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CBN-Convenção Batista Nacional - Julho/Agosto/Setembro de 2012 Informativo Oficial da Convenção Batista Nacional - Julho/Agosto/Setembro de 2012 Página 14

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CBN-Convenção Batista Nacional - Julho/Agosto/Setembro de 2012

Informativo Oficial da Convenção Batista Nacional - Julho/Agosto/Setembro de 2012

Página 14

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CBN-Convenção Batista Nacional - Julho/Agosto/Setembro de 2012

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VEREMOS UM SEGUNDO AVIVAMENTO?

Pr. José Carlosda Silva

Presidente da CBN

Escrevo antes do Congresso de Pas-tores promovido pela Ormiban,

em Caldas Novas. Digo logo, por que me sinto atraído a tratar do tema Aviva-mento, expondo minha visão, fazendo uso do espaço que me cabe nesse jor-nal, que entre outras coisas, visa ser um formador de opinião, fomento de refle-xão e interação. Alguns leitores, gene-rosamente, têm me encorajado a seguir pontuando a leitura que faço da nossa instituição e dos rumos pretendidos. Assim, vamos tratar do tão profetizado avivamento em terras brasileiras.

Por definição, avivamento consiste numa obra extraordinária de Deus em determinado contexto (tempo, espaço, povo). Há muitos registrados na his-tória, desde os narrados em Atos dos Apóstolos: Jerusalém, Samaria, Antio-quia da Síria e Éfeso. Nos quatro rela-tos temos pregação poderosa, sinais e prodígios, conversão em massa, santifi-cação e impulso missionário. O mesmo fenômeno se reproduziu em diferentes épocas do cristianismo. Os mais conhe-cidos são do século XVIII destacando--se os avivamentos/movimentos mo-raviano e wesleyano (e seus reflexos no País de Gales, Escócia e Nova In-glaterra). Os dois movimentos foram gestados na busca de santificação, vida piedosa, oração contínua de crentes influenciados pelo pietismo alemão e puritanismo inglês. Poucos sabem hoje que as “denominações” que geraram os avivamentos e impulsionaram as mis-sões modernas foram os luteranos e os anglicanos.

O avivamento europeu refletiu na América do Norte, e de lá foi exporta-do para a América Latina numa série de ondas missionárias. A partir do final do século XIX, os protestantes históri-cos aqui chegaram com seus colégios e seminários, importantes estratégias mis-sionárias. Na segunda década do século XX, chegam os pentecostais tomados pelo Espírito Santo na Azuza Street, em Los Angeles. Outra estratégia foi

“Nós não fazemos como Moisés, que cobria o rosto com um véu para que os israelitas não pudessem ver que o seu brilho estava desaparecendo.” 2Co 3.13

usada: a multiplicação de igrejas sob a direção de gente com o mínimo prepa-ro formal, mas cheios de entusiasmo e dons espirituais, concomitante com o processo de urbanização e industria-lização da sociedade brasileira. Foram algumas décadas para a implantação do protestantismo no Brasil, hegemonica-mente católico.

Eu creio que o verdadeiro avivamen-to brasileiro aconteceu entre meados da década de cinquenta e o final da década de sessenta. Rompeu-se os paradigmas do Brasil católico e que o protestan-tismo era uma religião de estrangeiros. Surgiu a real igreja brasileira, que gradu-almente rompeu os laços com a matriz cultural norte americana/europeia na geração de uma liderança local teológi-ca, litúrgica e ministerialmente tupini-quim. Não foi uma ruptura rápida ou sem traumas. O avivamento produziu divisões, mas foi suficientemente abran-gente para tornar-se irreversível. Até quem não aderiu no primeiro momento, teve que se adaptar, pois as mudanças vieram para ficar. A igreja brasileira se consolidou multifacetada, plural, subje-tivista, mística e liturgicamente livre.

Vinte anos depois, estava pavimen-tado o caminho para o advento das co-munidades evangélicas e o surgimento do neopentecostalismo brasileiro. Qua-se tudo que temos hoje nasceu, reorga-nizou-se, ou brotou de uma expressão da igreja existente na década de 60. Não há nada de novo, apenas coisas renova-das. Talvez, deturpadas defina melhor algumas delas.

Como quem joga uma pedra num lago de águas muito calmas, decorridos cinquenta anos do fim do avivamento brasileiro, o que temos hoje são as ondas circulares remanescentes. Elas seguem se propagando, mas a energia que as ge-rou está se extinguindo. Seus efeitos fo-ram amplos, mas cada vez mais fracos. Assim, temos ainda alegria, liberdade, dons espirituais e esforço missionário decorrentes do avivamento brasileiro

chamado de Renovação Espiritual. Ber-ço batista nacional, nossa herança, nossa história, compartilhada com quase todas as expressões da igreja brasileira atual.

Como se expressa o avivamento bra-sileiro hoje? Eu diria: “queremos mais do mesmo”, ou seja, não se apresentam coisas novas, apenas o resgate daquilo que está se desvanecendo. Como o ros-to de Moisés que perdeu gradualmente o brilho, escondemos a face com o véu para que não perceba que tudo o que te-mos é “mais do mesmo”.

Todos, pentecostais, históricos, re-novados, comunidades e grupos alter-nativos procuram o algo mais, aquilo que vai transformar a situação e fazer eclodir um novo avivamento no Brasil. Alguns alardearam ser precursores do avivamento. Primeiro as comunidades, nos anos 80 e 90, com seu discurso de unidade pós denominacional; depois as igrejas celulares, na virada do milênio, com a falácia do crescimento universal e explosivo; por fim, as igrejas apostólicas e seus profetas da última hora. Todos não passam de ondas tentando manter vivo um avivamento que já foi, embora pensem ser prenúncio de um avivamen-to que ainda virá.

Pessoalmente desconheço um país onde isso tenha ocorrido. Israel, Grécia, Ásia Menor (Turquia atual), Alemanha, Inglaterra, EUA, Coréia do Sul... por que o Brasil seria o país de dois aviva-mentos? A menos que meus irmãos queiram negar que Renovação Espiritual tenha sido um genuíno avivamento. O que nossos pais viram, e nossos pionei-ros viveram foi pregação poderosa (in-clusive no rádio - comunicação de massa naqueles dias), sinais e prodígios (verda-deiros e não sugestionados), conversão em massa (surgimento de muitas igrejas nacionais), santificação (vigílias, jejuns e oração como nunca antes) e impulso missionário (missões nacionais e trans-culturais que ainda perduram). Ou seja, a experiência de Atos dos apóstolos já se deu em terras brasileiras.

Vejo as águas ainda se movendo des-de que a pedra foi lançada. Mas cada ano seus efeitos são menos perceptíveis. Hu-manamente falando, creio que o secula-rismo e a cultura capitalista de europeus e norte americanos nos esperam adiante. O cristianismo feito cultura tem sido a morte do evangelho: quem olha por fora vê um sepulcro caiado, talvez até de gra-nito, mas por dentro, uma religiosidade morta. Teremos força para romper com tal tendência?

Temo que daqui algumas décadas, os grandes templos ficarão vazios, como vazios são os corações e a cabeça de muitos que hoje os frequentam. Essa gente movida por ganância, que segue pregadores presunçosos não dará boa cepa. O vinho que provirá de suas uvas será como fel, e tais figueiras, cheia de folhas, não darão fruto algum. Os pseu-do avivalistas sem caráter, politiqueiros, adúlteros, mercenários são apenas discí-pulos de Balaão, como já disseram Judas e Pedro. Que fruto bom se pode colher de tais árvores? Ilusão: é o que eles são e tudo o que vendem.

