Upload
ivory
View
30
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
VI Congresso de Espeleologia de América Latina e del Caribe Matanzas, Cuba 04 a 09 de agosto de 2010. CAVERNA E CINEMA: Entendendo a geograficidade das paisagens simbólicas Luiz Afonso Vaz de Figueiredo Presidente da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) - PowerPoint PPT Presentation
Citation preview
CAVERNA E CINEMA: Entendendo a geograficidade das paisagens simbólicas
Luiz Afonso Vaz de Figueiredo• Presidente da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE)
•Coordenador da Seção de Educação Ambiental e Formação Espeleológica (SBE)•Membro da Seção de História da Espeleologia – Comissão de Antropoespeleologia (SBE)
•Professor-pesquisador de Educação e Ciências Ambientais do Centro Universitário Fundação Santo André([email protected])
Luiz Eduardo Panisset Travassos•Coordenador da Seção de História da Espeleologia – Comissão de Antropoespeleologia (SBE)
•Pesquisador Associado Júnior do Laboratório de Estudos Ambientais (PUC-Minas)•Professor-Pesquisador da UFVJM
VI Congresso de Espeleologia de América Latina e del CaribeMatanzas, Cuba
04 a 09 de agosto de 2010
ANIVERSÁRIO DE 70 ANOS DA SOCIEDAD ESPELEOLOGICA DE CUBA
INTRODUÇÃO
• As cavernas possuem valores ligados aos sonhos, estímulos da imaginação oprimida, amores ocultos, lugar de mistérios, descobertas, câmara secreta, apavorante ou mesmo moradia.
• Utilizou-se como base teórica os estudos sobre imaginário poético nos quatro elementos de Bachelard (1990; 2000).
• Produção cinematográfica potencializa o simbolismo, oferecido ao espectador de forma mais definitiva ou não, de acordo com a visão do autor/roteirista, do diretor e dos produtores ou patrocinadores.
OBJETIVOS DO TRABALHO
Trabalho realizado pela Comissão de Antropoespeleologia da Seção de História da Espeleologia (SHE/SBE)
O objetivo do presente trabalho, foi realizar uma análise dos aspectos técnico-científicos e simbólicos presentes em filmes de circuito cinematográfico, produzidos entre 1956 e 2009.
ESTUDOS PRELIMINARES E BASES DE PESQUISA
1) Ensaio realizado por Travassos (2007a; b)1) Ensaio realizado por Travassos (2007a; b)
Aprofundamento no psiquismo e simbolismo cavernícola presentes em produções cinematográficas. Nesse estudo o autor refletiu sobre o papel do carste nas obras de ficção, verificando o imaginário na literatura, cinema e mídia.
(...) para muitas pessoas o simples fato de escutar a palavra caverna é suficiente para provocar sentimentos negativos e, principalmente, claustrofóbicos, com imagens de um mundo sombrio habitado por demônios e outros seres. (TRAVASSOS, 2007b, p. 62).
As representações das cavernas aparecem tanto no cinema quanto na literatura, os filmes são releituras das obras literárias, como em Crônicas de Nárnia, Harry Potter e Senhor dos Anéis.
Contribuições do conceito de paisagens do medo (Tuan, 2006)
Imaginário negativo das cavernas é o preferido dos filmes de terror, tais como os recentes: Abismo do Medo e A Caverna. (TRAVASSOS, 2007b, p. 66-67).
As locações e cenários naturais prediletos, quando se fala em paisagens cársticas são a Romênia, Eslovênia, México, Nova Zelândia, Escócia e Inglaterra,
Chapada Diamantina (Brasil) no filme Turistas, por possuir um carste típico. (TRAVASSOS, 2007b, p. 66).
2) Tese de Doutorado em Geografia Física em fase final 2) Tese de Doutorado em Geografia Física em fase final (Figueiredo, 2009)(Figueiredo, 2009)
CAVERNAS COMO PAISAGENS RACIONALES E SIMBÓLICASE A INVENÇÃO ESPELEOTURISMO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
Luiz Afonso Vaz de Figueiredo
Orientadora:Profa. Dra. Sueli Angelo Furlan
Foram analisados 42 filmes e 2 dois em maior profundidade
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Foram identificados e cadastrados 73 filmes-título que possuíssem conteúdo ligado ao tema caverna, veiculados em Brasil.
