétrico e altimétrico - estabelecido. Essas normas definem a partir

do PEC uma classificação para as cartas, no âmbito do SCN, que está apresentada na tabela 4.4.

TAB. 4.4 – Classes de cartas segundo Padrão de Exatidão Cartográfica

PEC ERRO PADRÃO CLASSE Planimétrico (*) Altimétrico (*) Planimétrico (*) Altimétrico (*)

A 0,5 mm 1/2 eqüidistância 0,3 mm 1/3 eqüidistância B 0,8 mm 3/5 eqüidistância 0,5 mm 2/5 eqüidistância C 1,0 mm 3/4 eqüidistância 0,6 mm 1/2 eqüidistância

(*) na escala da carta Fonte: Decreto 89.817 – CONCAR, 1984.

Não obstante as normas estabelecidas em 1984 e com a incorporação de técnicas

computacionais à produção cartográfica vários estudos apontam que a qualidade de uma

documentação cartográfica depende de diversos fatores, tais como: a acurácia, a precisão, a

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130

generalização e seleção, a atualidade dos dados e a representação gráfica, ou seja, a legibilidade

da linguagem cartográfica empregada (ARIZA, 2002, ROBINSON et al, 1995 e LAZZAROTTO

et al, 2004). Neste contexto, para que se caracterize adequadamente um documento cartográfico,

é necessário se descrever sua linhagem, os métodos de produção e as formas de representação. A

tabela 4.5 apresenta a relação entre a resolução espacial e a acurácia de detecção de elementos

nas diversas escalas do mapeamento topográfico sistemático, assumindo que o limite para a

percepção do olho humano (visão normal) é estimado em 0,25 mm (ARIZA, 2002).

TAB. 4.5 – PEC e resolução espacial (0,25 mm na escala)

Padrão de Exatidão Cartográfica - PEC Resolução espacial

Classe ESCALA

A B C Planimétrica

(0,25 mm na escala) Altimétrica

(1/2 equidistância na escala)

Topográficas 1: 250 000 125 m 200 m 250 m 62,5 m 50 m 1: 100 000 50 m 80 m 100 m 25 m 25 m ou 20 m 1: 50 000 25 m 40 m 50 m 10 m 10 m 1: 25 000 12,5 m 20 m 25 m 6,25 m 5 m Geográficas 1: 1 000 000 500 m 800 m 1000 m 250 m 50 m ou 100 m 1: 2 500 000 1250 m 2000 m 2500 m 625 m 50m ou 150 m 1: 5 000 000 2500 m 4000 m 5000 m 1250 m 100m ou 300 m

Fonte: adaptada de CONCAR, 1984.

4.2.2 SELEÇÃO DE ELEMENTOS MÍNIMOS PARA A DESCRIÇÃO DE PRODUTOS

CARTOGRÁFICOS

Como citado anteriormente, por serem as referências geométricas do território, as bases

cartográficas inerentes à cartografia sistemática terrestre devem ter sua documentação detalhada

para que os usuários avaliem sua aplicabilidade e forma de utilização adequada, requerendo,

portanto, um conjunto de informações que às caracterizem de forma mais completa possível.

A produção de dados e produtos cartográficos em ambiente computacional adicionou

novas questões ou fatores que estavam implícitos nos métodos de produção da Cartografia, em

escala topográfica, estabelecidos através das normas e especificações no Manual T34 -700 da

DSG (DSG, 1999) e do Manual de Especificações da Carta Internacional do Mundo ao

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Milionésimo – CIM (IBGE, 1993). Ao se modelar uma realidade para ser implementada em

ambiente computacional é necessário se definir a modelagem dos dados, explicitar os

relacionamentos entre eles e garantir sua consistência. Para tanto são estabelecidos: o modelo de

dados (categorias de informação ou níveis, elementos e atributos geométricos e semânticos); a

consistência lógica e topológica; os procedimentos de tratamento/processamento; as formas e

formatos de representação (mídias impressas ou digitais e reprodução em diversos formatos). A

explicitação desses fatores incorre em novas questões referentes a manipulação, tratamento e

produção de dados geoespaciais, que ao serem detetados (tabela 4.3) são motivações para

alteração nas rotinas de produção, mudança de paradigma, modificações no emprego e na

utilização consistente e análises adequadas.

Analisando-se os conjuntos de informações que compõem os padrões de metadados

geoespaciais existentes apresentados no capítulo 3 e considerando a crescente produção de dados

geoespaciais em ambiente digital nas últimas décadas, pode-se inferir que os documentos afetos à

cartografia sistemática terrestre requerem para uma utilização consistente, no mínimo:

• identificação;

• abrangência geográfica;

• organização espacial e referência espacial;

• linhagem (insumos e processos de produção);

• qualidade e status;

• entidades e atributos;

• créditos e restrições de uso;

• formas de fornecimento e de acesso; e

• referência dos metadados.

4.3 ESCOLHA DO PADRÃO DE METADADOS PARA DESCRIÇÃO DE PRODUTOS

CARTOGRÁFICOS

Os padrões de metadados analisados no capítulo 3 diferem basicamente quanto a sua

modelagem (MER ou UML); quanto ao nível de detalhamento dos itens que compõem cada

seção; quanto a ter domínio padronizado ou texto livre para cada item e a condição do

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preenchimento dos itens: obrigatória, obrigatória quando aplicável e opcional. Contudo, em

linhas gerais apresentam, com poucas variações (de estruturação e denominação), conjunto de

seções similares.

A escolha do padrão de metadados a ser utilizado está correlacionada com a atuação da

instituição, seu nível de informatização, a importância dada para a gestão na documentação e

preservação do acervo e no estímulo para uma mudança cultural embasada na disseminação de

dados e produtos (com a respectiva documentação, isto é, incluindo seus metadados) em

atendimento às demandas de uma ampla gama de usuários de dados geoespaciais.

Os critérios para escolha do padrão de metadados, adaptados do enunciado por WEBER et

al (1999) e ALMEIDA (1999), devem considerar:

• a finalidade e diretrizes de conceituação do padrão;

• seções de metadados contemplados: análise das seções e o detalhamento de seus

itens, com ênfase para as seções referentes à qualidade e a referência espacial;

• conter informações sobre os próprios metadados;

• disponibilidade de ferramentas e suporte para cadastramento e gerenciamento;

• base instalada (conjuntos de metadados produzidos e disponibilizados);

• ambiente de disseminação com sistemas e aplicativos de integração e de busca de

metadados de forma distribuída.

Dos padrões analisados e descritos no capítulo 3 optou-se pelo padrão FGDC / CSDGM por

ser:

• padrão formalizado em 1994 (FGDC, 1996), a partir de consenso de diversas

instituições americanas (USGS, NOAA, NASA, Serviço de Pesca e Vida Silvestre,

Laboratório de Pesquisa Naval, dentre outras) o que fez com que sua conceituação

abrangesse uma vasta gama de produtos cartográficos e geoespaciais;

• estar baseado em diversas referências de padronização internacional, dentre elas

pode-se citar: Comitê de Satélites de Observação da Terra; Rede de Observação da

Terra do Canadá (CEONet – Canada Earth Observation Network) e as

padronizações para a representação de tempo e de calendário (ANSI X3.51-1975 e

ANSI X3.30 – 1985 respectivamente); para a catalogação de materiais cartográficos

(AACR2 – Anglo-American Committee on Cataloging of Cartographic Materials);

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133

para a representação de dados geoespaciais digitais (FGDC / SDTS); e para o

protocolo de comunicação e busca (ANSI Z39.50-1992) (ALMEIDA, 1999).

Outros fatores que subsidiaram a escolha do padrão FGDC foram:

• a disponibilidade de ferramentas para cadastramento e gerenciamento dos

metadados;

• a sua utilização pelos países das Américas e de outros países e continentes (África

do Sul, Austrália, Japão);

• apontado como o padrão internacional utilizado por 5 (cinco) instituições

brasileiras (conforme tabelas 3.13 e 3.14) no levantamento de utilização de padrões

de metadados realizado nas instituições;

• ser o padrão utilizado pela Rede Interamericana de Dados Geográficos - IGDN -

rede distribuída de metadados, o que contribui para o intercâmbio e disseminação

de bases geoespaciais em nível nacional e internacional;

• ter sido utilizado como insumo para os estudos de diversos outros padrões:

DIGEST (OTAN), CEN (europeu) e ISO 19115 (ISO, 2003).

O FGDC, em conjunto com o IPGH, alocaram recursos financeiros, materiais e humanos

para capacitação e treinamento de técnicos em diversos países para dar carga dos metadados dos

países na IGDN e estimular a geração de documentação (metadados) das bases geoespaciais

existentes. Como conseqüência buscava-se facilitar a integração das bases geoespaciais dos

órgãos estatais dos diversos países para serem utilizadas na tomada de decisão ambiental e

territorial.

4.3.1 PADRÃO DE METADADOS FGDC

O padrão de metadados definido pelo FGDC é extenso, contendo 334 elementos para a

caracterização completa de dados geoespaciais, e está estruturado em elementos compostos e

elementos de dados simples. Os elementos compostos (num total de 119) foram estabelecidos

para possibilitar a representação de conceitos de alto nível, que não podem ser representados por

elementos individuais (FGDC, 1996). Um elemento composto é um agrupamento de elementos

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de dados e de outros elementos compostos. Todos os elementos compostos são descritos através

de elementos de dados, ou diretamente ou por elementos compostos intermediários. Um elemento

de dados é um item primitivo de dados. A entrada para um elemento de dados inclui o nome do

elemento de dados, a definição do elemento de dados, uma descrição dos valores que podem ser

nomeados ao elemento de dados e um nome curto para o elemento de dados. As informações

sobre os valores para os elementos de dados incluem uma descrição do tipo do valor, e uma

descrição do domínio dos valores válidos. O tipo do elemento de dados descreve o tipo de valor

a ser provido podendo assumir os seguintes tipos: inteiro para números inteiros; real para

números reais; texto para caracter ASCII; “data” para dia do ano e tempo para hora do dia

(FGDC, 1998). O domínio descreve valores válidos que podem ser nomeados ao elemento de

dados. O domínio pode especificar uma lista de valores válidos, referências para listas de valores

válidos, ou restrições no conjunto de valores que podem ser nomeados a um elemento de dados.

O padrão FGDC é constituído de sete (7) seções principais:

• Informação de identificação;

• Informação de qualidade dos dados;

• Informação de organização espacial dos dados;

• Informação de referência espacial dos dados;

• Informação das entidades e atributos;

• Informação de distribuição;

• Informação de referência dos metadados.

E três (3) seções suplementares, que não são utilizadas individualmente e sim compondo

parte de vários elementos compostos das seções principais:

• Informação de citação;

• Informação de período de tempo;

• Informação de contato.

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135

FIG. 4.1 – Estrutura geral do padrão de metadados FGDC

Fonte: FGDC, 1997a

Pela figura 4.1, que apresenta a estrutura geral do padrão de metadados do FGDC,

compreende-se que só são obrigatórias as seções de identificação e de referência de metadados,

sendo as demais obrigatórias se aplicáveis (O/A). Os itens de informações quando apresentados

no padrão FGDC em azul são considerados opcionais e quando é necessário informar um dado da

seção o item e retrado em um box 3D. Contudo como reportado anteriormente, para a descrição

de documentação cartográfica de referência todas as seções são aplicáveis, pois retratam as

informações essenciais para prover o conhecimento sobre as características técnicas da

documentação a ser disponibilizada e a sua adequada aplicação.

Em análise detalhada das seções e de seus componentes compostos e elementares, optou-

se por um conjunto mínimo, identificado como o necessário para descrever os produtos

cartográficos referentes à cartografia sistemática terrestre. Este conjunto foi apresentado a

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profissionais das áreas de Geociências para crítica e sugestões com o objetivo de se ter uma

versão preliminar consolidada. No apêndice 6 estão relacionados os elementos identificados

como indispensáveis para a caracterização completa de documentação cartográfica de referência

que referenciam outros mapeamentos e compõem as bases geométricas de um SIG.

4.3.2 – SEÇÕES DO PADRÃO DE METADADOS FGDC - DESCRIÇÃO GERAL

O padrão FGDC define para cada seção um conjunto de elementos que detalham as

características a serem documentadas em cada seção. A seguir é apresentada a tabela 4.6 que

identifica os elementos compostos e simples integrantes de cada seção e sua obrigatoriedade de

constar no cadastramento dos metadados.

TAB. 4.6 – Seção Informação de Identificação

Elemento Descrição Composição Obrigatoriedade

Citation - conjunto de elementos que identificam os dados( pode ser utilizada em outras seções

Composto sim

Description - caracterização dos dados, incluindo seu uso planejado e limitações.

Composto sim

Time Period of Content

período(s) de tempo para qual o conjunto de dados corresponde o espaço retratado

Composto sim

Status - estágio do conjunto de dados Composto sim

Spatial Domain - domínio de área geográfica do conjunto de dados

Composto sim

Keywords - palavras ou frases que resumem aspectos do conjunto de dados

Composto sim

Access

Constraints

- restrições e condições prévias legais para ter acesso ao conjunto de dados.

Simples sim

Use Constraints - restrições e condições prévias legais por usar os arquivos de dados depois que o acesso seja concedido.

Simples sim

Point of contact - contato de informação para um indivíduo ou organização que tem conhecimento sobre o conjunto de dados.

Composto não

Fonte: FGDC, 1997a.

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TAB. 4.6 – Seção Informação de Identificação (continuação)

Elemento Descrição Composição Obrigatoriedade

Browse Graphic - uma página gráfica ou link para arquivo gráfico que provê uma ilustração do conjunto de dados.

Composto não

Data set Credit - indivíduos ou unidades organizacionais que contribuíram para a elaboração do conjunto de dados.

Simples não

Security Information

- controles impostos ao conjunto de dados por causa de segurança nacional, privacidade, ou outras preocupações.

Composto não

Native Data set environment

- ambiente de produção, incluindo software (versão), o sistema operacional, nome de arquivo e o tamanho dos arquivos de dados.

Simples não

Cross Reference informação sobre outros, relacionados conjuntos de dados que possam ser de interesse.

Composto não

Fonte: FGDC, 1997a.

A seção de Informação de Qualidade dos Dados não é obrigatória (vide figura 4.1) e sim

obrigatória quando aplicável. Entretanto, é considerada essencial para a descrição de bases

geoespaciais, já que seus elementos (tabela 4.7) propiciam aos usuários avaliarem a qualidade dos

dados disponibilizados.

TAB. 4.7 - Seção de Informação de Qualidade dos Dados

Elemento Descrição Composição Obriga_ toriedade

Attribute Accuracy - avaliação da precisão da identificação de entidades e designação de valores de atributo no conjunto de dados.

composto O/A (opcional quando

aplicável) Logical Consistency Report

- explicação da fidelidade das relações nos arquivos de dados e os testes aplicados.

simples sim

Completeness Report

- relatório de completitude simples sim

Positional Acuracy

- designação da precisão das posições dos objetos espaciais

composto O/A

Lineage - informação sobre os eventos, parâmetros, e dados de fonte/insumos que construíram os arquivos de dados, e informação sobre as partes responsáveis.

composto sim

Cloud Cover - no caso de imagens de SR, o percentual de cobertura de nuvens.

simples não

Fonte: FGDC, 1997a.

Na seção Informações sobre a Organização Espacial dos Dados devem ser documentadas

as formas de organização espacial (diretas e indiretas) utilizadas na elaboração do conjunto de

dados Esta seção é definida como obrigatória se aplicável. Contudo, é necessário se conhecer a

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organização espacial (endereçamento, vetor ou matricial) para que se possa avaliar a

aplicabilidade e uso dos mesmos. A tabela 4.8 apresenta a composição desta seção.

TAB. 4.8 - Seção de Informações sobre a Organização Espacial dos Dados

Elemento Descrição Composição Obriga_ toriedade

Indirect Spatial Reference

- esquemas de endereçamento, ou outros meios pelos quais locais são referenciados no conjunto de dados.

simples O/A

Direct Spatial Refrence Method

- sistema de objetos usados para representar o espaço no conjunto de dados.

simples sim

Point and Vector Object Information ou

- os tipos e números de objetos vetor pontos no conjunto de dados.

composto não

Raster Object Information

- os tipos e números de objetos espaciais raster no conjunto de dados.

composto não

Fonte: FGDC, 1997a.

Os referenciais geodésicos e cartográficos são definidos na seção de Informações das

Referências Espaciais. Esta seção é considerada como obrigatória se aplicável, mas é de

fundamental importância para o conjunto de dados inerentes ao mapeamento sistemático, os quais

são utilizados para referenciar outros mapeamentos. A tabela 4.9 apresenta os elementos

componentes desta seção.

TAB. 4.9 – Seção de Informações das Referências Espaciais

Elemento Descrição Composição ObrigatoriedadeHorizontal

Coordinate System Definition

- base de referência ou sistema a partir do qual as quantidades lineares ou angulares são medidas e define à posição que um ponto ocupa.

composto O/A

Geographic (*) - latitude e longitude que definem a posição de um ponto na superfície da Terra com respeito a um esferóide de referência.

composto sim

Planar (*) - distâncias, ou distâncias e ângulos que definem a posição de um ponto em um plano de referência para o qual a superfície da Terra foi projetada

composto sim

Map Projection - representação sistemática do todo ou parte da superfície da Terra em um plano ou superfície de desenvolvimento.

composto sim

Grid Coordinate System

- parâmetros do sistema de coordenadas composto sim

Local Planar (*) - parâmetros do sistema de coordenadas planar local

composto sim

(*) – optar por um dos sistemas Fonte: FGDC, 1997a.

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139

TAB. 4.9 - Seção de Informações das Referências Espaciais (continuação)

Elemento Descrição Composição Obrigatoriedade Planar Coordinate Encoding Method

- método para representar as posições horizontais

composto sim

Coordinate Representation

(**)

- método de codificar a posição de um ponto pela medida de sua distância perpendicular ao eixo de referência (par de coordenadas e métodos de linha e coluna).

composto sim

Distance and Bearing

Representation (**)

- método de codificar a posição de um ponto medindo sua distância e direção

composto sim

Planar Distance Units

- unidades de medida usadas para distâncias simples sim

Geodetic Model - modelo geodésico usado para definir as coordenadas de pontos

composto O/Á

Horizontal Datum Name

- sistema de referência geodésico usado para definir as coordenadas horizontais

simples O/A

Ellipsoid Name -identificação do elipsóide utilizado como representação da Terra

simples sim

Semi-major Axis - valor do semi-eixo maior do elipsóide simples sim

Denominator of

Flattening Ratio

- denominador da relação da diferença entre os raios equatoriais e polares do elipsóide quando o numerador é fixado em 1.

simples sim

Vertical Coordinate System

Definition

- sistema de referência para as distâncias verticais (altitudes ou profundidades)

composto O/A

(**) – optar por uma das representações Fonte: FGDC, 1997a.

A documentação referente às entidades e atributos que compõem o conjunto de dados é

definida na seção Entidades e Atributos. Nesta seção são descritas as categorias de informações;

os elementos ou as feições (atributos e domínios) do território mapeado, retratados pelo conjunto

de dados. Diante da relevância das informações, entende-se que se torna obrigatória esta seção.

Na tabela 4.10 apresentam-se os itens componentes desta seção.

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TAB. 4.10 – Seção Entidades e Atributos

Elemento Descrição Composição Obrigatoriedade Detailed Description

- descrição das entidades, atributos, valores de atributo, e características relacionadas aoo conjunto de dados.

composto sim

Attribute - características que definem uma entidade. composto O/A Entity Type - identificação do tipo de entidade composto sim Overview Description

- resumo detalhado da informação contidas em um conjunto de dados.

composto sim

Entity and Attribute Overview

- descrição resumida dos tipos de entidade, atributos, e valores de atributo para o conjunto de dados.

simples sim

Entity and Attribute Detail Citation

- descrição completa dos tipos de entidade, atributos, e valores de atributopara o conjunto de dados.

simples sim

Fonte: FGDC, 1997a

O padrão FGDC prevê uma seção para fornecer informações sobre a distribuição dos

conjuntos de dados, que é composta por itens que identificam o distribuidor, responsabilidades de

uso, requisitos técnicos para utilização dos dados dentre outros listados na tabela 4.11. Esta seção

foi considerada como obrigatória por fornecer os requisitos computacionais (equipamento e

formatos) necessários para a utilização correta do conjunto de dados descrito pelo padrão. Além

de estabelecer as responsabilidades e deveres do distribuidor e do usuário no emprego das

referidas bases geoespaciais.

TAB. 4.11 – Seção de Informações de Distribuição

Elemento Descrição Composição Obrigatoriedade Distributor - unidade que disponibiliza o conjunto de

dados para ser obtido. composto sim

Resource Description

- identificação pela qual o conjunto de dados é denominado para obtenção.

simples O/A

Distribution Liability

- declaração da responsabilidade assumida pelo distribuidor.

simples sim

Standard Order Process

- formas pelas quais o conjunto de dados pode ser obtido ou pode ser recebido, e instruções relacionadas e informações de taxa/custos.

composto O/A

Custom Order Process

- as taxas e condições para adquirir / ter acesso ao conjunto de dados.

simples O/A

Technical Prerequisites

- pré-requisitos técnicos necessários para usar o conjunto de dados no formato(s) provido pelo distribuidor.

simples não

Available Time Period

- o período de tempo para que o conjunto de dados esteja disponível.

composto não

Fonte: FGDC, 1997a.

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A seção de Informações de Referência dos Metadados finaliza a documentação dos

conjuntos de dados geoespaciais fornecendo várias informações sobre as datas de cadastramento

e revisão dos metadados, pessoas ou unidades responsáveis pelos metadados, restrições de

acesso, padrão utilizado para cadastramento, dentre outras conforme descrito na tabela 4.12. Essa

seção é definida como obrigatória pelo FGDC.

A descrição detalhada dos elementos de cada seção que compõe o padrão de metadados

FGDC, por ser extensa e complexa, foi resumida nas tabelas apresentadas. Entretanto recomenda-

se que quando da efetivação do cadastramento de metadados utilizando-se o referido padrão se

conheça em detalhe cada seção, seus elementos e sua obrigatoriedade, visto que os ambientes de

comunicação e recuperação exigem consistência sintática e semântica de cada seção para que se

possa compilar e indexar com sucesso os metadados criados. O portal do FGDC disponibiliza

várias informações sobre seu padrão de metadados

( http://www.fgdc.gov/metadata/meta_stand.html ).

TAB. 4.12 – Seção de Informações de Referência dos Metadados

Elemento Descrição Composição Obriga_ toriedade

Metadata Date - data em que os metadados foram criados. simples sim Metadata Review Date

- data da revisão da entrada dos metadados. simples sim

Metadata Future Review Date

- data prevista para a revisão dos metadados criados. simples não

Metadata Contact - identificação e formas para se comunicar com pessoa(s) unidade(s) organizacionais responsáveis pelos metadados.

composto sim

Metadata Standard Name

- nome do padrão de metadados usado para documentar o conjunto de dados.

simples sim

Metadata Standard Version

- versão do padrão de metadados usado para documentar o conjunto de dados.

simples sim

Metadata Time Convention

- forma usada para descrever tempo (dia) na entrada dos metadados.

simples O/A

Metadata Access Constraints

- restrições e condições prévias legais para ter acesso aos metadados.

simples não

Metadata UseConstraints

- restrições e condições prévias legais para usar os metadados depois que acesso seja concedido.

simples não

Metadata Security Information

- controle das restrições impostas aos metadados por causa de segurança nacional, privacidade, ou outras preocupações.

composto não

Fonte: FGDC, 1997a.

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4.4 REDE DE DISSEMINAÇÃO DE METADADOS – CLEARINGHOUSE

Com o desenvolvimento dos trabalhos do Comitê Americano de Ciências de Mapeamento –

MSC (de 1987 a 1993) ampliou-se a visão da necessidade do compartilhamento de dados

geoespaciais entre as agências nos diversos níveis do governo americano, sendo constituído, em

1990, o Comitê Federal de Dados Geográficos – FGDC. Em 1994 a publicação da Decisão

Executiva 12906 (Governo Clinton) normalizou a composição da INDE americana e definiu seus

componentes essenciais. A clearinghouse foi concebida como um serviço de catálogo eletrônico

que armazena descrições de conjuntos de dados segundo o padrão FGDC para metadados

espaciais digitais, e é considerada como a componente central da INDE americana (FGDC,

1997b). A partir da Decisão Executiva as agências federais dos EUA são obrigadas, por lei, a

divulgar os seus metadados na clearinghouse. O desenvolvimento de uma clearinhouse entre as

agências do governo federal dos EUA foi motivado pela necessidade de minimizar a duplicação

de esforços na obtenção e produção de dados geoespaciais digitais e estimular a realização de

acordos de cooperação na produção de dados geoespaciais (FGDC, 1997b).

A função do FGDC na clearinghouse “é desenvolver software, proporcionar orientações para a implantação, facilitar as discussões entre os participantes, desenvolver e apresentar materiais de treinamento e operar um serviço de registro de servidores de dados. O propósito do FGDC não é criar um sistema ou um índice centralizado de dados, e sim facilitar a busca distribuída entre a grande quantidade de servidores de dados e de metadados que existem atualmente na Internet” (FGDC, 1998).

4.4.1 DESCRIÇÃO E COMPONENTES DE UMA REDE DE DISSEMINAÇÃO DE

METADADOS

Segundo RUSANOWSKI (1998) uma clearinghouse pode ser descrita através de duas

perspectivas: uma institucional, na qual estão inseridas pessoas e infra-estrutura que facilitam a

pesquisa nas instituições que disponibilizam informações, e a outra técnica, definida como um

conjunto de serviços de informação composto de equipamentos, aplicativos e redes de

telecomunicação para propiciar acesso a pesquisa e busca de informação. As componentes chaves

de uma rede de disseminação de dados geoespaciais são:

• documentação dos dados (metadatos);

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• conexão de redes (Internet);

• ambiente e software para busca e acesso:

- Protocolo de busca e recuperação - Z39.50;

- WWW - World Wide Web.

• servidores para hospedar, gerenciar e manter aplicativos e dados.

A clearinghouse é mais que um catálogo de busca de informações. A clearinghouse é

constituída por dados, mecanismos de solicitação, aplicativos de pesquisa e informação de

utilização dos dados que está armazenada nos metadados. Estes metadados desempenham três

papéis:

• documentação para localização da informação;

• documentação do conteúdo e das estruturas da informação; e

• fornecimento ao usuário final de informação pormenorizada sobre a sua

utilização adequada.

A figura 4.2 apresenta os componentes necessários à construção de uma INDE, que adota a

conceituação de Coleman e McLaughlin (1998), envolvendo usuários e fornecedores como peças

chave e os dados, metadados e padrões como componentes centrais.