Pelo que orar então? Por um reaviva-mento? Penso que pela manutenção do fogo, para que o Espírito sopre as cin-zas, para que a brasa se mantenha, pela preservação de um remanescente que se santifique, ame e propague o verdadei-ro evangelho e não deixe de cumprir a Grande Comissão. Prefiro orar segundo as Revelações:

O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser

receba de graça a água da vida. Ap 22.17.

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CBN-Convenção Batista Nacional - Julho/Agosto/Setembro de 2012

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AGOSTO12 Dia dos Pais (2º domingo)31 Noite de vigília e oração da igreja

SETEMBRO Mês de Missões Mundiais2 Celebração da ceia do Senhor7 Feriado (Independência do Brasil)9 Dia de Oração pelos Missionários (2ºdomingo)16 45 anos de Organização da CBN20 a 22 Congresso de Missões-CBN-Porto Alegre/RS

OUTUBRO 5 Noite de vigília e oração da igreja7 Celebração da ceia do Senhor12 Feriado Dia Nacional de Oração da CBN

NOVEMBRO2 Feriado Católico Noite de vigília e oração da igreja4 Celebração da ceia do Senhor7 Dia Mundial de Intercessão da União Feminina15 Feriado (Proclamação da República) Dia Batista Nacional de Jejum e Oração pela Pátria15 a 17 Congresso Feminino Batista Nacional – RJ30 Noite de vigília e oração da igreja Conclusão do Curso de Formação Missionária Reunião da Diretoria da Jami

O Jornal “O Batista Nacional” é uma publicação daConvenção Batista Nacional

REDAÇÃO “O BATISTA NACIONAL”SDS - Ed. Venancio Jr, Bl M, Entr 14, Brasília-DF / 70394-900

Fone: (61) 3321-8557 / Fax: (61) 3321-0119Site: www.cbn.org.br / email: [email protected]

EXPEDIENTECBN - Convenção Batista NacionalPresidente: Pr. José Carlos da Silva

1º Vice-Presidente: Pr. Robson Júnior da Silva2º Vice-Presidente: Pr. Edmilson Vila Nova

3º Vice-Presidente: Pr. Cláudio Ely Dietrich Espíndola1ª Secretária: Telma Molina Cintra Bastista

2º Secretário: Pr. José de Arimatéa Beirão Filgueiras3º Secretário: Pr. Jorge Luiz Borges Menezes

Secretário Geral de Administração: Pr. Lucy-mar de Almeida Campos

SECOM/CBN - SECRETARIA DE COMUNICAÇÃODiretor Executivo: Pr. José Carlos da Silva

Editoração: Rejane Siqueira Campos de BittencourtRevisor: Pr. Daniel Heleodoro

Tiragem: 50.000 exemplares / Impressão: Correio BrazilienseArtigos publicados: reprodução permitida. Favor mencionar a fonte.

Envie-nos artigos, notícias ou divulgue o evento de sua igreja neste jornal. Ao receber o jornal,

distribua-o e promova sua divulgação!

Você já parou para pensar no que está aconte-cendo com o mundo?

Na natureza, tragédias por todo lado, os mon-tes desabando como cera, as camadas inferiores da terra se movimentando como nunca e causan-do terremotos incontáveis e ativando vulcões há muito inativos. Algumas cidades sendo massacra-das com chuvas intensas, gerando rios destruido-res em segundos e outras sendo devastadas pela seca e calor intensos.

Entre os povos, um clamor por liberdade, sal-vação e paz. A humanidade quer ser livre do mal que a persegue, encurrala e atormenta. Na África, a fome, a miséria, a enfermidade, a violência e o engano, aumentam na mesma proporção do cres-cimento populacional. Na Ásia, a convulsão social fora de controle começa a se alastrar rapidamente por vários países árabes.

Na Europa e América do Norte, o desespero e a depressão ferem milhares, por terem perdido tudo o que tinham em ações, investimentos, em-pregos e até a casa.

Nos países emergentes como Brasil, Índia e China, apesar do desenvolvimento econômi-co acelerado, as drogas, o álcool e a prostituição destroem milhares de crianças e famílias e os go-vernos confessam: não sabemos o que fazer, não temos recursos suficientes, não temos pessoal qualificado.

Você acha que a televisão atingiu o fundo do poço com tanto lixo podre e nojento que ela transmite? Coisas piores estão por vir, e que Deus tenha misericórdia de nós.

A Bíblia declara que isto é apenas o início das dores! Imagine o que virá pela frente. Mas o que eu quero lembrar aqui é que a volta de Jesus é imi-nente. Jesus está voltando. E se você discorda e acha que ainda falta muito, você deve ter o desejo, como parte do corpo de orar diariamente: Maran-ta! Vem Senhor Jesus! Vem nos buscar, pois eu anseio estar contigo! Quem não tiver este desejo, então não tem parte com Cristo, como Paulo.

Mubarak era ditador acusado de vários crimes, bem como Kadafi, mas será que aqueles que os sucederem serão melhores do que eles? Anali-sando os fatos atuais com os textos bíblicos, eu posso afirmar que todos os futuros governantes no mundo árabe irão fracassar em sua missão de trazer a paz e a estabilidade econômica, financeira e comercial. Todos eles irão fracassar, não porque

não são capazes, mas porque o cenário para o apare-cimento do anticristo está sendo preparado. “Quem tem ouvidos, ouça”, é o que diz João várias vezes no livro da revelação.

Em Mateus 24.3-8 os discípulos fazem a seguinte pergunta a Jesus: dize-nos quando sucederão estas coi-sas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século? E Ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim, aconte-cer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará na-ção contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores.”

No versículo 23 do mesmo capítulo Jesus diz: “En-tão, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei--lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: ei-lo no interior da casa!, não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.

É tão rápido como um raio que surge e logo desa-parece. Assim será a volta de Jesus, não haverá tempo de preparação naquele dia. Ou se está preparado ou não está. Quem não estiver preparado não subirá com o Messias para a Nova Jerusalém.

Assim como nos dias de Noé, as pessoas faziam festa, casavam, trabalhavam e não estavam preocupa-das com o aviso de Noé, e despercebidas, foram des-truídas pelo dilúvio, assim será na vida de Jesus.

Mateus 24.42, 44 diz: Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, a hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.

Prepara-te para te encontrares com o teu Deus! Maranata! Vem, Senhor Jesus! Vem logo, nós te

aguardamos! No amor do Senhor Jesus Cristo,

ATENÇÃO! DORES, INUNDAÇÕES,

GUERRAS, TERREMOTOS...

Pr. Filipe A. EspíndolaPorto Alegre/RS

[email protected]

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A TEOLOGIA DAAUSÊNCIA

Marta, irmã de Lázaro e de Maria corre até Jesus e declara-lhe: “Se-

nhor, se estivesse aqui...”! ou seja, Jesus não estava lá, quando Lázaro irmão de Marta e Maria morreu. Jesus estava au-sente em um momento que parecia, se-gundo Marta, extremamente importante para ela e sua irmã. Observe: Jesus esta-va ausente!

Se é importante estar presente deve-mos pensar então que também, em algu-mas situações, é oportuno estar ausente. Nem sempre a presença é necessária!

Existem situações que serão mais bem resolvidas com a ausência. Pensar que tudo depende da presença para ser resolvido é se imaginar Deus, pois, so-mente Ele “é o criador e sustentador de todas as coisas”.

Quando observamos os evangelhos, e de forma precisa a vida do nosso mes-tre Jesus, percebemos que mesmo ele sendo o Emanuel (Deus conosco), hou-ve momentos na vida dos discípulos e seus seguidores que ele esteve ausente. E, claro, esta ausência não era situacio-nal, mas sim, proposital! Tudo que Jesus fez enquanto viveu como homem entre nós, teve um propósito. Jesus viveu uma vida na terra impulsionada pelo vento do propósito divino. As ausências de Je-sus tinham propósito.