Foi aplicada a análise fílmica para 2 desses filmes
Os dados foram obtidos em videolocadoras, filmes em cartaz, sites especializados (IMDb, Allmovies, Adoro Cinema, You Tube, entre outros).
A base teórica da pesquisa:
•Geografia cultural (ROSENDHAL; CORRÊA, 2001a, b; CLAVAL, 2007)
•Geografia humanística (TUAN, 1980; 2006; GRATÃO, 2006). também foram utilizados materiais sobre
•Análise fílmica (VANOYE; GOLIOT-LÉTÉ, 1994; PEREIRA, 2000; VADICO, 2001; MELANI, 2006; ITO; NOGUEIRA, 2007),
•Relação entre cinema e os estudos da paisagem (STEWARD, 2004; PECKHAM, 2004).
32,924
1970 (1)1980 (1)1990 (2)2000 (20)
Ficção/fantasia1. Star Wars (1977-2005)2. Duna (1984/2007)3. Coração de Dragão (1996)4. Tropas Estelares (1998)5. Dangeous&Dragons (2000-2005)6. O Grinch (2000)7. Senhor dos Anéis (2001-2004)8. Harry Potter (2001-2009)9. A máquina do tempo (2002)10. Matrix (2003)11. Ataque dos dragões (2004)12. King-Kong (2005)13. Crônicas de Nárnia (2005-2008)14. Eragon (2006)15. Transformers (2007)16. Beowulf (2007)17. Em nome do rei (2007)18. Crônicas de Spiderwick (2008)19. Viagem-centro da terra (2008)20. Cidade das Sombras (2008)21. Outlander (2008)22. Invasores cidade perdida (2008)23. Montanha enfeitaçada (2009)24. Star Trek (2009)
15,111
1970 (0)1980 (2)1990 (3)2000 (6)
Aventura/ação1.Indiana Jones (1981-2008)2.The Goonies (1985)3.A guerra do ouro (1990)4.Caçadoras de aventuras (1995)5.A múmia (1999-2001)6.Pequenos espiões 2 (2002)7.Piratas do Caribe (2003)8.A lenda do tesouro... (2004-2007)9.Speed Racer (2008)10.James Bond: quant. solace (2008)11.Um amor de tesouro (2008)
%(déc.)
N(déc.)
CATEGORIA FÍLMICA
Tabela 1- Dados gerais dos filmes -tema/década
Tabela 1- Dados gerais dos filmes -tema/década (cont.)
9,77≤1970 (0)1980 (0)1990 (2)2000 (5)
HQ/super-herói/desenho/games1. O Fantasma (1996)2. A máscara do Zorro (1998)3- Lara Croft (2001)4. Scooby-Doo (2002)5. Batman Begins (2005)6. Homem de ferro (2008)7. Hulk (2008)
15,311≤1970 (1)1980 (4)1990 (3)2000 (3)
Drama/Romance1. The Cavern (1965)2. Guerra do fogo (1981)3. Passagem para a Índia (1985)4. Tribo caverna dos ursos (1986)5. Soc. Poetas Mortos (1989)6. Lancelot (1995)6. O paciente inglês (1996)8. Robinson Crusoé (1997/2003)9. O Náufrago (2001)10. Cartas de Iwo Jima (2006)11. Verão para toda a vida (2007)
15,1101970 (3)1980 (0)1990 (1)2000 (7)
Terror/suspense1. The Mole People (1956-reedição 1964)2. Beast from haunted cave (1959)3. The Cave living death (1966)4. Mortos de Fome (1999)5. Morcegos (2000)6- Vampiros assassinos (2005)7- A caverna (2005)8- A caverna maldita (2005)9- Caverna maldita (2006)10- Abismo do medo (2006)11- Turistas (2007)
% (déc.)N (déc.)CATEGORIA FÍLMICA
TOTAL 73
≤1970 (5)1980 (9)1990 (11)2000 (48)
100,0