FIG. 4.2 - Diagrama dos componentes da Infra-estrutura Nacional de Dados -EUA

Fonte: NEBERT, 1998a

ANTHONY (1998b) apresentou a conceituação de uma clearinghouse em treinamento para

países das Américas, objetivando a implementação de catálogos e rede de disseminação de

metadados (IPGH, 1997), tendo como configuração básica: um cliente (usuário) com qualquer

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144

browser de acesso a Internet; um gateway (FGDC) e “nós” de conexão a clearinghouse

(Instituições produtoras de dados geoespaciais nos países).

FIG. 4.3 – Configuração básica de uma clearinghouse

Fonte: ANTHONY, 1998a

Uma clearinghouse é uma rede de serviços de disseminação de dados que viabiliza a

interação entre os usuários e os dados geoespaciais existentes. O termo clearinghouse é citado

por ALMEIDA (1999) como uma “câmara de compensação”, mas em se tratando de uma rede

distribuída geograficamente que promove a divulgação da existência de conjuntos de dados

geoespaciais, o termo rede de disseminação de metadados espaciais parece mais apropriado e será

a denominação utilizada na presente dissertação.

Um catálogo tradicional, como se encontra numa biblioteca moderna, fornece apenas

informação para localização. Na era da informação digital as demandas vão além da localização,

devem viabilizar a análise da informação através de metadados, permitindo assim sua exploração

por parte dos usuários objetivando atender às suas múltiplas necessidades.

As redes de disseminação de dados geoespaciais implementadas pelo mundo estão

embasadas na descrição padronizada e estruturada de dados (metadados espaciais). Normalmente

estes dados se constituem em dois tipos: os dados de referência (utilizados para georreferenciar

outros dados), que em alguns casos são denominados dados de estrutura, e os dados temáticos,

referentes aos vários temas de estudos de recursos naturais e de meio ambiente.

Como relatado anteriormente, nas últimas décadas a incorporação de geotecnologias e o

advento da Internet expandiram de maneira significativa a gama de usuários de dados e

informações geoespaciais. Os principais usuários estão na comunidade de usuários de programas

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SIG ou de processamento digital de imagens que tem interesse em localizar, avaliar e acessar

dados digitais geoespaciais em diversos formatos. Existem outros usuários interessados em obter

de forma on line mapas (versões digitais de produtos cartográficos) ou em acessar de forma

remota dados e produtos cartográficos sem contudo, dispor de funcionalidades de SIG em seu

ambiente (micro do cliente).

A clearinghouse ou rede de disseminação de metadados funciona como um serviço de

catalogação que suporta conexões a dados geoespaciais e a exibições gráficas. Em alguns casos

os “nós” da rede provêm conexões dentro de seus registros de metadados que permitem aos

usuários obter diretamente (on line) os dados digitais, em um ou mais formatos. E em outros

casos, dependendo do tamanho dos conjuntos de dados ou se os produtos são disponibilizados

com algum custo, hipertextos podem remeter para formulários de solicitação e compra dos dados

(exemplo de metadados de mapa topográfico na escala de 1: 62.500: Ordering_Instructions:

Print, complete and submit the CD ROM Order Form found at <http://www.nps.gov/gis/TIC-

requests.htm> to the NPS Denver Service Center)

Com o objetivo de assegurar a interoperabilidade da busca entre diferentes servidores de

metadados espaciais, o FGDC adotou o protocolo de busca e recuperação conhecido como ANSI

Z39.50 - 1995 (ISO 10163-1995) que padroniza a sintaxe de consulta, as identidades dos campos

e o formato físico dos registros de metadados recuperados (FGDC, 1996). O protocolo Z39.50

disponibiliza um conjunto de ferramentas que inclui software cliente-servidor para estabelecer a

conexão, transmitir uma consulta formatada, entregar os resultados da consulta e apresentar ao

cliente os documentos identificados em alguns dos formatos disponíveis. Esse protocolo foi

desenvolvido pela comunidade bibliográfica inicialmente para a pesquisa de registros

bibliográficos usando um conjunto padronizado de atributos, permitindo a qualquer cliente

Z39.50 acessar diferentes servidores distribuídos em um formato pré-estabelecido. No ambiente

servidor, o software Z39.50 se comunica com a base de dados ou com o software de indexação da

unidade (“host”) a ser pesquisada para processar a consulta e formular os resultados. Esta forma

de operação do protocolo Z39.50 propicia um método alternativo de acesso a coleções de

metadados ou a bases de dados sem necessidade de uma interface personalizada.

Por ter sido implementado para pesquisas bibliográficas o protocolo Z39.50 foi

estruturado para pesquisar campos textuais, mas dispõe de funções para a geração de perfis

adequados à determinadas formas de consulta. Esta funcionalidade viabilizou o desenvolvimento,

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146

por parte do FGDC, de um perfil para metadados espaciais, chamado GEO, que define como

devem ser implementados os elementos do padrão FGDC de metadados para serem utilizados

através de serviços com protocolo Z39.50 (NEBERT, 2000b).

O Z39.50 é um protocolo de comunicação que permite a pesquisa e a recuperação de

informações em BD geograficamente distribuídos e com estruturas de armazenamento diferentes,

de maneira transparente aos usuários (VILLAVICENCIO et al, 1999). As funcionalidades desse

padrão, notadamente a indexação e consulta de textos estruturados em diversos padrões, fez com

que sua utilização fosse difundida por vários centros e instituições produtoras de dados. O

protocolo Z39.50 vêm sendo utilizado em sistemas de disseminação e intercâmbio de dados

científicos entre organizações, propiciando uma infra-estrutura eficiente para identificar e

localizar informações (NEBERT, 1999b).

4.4.2 AMBIENTES E PADRÕES DE COMUNICAÇÃO DE UMA REDE DE

DISSEMINAÇÃO DE CATÁLOGOS DE METADADOS

As redes de disseminação de metadados existentes estão pautadas em serviços de

informações (cliente-servidor) compostos por uma estrutura e vocabulário de documentação

padronizado (metadados), sendo pesquisável por protocolos de comunicação (Z39.50, http). A

clearinghouse americana está implementada através de uma arquitetura de software

multicamadas contendo um nível “cliente”, um nível intermédio ou "gateway" e um nível de

servidor, como apresentado na figura 4.4. No nível Cliente pode-se utilizar um browser de

Internet tradicional ou uma aplicação cliente nativa de busca, sendo que o browser Web utiliza o

protocolo de comunicação HyperText Transport Protocol (HTTP), enquanto que o cliente de

busca nativo utiliza o protocolo ISO 23950 (ANSI Z39.50) diretamente na ligação com um

conjunto de servidores (NEBERT, 1999a).

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FIG. 4.4 - Ambientes da clearinghouse americana Fonte: NEBERT, 1998a

A camada intermediária da arquitetura é definida por um gateway, que transforma o

protocolo da Web (HTTP) para o protocolo Z39.50. Este gateway tem implementações

desenvolvidas pelo FGDC (fornecida gratuitamente, o pacote de programas denominado Isite -

http://badger.state.wi.us/agencies/wlib/sco/metatool/mtools.htm ) e por empresas comerciais

(Blue Angel Technologies). O gateway proporciona busca descentralizada e paralela a vários

servidores Z39.50 de metadados, a partir de uma única sessão de um cliente Web. Existem nos

EUA seis gateways instalados, que são identificados como pontos regionais de acesso, tendo

interface e formulários de critérios de busca idênticos (figura 4.5) (NEBERT, 1999a). A

arquitetura prevê a geração de uma lista dos servidores que participam da rede, que se constitui,

na verdade, em um conjunto de metadados de servidores que podem ser pesquisados através de

um catálogo especial da rede. Desta forma, pode ser realizada uma busca direta nos servidores

cadastrados em vez de exigir que o usuário escolha os servidores a partir de uma lista, ou de

executar todas as buscas em todos os servidores cadastrados.

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FIG.4.5 – Distribuição dos gateways regionais da clearinghouse americana

Fonte: FGDC, 1998.

O gateway é o ponto de entrada numa rede de disseminação de catálogos de metadados,

sendo materializado por um computador conectado à Internet e que armazena o software de

comunicação e de gerenciamento da rede, garantindo a comunicação entre os usuários e os nós da

rede. O gateway tem a função de repassar as mensagens de solicitação dos usuários a todos o

servidores cadastrados na rede de disseminação de metadados (QUENZER, 1998). A figura 4.6

apresenta os protocolos de comunicações envolvidos quando um usuário executa uma consulta

numa rede de disseminação de catálogos de metadados. E na tabela 4.13 estão sintetizadas as

características dos software de um gateway.

FIG. 4.6 – Comunicação administrada por um gateway

Fonte: QUENZER, 1998.

Internet (Web)

Servidor Web

Cliente Z39.50

HTTP Z39.50

Gateway

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TAB. 4.13 – Características do software de gateway

Software de gateway Características

Isite

• desenvolvido pelo Center for Networked Information Discovery and Retrieval - CNIDR

• compatível com ambiente UNIX e Windows • mesmo código utilizado no nó • protocolo de comunicação HTTP • gratuito – com limitação do número de nós pesquisados

MetaStar

• desenvolvido pela Blue Angels Technologies • compatível com ambiente UNIX e Windows • não há limitações quanto ao número de nós de pesquisa • protocolo de comunicação HTTP e Z39.50 • comercial – U$ 3000,00 • tecnologia Serlet - funciona como parte do servidor Web

Fonte: QUENZER, 1998

Na última camada da arquitetura do serviço da rede de disseminação de catálogos de

metadados estão os servidores compatíveis com o protocolo Z39.50. Estes servidores se

comunicam através do perfil GEO do protocolo Z39.50. O Perfil GEO é um conjunto ampliado

dos campos bibliográficos tradicionais para incluírem coordenadas geográficas (latitude e

longitude) e campos temporais, além de texto livre (NEBERT, 2000b). Estes servidores Z39.50

são implementados sobre bases de dados de documentos XML ou sobre sistemas de bases de

dados relacionais nos quais os metadados estruturados são armazenados para efeitos de consulta e

apresentação. A tabela 4.14 apresenta os requisitos mínimos para o ambiente “servidor” e para o

ambiente “cliente”.

TAB. 4.14 – Requisitos do ambiente cliente-servidor de uma rede de disseminação de metadados

Servidor Cliente Suporte para múltiplos usuários (UNIX, Windows, LINUX...)

Navegador Web com HTML (2 ou superior)

Conectividade à Internet Conectividade à Internet Software para gerenciar servidor Suporte para Java - opcional

Fonte: QUENZER (1997) O ambiente cliente é denominado nó da rede de disseminação de metadados

(clearinghouse) e nele reside o catálogo, completo, de metadados gerados pelas instituições

participantes, preparado e compilado segundo as normas e especificações definidas pelo FGDC e

em consonância com o protocolo de comunicação e recuperação Z39.50. Na figura 4.7 é

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apresentado um cartograma que ilustra a distribuição, no mundo, dos nós da clearinghouse

americana.

FIG. 4.7 – Nós da clearinghouse americana no mundo

Fonte: TIESZEN, 2000.

A leitura da figura aponta que não só países do continente americano participam dessa

rede (Itália, Japão, Coréia do Sul, Austrália e África do Sul). Quanto ao Brasil, os nós existentes

em 2000 (IBGE e CODEPLAN) foram descontinuados frente as diversas mudanças de gestão nas

organizações e pela não existência de um projeto institucional para sua manutenção. Em julho de

2004 a Diretoria de Geociências (DGC) e o Centro de Disseminação de Informações (CDDI) do

IBGE constituíram um projeto institucional para o cadastramento de metadados de produtos

geoespaciais, no padrão FGDC e sua reintegração na rede IGDN. Cabe ressaltar que qualquer

instituição pode fazer parte dessa rede desde que utilize o padrão de metadados definido pelo

FGDC.

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151

4.5 CATÁLOGO DE METADADOS DOS PRODUTOS DA CARTOGRAFIA TERRESTRE

Como abordado por IKEMATU (2001), é fundamental que as organizações priorizem e

mantenham documentações sistemáticas e estruturadas dos seus acervos, objetivando reduzir a

superposição de esforços na coleta, prover conhecimentos, possibilitar a manutenção eficiente

dos dados e minimizar as inconsistências. O desenvolvimento de catálogos de metadados é

apontado por CALLABAN et al (1996) como uma solução para a documentação de acervos que

além de fornecer um inventário padronizado dos conjuntos de dados existentes subsidia a

disseminação de dados.

Os catálogos de metadados são sistemas de informações que contém uma descrição,

segundo um padrão de metadados, do conteúdo, das características, da qualidade e as formas de

disseminação dos dados. As funções dos metadados e sua importância estão retratadas no

capítulo 3 e são corroboradas pelo desenvolvimento e utilização de padrões, catálogos e redes de

disseminação de metadados em operação em diversos países (Colômbia, Austrália, EUA, Canadá,

Portugal, Japão, França, dentre outros). O fator mais significativo na implementação de catálogos

de metadados é propiciar aos usuários a análise da adequabilidade dos dados à suas aplicações

antes de sua aquisição.

Atualmente, com o crescimento da Internet para a disseminação de dados e informações,

várias organizações produtoras de dados geoespaciais vêm implementando bases de dados com

aplicativos voltados à disseminação. BARBOSA (2002) relata que “em organizações de pesquisa

governamentais, principalmente internacionais, o armazenamento de metadados em BD é

crescente”.

As preocupações ambientais, assim com as questões econômicas, estão cada vez mais

globalizadas (tratados e organizações mundiais) requerendo um conhecimento cada vez mais

ampliado das condições de desenvolvimento, das atividades econômicas, dos riscos naturais, da

exploração de recursos naturais (água, petróleo, minérios dentre outros), das necessidades

advindas do agrobusiness, do desmatamento e desertificação e da biodiversidade existente em

cada país, objetivando subsidiar as discussões mundiais sobre mudanças climáticas, programas de

desenvolvimento com financiamento internacional e ajuda comunitária aos países emergentes e

subdesenvolvidos com o intuito de melhorar a qualidade de vida e fomentar programas de

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combate à fome e doenças. Neste contexto a disseminação de dados e informações geoespaciais é

um fator crítico, como apontado pela Agenda 21, e tem sido objeto de planos de trabalho das

organizações responsáveis pela produção de dados estatísticos, geográficos e temáticos e pela

padronização e/ou homogeneização do conteúdo dos conjuntos de dados disseminados.

4.5.1 ETAPAS PARA DISPONIBILIZAÇÃO DE CATÁLOGOS DE METADADOS

A construção de um catálogo de metadados traz vantagens significativas para as

organizações produtoras de dados e para os usuários finais, fornecendo informações para

identificação, exploração e utilização dos dados e bases geopespaciais. Contudo, esse catálogo,

para atingir seus objetivos, deve ser disponibilizado interna e externamente às organizações e de

preferência em nível nacional e internacional.

Existem diversas abordagens para o armazenamento e disseminação de catálogos de dados e

metadados. A pesquisa em bibliotecas digitais, via Web, vêm utilizando o padrão de comunicação

Z39.50, desenvolvido para atender às demandas de busca bibliográficas textuais e tem sido aceito

amplamente pela comunidade científica.

Desde 1998 o FGDC vêm disponibilizando ferramentas para o cadastramento de

metadados como fase fundamental da composição de uma rede de disseminação de metadados

distribuída, e tem estimulado, através de eventos e workshop, a inserção dos países nessa rede.

Para que se efetive a inserção na rede de disseminação de metadados (clearinghouse) é

necessário além da catalogação dos metadados segundo o padrão FGDC, outras etapas que

promovem a consistência, o correto registro e a integração dos ambientes definidos na arquitetura

da referida rede. A figura 4.8 apresenta as etapas necessárias para a inserção de um catálogo de

metadados na rede de disseminação de metadados gerenciada pelo FGDC.

FIG. 4.8 - Etapas para a inserção de catálogo de metadados na rede FGDC

Fonte: FGDC, 1998.

Preparação dos

Metadados

Validação e Organização

dos Metadados

Publicação

dos Metadados

Acesso

dos Usuários

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A preparação dos metadados para a inserção em uma rede de disseminação de metadados

é efetivamente o trabalho mais exaustivo. Existem disponíveis na Internet um conjunto de

aplicativos para o cadastramento, compilação e publicação de metadados, compatíveis com várias

plataformas de equipamentos ( http://badger.state.wi.us/agencies/wlib/sco/metatool/mtools.htm ).

4.5.2 PREPARAÇÃO, COMPILAÇÃO E INDEXAÇÃO DE CATÁLOGO DE METADADOS

DE PRODUTOS DO MAPEAMENTO TERRESTRE

A implantação de uma política de disseminação de dados associados com seus

correspondentes metadados, e que esteja inserida na comunidade nacional e internacional, requer

um conjunto de funções e atividades inerentes à produção, à manutenção do nó da rede de

disseminação e ao registro/configuraçãodo nó servidor nessa rede. A figura 4.9 apresenta as

principais etapas de cada uma destas funções para a rede IGDN.

FIG.4.9 – Procedimentos para a disponibilização de metadados pela Web (rede IGDN) Fonte: adaptado de QUENZER, 1997.

Download aplicativos

DDoowwnnllooaadd IIssiittee

FGDC

Preparação, Compilação e Validação

de Metadatos

Metadados FGDC

Vincular Interface à clearinghouse

Registro doServidor

SGML

HTML

TEXT

Configurar

Indexar (Iindex)

Servir (Zserver)

Valida Index

Valida Server

Administração

Isite Z39. 50 Software

PRODUTOR ÁREA DE PRODUÇÃO

DADOS MANUTENÇÃO DO NÓ ÁREA DE PUBLICAÇÃO

REGISTRO E CONFIG. ( REDE

IGDN) ÁREA DE

PUBLICAÇÃO

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154

A função de documentação dos dados (geração dos metadados) está afeta as unidades de

produção, por deterem o conhecimento dos insumos, processos, métodos e parâmetros de

produção, assim como dos procedimentos de validação e controle de qualidade dos dados. No

cadastramento dos metadados propostos foi feito download na página do FGDC do aplicativo

TKME, desenvolvido por SCHWEITZER (1998), para ambiente Windows. Este aplicativo, para

a geração de metadados segundo as normas do FGDC, fornece um conjunto de funções, tais

como salvar, editar, visualizar, adicionar, ajuda, dentre outras, apresentadas na figura 4.12. O uso

do aplicativo TKME é simples, pois utiliza interface com menus pull down (semelhante ao Word

da Microsoft). Em conjunto com o TKME são disponibilizados aplicativos para compilar e

indexar os metadados do catálogo, segundo o padrão FGDC. Esses aplicativos são armazenados

utilizando a estrutura de diretórios, denominada USGS, aprsentada na figura 4.10:

FIG. 4.10 – Estrutura de diretórios para o pacote FGDC/ tools

Fonte: FGDC, 2000.

Os aplicativos para a geração (TKME) e para a compilação MetaParse (mp) de

metadados encontram se no sub-diretório “bin” cujo detalhamento é apresentado na figura 4.11.

FIG. 4.11 – Detalhamento do sub-diretório “bin”

Fonte: FGDC, 2000.

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4.5.2.1 CADASTRAMENTO E COMPILAÇÂO DOS METADADOS DE PRODUTOS DA

CARTOGRAFIA TERRESTRE

A geração dos metadados se inicia abrindo o TKME e acionando a função adicionar

(função ADD) METADATA (criar um novo conjunto de metadados). Sempre utilizando a função

ADD vai se selecionando as seções a serem cadastradas. Para cada seção são cadastrados os

elementos obrigatórios, obrigatórios se aplicáveis e os opcionais que sejam de relevância para a

caracterização adequada da documentação cartográfica. O apêndice 6 apresenta as seções e os

elementos considerados fundamentais para descrever produtos da Cartografia Terrestre

Brasileira. É importante ter-se atenção com os domínios definidos para cada elemento simples,

pois a sua não observância pode acarretar erros no processo de compilação dos metadados.

FIG. 4.12 – Tela de entrada de metadados do aplicativo TKME

Fonte: FGDC, 2000.

O catálogo de metadados proposto na presente dissertação engloba os seguintes produtos

cartográficos digitais da Cartografia Terrestre:

• Atlas Geográfico Escolar – 2003 (disponibilizado em publicação impressa e em

CD-ROM).

• Mapa da série Brasil – 1: 5 000 000 – base vetorial com BD associado

(disponibilizado via Web e em CD-ROM);

• Base Integrada do Brasil – 1: 1 000 000 – base vetorial com BD associada

(disponibilizado via Web e em CD-ROM);

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• Folha da Carta CIM de Manaus editorada – Base vetorial (disponibilizada via Web

e em CD-ROM);

• Folhas de carta topográfica, uma para cada escala de 1: 250 000 a 1: 25000, nos

formatos vetorial e matricial (disponibilizado via Web e em CD-ROM);

• Malha Municipal Digital do Brasil referente ao Censo Demográfico 2000

(disponibilizada em CD-ROM, no aplicativo EstatCart e via Web);

Uma das etapas da criação de um nó de uma rede de disseminação de metadados é a

preparação dos metadados que devem ser compilados ou validados para garantir que sua estrutura

e conteúdo estejam segundo as normas prescritas pelo FGDC. O aplicativo “mp” analisa a

sintaxe, a estrutura e o conteúdo dos metadados cadastrados e emite um relatório de erros. O

programa mp (Metadata Parse) é um compilador para analisar sintaticamente metadados no

padrão FGDC e emite relatório de erros que pode ser visualizado através de um browser de Web

ou em um editor de texto. Este aplicativo pode ser executado em ambientes Linux, UNIX e

Microsoft Windows (95 ou superiores, inclusive XP). O relatório textual identifica os erros de

cadastramento dos metadados, principalmente na estrutura, e também nos valores dos domínios

dos elementos componentes dos metadados. A figura 4.13 apresenta o fluxo para validação do

cadastramento de metadados.

FIG. 4.13 – Fluxo para compilação dos metadados cadastrados segundo FGDC Fonte: adaptado de QUENZER, 1997.

O aplicativo “mp” para ser executado no ambiente “DOS” requer que os arquivos de

metadados estejam armazenados no diretório USGS\tools\bin. A seguir é apresentada a sintaxe

de comando e as opções do aplicativo “mp”:

Arquivos de Metadados

mp compilador metadados

Relatóriosde erros

Correções

Relatório Valida - OK

SGML HTML TEXT

Formatos para indexação

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mp [options] input-file Parse FGDC metadata, report structural errors and generate useful re-expressions of the information. input-file is indented text or sgml or xml Options: -c config-file Read supplied config-file for more options -l language-code Use element names in the language specified -e error-file Write errors to the named error-file -t text-file Write indented text to the named text-file -h html-file Write outline-style HTML to the named html-file -f faq-file Write FAQ-style HTML to the named html-file -s sgml-file Write SGML to the named sgml-file -x xml-file Write XML to the named xml-file -d dif-file Write DIF (NASA, v6) to the named dif-file -fixdoc Run special clean-up on DOCUMENT.aml output

Para a execução do aplicativo “mp” é necessário que os arquivos de metadados cadastrados

pelo TKME com extensão “.met” estejam armazenado no sub-diretório “bin”. Isto está retratado

na figura 4.14.

FIG.4.14 – Metadados gerados armazenados no sub-diretório “bin”

A seguir estão apresentados os comandos para a 1ª etapa de compilação - identificação de

erros, sendo que a figura 4.15 retrata o relatório de erros da primeira versão dos metadados da

Base Cartográfica do Mapa do Brasil, na escala de 1: 5 000 000.

F:\>cd Anna F:\ANNA>cd USGS1\tools\bin F:\ANNA\USGS1\tools\bin>mp -e BR5_v0.err BR5_v0_G.met

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FIG 4.15 – Relatório de erros dos metadados do Mapa da série Brasil 1: 5 000 000

É necessário se corrigir os erros detectados e executar novamente o aplicativo “mp” até

que se tenha “no errors”, como apresentado na figura 4.16.

FIG 4.16 – Relatório do aplicativo “mp” dos metadados do Mapa 1: 5 000 000, sem erros

O cadastramento dos 14 produtos cartográficos pertencentes ao mapeamento terrestre

brasileiro, produzidos pelo IBGE, foi executado por profissional com conhecimento de suas

especificações técnicas, e foi efetivado dispendendo ½ hora para a geração dos metadados de

cada produto cadastrado.

Com os metadados compilados e sem erros, são gerados os arquivos necessários para a

indexação (extensões: sgml, xml e txt) que possibilita ao protocolo Z39.50 efetivar a recuperação

dos dados e retransmiti-los, com visualização através da extensão html no browser do usuário.

Para tanto se executa, em ambiente DOS novamente, o aplicativo “mp” com as opções -s (sgml),

-t (txt), -x (xml) e -h (html), conforme apresentado abaixo:

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FIG. 4.17 – Tela DOS de execução do aplicativo “mp”

Esse comando armazena os arquivos com as extensões solicitadas, como mostrado na figura

4.18.

FIG. 4.18 – Arquivos, diversas extensões, dos metadados de produtos cartográficos.

Os Apêndices 7 e 8 contêm as versões (.met e .html) dos metadados gerados para a base

cartográfica vetorial integrada na escala 1: 1 000 000, denominada bCIMd.

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4.5.2.2 INDEXAÇÃO DOS METADADOS / GERAÇÃO DOS ÍNDICES DE BUSCA

Para a manutenção do nó, no qual devem estar armazenados os catálogos de metadados

(BD de metadados) a serem disponibilizados pela rede, são necessários aplicativos para

indexação e configuração dos ambientes servidor e cliente. Estas funções são implementadas pelo

pacote Isite que contêm os programas baseados na Internet que provêem indexação e pesquisas

de texto que utiliza o protocolo Z39.50 para comunicação. O pacote Isite foi desenvolvido e

distribuído para uso livre pelo Centro de Busca e Recuperação de Informação Distribuída por

redes ( Center for Networked Information Discovery and Retrieval - CNIDR) e está disponível

em http://www.mcnc-rdi.org/ . Entretanto a versão específica do pacote Isite utilizada pelo

FGDC está disponível para download em: http://www.fgdc.gov/clearinghouse/.

A etapa de indexação, que utiliza o aplicativo Iindex gera, a partir da extensão “.sgml ”

dos metadados compilados, índices para vários campos e compõe um BD (no exemplo o BD

criado é denominado meta1), no qual serão processadas as pesquisas textuais ou por

determinados campos dos metadados dependendo dos critérios de busca escolhidos pelo usuário.

A figura 4.19 fornece uma visualização da estrutura do sub-diretório, enquanto a figura 4.20

apresenta os arquivos que compõem o sub-diretório Isite.

FIG. 4.19 – Detalhamento do sub-diretório Isite

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FIG. 4.20 - Arquivos do pacote Isite para indexação e configuração BD

Assim como a etapa de compilação, a indexação é executada no DOS através do seguinte

comando:

iindex2 -d [database] -t [document type] -o [document options] [metadata files] [database] - full path to the database index [document type] - fgdc [document options] - fieldtype=fgdc.fields [metadata files] - path to data files (SGML) A etapa de indexação exige que os metadados compilados sejam armazenados no diretório

USGS\tools\isite2\db. Porém, o aplicativo deve ser executado no diretório isite2. A execução do

comando, descrito a seguir, gerou o BD meta1 que contêm os metadados (em todas as versões –

sgml, html, xml e txt) e os índices gerados para a busca e recuperação através do Z39. 50.

