33
CAVERNA E CINEMA: Entendendo a geograficidade das paisagens simbólicas Luiz Afonso Vaz de Figueiredo • Presidente da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) •Coordenador da Seção de Educação Ambiental e Formação Espeleológica (SBE) •Membro da Seção de História da Espeleologia – Comissão de Antropoespeleologia (SBE) •Professor-pesquisador de Educação e Ciências Ambientais do Centro Universitário Fundação Santo André ([email protected]) Luiz Eduardo Panisset Travassos •Coordenador da Seção de História da Espeleologia – Comissão de Antropoespeleologia (SBE) •Pesquisador Associado Júnior do Laboratório de Estudos Ambientais (PUC-Minas) •Professor-Pesquisador da UFVJM VI Congresso de Espeleologia de América Latina e del Caribe Matanzas, Cuba 04 a 09 de agosto de 2010 ANIVERSÁRIO DE 70 ANOS DA SOCIEDAD ESPELEOLOGICA DE CUBA

CAVERNA E CINEMA: Entendendo a geograficidade das paisagens simbólicas

  • Upload
    ivory

  • View
    30

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

VI Congresso de Espeleologia de América Latina e del Caribe Matanzas, Cuba 04 a 09 de agosto de 2010. CAVERNA E CINEMA: Entendendo a geograficidade das paisagens simbólicas Luiz Afonso Vaz de Figueiredo Presidente da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

CAVERNA E CINEMA: Entendendo a geograficidade das paisagens simbólicas

Luiz Afonso Vaz de Figueiredo• Presidente da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE)

•Coordenador da Seção de Educação Ambiental e Formação Espeleológica (SBE)•Membro da Seção de História da Espeleologia – Comissão de Antropoespeleologia (SBE)

•Professor-pesquisador de Educação e Ciências Ambientais do Centro Universitário Fundação Santo André([email protected])

Luiz Eduardo Panisset Travassos•Coordenador da Seção de História da Espeleologia – Comissão de Antropoespeleologia (SBE)

•Pesquisador Associado Júnior do Laboratório de Estudos Ambientais (PUC-Minas)•Professor-Pesquisador da UFVJM

VI Congresso de Espeleologia de América Latina e del CaribeMatanzas, Cuba

04 a 09 de agosto de 2010

ANIVERSÁRIO DE 70 ANOS DA SOCIEDAD ESPELEOLOGICA DE CUBA

Page 2: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

INTRODUÇÃO

• As cavernas possuem valores ligados aos sonhos, estímulos da imaginação oprimida, amores ocultos, lugar de mistérios, descobertas, câmara secreta, apavorante ou mesmo moradia.

• Utilizou-se como base teórica os estudos sobre imaginário poético nos quatro elementos de Bachelard (1990; 2000).

• Produção cinematográfica potencializa o simbolismo, oferecido ao espectador de forma mais definitiva ou não, de acordo com a visão do autor/roteirista, do diretor e dos produtores ou patrocinadores.

OBJETIVOS DO TRABALHO

Trabalho realizado pela Comissão de Antropoespeleologia da Seção de História da Espeleologia (SHE/SBE)

O objetivo do presente trabalho, foi realizar uma análise dos aspectos técnico-científicos e simbólicos presentes em filmes de circuito cinematográfico, produzidos entre 1956 e 2009.

Page 3: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

ESTUDOS PRELIMINARES E BASES DE PESQUISA

1) Ensaio realizado por Travassos (2007a; b)1) Ensaio realizado por Travassos (2007a; b)

Aprofundamento no psiquismo e simbolismo cavernícola presentes em produções cinematográficas. Nesse estudo o autor refletiu sobre o papel do carste nas obras de ficção, verificando o imaginário na literatura, cinema e mídia.

(...) para muitas pessoas o simples fato de escutar a palavra caverna é suficiente para provocar sentimentos negativos e, principalmente, claustrofóbicos, com imagens de um mundo sombrio habitado por demônios e outros seres. (TRAVASSOS, 2007b, p. 62).

As representações das cavernas aparecem tanto no cinema quanto na literatura, os filmes são releituras das obras literárias, como em Crônicas de Nárnia, Harry Potter e Senhor dos Anéis.

Contribuições do conceito de paisagens do medo (Tuan, 2006)

Imaginário negativo das cavernas é o preferido dos filmes de terror, tais como os recentes: Abismo do Medo e A Caverna. (TRAVASSOS, 2007b, p. 66-67).