≤1970 (5,5)1980 (12,5)1990 (15,3)2000 (66,7)
5.512.5 15.3
66.7
0.010.020.030.040.050.060.070.0
década 1950-1970
década 1980 década 1990 década 2000
porc
enta
gem
décadas
PRODUÇÃO FILMOGRÁFICAS-DÉCADAS
FICHA DE CADASTRO CINEMATOGRÁFICO - ANÁLISE FÍLMICA
FILMOGRAFIA-PLANILHA DE PALAVRAS-CHAVE (TEMA:CAVERNA) (ASPECTOS SIMBÓLICOS) (1950-2009)
FILME-CÓDIGO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10
abrigo/moradia
alienígenas/ET
amizade
amor/rom
ance
aprendizagem/treino
armadilha/obstáculo
aventura
beleza/agradável
bem X m
al
bestialização/nojento
F1-Beast 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
F2-The cavern 1 0 1 1 0 1 0 1 0 0
F3-Fluch der 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
F4-Star Wars 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0
F5-Guerra do Fogo 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0
FILMOGRAFIA-PLANILHA DE PALAVRAS-CHAVE (TEMA:CAVERNA) (ASPECTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS) (1950-2009)
FILME-CÓDIGO T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10
Abism
o (vertical, poço ou desnível)
Abrigo sob R
ocha
Água
(rio,lago, lençol freático)
Água (cachoeira)
Am
plo/amplitude
Apertado/teto baixo
Canyon estreito
Catacum
bas/construções/cidades/casa
Caverna seca
Clarabóia
(iluminação superior)
F1-Beast 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0F2- The Cavern 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0F3-Fluch der 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0F4-Star Wars 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0F5-Guerra do Fogo 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1
FILM
OG
RAFI
A-a
spec
tos
técn
ico-
cien
tífic
os
010
2030
4050
6070
80
Abi
smo
(ve
rtic
al, p
oço
ou d
esní
vel)
Abr
igo
sob
Roc
ha
Água
(ri
o,la
go,
lenç
ol f
reát
ico)
Água
(ca
choe
ira)
Am
plo/
ampl
itud
e
Ape
rtad
o/te
to b
aixo
Can
yon
est
reit
o
Cat
acum
bas
/con
stru
ções
/cid
ades
/cas
a
Cav
erna
sec
a
Cla
rabó
ia(i
lum
inaç
ão s
upe
rior
)
Con
duto
s/ga
leri
as
Des
erto
/des
érti
co
Des
mor
onam
ent
o/bl
ocos
aba
tido
s
Esca
lada
/téc
nica
s ve
rtic
ais
equi
pam
ento
s té
cnic
o-ci
entí
fico
s
esco
rreg
ado
r/tr
ilho
s/d
esci
das
Estr
atifi
caçã
o (c
amad
as s
edim
.)
Faun
a pr
é-hi
stór
ica
Faun
a re
cent
e (e
xcet
o m
orce
gos)
Labi
rin
to/v
ária
s pa
ssag
ens/
pila
stra
s
Mar
inho
/mar
/lit
ora
l
Mon
tanh
a
Mor
cego
s (h
abit
ante
s re
gula
res
Orn
amen
taçã
o/es
pele
otem
as
Pai
sage
m C
árst
ica
/rui
nifo
rme
Par
edõe
s/pe
nha
sco
s
Pin
tura
rup
estr
e/sí
tio
arqu
eoló
gic
o
Pór
tico
de
entr
ada/
boc
a/ja
nela
s
Reg
ião
glac
ial/
gelo
/nev
e/fr
io
Roc
has
carb
onát
icas
(c
alcá
rio,
már
m.)
Roc
has
gran
itói
des
(gra
nito
, gn
aiss
e)
Roc
has
sili
cic
lást
icas
(a
reni
to, q
uart
.)