C:\USGS\tools\isite2\db>..\iindex2 -d meta1 -t fgdc -o fieldtype=..\fgdc.fields *.sgml Iindex v2.3.1-RH72, Release 2004091302 Building document list ... Creating new cache [/cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/meta1.db] Building database meta1: Parsing files ... Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/Atlas_geog.sgml Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/BR5000_G.sgml Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/BR5000_P.sgml Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/CIM_Manaus.sgml Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/MMD_2000_G.sgml Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/MMD_2000_P.sgml Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/bCIMd_G.sgml Parsing /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/db/bCIMd_P.sgml Indexing 13303 words ...

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Writing compressed blocks to sequence table 1 Database files saved to disk. Na figura 4.21 estão retratados os arquivos de metadados gerados após a indexação e a

carga do Banco de Dados de Metadados – Meta1.

FIG. 4.21 – Geração do BD – meta1, metadados nas extensões requeridas.

Quanto a geração dos metadados da folhas topográficas do mapeamento terrestre

sistemático (1: 250 000 a 1: 25 000) foram escolhidas as folhas produzidas e disponibilizadas

pelo IBGE em seu portal (www.ibge.gov.br/geociencias/cartografia ). A tabela 4.15 identifica as

folhas escolhidas:

TAB. 4.15 – Folhas do mapeamento topográfico sistemático com cadastramento de seus metadados

NOMENCLATURA NOME EDITOR ANO SF-22-V-B ANDRADINA IBGE 1980 SE-22-V-D JATAÍ IBGE 1982

SE-23-Y-D-III ABAETÉ IBGE 1975 SE-24-Y-D-IV ARACRUZ IBGE 1979

SF-23-Z-B-VI-3 ARARUAMA IBGE 1978 SF-23-V-D-II-3 ALFENAS IBGE 1970

SD-24-X-A-VI-1-NO PRAIA DO FORTE IBGE 1998

Fonte: Mapa Índice, IBGE (2004)

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Para se acrescentar novos metadados ao BD Meta1 já gerado é necessário que sejam re-

compilados todos os metadados, pela exigência de nova indexação para busca através dos

ambientes em rede. O Banco de metadados final gerado com a inserção das folhas topográficas

passou a ser denominado Metacart.

FIG. 4.22 – Geração do BD– metacart, com os metadados das folhas topográficas

incluídas.

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4.5.3 CONFIGURAÇÃO DE AMBIENTES PARA CONSULTA A CATÁLOGOS DE

METADADOS

4.5.3.1 PROCEDIMENTOS DE PREPARO PARA PUBLICAÇÃO NA REDE IGDN

A publicação dos catálogos de metadados na rede IGDN/FGDC é efetivada através dos

aplicativos Zserver e Zclient que viabilizam a disponibilização dos metadados on-line.

A etapa de disseminação ou publicação via Web depende da configuração do servidor que

é responsável pelo processo de comunicação baseado no protocolo Z39.50. Esta configuração é

executada através do programa Zserver e das definições e opções designadas nos arquivos de

extensão “ .INI ” (zserver.ini - Opções de Servidor, porta, etc e sapi.ini - Designação do Banco

de metadados). Esses arquivos estão no diretório Isite2 e são apresentados na figura 4.23.

FIG. 4.23 – Aplicativos para configuração do ambiente servidor e cliente

Os arquivos de extensão “ .INI ” disponíveis no pacote Isite devem ser alterados para

que seja identificado o BD de metadados compilados e indexados, no exemplo para o BD

Metadados = meta1. As configurações destes arquivos utilizadas para o teste de comunicação

numa rede local estão descritos no apêndice 9.

Segundo o fluxo prescrito pelo FGDC, é necessário que se verifique não só a indexação

dos metadados, bem como os processos de comunicação e recuperação de metadados. Isto pode

ser feito através da configuração de um servidor e cliente no mesmo computador em que o BD de

metadados foi armazenado. O teste de comunicação numa rede local está descrito através dos

comandos retratados no item 9.2 do apêndice 9. Como resultados da consulta efetivada para

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“Atlas” são apresentados os quantitativos e identificação numérica dos registros que satisfazem o

critério de busca. Ao se introduzir o número do registro desejado é listado o metadados do Atlas

Geográfico Escolar.

O registro do nó do Brasil na rede da NSDI americana é feito através de cadastro utilizando

um conjunto de aplicativos disponibilizados no portal do FGDC. Esse registro subsidia a

atualização do gerenciamento dos gateways e servidores que estão integrados à rede IGDN.

4.5.3.2 ACESSO DE METADADOS DE PRODUTOS CARTOGRÁFICOS DO IBGE NA

REDE IGDN

O portal do FGDC (www.fgdc.gov ) apresenta um conjunto de temas e procedimentos

para a publicação de metadados espaciais em sua NSDI. A figura 4.24 retrata a tela de avertura

do portal.

FIG. 4.24 – Tela de abertura portal FGDC

Fonte: FGDC, 2005

Ao selecionar clearinghouse é exibida uma página de gerenciamento do ambiente da rede

para que o usuário identifique o gateway a ser utilizado. A figura 4.25 apresenta esta página que

permite a seleção do gateway gerenciador da busca.

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FIG. 4.25 – Página para escolha do gateway de gerenciamento da busca

Fonte: FGDC, 2005

No exemplo, ora apresentado foi selecionado o gateway do EDC (EROS Data Center) que

então apresenta a página padrão de tipos de busca do ambiente da NSDI/IGDN. Na figura 4.26

estão explicitados os três tipos de pesquisas que são disponibilizadas: NSDI Search Wizard; map

interface with place names para os usuários que usam applet Java; e place names para usuários

que não utilizam applet Java.

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FIG. 4.26 – Página para escolha do tipo de pesquisa a ser efetivada

Fonte: FGDC, 2005

A opção NSDI Search Wizard é composta de um conjunto de páginas (form.) para:

• identificar os tipos de categorias de informação a serem pesquisadas (figura 4.27);

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FIG. 4.27 – Página para escolha do tipo de categoria de informação para pesquisa

Fonte: FGDC, 2005

• identificar área de abrangência geográfica da busca;

FIG. 4.28 – Página para escolha da região e país para pesquisa

Fonte: FGDC, 2005

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Na página apresentada na figura 4.28 é necessário optar pela região de busca – United

States ou International para a busca sobre metadados espaciais, que no exemplo foram:

International e Brasil. Automáticamente a interface fornece as coordenadas geográficas de

abrangência do país escolhido. E pode ser efetivado um zoom do país selecionado através do

Zoom to Location (figura 4.29).

FIG. 4.29 – Exibição do Brasil pelo Zoom to Location

Fonte: FGDC, 2005

• identificar servidor (es) nos quais o usuário deseja que se efetive a pesquisa de

metadados;

Como a busca pode envolver vários servidores da rede, é solicitado ao usuário que

identifique os servidores que irão estar envolvidos na sua pesquisa (figura 4.30).

FIG. 4.30 – Servidor para busca – Brasil - IBGE

Fonte: FGDC, 2005

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• identificar período de tempo de referência para a busca e selecionar palavras

chaves de itens de metadados;

No formulário apresentado na figura 4.31 o usuário pode optar por uma busca que

considere períodos de tempo: antes, depois ou igual a uma determinada data. O usuário também

tem a opção de escolher palavras chaves de itens de metadados, tais como: Title, Originator,

Abstract, Purpose, Presentatiom Form, Theme Keyword.

FIG. 4.31 – Opções de busca por período de tempo e palavra chave (texto)

Fonte: FGDC, 2005

• execução da pesquisa – acompanhamento e resultados;

A execução da busca, com os critérios preenchidos pelo usuário, é processada

selecionando a opção Search (figura 4.31). Esta função exibe uma página de acompanhamento da

pesquisa ( fases de busca, tempo da busca, etc). Quando a busca é completada com sucesso, a

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interface retorna o servidor que disponibiliza metadados de produtos com as características

definidas pelo usuário. No exemplo a busca teve como opção o servidor do Brasil – Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (figura 4.32). A busca encontrou na Database IBGE 14

(quatorze) metadados espaciais.

FIG. 4.32 – Resultado da busca no servidor Brasil - IBGE

Fonte: FGDC, 2005

• Lista de metadados recuperados – Resultados da busca;

Ao se clicar na Database /servidor (IBGE - figura 4.32), resultado da busca efetivada é

apresentada a relação dos metadados espaciais que satisfazem os critérios do usuário (figura

4.33).

FIG. 4.33 – Detalhamento do resultado da busca no servidor Brasil - IBGE

Fonte: FGDC, 2005

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• Acesso aos metadados espaciais de interesse do usuário;

Ao apresentar os metadados de produtos selecionados pelo usuário, a interface

disponibiliza os metadados em duas formas – Summary e Full. Ao se clicar no produto de

interesse, no caso a Base cartográfica digital integrada – 1:1.000.000, na forma Summary, é

exibida a página da figura 4.34. Essa modalidade informa dados gerais / sumarizados, quais

sejam: Título; Referência de temporal do conteúdo; abrangência gerográfica da base escolhida.

FIG. 4.34 – Exibição dos metadados da Base cartográfica digital integrada Fonte: FGDC, 2005

Ao se selecionar a modalidade Full são apresentados os metadados da referida base em seus

detalhes, com 7 seções definidas no padrão FGDC, sendo que as seções estão listadas no início da

página com hyperlink para cada seção (figura 4.35).

FIG. 4.35 – Seções dos metadados da Base cartográfica digital integrada 1: 1.000.000

Fonte: FGDC, 2005

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• Acesso aos produtos correspondentes aos metadados recuperados;

Existe na seção Identification o item Online_Linkage que permite remeter para outras

páginas da Web, que no caso do Atlas Escolar Geográfico remete para o portal do IBGE no

ambiente IBGETEEN (<http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar>). Esses links

normalmente apontam para áreas de veiculação dos mapeamentos, nos diversos portais de

informação, ao qual o produto pertence.

Para o Mapa da série Brasil - 1: 5 000 000 (series Map Brazil) o item Online_Linkage:

http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/default_prod.shtm#GEOG remete para os produtos do

Mapeamento Geográfico (figura 4.36). Já na Malha Municipal Digital do Brasil - 1: 2 500 000 o

item Online_Linkage: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/default_prod.shtm#TERRIT

aponta para o Mapeamento de Unidades Territoriais (figura 4.37), sendo que para as folhas

topográficas esse item http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/default_prod.shtm#TOPO exibe

os produtos do Mapeamento Topográfico (figura 4.38).

FIG. 4.36 – Produtos de Mapeamento Geográfico – Portal IBGE

FIG. 4.37 – Produtos de Mapeamento de Unidades Territoriais – Portal IBGE

Fonte: IBGE, 2005

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FIG. 4.38 – Produtos de Mapeamento Topográfico – Portal IBGE

Fonte: IBGE, 2005

A primeira versão de metadados de produtos cartográficos do IBGE publicados da

NSDI/IGDN consta de 14 metadados dos produtos relacionados na figura 4.32. Entretanto, a área

de documentação e disseminação do IBGE (CDDI) está desenvolvendo a migração dos dados do

mapeamento sistemático que compõe o Mapa Índice (MI) do Mapeamento Geral do Brasil, para o

padrão FGDC, e publicou uma 2ª versão não validada pela área de Cartografia – responsável

pela geração dos produtos. Nessa versão foram detetadas, pela área de Cartografia, algumas

inconsistências que estão sendo analisadas e consolidadas.

Ao se concluir com sucesso a consulta acima, fica comprovado que a proposta de catálogo

de metadados de produtos cartográficos, utilizando o padrão FGDC, e sua inserção na rede IGDN

é viável diante do cadastramento, validação, publicação e recuperação de metadados

implementadas para produtos e bases cartográficas do mapeamento sistemático terrestre

produzidas pela área de Cartografia do IBGE..

Legenda

Descrição Cartas Disponíveis

Loja Virtual Download

Solicitação por e-mail Servidor de Mapas

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O projeto piloto implementado na Diretoria de Geociências do IBGE contemplando

inicialmente produtos do mapeamento terrestre foi efetivado por cadastramento de cada produto

com o aplicativo TKME, previa a migração dos dados do Mapa Índice, produto desenvolvido em

conjunto pelo IBGE e a DSG, que fornece informações gerais sobre as folhas de cartas

topográficas. Essa migração, dos dados do MI para o padrão FGDC, após ser efetivada pela a

área de documentação e disseminação do IBGE (CDDI), esta sendo complementada com dados e

sendo validada pela área produtora (Coordenação de Cartografia), que irá gerar um Banco de

Metadados consolidado de Produtos Cartográficos do mapeamento sistemático terrestre,

produzidos no âmbito do SCN.

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5 CONCLUSÕES

5.1 INTRODUÇÃO

A demanda por IG tem impulsionado os estudos e pesquisas para documentar, catalogar e

disseminar dados e informações de produtos cartográficos e temáticos (geoespaciais). A

construção de Infra-estrutura de Dados Espaciais - IDE tem sido uma das ações consideradas

como essencial pelo Estado na maioria dos países, conforme pesquisa de ONSRUD (2001).

Os principais aspectos (conceituação e compreensão) relacionados com dados, informação

não geográfica e informação geográfica (IG), a sua importância crescente a partir da Agenda 21,

as demandas de monitoramento territorial e ambiental, a gestão de programas sociais e de

investimentos, e a mitigação de riscos e impactos de fenômenos naturais têm motivado que

instituições envolvidas com a produção nesse contexto promovam um inventário das bases

geoespaciais existentes para a integração e compatibilização daquelas que são consideradas de

uso comum. Esta compatibilização tem como objetivo fornecer subsídios para que a sociedade

possa gerenciar sua organização e dinâmica situacional (demográfica, física/ambiental,

econômica e social). Outro fator que tem estimulado a geração de dados e bases geoespaciais são

as necessidades de modernização do Estado. Muitas instituições governamentais vêm

desenvolvendo Sistemas de Informação, tendo a componente geográfica como fundamental. O

desenvolvimento de uma IDE no mundo, notadamente a partir do Projeto Global Mapping e da

constituição da GSDI, tem impulsionado a construção de capacidade para a implantação de

INDE, em muitos países e regiões (figuras 2.4 e 2.5). A documentação padronizada de bases

cartográficas, em ambiente digital, é pré-condição para a integração consistente de dados,

transformando assim os metadados associados aos dados cartográficos nos componentes centrais

de uma INDE (tabela 2.2).

Os metadados são considerados pela TI como fundamentais para documentar, catalogar,

preservar e compartilhar IG. Algumas de suas tecnologias SIG, Data Warehouse - DW e

Sistemas de Apoio à Decisão - SAD estão baseadas nos metadados para compor de forma

consistente as bases de dados dos sistemas de informação para tomada de decisão.

A geração, segundo o padrão FGDC, de um Banco de Metadados de produtos do

mapeamento terrestre (geográfico e topográfico) e do mapeamento municipal (mapas e malhas)

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propicia ampliar sua disseminação na Web, através de interfaces e aplicativos que utilizam

protocolos internacionais e, contribuir para a constituição de um Banco de Dados Nacional de

Metadados Espaciais. A publicação desse Banco de Metadados através de uma rede

geograficamente distribuída de disseminação de metadados (clearinghouse), expandirá o uso

adequado dos produtos cartográficos do mapeamento terrestre brasileiro no país, nas Américas e

em outros continentes.

5.2 ANÁLISE DOS OBJETIVOS ATINGIDOS

O desenvolvimento do trabalho teve como diretrizes:

a) contribuir para ampliar o conhecimento sobre a importância, a produção, a disseminação e o

uso adequado de informação geográfica - IG, enfocando as abordagens efetivadas em diversos

países do mundo e em continentes;

b) promover estudos e pesquisas para o cadastramento de metadados de produtos cartográficos,

de uso comum, segundo padrão internacional para compor um catálogo nacional de

metadados de bases cartográficas do mapeamento terrestre – geográfico, topográfico e

municipal.

A apresentação e discussão de assuntos referentes à IG (conceituação, produção,

documentação através de metadados, publicação e busca) nortearam os três primeiros capítulos

da presente dissertação. Esses capítulos foram organizados com o intuito de contribuir para

ampliar o conhecimento de como os países e instituições vêm desenvolvendo e abordando os

temas inerentes à aquisição, tratamento, cadastramento de metadados e publicação, na Internet,

de bases de dados geoespaciais (territoriais e ambientais).

O desenvolvimento e as características de uma Infra-estrutura de Dados Espaciais – IDE

no mundo, nos continentes e nos países estão retratados no capítulo 2. Um trabalho de relevância

foi o relatório do Comitê Americano de Ciências de Mapeamento (MSC, 1993), que serviu de

subsídio para as ações de ordenação e construção de várias INDE no mundo. O Comitê aponta

como ponto de partida para uma INDE o estabelecimento de um Programa Nacional de

Compartilhamento de Dados Espaciais (figura 2.3). As características do desenvolvimento e a

evolução de algumas iniciativas de IDE no mundo estão retratadas nos apêndices 1 e 2. Destas,

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infere-se que os metadados são componentes essenciais de uma IDE. A pesquisa bibliográfica

propiciou a definição do escopo e da abrangência da dissertação que aborda parte de três

componentes de uma INDE: padrões (documentação – catálogos de metadados); tecnológica

(rede de disseminação de metadados – clearinghouse) e dados (de mapeamento geográfico,

topográfico e municipal), apresentada na figura 2.8.

O capítulo 3 reporta as características inerentes aos padrões de metadados, em uso no

mundo, e apresenta um diagnóstico do uso de padrões de metadados nas instituições brasileiras.

Esse diagnóstico foi realizado através de pesquisa indireta por questionário, enviado via Web,

para as instituições. Esta pesquisa, por não conseguir informações dos que ainda não iniciaram o

tratamento de sua documentação cartográfica, utilizando algum padrão de metadados (apêndice

5), não se mostrou adequada. Para esses casos a pesquisa informal, via telefone, se mostrou mais

efetiva. Em alguns casos as instituições, mesmo instadas a responder, não o fizeram. Avalia-se

que como não utilizam metadados evitaram expor a ausência de uma diretriz quanto a

documentação sistemática e padronizada de seus dados espaciais, que atualmente é considerada

pela TIC como fundamental para as novas tecnologias de gerenciamento de dados e construção

de sistemas de informação e sistemas de busca e acesso a dados. Houve oportunidade de acrescer

aos questionários respondidos informações advindas de pesquisa nos portais da Internet de 8

(oito) instituições federais, estaduais e municipais públicas que disponibilizam dados

geoespaciais em suas páginas e portais.

Ao analisar as iniciativas de documentação e serviços de metadados de instituições

brasileiras, observa-se que o padrão FGDC é utilizado por 5 (cinco) dessas iniciativas. Houve

casos de se implementar um catálogo de metadados e sua publicação na rede Internet que foram

descontinuados por mudanças institucionais e saída de técnicos responsáveis. Entretanto existem

iniciativas de sucesso que vêm tendo continuidade, citadas no item X.X.

O estudo dos padrões de metadados utilizados por regiões e países apontou (vide fatores

para escolha de padrão de metadados – seção 4.3). A escolha do padrão FGDC efetivou-se

principalmente pela disponibilidade de pacotes e interfaces, de uso livre, que integram ambientes

e viabilizam a publicação de metadados na Web. A tecnologia de serviços de metadados na

Internet utiliza tanto o protocolo HTTP quanto o protocolo de comunicação e busca Z39.50

(padrão internacional de comunicação e busca entre bibliotecas virtuais). Esses protocolos

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propiciam a operacionalização da publicação de metadados espaciais na Web, através de uma

rede geograficamente distribuída de disseminação de metadados (clearinghouse).

A conceituação de IDE e seu desenvolvimento por diversos países indica o quanto é

necessário que a União (o Estado brasileiro), através da CONCAR / SDE, evolua nos trabalhos

inerentes a composição de IDE nacional, tendo como objetivo dotar o país, ou ao menos

evidenciar e promover os acordos e discussões técnico-científicas, sobre as componentes

políticas; de dados; de tecnologia; e de capacitação necessárias na direção da construção de uma

INDE brasileira.

Ao longo da dissertação tornou-se evidente que os componentes centrais de uma IDE são

os dados espaciais e os metadados dos mesmos, tendo sido esses dois componentes dos três

(acrescido de recursos tecnológicos) abordados na presente dissertação. Entretanto observa-se

que algumas questões são pré-requisitos para se iniciar ações com vistas à construção e

implementação de uma IDE:

- mudança institucional quanto à cultura de documentação dos dados geoespaciais

(através de padrão de metadados);

- conscientização da gestão e do corpo técnico, de forma crescente e permanente, quanto a

necessidade de conhecer e compor seus catálogos de dados e informações para

integração e análise objetivando a tomada de decisão (ampliar a competitividade);

- implementação e incorporação gradativa (sistemática e permanente) de catálogos de

metadados, segundo determinado padrão, das bases geoespaciais existentes;

- cadastramento e disseminação, segundo padrão de metadados, que propicie visibilidade

nacional, regional e internacional.

A presente dissertação abordou os componentes - padrões, dados e tecnológico, da

construção de INDE, e como contribuição para as discussões e estudos da CONCAR/SDE aponta

alguns assuntos envolvidos para os estudos na direção de construir uma INDE brasileira (figura

5.1).

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FIG. 5.1 – Assuntos propostos para os componentes de uma INDE brasileira.

5.3 RECOMENDAÇÕES

Vivencia-se, desde a década de 80, novos paradigmas quanto aos dados e informações no

que se refere às tecnologias de aquisição, de posicionamento, tratamento e disseminação. As

instituições públicas (governamentais e acadêmicas) têm que assumir a responsabilidade, o

compromisso e o desafio de promover as discussões e ações no sentido de eliminar os seguintes

fatores que têm impactado a implantação de uma INDE brasileira:

- a cultura institucional das organizações brasileiras por projeto, com pouca integração e

disseminação;

- a ausência / falta, ou ainda a precária documentação, de bases cartográficas e

temáticas em ambiente analógico e digital;

- conhecimento territorial e ambiental dificultado por desconhecimento da existência de

bases cartográficas e temáticas, já em ambiente digital;

INDE

POLÍTICA - Acordos institucionais; - Identificar atribuição, produção, e custódia de dados (IG); - Compor Programa de Acordos de Compartilhamento de dados fundamentais (IG); • • •

LEGAL - mandatos institucionais; - direitos legais e autorais; - normas e legislação; custos, comercialização e cessão; • • •

DADOS - Definir dados fundamentais e temáticos comuns (IG); - compatibilização e certificação; - integração e divulgação; • • •

TECNOLÓGICA - protocolos e interfaces para comunicação e busca; - rede de servidores; - serviços (Geo); • • •

PADRÔES - de metadados; - modelo de dados; - de intercâmbio de dados; • • •

RECURSOS HUMANOS - capacitação; - nivelar conhecimento; - treinamento técnico e gerencial; • • •

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- minorar as inconsistências acarretadas pela ausência de especificações geodésicas e

cartográficas na geração de bases, em ambiente digital, que em alguns casos as tornam

inadequadas para utilização em Sistema de Informação Geográfica - SIG e em Sistema

de Apoio a Decisão - SAD.

A cultura verticalizada da administração pública brasileira, a abordagem individualista de

alguns projetos das áreas de Geociências, em algumas instituições, e a falta de consciência da

importância de se conhecer, de forma sistemática através de padrões de metadados, a linhagem de

produção de dados geoespaciais vem acarretando a duplicação de esforços, a perda de

investimentos públicos e em muitos casos a geração de bases geoespaciais inconsistentes,

acarretando em alguns casos re-trabalho para torná-las aptas para análises espaciais.

A descontinuidade de gestões tem contribuído para que sistemas que tem como objetivo

disseminar de forma consistente bases geoespaciais venham sofrendo, com freqüência, solução de

continuidade.

5.3.1 DIRETRIZES E CONDICIONANTES PARA O DESENVOLVIMENTO DE

UMA IDE NACIONAL

Identifica-se a CONCAR / SDE como o órgão que poderá congregar as organizações

públicas e privadas no desafio de iniciar as discussões e ações para a implementação de um

Programa de Acordos de Compartilhamento de Dados Espaciais – PCDE (figura 2.3), que deve

ser o marco inicial para a construção / implantação efetiva de uma INDE brasileira. Na figura 5.2

são apontados alguns fatores motivadores para que se implementem as discussões na direção da

construção da INDE. Entretanto, é fundamental ainda que a CONCAR, como órgão coordenador

do SCN estimule a participação do Brasil no Comitê Permanente de Infra-estrutura de Dados

Espaciais para as Américas – CPIDEA, em desenvolvimento conforme recomendação da 6ª

UNRCC e ação reforçada como recomendação também da 8ª UNRCC/AM, e que é coordenado,

atualmente, pelo México.

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FIG. 5.2 – Motivações para a implementação de um Programa de Acordos de Compartilhamento de Dados Espaciais

5.3.2 MODELO FGDC DE METADADOS

O modelo FGDC é um padrão extenso. Entretanto, no cadastramento de produtos

cartográficos, por técnico com conhecimento dos produtos e com nível de detalhamento das

seções considerado mediano, foi consumida ½ hora por cada produto.

As ferramentas disponibilizadas pelo FGDC para cadastramento e compilação são

amigáveis e de fácil uso por indivíduo que conheça minimamente o ambiente Windows. A

operacionalização da publicação na Web e o registro na rede IGDN requer conhecimentos

técnicos especializados, tais como: rede de comunicação; ambiente cliente-servidor; Internet,

dentre outros. O padrão FGDC/98 requer adequações para descrever um maior número de

produtos cartográficos. A seguir apontam-se algumas das adequações necessárias:

• na seção de referência espacial: no caso do Brasil, deve-se informar a rede geodésica

utilizada para o ajustamento dos pontos, pois existem redes diferentes para sistemas de

PCDE INDE

- Conhecer e divulgar as bases geoespaciais produzidas no e para o Estado brasileiro; - Documentar de forma padronizada as bases geoespaciais existentes; • • •

- Retorno para a sociedade de bases geoespaciais, de uso comum, compatibilizadas e consolidadas para a tomada de decisão (pública e privada); • • •

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referência com a mesma denominação (Datum Horizontal utilizados no Brasil: SIRGAS

têm duas redes de 1995 e 2000, o SAD69 tem 2 redes reajustadas (1969 e 1996) e o

Côrrego Alegre tem no mínimo 3 redes reajustadas;

• detalhamentos específicos para caracterizar os tipos de insumos e produtos de

Sensoriamento Remoto – SR. No padrão sem extensão para SR, informa-se apenas o

coeficiente de nuvens, que se entende ser insuficiente para descrever os insumos a serem

utilizados para produzir e atualizar bases cartográficas e temáticas.A extensão para

produtos de SR deverá ser analisada para adequar sua aplicação à realidade brasileira.