As locações e cenários naturais prediletos, quando se fala em paisagens cársticas são a Romênia, Eslovênia, México, Nova Zelândia, Escócia e Inglaterra,

Chapada Diamantina (Brasil) no filme Turistas, por possuir um carste típico. (TRAVASSOS, 2007b, p. 66).

Page 4: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 5: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

2) Tese de Doutorado em Geografia Física em fase final 2) Tese de Doutorado em Geografia Física em fase final (Figueiredo, 2009)(Figueiredo, 2009)

CAVERNAS COMO PAISAGENS RACIONALES E SIMBÓLICASE A INVENÇÃO ESPELEOTURISMO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

Luiz Afonso Vaz de Figueiredo

Orientadora:Profa. Dra. Sueli Angelo Furlan

Foram analisados 42 filmes e 2 dois em maior profundidade

Page 6: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Foram identificados e cadastrados 73 filmes-título que possuíssem conteúdo ligado ao tema caverna, veiculados em Brasil.

Foi aplicada a análise fílmica para 2 desses filmes

Os dados foram obtidos em videolocadoras, filmes em cartaz, sites especializados (IMDb, Allmovies, Adoro Cinema, You Tube, entre outros).

A base teórica da pesquisa:

•Geografia cultural (ROSENDHAL; CORRÊA, 2001a, b; CLAVAL, 2007)

•Geografia humanística (TUAN, 1980; 2006; GRATÃO, 2006). também foram utilizados materiais sobre

•Análise fílmica (VANOYE; GOLIOT-LÉTÉ, 1994; PEREIRA, 2000; VADICO, 2001; MELANI, 2006; ITO; NOGUEIRA, 2007),

•Relação entre cinema e os estudos da paisagem (STEWARD, 2004; PECKHAM, 2004).

Page 7: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

32,924

1970 (1)1980 (1)1990 (2)2000 (20)

Ficção/fantasia1. Star Wars (1977-2005)2. Duna (1984/2007)3. Coração de Dragão (1996)4. Tropas Estelares (1998)5. Dangeous&Dragons (2000-2005)6. O Grinch (2000)7. Senhor dos Anéis (2001-2004)8. Harry Potter (2001-2009)9. A máquina do tempo (2002)10. Matrix (2003)11. Ataque dos dragões (2004)12. King-Kong (2005)13. Crônicas de Nárnia (2005-2008)14. Eragon (2006)15. Transformers (2007)16. Beowulf (2007)17. Em nome do rei (2007)18. Crônicas de Spiderwick (2008)19. Viagem-centro da terra (2008)20. Cidade das Sombras (2008)21. Outlander (2008)22. Invasores cidade perdida (2008)23. Montanha enfeitaçada (2009)24. Star Trek (2009)

15,111

1970 (0)1980 (2)1990 (3)2000 (6)

Aventura/ação1.Indiana Jones (1981-2008)2.The Goonies (1985)3.A guerra do ouro (1990)4.Caçadoras de aventuras (1995)5.A múmia (1999-2001)6.Pequenos espiões 2 (2002)7.Piratas do Caribe (2003)8.A lenda do tesouro... (2004-2007)9.Speed Racer (2008)10.James Bond: quant. solace (2008)11.Um amor de tesouro (2008)

%(déc.)

N(déc.)

CATEGORIA FÍLMICA

Tabela 1- Dados gerais dos filmes -tema/década

Page 8: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

Tabela 1- Dados gerais dos filmes -tema/década (cont.)

9,77≤1970 (0)1980 (0)1990 (2)2000 (5)

HQ/super-herói/desenho/games1. O Fantasma (1996)2. A máscara do Zorro (1998)3- Lara Croft (2001)4. Scooby-Doo (2002)5. Batman Begins (2005)6. Homem de ferro (2008)7. Hulk (2008)

15,311≤1970 (1)1980 (4)1990 (3)2000 (3)

Drama/Romance1. The Cavern (1965)2. Guerra do fogo (1981)3. Passagem para a Índia (1985)4. Tribo caverna dos ursos (1986)5. Soc. Poetas Mortos (1989)6. Lancelot (1995)6. O paciente inglês (1996)8. Robinson Crusoé (1997/2003)9. O Náufrago (2001)10. Cartas de Iwo Jima (2006)11. Verão para toda a vida (2007)

15,1101970 (3)1980 (0)1990 (1)2000 (7)

