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CAULE
CONCEITO
� órgão vegetativo que suporta folhas, flores e frutos� Funções: circulação da seiva
armazenar reservas alimentaresefetuar a propagação vegetativa (gemas)resistência contra queimadas (súber)
ORIGEM
� a partir da gêmula do caulículo do embrião da sementeExógena: a partir das gemas caulinares
MORFOLOGIA EXTERNA
CARACTERÍSTICA
Apresenta geralmente geotropismo (-) e fototropismo (+)
Consideram-se: gemas, nós, entrenós e folhas
Gemas
Regiões meristemáticas protegidas por primórdios foliares ou escamas
Gemas terminais: ocorrem no ápice caulinar e são ativas (meristema)
Gemas laterais: ocorrem nas axilas das folhas e são inativas (dormente)
Nós
Regiões do caule onde ocorre a inserção de folhase também gemas axilares
Entrenós
Regiões localizadas entre os dois nós consecutivos
Gema apical
Gemas laterais
cicatrizes
CLASSIFICAÇÃO DOS CAULES
Quanto à forma
Caules cilíndricos: tipo mais comum, secção transversal é circular.ex. guaco (Mikania glomerata), jurubeba (Solanum paniculatum)
Caules prismáticos: secção transversal com contorno obtuso poligonal.ex. secção obtuso triangular - família Cyperaceae
secção obtuso quadrangular – família Labiataesecção obtuso hexagonal – família Compositae
Quanto ao porte e a quantidade de tecidos lignificados
Herbáceos: pouco material lignificado, coloração esverdeada e flexível.ex. cordão-de-frade (Leonotis nepaetifolium)
Arbustivo: caules lenhosos ramificados,não ultrapassam 3 metros de altura.ex. café (Coffea arabica)
Arbóreo: bastante lignificado,mais de 3 metros de altura.ex. ipê-roxo (Tabebuia avellanedae)
Quanto ao ambiente onde se desenvolvemaéreosterrestresaquáticos
Aéreos: caules erectos, caule trepadores e caules rastejantes
Caules erectos: tronco, estipe, colmo e haste
TRONCO
Característico de árvores e arbustosApresenta-se ramificado e bastante lignificadoTipo de ramificação: - monopodial (gimnospermas)
- simpodial (dicotiledôneas)
ESTIPE
Caule cilíndrico, sem ramificaçõesFamília Palmae
COLMO
Caule cilíndrico, sem ramificações, região de nós e entrenós bem visíveisTipo de colmo: - cheio (cana-de-açúcar)
- oco (bambus)
Caule frágil, geralmente de cor verde, ramificadoFlexibilidade (tecido colenquimático), plantas herbáceas
HASTE
Caules trepadores
Necessitam de suporte (deficiência nos tecidos de sustentação)Tipos: - volúveis (não apresentam órgão de fixação)
ex. cipó-cabeludo (Mikania hirsutissima)- escadentes (presença de órgão de fixação)ex. maracujazeiro (Passiflora alata)
hera (Hedera helix)
gavinha
raízes adventícias
Caules rastejantes
ESTOLHOS
SARMENTOS
Crescem paralelamente à superfície da terraEmitem raízes adventíciasEx. morangueiro (Fragaria vesca)
Apresentam um ponto de fixaçãoEx. aboboreira (Cucurbita pepo)
Caules subterrâneos
Função: armazenar reservasPresença de folhas modificadas (escamas ou catafilos)Presença de gemasTipos: rizomas, tubérculos e bulbos
RIZOMAS
Aspecto semelhante das raízesForma cilíndrica e crescimento horizontalEstruturas características: nós, entrenós, gemas e folhas modificadasDesenvolvem raízes adventíciasEx. gengibre (Zingiber officinalis)
cálamo-aromático (Acorus calumus)valeriana (Valeriana officinalis)
TUBÉRCULOS
Formados na extremidade de caules subterrâneosAcumulam reservas, forma globosa, ausência de raízes e presença de gemasEx. batatinha (Solanum tuberosum)
rabanete (Raphanus sativus)beterraba (Beta vulgaris)
BULBOSÓrgão subterrâneo complexoTecido caulinar: pratoFolhas modificadas: escamas ou catafilos (presas ao prato), acúmulo de reservasRaízes adventícias (região basal do prato)Tipos: tunicados, escamosos e sólidosTunicado: cebola comum (Allium cepa), alho (Allium sativum)Escamoso: cila (Urginea scilla), açucena (Lilium candidum)Sólido: açafrão (Crocus sativus)
Cebola e palma
Caules aquáticos
• Menos freqüentes• Ausência de cutícula revestindo a epiderme• Pobres em tecidos mecânicos de sustentação• Presença de aerênquima
Quanto à função
Função de assimilação
FotossínteseEx. cactos – Opuntia ficus-indica (caule com aspecto de folha)
Função de reprodução
Ex. rizomas, bulbos, tubérculos
Função de reserva
Ex. rizomas, bulbos, tubérculos (amido)Cálamo-aromático (ar)Família Cactaceae (água)
ANATOMIA DO CAULE
Estrutura caulinarsistema dérmico, fundamental e vascular
câmbio e felógeno (crescimento secundário)
Pteridófitas e monocotiledôneas: somente estrutura primáriaDicotiledôneas e gimnospermas: estrutura secundária
ESTRUTURA PRIMÁRIA DE CAULES
Dicotiledôneas e Gimnospermas
Sistema vascular (contínuo ou separado), medula e região cortical
Epiderme, região cortical, sistema vascular e cilindro central
Monocotiledôneas
Não ocorre separação nítida entre cilindro central e região corticalEpiderme, parênquima e sistema vascular (atactostélico)
ESTRUTURA SECUNDÁRIA DE CAULES
Câmbio fascicularCâmbio interfascicular
Câmbio vascularXilemaFloema
Felogênio periderme
Monocotiledôneas
Algumas espécies da família Palmae apresentam crescimento secundário
Dicotiledôneas
Estrutura fundamental é do tipo sifonostélica ou eustélica
Anéis anuaislenho estival (vasos lenhosos de paredes grossas)
lenho primaveril(vasos lenhosos de parede delgada)
Estrutura sifonostélica primária e secundária de gimnosperma e dicotiledônea:A - estrutura primária: 1-floema, 2-câmbio, 3-xilema. B – estrutura secundária: 1-floema, 2-câmbio, 3-xilema, 4-felógeno, 5-súber, 6-feloderma
Estrutura eustélica de dicotiledônea: A - estrutura primária: 1-câmbio interfascicular2-câmbio fascicular, 3-floema, 4-xilema. B – estrutura secundária: 1-súber, 2-felógeno,3-feloderma, 4-floema primário, 5-floema secundário, 6-xilema secundário, 7-xilema primário
Secção transversal de caule – estrutura primária – Mikania hirsutissima:1-epiderme, 2-colênquima, 3-região cortical, 4-periciclo, 5-endoderme,6-canal secretor, 7-metaxilema, 8-floema, 9-protoxilema, 10-câmbio,11-medula
Estrutura secundária de caule de Mikania hirtutissima (dicotiledônea):1-súber, 2-felógeno, 3-feloderma, 4-colênquima, 5-parênquima cortical,6-anel esclerenquimático, 7-endoderme amilifera, 8-periciclo, 9-canal secretor,10-raio medular, 11-floema secundário, 12-xilema secundário
Corte transversal de umamonocotiledônea
Cortes do caule de uma dicotiledônea em diversasalturas mostrando a transição de estrutura primáriapara secundária