A aplicação do padrão de metadados FGDC aos produtos do mapeamento terrestre

sistemático deve ser precedida a uma consulta ampla aos membros da comunidade cartográfica

(pública e privada). A SDE/CONCAR deve ter como diretrizes de ação:

• agregar as instituições e profissionais que vêm desenvolvendo iniciativas de sucesso (vide

seção 3.4.2);

• publicar para adendos uma proposta de padrão de metadados; consolidar as adequações

advindas das áreas temáticas e específicas;

• disponibilizar aplicativos para cadastramento, compilação e indexação de metadados a

serem utilizados pelas organizações produtoras de dados geoespaciais;

• manter estudos sistemáticos para as adequações dos metadados aos padrões

internacionais.

5.4 PERSPECTIVAS 5.4.1 TENDÊNCIAS

• PADRÕES DE METADADOS

Os padrões de metadados têm evoluído com a pesquisa em TI, sendo que alguns padrões

tem uma modelagem relacional e os mais recentes (ANZLIC e ISO 19115) utilizam o paradigma

de orientação a objetos e a linguagem UML para descrever sua modelagem. É consenso à

importância da adoção de um padrão internacional, porisso o padrão ISO, publicado em 2003,

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contou com a participação de quase todas as instituições que implementaram padrões de

metadados (FGDC, CEN, ANZLIC, NASA, OPENGIS, dentre outras). Entretanto, ainda não

estão disponíveis aplicativos (livres) para implementar esse padrão, tendo-se notícias de que

algumas instituições de países europeus estão desenvolvendo aplicativos próprios para sua

implementação.

O FGDC contratou a migração da versão de seu padrão FGDC/98 para o padrão ISO

19115 (ISO, 2003) e pretende disponibilizá-la da mesma forma que os pacotes e interfaces

atualmente disponíveis para cadastramento utilizando o padrão FGDC (vide seção 4.5.2). Cabe

ressaltar que as organizações que implementaram seus metadados no padrão FGDC poderão

migrar para o padrão ISO, pois serão disponibilizados pacotes e aplicativos para efetuar a

migração dos metadados FGDC para o modelo preconizado internacionalmente o ISO 19115.

• AMBIENTE PEER TO PEER

Os serviços de Internet, na sua maioria utilizam a arquitetura cliente servidor, que através

de protocolos de comunicação específicos, acessam recursos específicos, como por exemplo: FTP

para acessar arquivos, Z39,50 para disponibilizar serviços de metadados, dentre outros. Nesse

ambiente o servidor é responsável por grande parte do processamento e o cliente com as

solicitações e a captação dos resultados. “Esse é o modelo de serviço-entrega nas aplicações mais

usuais da Internet (SOUZA, 2005)”.

A tecnologia peer to peer- P2P permite que qualquer dispositivo computacional capaz de

se comunicar também seja capaz de fornecer serviços a qualquer outro dispositivo similar. Um

dispositivo numa rede peer to peer pode permitir acesso a qualquer um de seus tipos de recursos

(documentos, capacidade de processamento e armazenamento e até seu operador). P2P tem a

capacidade de possibilitar novos conjuntos de aplicações implementados pelo compartilhamento

de recursos espalhados em todos os pontos da Internet (VOSS, 2004). Ao contrário da arquitetura

cliente/servidor, redes P2P não dependem de servidores centrais, e disponibilizam rede de

interligação plana e interconectada, como apresentada na figura 5.2. Esta arquitetura viabiliza que

computadores se descubram e que ajam como clientes e servidores dependendo da aplicação em

execução. Hoje existem diversas aplicações usando redes P2P. Alguns exemplos, de ambiente

P2P são o MSN Messenger (MICROSOFT CORPORATION, 2004) para compartilhar

mensagens instantâneas; o Napster, lançado em 1999 oferecendo aos seus utilizadores a

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possibilidade de compartilharem arquivosos MP3 (SOUSA, 2005), que com uma arquitectura

híbrida semelhante à do ICQ, era suportado por um servidor central que permitia pesquisar as

músicas e a transferência era efetuada ponto a ponto;.e o projeto chamado Gnutella

(GNUTELLA, 2004) para compartilhar arquivos.

FIG. X.X Arquitetura de uma rede Peer-to-Peer

Fonte: SOUSA, 2005

TAB. 5.1 – Vantagens e Desvantagens da arquitetura P2P

Vantagens Desvantagens

• Distribuição da responsabilidade de

fornecer serviços em todos os pontos da

rede;

• Distribuição de canais de comunicação em

redes P2P resultam em pedidos de serviços

que podem ser “não determinísticos”;

• Disponibilizar recursos com mais robustez

a um custo reduzido maximizando os

recursos de cada dispositivo conectado à

rede;

• Os recursos da rede P2P podem

desaparecer quando os clientes que os

possuem se conectam ou desconectam da

rede.

Fonte: SOUSA, 2005

Os estudos referentes à tecnologia P2P estão se expandindo, e aplicações estão em

desenvolvimento, não só de maneira híbrida, mas também com aporte de condições de controle e

segurança, bem como quanto a manutenção de recursos disponibilizados pelas diversas redes.

Esses estudos estão embasados na evolução da capacidade computacional dos computadores

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pessoais que tem crescido exponencialmente, e em utilizar essa capacidade de forma

compartilhada. Vislumbra-se o desenvolvimento de aplicações ainda inexploradas.

• WEB-SEMÂNTICA E ONTOLOGIAS

Nos últimos anos vêm sendo desenvolvidos modelos para transformar a rede Web de um

espaço de informação em um espaço de conhecimento.(TELLO, 2003). As pesquisas nesse

campo apontam para a padronização de linguagens e ferramentas para tornar efetiva a Web

Semântica. (BERNERS-LEE, 2001). A idéia propõe que os dados possam ser utilizados e

“compreendidos” por máquinas / computadores, sem a necessidade de supervisão humana,

viabilizando aplicações que tratem informações disponíveis nas páginas Web de maneira semi-

automática.

Ontologia define os termos a serem utilizados para descrever e representar uma área de

conhecimento. As ontologías são utilizadas por pessoas, bases de dados, e as aplicações que

necessitam compartilhar um domínio de informação (um domínio é simplesmente uma área

temática específica ou um área de conheocimento, tais como medicina, fabricação de

ferramentas, gestão financeira, etc.). STUDER et al (1998) definem o termo ontologia aplicado a

TIC como “uma especificação explícita e formal sobre uma conceituação compartilhada”. As

ontologias viabilizam tornar o conhecimento legível, consensuado e reutilizável na Web,

fornecendo especificações para a representação dos conceitos e relações dos domínios

disponibilizados.

As ontologias, segundo GRUBER (1993) devem ter os seguintes componentes:

• Relações – representam as interações e conexão entre os conceitos do domínio;

• Funções – relação concreta que identifica um elemento por cálculo a partir de elementos

do domínio;

• Instâncias – representam objetos determinados de um conceito;

• Axiomas – são teoremas que definem as relações que os elementos devem satisfazer na

ontologia.

CASANOVA (2003) aponta as ferramentas e aplicações, na Web, baseadas em ontologias

como a visão de futuro para expandir: a pesquisa e indexação semântica; os sistemas de tomada

de decisão; os banco de dados “inteligentes”; o comércio eletrônico; e a construção de portais e

sites corporativos.

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• WEBMAPPING

A evolução e o acesso crescente de profissionais de diversos setores do conhecimento aos

Sistemas de Informações Geográficas, intensificou a demanda de acesso à informação geográfica

à uma ampla gama de usuários de maneira rápida e eficiente, objetivando expandir o uso de

produtos cartográficos para o planejamento, gestão e monitoramento territorial.

Nota-se o desenvolvimento e construção de Sistemas de Informações Geográficas

Distribuídos (SIGD), que disponibilizam funções de consulta e análises e propiciam a geração de

resultados, sejam analógicos e/ou digitais, na forma de relatórios, gráficos, mapas e outros tipos

de produtos cartográficos para conjuntos de usuários, que não necessariamente saibam operar os

SIG comerciais, mas têm conhecimento e experiência no acesso à Internet. As ferramentas via

Web para tratar IG devem possibilitar facilidades e flexibilidade para o acesso e uso de IG que

contemplem usuários com diferentes níveis de conhecimento técnico (CEREDA et al, 2004).

Contudo, um sistema de WebMapping deve dispor não somente de recursos de

visualização de mapas, cartas e imagens com funções: de zoom, ativar e desativar categorias ou

planos de informação (camadas), mas viabilizar integração e consultas aos dados por critérios

semânticos e espaciais, bem como análises espaciais. Atualmente é crescente a necessidade de

integração de dados de levantamentos de campo (reambulação, medição sistemática e periódica

de dados, etc) através de equipamentos portáteis, tipo PDA (Personal Digital Assistant) às bases

de dados institucionais, com funções de crítica online e a geração de documentos cartográficos

que retratem a integração dos dados adquiridos disponibilizados de forma adequada (formato e

apresentação) aos técnicos da aquisição.

5.4.2 CONTINUIDADE DO TRABALHO

A mudança institucional e cultural das organizações brasileiras quanto à documentação de

dados geoespaciais ainda é incipiente. Entretanto, observa-se que cada vez mais organizações e

projetos utilizam os padrões de metadados para informar e permitir aos usuários identificar o

conteúdo, a gênese e as formas de disponibilização e acesso aos dados geoespaciais.

É urgente que se defina uma política nacional que ordene a aquisição, compatível com as

normas nacionais, e disseminação de dados geoespaciais, especialmente no que tange à produção

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no âmbito do Estado brasileiro. Para tanto, é necessário se promover uma maior articulação entre

as instituições produtoras, visando estimular a documentação dos dados geoespaciais segundo

padrão de metadados, e desenvolver estudos para que sejam consolidadas as seções de dados que

deverá compor um padrão nacional a ser adotado.

A presente dissertação apresenta uma primeira versão para cadastramento e publicação de

metadados, utilizando o padrão FGDC, aplicável aos produtos do mapeamento terrestre.

Contudo, é necessário também que sejam compostos os metadados para os produtos referentes ao

mapeamento temático.

Considerando o atual estágio da produção de dados geoespaciais nas instituições

brasileiras e a necessidade de se fomentar a cultura de uso de metadados espaciais, sugere-se

como continuidade do trabalho dessa dissertação os seguintes assuntos / temas:

• adequação da atual proposta de Cadastro de Metadados do mapeamento terrestre, para

que se incorpore o mapeamento temático;

• migração automática dos dados constantes do Mapa Índice (produto desenvolvido pelo IBGE

e DSG) do mapeamento terrestre para o padrão do FGDC, com validação, antes da sua

publicação na IGDN, pelas áreas produtoras;

• conversão do aplicativo de cadastramento TKME, para versão em português;

• desenvolver aplicativos de cadastramento on-line de metadados nas diversas linhas de

produção dos dados geoespaciais, processos automáticos de validação e interface de busca

personalizada por instituição (em português);

• normalizar, através de legislação própria, a aquisição de dados geoespaciais por parte do

Estado brasileiro;

• fomentar e promover o cadastramento de metadados espaciais das bases geoespaciais

existentes nos ministérios membros da CONCAR e instituições do Estado brasileiro

vinculadas;

• estabelecer, no âmbito da CONCAR e através de comitê ou conselho consultivo ou

diretivo o Banco Nacional de Metadados Espaciais, utilizando padrão internacional FGDC

ou ISO 19115.

Como alternativa para a realização desse desafio, sugere-se que a CONCAR/SDE

desenvolva um planejamento de ações para implementar um plano inicial na direção de adoção

da INDE Brasil. Esse plano deve contemplar, no mínimo, os seguintes fatores estruturantes:

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• o Estado (a União) deve ordenar e normalizar a aquisição, a produção e a

disseminação de dados e informações espaciais;

• inventariar as bases cartográficas e temáticas existentes e geradas com recursos

públicos com o objetivo de compor o Banco Nacional de Metadados Espaciais;

• promover, no âmbito da CONCAR, um Programa de Acordos de Compartilhamento

de dados e bases geoespaciais de uso comum, objetivando a construção da IDE

brasiliera;

• identificar quais as bases geoespaciais deverão compor os dados considerados como

fundamentais para a INDE nacional;

• definir e compor responsabilidades e atribuições de comitê ou conselho

(CONCAR/SDE) para a geração e gerenciamento do Banco Nacional de Metadados

Geoespaciais – componente vital da INDE;

• desenvolver os estudos e ações, no âmbito do MPOG/CONCAR, promover e

implementar uma Política de Dados e Informações Geoespaciais que oriente e

mantenha a Infra-estrutura Nacional de Dados Espaciais brasileira.

O estágio atual de desenvolvimento científico e os estudos de tecnologias que apoiam a

evolução do conhecimento humano identificam a nanotecnologia, a biotecnologia e a

geotecnologia como as tecnologias que impulsionarão a desenvolvimento social, ambiental e

econômico da humanidade, na busca por condições mais sustentáveis de vida. Entretanto, os

ambientes e plataformas computacionais utilizados para modelar e processar os dados de diversos

setores do conhecimento tem tido avanços permanentes e ainda muitos estão por vir.

A Agenda 21 enfatiza a importância de visão holística e integrada da realidade territorial e

ambiental (pensar global e agir local), requendo dados e informações geoespaciais que são

considerados essenciais e críticos para a tomda de decisão social, territorial, ambiental e

econômica. Espera-se que a presente dissertação contribua para disseminar questões conceituais e

práticas da documentação, integração e disseminação, na Web, de dados cartográficos e

geoespaciais e seus correspondentes metadados.

O Brasil signatário da referida Agenda, vêm envidando esforços para a implementação de

planos, programas e estudos, no âmbito da CONCAR e de suas subcomissões, objetivando

ordenar, gerenciar e disponibilizar IG através da composição da Infra-estrutura de Dados

Espaciais Brasileira.

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7 APÊNDICES

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203

APÊNDICE 1

TAB. A1 – 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 1/ 5)

País Data da iniciativa

Setores envolvidos

Objetivo Órgão coordenador

Órgão de suporte

Evolução Efetivação

Austrália 1986 Governo federal e estadual

Coordenar a coleta e transferência de informações sobre terras entre níveis de governo e promover seu uso para a tomada de decisão

ANZLIC AUSLIG 4 relatórios (1988, 1990, 1994 e 1997) Estudos e relatórios produzidos pelas diversas agências - desenvolver as condições necessárias à implementação de uma NSDI

ASDI 1994 a 1997 - Plano Estratégico (maximizar o acesso da comunidade às informações geográficas e sobre a terra) e pesquisa com usuários; 1998 - lançamento da ASDD (Diretório Australiano de Dados Espaciais – 10 nós e 8 000 metadados); 1999 Aprovada a Estratégia para Metadados (ANZLIC) e os planos da SDI; 2000 a 2001 – serviços de busca e ampliação da SDI (22 nós e 31 000 metadados)

Estados Unidos

1994 Governo federal e ministérios envolvidos com IG

Compor Clearinghouse criação de infra-estrutura nacional de dados

FGDC USGS Participação no MSC e realização de seminários com as agências produtoras de IG

NSDI 1994 – padrão de metadados e intercâmbio; 1997 – Clearinghouse 1998 – 2ª versão padrões 2001 – Geospatial One Stop

Qatar 1988 Governo Federal e agências nacionais envolvidas com SIG

implementação de base de dados cartográfica digital, integrada SIG de âmbito nacional.

Comitê Nacional (padronizar e supervisionar a implementação de SIG nacional)

1990 – Centro Nacional para SIG

base de dados topográfica( alta resolução) - 16 agências do governo

1994 Veiculação via rede de fibra ótica de alta velocidade

Fonte: adaptado de MASSER, 1998

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TAB. A1– 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 2 / 5)

País Data da iniciativa

Setores envolvidos

Objetivo Órgão coordenador

Órgão de suporte

Evolução Efetivação

Portugal 1990 Órgãos federais, estaduais e das comunidades

Coordenar a integração de dados dos diferentes níveis da administração pública e desenvolver o Sistema Nacional de Informação Geográfica - SNIG

Centro Nacional de Informação Geográfica - CNIG

Centro Nacional de Informação Geográfica - CNIG

Desenvolveu planos de identificação de demandas de IG nas municipalidades e implantou em 5 regiões nós para coleta e transferência de IG

1995 lança a rede do SNIG – considerado o maior programa de modernização da administração pública. 1º país da comunidade européia a ter uma NSDI

Holanda 1992 Ministério da Habitação, Planejamento Espacial e Meio Ambiente

Definia em seu plano estratégico que o desenvolvimento de Infra-estrutura Nacional de Informação requer uma bem idealizada política, uma organização administrativa adequada, e a coordenação intensiva de todas as partes envolvidas

Conselho Real para Informação estatal (RAVI), passa a ser Conselho Nacional para Informação Geográfica.

RAVI Diferenciação entre dados essenciais e dados temáticos. Criação na escala de 1: 10 000, de um conjunto de dados básicos para a administração municipal e para os serviços públicos

1995 - Implementa uma clearinghouse a partir de iniciativas de várias agências. 1999 - portal na Web com acesso para todos os níveis de governo. 2002 – Acesso público aos dados.

Indonésia 1993 Agência de Coordenação Nacional de Mapeamento e Levantamento

Identificar os principais usuários e produtores de dados de terra com o objetivo de estabelecer um Sistema Nacional de Informação Geográfica com propósitos de subsidiar o planejamento

Agência Nacional de Coordenação de Mapeamento e Levantamento

- Prioridade para a geração de uma framework nacional para garantir que a IG produzida por diferentes agências tenham o mesmo referencial geográfico

1993 - 62% do território mapeado, escala topográfica, Projetos de SIG no 6º Plano de 5 anos – treinamento e conscientização, transferência de tecnologia e desenvolvimento de banco de dados.

Fonte: adaptado de MASSER, 1998

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TAB. A1 – 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 3 / 5)

País Data da iniciativa

Setores envolvidos

Objetivo Órgão coordenador

Órgão de suporte Evolução Efetivação

Malásia 1994 Ministério de terras e desenvolvimento cooperativo

Infra-estrutura Nacional para Sistemas de Informação de terras, acesso a informação: planejamento e manutenção de sistemas de infra-estrutura e desenvolvimento sustentável de recursos naturais como óleo, gás, florestas, água e terra

NaLIS - Força tarefa governamental para implementar a infra-estrutura em nível federal e estadual. Em 1996 é feito um protótipo para a área de Kuala Lumpur

1997 – O governo estabelece as diretrizes para a Infra-estrutura Nacional para Sistemas de informação de terras

Coréia 1995 Governo federal

Estimula o desenvolvimento de base de dados espaciais digitais e a padronização de informação geográfica

NGIS -Comitê de representantes de 11 ministérios coordenados pelo Ministério da Construção e de Transportes (que propôs o Global Mapping)

Suporte de desenvolvimento e financiamento envolvendo os governos federal e estaduais

Custos alocados 64% das agências federais e estaduais e 36% oriundos da iniciativa privada

Fase 1 – 1995 a 2002 Criação do mapa topográfico básico na escala de 1: 1 000 para as áreas urbanas e 1: 25 000 para áreas rurais

Fonte: adaptado de MASSER, 1998

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206

TAB. A1 – 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 4 / 5)

País Data da iniciativa

Setores envolvidos

Objetivo Órgão coordenador

Órgão de suporte Evolução Efetivação

Japão 1995 Governo Federal

Governo federal após o terremoto em Kobe conduziu a uma revisão dos serviços de administração de emergência e a necessidade de integração dos dados relacionados . Criado um Comitê de Integração de Ministérios e Agências que trabalhavam com SIG.

Comitê de Integração de Ministérios e Agências

Agência Nacional de Mapeamento e Agência Nacional de Terras

1996 – publicação de plano de ação até 2000

A primeira fase até 1999 , incluindo padronização de metadados, e a definição dos papéis de governo federal, governos locais e do setor privado no estabelecimento do NSDI. (participação de 80 instituições privadas)

Canadá 1995 Governo Federal e Conselho de representação das províncias

Prover o acesso a dados geoespaciais, criar uma estrutura de dados fundamentais, harmonização entre padrões geoespaciais, encorajar o estabelecimento de parcerias para o compartilhamento de dados e de políticas para facilitar o uso mais amplo de dados geoespaciais

Comitê de Inter-agências federais em Geomatica – coord. pelo Deputado Assistente do Ministério de Ciência de Terra em Recursos Naturais

Conselho Canadense de Geomática e Ministério de Ciência de Terra em Recursos Naturais (Sensoriamento Remoto, Geodésia, Cartografia e Recursos Naturais)

Programa baseado em 4 temas: - Políticas - Padrões - Dados fundamentais - Parcerias - Acesso

1998 – CGDI na Web; 2000 – Plano e modelo de processo – componentes, padrões da CGDI provedores de dados, de serviços e clientes; 2001 –Arquitetura e Acordo Geomática Canadense entre governo federal e províncias.

Fonte: adaptado de MASSER, 1998

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TAB. A1 – 1ª Geração de Estratégias Nacionais de Informação Geográfica (parte 5/ 5)

País Data da iniciativa

Setores envolvidos

Objetivo Órgão coordenador

Órgão de suporte Evolução Efetivação

Reino Unido

1996 Produtores de dados do setor público e privado

“destrancar” – dar acesso, à sociedade, aos dados geoespaciais

Conselho da Infra-estrutura de Dados Geoespaciais e Conselho Consultivo de usuários

Ordnance Survey – agência de mapeamento e levantamento, e Associação para Informação Geográfica.

Estratégia: colaboração; padrões; e melhores práticas de acesso a dados

1998 – Plano Estratégico da NGDF; Fase 1 (2000 a 2001) - Portal de serviços (askGIraffe) de metadados; conjunto de dados padrões NGDF; e diretrizes para Grupos de trabalho nas áreas: metadados, credenciamento e pesquisa.

Fonte: adaptado de MASSER, 1998

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APÊNDICE 2

TAB. A2 – Características de implementação de IDE, em alguns países (parte 1 / 3)

País Estágio FormalizaçãoLegal

Participação (setor)

Coordenação Áreas envolvidas

África do Sul sim não Público / privado federal Negócios de terras, ambiental e serviços públicos

Alemanha sim sim público federal Administração e levantamento de terras (Comitê)

Antártica sim não público Federal

Comitê científico de Pesquisa; Mapeamento (Dep. Industria, Ciência e Turismo)

Austrália sim sim Público (contrata setor privado)

Federal Geociências

Canadá sim não Público /privado (contrata privado)

Comitê Inter-agências

Geomática, Ciências da Terra, Recursos Naturais

Chipre sim sim Público (contrata privado)

Departamento de Levant. de terras

Agências locais

Colômbia sim não Público (contrata privado)

Federal Cartografia, Agricultura, Petróleo

Finlândia sim sim Público (privado fornece dados no padrão)

Federal Levantamento de terras

França sim Tentando obter Público / Privado

Associação Francesa p/ informação geográfica

Grécia sim não Público (contrata privado)

federal Org. Mapeamento e Cadastro fundiário

Fonte Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A2 – Características de implementação de IDE, em alguns países (parte 2 / 3)

País Estágio Formalização

Legal Participação

(setor) Coordenação Àreas envolvidas

Holanda sim Não possuem, existem acordos entre as agências

Público / privado federal Conselho Informação Geográfica (Cadastro, Habitação e outras)

Hungria sim sim Público (contrata privado) federal Coordenação de Informática Índia sim sim público federal Levantamento geodésico e

mapeamento Indonésia sim em processo Público Agência de

Levantamento e Mapeamento

Dep. de terras, florestas, concessionárias

Irlanda do Norte sim sim Público / privado federal Sist. de Informação Geográfica

Japão sim Não, mas é reconhecida

Público / privado federal Conselho: mapeamento, construção, transporte e serviços de emergência

Macau sim sim público federal Mapeamento e cadastro fundiário

Malásia sim sim Público (encoraja privado)

federal Terras e Desenvolvimento Cooperativo

Nova Zelândia não, mas - - - Levantamento Geodésico Paquistão proposta não público federal Levantamento geodésico Rússia (Fed.) iniciando não Público

(planejam ter privado) federal Mapeamento e levantamento,

terras, construção, habitação e serviços

Suécia sim não Público (contrata privado)

federal Levantamento de terras, serv. geológico, de estradas, navegação e meio ambiente

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A2 – Características de implementação de IDE, em alguns países (parte 3 / 3)

País Estágio Formalização

Legal Participação

(setor) Coordenação Áreas envolvidas

Reino Unido sim não Público / privado federal Geodésia, mapeamento, estatística, uso da terra, agricultura

Estados Unidos da América

sim sim Público (contrata privado)

federal Comitê FGDC – todas as áreas de geoinformação

Regiões Estágio Formalização

Legal Participação

(setor) Coordenação Áreas envolvidas

ANZLIC sim sim Público / privado Regional Geociências PCGIAP sim Reconhecido

pela ONU Público / privado Regional Geociências

EUROGI sim não Público (planejam envolver privado)

Regional Informação geográfica

CERCO (Comitê Europeu de Responsáveis pela Cartografia Oficial)

- não, em definição nas políticas de Unificação Européia

Várias companhias privadas têm feito acordos para distribuição de dados

Regional Cartografia

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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APÊNDICE 3

TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 1 / 7)

País Dados funda_ mentais

Padrão Metadados

Clearinghouse Padrão dados

Dados Públicos

Desafios

África do Sul Sim, 5 FGDC Sim, em desenvolvimento (IGDN)

Sim, próprio

não Cooperação institucional. Dados fundamentais que sejam obedecendo ao padrão.

Alemanha Sim, 6 sim Sim, nas agências

sim Não, tem custos e são distribuídos pelas agências

Demanda dos provedores e dos usuários por mais transparência no geo-mercado. Telecomunicações

Antártica Sim, 6 sim sim sim Alguns: NIMA – batimetria e Data Base 5 minutes; Itália – nomes geográficos

Maior cooperação

Austrália Sim, 10 sim sim sim Sim, alguns Cooperação de altos níveis de governo

Canadá Sim, 5 Sim, próprio e FGDC

sim sim Poucos disponíveis (governo). Poucas agências disponibilizam dados de forma livre: 1: 250 000 aptidão das terras; Atlas e 1: 1 M e menores

Maior compreensão sobre a importância de dados geográficos, como fundamentais. Preparar pessoal para trabalhar com eles. Grande lacuna entre o estado da arte em geomática e as organizações que podem usá-la.

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 2 / 7)

País Dados funda_ mentais

Padrão Metadados

Clearinghouse Padrão dados

Dados Públicos

Desafios

Chipre Sim, 7 sim não sim Não, tem custos. E existem dados restritos e para outros é necessário autorização de acesso

Encorajar os usuários de dados espaciais a utilizarem a base espacial do DLS para possibilitar intercâmbio e integração de dados.