Terror/suspense1. The Mole People (1956-reedição 1964)2. Beast from haunted cave (1959)3. The Cave living death (1966)4. Mortos de Fome (1999)5. Morcegos (2000)6- Vampiros assassinos (2005)7- A caverna (2005)8- A caverna maldita (2005)9- Caverna maldita (2006)10- Abismo do medo (2006)11- Turistas (2007)

% (déc.)N (déc.)CATEGORIA FÍLMICA

TOTAL 73

≤1970 (5)1980 (9)1990 (11)2000 (48)

100,0

≤1970 (5,5)1980 (12,5)1990 (15,3)2000 (66,7)

Page 9: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

5.512.5 15.3

66.7

0.010.020.030.040.050.060.070.0

década 1950-1970

década 1980 década 1990 década 2000

porc

enta

gem

décadas

PRODUÇÃO FILMOGRÁFICAS-DÉCADAS

Page 10: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

FICHA DE CADASTRO CINEMATOGRÁFICO - ANÁLISE FÍLMICA

FILMOGRAFIA-PLANILHA DE PALAVRAS-CHAVE (TEMA:CAVERNA) (ASPECTOS SIMBÓLICOS) (1950-2009)

FILME-CÓDIGO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10

abrigo/moradia

alienígenas/ET

amizade

amor/rom

ance

aprendizagem/treino

armadilha/obstáculo

aventura

beleza/agradável

bem X m

al

bestialização/nojento

F1-Beast 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1

F2-The cavern 1 0 1 1 0 1 0 1 0 0

F3-Fluch der 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

F4-Star Wars 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0

F5-Guerra do Fogo 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0

Page 11: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

FILMOGRAFIA-PLANILHA DE PALAVRAS-CHAVE (TEMA:CAVERNA) (ASPECTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS) (1950-2009)

FILME-CÓDIGO T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10

Abism

o (vertical, poço ou desnível)

Abrigo sob R

ocha

Água

(rio,lago, lençol freático)

Água (cachoeira)

Am

plo/amplitude

Apertado/teto baixo

Canyon estreito

Catacum

bas/construções/cidades/casa

Caverna seca

Clarabóia

(iluminação superior)

F1-Beast 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0F2- The Cavern 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0F3-Fluch der 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0F4-Star Wars 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0F5-Guerra do Fogo 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1

Page 12: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

FILM

OG

RAFI

A-a

spec

tos

técn

ico-

cien

tífic

os

010

2030

4050

6070

80

Abi

smo

(ve

rtic

al, p

oço

ou d

esní

vel)

Abr

igo

sob

Roc

ha

Água

(ri

o,la

go,

lenç

ol f

reát

ico)

Água

(ca

choe

ira)

Am

plo/

ampl

itud

e

Ape

rtad

o/te

to b

aixo

Can

yon

est

reit

o

Cat

acum

bas

/con

stru

ções

/cid

ades

/cas

a

Cav

erna

sec

a

Cla

rabó

ia(i

lum

inaç

ão s

upe

rior

)

Con

duto

s/ga

leri

as

Des

erto

/des

érti

co

Des

mor

onam

ent

o/bl

ocos

aba

tido

s

Esca

lada

/téc

nica

s ve

rtic

ais

equi

pam

ento

s té

cnic

o-ci

entí

fico

s

esco

rreg

ado

r/tr

ilho

s/d

esci

das

Estr

atifi

caçã

o (c

amad

as s

edim

.)

Faun

a pr

é-hi

stór

ica

Faun

a re

cent

e (e

xcet

o m

orce

gos)

Labi

rin

to/v

ária

s pa

ssag

ens/

pila

stra

s

Mar

inho

/mar

/lit

ora

l

Mon

tanh

a

Mor

cego

s (h

abit

ante

s re

gula

res

Orn

amen

taçã

o/es

pele

otem

as

Pai

sage

m C

árst

ica

/rui

nifo

rme

Par

edõe

s/pe

nha

sco

s

Pin

tura

rup

estr

e/sí

tio

arqu

eoló

gic

o

Pór

tico

de

entr

ada/

boc

a/ja

nela

s

Reg

ião

glac

ial/

gelo

/nev

e/fr

io

Roc

has

carb

onát

icas

(c

alcá

rio,

már

m.)

Roc

has

gran

itói

des

(gra

nito

, gn

aiss

e)

Roc

has

sili

cic

lást

icas

(a

reni

to, q

uart

.)

Sal

ão/s

ala/

áre

a pr

inci

pal

Sem

ou

pouc

a or

nam

enta

ção

Sub

mer

so/m

ergu

lho/

nata

ção

Tafo

ni (

fend

as e

m g

rani

tóid

es)

Vege

taç

ão/fl

ores

ta

Vulc

ão/m

agm

a/tu

bo d

e la

va/q

uent

e

palavras-chave

N

Tabela 3- FILMES-Aspectos técnico-científicos

Page 13: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 14: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

FIL

MO

GR

AF

IA-a

spe

cto

s si

mb

óli

cos

010

20

30

40

50

60

abri

go/m

orad

iaal

ieníg

enas

/ET

amiz

ade

amor

/rom

ance

apre

ndiz

agem

/tre

ino

arma

dilh

a/ob

stác

ulo

aven

tura

bele

za/a

grad

ável

bem

X ma

lbe

stia

lizaç

ão/n

ojen

tobu

sca/

proc

ura

cani

balis

moci

viliz

ação

/hab

itant

esco

biça

/gan

ânci

aco

nflito

/con

fron

toco

rrid

a/co

mpet

ição

cria

tivid

ade

crim

e/cr

imin

osos

desa

fio/

supe

raçã

ode

scob

erta

dest

ruiç

ãodi

ficu

ldad

es/l

imite

sen

igma

esco

nder

ijo/r

efúg

ioex

peri

ment

o/ci

entis

tafo

rtal

eza/

base

mili

tar

fuga

guar

dião

habi

lidad

e/de

stre

zahe

rói/

hero

ismo

host

ilin

vest

igaç

ão/d

etet

ive

isol

amen

tole

nda/

mito

/pro

feci

alu

ta/b

atal

ha/g

uerr

ama

gia/

fant

ástic

o/mí

stic

oma

ligno

/mal

mant

imen

tos/

esto

que

medo

/ass

usta

dor/

pavo

rmi

stér

iomo

rte/

feri

ment

o/as

sass

inat

omo

nstr

os/d

ragõ

es/o

rcs

muta

ções

peri

go/p

erig

oso

pers

ever

ança

pira

tari

a/ro

ubo

pist

a de c

orri

dapo

der/

domí

nio/

domi

naçã

opo

rtal

/pas

sage

m se

cret

apr

oteç

ão/d

efes

a amb

ient

alre

laçõ

es in

ter-

pess

oais

ritu

ais

sabe

dori

a/co

nhec

imen

tosa

lvaç

ãose

gred

ose

rpen

tes

sexu

al/s

exo/

sens

ual

susp

ense

/ten

são

tecn

olog

ia av

ança

date

cnol

ogia

prim

itiva

teso

uro/

riqu

eza/

miné

rio

trai

ção

tris

teza

/fru

stra

ção/

dece

pção

vamp

iro/

mort

o-vi

vo/z

umbi

palavras-chave

N

Tabela 2- FILMES-aspectos simbólicos

Page 15: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

CONFLITOCONFRONTO

(53)

DIFICULDADESLIMITES

(52)

LUTABATALHAGUERRA

(44)

HabilidadeDestreza

(34)

Morte/Ferimento/Assassinato

(34)

EsconderijoRefúgio

(34)Descoberta

(34)

ARMADILHAOBSTÁCULO (40)

PERIGOPERIGOSO (41)

PODERDOMÍNIO

(43)

RELAÇÕES INTERPESSOAIS (40)

Page 16: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

PRODUÇÃO FILMOGRÁFICA-LITOLOGIA PREDOMINANTE

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

rochas carbonáticas

rochas siliciclásticas

rochasgranitóides/vulcanismocavernas de gelo

rochas nãoidentificadas

%

100,072TOTAL

20,815rochas não identificadas

4,23cavernas de gelo

15,311rochas granitóides/vulcanismo

15,311rochas siliciclásticas

44,432rochas carbonáticas

%NDÉCADAS

PRODUÇÃO FILMOGRÁFICA-LITOLOGIA PREDOMINANTE

Page 17: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 18: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 19: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 20: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

Gold Diggers-Caçadoras de Aventuras-1995

1985

Page 21: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 22: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 23: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 24: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 25: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 26: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 27: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 28: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

• Filme baseado no romance e adaptação feita por Tom Schulman, premiado pelo Oscar de melhor roteiro original (1989). • Direção de Peter Weir e o ator-protagonista Robin Willians, como o controverso e instigante professor de literatura, John Keating.

