Catalogo SETOR 5

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    Ocupa Setor 5

    projeto de curadoria experimental

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    organização e curadoria Michelle Sales

    imagens Fabricio Cavalcanti

    projeto gráfco Juliana Frontin

    ISBN 978-85-67509-08-2

    Rio de Janeiro, 2015

    realização editora

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    OCUPA SETOR 5 é uma proposta de curadoria, experimentação eexibição de arte contemporânea em plataformas multimídia, organizado

    pelos curadores independentes Ivair Reinaldim e Michelle Sales.O projeto aconteceu no SETOR 5, espaço do artista visual Fabrício Caval-canti, localizado no 6º andar da antiga fábrica Bhering, no Santo Cristo,

    entre os dias 16 e 19 de agosto.

    Nessa primeira edição, foram apresentados trabalhos em processos decriação, decorrentes das experiências em sala de aula, com alunos de

    artes visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e do IUPERJ/UniversidadeCândido Mendes, contando com a colaboração da artista e professora

    Mayana Redin e assistência da VJ Anihaze.

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    CuradoriaMichelle Sales

    Ivair Reinaldim

    FotosBruna MarconWeber

    FICHA TÉCNICA

    PerformancesAlexandre Ephevinos (IUPERJ)

    Ani Haze (IUPERJ)Antonio Moura (IUPERJ)Felipe Reis (EBA/UFRJ) Jacqueline Ribeiro (IUPERJ) Júlia Waneck (EBA/UFRJ) Juliana Domingos (IUPERJ)Lernie Brandão (IUPERJ)

    Lívia Simas (IUPERJ)Monique Monsueto (IUPERJ)Morgana Eneile (IUPERJ)Renata Barletta (IUPERJ)

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    OCUPA SETOR 5Michelle Sales

    Ocupar, habitar, preencher. Ocupar é tomar para si, é também pertencer e

    transformar. A 1a edição do Ocupa Setor 5 apresenta trabalhos em processo

    realizados por artistas em formação a partir da reexão e experimentação dalinguagem do vídeo. A dinâmica da exposição coletiva expõe o risco assumi-

    do por uma proposta curatorial que invade o espaço do studio/ateliê localiza-

    do na Antiga Fábrica da Behring incorporando, para além das projeções em

    diferentes displays e com dinâmicas distintas de visionamento, performanc-

    es ao vivo, tanto a projeção mapeada “Corpo” da VJ Anihaze, como a dança

    [Caza] de Maruan Sipert. A experiência de montagem da exposição, compar-tilhada pelos curadores com os artistas que aqui expõem torna visível um pro-

    cesso de criação que só é possível porque é coletivo, dissolvendo claramente

    as noções de autoria e curadoria. O som de um dos trabalhos torna-se música

    incidental de toda exposição, subvertendo a lógica de “proteção” entre um

    trabalho e outro na dinâmica dos espaços expositivos. O som do trabalho

    “Metrô”, interfere de maneira aguda, atrapalhando os sentidos e confundin-do a preponderância dos sons. Os trabalhos em vídeo de parte do grupo aqui

    exposto trabalhou visualmente o tema “transparência”, reetindo acerca dos

    materiais e das texturas próprias da linguagem videográca, explorando o

    ruído e a indenição como elementos centrais. Outro grupo parte para a ex-

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    perimentação dos elementos básicos da comunicação visual (ponto, linha,

    plano) num processo criativo que nos lembra a maneira com a qual os pin-

    tores do início do século XX passaram a olhar para a tela de cinema como umatela semelhante à tela da pintura. A performance visual “Corpo” da Vj Anihaze

    foi pensada a partir da relação com o trabalho do bailarino Maruan Sipert e

    surge como resposta às provocações que a montagem dessa exposição fez

    surgir: ocupação, projeção, intervenção. Portanto, [Caza] trabalho incorpora-

    do à exposição ao longo da discussão em torno da montagem traz questões

    sobre a relação do corpo com o espaço expositivo, imaginando o corpo comotela. [Caza] cuja inversão verbal traz também à tona a subversão do uso do

    corpo, espaço a ser também incessantemente habitado, preenchido e ocupa-

    do. O Ocupa Setor 5 é um projeto de exposição permanente cujas ocupações

    são sempre coletivas, provocando diálogos entre trabalhos em curso, exper-

    imentando para criar um ambiente de exposição ocupado por Artes Visuais

    e Performáticas e é realizado em parceria com o LabPd-Arte, Laboratório deProdução e Direção de Arte da Escola de Belas Artes da UFRJ.

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    Caza Maruan SipertMapping de Corpo Anihaze

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    Displays com trabalhos em exibição

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    Ocupa Setor 5/2 rua

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    Desdobramento da Proposição n. 1 “Ocupa Setor 5” de agosto.

    Proposição Ocupa Setor 5 n. 2, situação “Rua”Trabalhos performáticos e efêmeros. Ocupação transitória com trabalhospoliticos e desdobramentos sensoriais. Videoinstalação imersiva.

    Experimentação musical. Paisagens sonoras. Ocupação verbo-visual.

     Aconteceu no âmbito do evento Fábrica Aberta e utilizou como espaçoanexo ao Setor 5 o Pombal da Behring.

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    CuradoriaMichelle Sales

    MontagemFabrício CavalcantiRodrigo Leitão

    MonitoriaFelipe Amancio

    ProduçãoFabrício Cavalcanti

    VJAni Haze

    VideoinstalaçãoBruno Pinho

    Daniel SantisoEduardo TavaresFelippe CesarGabriel BilligGabriel FampaHerbert de Paz João de Albuquerque Jonas Paz-BenavidesMariana KhouriMarcos KuzkaPedro MetriRafael AmorimRafael de OliveiraRenata OvalleTamer Arrabal

    Thaíssa CoqueiroValentina Ortega

    FICHA TÉCNICA

    PerformancesAndré Sheik

    Fernanda GomesLuana AguiarMilena TravassosRaphael CoutoVinicius Davi

    Participação EspecialFilé de Peixe, com aperformance Piratão

    ColaboraçãoAnalu Cunha

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    OCUPA SETOR 5/ 2 SITUAÇÃO RUAA questão de uma arte pública e desinstitucionalizada

    Pensando a curadoria também como um gesto artístico ou como um desejo

    de partilha, parafraseando o lósofo Jacques Ranciére, essa edição ou desdo-

    bramento de uma proposição experimental iniciado em meados de julho de2014 no Setor 5/Behring assume agora um caráter ainda mais uido, mais

    livre e ainda mais efêmero também.

    Ao imaginar uma exposição ou uma ocupação desprovida completamente

    de objetos ou de “coisas” a serem vistas, a sala ou hall central do espaço

    nomeado como “Pombal” localizado na Antiga Fábrica da Behring foi ocu-

    pado orgânicamente em primeiro lugar pela performance sonora do artistavisual e poeta André Sheik e o convidado Rian Batista. O duo de baixistas

    realizou uma sequência de três intervenções, marcadas por certa sobriedade

    sonora. Nem tanto performance, nem tanto apresentação musical. Não so-

    mente música, mas também informação visual, a performance “não música”

    de Sheik foi marcada por esse híbrido entre as linguagens sonora e visual,

    próprias de um artista multimidiático.Em contraposição, a performance “Jam serenata” da artista mineira Fernan-

    da Gomes reveste-se de um interesse na participação direta do público para

    que a obra aconteça. Ao dispor de um karaoke com falsas letras de músicas

    em grande parte largamente conhecidas, Fernanda brinca com a intervenção

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    uma quitanda da videoarte, no qual o público interagia com os performers,

    com os dvds e com imagens de videoarte projetadas num ordinário aparelho

    de televisor. Performance verbo-visual, no qual o corpo dos artistas interpelao corpo do transeunte, “1 é 2, 3 é 5”, aprofunda a discussão em torno do ex-

    cesso da produção de imagens na vida contemporânea. Não há limites para

    o Piratão. 1000 videoartes disponíveis. 5000 videoartes disponíveis. Quanto

    há de videoarte disponível?

      A Performance “Estudo para Retrato”, do artista visual Raphael Couto suge-

    re, como o próprio nome indica uma preparação do corpo do artista parasuposto retrato. Em alguns minutos, o artista aplica no próprio rosto elásticos

    verdes, alterando suas feições, testando novos formatos, experimentando

    talvez um outro “eu” para si mesmo. O público interage mediante o descon-

    forto do artista perante a autotransformação facial, `a espera de um retrato. A

    ação adquire caráter cênico e conta com certa previbilidade de duração, que

    sugere rigor prévio. O retrato é feito sempre ao nal da performance, por fo-tógrafo convidado por Raphael Couto.

    “Ouroboro”, da artista Milena Travassos, sugere imagem do eterno retorno,

    transmutação da palavra ancestral “oroboro”, serpente que engole o próprio

    rabo: carta do Tarô que sugere autoconhecimento e autoanálise. De caráter

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    cênico, a preparação da performance antecipa a introspecção do artista e

    do público mediante o ato. Os objetos escolhidos: tecido vermelho, vidros,

    lentes de aumento sugerem a criação de um mundo imaginário em sus-

    pensão. A artista, corporicando este mundo, também transmuta-se, as

    lentes de aumento e as posições assumidas pela artista na performance

    animalizam-na as feições, aproximando-a de um estado mais humano, mas

    mais animal também, talvez mais primitivo, mais instintivo, certamente

    mais sensível.

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    A sombra projetada no fundo de uma das paredes do Pombal (poderia ser

    também de um caverna), consequência do rigor cênico da performance, torna

    aparente algo de insólito, de obscuro, de transcendental. A luz projetada debaixo para cima faz lembrar muito de uma estética expressionista dos lmes

    alemães do início do século XX, todos revestidos de um mesmo trânsito

    sobrenatural, debruçados sobre questões acerca da natureza e da alma hu-

    manas, como “Ouroboro”.

      Na antesala do Pombal, corredor central do quinta andar da Fábrica Behring

    ocupamos com a videoinstalação coletiva, desenvolvido em parceria com aartista Analu Cunha. Todos os trabalhos forma orientados de forma a desen-

    volver em video o tema “RUA”. A montagem do trabalho aconteceu ao vivo e

    foi desenvolvido pela Vj Anihaze em duas telas, estabelecendo um diálogo

    entre os trabalhos e apropriando-se da arquitetura própria da fábrica.

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    Imagem do processo de montagem com (de esquerda para direita): Anihaze,

    Michelle Sales, Rafael Amorim, Thaíssa Coqueiro, Eduardo Tavares e Rafael S’tum

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    Recebemos videotrabalhos de artistas em formação do Parque Lage e da

    Escola de Belas Artes da UFRJ e a seleção nal contou com trabalhos de:

    Bruno Pinho

    Daniel Santiso

    Eduardo TavaresFelippe Cesar

    Gabriel Billig

    Gabriel Fampa

    Herbert da Paz

     João de Albuquerque

     Jonas Paz-Benavides

    Mariana Khouri

    Marcos Kuzka

    Pedro MetriRafael Amorim

    Rafael de Oliveira

    Renata Ovalle

    Tamer Arrabal

    Thaíssa Coqueiro

    Valentina Ortega

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      Desejamos criar um ambiente múltiplo preenchido por diferentes ações

    espaço-temporais interrelacionadas em um único campo visual, cuja inten-

    sidade e fragmentação expõem a fragilidade de um projeto aberto que dese-

     ja experimentar a percepção sensorial de traseuntes e artistas performáticos.

    O interesse maior desse proposta experimental de curadoria é pensar um es-paço desinstitucionalizado de arte no Rio de Janeiro em que obras, em geral,

    não acabadas ou em processo são apresentadas de modo mais orgânico e

    livre, sem expectativa de estabelecer trocas comerciais com o público, além

    de um ambiente desprovido de intermediários e de mediadores entre o pú-

    blico e os trabalhos.

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    André Sheik e Rian Batistanão-música

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    Filé de PeixePiratão

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    Fernanda Gomes Jam Serenata

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    Fernanda Gomes Jam Serenata

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    Milena Travassos

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    Raphael Couto

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    A ação consistiu num movimento de pesquisa, diálogo, aproximaçãoe criação com os artistas André Sheik, Gustavo Torres e Thomas Jefer-

    son, além da contribuição artística da Vj Anihaze, que apresentaráo Mapping “Precarius” desenvolvido a propósito da exposição e do

    cenógrafo Rodrigo Leitão, cuja sensibilidade foi imprescindível paraa natureza deste evento.

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    /FICHA TÉCNICA

    CuradoriaMichelle Sales

    MontagemRodrigo LeitãoGabriel Barros

    ProduçãoFabrício CavalcantiNay Araujo

    ArtistasAndré Sheik

    Gustavo TorresThomas Jeferson

    MappingVJ Anihaze

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    Curadoria Michelle Sales

    Trabalho experimental de curadoria desenvolvido para o Setor 5 no âmbito

    do evento Fábrica Aberta/2014 com duração de 2 dias e ações performáti-

    cas que acontecem apenas na noite de sábado, 13 de setembro. A ação con-sistiu num movimento de pesquisa, diálogo, aproximação e criação com os

    artistas André Sheik, Gustavo Torres e Thomas Jeferson, além da contribuição

    artística da Vj Anihaze, que apresentará o Mapping “Precarius” desenvolvido

    a propósito da exposição e do cenógrafo Rodrigo Leitão, cuja sensibilidade foi

    imprescindível para a natureza deste evento.

      A ideia para essa exposição partiu do visionamento e reexão em tornode imagens feitas por câmeras de celular e de videovigilância. Apesar des-

    tas modalidades não terem se tornado elemento central da exposição que

    agora vemos, a relação de estranhamento e cegueira causado por imagens

    que menos revelam do que provocam impôs como questão a precariedade

    contemporânea como fração incontornável da vida cotidiana.

    Causar uma relação com o espaço habitado da exposição, provocar umdiálogo com a arquitetura e a dinâmica própria do Setor5 é exercício presente

    e constante que a prática de uma curadoria que tem o festo artístico como

    proposição quis sempre preservar. Intervir, criar proposições, modicar a es-

    trutura do espaço e da relação das obras entre si. Pensar um exercício experi-

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    mental de curadoria mais interessado em ações transitórias, performances,

    obras colaborativas desenvolvidas para o espaço, e proposições sociocul-

    turais. Distantes de um espaço tradicional de exposição, a geograa própriado território agora preenchido pelas obras aqui nos impõe como tema ações

    que vislumbram vestígios, fragmentos e ruínas de um espaço em permanen-

    te construção e desconstrução. Nesse sentido, somos precarius, ou de pouca

    duração, intermitentes e de certa fragilidade espaço-temporal.

      O trabalho “Inexão Catódica”, do artista Thomas Jeferson, explora frontal-

    mente o elemento precário da imagem televisiva e não só. O objeto televisãoé exposto. Com as vísceras à mostra, ruminando para o lado de fora um es-

    forço para produzir algo que se torna em vão. Não há imagem. Não há som.

    Ausência completa de audiovisual. No lugar, um grasmo minimalista que

    dialoga com a pintura geométrico-abstrata: linhas, pontos e cores primárias.

    Este trabalho compõe o espaço com as obras em vídeo do artista André

    Sheik. Numa constelação de tv, numa tela de televisão, um enredo de im-agens que se perseguem, como um espelho. Como na “Inexão Catódica”,

    ponto em que ma curva toca sua tangente, ou em que uma imagem toca a

    essência da outra.

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    O trabalho “Imagem” do artista Gustavo Torres foi também elaborado à

    propósito dessa exposição, levando em conta a arquitetura do espaço e a

    poética que o artista vem desenvolvendo através do uso de projeções e acriação de paisagens sonoras. Consiste em três projeções de imagens produz-

    idas no próprio local cujo resultado é a projeção do objeto exposto no espaço

    em que se encontrava quando foi fotografado. Cria uma série de tensões com

    o lugar, duplicando-o e expondo sobras, duplos, simulacros e fantasmas.

    Fantasmas transitórios que, por ora, nos habitam.

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    montagem do mappingPrecarius VJ Anihaze

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    Imagem do trabalho Imagemde Gustavo Torres

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    Imagem  de Gustavo Torres

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    Acima trabalho em vídeo, de André Sheik eInfexão Catódica de Thomas Jeferson

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    Diários da Fábrica

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    “Diários da Fábrica”, dia 8 de novembro, 2014.

    Exposição coletiva que consiste na exibição dos desenhos de PaulaDager e da performance visual do Coletivo Gráco. Curadoria MichelleSales.

    “Quem habita essa cidade?”

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    /FICHA TÉCNICA

    Coletivo GrácoColetivo de artistas egressos da Escola de Belas Artes da UFRJ e que atua

    majoritariamente com intervenção urbana através de impressões grácase colagem de lambe lambe. Nessa exposição, farão uma performancevisual coletiva utilizando a natureza da arquitetura do Setor 5, alterandovisualmente a forma e o conteúdo desse espaço. A proposta é criar umfundo innito preenchido por desenhos da(s) fábrica(as) na(s) cidade(s),em diálogo direto com “as” Fábricas: da Paula, e a mais antiga, dechocolate.

    Paula DagerArtista visual e seu trabalho envolve a criação através do desenho de umametropolis tanto virtual quanto imaginária que tem o pixel como unidademínima e ponto de partida para toda a série Quadriculadas. Compondotrípticos e polípticos, a forma modular que a sequência dos desenhos vaiimpondo cria certo ritmo visual cujo uso da cor também é determinante.Essa cidade de Paula Dager habitada entre o lúdico e o labor, entre robôse tartarugas, cria uma espécie de mundo em suspensão ( ou seria naufrá-gio?), e dá forma à certas geograas imaginárias da Terra.

    Michelle SalesProfessora da Escola de Belas Artes da UFRJ e curadora independente.

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    Diários da Fábrica: Paula Dager e Coletivo Gráfico

    Curadoria Michelle Sales

    Seres camuados, maquínicos, imaginários. Seres transmutados, transgêni-

    cos, digitalizados. Organismos vivos em cidades esvaziadas. Espécie de

    mundo futuro (ou já seria presente?) em convulsão. Cidades inabitadas ebinárias, cidades pixel, cidades devir.

    No ponto de partida um quebra-cabeças, uma cidade-jogo cuja resposta

    visual já concluída cumpre a função de satisfazer a angústia de fazer-se con-

    hecer para o turista que ali nunca esteve. Tem início nossa viagem.

    Como Marco Polo, os desenhos de Paula Dager querem cumprir a missão

    de descrever cidades por onde passa. Representando-as através de uma car-tograa improvável, desprovida de lógica assim como as cidades de Marco

    Polo que padeciam de exatidão, providas de memória e afeto.

    De uma cidade aproveitamos apenas “a resposta que dá a nossas pergun-

    tas”. Kubai Klan, o imperador, exigia de Marco Polo rigor nos detalhes, movido

    por uma compulsão de querer saber sempre mais. Assim dá-se também nos

    desenhos de Paula, traços marcados pelo desejo lúdico da descrição, de darforma a uma paisagem, servindo de olhos `aquele que não pode ver.

      O papel, a caneta, o traço, tudo marca esse percurso, essa busca. Refaz um

    caderno de viagem, um diário revestido de afetividade. Diário de fábricas e

    diário de cidades. Diário de fábricas quando nos revela as vísceras da cidade:

    DIÁRIOS DA FÁBRICA

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    engenhosidades maquínicas e orgânicas, seres híbridos presos num mundo

    da produção encerrado em si mesmo. Diário de viagem quando perfaz pais-

    agens, descreve cidades por onde nunca esteve ou talvez já tenha habitado.Um olhar, enm, desejoso e premonitório que tenta elucidar a paisagem de

    muitas cidades invisíveis e imaginárias. Os desenhos de Paula aqui expostos

    foram realizados entre 2013 e 2014.

    Diálogo constante se dá com o trabalho do Coletivo Gráco. O Coletivo

    formado em 2010 é composto por artistas que atuam em diversas `areas:

    moda, design, publicidade. Trabalha com impressão de cartazes e colagemde lambe lambe e atua preferencialmente em espaço públicos. Saindo assim,

    do habitat natural – a rua – e ocupando as nossas paredes, a intenção é dar

    forma a essa cidade devir que já nos habita a mente e o coração. Cidade em

    construção coletiva.

    O Coletivo Gráco realiza performance visual coletiva e aberta, ocupando

    com desenhos 45 m2 ao longo da abertura dessa exposição no dia 8 de no-

    vembro de 2014. A obra nalizada pode ser visitada também, no dia 9 de

    novembro, ultimo dia dessa ocupação/exposição.

    DIÁRIOS DA FÁBRICA

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    Desenhos de Paula Dager 2013-2014

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