Colômbia Sim, 10 Sim, FGDC sim sim Não são livre, vendidos e com direitos autorais

Grande cobertura de nuvens no território, impactando a geração de mapas topográficos. Alternativas para imagens fotográficas para toda a nação

Finlândia Sim, 5 sim sim sim Fornece um visualizador de mapas topográficos (podem ser impressos pelo usuário), tem direitos autorais

Garantir a consistência para permitir integração e qualidade adequada. Coordenação formal na aquisição de dados Definir quais os dados são fundamentais é um desafio.

França Sim, 5 sim sim sim Não, porém os custos são decrescentes e exige licença de uso.

Definição e produção de dados de referência

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 3 / 7)

País Dados funda_ mentais

Padrão Metadados

Clearinghouse Padrão dados

Dados Públicos

Desafios

Grécia Sim, 7 sim desconhecido sim O número é desconhecido

Coordenação dos esforços de NSDI

Holanda Sim, 10 sim sim sim Intercâmbio entre agências de governo tem direitos autorais e custo. Poucos são públicos

O acesso as IG - para todo o mundo, a qualquer hora, em qualquer lugar , a criação de uma infra-estrutura de conhecimento. (2002 – 100% das informações)

Hungria Sim, 14 sim Alguns por Web site

sim Poucos são públicos, existe um pequeno custo

Acelerar a padronização de dados e produtos geoespaciais fundamentais. Implementar o Sistema de Parcelas de terras. Achar a solução mutuamente benéfica para a disseminação dos dados através de uma Clearinghouse.

Índia Sim, 4 sim Agências governamentais e ONG

sim Não, existem custos Comitês, com membros de alto nível, tem sido formados.

Indonésia Sim, 7 sim sim sim Podem ser pesquisados através do site

Aspectos econômicos e legais são prioritários

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 4 / 7)

País Dados funda_ mentais

Padrão Metadados

Clearinghouse Padrão dados

Dados Públicos

Desafios

Irlanda do Norte

Sim, 6 sim Não ainda sim Não aplicável Efetivos sistemas de fornecimento e comunicação. Transmissão interna e externa das agências produtoras, conexões efetivas são essenciais. Telecomunicações são essenciais para a transmissão de arquivos de dados topográficos (complexos e grandes).

Japão Sim, 13 sim sim sim Não, existem custos Padronização, desenvolvimento e distribuição de dados de referência (framework). Desenvolver incentivos para participantes do governo central e local.

Macau Sim, 3 não não não Públicos somente para agências de governos, organizações não lucrativas e educação

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 5 / 7)

País Dados funda_ mentais

Padrão Metadados

Clearinghouse Padrão dados

Dados Públicos

Desafios

Malásia Sim, 3 sim sim sim Ainda estão avaliando que dados serão públicos (no início da NSDI)

Compromisso e cooperação entre as agências participantes, em nível federal e estadual. Orçamento próprio para NSDI e para as agências participantes

Nova Zelândia Sim, 6 - - sim - - Paquistão Sim, 2 sim sim sim Custos pequenos Diferentes formatos de dados

e sua conversão Rússia (Fed.) Sim, 8 sim sim sim Somente alguns

mapas de pequenas escalas e algumas imagens são públicas

Devido as crises econômicas no país o desenvolvimento de NSDI é altamente problemático. Devem ser superados impedimentos e devem ser desenvolvidos incentivos para permitir a geração de dados espaciais compatíveis entre as agências e organizações locais, estaduais e nacionais.

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns países (parte 6 / 7)

País Dados funda_ mentais

Padrão Metadados

Clearinghouse Padrão dados

Dados Públicos

Desafios

Suécia Sim, 7 sim sim sim Mapas em escalas pequenas e partes pequenas do país

O estabelecimento de uma NSDI eficiente é um processo em evolução. Soluções técnicas precisam ser desenvolvidas (relativas a padrões, ao funcionamento de clearinghouse, etc), Maiores desafios são relativos a financiamento , comercialização e responsabilidades.

Reino Unido Sim, 5 sim sim sim Tem custos Falta de recursos Estados Unidos da América

Sim, 12 FGDC sim sim Muitos milhares de dados são públicos

Devem ser superados impedimentos e devem ser desenvolvidos incentivos para permitir a geração de dados espaciais compatíveis entre agências e organizações em nível local, estadual e nacional.

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A3 – Componentes principais de IDE, alguns regiões (parte 7 / 7)

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

País Dados funda_ mentais

Padrão Metadados

Clearinghouse Padrão dados

Dados Públicos

Desafios

ANZLIC Sim, 9 sim sim sim Planejam ser livre ou com um pequeno custo

Manutenção de uma visão compartilhada entre os nove governos participantes.

PCGIAP Sim, 4 sim sim sim Não foi determinado ainda

Participação contínua dos países membrosdo PCGIAP e disponibilidade suporte financeiro.

EUROGI Sim, 4 sim sim sim não Identificar um patrocinador para a NSDI européia.

CERCO (Comitê Europeu de Responsáveis pela Cartografia Oficial)

Sim, 2 Não decidiu ainda

Não decidiu ainda Não decidiu ainda

Não dentro do CERCO

Em nível europeu um posicionamento e compromisso político unificado deve ser encorajado para reforçar a visão de uma necessária Base de referência (framework) espacial que possibilitará uma melhor tomada de decisão e que traz bem-estar a todos os cidadãos europeus.

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APÊNDICE 4

TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 1 / 8) Países Dados Fundamentais

África do Sul (5) Parcelas e proprietários de terras Representações topográficas Áreas urbanas Limites político-administrativos Hidrografia – rios e represas

Alemanha (6) Controle geodésico Elevação Cartas topográficas Levantamento aerofotográfico digital Limites politico-administrativos Posse de terras

Austrália (10) Controle geodésico Nomes geográficos Elevação Hidrografia Sistemas de Transporte Limites politico-administrativos Posse de terras Batimetria Uso e cobertura da terra Imagens de satélite

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países ( parte 2 / 8)

Canadá ( 5) Rede de Controle Geodésico Bases topográficas (diferentes níveis: federal, estadual e municipal) Nomes geográficos Dados estatísticos de diversas organizações Imagens de satélite

Chipre (7) Rede de controle geodésico Limites cadastrais Construções / edificações Feições topográficas (curves de nível, rios, estradas) Dados de Levantamento de campo Limites político-administrativos Mapa Índice

Colômbia (10) Curvas de nível Pontos de controle de campo Pontos geodésicos Hidrografía Sistema de transporte Centros povoados Vegetação Uso da terra, Divisão político-administrativa Geociências

Finlândia (5) Mapas topográficos (várias escalas de 1:8000 a 1:8 milhões). Índice estadual de preços de mercado Mapa digital de limites cadastrais Pontos de controle geodésico Registro estadual de terras

França (5) Informações de controle geodésico Informações topográficas Informações cadastrais Limites administrativos Endereçamento postal

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 3 / 8)

Grécia (7) Linha de costa Limites da Federação e regiões Localidades (área, nome e códigos) Limites administrativos municipais e das comunidades Rede de pontos geodésicos Uso da terra e de edificações Terras úmidas

Holanda (10) Rede de Controle Geodésio Mapa básico (grande escala – Mapa cadastral) Cartas topográficas (vetor – 1: 10 000) Mapa de Altitudes Dados hidrológicos Registro municipal automático de parcelas de terras Cobertura da terra Áreas de preservação ecológica Geologia Arqueologia

Hungria (14) Rede de controle geodésico Registro de propriedades e terras Mapas cadastrais (1: 2 000) Mapas topográficos (1: 50 000) Limites administrarivos Cobertura da terra Nomes geográficos Dados de serviços públicos (concessionárias) Dados de Sensoriamento Remoto (imagens de satélite e fotografias aéreas) Dados geológicos e geofísicos Mapas de Vegetação Mapas de Solos Mapas de Silvicultura Dados meteorológicos e ambientais

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 4 / 8)

Índia (4) Rede de controle geodésico Dados de gravimetria e geomagnéticos Dados maregráficos ao longo da linha de costa Bases cartográficas digitais (várias escalas)

Indonésia (7) Rede de controle geodésico (horizontal, vertical e de gravidade) Bases topográficas digitais Bases cadastrais digitais Base de dados batimétricos Limites nacionais e internacionais Base de dados de recursos naturais e marítimos Base de dados da plataforma continental e da zona econômica exclusiva

Irlanda do Norte (6) Controle geodésico Bases cartográficas – escala grande (1: 1250 e 1: 2500), incluindo vários temas: redes de transporte, rios, edificações, limites administrativos, parcelas, etc) Bases cartográficas – escala pequena e média, incluindo rodovias, elevação, limites administrativos, rios e lagos Base de dados de solos Base de dados de uso da terra Base de dados temáticos

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 5 / 8) Japão (13) Rede de controle geodésico

Rede de deformação da crosta Mapa de tensão horizontal da crosta Mapa Geoidal Mapas topográficos (de 1: 10 000 a 1: 500 000) Mapas geográficos ( de 1: 1 000 000 a 1: 3 000 000) Mapas de limites e linha de costa Mapas e dados de serviços públicos (escala grande) Nomes geográficos Mapa de áreas costeiras Mapa de lagos Mapas de vulcões Dados de Sensoriamento Remoto (imagens de satélite e fotografias aéreas)

Macau (3) Mapas topográficos Mapas cadastrais Fotografias aéreas

Malásia (3) Rede de controle geodésico Mapas topográficos Mapas cadastrais

Nova Zelândia (6) Rede de controle geodésico Mapas topográficos Mapas cadastrais Nomes geográficos Cartas hidrográficas Padrões de avaliação de terras

Paquistão (2) Controle geodésico Mapas topográficos (1: 50 000)

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 6 / 8) Rússia (Fed.) (8) Rede de controle geodésico

Elevação e batimetria Imagens de satélite Limites administrativos Registro de terras Sistemas de transporte Hidrografia Mapas temáticos (vários temas)

Suécia (7) Rede de controle geodésico (planimétrico, altimétrico e de gravidade) Mapa Geoidal Sensoriamento remoto (fotos aéreas, ortofotos e imagens) Bases topográficas (de 1: 10 000 a 1: 250 000) Banco de Registro de terras (parcelas, endereço, restrições e regulação) Sistemas de transporte Mapas temáticos (rodoviário, cobertura da terra e hidrográfico)

Reino Unido (5) Mapas de ruas (cadastral) Códigos postais Áreas administrativas e eleitorais Registro de propriedades Dados censitários

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, alguns países (parte 7 / 8) Estados Unidos (12) Rede de controle geodésico

Base Cartográfica Batimetria Cadastro de terras Demografia e aspectos culturais Geologia Sistema de transporte terrestre Limites político-administrativos Solos Vegetação Hidrografia Terras úmidas

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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TAB. A4 – Dados Fundamentais de IDE, algumas regiões (parte 8 / 8) Regiões Dados fundamentais

ANZLIC (9) Rede de controle e Banco de dados geodésicos Mapa geoidal Bases topográficas Sensoriamento Remoto (fotografias aéreas e imagens de satélites) Bases de dados de administração: posse e registro de terras, endereçamento de ruas, limites de arrendamento de mineração e petróleo, e limites político- adminstrativos, limites eleitorais, código postal, nomes geográficos, dentre outros Base de dados de Recursos Naturais e Ambientais: classificação de solos, classificação da vegetação, regiões de biodiversidade, fauna, recursos minerais, hidrografia / redes de drenagem, geologia, hidrogeologia, oceanografia, clima, ecosistemas e áreas de riscos naturais, dentre outros Batimetria e linha de costa Base de dados Sócio-econômicos: distritos censitários, demografia, zonas de planejamento, uso da terra (rural e urbano), dentre outros Base de dados de Construção e Edificações: sistemas de transporte; serviços públicos / concessionárias (água, lixo, eletricidade, gás e telecomunicações); e rede de irrigação

PCGIAP (4) Rede de controle geodésico Nomes geográficos Feições topográficas e hidrográficas Limites nacionais

EUROGI (4) Limites político-administrativos Cobertura da terra Base de dados de rodovias Base de dados de ruas, rodovias e limites administrativos (TeleAtlas)

CERCO (Comitê Europeu Cartografia Oficial) (2)

Limites político-administrativos Base topográfica (1: 250 000)

Antártica (6) Superfície de elevação Formações rochosas Linha de costa Nomes geográficos Controle geodésico Batimetria

Fonte: Pesquisa da GSDI sobre IDE (nacionais e regionais) no mundo – ONSRUD, 2001(adaptado)

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APÊNDICE 5 – Características dos principais Padrões de Metadados para dados cartográficos, descritos segundo tabela modelo 3.1

Com o objetivo de organizar a apresentação dos principais padrões de metadados

espaciais existentes, foi composta tabela 3.1(idêntica à A5.1) como modelo para relatar algumas

características de cada padrão:

TAB. A5.1 – Tabela modelo para apresentação dos padrões de espaciais

Denominação do padrão (sigla, nome e referência)

Órgão responsável pelo padrão

Diretrizes Descreve as principais diretrizes do padrão

Evolução e Estágio Relata a evolução e estágio do padrão

Características Apresenta as principais características (de modelagem e estruturação) do padrão

Categoria de informação (metadados)

Descreve as seções de informação dos metadados que compõe o padrão

Ferramentas Apresenta os programas e aplicativos para o cadastramento dos metadados

A seguir são retratados os principais padrões em uso mo mundo:

A5.1 ANZLIC (Australia New Zealand Land Information Council)

O modelo de padrão de metadados ANZLIC foi composto a partir da definição de

conteúdo, ou seja, das seções de informação dos metadados geográficos implementada através de

consultas aos produtores e usuários de dados geoespaciais na Austrália e na Nova Zelândia

(tabela A5.2).

Em meados da década de 80 a Austrália iniciou a coleta, gerenciamento e apresentação de

metadados espaciais. Porém, não houve uma receptividade das agências governamentais pela

dificuldade e o alto custo de coleta e de atualização. Em 1989 o National Resource Information

Centre (NRIC) iniciou o desenvolvimento de um sistema de diretório de dados espaciais - o

software FINDAR, que tinha como metas coletar, manter e prover acesso ao diretório de

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metadados. Mesmo com a disponibilização do FINDAR, somente pequena parte das agências

governamentais optou por cadastrar por ele seus metadados. Em 1997 foi feita uma revisão do

modelo, adotando-se a versão 2 do FGDC, sendo disponibilizado o aplicativo MET 97. Em 2000

nova readequação, desta vez, para incorporar a padronização da norma ISO 19115 – metadados

geográficos.

TAB. A5.2 - ANZLIC (Australia New Zealand Land Information Council) - Conselho da

Austrália e Nova Zelândia de Informação da Terra.

ANZLIC - Australia New Zealand Land Information Council Órgão: Australia New Zealand Land Information Council - ANZLIC

Diretriz • Inicialmente baseado no conteúdo do padrão americano FGDC/ CSDGM; • Redução do conteúdo, mantendo os elementos considerados essenciais e

indispensáveis ao uso, pelos usuários e produtores de dados (núcleo dos elementos de metadados) espaciais.

Evolução e Estágio

1a versão metadados – início de 1980, em 1989 disponibilizado aplicativo FINDAR – não utilizado de forma sistemática pelas agências governamentais; Em 1998 revisão adotando a versão 2 do FGDC. Aplicativo de cadastramento - Metadata Entry Tool (MET) - 1998; Em 2000 readequações para o ao padrão ISO 19115. Estímulo para que o intercâmbio entre agências seja através do padrão Possibilidade de incluir a documentação de dados não digitais.

Características Núcleo de elementos do ANZLIC consiste em um conjunto de aproximadamente quarenta elementos, contra os duzentos e vinte elementos do padrão CSDGM.

Categorias de informação (metadados)

• Identificador do arquivo/ informação • Produtor (responsabilidade, custódia) • Descrição • Enquadramento geográfico (Lat_N, Lat_S, Lon_W, Lon_E) • Topomínia – nome geográfico (nome, categoria e jurisdição) • Condição / status do arquivo • Linhagem / produção • Qualidade dos dados • Informação de contato • Data do metadados

Ferramentas Aplicativo gera banco de metadados, em ACCESS, disponibilizado para as agências governamentais e privadas – versão 2 - 2001

Fonte: ANZLIC, 1997 e 2001

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A5.2 CEN (European Committee for Standardization)

O CEN está estruturado através de comitês e grupos de trabalho, sendo que os de interesse

para as Geociências são: CEN TC287 – comitê para a padronização de informação geográfica;

CEN TC278 – comitê para a padronização referente aos dados de transporte rodoviário

e telemática de tráfego; CERCO – comitê responsável pela Cartografia Oficial da Europa;

EUROSTAT – organização responsável pelos padrões para a disseminação de dados

geoestatísticos – estatísticos territoriais.

TAB. A5.3 – CEN (European Committee for Standardization) – Comitê Europeu de Padronização

CEN TC287 Órgão: European Committee for Standardization (TC287) do Comitê Europeu de Padronização (CEN)

Diretrizes • Conjunto mínimo de metadados geográficos que devem ser fornecidos e

informados pelos produtores/fornecedores de dados. • Compor a norma européia para metadados de informação geográfica.

Evolução e Estágio

O processo de solicitação de comentários sobre o esboço do padrão, disponibilizado em 1997 e publicado em 1999, vêm sendo utilizado por vários países europeus. Tratar dados geográficos como simplesmente outro tipo qualquer de dados, isto é, suas raízes estão nas ciências da informação. Prover técnicas de desenvolvimento de esquemas para primitivas geométricas, qualidade de informação, diretórios de informação e dicionários. Ter em seu conteúdo informações que municie sistemas de identificação para busca e atualização de metadados geográficos, através de linguagem com operadores espaciais.

Características

Faz parte do projeto Multipurpose European Ground Related Information Network (MEGRIN) e também está previsto que servirá de base para o desenvolvimento da norma ISO 15096; constituindo a futura Norma Européia para informação geográfica.

Categorias de informação (metadados)

• Identificação / Descrição Geral; • Representação; • Amplitude geométrica e temporal; • Sistema de referência espacial; • Definição dos dados; • Qualidade dos dados; • Classificação; • Administração / Autoria.

Ferramentas os esquemas conceituais são definidos usando a linguagem �xpress, desenvolvida para prover um mecanismo neutro capaz de descrever os dados de forma independente de implementação.

Fonte: CEN, 1997

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O padrão CEN, sendo uma norma européia, está em utilização em vários projetos:

MEGRIN (tabela A5.3), SABE (limites político-administrativos dos países) e CORINE

(informações sobre uso do solo), dentre outros.

A5.3 DIGEST (Digital Geographic Information Exchange Standards)

O conjunto de especificações DIGEST é utilizado em aplicações militares por vários

países membros da OTAN, que no nível conceitual se parece muito com o padrão do Comitê

Federal Americano para Dados Geográficos - FGDC. Esse conjunto de especificações reúne uma

família de padrões internacionalmente aceitos que fornecem um método uniforme para

intercâmbio de informação geográfica digital. Seus formatos de dados possibilitam o intercâmbio

de dados cartográficos de texto, matricial (raster) e vetorial (tabela A5.4).

TAB. A5.4 - DIGEST (Digital Geographic Information Exchange Standards) – padrões para

intercâmbio de dados geoespaciais para aplicações militares

DIGEST - Digital Geographic Information Exchange Standards Órgão: Digital Geographic Information Working Group (DGIWG) - OTAN

Diretriz • Conjunto de metadados, para aplicações militares, que devem ser providos pelos países membros.

Evolução e Estágio

Iniciou suas atividades em 1983, e tem trabalhado em consonância com as normalizações da OTAN. Desde 1990 é a convenção padrão da OTAN para dados geográficos. Em 2001 efetivadas adequações para incrementar níveis de alinhamento entre o DIGEST e outros padrões - o padrão S-57 da Organização Hidrográfica Internacional – IHO, a ISO TC211 (padrão de informação geográfica).

Características

• Família de normas capazes de suportar o intercâmbio de dados raster e vetorial (com dados associados) de vários produtores e usuários.

• O modelo suporta todas as estruturas topológicas. • Implementadas revisões constantes para adequar o padrão às modificações

definidas para as normas que compõe as diversas famílias (Aeronáutica, Náutica, Biológica, Química etc).

Categorias de informação (metadados)

• Descrição Geral; • Modelo conceitual / teórico dos dados, estrutura de intercâmbio, especificações

da modelagem dos dados: - informações sobre o processamento- especificações para a descrição do

arquivo e para seu intercâmbio; - sistema de processamento da informação – interconexão entre sistemas; - formato vetorial – especificações do formato;

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- formatação de imagens – especificações do formato; • Codificações e parâmetros • Dicionário de dados – Catálogo de elementos e atributos.

Ferramentas Disponibilizam um conjunto de aplicativos para cadastramento e armazenamento dos metadados implementados no Access 97.

Fonte: DIGEST, 1997.

A5.4 DCMII (Dublin Core Metadata Iniciative)

O padrão Dublin Core é uma iniciativa de um grupo de especialistas (área das ciências da

computação) para a especificação de metadados a serem utilizados para catalogar documentos

eletrônicos na WEB. Como a geração automática de metadados resulta em informação

insuficiente e a geração manual é muito cara, o Dublin Core procura conceber um sistema que

esteja entre esses dois extremos, especificando que os elementos de metadados sejam opcionais e

extensíveis.

TAB. A5.5 – DCMI (Dublin Core Metadata Iniciative) – Iniciativa Dublin Core de metadados

DCMI – Dublin Core Metadata Iniciative (Dublin Core (1999) e WEIBEL (1997)) Origem: "OCLC/NCSA Metadata Workshop"

Diretrizes

• Promover ampla discussão para a adoção de padrões de metadados interoperáveis (via Web) e o desenvolvimento de um vocabulário de metadados para descrever recursos que possibilitem a execução de sistemas de busca de informação.

• Fórum aberto (internacional) para o desenvolvimento de padrões de metadados on line e interoperáveis, em suporte a ampla gama de propósitos e modelos de negócio.

• Compor um conjunto central de recursos semânticos na WEB que seja útil para categorizar a pesquisa e recuperação de informações.

Evolução e Estágio

1a reunião em 1995 em Dublin, Ohio. Workshops itinerantes por diversos países, arregimentando especialistas para ampliar o comprometimento no desenvolvimento do padrão. Em desenvolvimento, conjunto de elementos básicos e glossário de termos, armazenamento em ambiente HTML, XML e RDF.

Características

• Composto por 17 grupos de trabalho. Reuniões realizadas, distribuídas globalmente, estimular a participação e promover as atividades do DCMI, traduzido para 25 línguas.

• Provê orientação para a codificação dos metadados HTML e XML. Deve atender aos seguintes princípios: simplicidade, interoperabilidade semântica, consenso internacional e extensibilidade.

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Categorias de Informação

• Assunto; • Título; • Autor • Editor da publicação e Data da publicação; • Tipo de objeto; • Identificador e Fonte; • Língua; • Abrangência (espacial e temporal); Comentário (aplicabilidade dos dados).

Ferramentas Alguns programas desenvolvidos mais para a área de biblioteconomia, e veiculação de documentos eletrônicos pela Web.

Fonte: Dublin Core, 1999 e WEIBEL, 1997.

O padrão completo para identificar o recurso informacional pode conter, ainda os

seguintes elementos: descrição, colaborador, formato, relacionamento, e direitos de propriedade.

O padrão DCMI encontra-se em discussão, porém já divulgou sua versão 1.1 (tabela A5.5).

A5.5 FGDC/ CSDGM (Content Standards for Digital Geospatial Metadata)

O padrão de metadados americano foi desenvolvido pelo FGDC (Federal Geographic

Data Committee) – comitê, vinculado à Presidência dos EUA, responsável por desenvolver e

implantar os padrões de dados geoespaciais a serem utilizados, obrigatoriamente, pelos setores

público, privado e acadêmico americano, e coordenar a implantação da Infra-estrutura Nacional

de Dados Espaciais (National Spatial Data Infrastructure – NSDI) dos EUA. O comitê FGDC

está estruturado em diversos sub-comitês que desde 1994 vem desenvolvendo padrões,

aplicativos e capacitação para catalogação de dados geoespaciais segundo o padrão CSDGM

(tabela 3.6) e coordenando o intercâmbio de dados segundo o padrão SDTS (vide tabela A5.11).

Em termos de uso, as normas do FGDC têm servido de referência para o

desenvolvimento de praticamente todos os demais padrões hoje propostos e em uso. Existem

bases de metadados, neste padrão, em várias regiões do mundo (Canadá, Europa, Austrália, Ásia,

etc.), principalmente nos EUA.

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TAB. A5.6 - CSDGM (Content Standards for Digital Geospatial Metadata) - descrição

padronizada dos conteúdos dos dados geoespaciais

Content Standards for Digital Geospatial Metadata – CSDGM Órgão: Federal Geographic Data Comitee (FGDC) - Estados Unidos - 1995

Diretrizes

• Prover um conjunto comum de terminologia e definições para a documentação de metadados espaciais.

• Definir os elementos de metadados usados para documentar dados geoespaciais. É complementar ao padrão SDTS.

Evolução e Estágio

Atividades iniciadas com a composição do comitê – 1987. 1a versão 1991, adequações em 1994 e a 2a versão em 1998, sendo a versão corrente. Em 2000 implementada uma extensão para dados de Sensoriamento Remoto e aprovada em 2002 por um comitê (NASA, NOAA e USGS). Após a publicação da norma ISO 19115, está sendo implementada a migração do padrão FGDC / CSDGM que será identificada como a 3a versão.

Características

• Estabelece a denominação e os grupos dos elementos de dados para a descrição de dados, o domínio dos dados, os termos que são obrigatórios, sob certas condições, e opcionais (fornecidos pelo produtor de dados).

• Compor metadados para preservar o valor e o significado dos dados, e para auxiliar na catalogação, na pesquisa e busca, e na transferência de dados.

Categorias de Informação (metadados)

• Identificação - informação básica sobre o conjunto de dados: o título, a área geográfica coberta, a atualidade dos dados; Qualidade dos dados - dados para a avaliação da qualidade dos dados, incluindo a acurácia posicional e de atributos, completeza, consistência, as fontes da informação e métodos usados para produzir os dados;

• Organização dos dados espaciais - descreve os modelos usados para a representação espacial dos dados: por formatos (raster e vetor) e por endereçamento (endereços de ruas e códigos de cidades);

• Referência espacial - descreve as referências geodésicas e cartográficas dos dados, identificando os métodos de codificação das coordenadas.

• Entidade e atributo - Relatam o modelo dos dados, o conteúdo do conjunto de dados, incluindo os tipos de entidades, seus atributos e os domínios dos valores espaciais e semânticos.

• Distribuição - informação sobre as formas de obtenção dos dados: distribuidor, de fornecimento, e como obter conjuntos de dados on-line ou em meio físico. Referência dos metadados - informações sobre a atualidade da informação dos metadados e o responsável pelo cadastramento dos mesmos.

Ferramentas NBII MetaMaker v. 2.10, Corpsmet 95 e o Tkme (aplicativo em C++ com versão para Unix e Windows)

Fonte: FGDC, 2000.