• Enredo: jovens calouros, rígida escola-internato, descoberta de uma sociedade secreta, refugio em uma caverna próxima de um rio que cruzava a floresta , literatura proibida pela escola.

• A trama é conduzida pela sedução poética causada pelo estranho e provocativo professor Keating, um dos antigos membros da DPS. Carpe diem (aproveitem o dia), uma das frases do início é “tornem suas vidas extraordinárias”.

• Os alunos descobrem no anuário da escola aspectos da vida de Keating e sua relação com a DPS.

• O grupo está alvoroçado pela idéia de rebeldia e a aura de descobertas, mediadas pela caverna e pela descoberta poética, perspectivas diferenciadas pela aventura descortinada.

• O grupo junta roupas de frio, lanternas, comida, procura a caverna no mapa e partem em busca desse desconhecido que os fazia formigar, no sentido de agitação como proposta por Bachelard (1990, p.45-46).

• A poesia de abertura da DPS: •fui à floresta porque queria viver de verdade, eu queria viver profundamente e tirar toda a essência da vida. Fazer apodrecer tudo que não era vida e não, quando eu morrer, descobrir que não vivi. Henry David Thoreau (um dos fundadores da ecologia profunda

• A entrada da gruta não é grande, uns dois metros. A gruta como um todo é pequena (artificial)

• O salão interno abriga umas oito pessoas, mas possuem alguns tetos mais baixos, o que leva um dos rapazes a bater a cabeça por duas vezes durante o filme.

Page 29: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas
Page 30: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

1o. eixo-Pesadelo (medo apavorante)Momento 1- Bruce Wayne (criança) cai num poço da Mansão Wayne e é “atacado” por morcegos que vêm de um caverna sob a casa.

Momento 2- Durante a apresentação de uma ópera (Fausto), cenas de estranhos animais, como morcegos-humanos assusta Bruce. Ao sair do teatro seus pais são assassinados, gerando o sentimento de culpa. Contato com Gordon.

2o. eixo- Penitência/treinamento- (medo que agride e o seu controle)

Momento 3- Bruce adulto sai pelo mundo, passando por privações e provações, está preso como bandido comum (prisão budanesa). Conhece Henri Ducard que irá aperfeiçoar o seu treinamento.

Momento 4- Treinamento é estimulado por uma planta alucinógena, acentua os medos, no caso dele é um bando de morcegos que o atacam. Ducard: Identifique-se com as trevas, controle seus medos. Esse será ponto de ruptura, o retorno de Bruce para a sociedade de Gothan City.

Page 31: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

3º. eixo- Gestação do super-herói, (medo que aproxima)

Momento 5- Retorno de Bruce, fase playboy. Vê sua cidade sendo acabada por causa da marginalidade e corrupção. Está a procura de um símbolo para aproveitar o seu treinamento, como algo incorruptível. Desce à caverna, muito ampla e tem contato com seus medos, uma enorme revoada de morcegos. Surge então o símbolo: BATMAN.

Momento 6- Primeira participação como paladino não dá muito certo, acaba se machucando. Retoma o contato com Gordon. Apoio de Lucius Fox, desenvolvimento de equipamentos: Traje protetor, capa-asa delta, Tumbler.

4º. eixo- ação (medo compartilhado)

Momento 7- Batman entra em ação, desbanca rede de bandidos. Organiza formas de prever as ações de marginais. Monta uma base na batcaverna com alta tecnologia. A dupla personalidade de Bruce começa a entrar em conflito, pois de dia é o playboy farrista e desmiolado, à noite o justiceiro mascarado.

Momento 8- Desfecho da história.Bruce já comprovou o poder da droga, se salva porque Lucius desenvolve um antídoto. A trama se revela quando se descobre que o espantalho está apenas preparando a disseminação em massa da droga no ar.• Henri Ducard é Ra´s al Ghul.• Rachel acaba sendo drogada. Então o herói tem que usar toda sua habilidade para conseguir voltar para a caverna, onde está o antídoto. • A cena do Tumbler voando pela cachoeira para dentro da caverna é emblemática. • Ele consegue deter Ducard, entretanto, a Mansão Wayne é totalmente queimada. • Rachel descobre que Bruce e Batman são a mesma pessoa.

Page 32: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise fílmica demonstrou que existe um universo imaginário negativo rondando a idéia de caverna e vem sendo apropriado pela produção cinematográfica, explorando e reforçando arquétipos.

Nas obras selecionadas a caverna veio sempre acompanhada da excitação do desconhecido e da descoberta, entremeado pela aventura, o esconderijo; ao mesmo tempo, sensações de medo aparecem mais evidentes em Batman, decorrentes da relação do protagonista com o morcego, até como determinante da gênese do herói, enquanto que em DPS a caverna aparece como lugar agradável e o sentimento de liberdade, de confraternização, mas também pela aura de se fazer algo escondido.  Espera-se que estudos desse tipo favoreçam ações de educação ambiental e formação espeleológica mais adequada à disseminação do papel ambiental e cultural das cavernas, permitindo atividades de proteção do patrimônio espeleológico mundial.

Page 33: CAVERNA E CINEMA:  Entendendo a  geograficidade  das paisagens simbólicas

BACHELARD, G. A terra e os devaneios do repouso: ensaio sobre as imagens da intimidade. São Paulo: Martins fontes, 1990. [original de 1948].

__________. Poética do espaço. 5. ed. São Paulo: Martins fontes, 2000. [original de 1957].

CLAVAL, P. A geografia cultural. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2007.

FIGUEIREDO, L. A. V. Symbolic aspects of caves. In: INTERNATIONAL CONGRESS OF SPELEOLOGY, 13, SPELEOGICAL CONGRESS OF LATIN AMERICA AND THE CARIBBEAN, 4, BRAZILIAN CONGRESS OF SPELEOLOGY, 26, 2001, Brasília. Proceedings... Brasília: UIS/FEALC/SBE, 2001a.

GRATÃO, L. H. B. Da projeção onírica bachelardiana, os vislumbres da geopoética. In: OLIVEIRA, Lívia et al. Geografia, percepção e cognição do meio ambiente. Londrina, PR: Edições Humanidades, 2006.

ITO, L. M.; NOGUEIRA, A.A. A análise fílmica como instrumento de apoio para formação de professores do ensino de ciências: Estudo de caso do filme “a era do gelo”. 2007. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Ciências Biológicas) – Colegiado de Ciências Biológicas, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Centro Universitário Fundação Santo André, Santo André, SP, 2007.

MELANI, R. Matrix e a caverna de imagens. Cultura Cri-ti-ca. São Paulo: APROPUC, N. 4, 2º. Semestre 2006.

PECKHAM, R. S. Landscape in film. In: DUNCAN, James S. A companion to cultural geography. London: Blackwell Publishing, 2004.

PEREIRA, P. P. G. Cinema e antropologia: um esboço cartográfico em três movimentos. Cadernos de Antropologia e Imagem. Rio de Janeiro: UERJ, v. 10, n. 1, p. 51-69, 2000.

ROSENDAHL, Z.; CORRÊA, R. L. (org.). Paisagem, imaginário e espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001a.

__________. Matrizes da geografia cultural. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001b.

SANTAELLA, L.; NÖTH, W. Imagem: cognição, semiótica, mídia. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 2001.

SANTOS, E. Filologia e cinema. Rev. Philologus. Rio de Janeiro: CEFEFIL, ano 7, n. 21, 2001.

STEWARD, P. J. Caves in fiction. In: GUNN, J. (ed.). Encyclopedia of caves and karst science. New York: Fitzroy Deaborn, 2004.

TRAVASSOS, L. E. P.. Visões do relevo cárstico na mídia: literatura, filmes e notícias. Rev. Biologia e Ciências da Terra. João Pessoa: UEPB, v. 7, n. 2, p. 108-115, 2º. Semestre 2007a.

__________. O carste como pano de fundo nas obras de ficção: dualidade de percepções. O Carste. Belo Horizonte: GBPE, v. 19, n. 2, p. 62-69, dez. 2007b.

TUAN, Y. Topofília: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: DIFEL, 1980.

__________. Paisagens do medo. São Paulo: EdUNESP, 2006.

VADICO, L. A “viagem no tempo” através de suas mediações: um panorama sobre o surgimento e evolução do tema através da literatura e cinema. InterAtividade. Andradina, SP: FIRB, v. 1, n. 1, p. 137-153, jul./dez. 2001.

VANOYE, F.; GOLIOT-LÉTÉ, A. Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas, SP: Papirus, 1994.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS