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Catarina Pereira fala sobre as polémicas do Festival da ... · PDF fileAndréj Babic e Carlos Coelho são os mesmos autores do êxito “Senhora do Mar”, ... sobre as músicas da

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Universidade do Minho Licenciatura em Ciências da Comunicação

Catarina Pereira fala sobre as polémicas do Festival da Canção 2010 

“É muito estranho haver distritos que nos deram zero” 

Era a favorita do público para representar Portugal na Eurovisão, mas o júri não lhe 

deu mais  que  o  segundo  lugar.  Catarina  Pereira  questiona  a  pertinência  do  júri  e 

admite não ter ficado convencida com algumas das pontuações que obteve. Apesar 

da derrota, não hesita em afirmar que o país está bem representado com “Há Dias 

Assim”´, da  colega de  longa data  Filipa Azevedo.  Tem um percurso  invejável, mas 

recusa ser considerada uma  inspiração para os  jovens. Afinal, ainda há muito para 

aprender… 

Participar no Festival da Canção 2010 era um  sonho antigo, ou  foi uma oportunidade que 

surgiu e merecia ser aproveitada? 

  Eu sempre admirei o Festival e tinha a  ideia de um dia participar. O que eu não sabia 

era que  ia ser este ano! Foi uma oportunidade que surgiu a partir de um convite que me foi 

feito pelo Carlos Coelho e pelo Andréj Babic e que me deixou muito surpreendida. Tem alguma 

piada, porque eu tinha falado com o meu primo, que também participou no ano passado no 

Festival  [Fernando,  que  participou  com  Catarina  em  “Família  SuperStar”]  e  ele  tinha‐me 

perguntado: “Não queres ir ao Festival este ano, com uma balada?”. E eu lembro‐me de dizer 

que não, não queria, porque no dia  em que  fosse  ao  Festival, queria  levar uma  coisa mais 

ousada, com dança, muito “eurovisivo”. Dois dias depois, liga‐me o Carlos a dizer: “Gostaria de 

te convidar para  fazeres parte do nosso projecto que  tem a ver com o Festival da Canção”. 

Então, quando ele me disse e mostrou qual era o projecto, eu  simplesmente adorei. Ouvi a 

música e nem hesitei. Aceitei de imediato.   

Andréj  Babic  e  Carlos  Coelho  são  os  mesmos  autores  do  êxito  “Senhora  do  Mar”, 

interpretado  por  Vânia  Fernandes,  que  venceu  o  Festival  da  Canção  em  2008.  Como  foi 

trabalhar com eles? 

  Não  tive  contacto  directo  com  o  Andréj  Babic,  que  é  croata,  falávamos  apenas  via 

Internet… Mas tanto ele como o Carlos Coelho são muito bons, porque sabem bem o contexto 

de  trabalho deles, sabem o que é que dá e  tem ou não sucesso na Eurovisão, até porque  já 

foram três ou quatro vezes juntos por outros países… Eles sabem o que é o público gosta, e foi 

isso que tentamos fazer este ano.  

Ana Margarida Rodrigues Cardoso 54522

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Sentiu  que  a  sua música,  pelos  autores  e  pela  força  da  própria,  era  uma  das  favoritas  à 

vitória? 

  Eu acreditava nela. Depois, quando começaram a surgir reacções na Internet, que é um 

meio onde é bastante  fácil  receber  feedback, percebi que  as pessoas diziam muito bem da 

música. Não só gente de Portugal, mas também um pouco de toda a Europa. Foi mesmo muito 

bom ver os sites todos relacionados com a Eurovisão a falar de “Canta Por Mim”, e a dizerem 

coisas como: “Este ano é que a coisa vai para a  frente, este ano é que Portugal vai  ficar no 

Top5, ou quem sabe até mesmo ganhar!” [risos] Tinha um feedback muito positivo, e por isso, 

fui ao Festival com esperança. 

E  “Canta  por mim”  acabou mesmo  por  ser  a música  favorita  do  público;  no  entanto,  a 

votação do  júri deu grande vantagem à canção “Há Dias Assim”, de Filipa Azevedo. Como 

acha que  isto se  justifica? O público  ficou  inconformado e chegaram‐se até a ouvir apupos 

quando os resultados foram divulgados… 

  Pois… Claro que o júri tem que ter a sua opinião, e tem todo o direito a ela. Mas é claro 

também que é muito estranho haver distritos que nos deram zero – dois distritos deram‐nos 

zero,  um  outro  deu‐nos  apenas  um… Mas  isso  aí  dava  pano  para mangas,  não  é  preciso 

perdermos  tempo  com  esse  tipo  de  contexto.  Houve  cinco  distritos  que  nos  deram  doze 

pontos, e isso foi realmente fantástico. 

Há quem diga que o júri era composto por membros que não eram especialistas em música. 

Um dos membros do júri de Aveiro era mesmo um jornalista da LUSA. Pensa que é plausível 

que isto aconteça, num evento da dimensão do Festival da Canção? 

  Eu nem sabia que o  júri tinha de ser  ligado ao ramo musical. Fui sabendo através de 

comentários na Internet que diziam que essa regra não estava a ser cumprida… 

A  Sílvia  Alberto  reforçou  essa  mesma  regra  antes  de  entrar  em  contacto  com  os  júris 

distritais para saber as pontuações... 

  Nós estávamos todos nos bastidores, não percebíamos muito bem, por vezes, o que se 

passava no palco. Mas quando percebi que esta regra existia, realmente, dá para duvidar de 

algumas coisas. Mas eles é que sabem, a produção é que escolheu assim. Não sei bem o que é 

que eles queriam com isso. 

Ana Margarida Rodrigues Cardoso 54522

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Certamente  já  viu  ou  tomou  conhecimento  da  petição  que  circula  na  Internet  para  levar 

“Canta Por Mim” à Eurovisão em vez da vencedora do festival. 

  Sim, estou a par disso! Aquilo já tem umas quantas assinaturas! Fui lá ver o outro dia, 

já estavam quase nas duas mil… 

 O que pensa em relação a isto?  

  Achei muito  engraçado,  acho  realmente  que  as  pessoas  devem mostrar  que  estão 

indignadas se, de  facto, não estão  felizes com o resultado. Penso que é bom que as pessoas 

andem para a frente com este tipo de iniciativas.  

Isto faz recordar uma polémica semelhante em 2006, quando o público preferiu a música de 

Vânia de Oliveira à das Non Stop, mas acabou por ser a música das Non Stop a representar 

Portugal na Eurovisão por decisão final do júri… 

  Pois,  exactamente.  Só  que  desta  vez,  parece‐me  que  é  numa  escala  um  bocadinho 

maior,  até  porque  o  espaço  onde  foi  realizado  o  Festival  da  Canção  –  que  este  ano  foi  no 

Campo Pequeno ‐ era maior… Para além disso, lembro‐me de que, na altura, houve, de facto, 

essa manifestação de desagrado no  recinto, semelhante à deste ano, com alguns assobios e 

apupos, mas  acabou  logo  ali.  Este  ano,  no  entanto,  as  pessoas  continuam  a manifestar‐se, 

semanas e semanas depois, até aos dias de hoje. 

Há quem diga que a encenação de palco de “Canta por Mim” era muito semelhante a uma 

música que representou a Grécia em 2008, a “Secret Combination”, de… 

  Ah, da Kalomira! [risos] Eu percebo qual é a semelhança que as pessoas encontram… É 

o vestido – a cor dele, só pode ser isso – e a configuração de palco dos bailarinos com cantora, 

a dançarem… Mas isso é um contexto pop natural, usado por cantoras como a Britney Spears, 

e como a Beyoncé… Portanto, não foi só a Kalomira a fazer  isto, houve outras cantoras  (que 

agora não me recordo dos nomes) que usaram esse mesmo estilo na Eurovisão. Claro que nos 

inspiramos por aí, nessa onda, mas não foi, de todo, na Kalomira. 

Acha que estamos bem representados com o “Há Dias Assim”, da Filipa Azevedo? 

  Eu acho que estaríamos sempre bem representados. Ela tem uma boa voz, a música é 

bonita… Agora, claro que a nossa música seria um contexto totalmente diferente. “Canta por 

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Mim” seria uma coisa mais arrojada e moderna, mais a ver com a Eurovisão. Aliás, o público 

percebeu isso. 

Que balanço faz sobre as músicas da edição deste ano do Festival da Canção? Foram boas, 

foram más…? 

  Acho que houve de tudo. Gostei de algumas músicas, posso dar exemplos… Gostei do 

Gonçalo Tavares, com “Rios”. Das baladas, gostei muito da da Filipa, e a Vanessa  também é 

muito boa a interpretar… E obviamente, gostei muito da minha! [risos] Havia as Ouro, que eu 

também  achava  que  eram  fortes,  mas  que  não  chegaram  a  passar  à  final…  Havia  um 

bocadinho de tudo, não é? Como é normal... 

Qual era a sua aposta para a música vencedora? 

  Não pode ser a nossa? [risos] Pelo feedback que fomos recebendo, é claro que ficamos 

confiantes e orgulhosos. Hum, sem ser a nossa… Já disse as músicas que gostava mais, penso 

que qualquer uma delas merecia  a  vitória! Ah,  também  gostei muito da música do Ricardo 

Martins [que cantou “Caminheiro de Mim”]. Acho que qualquer uma destas músicas nos podia 

representar de forma positiva na Eurovisão! 

A Catarina e a Filipa conheceram‐se no programa “Família SuperStar”. Qual a relação entre 

as duas? 

  Somos colegas, damo‐nos bem. Temos uma relação boa. 

Foi  o  “Família  SuperStar”  que  a  tirou  do  anonimato  e mostrou  ao  grande  público  o  seu 

potencial. Qual a melhor recordação que guarda do programa? 

  Eu acho que só tenho boas recordações do programa! Gostei bastante de pisar aquele 

palco e de perceber também o feedback do público. O youtube já existia na altura, então nós 

íamos  lá  ver  os  nossos  vídeos  e,  claro,  as  reacções! Havia muito  público, muita  gente  que 

gostava  de  ver  e  que  acompanhava  sempre  o 

“Família SuperStar”. Gostei muito de conhecer algumas pessoas  lá dentro, e gostei muito de 

estar no palácio,  foi  tão engraçado! Também achei bastante positivo saber como é  feito um 

programa de televisão, e é engraçado, porque as coisas são um bocadinho diferentes daquilo 

que  vemos  em  casa.  Foi  muito  positivo  até  para  perceber  os  próprios  meandros  do 

mediatismo. Foi uma fase muito gira. 

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Não  foi o caso da Catarina, que  logo após o programa esteve envolvida noutros projectos 

que foram mediatizados, mas geralmente os concorrentes de programas de talentos acabam 

por cair no esquecimento pouco tempo após o fim do programa. O que acha deste tipo de 

concursos  de  caça‐talentos,  tipo  “Ídolos”,  “Operação  Triunfo”  e  até  mesmo  “Família 

SuperStar”? A fama instantânea que a televisão provoca pode ser má? 

  Não  direi  que  traz  consequências  negativas,  porque  as  pessoas  têm  de  estar 

preparadas  para  lidar  com  isso. Mas  a  verdade  é  que  em  Portugal  não  há  uma máquina 

mediática  que  pegue  num  artista  depois  de  um  programa  desses,  ao  contrário  do  que 

acontece noutros países. 

Ao contrário, por exemplo, do que acontece com ex‐concorrentes do X‐factor  inglês, ou do 

Ídolos americano? 

Exactamente. Nesses  lugares e nesses programas, mesmo que fiques em segundo ou 

terceiro  lugar,  há  quem  pegue  em  ti  e  faça  de  ti  uma  estrela,  há  quem  faça  uma  carreira 

contigo. Cá, não há muito disso. Aliás, não há nada!  [risos] Tens que  ir  tu atrás daquilo que 

queres, e já estás com muita sorte… Em Portugal, não se investe nos artistas. 

Apesar  disso,  a  Catarina  não  caiu  no  esquecimento  e  pouco  tempo  depois  de  terminar  o 

“Família  SuperStar”,  foi  protagonista  do musical  “High  School Musical  –  O  Espectáculo”. 

Como foi encarnar “Gabriella”? Foi o seu primeiro contacto com o teatro? 

  Foi uma grande experiência e também foi a primeira vez que representei, foi a minha 

primeira experiência neste ramo. Para além disso, o elenco era muito engraçado. Aquilo era 

uma mistura dos membros da “Operação Triunfo” (que aconteceu no mesmo ano e ao mesmo 

tempo  da  “Família  SuperStar”),  programa  do  qual  tínhamos  muitos  membros,  e  depois 

tínhamos imensa gente dos “Morangos com Açúcar”. Então, aquilo era só gente conhecida. Já 

nos  tínhamos  visto,  já nos  conhecíamos  todos uns  aos outros, mas nunca  tínhamos  estado 

juntos, a nível físico. Foi um grupo muito, muito giro de trabalhar. O “High School Musical” é 

um  fenómeno!  É muito  badalado  entre  os  adolescentes.  Foi,  sem  dúvida,  uma  rampa  de 

lançamento muito positiva. 

Na altura em que o “High School Musical – O Espectáculo” estava em cena, saíram algumas 

notícias  e  houve  algumas  polémicas  sobre  o  facto  de,  alegadamente,  a  produção  do 

espectáculo não pagar os ordenados aos actores… Afinal, o que é que se passou? 

Ana Margarida Rodrigues Cardoso 54522

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  Comigo, não houve qualquer tipo de problema. Eles portaram‐se bem. Mas soube que 

havia alguns problemas  com outros membros do elenco. Eu não  tenho muito a dizer  sobre 

isso. 

Está agora em “A Gaiola das Loucas”, com Filipe La Féria. Como é trabalhar com este grande 

nome do teatro musical? 

  Eu estou a gostar bastante! Já estive em cena com a peça no Rivoli, durante mais ou 

menos três meses… Eles  [o resto do elenco] fizeram durante mais tempo, mas eu  já entrei a 

meio, porque a Sara Lima, a menina que fazia o meu papel, ficou grávida e teve de sair. Neste 

momento,  estamos  no  Politeama,  em  Lisboa.  Estou  a  gostar  imenso,  porque  para  além  do 

Filipe La Féria ser um grande encenador no âmbito do teatro musical, percebe bem o contexto 

em que está a trabalhar e com que público está a trabalhar. 

Como é contracenar com grandes  figuras como  José Raposo, Carlos Quintas, Rita Ribeiro e 

Hugo Rendas? 

  Os actores com quem eu estou a trabalhar na peça são todos muito bons, o elenco em 

si é muito  rico. Eu  aprendo muito  a  vê‐los  actuar,  e  cresço  com  isso. Além do mais, nunca 

pensei  que,  com  apenas  19  anos,  já  estaria  a  trabalhar  com muitos  deles! Nem  tão  pouco 

pensei que, com esta idade, já teria pisado e actuado em palcos como o Rivoli, ou o Politeama, 

na companhia de Filipe La Féria. Está a ser muito bom. São grandes nomes com os quais tenho 

orgulho em trabalhar. Aprendo muito, mas mesmo muito com eles. 

Filipe Lá Féria é exigente? 

  Nãããããão! [risos] Que ideia! É sim, é bastente exigente. Tudo o que dizem sobre ele é 

verdade. Ouvem‐se uns gritos, ensaia‐se até altas horas de madrugada, durante muitas, muitas 

horas.  Passam‐se  umas  noites  sem  dormir  e  é  preciso muita  dedicação  e  responsabilidade. 

Mas tudo isto é necessário para a boa construção da peça. E ele anda‐se a portar bem! 

Qual o papel da dança na sua vida? É aluna no Balleteatro, no Porto… 

  A dança foi a primeira paixão que eu descobri; veio em primeiro lugar, muito antes do 

canto. Lá para os sete, oito anos… A minha mãe diz que é aos sete, eu pessoalmente não me 

lembro! [risos] Mas sei que foi cedo. Comecei a dançar e o pessoal começou a perceber que eu 

tinha ali um jeitinho. Então, fui ter aulas na escola Alberta Lima, em Matosinhos, de dança Jazz. 

Ana Margarida Rodrigues Cardoso 54522

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Só depois, muito mais tarde, é que descobri que “ah e tal, se calhar até tenho uma vozinha!” 

[risos]. Isso só foi para aí aos 14 anos. Um ano depois, quis explorar esse lado e meti‐me a ter 

aulas  de  canto.  Tive‐as  para  aí  durante  um  ano… Mas  realmente,  o  amor  pela  dança  foi 

descoberto  antes  de  tudo  o  resto.  Foi  a minha  primeira  paixão. Depois,  fui  estudar  para  o 

Balleteatro, no décimo ano. Actualmente,  já acabei o segundo ano [décimo‐primeiro] – falta‐

me o terceiro! Foi aqui que aprendi técnica que me faltava e um lado mais contemporâneo da 

dança. Para mim, a dança é extremamente importante. É a minha paixão primária! 

A Catarina  tem apenas 19 anos, mas conta  já com um percurso  invejável na área artística. 

Qual é o segredo do sucesso? 

  Dezanove aninhos é uma grande  idade!  [risos] Pois, de  facto, parece que  tenho um 

percurso interessante… O segredo do sucesso? Ai, não sei! O segredo não é segredo nenhum: 

é preciso  trabalhar.  Se o  talento existe, é preciso  trabalhá‐lo e  lutar por ele. Não podemos 

deitarmo‐nos e pensar: “Ah, fixe, sou boa! Agora venham ter comigo!”. Não pode ser. Tem de 

se correr atrás… E pronto, basicamente é isso. É acreditar nas nossas capacidades e trabalhar 

sempre para nunca deixarmos de evoluir. Não existe nenhuma fórmula milagrosa. 

Consideras‐te uma inspiração para os jovens que desejam vingar neste meio? 

  Não  sei, eu  também estou a começar, não é mesmo? Ainda que  tenha um percurso 

interessante  e  engraçado  para  a  idade,  estou  no  início…  Não  sei, mas  acho  que  sim!  Os 

meninos e meninas que querem singrar neste mundo, provavelmente, são capazes de admirar 

o meu caminho nestas andanças. Mas o meu percurso é ainda tão pequenino! Acho que não 

posso, para já, falar muito disso. Tenho muito para aprender ainda, e muito para crescer. 

 

 

 

 

 

 

Ana Margarida Rodrigues Cardoso 54522

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Ana Margarida Rodrigues Cardoso 54522

Responsabilidade é a chave do sucesso 

“Alegre,  trabalhadora  e  responsável”.  É  assim  que  Carmem  Silva, mãe  de  Catarina 

Pereira, descreve a  filha – e  toda a gente  sabe que as mães  sabem  sempre o que dizem. A 

jovem matosinhense  tem apenas 19 anos, mas um  longo percurso na vida artística. Como é 

que em tão pouco tempo se acumulam tantas experiências? “Em criança, era muito alegre e 

tinha muita  facilidade  de  expressão”,  explica  a mãe,  orgulhosa  do  sucesso  prematuro  de 

Catarina:  “Foi  para  a  dança  aos  sete  anos,  e  logo  no  início  destacava‐se  no  grupo  – 

percebemos logo que ela tinha talento para aquilo”. O destino estava traçado: Catarina tinha‐

se  apaixonado  pelo mundo  artístico  e  pretendia  levar  essa  paixão  a  sério.  Afinal,  “já  em 

pequena gostava de se destacar e de ter as luzes voltadas para ela”, confessa Carmem.  

Não havia dúvidas. Estávamos perante o nascimento de uma nova figura no panorama 

artístico português, mas não uma dessas artistas algo despreocupadas e irresponsáveis e com 

o  chamado  “estilo de  estrela”.  Já desde pequenina,  conta  a progenitora, que Catarina  “era 

muito  responsável:  nas  festas  de  final  de  ano  da  escola  de  dança,  andava  sempre 

empenhadíssima – queria aquilo tudo sem erros, como devia ser!”.  

O  verbo  “falhar”  não  faz  parte  do  seu  léxico  gramatical.  Dona  de  um  sorriso 

contagiante, Catarina vai conquistando o país, ora com o seu nascimento artístico em Família 

SuperStar, ora com a doce Gabriella em High School Musical, ora com o vibrante Canta por 

Mim do Festival da Canção 2010.