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A5.6 GCMD (Global Change Master Directory)

O Global Change Master Directory (GCMD) foi desenvolvido pela NASA. O objetivo da

composição do GCMD é o de suportar a comunidade científica na busca e integração de

dados referentes às ciências da Terra (tabela A5.7).

TAB. A5.7 - GCMD (Global Change Master Directory) – repositório / dicionário NASA,

informação padronizada sobre dados de satélite e de ciências da Terra.

GCMD – Global Change Master Directory Órgão: NASA - National Aeronautics and Space Administration

Diretriz • Compor um diretório com informações sobre dados de satélite e de ciências da Terra, a partir de diversas formas de observação da Terra.

Evolução e Estágio

Criado pela NASA em 1994, e disponibilizado via Web. 1999 passa a utilizar o sistema operacional LINUX e o software Apache Web Server; o Sistema permite acesso de usuários com requisitos de HTTP, FTP e Z39.50; São promovidas adaptações constantes para adequá-lo às novas ferramentas e para melhorar a performance.

Características

• Dispõe de uma interface de procura que permite ao usuário acessar a base de dados, que identifica o item a ser procurado, descreve os dados no domínio temporal e espacial e fornece informação útil para o pesquisador, tais como o estado, formato e restrições de acesso.

• Prevê a interoperabilidade entre os centros de dados participantes do diretório, entretanto é muito difícil de funcionar quando utilizados todos os campos.

• Um conjunto mínimo de metadados, baseado no padrão FGDC, é necessário para integrar descrições de dados do sistema.

Categorias de Informação (metadados mínimo)

• Identificação - informação básica sobre o conjunto de dados: o título, a área geográfica coberta, a atualidade dos dados e rotinas para adquirir ou usar os dados.

• Referência Espacial - as referências geodésica e cartográfica dos dados, identificando os métodos de codificar as coordenadas no conjunto de dados, e inclui as especificações da projeção cartográfica ou sistemas de grade de coordenadas, e as referências geodésicas – datum vertical e horizontal e a resolução do sistema de coordenadas.

• Distribuidor - Fornece informação sobre as formas de obtenção dos dados, dados do distribuidor, e dados sobre como obter conjuntos de dados on-line ou em meio físico.

• Referência de Metadados – dados sobre a atualidade da informação dos metadados e o responsável pelo cadastramento dos mesmos.

Ferramentas Directory Interchange Format (DIF) permite ao GCMD integrar informação de aproximadamente 700 diferentes provedores de dados de várias disciplinas e compartilhar dados com outros nós na International Directory Network (IDN), sistema aplicativo na versão 7.7.

Fonte: GCMD, 2001

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Esse padrão se tornou uma fonte de informação sobre dados de satélite e de ciências da

Terra “in situ”, tais como observações sobre a atmosfera, a hidrosfera, os oceanos, a terra firme e

a biosfera, dentre outras formas de observação da Terra.

O padrão GCMD ainda suporta:

• um aplicativo de conversão entre diversos padrões de metadados, permitindo uma

grande flexibilidade em atendimento às necessidades dos diferentes usuários que

requerem vários níveis de detalhamento de metadados;

• a comunidade usuária do padrão FGDC/ CSDGM, em compreender e divulgar os

objetivos e o conteúdo deste padrão;

• a estruturação hierárquica de um conjunto de palavras chave que tem sido aceitas e

implementadas para uso de uma ampla gama de grupos de usuários.

A5.7 GDF / CEN TC278 ( telemática de tráfego)

O padrão GDF (tabela A5.8) apresenta um esquema de representação de feições, no qual

são dadas as instruções de como representar um objeto como ponto, linha, área ou feição

complexa. As especificações de medida de qualidade descrevem as regras e métodos de como

mensurar a qualidade e validade do arquivo GDF.

No catálogo de dados globais é fornecida a descrição da referência geodésica e

cartográfica, e como os dados foram modelados. As especificações do dicionário de dados são

providas por este catálogo.

A estrutura lógica dos dados descreve como foi modelada a informação de acordo com

regras definidas, identificando também seus requisitos topológicos. Estas especificações são

independentes de uma particular mídia de reprodução. A especificação do meio físico de

reprodução também tem que ser definida no padrão GDF.

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TAB. A5.8 - GDF (Geographic Data File) – arquivos de dados geográficos relativos às redes

de rodovias e às comunicações / telemática de tráfego.

GDF - CEN TC278 – telemática de tráfego Órgão: Comitê Técnico 278 (TC278) do Comitê Europeu de Padronização (CEN)

Diretriz Desenvolver um padrão de metadados em atendimento às demandas de criação, atualização, fornecimento e aplicações referenciadas e estruturadas de dados das redes de transporte e de telemática de tráfego.

Evolução e Estágio

1a versão em 1988; adequações em 1992 versão 2.1, em 1994 a versão 2.2 e em 1995 uma nova revisão deu origem a versão 3.0 em uso atualmente. Criado para prover a captura, produção e manipulação de informação geográfica relacionada com as redes de transporte e de tráfego. Sua estruturação está baseada no Modelo Entidades Relacionamentos – MER. Características Contém a definição de formato de intercâmbio que evita os problemas de compatibilidade entre usuários e produtores.

Categorias de informação (metadados)

• Âmbito, Referências Normativas e Definições; • Modelo de Dados - geral; • Catálogo de feições; • Catálogo de atributos; • Catálogo de Relacionamentos /comportamentos; • Esquema de representação de feições;

• Especificações / descrições de qualidade; • Catálogo de dados globais; • Estruturação lógica dos dados; • Especificação da mídia de reprodução.

Ferramentas Disponibilizam sistemas para consulta, apresentação de dados rodoviários e também quanto a segurança de tráfego.

Fonte: CEN, 1995.

A5.8 ISO TC 211 / Norma 19115 – Comitê Técnico para informação geográfica e geomática

– Metadados

A ISO (International Organization for Standardization) provê os requisitos para a

especificação de produtos / dados geográficos, que devem incluir os aspectos relevantes de outros

padrões ISO, tais como: esquema de aplicação, referência espacial e temporal, metadados e

aspectos de qualidade dos dados, e ainda pode conter outras categorias de informação, dentre elas

pode-se citar informações sobre o distribuidor, propósito, produção e manutenção (ISO, 1995).

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TAB A5.9 - ISO/IEC TC 211 norma 19115 - Comitê para informação geográfica e

geomática da Organização Internacional de Padronização(ISO)

ISO TC 211 – Comitê Técnico para informação geográfica e geomática Norma 19115 - Metadados

Órgão: International Organization for Standardization - ISO Diretriz Desenvolver um conjunto de padrão para a descrição de dados espaciais digitais

para propiciar busca via Web.

Evolução e Estágio

TC 211 – criado em 1996, em 1998 apresentou uma 1a proposta baseada nos padrões existentes (FGDC, ANZLIC, TC 287 etc). Em 2001 proposta para comentários, expressa em XML, aprovada em 2003 (modelo conceitual).

Características

• Prover maior eficiência na pesquisa / sistemas de busca de informação geográfica em centros distribuídos de dados conectados via Web.

• Modelagem e estruturação através da UML – Unified Modeling Language. Expresso em XML

• Aplicação em múltiplas línguas (lista de códigos numéricos), com terminologia própria (nomes e definições) para cada tipo de informação geográfica.

• Elementos distribuídos em um núcleo central e seções com elementos opcionais e condicionais.

• Resolve deficiências conhecidas do padrão FGDC: raster / imagem, (granularidade e texto livre).

• Suporta interoperabilidade entre metadados através de relações e listas de códigos.

Categorias de informação (metadados)

• identificação - citação, resumo, propósito, crédito, status e ponto de contato; • representação espacial dos dados - formatos dos dados (matricial ou vetorial),

imagens (linhas e colunas e suas resoluções) e para dados vetoriais a escala e o grau de detalhe dos dados;

• sistema de referência - tipo de coordenadas utilizadas, precisão e os dados e parâmetros de transformação / conversão, o datum (vertical e horizontal), elipsóide de referência e o sistema de projeção cartográfica;

• qualidade dos dados - consistência e completeza – atributos de exatidão posicional (horizontal e vertical) e as referências para geração dos dados;

• aquisição e manutenção dos dados - métodos de produção dos dados, os procedimentos, parâmetros e especificações da geração dos dados;

• conteúdo dos dados - entidades e atributos dos dados e seus domínios; • esquema de utilização - ambientes computacionais (operacionais e

aplicativos) para os quais os dados foram desenvolvidos; • distribuição dos dados - informações para obtenção dos dados:

área institucional de distribuição, formatos de fornecimento e custos; • extensão - descreve outros elementos complementares (estendidos) dos metadados.

Orientação e Ferramenta

- os metadados devem ser incluídos como parte da informação geográfica. - em desenvolvimento aplicativos (por comitês de padronização nacionais e por fornecedores de software) para migração para o padrão de metadados ISO 19115 dos padrões FGDC, CEN, ESRI, Intergraph, etc.

Fonte: ISO, 2003.

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A ISO identifica as seguintes referências normativas, que são aplicadas aos produtos e dados

geográficos:

ISO 19107: Informação Geográfica — Esquema Espacial ISO 19108: Informação Geográfica — Esquema Temporal. ISO 19109: Informação Geográfica — Esquema de regras para aplicação ISO 19110: Informação Geográfica — Catalogação metodológica de elemento ISO 19111: Informação Geográfica — Referência Espacial para coordenadas. ISO 19112: Informação Geográfica — Referenciamento espacial por identificador geográfico ISO 19113: Informação Geográfica — Princípios de qualidade. ISO 19115: Informação Geográfica — Metadados. ISO 19118: Informação Geográfica — Codificação ISO 19125-1: Informação Geográfica — Acesso a elementos

O Comitê TC 211 está estabelecendo um consenso internacional para padrão de

metadados (ISO 19115), e especifica um vocabulário comum para campos e estruturas,

objetivando minimizar as deficiências de alguns padrões que descrevem campos através de texto

livre e propiciar um padrão de metadados que contemple todos os tipos de dados geoespaciais

(formatos matriciais (produtos de SR), vetoriais e Banco de Dados Geoespaciais).

Para a definição do padrão ISO 19115 (tabela A5.9), o comitê TC 211 avaliou os padrões

existentes (FGDC, ANZLIC, CEN, etc) identificando os elementos significativos para a

documentação de dados espaciais e propôs uma modelagem (UML) utilizando o paradigma de

orientação a objetos, definindo classes de elementos, dicionário para terminologia (elementos,

tipos de dados e definições). O padrão foi desenvolvido em XML, linguagem de marcação

extensível que permite aos usuários acrescentar novas informações consideradas relevantes.

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APÊNDICE 6 - Padrões de intercâmbio de dados geoespaciais

O conhecimento sintático e semântico dos conjuntos de dados a serem processados é

essencial para a interoperabilidade entre sistemas. Os metadados fornecem vários dados sintáticos

referentes aos conjuntos de dados. Porém são precários quanto à descrição da modelagem e

estrutura semântica dos conjuntos de dados geoespaciais. Para tanto alguns países especificaram

normas para intercâmbio de dados geoespaciais. Atualmente existem estudos sobre ontologias e

abordagem associada de Web Semâtica desenvolvidas para apoio à interoperabilidade A seguir

são retratdos alguns destes padrões de intercâmbio utilizados.

A6.1 SAIF - SPATIAL ARCHIVE AND INTERCHANGE FORMAT

O SAIF não enfatiza a separação entre entidades gráficas e atributos, incorporando a noção de

compartilhamento de objeto (dados espaciais e espaços-temporais), permitindo um maior

leque de informações e possibilidade de atendimento específico (tabela A6.1).

TAB. A6.1 - SAIF (Spatial Archive and Interchange Format) – padrão de formato de

armazenamento e intercâmbio de dados geoespaciais desenvolvido no Canadá

SAIF - Spatial Archive and Interchange Format Órgão: Divisão de Levantamento e Mapeamento de Recursos do Ministério do Ambiente, Território e Parques da Columbia Britânica - Canadá

Diretrizes • Facilitar a interoperabilidade, sendo um meio eficiente para arquivamento de dados num formato neutro. • Tratar dados geográficos como preconizado nas ciências da informação.

Características

• Lidar tanto com a informação espaço-temporal quanto com a informação tradicional. Abordar a dimensão temporal, de forma que eventos temporais e relacionamentos possam ser monitorados.

• Estrutura de dados conceituada através do paradigma da orientação a objetos;

• Manusear virtualmente qualquer tipo de dado geográfico: com ou sem descrições extensivas de atributo, e com geometria definida por estruturas raster ou vetoriais em duas ou três dimensões (dados cartográficos de referência e temáticos).

• Gerenciamento de dados (suporte para atualizações, integração com dados de multimídia, possibilidade de estabelecer interface para consultas a bancos de dados e para o desenvolvimento de catálogo).

• Harmonizado com iniciativas Open GIS, e com outros padrões geográficos como DIGEST e SDTS / FGDC.

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Categorias de Informação (Seção)

• Visão Técnica - definição de termos técnicos, métodos, estruturação, modos de compartilhamento de dados gráficos, procedimentos de transferência de dados e seções SAIF

• Paradigma de modelagem dos dados - Modelo do metadados – OMT, sintaxe, esquema: objeto geográfico, objeto espacial, objeto geométrico, referenciamento espacial, referenciamento temporal e relacionamento espacial.

• Definição de classes: geográfica, temporal, anotação, de metadados, de linhagem, de qualidade e de descrição de produto; para a classe metadados estão definidas as subclasses de referenciamento espacial.

• SAIF-talk - Linguagem para representar o dado que está sendo descrito no padrão

Ferramentas SaifSuite1.1, FMEBC (Feature Manipulation Engine), Saif3.1 e Saif3.2. Na verdade, não são programas para cadastramento, o usuário tem de escrever seu próprio programa usando as bibliotecas em C++.

Fonte: SAIF, 1999.

Este padrão aborda a estrutura de dados através do paradigma da orientação a objetos

(OMT), onde os dados são considerados como instâncias de tipos (classes) que seguem uma

hierarquia extensível pelo usuário. O modelo de dados é definido como um conjunto de conceitos

e regras de composição associadas, usadas para descrever tipos e relacionamentos entre instâncias

ou classes. Atualmente, o SAIF vem sendo usado no Canadá e em várias regiões dos Estados

Unidos. Apesar disso, é extremamente raro encontrar bases de metadados cadastrados de acordo

com esse padrão. Entre os usuários cita-se o Projeto Sequoia 2000 (é um projeto que tem como

meta o desenvolvimento de sistemas de informação em larga escala para cientistas preocupados

com o meio ambiente - University of California, Berkeley,

http://s2k-ftp.cs.berkeley.edu:8000/sequoia/abouts2k.html ).

A6.2 FGDC / - SDTS (SPATIAL DATA TRANSFER STANDARD)

O padrão SDTS foi desenvolvido para permitir a transferência de conjuntos de dados

espaciais entre diferentes sistemas, enquanto o padrão CSDGM foi desenvolvido para definir os

elementos de metadados usados para documentar dados geoespaciais digitais para vários

propósitos (tabela A6.2).

Há um relacionamento estreito entre o padrão CSDGM e os elementos de metadados

contidos no modulo Data Quality do SDTS, e em outros locais dentro do conjunto de

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transferência SDTS. Como o padrão CSDGM contém metadados usados para procurar por

conjuntos de dados espaciais digitais, esses elementos não precisam estar contidos no conjunto de

transferência SDTS.

TAB A6.2 - SDTS / FGDC (Spatial Data Transfer Standard) - padrão americano de transferência

de dados geoespaciais

Spatial Data Transfer Standard – SDTS Órgão: Federal Geographic Data Committee (FGDC) – Estados Unidos -1995

Diretriz Permitir às agências federais dos Estados Unidos o compartilhamento de dados espaciais entre aplicações; requerido em todas as contratações do governo americano para obtenção de dados geoespaciais.

Evolução e Estágio

1a versão apresentada em 1994; 2a versão em 1998 – ANSI – NCITS 320 – em vigor

Características • Aspectos topológicos e a correspondência de arquivos gráficos; • Utilizado para dados em escalas pequenas e médias, notadamente, cartas e mapas

topográficos e documentos hidrográficos. Perfil de metadados

• Especificações Lógicas - descreve o modelo conceitual, os tipos de dados/objetos espaciais, as informações sobre a qualidade dos dados e o layout de outros perfis componentes do padrão SDTS.

• Dicionário de dados - descreve os elementos/objetos espaciais e os atributos associados. (dicionário de dados viabilizando a compatibilidade na transferência de dados).

• Codificação de arquivos - na denominação dos arquivos é utilizada a norma ISO 8211, regras padrão para identificar os arquivos a serem transferidos e especifica o conjunto de arquivos para transferência.

• Vetorial Topológico - define como os perfis anteriores devem ser implementados para um tipo de dado particular – dados vetoriais estruturados topologicamente.

• Matricial e extensões (formato raster) - é aplicável aos conjuntos de imagens bi-dimensionais (imagens de SR) e de dados matriciais / grade (oriundos da conversão de documentos cartográficos); permite a utilização dos formatos: BIIF e GeoTIFF.

• Arquivo (tipo) ponto - contém as especificações para uso, somente, de dados geográficos tipo ponto, incluindo opção para dados de alta precisão como os requeridos pelas redes de controle geodésico.

• Arquivo CAD - especificações para a utilização de dados geográficos vetoriais oriundos de aplicativos CAD (Computer Aided Design and Drafting). Intercâmbio entre aplicativos, minimizando a perda de dados, entre transações entre aplicativos CAD e SIG. (dados 2D e 3D vetoriais) sendo que a 3a dimensão é “altura” do objeto. Os dados podem ou não ter topologia e o perfil não suporta dados matriciais.

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241

Ferramentas Biblioteca de funções C++ que pode ser chamada por programas do usuário para ler e escrever arquivos em conformidade com o padrão usado pelo SDTS para sua implementação física.

Fonte: FGDC, 1997.

A6.3 GEOBR ( INTERCÂMBIO DE DADOS GEOGRÁFICOS – BRASIL / INPE)

A proposta de padrão de intercâmbio GEOBR, implementada pelo INPE (tabela A6.3),

encontra-se em fase de desenvolvimento e não tendo aplicações institucionais, exceto no meio

acadêmico, através de teses e artigos científicos.

TAB.A6.3 - GEOBR ( Intercâmbio de dados geográficos – Brasil) – proposto pelo INPE

GeoBR – Intercâmbio de Dados Geográficos (Brasil) Órgão: INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais / Divisão de Processamento de Imagem - (DPI) Diretriz Definir um padrão brasileiro de intercâmbio de dados geográficos Evolução e Estágio

Inicialmente desenvolvido no formato DXF (1997), a versão já foi migrada para XML.

Características

• Usa um modelo de dados orientado a objetos que captura as noções de campos e objetos geográficos, e relacionamentos espaciais e hierárquicos entre as classes de dados.

• Inclusão opcional de um conjunto mínimo suficiente de informações sobre produção dos dados.

• Suporte para incorporação futura de ontologias e de procedimentos de análise geográfica. Projetado para atender ao conjunto de geotecnologias

Categorias de Informação (seção)

• Ontologia - Dicionário de Ontologias com informação semântica sobre os dados. • Metadados - Informações sobre a produção do dado, contendo: criador, produtor,

data de referência e data de criação. • Modelo de dados - Descrição das entidades de acordo com um meta-modelo

genérico que inclui tipos de dados geográficos: elemento (com sua geometria associada e atributos), rede, superfície, temático e imagem.

• Projeção - Descreve uma projeção sob a qual estão representadas as camadas de dados (layers).

• Layers (níveis de informação) camadas de informação geográfica. As camadas podem comportar os seguintes tipos de dados: linha, nó, polígono, ponto, isolinhas / contour, grade / grid e tabela.

• Relacionamentos - Descrevem os relacionamentos entre as entidades descritas no arquivo.

• Análise - Descreve os procedimentos de manipulação de dados utilizados para extrair informação dos dados, estando previstos procedimentos de análise espacial e álgebra de mapas.

Ferramentas • Desenvolvido protótipo para conversão de dados entre os seguintes formatos:

GEOBR, SHP, MIF/MID, E00 e SPRING. Aplicativo desenvolvido em C++ com utilização de biblioteca de classes Terralib (CÂMARA et al, 2000).

Fonte: LIMA et al, 2001.

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242

APÊNDICE 7 – QUESTIONÁRIO PARA LEVANTAMENTO DE USO DE PADRÕES DE

METADADOS E DISPONIBILIZAÇÃO DE BASES GEOESPACIAIS

LEVANTAMENTO DE BASES GEOESPACIAIS

METADADOS E DISPONIBILIZAÇÃO

Organizacional / Institucional

1. Existe articulação e integração entre as instituições do seu Estado ou de sua área de atuação para compartilhar dados geoespaciais ? [ ] SIM [ ] NÃO

Se SIM de maneira [ ] formal ou [ ] informal; Se formal, como foi efetivada ? R: Qual o instrumento de efetivação? [ ] Convênio de Cooperação [ ] Inst. Legal [ ] Outro Outro, especifique: Existe documentação que relate esta efetivação que possa ser fornecida? [ ] SIM [ ] NÃO Se sim, onde e como obtê-la (pode ser anexada a este levantamento)? R:

2. Aponte os pontos fortes e fracos da efetivação desta integração (melhoria de articulação, dificuldade em reunir os órgãos, estabelecer conceitos padrões entre os órgãos, etc)? R:

Base de Dados

3. Descreva sucintamente os tipos de bases geoespaciais produzidas / disseminadas por sua instituição? R:

4. A Base de Dados Geoespaciais é [ ] centralizada ou [ ] descentralizada.

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243

5. Quais as razões que justificaram essa escolha (melhorar o gerenciamento, viabilizar a atualização por cada setor responsável, definir responsabilidades, etc)? R:

6. Quais as vantagens e desvantagens da modalidade escolhida?

R:

7. Quais as camadas / categorias de informação são consideradas como fundamentais na Base de Dados Geoespaciais? R:

8. Como é efetivada a atualização das bases geoespaciais? R:

Metadados

9. Utilizam algum padrão de metadados? [ ] SIM [ ] NÃO Se SIM qual? R: De forma [ ] completa ou [ ] simplificada Caso utilize a forma simplificada que itens de metadados são utilizados: [ ] Identificação da base ou dado geoespacial (denominação, escala,...) [ ] Qualidade do dado (completo, selecionado, acurácia...) [ ] Organização espacial do dado (vetor ou raster) [ ] Referência Espacial do dado (sistema geodésico e sistema de projeção

cartográfica) [ ] Entidades e Atributos [ ] Citação: Organização que desenvolveu o dado [ ] Período do dado (data de referência do dado) [ ] Contato técnico Caso NÃO use nenhum padrão, utiliza metadados definidos por sua instituição? R:

10. Como é feito o cadastramento dos metadados (por aplicativo específico, planilha Excel, etc)? R:

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244

11. Na disponibilização das bases geoespaciais é também garantido o fornecimento dos metadados ? [ ] SIM [ ] NÃO

12. A sua instituição provê serviços de disponibilização e / ou recuperação de

metadados ? [ ] SIM, [ ] on line ou [ ] off line [ ] NÃO

13. Quais os pontos fortes e fracos de implementar metadados de suas bases geoespaciais (preservar o investimento na produção de dados, prover documentação dos dados, dar maior visibilidade dos dados fornecidos, etc) ? R:

14. Caso não utilize metadados para documentar as bases geoespaciais, que documentação / informação acompanha as bases quando de sua disponibilização (identifique os itens que compõem sua documentação de dados)? R:

15. Qual a visão de sua instituição sobre a padronização de metadados e de formatos de intercâmbio ? R:

16. A questão de padrões (de metadados e de intercâmbio) tem sido parte integrante dos processos de geração, uso e disponibilização de dados e bases geoespaciais no seu Estado e / ou área de atuação ? [ ] SIM [ ] NÃO Se SIM, de que maneira? R: Se NÃO, aponte o porque desta ausência de motivação para uso de padrões. R:

17. Caso queira, este espaço é para algum comentário, sugestão, crítica que queira

fazer ! R: Grata por sua cooperação, ressaltando que no uso das informações serão seguidas às normas para referenciamento de dados e informações da pesquisa científica e acadêmica.