Ao se ausentar dos seus liderados, o líder abre espaço para a manifestação das competências e deficiências deles. Jesus estrategicamente se ausentou em alguns momentos para que seus lidera-dos pudessem crescer.

Saber a hora de estar presente e a hora de estar ausente é importante para liderar com excelência. Também realiza-mos com a nossa ausência.

A presença do líder pode ser o fator inibidor da manifestação real do lidera-do. A ausência dá espaço para assumir uma postura natural e verdadeira!

No cotidiano o líder deve evitar ser o fator de limitação para as pessoas de-senvolverem suas competências. Pare-ce absurdo, mas, existem pais que blo-quearam o desenvolvimento dos filhos por causa de uma presença castradora e sufocante, enquanto outros destruíram a autoestima dos filhos com a sua au-sência. A ausência também pode gerar a morte da referência. Filhos sem referen-ciais paternos e maternos podem não desenvolver seus potenciais.

No mundo corporativo a ausência do patrão em alguns momentos é im-portante para revelar os comprometidos e descomprometidos com a empresa. Em certas ocasiões, a ausência revela o caráter.

Marta, depois da sua declaração ouve a resposta de Jesus: “...eu sou a ressur-reição e a vida. Quem crê em mim, ain-da que morra viverá” (João 11.25). Ou seja, Jesus pode trazer a vida o irmão de Marta, mas a pergunta paira no ar: Por-que ele estava ausente? Talvez a ausência de Jesus tenha sido para ensinar aquelas mulheres uma das mais importantes li-ções da vida: podemos perder pessoas que amamos para a morte, mas em Jesus sempre haverá ressurreição!

“Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estivesse aqui, não teria morrido meu irmão” - João 11.21

Pr. Reginaldo MartinsTeologia, Administração e

MBA em gestão de pessoas pela FGV

[email protected]

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Milhares de livros tem sido escritos em diversas línguas, como acontece também com “Não pos-

so ser menor que meu sonho”, já foi traduzido do por-tuguês para o alemão e novas traduções estão no prelo em inglês e espanhol.

O assunto é um dos mais desejados no mundo in-teiro: a criança. A melhor educação oferecida às crian-ças pelos melhores mestres escolares. O desejo do casal é o de realmente dar a melhor educação às crianças, para que quando adulta, elas consigam ser melhores e mais capacitados “magisters”.

Não há dúvida de que serão os melhores estabelecimentos escolare e melhores professores, os que entendem e desejam ser os melhores profissionais do ensino; Se obtivermos melhores e mais estudiosos alunos, em breve teremos os mais no-bres e cultos cidadãos.

Pr. Estevão e Flora Christmann são pastores há 57 anos, atualmente com 87 e 82 anos de vida respectiva-mente. São fundadores (em 1957) e pastores atuantes da Igreja Batista Nacional Boas Novas de Curitiba/PR. Paralelo ao ministério pastoral lançaram-se ao atendi-mento a crianças carentes que começou em sua própria residência, a partir de 1969. Desde então já foram aten-didas e salvas da marginalidade, mais de seis mil crianças. Deus deu a bênção de escreverem este livro que retrata o sobrenatural nos 41 anos de existência do Lar Bom Pas-tor. Um capítulo específico, escrito pela filha do casal, relata como Deus resgatou suas duas filhas das drogas.

LANÇAMENTOS

CONTATOSEster Lorusso

(11) 9955-8119(11) 3022-9675

Pr. Estevão(41) 3016-7415

NÃO POSSO SER MENOR DO QUE MEU SONHOEstevão Christimann

VENTO IMPETUOSOJoão Leão dos Santos Xavier

A Lerban anuncia seu mais novo lançamento “Vento Impetuoso”. Um estudo sobre a Pessoa

e a Obra do Espírito Santo, com ênfase nos Dons Espirituais.

Durante alguns anos o Pr. João Leão leciono-nou para os alunos do Steb – Seminário Teológico Evangélico do Brasil, mesmo seminário que estudou e aprendeu com homens da grandeza de José Rego do Nascimento, Enéas Tognini, Rosivaldo de Araújo,

Gerson Vilas Boas, Israel Afonso de Souza, entre outros. Bom tempo foi gasto em pesquisa para a produção deste material. Esta obra

serve como um guia para quem quer se aperfeiçoar no estudo da Pneumatologia, com ênfase nos Dons Espirituais.

PEDIDOS NA EDITORA LERBAN(61) 3321-8557 / (61) 8111-0560 (TIM)

Site: www.cbn.org.br/lerban E-mail: [email protected]

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“Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o Reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos”. 1 Crônicas 29.11

Dizer que Deus é soberano é declarar que Ele é o Altíssimo, e tudo faz segundo sua vontade, nos céus e entre os moradores da terra; “Não há quem lhe possa

deter a mão, nem lhe dizer: que fazes?” Dn 4.35 A soberania do Deus das Escrituras é absoluta, irresistível, infinita, e quando dizemos que Deus é soberano, asseguramos seu direito de governar o universo, criado para a Sua própria glória, como lhe aprouve. O direito de Deus é semelhante ao do oleiro sobre o barro: Ele é quem moldela segundo sua vontade, não tendo qualquer obrigação de prestar contas dos seus atos a quem quer que seja.

Somos gratos a Deus por nos escolher para pregar sua Palavra e realizar a missão de batizar aqueles que por sua vez creram e atenderam seu chamado.

Que Deus abençoe e firme os pés de nossos novos irmãos: Carlos Roberto, Nailton Assunção, Brenda, Junior, Flávia, Ariane, Rafael e Valnei.

Pr. Liudiomar Silva OliveiraPiritiba - Bahia

Inauguração do trabalho com a igreja móvel em Canelinha Santa Catarina. A igre-ja móvel é um trailer adaptado que aberto chega a 20 metros quadrados, onde

o grupo de evangelismo faz suas apressentações apoioado pelos demais grupos da igreja; Além dis-so, o ônibus ser-ve como gabinete pastoral atendendo semanalmente nos bairros da cidade. Estamos provando um novo desperta-mento através des-tas novas ações de evangelismo

CRESCENDO

As pessoas tem um interesse enorme, mesmo que inconsciente, de crescer. Quando buscamos o crescimento de forma adequada e sob a direção do Espírito Santo, esse crescimento promove sinais referenciais de que Cristo habita em nós, proporcionando assim bem estar aos que nos rodeiam.

Se é sua vontade aprender a crescer saudavelmente, observe as instruções da-quele que está lhe ensinando, obedeça as orientações do seu pastor, de seus pais, da estrutura denominacional dentro da qual você está inserido. Se tiver dúvidas, per-gunte. Se procura a solução para algum problema, aconselhe-se com a pessoa certa.

Se alguém quer lhe ensinar alguma coisa, mesmo que você já saiba, prontifique--se humildemente a aprender, pois há sempre um ângulo novo a ser acrescentado ao nosso aprendizado. Nenhum ser humano é onisciente, ou sabe tudo de maneira completa.

Se você quer ensinar e assim contribuir com o crescimento de alguém, é neces-sário que antes tenha domínio e segurança daquilo que vai ensinar. E, se deseja que sua instrução seja eficaz, pratique com seu aluno. Então leia a Bíblia com ele, ore com ele, saia para envangelizar com Ele. O modelo é fundamental para o aprendi-zado.

Nosso potencial pode ser maior do que aquele que temos usado. Deus dotou você de capacidade e de poder de decisão. Você pode crescer!

Pr. Arildo CardosoBel. Psicologia pastoral

IBNA - Canelinha/SC

IGREJA BATISTA NACIONAL DO AVIVAMENTOCanelinha/SC

IGREJA BATISTA MISSIONÁRIAPiritiba/BA

IGREJA BATISTA NACIONAL DO AERO RANCHOCampo Grande/MS

A Igreja Batista Nacional do

Aero Rancho tem feito a diferença na comunidade, tem como presidente pr Edson Bezerra, juntamente com sua esposa irmã Conceição e pr Ra-pahael assim como todos os seus obrei-ros. Trabalham in-cansavelmente na obra do Senhor em busca de pessoas para o Reino nos cultos na igreja, nos lares.

Na foto, uma oficina mecanica, marcada com a presença real de Jesus Cristo.

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IGREJA BATISTA NACIONAL BOM SAMARITANOSalvador/BA

No dia 30 de Abril

de 2012 foi re-alizado no tem-plo da Igreja Batista Nacio-nal da Paz o cul-to de ordenação e consagração ao ministério do Pastor Luiz

IGREJA BATISTA NACIONAL DA PAZRaposos/MG

to. de missões da CBN-MG) que fez a oração consagratória, Pr. José Roberto (Vice-presidente da seccional Venda Nova/Neves) foi o secretário de atas e o Pr. Cláudio Giomar de Lima (Pre-sidente da CBN-MG) foi o orador da noite. Usando o texto do convite 2Tm 2.15 ministrou sobre ser um obreiro aprovado por Deus, testemunho diante de Deus e dos homens, não ter do que envergonhar e que maneja bem a Pala-vra da Verdade. Abordou ainda sobre o modismo que tem sido introduzido nas igrejas pelos pastores mal intenciona-dos ou despreparados, dando ênfase à necessidade de que o anfitrião da noite possa ser verdadeiramente um homem conduzido pelo Espírito Santo.

Novais Sant´Ana, também empossado como presidente da mesma.

Foi uma linda festa prestigiada por todos os membros da igreja, bem como de autoridades municipais como o se-nhor Nelson Duarte (Prefeito Munici-pal), o senhor Luiz Carlos Coelho (Pre-sidente da Câmara dos Vereadores) e diversos pastores de igreja locais.

Na ocasião estiveram presentes mais de 20 pastores dentre eles destacamos o Pr. Elson Alípio (Presidente da Or-miban/MG Central) que presidiu a ce-rimônia, Pr. Felício Lopes Magalhães (Secretário Administrativo CBN-MG) quem fez a oração pela família, Pr. Helio Zenaido (Coordenador do Pastoreio de Pastores em MG) entregou a Bíblia, Pr Helder J. Machado (Presidente do Dep-

A Igreja Batis-ta Nacional

Bom Samaritano comemorou 20 anos de sua orga-nização. Na opor-tunidade alguns irmãos foram ba-tizados.

“Foi um dia muito especial pra mim. Aguardei este momento com muita expectativa, pois ser membro da Ormiban foi para mim um sonho realizado. Minha

alegria foi extremamente aumentada devido a presença de várias lideranças da Ormiban e CBN. Juntamente com a igreja, senti-me muitíssimo honrado com a pre-sença de todos. Agradeço especialmente ao Pr Claudio Giomar, meu “paistor” e discipulador, pela confiança, bem como a todos que compareceram. Meu muitíssimo

obrigado!”Pr. Luiz Novais

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MEMÓRIAS DO 18º CONGRESSO DE PASTORES, ESPOSAS, FILHOS E LÍDERES DA ORMIBAN

“Toda honra e toda a glória para o nosso Senhor Jesus Cristo!” Com essa fra-

se discursei no encerramento de nosso Congresso em Caldas Novas/GO. E, realmente esse é o reconhecimento de que foi nosso Senhor Jesus quem abriu

tel, 128 apartamentos. Imediatamente a resposta dos credenciados veio e foi positiva. Todo o Hotel foi ocupado. Iniciou-se então a busca por hotelaria auxiliar. O auditório não comportaria e chegamos então à Rede Di’Roma. Loca-

mos o Centro de Convenções e mais 50 apartamentos, que por fim, vieram a ser 70 na Rede Di’Roma. Sem dúvidas, em termos de hospedagem esse foi o maior Congresso que a Ormiban já organizou, Glória a Deus!

Em várias viagens em companhia do Pr. Jesus, que Deus usou para nos auxi-liar, fechamos tudo: estrutura no Centro de Convenções; alimentação; decoração; traslados e outros. Quanto ao material do congressista o Pr Genelício, então 1º Vice Presidente, apresentou uma su-gestão de pasta e caneta que era um so-nho. O valor estava acima em muito de nossas possibilidades. Mas, eu comprei a sugestão e decidimos que faríamos o mais lindo material já produzido. Bus-camos parcerias, mas elas não vingaram. Orei ao Senhor e descansei n’Ele. Então o Pr Lucy-Mar me apresentou a empre-sa que fez o material da CBN para a sua AGE de Aracajú/SE e, o material saiu. Pasta para o Pastor, que também foi en-tregue para o homem líder, sacola para as mulheres e mochila para os jovens e crianças. Que material lindo! A pasta foi uma sensação, muitos queriam comprá--la para dar de presente.

As preleções, carro chefe de qualquer congres-so e o programa foram fantásticos! Deus usou sobre-maneira, desde a primeira noite.Com o Pr. Jorge Linhares um cha-mamento a confissão, com o Pr. Habe Huber um despertamento para o cres-cimento e com Pr. Claúdio Duarte uma alegre exortação ao avivamento. Mas ainda, tivemos palestras para as mulhe-res com a Dra. Ângela Valadão, para os jovens com o Pr. Peterson Clay e as crianças uma equipe da CBN-GO. Sob o Tema: “Pastores Avivados Ontem. E Hoje!?” fomos agraciados com um renovo do Es-pírito à nossa lide-rança. A Diretoria acertou na escolha dos preletores, foi realmente singular.

Pr. Marco Aurélio e Pr. Robson Júnior na abertura oficial do congresso

Ministração ANEM Pra. Ângela Valadão

Formação da Mesa

as portas para que realizássemos o even-to.

Tudo começou em Aracruz/ES quando a Assembleia Geral decidiu que seria em Caldas Novas nosso 18º Con-gresso. A Diretoria que assumiu a Ormi-ban sentiu a responsabilidade, uma vez que a estadia no SESC de Praia Formosa foi a melhor até então. Eu que partici-pei na linha de frente da organização em Aracruz, pois éramos os hospedeiros, agora era o condutor organizador como Secretário Executivo da nova empreita-da.

A primeira dificuldade foram os pre-ços na cidade. Mas, Deus providenciou quando já buscávamos outras opções em outros Estados, o Hotel Águas do Paranoá, por meio do Pastor e Coro-nel Assis (membro da Ormiban-GO). Fechei, com a aprovação do Presidente Pr Marco Aurélio, num ato de fé, com o Coronel Paixão Diretor da Caixa Be-neficente da Polícia Militar todo o Ho-

Ministração AFIMPr. Peterson Clay

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9Não poderia deixar de

citar momentos graciosos como as homenagens pres-tadas a líderes de reconheci-da envergadura credenciados em nossas fileiras.

A organização do espaço de vivência e de stand’s, obra do amigo GG. A confecção das canetas roller Crow para os participantes fiéis com a suas anuidades, a despedida

da irmã Ednalva Vila Nova da ANEM me fez criador de lembrança. E a Ceia do Senhor ao final coroou o sucesso do evento.

Agradeço a equipe de trabalho que esteve comigo: Magda, Cleida, Rejane e Pr Genelício. Vocês são incríveis! Tam-bém aos Pastores Éder (GO) e Esdras (DF) que ficaram a cargo dos traslados. Por fim, a Diretoria do Biênio 2010-2012: Pr Marco Aurélio, Pr Genelício, Pr Maurício, Pr Timbó e Pr Willian agra-

deço a confiança em mim depositada. Amados, vencemos em nome de Jesus. Aleluia!

Agora estamos em mais uma nova empreitada, mais dois anos pela frente, se Deus nos permitir! E que nos aguarde Recife/PE! Onde estaremos ofertando aos credenciados nosso 19º Congresso para glória do Senhor Jesus.

Pr Róbson Júnior da SilvaSecretário Executivo da Ormiban

DIRETORIA DA ORMIBAN PARA O BIÊNIO 2012-2014Presidente: Pr Marco Aurélio de Oliveira – ES1º Vice-Presidente: Pr Wellington Coelho de Sousa – GO2º Vice-Presidente: Pr Neirson Alves Ferreira – MG1º Secretário: Pr Fernando de Jesus Timbó – RJ2º Secretário: Pr William Martnez Batista – PR3º Secretário: Pr Daniel Mariano de Lima – PESecretário Administrativo: Pr Róbson Júnior da Silva

Preltores: Pr. Jorge Linhares, Pr. Jeesus Aparecido, Pr. Cláudio Duarte e Pr. Abe Huber

Cantor Maurício Paes e Ronaldo - Nova Dimensão

Homenageados pelos serviços pres-tados à Ormiban durante os anos de ministério.

Momento missionário

Homenagem e agradecimento do Presidente ao Pr Róbson Júnior(Secretário Executivo) pela organização do 18º Congresso

Homenagem Ednalva Vila Nova pelos oito anos a frente da ANEM

Fotos: Edson M

arinho

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Antes de qualquer coisa quero agra-decer a Deus por ter me dado o

privilégio de continuar servindo esta Ordem por mais um mandato e também agradecer a todos os colegas que usados por Deus expressaram a sua vontade confiando a mim, mais este mandato. Continuo contando com o apoio e as orações de todos os irmãos para que Deus permaneça me usando na dire-ção da Ormiban, fazendo a sua vontade acima de tudo e cumprindo com seus propósitos por meio dessa tão amada instituição da nossa Convenção, visando sempre a expansão do Reino e a glória de Deus.

A lei do amor é a que deve reger to-das as leis, princípios e normas que vigo-ram no mundo. Refiro-me aqui ao amor Ágape que é conhecido por muitos. Mas, somente os verdadeiros e genuínos cristãos é que o possuem. Este amor é incondicional, ou seja, não precisa ter algo em troca para ser praticado. Creio que possuí-lo e não praticá-lo se confi-gura em verdadeira apostasia. Existe na Igreja (corpo) uma verdadeira arma para revolucionar o mundo e gerar o maior avivamento da história, mas não a usa-mos na sua plenitude por vários fatores, tais como: negligencia comodismo, or-gulho, vaidade, disputa, ciúmes, invejas, fanatismo, idolatria e outros. Entenden-do que não avançamos mais pela ausên-cia da manifestação desse amor e isto se percebe nas atitudes demonstradas em

nossos encontros, reuniões, congressos, relacionamentos e outros. Sei que é um tema que se tornou meio utópico para alguns, mas para outros que desejam que haja mudança, crescimento, quebra de paradigmas, mais humanização e per-dão. É temor que precisar ser enfatizado, e isso, não no discurso, mas com vida.

Quando penso nesta “lei” vejo 3 “artigos” que evidenciam a sua razão de existir: João 3.16; João 13.4-15 e 1 Co-ríntios 13.1-13:- O primeiro evidencia a essência des-se amor que é a entrega completa para alcançar o propósito almejado. Com a morte de Jesus, Deus o Pai alcançou o seu propósito que era a nossa salvação. Jamais se consegue alcançar algo maior se não houver uma entrega completa. - No segundo vemos que a soberania de Cristo se revelou supremamente no ser-viço de um escravo, ou seja, este amor se revela quando se serve. Servir uns aos outros com este amor torna-o real e nos faz nobres e maiores. - No terceiro vemos que expressar este amor é o único caminho sobremodo ex-celente onde é revelado sua necessidade, características e durabilidade. Deus não aceita generosidade, sofrimento, pieda-de, dedicação a sua obra que não são motivados pelo amor.

Portanto, amados irmãos e colegas de caminhada cristã, temos que nos entregar mais para alcançarmos coisas maiores, que Deus tem para nós em nos-so ministério, na nossa Ordem e Con-venção. Devemos abdicar-nos de coisas efêmeras, que nos separam e diminuem para alcançarmos as que são eternas, as quais nos une e fortalece.

Da mesma forma, devemos buscar a nobreza, bem como honrar a posição que Deus tem nos colocado, com atitu-

des de servos e não de autossuficientes, donos da razão e de toda a verdade. Ser-vir ao outro é também compreender e perdoar as falhas e os pecados. Dessa forma estaremos tendo parte um com o outro, “lavando os pés dos irmãos” e, por fim, amados, caminharmos juntos com excelência neste amor. Precisamos entender esta palavra do caminho sobre-modo excelente, ou seja, não nos alegra-mos com os erros e pecados dos cole-gas; termos sabedoria em lidarmos com as diferenças e adversidades de cada mi-nistério e colega; estendermos as mãos aos que estão fracos e desanimados; re-conhecermos que não somos melhores e, sim diferentes uns dos outros, onde cada um tem o seu valor; lembrarmos que neste caminho não existem grandes e pequenos. Mas, sim, servos do mesmo Senhor. Nem igrejas grandes e peque-nas, mas sim uma só igreja; nem colegas que participam mais e outros menos, mas todos em uma só bandeira. Diante disso, o caminho sobremodo excelente, sempre irá buscar a reconciliação, andar as duas milhas ou mais, o perdão, a con-fissão, a união, a nova oportunidade, e outras atitudes que vão demonstrar que ESTE CAMINHO É SOBREMODO EXCELENTE. Assim seremos um povo mais feliz e abençoado.

No mais, amados irmãos de cami-nhada e colegas de ministério, façamos de tudo para que esta lei não fique morta em nós. Mas que se torne viva, em tudo que somos e fazemos, para que o mun-do nos reconheça como verdadeiros dis-cípulos do Senhor. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiver-des amor uns aos outros”(João 13.35).

Que o Senhor nos ajude e tenha compaixão de nós!

Seu conservo.

ATIVIDADES DA ORMIBAN JANEIRO A JULHO DE 2012

1) Viagem a Caldas Novas para fechar os últimos detalhes do Congresso da Ormiban;2) Reunião da Diretoria no Rio de Janei-ro no mês de março 2012;3) Reuniões de repasse da Organização do Congresso com o Presidente da Or-miban;4) Reunião para avaliação do Planeja-mento Estratégico executado no perío-do 2010-2012;5) Atualização do site da Ormiban;6) Atualização do SIM (Sistema Integra-do Ministros);7) Confecção do Caderno do Congres-sista da Ormiban;8) Confecção do material do Congres-sista da Ormiban;9) Credenciamento de novos Ministros;10) Confecção de Relatórios financeiros;11) Administração e expediente no es-critório;12) Inscrições e organização da hospe-dagem do Congresso;13) Realização do 18º Congresso da Or-miban em Caldas Novas – GO.

A LEI DO AMOR

Palavra do PresidentePr. Marco Aurélio Oliveira

Relatório da Secretaria AdministrativaPr. Róbson Júnior da Silva

ORMIBANSDS Ed Venâncio Jr., Bloco M

Entrada 14, Brasília/DFCep 70394-900

(61) 3321-8557 (Ramal 7)(27) 8138-4628 (Tim)[email protected]

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O PASTOR DE CONFISSÃO RELIGIOSA E O VÍNCULO EMPREGATÍCIO

Urge a pergunta: há possibilidade de reconhecer vínculo empregatício

àqueles que prestam serviços religiosos?A resposta pode ser dada quando ava-

liada algumas vertentes, tais como: se a en-tidade eclesiástica tem fins caracterizada-mente empresariais ou sem fins lucrativos realmente; se tal serviço está edificado na crença e na fé; se tal labor está envolvido pelo voluntarismo; e, se o trabalho mi-nisterial está sob os requisitos clássicos do artigo 3º da Consolidação das Leis Traba-lhistas.

DEFINIÇÃOO Pastor é um ministro de confissão

religiosa, de vocação voluntária para os serviços que podem ser eventuais ou per-manentes, cujas atividades laborais são: aplicação do batismo, celebração de cul-tos, reunião eclesiástica, visitação às pesso-as enfermas ou membros da congregação, bem como praticar ofícios diversos como cerimônias de casamentos, funerais, apre-sentação de crianças, entre outros.

Estes ministros de confissão religiosa podem ser conhecidos como sacerdotes, pastores, rabinos, obreiros, cooperadores, presbíteros, anciãos, diáconos, etc.

VÍNCULO EMPREGATÍCIOPara entender o vinculo empregatício

entre pastor e a instituição religiosa deve-mos avaliar as vertentes:1. Desvirtuamento da Entidade Ecle-siástica

Esse desvirtuamento é caracterizado quando a organização religiosa estabelece--se como comércio de bens espirituais mediante pagamento pela sua retribuição. Destacando que as contribuições voluntá-rias de seus fieis, como ofertas, dízimos, mensalidades não compulsórias e doações, não podem ser consideradas pagamentos por retribuição, mas simplesmente um mecanismo para manutenção das suas ati-vidades fins.

O desvirtuamento embasa o vínculo, pois muitos ministros prestam atividades que extrapolam os limites da divulgação da fé e os ideais da instituição eclesiástica que estão vinculados.

Há denominações que exigem de seus pastores realizações de gravações e venda

de CD’s, além de shows e festas em outros lugares com finalidade financeira, dentre outras condutas. Isto é considerá-lo em-pregado e assim o vinculo empregatício é latente.2. Atividade na Crença e na Fé

Um embasamento forte da não carac-terização do vinculo empregatício para o pastor de confissão religiosa é que ele abdica dos bens terrenos para ingressar as atividades espirituais de sua crença.

Pensando neste engajamento do pas-tor em torno das atividades religiosas da igreja que pertence e o seu estilo de vida, não se vê relação de profissão, mas sim a doação de si próprio em sentido desinte-ressado e comunitário, e isto chamamos de vocação liberal.3. Atividade Voluntária

Outro aspecto é que o trabalho pasto-ral é voluntário, pois é movido pela voca-ção e sobre esta atividade voluntária. O le-gislador pátrio editou a Lei 9.608/98 e no seu artigo 1º destaca que a “atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, edu-cacionais, científicos, recreativos ou de as-sistência social” e especificamente decre-ta, através do parágrafo único do mesmo dispositivo, que “o serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciário ou afim”. Portanto, face o dispositivo legal acima, a atividade voluntarista do pastor diante de sua congregação não tem natu-reza trabalhista.4. Requisitos do Art. 3º da CLT

O vinculo empregatício, exige os re-quisitos clássicos do Artigo 3º, da Conso-lidação das Leis Trabalhistas para ser con-siderado empregado, ou seja, pessoa física que presta serviços de natureza não even-tual a um empregador, sob dependência deste e mediante salário.

Pois bem, o pastor que presta labor a sua entidade eclesiástica sem fins lucrati-vos, por vocação, por fé, crença, de forma voluntária não preenche os requisitos do artigo mencionado, que fundamenta os di-reitos trabalhistas. Neste caso não há que se falar em vínculo empregatício, muito menos em direitos trabalhistas.

PREBENDA PASTORALEntende-se que o vínculo unificante

entre o pastor e sua igreja é puramente de natureza religiosa e vocacional e sua subordinação é de caráter eclesiástico. A retribuição que o pastor percebe diz res-peito ao necessário para sua manutenção do serviço confessional.

Todas as retribuições financeiras re-cebidas das igrejas tratam de pura consi-deração e não podem ser uma exigência do laborista, uma vez que este não presta serviço oneroso e subalterno.

Portanto a prebenda mensal, o FGTM (fundo de garantia por tempo ministerial), o aluguel, a água, a luz, o plano de saúde, a contribuição previdenciária espontânea, a gratificação natalina, ajuda de férias, são retribuições voluntária e de honra pela ins-tituição eclesiástica.

Daí o nobre ministro não poder co-brar outras verbas trabalhistas, como se fosse empregado da entidade eclesiásti-ca ou tivesse direitos trabalhistas, como: FGTS, registro na CTPS, férias mais 1/3 (um terço) Constitucional, entre outros.

OTICA DAS JURISPRUDÊNCIAS DOS TRIBUNAIS TRABALHISTAS

Os doutrinadores, bem como os dou-tos desembargadores e ministros dos egrégios Tribunais, tem entendimento quase que unânimes com relação ao traba-lho pastoral de confissão religiosa.

As jurisprudências tem tratado o tra-balho de cunho religioso como atividade não caracterizadora de contrato de empre-go, pois sua finalidade seria tão somente a de prestar assistência espiritual e divulga-ção da fé, impossíveis de apreciação eco-nômica.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIAComo não se configura o vínculo em-

pregatício entre a entidade eclesiástica e o pastor de confissão religiosa, este por sua vez deve contribuir de forma voluntária para o INSS, prevenindo-se para futura garantia de aposentadoria.

Esta contribuição individual destacada ao ministro de confissão religiosa, como segurado obrigatório é denotado no artigo 9º, inciso V, letra “c”, do Regulamento da

Previdência Social – Decreto 3048/99.Em suma, sobre o recolhimento do

INSS, destaco:-Essa contribuição do pastor, a partir

de 1º/04/2003, corresponde a 20%, do valor por ele declarado observado os limi-tes mínimo e máximo do salário da con-tribuição.

-Esses recolhimentos devem ser feitos por ele próprio, como dito pelo valor por ele mesmo declarado.

-A instituição abrangida pelo seu labor deve fazer o acompanhamento regular destas contribuições, ou ainda, assumindo tal compromisso, como forma de consi-deração, visando guardar esses direitos previdenciários do seu ministro.

CONCLUSÃOFinalmente, pode-se afirmar que o

desvirtuamento das finalidades religiosas da instituição que é fonte do trabalho do ministro, devoto à pregação da fé e crença, presumem-se suficientes para se afastar uma atividade gratuita em detrimento da relação de emprego que emerge, destacan-do que não são todas, mas algumas que assim tem procedido, portanto devedora das verbas trabalhistas e subordinadas a proteção da Legislação pertinente.

Diante do exposto, os pastores devem se convencer da mudança da mentalidade acerca de seu trabalho religioso, pois eles devem fazê-lo como atividade de natureza espiritual, com sentido de missão, aten-dendo a um chamado divino e nunca por uma remuneração terrena.

Em suma, essa modalidade de traba-lho, como pastor, encontra-se regulada pela Lei 9.608/98 em resposta à crescente discussão em torno da existência da rela-ção de emprego entre os que colaboram espontaneamente e gratuitamente com as entidades religiosas ou filantrópicas, sejam sacerdotes, pastores ou simples fiéis.

Pr. William Martinez Batista

Pastor; Bacharel em Teologia; Pós-Graduação em Psicopedagogia; Espe-cialista em Formação de

Líderes e Professores em Prevenção contra Drogas;

Bacharel em Direito.

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A divulgação dos dados religiosos do Censo 2010, levantamento oficial feito pelo IBGE, Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatísticas, causou grande repercussão na mídia impressa e televisiva.

Não foi surpresa para a maioria dos estudiosos da

Ficamos agradecidos a Deus pelo que está aconte-cendo, mas preferimos fazer observações que o IBGE e a mídia não anunciaram, por não ser o foco de inte-resse deles. Mensurar o crescimento é uma coisa. Ava-liar o crescimento é outra. Consideremos:

1) A igreja evangélica cresceu mais entre crian-ças, jovens e adolescentes porque passamos a ter mais crentes de segunda e terceira geração nas famílias evan-gélicas. Antes o comum era alguém se converter em evangélico. Hoje, muitos nascem em “berço cristão”;

2) Muitos que supostamente abandonaram o catolicismo eram na verdade católicos nominais. Os censos anteriores inflavam o número de católicos com pessoas na verdade sem religião, mas que tinham dificuldade de declarar-se assim.

3) A maioria dos que migram para uma igreja evangélica são “ca-tólicos não praticantes”. Há mais conversões do que propriamente mudança de igreja.

4) Há um esforço bem su-cedido na igreja católica para combater o nominalismo. Padres e bispos têm exigi-do compromisso dos fieis, e se percebe o crescimen-to da população católica praticante, com missas bem frequentadas e a expansão do movimento carismático. Em outras palavras, cresce também o número de cató-licos genuínos.

5) Do lado de cá, surge uma nova categoria de evangélicos: estima-se entre quatro milhões a seis mi-lhões de pessoas que se consideram “sem igreja”, gen-te formalmente desligada de qualquer instituição mas que professa a fé evangélica. Em outras palavras, cres-ce o número de evangélicos nominais.

6) Algumas igrejas neopentecostais na mídia contribuíram para a explosão demográfica dos evan-gélicos. Porém, notadamente são igrejas pouco com-prometidas com o discipulado e a instrução bíblica

dos fieis. Algumas têm sido tratadas como seita e os membros egressos delas têm sido submetidos a novo discipulado e até novo batismo ao se transferirem para outras igrejas evangélicas.

7) O crescimento numérico dos evangélicos mascara a perda de compromisso com a leitura e estu-do regular das Escrituras, o decréscimo dos padrões de santificação e o ingresso de gente atraída pela Teologia

FABULOSO CRESCIMENTO DOS EVANGÉLICOS É ASSUNTO NA MÍDIA NACIONAL

igreja brasileira, havendo até quem diga que os núme-ros não refletem a realidade, sugerindo que hoje os evangélicos são um número ainda maior da população brasileira.

A população cresceu de 169 milhões para 190 mi-

lhões de brasileiros. Os evangélicos, na mesma década passaram de 15,5% para 22,2%. Em números, signifi-cou passar de 26 milhões para 42 milhões de seguido-res em apenas dez anos. O crescimento aferido é de 62%, um número absurdamente surpreendente.

da Prosperidade, pela mistificação da fé e pelas mani-pulações psicológicas e teorias de autoajuda.

Os quadros abaixo servem de referência para ana-lisar o desenvolvimento de cada segmento evangélico no período.

A análise completa dos dados feita por Eunice Zill-ner, do Ministério de Apoio com informação pode ser conferida no site www.mai.org.br.

BRASIL CENSO 1991 CENSO 2000 CENSO 2010 PROJEÇÃO 2011 PROJEÇÃO 2012Número de Evangélicos 13.743.234 26.184.942 42.275.440 44.349.813 46.525.970

Percentagem de evangélicos 9,4% 15,4% 22,2% 23,0% 23,8%

Fonte: IBGE Censo 2010Análise: MAI - Ministério de Apoio com InformaçãoEunice Zillner - Julho/2012

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CBN-PE VIVE UM NOVO TEMPOA Convenção Batista

Nacional-Pernambuco viveu um grande momento em sua história com a reali-zação de sua 45ª Assembléia Ordinária nos dias 20 e 21 de abril do ano no Centro de Treinamento Cristão - CETREIMO na cidade de Camaragibe, com a presen-ça de quase setenta igrejas filiadas, um bom número de pastores e representantes da Regional do Sertão (igre-jas com distância de mais de 700 km de Recife) e mais um grande número de representantes das regionais do Agreste, Mata Norte, Mata Sul e Grande Recife. Foram inscritos 348 delegados das igre-jas filiadas e um expressivo número de congressistas que participaram do even-to o que tornou pequeno o auditório.

O local do evento mereceu destaque, por tratar-se de uma região privilegia-da, pela qualidade do seu clima e pelo verde das matas, somando-se a isto a infraestrutura do ambiente com 180 dormitórios climatizados, duas piscinas, um grande refeitório, e uma boa área de estacionamento à sombra das árvores.

No entanto não foram estes os pon-tos de maior relevância da nossa 45ª

Pedido de perdão entre Pr. Herivando e Pr. Belarmino

nível dos preletores: na abertura o Rev. Aurivan Marinho, presidente nacional dos Congregacionais da Aliança trouxe uma profunda reflexão sobre a realidade da igreja evangélica brasileira, destacan-do a crise de identidade, crise teológica e eclesiológica e por fim a crise ética e moral. Somando-se ao conteúdo das mensagens expostas tivemos a excelên-cia na qualidade dos louvores ministra-dos pelo Ministério de louvor Átrios da Igreja Batista Missionária em Tabatinga, Grupo Shekiná da Igreja Batista Missio-nária de Buique e as participações dos cantores Emerson, Thalita e Thaysa Augusto.

O terceiro e último aspecto deste processo, reconhecemos a importância da reforma do nosso Estatuto e a cria-ção do Regimento Interno, produzidos a partir do modelo da CBN nacional, uma vez que o Estado de Pernambuco apesar de ter sido uma das maiores Expressões na história da Renovação espiritual até então não havia se adequado.

Finalmente, não poderíamos deixar de registrar o fato culminante do even-to que foi o seu encerramento, quando, na ocasião da posse da nova diretoria, o Pr. Cícero Tadeu agradeceu a Deus pela oportunidade servir como presidente da CBN-PE, afirmando ter lhe acrescenta-do uma singular experiência. Estendeu seus agradecimentos a sua família, espe-cialmente a sua esposa com a qual está casado há trinta anos, a igreja da qual é

Assembléia, apesar de sua organização e de uma excelente alimentação ofereci-da aos participantes. O que de fato nos chamou atenção, em primeiro lugar foi à percepção da presença do nosso Deus, promovendo um clima de unidade e comunhão, tornando o ambiente leve e agradável. Podia se perceber no sem-blante de cada participante a livre ex-pressão de paz e tranquilidade que só o Espírito do Senhor pode oferecer. Rea-lizamos uma eleição ordeira, desprovida daquele clima pesado de tensão e ner-vosismo que em alguns momentos mais parecia estarmos assistindo aos gladia-dores nas arenas da velha Roma. A afir-mação dos participantes é de que foi um momento histórico e digno de registro, tanto pela sua organização como pela

condução dos trabalhos das comissões e es-pecialmente no que diz respei-to à eleição da nova diretoria realizada dento de um ambiente tranquilo e num clima de paz.

Vale destacar que o sucesso deste evento e do processo eletivo ter atingido tal nível, se deu por conta de pelo me-nos três importantes fatores: primeiro o tema proposto: Reconstruindo os Mu-ros, pois ainda há Esperança; segundo, o

pastor e concluiu agradecen-do o apoio da Ormiban-PE, membros da diretoria e de-partamentos. Por fim passou a palavra ao seu sucessor, o Pr. Antonio Herivando Cos-ta, eleito com uma expressiva votação, o qual de imediato externou a sua gratidão afir-mando que não poderia en-cerrar a sua participação na-quele evento sem antes fazer público pedido de perdão ao pregador daquela noite, Pr.

José Belarmino da Silva Filho, pelo o qual cultivava respeito e estima, por sua postura ética, capacidade intelectual, equilíbrio doutrinário, que mesmo sen-do pastor de um grande rebanho, sem-pre se portou com simplicidade entre os colegas de ministério. Mesmo que já ti-vessem tomado aquela decisão anterior-mente, não poderiam deixar de fazê-lo naquela ocasião, uma vez que o fato que os havia separado aconteceu de forma pública na 39ª Assembléia da CBN-PE em Recife no ano 2006, provocando um

Diretoria Eleita Biênio 2012/2014Presidente: Pr. Antonio Herivando Costa1º Vice-Presidente: Pr. Josué dos Santos2º Vice-Presidente: Pr. Eliseu José da Silva1º Secretário: Pr. Vlademir Silvinho da Silva2º Secretário: Pr. Sidney Gomes de Brito3º Secretário: Pr. Valfredo Everaldo da SilvaSecretário Executivo: Pr. Josivaldo Simão

racha em nossa denominação, aquele momento seria a oportunidade ímpar de externarem o reconhecimento das faltas cometidas à época, e manifestarem um ao outro e aos congressistas presentes o pedido de perdão, finalizando a assem-bléia num clima de profunda alegria e comunhão entre os santos, confirman-do que é possível reconstruir os muros, pois ainda há esperança. Ao nosso Deus toda a honra e glória.

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A missão é a ação de Deus junto a homens e mulheres e em benefício

destes. Sua abrangência é universal. Ela se mostra presente em toda a Bíblia e se deixa encontrar na história de todos os povos. Quem se interessar em estudá-la, certamente estará diante de um empol-gante tema.

A missão é matéria de todo o texto Sagrado. No seu primeiro livro, desde o relato sobre a criação até à formação das nações, indo aos fatos apocalípticos, a missão se endereça aos muitos povos, na-ções e línguas na sua participarão do lou-vor ao Cordeiro Vencedor (Ap 5.9; 7.9).

Todo o relato bíblico há de conduzir--nos à missão. E a partir do texto de Gê-nesis 12 vê-se o registro do início da for-mação de um povo que seria anunciador do nome do Deus Verdadeiro aos demais povos, um farol orientador às gentes que se interessassem pelo conhecimento de Javé. Mas esse povo falhou, como sabe-mos, desastrosamente, e a descendência de Abraão desconheceu o seu chamado missionário, que ficou emborcado sob o peso de exacerbado nacionalismo e de ignorância para com o plano missionário do Senhor Deus.

Contudo, mesmo em face do tão tei-moso niilismo de Israel para com esse Plano Missionário, há fatos profunda-mente marcantes da vida desse povo que noticiam a missão e que a põe em desta-que, a começar com o próprio Abraão, que em oração por aqueles de Sodoma, intercedeu pela não destruição daquela gente pecadora e pelo salvamento de Ló, seu parente.

Daí por diante se perceberá o rela-cionamento dos patriarcas com outros povos, até ao ponto em que essa gente de Israel adentrou as terras egípcias pe-los caminhos abertos por José, o moço vendido pelos próprios irmãos, e, poste-riormente, sob o peso da injustiça, pôs em evidência o nome do seu Deus, o que, certamente, lhe assegurou proeminência, mesmo não sendo egípcio.

Outros fatos do Antigo Testamento, se postos em tela e atentamente observa-dos, hão de fornecer elementos à Teolo-gia da Missão. Por exemplo, o texto de 2 Reis, capítulo 5, no seu enfoque a Naamã,

o siro, citado com destaque pelo próprio Jesus (Lc 4.27). Esse Naamã, curado e convertido concomitantemente, rumou à sua terra sob nova fé abraçada, a fé ja-vista, e certamente a deixou demonstrada nos terrenos de sua nação e entre o seu próprio povo.

E o que dizer também da tripulação da nau onde viajava Jonas? Diz-nos o re-lato bíblico que aquela tripulação temeu em extremo ao Senhor mesmo praticou atos sacerdotais e fez votos.

Os resultados consequentes dessas conversões a Javé (de Naamã e dos tri-pulantes da nau na qual Jonas embarcara) não estão escritos em livros nem nos são acessíveis aqui, mas, com certeza, são fa-tos que noticiam a mobilidade da missão e seu progresso entre os povos.

A missão se adianta, mesmo se leva-da por aqueles que nunca a conheceram, tanto em termos de definição como em termos de historicidade, mas que, sendo a missão daquele que tudo vê e a tudo perscruta, segue o seu caminho, de mão em mão, de pé em pé e de povo a povo, até ao ponto em que a “estrela guia” conduziria “estranhos” à manjedoura de Belém, àquele anunciado por anjos, que, posteriormente, nos terrenos da Galiléia dos gentios, anunciaria: “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próxi-mo; arrependei-vos e crede no evange-lho” (Mc 1.15).

A missão em Jesus se fará presente a todos, e não se estratificará. Sua pro-vocante associação com os proscritos e marginalizados de uma Galiléia miscige-nada e desprezada pela elite da religião judaica causará interrogações na sede do judaísmo, e levará escribas e fariseus à Galiléia dos gentios para fazer “sindicân-cia” na vida e no ministério daquele que deixava as multidões em perplexidade, como se deu em Cafarnaum (Mc 1.27).

Isto revela o pouco conhecimento que aquela gente tinha acerca de Deus e do seu plano missionário. Tudo aquilo que ali acontecia lhe era novidade extre-ma, posto a sua inacessibilidade ao co-nhecimento de uma missão que não era nova, mas que, em verdade, nunca lhe fora conhecida, e que, para o aumento de suas interpelações, àquele momento esta-va num estágio que a todos os anteriores sobrepujava. Mas ainda assim o próprio Jesus lha anunciava, mesmo que os seus interlocutores não a entendessem ple-namente. Fica demonstrado no texto de Lucas 4.18ss, quando em Nazaré, cidade onde Jesus fora criado, disse: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me

ungiu para evangelizar os pobres... e apre-goar o ano aceitável do Senhor”. Aqui ele aponta a sua missão e o faz em consonân-cia com a literatura profética, para deixar evidente que os caminhos da missio Dei são do Antigo e Novo Testamentos, si-multaneamente. Deste modo, então, ele ensina que a missão que se fez conhecida no período profético e em todos os ou-tros muitos instantes da história, àquela hora, na sua pessoa, estava apresentando aquele a quem os pais saudaram de longe e que por muitos foi esperado.

De posse da missão ele a desenvolve e a leva até ao instante em que a entregaria àqueles a quem escolhera para continuá--la. Coloca-lhes à frente espaço e tempo: todos os lugares, até o fim (Mt 24.14; 28.19). Mas também lhes assegura de que careceriam de receber poder para a sua execução, o que aconteceria a partir da descida do Espírito Santo sobre eles mes-mos. Isto haveria de capacitá-los para o desenvolvimento de sua tarefa, tanto em termos locais quanto em termos transcul-turais.

Os Atos nos noticiam o seu traba-lho obediente àquele que lhes delegara

a tarefa missionária, e as suas realizações demonstrarão a missão em toda a sua variedade operacional. Para realizá-la se mostram, ao mesmo tempo, verticais e horizontais, como também deixam esca-par comportamentos que ensinam a hete-rogeneidade que a missão provoca. Esta lhes é a própria existência e eles não con-seguirão evadir-se dela, que é a sua pró-pria vida, a razão de seu existir. A missão lhes é o campo diário de trabalho: dentro dos muros da eclésia e fora deles, na sua mundanalidade, pois eles nunca deixaram de ensinar que o projeto de Deus lança o povo de Deus até aos confins da terra.

A missão instrui que todo o trabalho pastoral e da igreja é evangelizador, e isto sem qualquer cunha separatista que queira engrandecer alguns feitos da vida crente e subtrair os valores de outras suas realizações.

Esta é a missão que nos foi entregue por Jesus e por aqueles que lhes foram imediatos seguidores. Esta é a missão que devemos ensinar ao povo crente. Esta é a Missio Dei, o trabalho de Deus na vida de seu povo e através da existência de sua gente nesta nossa terra.

A MISSÃO

Pr. Emmanoel Avelar GomesTeixeira de Freitas/BA

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