Sal
ão/s
ala/
áre
a pr
inci
pal
Sem
ou
pouc
a or
nam
enta
ção
Sub
mer
so/m
ergu
lho/
nata
ção
Tafo
ni (
fend
as e
m g
rani
tóid
es)
Vege
taç
ão/fl
ores
ta
Vulc
ão/m
agm
a/tu
bo d
e la
va/q
uent
e
palavras-chave
N
Tabela 3- FILMES-Aspectos técnico-científicos
FIL
MO
GR
AF
IA-a
spe
cto
s si
mb
óli
cos
010
20
30
40
50
60
abri
go/m
orad
iaal
ieníg
enas
/ET
amiz
ade
amor
/rom
ance
apre
ndiz
agem
/tre
ino
arma
dilh
a/ob
stác
ulo
aven
tura
bele
za/a
grad
ável
bem
X ma
lbe
stia
lizaç
ão/n
ojen
tobu
sca/
proc
ura
cani
balis
moci
viliz
ação
/hab
itant
esco
biça
/gan
ânci
aco
nflito
/con
fron
toco
rrid
a/co
mpet
ição
cria
tivid
ade
crim
e/cr
imin
osos
desa
fio/
supe
raçã
ode
scob
erta
dest
ruiç
ãodi
ficu
ldad
es/l
imite
sen
igma
esco
nder
ijo/r
efúg
ioex
peri
ment
o/ci
entis
tafo
rtal
eza/
base
mili
tar
fuga
guar
dião
habi
lidad
e/de
stre
zahe
rói/
hero
ismo
host
ilin
vest
igaç
ão/d
etet
ive
isol
amen
tole
nda/
mito
/pro
feci
alu
ta/b
atal
ha/g
uerr
ama
gia/
fant
ástic
o/mí
stic
oma
ligno
/mal
mant
imen
tos/
esto
que
medo
/ass
usta
dor/
pavo
rmi
stér
iomo
rte/
feri
ment
o/as
sass
inat
omo
nstr
os/d
ragõ
es/o
rcs
muta
ções
peri
go/p
erig
oso
pers
ever
ança
pira
tari
a/ro
ubo
pist
a de c
orri
dapo
der/
domí
nio/
domi
naçã
opo
rtal
/pas
sage
m se
cret
apr
oteç
ão/d
efes
a amb
ient
alre
laçõ
es in
ter-
pess
oais
ritu
ais
sabe
dori
a/co
nhec
imen
tosa
lvaç
ãose
gred
ose
rpen
tes
sexu
al/s
exo/
sens
ual
susp
ense
/ten
são
tecn
olog
ia av
ança
date
cnol
ogia
prim
itiva
teso
uro/
riqu
eza/
miné
rio
trai
ção
tris
teza
/fru
stra
ção/
dece
pção
vamp
iro/
mort
o-vi
vo/z
umbi
palavras-chave
N
Tabela 2- FILMES-aspectos simbólicos
CONFLITOCONFRONTO
(53)
DIFICULDADESLIMITES
(52)
LUTABATALHAGUERRA
(44)
HabilidadeDestreza
(34)
Morte/Ferimento/Assassinato
(34)
EsconderijoRefúgio
(34)Descoberta
(34)
ARMADILHAOBSTÁCULO (40)
PERIGOPERIGOSO (41)
PODERDOMÍNIO
(43)
RELAÇÕES INTERPESSOAIS (40)
PRODUÇÃO FILMOGRÁFICA-LITOLOGIA PREDOMINANTE
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
rochas carbonáticas
rochas siliciclásticas
rochasgranitóides/vulcanismocavernas de gelo
rochas nãoidentificadas
%
100,072TOTAL
20,815rochas não identificadas
4,23cavernas de gelo
15,311rochas granitóides/vulcanismo
15,311rochas siliciclásticas
44,432rochas carbonáticas
%NDÉCADAS
PRODUÇÃO FILMOGRÁFICA-LITOLOGIA PREDOMINANTE
Gold Diggers-Caçadoras de Aventuras-1995
1985
• Filme baseado no romance e adaptação feita por Tom Schulman, premiado pelo Oscar de melhor roteiro original (1989). • Direção de Peter Weir e o ator-protagonista Robin Willians, como o controverso e instigante professor de literatura, John Keating.
• Enredo: jovens calouros, rígida escola-internato, descoberta de uma sociedade secreta, refugio em uma caverna próxima de um rio que cruzava a floresta , literatura proibida pela escola.