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245

APÊNDICE 8

TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (1/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

1. Identification Information

Informação de Identificação

Conjunto de informações que identificam os dados

O

1.1 Citation Citação Informações gerais sobre os dados

O

- Ctation information

Informação de citação

Utilizada para referenciar os dados

O

- Originator - elaborador / criador

Instituição ou indivíduo que desenvolveu o conjunto de dados

O -"Unknown", ou texto livre

- Publication date - Data da publicação

Data de quando o conjunto de dados foi publicado ou liberado para publicação

O -"Unknown", "Unpublished material", ou texto livre

- Title - Título Nome pelo qual o conjunto de dados é conhecido

O -texto livre

- Edition - Edição A versão do conjunto de dados. É aplicável quando o conjunto de dados possui várias versões / atualizações

O/A - texto livre

- Geospatial Data Presentation Form

- Forma de apresentação dos dados geoespaciais

Modo de apresentação do conjunto de dados

O/A - "atlas", "audio", "diagram", "document", "globe","map", "model", "multimedia presentation", "profile", "raster digital data", "remote-sensing image", "section", "spreadsheet", "tabular digital data", "vector digital data", "video", "view", ou texto livre

- Serie Information - Informação de série

Identificação da série a que o conjunto de dados pertence

O/A

- Serie Name - Nome da série

Nome da série a qual o conjunto de dados faz parte

O - texto livre

- Issue Identification

- Identificação do assunto/ item

Identificação do assunto do qual o conjunto de dados faz parte

O - Texto livre

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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246

TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (2/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

- Publication Information

- Informação da publicação

Detalhes da publicação O/A

- Publication Place

- Local da publicação

Nome da cidade (estado e país) onde o conjunto de dados foi publicado

O Texto livre

- Publisher - Publicador Nome da instituição ou indivíduo que publicou o conjunto de dados

O Texto livre

- Online Linkage - Conexão on-line

Nome de um recurso computacional on-line que contém o conjunto de dados. Entradas deveriam seguir a convenção URL da Internet

OP Texto livre

1.2 Description - Descrição Caracterização do conjunto de dados, informando o uso pretendido e suas limitações

O

- Abstract - Resumo Resumo sucinto do conjunto de dados

O Texto livre

- Purpose - Objetivo Resumo dos objetivos para o qual o conjunto de dados foi desenvolvido

O Texto livre

1.3 Time Period of Content

- Período de tempo do conteúdo

Período de tempo que referencia o conjunto de dados

O

- Time Period Information

- Informação sobre o período de tempo

Informações sobre o período de tempo que referencia o conjunto de dados

O

- Range of Dates - Intervalo de datas

As datas de início e fim do processo de produção

O

- Beginning Date - Data de início Data em que se iniciou a produção

O "Unknown" ou data livre

- Ending Date - Data de término Data em que se terminou a produção

O "Unknown" ou data livre

- Currentness Reference

- Referência sobre a atualidade

Data de referência da tomada do território, representado pelo conjunto de dados

O - data -texto livre

1.4 Status - Status Status e informação sobre a manutenção do conjunto de dados

O

- Progress - Progresso Estágio atual do conjunto de dados

O - "Complete", "In work", "Planned"

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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247

TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (3/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

- Maintenance and Update Frequency

- Freqüência de manutenção e atualização

- Freqüência com que são introduzidas as alterações feitas no conjunto inicial de dados

O - "Continually", "Daily", "Weekly", "Monthly", "Annually", "Unknown", "As needed", "Irregular", "None planned", ou texto livre

1.5 Spatial Domain - Extensão Geográfica

Domínio geográfico do conjunto de dados

O

- Bounding Coordinates

- Coordenadas do retângulo envolvente

As coordenadas do retângulo que envolve o conjunto de dados (valores máximos e mínimos)

O

- West Bounding Coordinate

- Longitude Oeste (mínima)

Longitude à oeste O - (-180 <= Lon. oeste < 180)

- East Bounding Coordinate

- Longitude Leste (máxima)

Longitude à Leste O - (-180 <= Lon. leste < 180)

- North Bounding Coordinate

- Latitude Norte (máxima)

Latitude à norte O - ( -90 <= Lat. Norte < 90)

- South Bounding Coordinate

- Latitude Sul (mínima)

Latitude à sul O - ( -90 <= Lat. Sul < 90)

1.6 Keywords - Palavras chaves Palavras ou frases identificam aspectos do conjunto dos dados

O

- Theme - Tema Assuntos cobertos pelo conjunto de dados

O

- Theme Keyword Thesaurus

- Identificação de um tesauro

Denominação de um tesauro registrado

O - “None” ou texto livre

- Theme Keyword - Palavras que caracterizam conjunto de dados

Palavras que identificam o conjunto de dados

O Texto livre

1.7 Access Constraints - Restrições de acesso

Restrições e pré-requisitos legais para acesso ao conjunto de dados (segurança ou propriedade intelectual)

O - “None” ou texto livre

1.8 Use Constraints - Restrições de uso

Restrições e pré-requisitos legais para o uso do conjunto de dados (segurança ou propriedade intelectual)

O - “None” ou texto livre

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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248

TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (4/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

1.10 Browse Graphic - Visualização gráfica do conjunto de dados

Identificação de visualização gráfica do conjunto de dados

OP

- Browse Graphic File Name

- Nome de arquivo que provê visualização do conjunto de dados

Denominação de arquivo que contém uma visualização do conjunto de dados

O Texto livre

- Browse Graphic File Description

- Descrição da visualização

Texto descritivo da visualização do conjunto de dados

O Texto livre

- Browse Graphic File Type -Tipo de arquivo (formato) da visualização dos dados

- formato de apresentação da visualização dos dados

O “CGM", "EPS", "EMF", "GIF", "JPEG", "PBM", "PS", "TIFF", "WMF", "XWD" , ou texto livre

1.11 Data set Credit Créditos pela elaboração dos dados

Identificação das unidades ou pessoas que contribuíram para a produção dos dados

OP - texto livre

1.13 Native Data Set Environment

- Ambiente nativo de processamento

Uma descrição do ambiente de processamento do conjunto de dados no produtor, incluindo o nome do software (inclusive versão), o sistema operacional, nome de arquivo (incluindo a identificação do servidor), e o tamanho do arquivo.

OP - texto livre

2. Data Quality Information

- Informação de qualidade dos dados

Avaliação geral da qualidade do conjunto de dados

O/A

2.1 Attribute Accuracy - Exatidão dos atributos

Avaliação da precisão de identificação das entidades e atribuição de valores de atributos no conjunto de dados

O/A

- Attribute Accuracy Report

- Relatório de exatidão dos atributos

Relato da exatidão de identificação e designação dos valores dos atributos das entidades do conjunto de dados

O/A - texto livre

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (5/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

2.2 Logical Consistency Report

- Relatório de consistência lógica

Explanação da fidelidade dos relacionamentos (geométricos / topológicos e semânticos) no conjunto de dados e os testes aplicados

O - texto livre

2.3 Completeness Report

- Relatório de Completitude

Relatório informando as omissões, critérios de seleção, generalização, definições e regras usadas para gerar o conjunto de dados

O - texto livre

2.5 Linage - Linhagem Informação sobre os eventos, parâmetros, e dados de fonte/insumos utilizados na construção dos arquivos de dados, e informação sobre as partes responsáveis

O

- Source Information: Informação de fonte

Informação sobre a fonte origem dos dados

O

- Source_Citation:

Citação da fonte Referência da fonte do conjunto de dados

O

- Citation_Information: Citação de informação

Referência para um conjunto de dados

O

- Originator Originador Organização que desenvolveu o conjunto de dados

O - "Unknown", ou texto livre

- Publication Date Data da publicação

Data em que o conjunto de dados foi publicado

O - "Unknown", "Unpublished material" ou texto livre

- Title Título do conjunto de dados fonte

Denominação pela qual o conjunto de dados é conhecido

O Texto livre

- Edition Edição Número da edição do conjunto de dados fonte

O/A Texto livre

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (6/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

- Geospatial Data Presentation Form

Forma de apresentação dos dados geoespaciais

Modo pelo qual os dados geoespaciais são representados

O/A "atlas" "audio" "diagram" "document " "globo" "map " "model " " apresentação multimídia " "dado raster " "imagem SR" "folhas de carta" "dado tabular digital" "dado vetorial" "video" ou texto livre

- Source scale denominator Denominador da escala da fonte

Número do denominador da fração que identifica a escala do conjunto de dados fonte

O/A inteiro

- Type source midia Tipo de mídia do conjunto fonte

A mídia que o conjunto de dados fonte foi publicado

O "paper", "stable-base material", "microfiche", "microfilm", "audiocassette", "chart", "filmstrip", "transparency", "videocassette", "videodisc", "videotape", "physical model", "computer program", "disc", "cartridge tape", "magnetic tape", "online", "CD-ROM", electronic bulletin board", "electronic mail system", ou texto livre

- Source Time Period of Content

Período de tempo de referência do conjunto de dados fonte

Períodos de tempo em que o conjunto de dados referencia a realidade de terreno

O

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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251

TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (7/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

-Time Period Information

Informação do período de tempo

Identificação do período de tempo de referência do conjunto de dados fonte

O

- Single Date/Time

Data ou tempo Data ou período que define a referência do conjunto de dados fonte

O

- Calendar Date: Data Data O Texto livre - Source Currentness Reference

Referência de atualidade do conjunto de dados fonte

A base na qual o período do conjunto de dados fonte foi determinado

O Condição de terreno ou data da publicação ou observação ou texto livre

- Source citation abbreviation

Abreviação da citação da fonte

Abreviação pela qual o conjunto fonte é conhecido

O/A Texto livre

- Source contribution Contribuição dos insumos

- Texto sucinto sobre a contribuição das fontes / insumos para a produção dos dados

O Texto livre

- Process Step - Etapas do processo

Informações sobre as etapas realizadas para a geração do conjunto de dados

O

- Process Description - Descrição do processo

Resumo dos eventos, tratamentos, parâmetros ou tolerâncias relacionadas com a produção do conjunto de dados

O - texto livre

- Process Date - Data do Processo

Data quando o processo de produção foi completado

O - Desconhecido - Não completo - data livre

3. Spatial Data Organization Information

- Informação sobre a organização espacial dos dados

Forma de representação espacial dos dados no conjunto de dados

O/A

3.1 Indirect Spatial Reference

Referência espacial indireta

- identificação de elementos geográficos e sua forma de endereçamento

O/A - Texto livre

3.2 Direct Spatial Reference Method

- Método de Referência Espacial Direto

- Tipos de representação espaciais utilizados para representar o espaço

O - "Point" "Vector" "Raster"

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (8/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

4. Spatial Reference Information

- Informação sobre a referência espacial

Informações sobre os sistemas de referência espacial (horizontal e vertical) utilizados na produção do conjunto de dados

O/A

4.1 Horizontal Coordinate System Definition

- Definição do Sistema de Coordenadas Horizontais

Informações sobre a estrutura de referência ou sistema a partir do qual as quantidades lineares ou angulares são medidas e atribuídas para definir a posição ocupada por um ponto

O/A

4.1.1 Geographic

- Geográfica Definição do posicionamento de um ponto na superfície terrestre por coordenadas geográficas (latitude e longitude), referida ao esferóide de referência

O

- Latitude Resolution

- Resolução da Latitude

Diferença mínima entre dois valores adjacentes de latitude, expressas em unidades de coordenadas geográficas

O - resolução de latitude > 0,0

- Longitude Resolution

- Resolução da Longitude

Diferença mínima entre dois valores adjacentes de longitude, expressas em unidades de coordenadas geográficas

O - resolução de longitude > 0,0

- Geographic Coordinate Units

- Unidades de coordenadas geográficas

Unidades de medida utilizadas para expressar os valores das coordenadas geográficas

O - "Decimal degrees", "Decimal minutes", "Decimal seconds", "Degrees and decimal minutes", "Degrees, minutes, and decimal seconds", "Radians", "Grads"

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (9/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

4.1.2 Planar - Planar Valores em distância ou distância e ângulos, que definem a posição de um ponto sobre um plano de referência em que a tenha sido foi projetada

O

- Map Projection - Projeção do Mapa

Representação sistemática de todo ou parte da superfície da Terra em um plano ou superfície desdobrável

O

- Map Projection Name:

- Nome da Projeção do mapa

Denominação da projeção do mapa

O - Polyconic - Lambert Conformal Conic - Albers Conical Equal Area e outras

- Para cada projeção é especificado um conjunto de parâmetros

O

- Polyconic

- Longitude do Meridiano Central -Latitude Origem da projeção - False Easting - False Northing

O

- Lambert Conformal Conic

- Paralelo padrão - - Longitude do Meridiano Central -Latitude Origem da projeção - False Easting - False Northing

O -90.0 <= paralelo padrão<= 90.0

- Albers Conical Equal Area

- Paralelo padrão - - Longitude do Meridiano Central -Latitude Origem da projeção - False Easting - False Northing

O -90.0 <= paralelo padrão<= 90.0

Planar Coordinate Information

- Informações sobre o sistema de coordenadas no plano

- dados adicionais sobre o sistema de coordenadas para a representação no plano

O

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (10/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

Planar Coordinate Encoding Method

- método para representar o posicionamento horizontal

- método usado na representação de posicionamento horizontal

O "coordinate pair" "distance and bearing" "row and column"

Coordinate Representation -coordenadas de representação do posicionamento de um ponto

- coordenadas do posicionamento horizontal

O

Abscissa Resolution - resolução da abscissa

- valor da resolução da abscissa

O Resolução da abscissa > 0,0

Ordinate Resolution - resolução da ordenada

- valor da resolução da ordenada

O Resolução da ordenada > 0,0

Planar Distance Units - unidade usada para medir distâncias utilizada

- sistema de medidas para ser utilizado para medir distâncias

O "meters" "international feet" "survey feet" free text

- Grid coordinate system

Sistema de coordenadas plano-retangular

Identificação do sistema de coordenadas plano-retangular nas quais as coordenadas geográficas podem ser transformadas para a construção do mapa

O

- Grid Coordinate System_Name

Nome do sistema de coordenadas plano-retangulares

Denominação do sistema de coordenadas plano-retangulares

O

-Universal Transverse Mercator

Sistema UTM Identificação do sistema UTM

O/A

- UTM Zone Number Número da zona do sistema UTM que corresponde ao conjunto de dados fonte

Identificação da zona UTM do conjunto de dados fonte

O 1<= n. Zona <= 60 para o hemisfério norte e -60 <= N. Zona <= -1 para o hemisfério sul

- Transverse_Mercator:

Parâmetros do Sistema de projeção

Define os parâmetros do sistema UTM

O

- Scale Factor at Central Meridian

Identifica o fator de escala no Meridiano Central

Define o valor do fator de escala no Meridiano Central

O Fator de escala no Meridiano Central > 0.0

- Longitude of Central Meridian

Identifica a longitude do Meridiano Central

Define a longitude do Meridiano Central

O -180.0 <= Longitude do Meridiano Central < 180.0

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (11/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

- Latitude of Projection Origin

Identifica a latitude origem da projeção

Define a latitude origem da projeção

O -90.0 <= latitude origem da de projeção<= 90.0

- False Easting

Constante que adicionada ao eixo X possibilita ter-se somente valores positivos

Define a constante a ser adicionada ao eixo X

O - real

- False Northing: Constante que adicionada ao eixo Y possibilita ter-se somente valores positivos

Define a constante a ser adicionada ao eixo Y

O - real

4.1.4 Geodetic Model - Modelo Geodésico

Definição do modelo gepdésico assumido para a forma da Terra

O/A

- Horizontal Datum Name

- Nome do Datum Horizontal

sistema de referência usado para a definição das coordenadas dos pontos. E informar a rede geodésica ajustada

O/A - Córrego Alegre - SAD 69 - Astro Chuá - outros - texto livre

- Ellipsoid Name - Nome do Elipsóide

Identificação do eleipsóide utilizado para a representação da forma da Terra

O - Hayford 1967 - GRS80 - ITRF 80 - texto livre

- Semi major Axis _ Semi eixo maior Valor do semi exiso maior do elipsóide.

O - semi eixo maior > 0,0

- Denominator of Flattening Ratio:

- Denominador da razão do achatamento

Denominador da razão entre os raios equatorial e polar do elipsóide, quando o numerador é 1

O - denominador de achatamento > 0,0

4.2 Vertical Coordinate System Definition

- Definição do Sistema de Coordenadas Verticais

Estrutura ou sistema de referência a partir do qual as distâncias verticais (altitude ou profundidades) são medidas

O/A

4.2.1 Altitude System Definition:

- Definição do Sistema de Altitude

Sistema de referência a partir do qual as altitudes são medidas

O/A

- Altitude Datum Name:

- Nome do Datum Vertical

- A identificação dada à superfície de nível tomada como referência a partir da qual as altitudes são medidas

O - Imbituba - texto livre

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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256

TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (12/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

- Altitude Resolution - resolução da altitude

- valor mínimo entre dois valores adjacentes de altitude

O - resolução de altitude > 0,0

- Altitude Distance Units - unidade de medida das altitudes

- tipo da medida para as altitudes

O "meters" "feet" ou texto livre

- Altitude Encoding Method

- método utilizado para representaras altitudes

- método utilizado para representar as altitudes

O "Explicit elevation coordinate included with horizontal coordinates"; "Implicit coordinate"; "Attribute values"

5. Entity and Attribute Information

- Informação de Entidade e Atributo

- Informação sobre o conteúdo do conjunto de dados, incluindo os tipos de entidades, seus atributos e os domínios dos atributos

O/A

- Overview description - informações gerais sobre as entidades e atributos

Descrição das entidades, atributos e suas características

O Texto livre

- Entity and Attribute overview

- dados gerais sobre as entidades e atributos

Informações sobre: - categoria / layer; - elemento / feature; - primitive type; - definition; - source of information; - information reference date; - attributes;

O Texto livre

- Entity and Attribute Detail Citation

- Descrição mais detalhada das entidades e atributos

Informações sobre: - categoria / layer; - elemento / feature; - source of information; - information reference date;

O Texto livre

6. Distribution Information

- Informação de Distribuição

Informação sobre o distribuidor e as opções para se obter o conjunto de dados

O/A

- Distributor

- Distribuidor Instituição que fornece o conjunto de dados

O

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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257

TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (13/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

- Contact Information:

- Informação de Contato do Distribuidor

- Informações para contato com a instituição distribuidora do conjunto de dados

O

- Contact Organization Primary

- Instituição de contato primária

Nome da instituição e de técnico associados à distribuição do conjunto de dados

O/A

- Contact Organization

- Contato com a institução

Nome da instituição para contato, que distribui o conjunto de dados

O/A - texto livre

- Contact Address - Endereço de contato

Endereço da instituição ou indivíduo

- Address Type - Tipo de endereço do distribuidor

Identifica o tipo de endereço do distribuidor

O -"mailing address", "physical address", “ mailing and physical address”

- Address - Endereço Endereço O - City - Cidade Cidade do endereço O - texto livre - State or Province - Estado ou

Província Estado ou província do endereço

O - texto livre

- Postal code - Código Postal Código postal do endereço

O - texto livre

- Country - País País do endereço OP - texto livre - Contact Voice Telephone

- Contato telefônico

Número de telefone da instituição ou do indivíduo

O - texto livre

- Contact Facsimile Telephone

- Contato de fax Número do fax da instituição ou indivíduo

OP - texto livre

- Contact Eletronic Mail Adress

- Endereço eletrônico de contato

Endereço eletrônico da instituição ou indivíduo

OP - texto livre

-Resource Description

- Descrição do recurso

Identificação do conjunto de dados dada pelo distribuidor

O/A - texto livre

Distribution_Liability:

-Responsabilidade de distribuição

Declaração da responsabilidade assumida pelo distribuidor

O - texto livre

Technical Prerequisites - requisitos técnicos para que o usuário utilize os dados

- informações técnicas (software e hardware) para que o usuário utilize os dados consistentemente

O - texto livre

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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258

TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (14/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

7. Metadata Reference nformation:

- Informação de referência dos metadados

Informação sobre a atualidade dos metadados

O

- Metadata Date

- Data dos Metadados

A data quando os metadados foram criados

O - data livre

- Metadata Review Date - Data de revisão dos metadados

- data da última revisão dos metadados

O - data depois da data de criação

- Metadata Contact

- Contato para os Metadados

Contato na instituição responsável pelos metadados

O

- Contact Information

- Contato com a institução

Informações para contato

O/A

- Contact organization primary

- Contato da organização primária

Identificação da unidade da organização primária responsável

O

- Contact organization Contato da organização que gerou os metadados

Identificação da unidade da organização que gerou os metadados

O Texto livre

- Contact Person - Contato com indivíduo

Nome do técnico para contato, responsável pelos metadados do conjunto de dados

O/A - texto livre

- Contact Address - Endereço de contato

Endereço da instituição ou indivíduo

O

- Address Type - Tipo de endereço do distribuidor

Identifica o tipo de endereço do distribuidor

O -"mailing address", "physical address", “ mailing and physical address”

- Address - Endereço Endereço O - City - Cidade Cidade do endereço O - texto livre - State or Province - Estado ou

Província Estado ou província do endereço

O - texto livre

- Postal code - Código Postal Código postal do endereço

O - texto livre

- Country - País País do endereço OP - texto livre - Contact Voice Telephone

- Contato telefônico

Número de telefone de contato com a instituição ou do indivíduo

O - texto livre

- Contact Facsimile Telephone

- Contato de fax Número do fax de contato com a instituição ou indivíduo

OP - texto livre

- Contact Eletronic Mail Adress

- Endereço eletrônico

Endereço eletrônico da instituição ou indivíduo

OP - texto livre

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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259

TAB. A8 - Seleção de seções de metadados do padrão FGDC para mapas e cartas (SCN – Cartografia Terrestre) (15/15)

Elemento FGDC

Descrição elemento

Conteúdo Obrig. Domínio

Metadata_Standard_Name:

- Nome do padrão de metadados

A identificação do padrão de metadados utilizado para documentar o conjunto de dados

O - CSDGM / FGDC - texto livre

Metadata_Standard_Version:

- Versão do Padrão de Metadados

Identificação da versão dos metadados usada para documentar

O - texto livre

Metadata Language Língua de geração dos metadados

Identifica a língua utilizada para a geração dos metadados

O - texto livre

Fonte: adaptado de FGDC, 2004 O – Obrigatório O/A – Obrigatório quando aplicável OP - Opcional

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260

APÊNDICE 9 – Configuração e Teste de ambiente cliente / servidor da rede IGDN 9.1 Configuração do servidor e do cliente no ambiente da IGDN

• Arquivo ZSERVER.INI ------------------- # Example zserver Configuration File # Please read doc/isite.ps or http://vinca.cnidr.org/software/Isite/Isite.html # for more information on this file. # This is the Server Information Group [Default] # What detail of debugging information would you like printed to the screen? # Valid values are 0-9 ranging from less to more debugging information. DebugLevel=5 # Do you want to run the server as a forking daemon or a single connection # server? Note that INETD doesn't mean you have to run under inetd, just # that the server will accept a single client connection and then exit. # STANDALONE or INETD ServerType=STANDALONE #ServerType=INETD # What TCP port number for the server? Port=6668 #Port=210 # What is the maximum number of simultaneous client connections you'll accept? MaxSessions=500 # Where should zserver record its process ID number when it starts? #PidFile /var/run/zserver.pid PidFile=zserver.pid # What is the FULL FILENAME of your Search API configuration file? # For example, "SAPI=/usr/local/bin/sapi.ini" SAPI=/USGS/tools/isite2/sapi.ini # Access (transfer) log filename #AccessLog=/cygdrive/c/dist/Isite2-Win/zserver_access.log # Server activity timeout TimeOut=900 # From the list of databases available in your sapi.ini file, which ones # do you want clients to have access to (comma-delimited, no spaces)? # DBList=meta1 # # STOP!! # # That should be all you have to edit in this file. Make sure you have your # sapi.ini file configured properly and your own you way! #

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261

• Arquivo SAPI.INI ---------------- # Example sapi.ini file # # See doc/isite.ps or doc/untested_guide.html for full details. # # If you create a database with Iindex called TESTHTML and store that index in # /tmp, this file will work as is. # [Default] [meta1] Type=ISEARCH Location=/USGS/tools/isite2/db FieldMaps=/USGS/tools/isite2/bib1_fgdc.map,/USGS/tools/isite2/gils_fgdc.map,/USGS/tools/isite2/geo_fgdc.map

9.2 Teste da comunicação entre servidor e cliente numa rede local Segundo o fluxo prescrito pelo FGDC, é necessário que se verifique não só a indexação

dos metadados, bem como os processos de comunicação e recuperação de metadados. Isto pode

ser feito através da configuração de um servidor e cliente no mesmo computador em que o BD de

metadados foi armazenado. Para tanto é necessário executar numa janela do DOS o seguinte

comando:

COMANDO ZSERVER --------------- C:\USGS\tools\isite2>zserver CNIDR zserver, Version 2.2.2, Release 2004091302, Copyright (c) 1995-2004 MCNC/C NIDR and A/WWW Enterprises zserver.ini Path = /cygdrive/c/USGS/tools/isite2/zserver.ini SAPI File = /USGS/tools/isite2/sapi.ini Looking for map files in /USGS/tools/isite2/ Attempting to mount database meta1 Location is /USGS/tools/isite2/db Successfully mounted. Adding 67 fields from /USGS/tools/isite2/bib1_fgdc.map to internal mapping tables... Adding 67 fields from /USGS/tools/isite2/gils_fgdc.map to internal mapping tables... Adding 67 fields from /USGS/tools/isite2/geo_fgdc.map to internal mapping tables... DebugLevel=5.

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Listening on port 6668... Forking Server Started, Port 6668... Waiting to Accept client...

Para a configuração da máquina cliente deve ser executado o comando zcliente, cujas

opções estão definidas abaixo:

zclient [host] [port] [database] [query] [host] - server that is running zserver [port] - port specified in zserver.ini for that server [database] - name of the database [query] - a search string or phrase to find

A partir deste comando o computador servidor fica aguardando que o micro cliente

efetiva alguma consulta a ser processada por uma outra janela do DOS. O comando ZCLIENT a

seguir solicita a recuperação de metadados do Banco de Dados “meta1” e que contenha a palavra

“Atlas”:

COMANDO ZCLIENT --------------- C:\USGS\tools\isite2>zclient localhost 6668 meta1 Atlas zclient, Version 2.2.2, Release 2004091302 Copyright (c) 1995-2004 MCNC/CNIDR and A/WWW Enterprises zclient, Version 2.2.2, Release 2004091302 Copyright (c) 1995-2004 MCNC/CNIDR and A/WWW Enterprises 1 total records matched your query 1) Atlas Geografico Escolar Enter # of record to view (return to quit): Enter # of record to view (return to quit): 1 Identification_Information: Citation: Citation_Information: Originator: IBGE Publication_Date: 20031201 Title: Atlas Geografico Escolar Edition: 2a edição Geospatial_Data_Presentation_Form: atlas (impresso e digital (CD-ROM)) Publication_Information:

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Publication_Place: Rio de Janeiro, Brasil Publisher: CDDI - Centro de Documentacao e Disseminacao de Informacao (IBGE) Online_Linkage: http://www.ibge.gov.br Description: Abstract: O Atlas Geografico Escolar e um conjunto de dados sobre determinado assunto, Sistematicamente organizados e servindo de referencia para a construcao de informacoes de acordo com a necessidade do usuario. Um atlas escolar funciona como o apoio para pesquisas. A 2a edição impressa e em CD-ROM Purpose: Fornecer a area educacional uma fonte de dados para os estudos de Geografia, apresentando uma sintese de informacoes sobre Cartografia, A Terra, as caracteristicas politico, sociais, economicas e ambientais do Mundo, dos Continentes e do Brasil. Subsidiar o conhecimento geográfico para o público em geral Esta 2a edicao disponivel em CD-ROM possibilita atraves de recursos de multimidia, uma interação com os usuarios, contendo animacoes, imagens e textos que propiciam uma forma de aprendizado motivadora. . . . Press return continue... zclient, Version 2.2.2, Release 2004091302 Copyright (c) 1995-2004 MCNC/CNIDR and A/WWW Enterprises 1 total records matched your query 1) Atlas Geografico Escolar Enter # of record to view (return to quit):

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APÊNDICE 10 METADADOS DA BASE CARTOGRÁFICA VETORIAL INTEGRADA DO BRASIL, NA ESCALA DE 1: 1 000 000 (bCIMd) Estes metadados foram cadastrados utilizando o aplicativo TKME, que gerou um arquivo denominado bCIMdv2_G.met. , sendo que a listagem apresentada a seguir foi obtida através do aplicativo “Bloco de Notas” Identification_Information: Citation: Citation_Information: Originator: Coordenação de Cartografia - CCAR (Coordination of Cartography) Diretoria de Geociências - DGC (Directory of Geosciences) Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) Publication_Date: 20031215 Title: Base cartográfica digital integrada - 1:1 000 000 - bCIMd - Projeto Mapa Global (Global Map Brazil) Description: Abstract: O Mapa Global referente ao Brasil é uma Base de dados cartográficos digital do território brasileiro que foi construída a partir da base integrada digital - 1: 1 000 000 - bCIMd, gerada por vetorização das folhas da Carta Intenacional do Mundo ao milionésimo - CIM, e é composta por categorias de informação e elementos, no formato vetorial, representando os principais elementos geográficos que cobrem o território nacional. Cada classe de elementos possui atributos geométricos e semânticos associados em um Banco de Dados permitindo consultas e agregação de novos dados. (The Global Map Brazil is a digital database of Brazilian territory which was built using data from the Cartographic Integrated Digital Database of Brazil at 1:1 000 000 scale, originated from the International Chart of the World -CIM, paper sheets. It is composed of layers and features, in vector format, representing the main geographic features, which covers all national territory. Each feature class has geometric and semantic attributes associated to a data bank, allowing querying data and aggregating new data). Purpose: Fornecer uma base cartográfica de referência em nível nacional para gestão e planejamento e ser a referência brasileira do Projeto Mapa Global, e pode ser integrada à outros dados geoespaciais para subsidiar a composição de SIG. (The Global Map Brazil is meant for giving a general view of Brazilian territory as well as for serving as reference on the elaboration of territorial management studies and planning and for subsidising the Global Mapping project). Time_Period_of_Content: Time_Period_Information: Range_of_Dates/Times: Beginning_Date: 20001201 Ending_Date: 20031115

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Currentness_Reference: As folhas da carta CIM, vetorizadas foram publicadas entre 1998 e 1999 e atualizadas por: imagens de satélites; informações de órgãos setoriais, tais como: Ministério dos Transportes, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA, Fundação Nacional do Índio - FUNAI, Manual de Rotas aéreas - Rotaer, etc. (Last edition of CIM paper sheets, was realized between 1998 and 1999 and updated with satellite images. The present digital version pictures the existent elements on the sheets updated through other organizations information such as Transportation Ministry, Brazilian Institute of Environment (IBAMA), Indigenous People National Foundation (FUNAI), Auxiliary Manual for Aerial Routes (ROTAER)). Status: Progress: complete Maintenance_and_Update_Frequency: annually a proposta de manutenção / atualização da bCIMd está prevista através de Programa de Compartilhamento entre diversos órgãos setoriais, e implementada anualmente (Global Map Brazil will follow the systematic updating which will be realized on the Cartographic Integrated Digital Database of Brazil at 1:1 000 000 scale – bCIMd, in colaboration with other organizations. It is planned to be yearly. Spatial_Domain: Bounding_Coordinates: West_Bounding_Coordinate: -74.00 East_Bounding_Coordinate: -29.00 North_Bounding_Coordinate: 8.00 South_Bounding_Coordinate: -35.00 Keywords: Theme: Theme_Keyword_Thesaurus: none Theme_Keyword: Carta CIM Theme_Keyword: Mapa Global Theme_Keyword: Base de dados cartográficos vetorial 1: 1 000 000 Theme_Keyword: Base cartográfica digital com Banco de Dados escala 1: 1 000 000 Access_Constraints: acesso publico (public access); midia: CD-Rom; Web: www.ibge.gov.br Use_Constraints: uso público, exceto para fins comerciais como previsto nos termos de uso do IBGE e segundo a lei de direitos autorais sendo exigido a citacao de fonte: base cartografica digital - 1: 5 000 000 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE). (The use of Map Brazil database will follow the procedures stated by IBGE, according to the law of copyright, and "The Brazilian Institute of Geography and Statistics - IBGE", consents on provisioning Global Map Data of Brazil, to be distributed free of charge for non-commercial use, when data is downloaded through Internet, and records of the users kept to be provided to IBGE when requested.") Browse_Graphic: Browse_Graphic_File_Name: bCIMd Browse_Graphic_File_Description: servidor de mapas (www.ibge.gov.br)

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Browse_Graphic_File_Type: ambiente ESRI Data_Set_Credit: Departamento de Cartografia - Diretoria de Geociencias do IBGE Native_Data_Set_Environment: Microsoft Windows NT Version 4.0 Service Pack 6 ESRI ArcGis Desktop 8.2; ArcView 3.1, Geomedia Original data format: Intergraph/Microstation .dgn I-Ras B, I-GeoVec, MGE Version 7.0 Working format: MGE Version 7.0 Data_Quality_Information: Attribute_Accuracy: Attribute_Accuracy_Report: Os atributos geométricos dos elementos das categorias de informação foram checados através de processos de validação geométrica e topológica. Os atributos semânticos foram checados e consolidados por processos de validação de consistência (Information categories or layers elements geometric attributes were checked through geometry and connectivity validation processes. Semantic attributes related to this elements were checked and consolidated through databank consistency validation process.) Logical_Consistency_Report: A consistência lógica foi garantida através de validação topológica nos dois ambientes de trabalho. (The logical consistency of data was gathered through topologic validation procedures on both working environments. Completeness_Report: Todos os elementos representados nas folhas de Carta CIM estão materializados na base digital bCIMd. (All elements from CIM sheets are represented on Global Map Brazil digital database.) Lineage: Source_Information: Source_Citation: Citation_Information: Originator: IBGE/DGC/CCAR Publication_Date: 19980102 Title: Carta Internacional do Mundo ao milionesimo (International Chart of the World at 1:1 000 000 scale (CIM) sheets) Edition: terceira (Third) Geospatial_Data_Presentation_Form: spreadsheet - folhas de carta impressas (Paper sheet) Publication_Information: Publication_Place: Rio de Janeiro, Brasil Publisher: IBGE Source_Scale_Denominator: 1000000 Type_of_Source_Media: stable-base material (Originais cartograficos – fotolitos) (Cartographic originals (scribes and positives))

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Source_Time_Period_of_Content: Time_Period_Information: Single_Date/Time: Calendar_Date: 19990102 Source_Currentness_Reference: 19981201 Source_Citation_Abbreviation: CIM Source_Contribution: digitalização automática via scanner, gerando arquivos raster que foram vetorizados (raster files by scanner and vector files from those) Process_Step: Process_Description: AMBIENTE INTERGRAPH - MGE/MICROSTATION conversao para ambiente digital: - aquisicao a partir dos originais cartograficos / fotolitos pelo metodo de digitalizacao automatica via scanner; - arquivos em formato raster (azul, preto, vermelho e sepia) georreferenciados pelo metodo Afim; - vetorizacao semi-automatica (ambiente Intergraph I-RAS-B ) segundo as especificacoes da MD v4.0; - tratamento cartografico para edição de elementos; - conversão para o datum SAD69; - validacao geometrica e topologica dos arquivos; - conversao para o sistema de coordenadas geograficas; - compatibilizacao dos elementos; - Preparacao e carga do Banco de Dados; - validacao e correcao; INTERGRAPH - MGE/MICROSTATION ENVIRONMENT conversion to digital format: - data acquisition through cartographic originals (scribes and positives) / automatic digitalization (scanner); - raster files (blue, black, red and sepia) georeferencing; - semi-automatic vectorization (Intergraph I-RAS-B environment) following MD v4.0 specifications; - cartographic data handling; - conversion to SAD69 Datum; - geometric and topologic validation of files; - conversion to Geographic Coordinates System; - compatibilization of elements among files (conectivity validation); - data bank preparation and fill; - general validation and correction; AMBIENTE INTERGRAPH - GEOMEDIA - conexao dos arquivos; - composicao da base integrada - juncao das folhas; - validacao geometrica e conectividade de folhas; - validacaoo topologica;

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- validacao do banco de Dados; - compatibilizacao dos elementos entre categorias; - correcoes; - conversao para outros formatos; INTERGRAPH - GEOMEDIA ENVIRONMENT - files connection; - integrated database composition; - geometric and connectivity validation; - topologic validation; - data bank validation; - compatibilization of elements among categories; - corrections; - conversion to other formats; AMBIENTE ESRI - ARCGIS/ARCVIEW - estruturacao dos arquivos no formato shape file; - conversao para outros formatos; - visualizacao, consultas e analises; ESRI - ARCGIS/ARCVIEW ENVRONMENT - file structuring on shape format; - conversion to other formats; - visualization, querying and analysis. Process_Date: 20001201 Spatial_Data_Organization_Information: Direct_Spatial_Reference_Method: Vector Spatial_Reference_Information: Horizontal_Coordinate_System_Definition: Geographic: Latitude_Resolution: 0.0083 Longitude_Resolution: 0.0083 Geographic_Coordinate_Units: Decimal degrees Geodetic_Model: Horizontal_Datum_Name: South American 1969 - SAD69 Ellipsoid_Name: UGGI 67 Semi-major_Axis: 6378160.000000 Denominator_of_Flattening_Ratio: 298.250000 Vertical_Coordinate_System_Definition: Altitude_System_Definition: Altitude_Datum_Name: Imbituba Altitude_Resolution: 100.00 Altitude_Distance_Units: meters Altitude_Encoding_Method: attribute values

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Entity_and_Attribute_Information: Overview_Description: Entity_and_Attribute_Overview: base vetorial contendo os elementos representados na Carta CIM 1: 1 000 000 com informacoes semanticas associadas em BD Entity_and_Attribute_Detail_Citation: Category Layer: Limites (Boundaries) Feature: Linha de costa (Coast_Line); Terras indígenas (Indigenous_Land); Área de oceano (Ocean_Sea) Source of information: IBGE, FUNAI e IBAMA Information reference date: 1998, 2000 Category Layer: Vegetação (Vegetation) Feature: Mangue (Mangrove) ; baixio(Marshland) Source of information: IBGE Information reference date: 1998 Category Layer: Construções / edificações (Complement) Feature: Usina , minas, condutos, salinas,Barragem (Dam_Weir) Source of information: IBGE Information reference date: 1998 Category Layer: Hidrografia - Drainage (Hidrography) Feature: rios permanentes e intermitentes (rivers); aqueduto - canal (Aqueduct_Canal_Flume_Penstock); Banco de areia (Bank); cachoeiras (Falls); Source of information: IBGE Information reference date: 1998 Category Layer: Centros populacionais - localidades (Population Centres) Feature: área edificada (Built-up Area);cidades (cities), vilas (districts) Posto indígena (Indigenous Post); assentamentos (Settlement) Source of information: IBGE Information reference date: 1998 Category Layer: Sistemas de Transporte (Transportation) Feature: aeroporto (Airport); ponte (Bridge);porto (Harbor/Port);ferrovia (Railroad); rodovia (Road); Source of information: IBGE, MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA - ROTAER, Banco de Informações de Transportes - BIT (todos os modais) Information reference date: 2003 Attributes: MD versão 4.0 adotada pelo IBGE desde 1999 (according to "Mapoteca Digital" Version 4.0 Specifications, adopted at IBGE, since 1999). Distribution_Information: Distributor: Contact_Information:

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Contact_Organization_Primary: Contact_Organization: IBGE/CDDI - Rio de Janeiro Contact_Address: Address_Type: mailing and physical address Address: Rua Canabarro,706 - Praça da Bandeira City: Rio de Janeiro State_or_Province: RJ Postal_Code: 20271-201 Country: Brasil Contact_Voice_Telephone: 55-21-2142-4781 Contact_Facsimile_Telephone: 55-21-2142-4781 Contact_Electronic_Mail_Address: [email protected] Resource_Description: bCIMd Distribution_Liability: produto fornecido com termo de responsabilidade de uso e direitos autorais Technical_Prerequisites: documentacao fornecida junto com o produto, definido segundo o formato solicitado pelo usuario Metadata_Reference_Information: Metadata_Date: 20040210 Metadata_Review_Date: 20041021 Metadata_Contact: Contact_Information: Contact_Organization_Primary: Contact_Organization: IBGE/DGC/GDI IBGE/CDDI Contact_Person: Marcio Imamura e Anna Lucia Barreto de Freitas Contact_Position: Dissemination contact Technical contact Contact_Address: Address_Type: mailing and physical address Address: Rua Canabarro,706 - Praça da Bandeira City: Rio de Janeiro State_or_Province: Rio de Janeiro Postal_Code: 20271-201 Country: Brasil Contact_Voice_Telephone: 55-21-2142-4723 55-21-2142-4895 Contact_Electronic_Mail_Address: [email protected] e [email protected] Metadata_Standard_Name: FGDC / CSDGM

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Metadata_Standard_Version: FGDC-STD-001-1998 Metadata_Language: Portuguese / English

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APÊNDICE 11 METADADOS DA BASE CARTOGRÁFICA VETORIAL INTEGRADA DO BRASIL, NA ESCALA DE 1: 1 000 000, NA VERSÃO HTML Esta versão foi gerada utilizando-se o aplicativo “mp” que compila os metadados cadastrados segundo o padrão FGDC e gera os arquivos com extensões (sgml, html, xml e txt) para indexação dos registros do catálogo de metadados “meta1”.

Base cartográfica digital integrada - 1:1 000 000 - bCIMd - Projeto Mapa Global (Global Map Brazil) Metadata also available as - [Parseable text] - [SGML] - [XML]

Metadata: • Identification_Information

• Data_Quality_Information

• Spatial_Data_Organization_Information

• Spatial_Reference_Information

• Entity_and_Attribute_Information

• Distribution_Information

• Metadata_Reference_Information

Identification_Information:

Citation: Citation_Information: Originator: Coordenação de Cartografia - CCAR (Coordination of Cartography) Diretoria de Geociências - DGC (Directory of Geosciences) Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) Publication_Date: 20031215 Title: Base cartográfica digital integrada - 1:1 000 000 - bCIMd - Projeto Mapa Global (Global Map Brazil) Edition: primeira versão digital (First) Geospatial_Data_Presentation_Form: vector digital data - Dados vetoriais associados com Banco de dados semântico (Vector digital data associated to a semantic databank Series_Information: Series_Name: Carta Internacional do Mundo ao milionésimo - escala 1: 1 000 000 (Global Map - GM - VMap Level 0 - International Chart of the World at 1:1 000 000 scale)

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Issue_Identification: Base cartográfica digital integrada originada da Carta CIM (Cartographic Datase from International Chart of the World Publication_Information: Publication_Place: Rio de Janeiro, Brasil Publisher: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) Centro de Documentação e Disseminação de Informação - CDDI (Information Documentation and Dissemination Center) together with the support of ISCGM - International Steering Committee for Global Mapping Online_Linkage: <http://www.ibge.gov.br> Description: Abstract: O Mapa Global referente ao Brasil é uma Base de dados cartográficos digital do território brasileiro que foi construída a partir da base integrada digital - 1: 1 000 000 - bCIMd, gerada por vetorização das folhas da Carta Intenacional do Mundo ao milionésimo - CIM, e é composta por categorias de informação e elementos, no formato vetorial, representando os principais elementos geográficos que cobrem o território nacional. Cada classe de elementos possui atributos geométricos e semânticos associados em um Banco de Dados permitindo consultas e agregação de novos dados (The Global Map Brazil is a digital database of Brazilian territory which was built using data from the Cartographic Integrated Digital Database of Brazil at 1:1 000 000 scale, originated from the International Chart of the World -CIM, paper sheets. It is composed of layers and features, in vector format, representing the main geographic features, which covers all national territory. Each feature class has geometric and semantic attributes associated to a data bank, allowing querying data and aggregating new data). Purpose: Fornecer uma base cartográfica de referência em nível nacional para gestão e planejamento e ser a referência brasileira do Projeto Mapa Global, e pode ser integrada à outros dados geoespaciais para subsidiar a composição de SIG (The Global Map Brazil is meant for giving a general view of Brazilian territory as well as for serving as reference on the elaboration of territorial management studies and planning and for subsidising the Global Mapping project). Time_Period_of_Content: Time_Period_Information: Range_of_Dates/Times: Beginning_Date: 20001201 Ending_Date: 20031115 Currentness_Reference: As folhas da carta CIM, vetorizadas foram publicadas entre 1998 e 1999 e atualizadas por: imagens de satélites; informações de órgãos setoriais, tais como: Ministério dos Transportes, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA, Fundação Nacional do Índio - FUNAI, Manual de Rotas aéreas - Rotaer etc.(Last edition of CIM paper sheets, was realized between 1998 and 1999 and updated with satellite images. The present digital version pictures the existent elements on the sheets updated through other organizations information such as Transportation Ministry, Brazilian Institute of

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Environment (IBAMA), Indigenous People National Foundation (FUNAI), Auxiliary Manual for Aerial Routes (ROTAER)). Status: Progress: complete Maintenance_and_Update_Frequency: annually a proposta de manutenção / atualização da bCIMd está prevista através de Programa de Compartilhamento entre diversos órgãos setoriais, e implementada anualmente (Global Map Brazil will follow the systematic updating which will be realized on the Cartographic Integrated Digital Database of Brazil at 1:1 000 000 scale - bCIMd, in colaboration with other organizations. It is planned to be yearly. Spatial_Domain: Bounding_Coordinates: West_Bounding_Coordinate: -74.00 East_Bounding_Coordinate: -29.00 North_Bounding_Coordinate: 8.00 South_Bounding_Coordinate: -35.00 Keywords: Theme: Theme_Keyword_Thesaurus: none Theme_Keyword: Carta CIM Theme_Keyword: Mapa Global Theme_Keyword: Base de dados cartográficos vetorial 1: 1 000 000 Theme_Keyword: Base cartográfica digital com Banco de Dados escala 1: 1 000 000 Access_Constraints: acesso publico (public access); midia: CD-Rom; Web: www.ibge.gov.br Use_Constraints: uso público, exceto para fins comerciais como previsto nos termos de uso do IBGE e segundo a lei de direitos autorais sendo exigido a citacao de fonte: base cartografica digital - 1: 5 000 000 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE) (The use of Map Brazil database will follow the procedures stated by IBGE, according to the law of copyright, and "The Brazilian Institute of Geography and Statistics - IBGE", consents on provisioning Global Map Data of Brazil, to be distributed free of charge for non-commercial use, when data is downloaded through Internet, and records of the users kept to be provided to IBGE when requested.") Browse_Graphic: Browse_Graphic_File_Name: bCIMd Browse_Graphic_File_Description: servidor de mapas (www.ibge.gov.br) Browse_Graphic_File_Type: ambiente ESRI Data_Set_Credit: Departamento de Cartografia - Diretoria de Geociencias do IBGE Native_Data_Set_Environment: Microsoft Windows NT Version 4.0 Service Pack 6 ESRI ArcGis Desktop 8.2; ArcView 3.1, Geomedia Original data format: Intergraph/Microstation .dgn I-Ras B, I-GeoVec, MGE Version 7.0 Working format: MGE Version 7.0

Data_Quality_Information:

Attribute_Accuracy:

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Attribute_Accuracy_Report: Os atributos geométricos dos elementos das categorias de informação foram checados através de processos de validação geométrica e topológica. Os atributos semânticos foram checados e consolidados por processos de validação de consistência (Information categories or layers elements geometric attributes were checked through geometry and connectivity validation processes. Semantic attributes related to this elements were checked and consolidated through databank consistency validation process.) Logical_Consistency_Report: A consistência lógica foi garantida através de validação topológica nos dois ambientes de trabalho. (The logical consistency of data was gathered through topologic validation procedures on both working environments. Completeness_Report: Todos os elementos representados nas folhas de Carta CIM estão materializados na base digital bCIMd. (All elements from CIM sheets are represented on Global Map Brazil digital database.) Lineage: Source_Information: Source_Citation: Citation_Information: Originator: IBGE/DGC/CCAR Publication_Date: 19980102 Title: Carta Internacional do Mundo ao milionesimo (International Chart of the World at 1:1 000 000 scale (CIM) sheets) Edition: terceira (Third) Geospatial_Data_Presentation_Form: spreadsheet - folhas de carta impressas (Paper sheet) Publication_Information: Publication_Place: Brasil Publisher: IBGE Source_Scale_Denominator: 1000000 Type_of_Source_Media: stable-base material (Originais cartograficos - fotolitos) (Cartographic originals (scribes and positives)) Source_Time_Period_of_Content: Time_Period_Information: Single_Date/Time: Calendar_Date: 19990102 Source_Currentness_Reference: 19981201 Source_Citation_Abbreviation: CIM Source_Contribution: digitalização automática via scanner, gerando arquivos raster que foram vetorizados (raster files by scanner and vector files from those) Process_Step: Process_Description: AMBIENTE INTERGRAPH - MGE/MICROSTATION conversao para ambiente digital: - aquisicao a partir dos originais cartograficos / fotolitos pelo metodo de digitalizacao

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automatica via scanner; - arquivos em formato raster (azul, preto, vermelho e sepia) georreferenciados pelo metodo Afim; - vetorizacao semi-automatica (ambiente Intergraph I-RAS-B ) segundo as especificacoes da MD v4.0; - tratamento cartografico para edição de elementos; - conversão para o datum SAD69; - validacao geometrica e topologica dos arquivos; - conversao para o sistema de coordenadas geograficas; - compatibilizacao dos elementos; - Preparacao e carga do Banco de Dados; - validacao e correcao; INTERGRAPH - MGE/MICROSTATION ENVIRONMENT conversion to digital format: - data acquisition through cartographic originals (scribes and positives) automatic digitalization (scanner); - raster files (blue, black, red and sepia) georeferencing; - semi-automatic vectorization (Intergraph I-RAS-B environment) following MD v4.0 specifications; - cartographic data handling; - conversion to SAD69 Datum; - geometric and topologic validation of files; - conversion to Geographic Coordinates System; - compatibilization of elements among files (conectivity validation); - data bank preparation and fill; - general validation and correction;

AMBIENTE INTERGRAPH - GEOMEDIA - conexao dos arquivos; - composicao da base integrada - juncao das folhas; - validacao geometrica e conectividade de folhas; - validacaoo topologica; - validacao do banco de Dados; - compatibilizacao dos elementos entre categorias; - correcoes; - conversao para outros formatos;

INTERGRAPH - GEOMEDIA ENVIRONMENT - files connection; - integrated database composition; - geometric and connectivity validation; - topologic validation; - data bank validation; - compatibilization of elements among categories; - corrections; - conversion to other formats;

AMBIENTE ESRI - ARCGIS/ARCVIEW - estruturacao dos arquivos no formato shape file; - conversao para outros formatos; - visualizacao, consultas e analises;

ESRI - ARCGIS/ARCVIEW ENVRONMENT - file structuring on shape format; - conversion to other formats; - visualization, querying and analysis. Process_Date: 20001201

Spatial_Data_Organization_Information:

Direct_Spatial_Reference_Method: Vector

Spatial_Reference_Information: Horizontal_Coordinate_System_Definition: Geographic: Latitude_Resolution: 0.0083 Longitude_Resolution: 0.0083 Geographic_Coordinate_Units: Decimal degrees Geodetic_Model: Horizontal_Datum_Name: South American 1969 - SAD69 Ellipsoid_Name: UGGI 67 Semi-major_Axis: 6378160.000000

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Denominator_of_Flattening_Ratio: 298.250000 Vertical_Coordinate_System_Definition: Altitude_System_Definition: Altitude_Datum_Name: Imbituba Altitude_Resolution: 100.00 Altitude_Distance_Units: meters Altitude_Encoding_Method: attribute values

Entity_and_Attribute_Information:

Overview_Description: Entity_and_Attribute_Overview: base vetorial contendo os elementos representados na Carta CIM 1: 1 000 000 com informacoes semanticas associadas em BD Entity_and_Attribute_Detail_Citation: Category Layer: Limites (Boundaries) Feature: Linha de costa (Coast_Line); Terras indígenas (Indigenous_Land); Área de oceano (Ocean_Sea) Source of information: IBGE, FUNAI e IBAMA Information reference date: 1998, 2000 Category Layer: Vegetação (Vegetation) Feature: Mangue (Mangrove) ; baixio(Marshland) Source of information: IBGE Information reference date: 1998

Category Layer: Construções / edificações (Complement) Feature: Usina , minas, condutos, salinas,Barragem (Dam_Weir) Source of information: IBGE Information reference date: 1998

Category Layer: Hidrografia - Drainage (Hidrography) Feature: rios permanentes e intermitentes (rivers); aqueduto - canal (Aqueduct_Canal_Flume_Penstock); Banco de areia (Bank); cachoeiras (Falls); Source of information: IBGE Information reference date: 1998

Category Layer: Centros populacionais - localidades (Population Centres) Feature: área edificada (Built-up Area);cidades (cities), vilas (districts) Posto indígena (Indigenous Post); assentamentos (Settlement) Source of information: IBGE Information reference date: 1998

Category Layer: Sistemas de Transporte (Transportation) Feature: aeroporto (Airport); ponte (Bridge);porto (Harbor/Port);ferrovia (Railroad); rodovia (Road); Source of information: IBGE, MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA - ROTAER, Banco de Informações de Transportes - BIT (todos os modais) Information reference date: 2003 Attributes: MD versão 4.0 adotada pelo IBGE desde 1999 (according to "Mapoteca Digital" Version 4.0 Specifications, adopted at IBGE, since 1999).

Distribution_Information:

Distributor: Contact_Information: Contact_Organization_Primary: Contact_Organization: IBGE/CDDI - Rio de Janeiro Contact_Address:

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Address_Type: mailing and physical address Address: Rua Canabarro,706 - Praça da Bandeira City: Rio de Janeiro State_or_Province: RJ Postal_Code: 20271-201 Country: Brasil Contact_Voice_Telephone: 55-21-2142-4781 Contact_Facsimile_Telephone: 55-21-2142-4781 Contact_Electronic_Mail_Address: [email protected] Resource_Description: bCIMd Distribution_Liability: produto fornecido com termo de responsabilidade de uso e direitos autorais Technical_Prerequisites: documentacao fornecida junto com o produto, definido segundo o formato solicitado pelo usuario

Metadata_Reference_Information:

Metadata_Date: 20040210 Metadata_Review_Date: 20041021 Metadata_Contact: Contact_Information: Contact_Organization_Primary: Contact_Organization: IBGE/DGC/GDI IBGE/CDDI Contact_Person: Marcio Imamura e Anna Lucia Barreto de Freitas Contact_Position: Dissemination contact Technical contact Contact_Address: Address_Type: mailing and physical address Address: Rua Canabarro,706 - Praça da Bandeira City: Rio de Janeiro State_or_Province: Rio de Janeiro Postal_Code: 20271-201 Country: Brasil Contact_Voice_Telephone: 55-21-2142-4723 55-21-2142-4895 Contact_Electronic_Mail_Address: [email protected] e [email protected] Metadata_Standard_Name: FGDC / CSDGM Metadata_Standard_Version: FGDC-STD-001-1998 Metadata_Language: Portuguese / English

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8 ANEXO

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ANEXO 1 - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA COM EXEMPLOS RECUPERADOS DO

PORTAL DA BIBLIOTECA NACIONAL.

FIG. A1.1 – página principal do Portal www.bn.br

FIG. A1.2 – Tela de Detalhes da catalogação MARC do livro“ Aprendendo XML”

Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br

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FIG. A1.3 – Tela de Formatos Especiais de Metadados Bibliográficos para o livro

“ Aprendendo XML”

Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br

FIG. A1.4 – Tela de Referência Bibliográfica – norma ABNT

para o Livro “ Aprendendo XML”

Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br

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FIG. A1.5 – Tela de Metadados Bibliográficos – norma ISO 2709

para o Livro “ Aprendendo XML”

Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br

FIG. A1.6 – Tela de Ficha catalográfica para o Livro “ Aprendendo XML”

Fonte: Portal Biblioteca Nacional - www.bn.br