• A trama é conduzida pela sedução poética causada pelo estranho e provocativo professor Keating, um dos antigos membros da DPS. Carpe diem (aproveitem o dia), uma das frases do início é “tornem suas vidas extraordinárias”.
• Os alunos descobrem no anuário da escola aspectos da vida de Keating e sua relação com a DPS.
• O grupo está alvoroçado pela idéia de rebeldia e a aura de descobertas, mediadas pela caverna e pela descoberta poética, perspectivas diferenciadas pela aventura descortinada.
• O grupo junta roupas de frio, lanternas, comida, procura a caverna no mapa e partem em busca desse desconhecido que os fazia formigar, no sentido de agitação como proposta por Bachelard (1990, p.45-46).
• A poesia de abertura da DPS: •fui à floresta porque queria viver de verdade, eu queria viver profundamente e tirar toda a essência da vida. Fazer apodrecer tudo que não era vida e não, quando eu morrer, descobrir que não vivi. Henry David Thoreau (um dos fundadores da ecologia profunda
• A entrada da gruta não é grande, uns dois metros. A gruta como um todo é pequena (artificial)
• O salão interno abriga umas oito pessoas, mas possuem alguns tetos mais baixos, o que leva um dos rapazes a bater a cabeça por duas vezes durante o filme.
1o. eixo-Pesadelo (medo apavorante)Momento 1- Bruce Wayne (criança) cai num poço da Mansão Wayne e é “atacado” por morcegos que vêm de um caverna sob a casa.
Momento 2- Durante a apresentação de uma ópera (Fausto), cenas de estranhos animais, como morcegos-humanos assusta Bruce. Ao sair do teatro seus pais são assassinados, gerando o sentimento de culpa. Contato com Gordon.
2o. eixo- Penitência/treinamento- (medo que agride e o seu controle)
Momento 3- Bruce adulto sai pelo mundo, passando por privações e provações, está preso como bandido comum (prisão budanesa). Conhece Henri Ducard que irá aperfeiçoar o seu treinamento.
Momento 4- Treinamento é estimulado por uma planta alucinógena, acentua os medos, no caso dele é um bando de morcegos que o atacam. Ducard: Identifique-se com as trevas, controle seus medos. Esse será ponto de ruptura, o retorno de Bruce para a sociedade de Gothan City.
3º. eixo- Gestação do super-herói, (medo que aproxima)
Momento 5- Retorno de Bruce, fase playboy. Vê sua cidade sendo acabada por causa da marginalidade e corrupção. Está a procura de um símbolo para aproveitar o seu treinamento, como algo incorruptível. Desce à caverna, muito ampla e tem contato com seus medos, uma enorme revoada de morcegos. Surge então o símbolo: BATMAN.
Momento 6- Primeira participação como paladino não dá muito certo, acaba se machucando. Retoma o contato com Gordon. Apoio de Lucius Fox, desenvolvimento de equipamentos: Traje protetor, capa-asa delta, Tumbler.
4º. eixo- ação (medo compartilhado)
Momento 7- Batman entra em ação, desbanca rede de bandidos. Organiza formas de prever as ações de marginais. Monta uma base na batcaverna com alta tecnologia. A dupla personalidade de Bruce começa a entrar em conflito, pois de dia é o playboy farrista e desmiolado, à noite o justiceiro mascarado.
Momento 8- Desfecho da história.Bruce já comprovou o poder da droga, se salva porque Lucius desenvolve um antídoto. A trama se revela quando se descobre que o espantalho está apenas preparando a disseminação em massa da droga no ar.• Henri Ducard é Ra´s al Ghul.• Rachel acaba sendo drogada. Então o herói tem que usar toda sua habilidade para conseguir voltar para a caverna, onde está o antídoto. • A cena do Tumbler voando pela cachoeira para dentro da caverna é emblemática. • Ele consegue deter Ducard, entretanto, a Mansão Wayne é totalmente queimada. • Rachel descobre que Bruce e Batman são a mesma pessoa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise fílmica demonstrou que existe um universo imaginário negativo rondando a idéia de caverna e vem sendo apropriado pela produção cinematográfica, explorando e reforçando arquétipos.
Nas obras selecionadas a caverna veio sempre acompanhada da excitação do desconhecido e da descoberta, entremeado pela aventura, o esconderijo; ao mesmo tempo, sensações de medo aparecem mais evidentes em Batman, decorrentes da relação do protagonista com o morcego, até como determinante da gênese do herói, enquanto que em DPS a caverna aparece como lugar agradável e o sentimento de liberdade, de confraternização, mas também pela aura de se fazer algo escondido. Espera-se que estudos desse tipo favoreçam ações de educação ambiental e formação espeleológica mais adequada à disseminação do papel ambiental e cultural das cavernas, permitindo atividades de proteção do patrimônio espeleológico mundial.
BACHELARD, G. A terra e os devaneios do repouso: ensaio sobre as imagens da intimidade. São Paulo: Martins fontes, 1990. [original de 1948].
__________. Poética do espaço. 5. ed. São Paulo: Martins fontes, 2000. [original de 1957].
CLAVAL, P. A geografia cultural. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2007.
FIGUEIREDO, L. A. V. Symbolic aspects of caves. In: INTERNATIONAL CONGRESS OF SPELEOLOGY, 13, SPELEOGICAL CONGRESS OF LATIN AMERICA AND THE CARIBBEAN, 4, BRAZILIAN CONGRESS OF SPELEOLOGY, 26, 2001, Brasília. Proceedings... Brasília: UIS/FEALC/SBE, 2001a.
GRATÃO, L. H. B. Da projeção onírica bachelardiana, os vislumbres da geopoética. In: OLIVEIRA, Lívia et al. Geografia, percepção e cognição do meio ambiente. Londrina, PR: Edições Humanidades, 2006.
ITO, L. M.; NOGUEIRA, A.A. A análise fílmica como instrumento de apoio para formação de professores do ensino de ciências: Estudo de caso do filme “a era do gelo”. 2007. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Ciências Biológicas) – Colegiado de Ciências Biológicas, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Centro Universitário Fundação Santo André, Santo André, SP, 2007.
MELANI, R. Matrix e a caverna de imagens. Cultura Cri-ti-ca. São Paulo: APROPUC, N. 4, 2º. Semestre 2006.
PECKHAM, R. S. Landscape in film. In: DUNCAN, James S. A companion to cultural geography. London: Blackwell Publishing, 2004.
PEREIRA, P. P. G. Cinema e antropologia: um esboço cartográfico em três movimentos. Cadernos de Antropologia e Imagem. Rio de Janeiro: UERJ, v. 10, n. 1, p. 51-69, 2000.
ROSENDAHL, Z.; CORRÊA, R. L. (org.). Paisagem, imaginário e espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001a.
__________. Matrizes da geografia cultural. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001b.
SANTAELLA, L.; NÖTH, W. Imagem: cognição, semiótica, mídia. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 2001.
SANTOS, E. Filologia e cinema. Rev. Philologus. Rio de Janeiro: CEFEFIL, ano 7, n. 21, 2001.
STEWARD, P. J. Caves in fiction. In: GUNN, J. (ed.). Encyclopedia of caves and karst science. New York: Fitzroy Deaborn, 2004.
TRAVASSOS, L. E. P.. Visões do relevo cárstico na mídia: literatura, filmes e notícias. Rev. Biologia e Ciências da Terra. João Pessoa: UEPB, v. 7, n. 2, p. 108-115, 2º. Semestre 2007a.
__________. O carste como pano de fundo nas obras de ficção: dualidade de percepções. O Carste. Belo Horizonte: GBPE, v. 19, n. 2, p. 62-69, dez. 2007b.
TUAN, Y. Topofília: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: DIFEL, 1980.
__________. Paisagens do medo. São Paulo: EdUNESP, 2006.
VADICO, L. A “viagem no tempo” através de suas mediações: um panorama sobre o surgimento e evolução do tema através da literatura e cinema. InterAtividade. Andradina, SP: FIRB, v. 1, n. 1, p. 137-153, jul./dez. 2001.
VANOYE, F.; GOLIOT-LÉTÉ, A. Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas, SP: Papirus, 1994.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS