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C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 0
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 1
ÍNDICE
Página
Convocatória da Assembleia Geral .................................................................................. 2
Perfil, da Caixa da Beira Baixa (Sul) ................................................................................ 3
Relatório do Conselho de Administração ......................................................................... 5
Proposta Para Aplicação do Resultado do Exercício ...................................................... 47
Balanço e Demonstração de Resultados ....................................................................... 48
Estrutura e Prática de Governo Societário ...................................................................... 51
Divulgação da Politica de Remunerações…………………………………………………… 55
Parecer do Conselho Fiscal ............................................................................................. 62
Certificação Legal de Contas ....................................................………………………….. 64
Anexo .............................................................................................................................. 71
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 2
CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), C.R.L., com sede no Largo do Município em
Idanha-a-Nova, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Idanha-a-Nova,
sob o número único de matrícula e pessoa colectiva 500.918.910, com o capital social
mínimo e variável de € 5.000.000,00, convoco todos os Associados no pleno gozo dos
seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 30 de Março de
2017, pelas 16:00 horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da
seguinte
ORDEM DE TRABALHOS
1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício
de 2016 e do relatório anual do Conselho Fiscal.
2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.
3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.
4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de
remuneração praticadas na Caixa Agrícola.
Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral
reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número.
Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por
representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Código
Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto.
Idanha-a-Nova, 08 de Março de 2017
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
António Infante da Câmara Trigueiros de Aragão
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 3
PERFIL, DA CAIXA DA BEIRA BAIXA (SUL)
CARACTERIZAÇÃO DA CAIXA
Em 21 de Janeiro de 1916 foi constituída a CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE IDANHA-A-
NOVA, CRL.
Em 30 de Agosto de 1993 foi realizada a fusão, por incorporação, com a Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo de Penamacor, CRL, tendo sido alterada a denominação da cooperativa, para Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo de Idanha-a-Nova e Penamacor, CRL.
Em 26 de Abril de 2006 foi realizada a fusão, por incorporação, com a Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo de Castelo Branco, CRL, tendo sido alterada a denominação da Cooperativa, para CAIXA
DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA BEIRA BAIXA (SUL), CRL.
Pessoa colectiva, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Idanha-a-Nova sob o
número único de matrícula e pessoa colectiva 500 918 910 com capital variável e ilimitado, no
mínimo de cinco milhões de euros, com sede no Largo do Município em Idanha-a-Nova.
A área de acção estatutária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), CRL, abrange
os concelhos de Idanha-a-Nova, Castelo Branco, Penamacor e Vila Velha de Ródão. Ao longo da
sua existência tem-se caracterizado como instituição de índole local, especializada no crédito
agrícola e vocacionada para o apoio ao mundo rural.
A Caixa Agrícola está integrada no SICAM (Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo)
A Caixa Agrícola possui em funcionamento 7 balcões nas seguintes localidades: Benquerença,
Castelo Branco (Avenida e Carapalha), Idanha-a-Nova, Ladoeiro, Monsanto e Penamacor,
oferecendo às respectivas populações um atendimento personalizado, atractivo e uma melhor
capacidade de resposta às suas necessidades, contribuindo desse modo, para o desenvolvimento
dos próprios Concelhos onde estão inseridos.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 4
CORPOS SOCIAIS
ASSEMBLEIA GERAL
Presidente: António Infante da Câmara Trigueiros de Aragão
Vice-Presidente: Manuel Henrique Miranda Coutinho
Secretário: Luísa Maria Carreiro Folgado Serejo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente: Joaquim Morão Lopes Dias
Vogal: Marília Ramos Batista Correia Mateus
Vogal: João Miguel Correia Dias Pereira
Vogal: Nuno Miguel Carvalho Santos
Vogal: José Manuel Afonso Reis
CONSELHO FISCAL
Presidente: António Manuel Tavares Proença de Abrunhosa
Vogal: João Alves Rodrigues Barreira Júnior
Vogal: António de Jesus Coelho
SROC SANTOS CARVALHO & Associados, SROC, SA
Representada pelo ROC Dr. André Miguel Andrade e Silva Junqueira
Mendonça
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 5
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Exmºs Consócios,
De acordo com a alínea c) do artigo 29º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira
Baixa (Sul), C.R.L., vem o Conselho de Administração apresentar à Exma. Assembleia Geral e
submeter para aprovação, o Relatório do Conselho de Administração, o Balanço, a Demonstração de
Resultados, o Anexo às demonstrações financeiras e a Proposta de aplicação dos resultados do
exercício de 2016.
Procuramos no presente relatório fazer uma análise resumida, mas objectiva do desempenho
económico da Instituição a fim dos Srs. Associados ajuizarem dos pressupostos que nos propusemos
atingir aquando da aprovação do Plano de Actividades e Orçamento. Fazemo-lo, também, com a
consciência de ter dado continuidade ao esforço de crescimento sustentado da Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul) e à sua consolidação no tecido financeiro da Região de Castelo
Branco, Idanha e Penamacor onde é crescente a sua presença.
Durante o ano de 2016, após as diversas vicissitudes vividas até finais de 2015 com implicações ainda
no decurso do corrente ano, a Caixa Agrícola conseguiu, no ambiente fortemente competitivo que se
vive no sector financeiro e num contexto económico e social desfavorável, concretizar os principais
objectivos estratégicos do ano e pôr em prática diversas medidas que constituirão as bases do seu
desenvolvimento futuro.
A Caixa Agrícola viu crescer o seu Activo Líquido em 15,2% e obteve um lucro no Exercício de 2016 no
montante de 2,1 milhões de euros, que permitiu mitigar a degradação de alguns dos principais
indicadores económico-financeiros.
A implementação das linhas de orientação traçadas no Plano de Actividades da Caixa Agrícola, que
são, periodicamente revistas e actualizadas, têm-se revelado, em alguns casos, adequadas para
vencer os desafios estruturais que se colocam ao desenvolvimento da instituição e irão permitir uma
maior coesão estratégica e melhor articulação funcional.
A principal meta estabelecida foi a melhoria sustentada da rendibilidade e a preservação e
fortalecimento da solidez financeira da Caixa Agrícola. Assim, elegeram-se como principais áreas de
actuação o crescimento das actividades, nomeadamente a creditícia, a diversificação das fontes de
proveitos, o controlo da progressão dos custos, a melhoria dos indicadores de risco e aumento da
eficiência.
Atendendo a tal facto, procurou-se desenvolver a capacidade da Caixa Agrícola para diversificar a
oferta, entrar em novas áreas de negócio e compensar a diminuição das margens de intermediação
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Relatório e Contas - 2016 6
com resultados nas receitas de comissões, na melhoria dos indicadores de risco, no reforço das
competências tecnológicas e de capital humano e na melhoria da qualidade.
A Caixa Agrícola colocou em prática, um conjunto de iniciativas para concretizar as acções
estratégicas definidas, através da dinamização comercial com a optimização da rede de balcões e da
carteira de clientes. Tendo em vista promover a diversificação da oferta e do desenvolvimento
organizacional e do marketing.
A evolução selectiva do crédito, em paralelo, com os processos de gestão dos riscos e das iniciativas
de recuperação do incumprimento, revelaram-se nos resultados obtidos.
Em Setembro de 2016, decorrente das diversas vicissitudes que ocorreram em 2015 e que
originaram em Setembro/2015, que a Caixa Central decidisse intervencionar a Caixa Agrícola com a
aplicação do artigo 77º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo, tendo em vista participar na
gestão da Instituição, terminou, após um ano, a referida intervenção por parte da Caixa Central,
recuperando a Caixa Agrícola a sua autonomia.
Conforme dispositivos legais, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), CRL, na presente
data, não tem qualquer dívida em mora para com a Segurança Social e nem para com as Finanças.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 7
I. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
1. Economia Internacional
A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de
3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa, este
será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de 2009.
Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de
crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um
crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no
conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste
abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda
maior economia do mundo – a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano,
regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).
Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se
estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no
desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016,
encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo
fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo
comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos).
A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se
perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a
divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da
moeda única.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
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Relatório e Contas - 2016 8
Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da
França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços
registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da
Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o
crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para
deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da
política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências negativas nas economias
emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa).
A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no
final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0%
registados no final de 2015. Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta
continua ainda em níveis historicamente elevados.
Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-
se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que toca à
remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior
aumento desde 2009.
1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os
problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 9
Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara
com os 0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo
de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma
modesta recuperação económica.
A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector
público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos
preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para
assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do
programa de quantitative easing.
Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do
ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi
suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético
deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente
para o aumento dos preços ao consumidor.
O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências
potencialmente muito disruptivas.
Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento
que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e
avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da
União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do
final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político
associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União
Europeia nos próximos anos.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 10
Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo
esperado da política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente
proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política
convencional (ruptura com o status quo).
2. Economia Nacional
A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao
nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada
no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração
registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do
consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p.
abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%).
O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores,
de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em
termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%),
muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado
temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis
diminuíssem 29,1% até Outubro).
Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de
9,2%.
2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e
1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
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Relatório e Contas - 2016 11
Indicadores macroeconómicos (2014-2016)2014 2015 2016
Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0
EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18
Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0
Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3
Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1
Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0
Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7
Exportações tav 3,4 6,1 3,7
Importações tav 6,2 8,2 3,5
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8
Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0
Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0
Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0
Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5
Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1
Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2
Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00
Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30
Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20
Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76
Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)
tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual
O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o
investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada
no final de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos
sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais
contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do
ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca
portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do
investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de
27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas).
No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de
desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência
de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o
final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%.
Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível
registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente
acima dos 0,5% registados em 2015.
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Relatório e Contas - 2016 12
Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5 mil
M€ face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque
para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar
cerca de 3,3 mil M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que
aumentaram 3,4 mil M€). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o contributo do
reembolso antecipado de 4,5 mil M€ concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência
Económica e Financeira.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para
130,2% do PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao
valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um
aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das
Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o
acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015 para 17,3 mil M€,
quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização.
A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central)
poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a
2015. A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública
portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.
A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental
português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do
processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A
arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente
compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de
Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017
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Relatório e Contas - 2016 13
Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as
medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB.
3. Mercado Bancário Nacional
O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais
bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo
accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa
de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista
(fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista
de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição lançada pelo
grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52%
(participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de
nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das
negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo
Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo.
3.1 - Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro
2016)
Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de
2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de
2015. Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4%
(+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p.
que em 2015).
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Relatório e Contas - 2016 14
3.2 - Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2016)
Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro
de 2016 face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a
empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos
face a Dezembro de 2015.
De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito
total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das
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Relatório e Contas - 2016 15
empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em
Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra
registada no país.
Valores em milhares de euros
Evolução do crédito total por região - Dez.2016
Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total
Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%
Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%
Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%
Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%
Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%
Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%
Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%
Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%
Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%
Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%
Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%
Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%
Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%
Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%
Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%
Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%
Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%
Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%
Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%
Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%
Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%
Fonte: Banco de Portugal
Crédito Peso total
%
Var. Homóloga
Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se
essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período
homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao
crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo
crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.
Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016
Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %
Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%
Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%
Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%
Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 16
No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito
a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos
sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias
extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%,
respectivamente).
Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com
maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e
das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.
Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito
Vencido
Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%
Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%
Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%
Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%
Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%
Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%
Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%
Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%
Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%
Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%
Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%
Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%
Total -5,5% 77.037 100% 15,7%
Fonte: Banco de Portugal
Valores em milhões de euros
Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016
4. Mercados Financeiros
Mercados accionistas
No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE
reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de
estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e
a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim,
excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 17
registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com
desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde
2008.
0,62
0,95
1,28
1,781,66
1,87
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Índices Accionistas (base 2010)
PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI
A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um
valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta
dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA
com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma
actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos
no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12%
e 9%, respectivamente.
Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos
pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho
mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve
uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos
desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de
11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).
Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência
Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo,
algo que não acontecia desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade entre as
políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo
chegado a negociar em mínimos de Dezembro de 2002.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 18
O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores
desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada
incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu
terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.
Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais
moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde
final de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o ano da nota verde”).
-0,32
0,00
0,75
0,25
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxas de referência nos Mercados Monetários
Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE
No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a
progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a
Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano
acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de 2016.
Matérias-primas
Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos
mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro,
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 19
em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do
petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de
Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram
ganhos no segundo trimestre.
Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias
primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores
convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas
semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder
parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em 2016.
No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de
2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho
de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas
Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril.
Mercado obrigacionista
A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida
soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi
ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã,
referência na Zona Euro.
As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise
da dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano
para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a
mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano
(-38,6 p.b.).
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 20
A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a
10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de
0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã
entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do
outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos
iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base).
5. Principais Riscos e Incertezas para 2017
A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições
em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação
para 2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com
a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas
internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela
fazem parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como
Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá
trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos.
O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao
sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a
banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 21
No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário
nacional se defronta actualmente, são eles:
i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade;
ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância;
iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam
recuperar a confiança dos stakeholders; e
iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes.
No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno
e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática
estratégias de:
i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços;
ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do
“overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e
iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade
de todos os stakeholders.
Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades
financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do
mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA3, CMVM), estando neste âmbito
abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que
naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.
3 European Securities and Markets Authority
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 22
II. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE
2.1 RESULTADO E BALANÇO
2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)
Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas
Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não auditados.
Balanço
Em milhares de euros
Abs. %
Activo
Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%
Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%
Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%
Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%
Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%
Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%
Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%
Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%
Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%
Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%
Passivo
Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%
Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%
Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%
Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%
Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%
Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%
Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%
2015 2016Variação
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 23
Demonstração de Resultados
Em milhares de euros
Abs. %
Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%
Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%
Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%
Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%
Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%
Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%
Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%
Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%
Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%
Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%
Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%
Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%
Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%
Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%
Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%
Variação2015 2016
(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e
outros resultados de exploração.
Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar
ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de
Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%4, valor aquém dos 1,6% registados em
2015. A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de
constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma
relevância especial os elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma
evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho e do
produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do
consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros, resultante em
parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013. Apesar do aumento da
procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de alavancagem da economia (famílias, SNF5
e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).
4 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal (Dez.2016).
5 Sociedades não financeiras.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 24
1,5
24,5
56,3
72,1
2013 2014 2015 2016
Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)
Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário
(SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face
aos 56,3 milhões de euros alcançados em 2015.
Valores em milhões de euros
31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16
Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6
Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3
SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1
Evolução do Resultado Líquido
Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o
produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo
de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e
foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em
12,6% e 6,1%, respectivamente.
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%
Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%
Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%
Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%
Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%
Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%
Decomposição do Produto Bancário - SICAM
A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015
para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 25
de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de
depósitos superior ao registado no período homólogo.
É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos
recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa
Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira.
Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no
mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se
mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.
Valores em milhões de euros
Margem
Financeira
Comissões
Líquidas
Res. Op.
Financeiras
Margem
Complementar
Produto
Bancário
Caixas Associadas 256 117 0 138 394
Caixa Central 20 21 35 37 78
SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475
Produto Bancário - SICAM
Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros).
Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros
(+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%).
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 26
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%
Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%
Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%
Amortizações 14 13 13 0 0,5%
Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM
Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se:
i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal (de
140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos
novos mandatos (2016-2018) e da associada promoção de quadros qualificados a titulares de
funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de
103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e
ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros
para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de
euros para 21,1 milhões de euros).
Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o
agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros,
respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais de
gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos
com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um
agravamento na rubrica de indemnizações contratuais.
As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:
- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e
- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).
O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0%
e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 27
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%
Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%
Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%
Evolução do Crédito a Clientes
A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao
nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução
muito significativa do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que representa um
decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento da habitação e o
crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de
sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem
do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito e nos procedimentos de
abate ao activo (write-offs).
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%
Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%
Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%
Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%
Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.
Evolução do Rácio de Crédito Vencido
Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das
imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se
um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com
uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%
Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%
Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%
Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%
Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -
Evolução das Provisões/Imparidades
Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM
que passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016,
contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284
milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 28
O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de
recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de
clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).
Valores em milhões de euros
Activo PassivoCapitais
Próprios
Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297
Caixa Central 7.964 7.735 229
SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227 Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um
decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da
média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do
mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Crédito a Clientes (líquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%
Recursos de Clientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%
Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -
Evolução do crédito e recursos de clientes
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 29
2.1.2 Outros Factos Relevantes
O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os
prémios obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente” e “O
Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”; e o facto do SICAM se encontrar entre
as instituições menos reclamadas no sistema bancário6, permitem afirmar o bom desempenho do
Crédito Agrícola em 2016.
Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à
Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A
Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”7. Por seu lado, a CA Vida foi premiada
como “A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida”8. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do
Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI
Portugal 2016.
O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se
destacam:
• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do
“Prémio Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro
que aposta e reconhece o tecido empresarial português;
• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector
hortofrutícola;
• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em
2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das
Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia
portuguesa;
• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo,
realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e
Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios
decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa.
6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM)
apresenta 2 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11.
7 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.
8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída
com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 30
Inauguração da 1ª Agência na Madeira
No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no
Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola. A cerimónia de inauguração da Agência,
realizada em Outubro de 2016, contou
com a presença de diversas entidades
locais, entre elas o Presidente do
Governo Regional da Madeira, Miguel
Albuquerque.
Dada a importância que a nova Agência
representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim “Nunca
Estivemos Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava
Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.
No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três
dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano
consecutivo segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de
Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do
Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de
0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do
Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de
Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em 2016, foi o vencedor da
categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo. Em 2016, pela
primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto Flexível, foi o vencedor da
categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de investimento com um nível
de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em 2016.
O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando
um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24
registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de transferência das
transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do
volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço B24, registou em 2016, um
crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com iguais períodos de 2015.
No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de 1.497
para 1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 31
Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito
Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções.
Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos. O
número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de
transacções.
Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a
débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do
Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito
Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito.
No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias
comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com
várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:
• ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;
• ENERGIE – Energia solar termodinâmica;
• CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;
• ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel;
• Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local;
• ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;
• AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e
• Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado.
No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de
contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na
comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.
Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a
sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no facebook no
final de 2016.
Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira,
constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000
telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 32
Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de
patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:
• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;
• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no
Rali Dakar 2016, em motociclismo;
• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;
• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes
por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio,
na categoria de cadetes;
• 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.
A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o
Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB),
PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 33
III. AS ACTIVIDADES E PERSPETIVAS FUTURAS DA CAIXA DA
BEIRA BAIXA (SUL)
1 – ÁREA DE NEGÓCIO
A Caixa Agrícola desenvolve a actividade nos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova,
Penamacor e Vila Velha de Rodão, através de sete balcões, estando dois inseridos na cidade de
Castelo Branco, três no concelho de Idanha-a-Nova e dois no concelho de Penamacor, e, continua
centralizada no apoio, quer em termos de crédito quer em termos de serviços, não somente ao
sector agrícola e agro-pecuário da Região, mas também às restantes actividades da indústria e
comércio e aos particulares. Em conjunto com a sua rede de retalho, a Caixa Agrícola coloca à
disposição das comunidades que serve uma rede de 19 ATM´s.
Neste contexto, a actividade comercial desenvolvida, como reforço de implantação da Caixa Agrícola
na região, é dirigida a um leque de clientes cada vez mais vasto, ligados não só ao sector agrícola mas
também a outros sectores de actividade, suscitando o alargamento da oferta de produtos e serviços
e o consequente crescimento da Caixa Agrícola, apesar dos factores de conjuntura económica
desfavoráveis e da elevada agressividade concorrencial.
Como suporte à expansão da actividade da Caixa Agrícola e cumprindo as novas exigências de
supervisão do Banco de Portugal, em termos de controlo efectivo dos riscos da actividade, procedeu-
se à reestruturação das áreas de suporte, tendo sido reformulada as áreas de risco e de recuperação
de crédito. Decorrente da implementação do estudo da DERH da Caixa Central, a Caixa Agrícola
obteve uma melhoria da estrutura organizacional, dotando-a de recursos, mecanismos e
procedimentos mais eficientes e eficazes, de modo, a aumentar os seus níveis de competitividade.
No corrente exercício económico, a estratégia da Caixa Agrícola continuou a assentar nas seguintes
prioridades:
- Defesa da nossa base de depósitos;
- Intensificação da recuperação de crédito vencido;
- Rigor na concessão de crédito;
- Optimização de meios.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 34
Uma certa concorrência em termos de captação de recursos por parte da banca, tem obrigado a
Caixa Agrícola a uma prudente gestão de taxas de juros, ponderando o tipo de cliente, grau de
fidelização e montantes em discussão, por forma a defender a base de depósitos. Apesar desta
política conservadora da Caixa Agrícola, ainda foi possível crescer, ao nível dos depósitos, na ordem
de 13,1%, enquanto ao nível do crédito, registou-se um ligeiro decréscimo de 3,0%. Esta linha de
atuação permitiu controlar o rácio de transformação, através de um equilíbrio entre a evolução do
crédito e dos recursos, cuja relação é de 67,8%, que é inferior ao valor (85%) aconselhado para a
manutenção de rácios de liquidez e solvabilidade impostos pelas autoridades de supervisão.
A área de empresas criada em 2013 já começou a apresentar resultados, tendo contribuído
significativamente para o nível actual do crédito, representando no final de 2016, o total do crédito a
empresas e administração pública 61,5 % (49,6 Milhões de euros) do crédito total.
Numa política de permanente formação, desenvolvemos esforços no sentido da qualificação dos
nossos quadros e colaboradores, tanto a nível externo (Instituto de Formação Bancária) como a nível
interno do Grupo, nomeadamente, a componente comercial dos particulares e empresas, da nota e
moeda metálica euro, da segurança física bancária, de produtos financeiros e canais
complementares, na componente da área de crédito com sistemas de análise e suporte em
recuperação de crédito, e, o programa PROGREDIR – programa especializado de gestão para
dirigentes do Crédito Agrícola, com a finalidade de obter uma melhoria de produtividade, eficiência e
rigor dos seus desempenhos.
2 – ACTIVIDADE COMERCIAL
A Caixa Agrícola, no exercício de 2016 viu, em parte, condicionada a sua actividade económica,
apesar de ter terminado em 2014 a ajuda externa da “TROIKA” continuou-se, ainda, a sentir os
reflexos dessa politica de austeridade que se tomaram a nível nacional, devido à crise mundial que
eclodiu em 2008, com reflexos mais profundos a nível nacional a partir de início de 2010 com as
medidas dos PEC´s e com as implementadas desde meados de 2011.
Por forma a reverter o impacto que estes acontecimentos tiveram na sua actividade, a Caixa Agrícola,
no seguimento da restante banca, potenciou parte do seu negócio na área de empresas, facto que
lhe permitiu acompanhar o crescimento verificado nessa área em quase toda a Banca a nível
nacional.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 35
A implementação do estudo organizacional pela DERH da Caixa Central, dotou a Caixa Agrícola de
uma estrutura que lhe permite fazer face aos novos desafios que se avizinham.
• Indicadores Económico-Financeiros
Com a finalidade de ilustrar a dimensão da Caixa Agrícola, apresentamos a evolução, no último
quinquénio, de alguns, dos principais indicadores económico – financeiros:
2012 2013 2014 2015 2016
Recursos Totais (D.O.+D.P.+Poup.) 100.561.986 € 101.480.157 € 102.298.660 € 105.273.545 € 119.078.448 €
Crédito Total 64.394.119 € 75.256.019 € 81.109.480 € 83.246.978 € 80.718.796 €
Activo Líquido 113.138.942 € 115.458.366 € 114.042.061 € 126.108.416 € 145.256.136 €
Aplicações p/ Recuperação de Crédito 957.126 € 951.794 € 951.794 € 734.059 € 2.976.760 €
Crédito Concedido / Depósitos Totais 64,03% 74,16% 79,29% 79,08% 67,79%
Crédito Vencido Total / Crédito Total 9,31% 8,61% 8,92% 10,56% 6,44%
Crédito Vencido Líquido / Crédito Total Líquido 2,56% 1,19% 1,19% 1,93% 1,00%
Produto Bancário 2.861.467 € 3.396.358 € 3.590.848 € 3.777.694 € 4.049.926 €
Resultado Líquido 10.810 € -382.460 € 604.701 € 36.149 € 2.101.195 €
Fundos Próprios 7.408.083 € 6.998.649 € 8.012.697 € 8.822.228 € 8.004.955 €
Rácio de Solvabilidade 12,93% 10,89% 11,64% 12,61% 11,45%
2.1 – Volume de Negócios
O volume de negócios é o resultado da soma do crédito concedido e os depósitos, que viu o seu
saldo no valor de 199,8 milhões de euros incrementar em 2016, 11,3 milhões de euros,
correspondentes a um crescimento de 6,0% em relação ao exercício anterior.
Os recursos de clientes (tradicionais depósitos) cresceram 13,1%, enquanto o crédito concedido
regrediu 3,0%. As rubricas mencionadas atingiram em valor absoluto um volume de recursos
captados de 119,1 milhões de euros e um volume de crédito concedido de 80,7 milhões de euros.
2012 2013 2014 2015 2016 ∆ 13/12 ∆ 14/13 ∆ 15/14 ∆ 16/15
Depósitos 100.561.986 € 101.480.157 € 102.298.660 € 105.273.545 € 119.078.448 € 0,91% 0,81% 2,91% 13,11%
Crédito 64.394.119 € 75.256.019 € 81.109.480 € 83.246.978 € 80.718.796 € 16,87% 7,78% 2,64% -3,04%
Volume de Negócios 164.956.105 € 176.736.176 € 183.408.140 € 188.520.523 € 199.797.244 € 7,14% 3,78% 2,79% 5,98%
0 €
50.000.000 €
100.000.000 €
150.000.000 €
200.000.000 €
250.000.000 €
2012 2013 2014 2015 2016
Depósitos Crédito Volume de Negócios
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 36
O rácio de transformação no corrente ano foi de 67,8%, índice inferior ao do ano anterior que foi de
79,1%. Esta tendência justifica-se devido ao crescimento verificado nos depósitos, conforme se pode
ver no gráfico acima.
Em virtude desta evolução dos depósitos e do crédito, a Caixa Agrícola continua a dispor de uma
apreciável margem de segurança em matéria de liquidez, conforme se pode ver no gráfico abaixo,
sendo que os depósitos representam 60% do Volume de Negócios e o crédito representa 40%.
60%
40%
Depósitos Crédito
2.2 – Recursos Alheios
Os recursos de clientes, com um peso dominante no passivo, são a fonte primária da origem de
fundos e concentra parte da actividade comercial da Caixa Agrícola, pelo que, o volume captado pela
rede dos sete balcões, ascendeu no final de 2016 a 119,078 Milhões de euros, que relativamente ao
ano anterior é superior em cerca de 13,805 Milhões de euros, representando um crescimento de
13,1%.
Este crescimento foi essencialmente sustentado pelos Depósitos à Ordem, com crescimento de
25,3%.
Para a captação de recursos da Caixa Agrícola, continuou a contribuir positivamente a venda cruzada,
concretamente os produtos estruturados, que têm tido efeito de conseguir efectuar a manutenção
da carteira de depósitos e na fidelização dos clientes.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 37
2012 2013 2014 2015 2016 ∆ 13/12 ∆ 14/13 ∆ 15/14 ∆ 16/15
Depósitos à Ordem 32.551.651 € 36.217.208 € 35.912.739 € 40.801.754 € 51.110.914 11,26% -0,84% 13,61% 25,27%
Depósitos a Prazo 46.007.720 € 44.734.108 € 45.255.179 € 42.786.441 € 44.796.412 -2,77% 1,16% -5,46% 4,70%
Poupanças 22.002.614 € 20.528.841 € 21.130.743 € 21.685.349 € 23.171.122 -6,70% 2,93% 2,62% 6,85%
Total 100.561.985 € 101.480.157 € 102.298.661 € 105.273.545 € 119.078.448 € 0,91% 0,81% 2,91% 13,11%
0 €
20.000.000 €
40.000.000 €
60.000.000 €
80.000.000 €
100.000.000 €
120.000.000 €
20122013
20142015
2016
Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Poupanças
A evolução apresentada, apesar da evolução da actual situação económico-financeira, é resultante
das campanhas para captação de recursos, tendo em vista, a defesa da nossa quota de mercado, que
mesmo com sacrifícios ao nível da rentabilidade devido à menor progressão da margem financeira,
tem-se acompanhado a concorrência de modo a preservar/captar recursos. Efectivamente, as
instituições de crédito têm efectuado um grande esforço no sentido de captar recursos sob a forma
de depósitos de clientes, em detrimento do mercado de capitais, situação, que produz um impacto
directo na Caixa Agrícola, uma vez que o seu funding é efectuado primordialmente através da
captação de depósitos de clientes.
Através do rácio que avalia o peso da componente, verifica-se que o peso dos depósitos à ordem no
total de depósitos, situou-se em 2016 nos 42,92%, sendo 4,16 p.p. superior ao registado no ano
anterior. No seguimento da evolução verificada nos depósitos a prazo, estes acabaram por ver
reduzir o seu peso na estrutura de depósitos em 3,02 p.p., enquanto as poupanças apenas
regrediram em 1,14 p.p., conforme se pode verificar no quadro e gráficos que se seguem:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 38
2012 2013 2014 2015 2016Depósitos à Ordem 32,37% 35,69% 35,11% 38,76% 42,92%
Depósitos a Prazo 45,75% 44,08% 44,24% 40,64% 37,62%
Poupanças 21,88% 20,23% 20,66% 20,60% 19,46%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
2012 2013 2014 2015 2016
Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Poupanças
42,92%
37,62%
19,46%
Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Poupanças
2.3 – Crédito a Clientes
Na estrutura patrimonial da Caixa Agrícola, o crédito concedido a clientes constitui a principal fonte
de aplicação de fundos, com um peso de 55,6% no activo líquido total, antes de provisões e 51,8%
após as mesmas.
Tal como no ano transacto, continua-se a verificar os efeitos do elevado endividamento das famílias
e das empresas, associado à evolução da actual conjuntura económico-financeira, impôs restrições
em matéria de concessão de crédito. No entanto, e, apesar da aposta da Caixa Agrícola na área de
empresas, a qual potenciou a angariação de novos clientes empresarias, refletiu-se na concessão de
crédito a clientes, nessa área de negócio, um decréscimo no crédito ativo de 1,55%, registando em
2016 uma carteira de crédito total no montante de 80,2 Milhões de euros, inferior em 2,5 Milhões de
euros (-3,0%) que o verificado no ano transacto.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 39
2012 2013 2014 2015 2016 ∆ 13/12 ∆ 14/13 ∆ 15/14 ∆ 16/15
Crédito Activo 58.396.465 € 68.777.817 € 73.877.650 € 74.453.627 € 75.545.071 € 17,78% 7,41% 0,78% 1,47%
Crédito Vencido 5.997.654 € 6.478.202 € 7.231.830 € 8.793.352 € 5.173.725 € 8,01% 11,63% 21,59% -41,16%
Total 64.394.119 € 75.256.019 € 81.109.480 € 83.246.978 € 80.718.796 € 16,87% 7,78% 2,64% -3,04%
0 €
20.000.000 €
40.000.000 €
60.000.000 €
80.000.000 €
100.000.000 €
2012 2013 2014 2015 2016
Crédito Activo Crédito Vencido
A situação económico-financeira do país e da região afectou decisivamente a capacidade das famílias
e das empresas para fazerem face aos seus compromissos financeiros, nomeadamente quanto à
regularidade no pagamento das prestações de empréstimos bancários. Essa conjuntura económica,
potenciou situações de recurso à insolvência quer a título particular quer colectivo, originado pela
falência de empresas e despedimentos dos trabalhadores, que no passado teve grande reflexo no
aumento do crédito vencido, no entanto, neste ano, resultante de reestruturações de crédito e de
dações em pagamento, verificou-se um decréscimo no crédito vencido de 41,2% (3,6 M€), conforme
evidenciado no quadro abaixo.
O crédito vencido bruto, em 2016, totalizou aproximadamente 5,2 Milhões de euros, representando
6,41% do total da carteira de crédito. O crédito vencido diminuiu o seu peso no total do crédito,
tendo decrescido 4,15 pontos percentuais em relação ao ano anterior (10,56%). Resultante do
decrescimento verificado no crédito vencido, o seu peso no total do crédito foi atenuado pela
diminuição verificada no crédito concedido.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 40
2012 2013 2014 2015 2016 ∆ 13/12 ∆ 14/13 ∆ 15/14 ∆ 16/15
Crédito Total 64.394.119 € 75.256.019 € 81.109.480 € 83.246.978 € 80.718.796 € 16,87% 7,78% 2,64% -3,04%
Crédito Vencido 5.997.654 € 6.478.202 € 7.231.830 € 8.793.352 € 5.173.725 € 8,01% 11,63% 21,59% -41,16%
Rácio CV/CT 9,31% 8,61% 8,92% 10,56% 6,41% -0,71 0,31 1,65 -4,14
Rácio CVLiq./CTLiq. 2,56% 1,19% 1,19% 1,93% 1,00% -1,37 0,00 0,74 -0,93
0 €10.000.000 €20.000.000 €30.000.000 €40.000.000 €50.000.000 €60.000.000 €70.000.000 €80.000.000 €90.000.000 €
2012 2013 2014 2015 2016
Crédito Total Crédito Vencido
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
2012 2013 2014 2015 2016
Rácio CV/CT Rácio CVLiq./CTLiq.
Na actual conjuntura, em 2016, continuamos a desenvolver esforços no sentido da recuperação de
crédito em incumprimento, dando prioridade à via negocial e à reestruturação de créditos, e em
alguns casos através do contencioso, como forma de recuperação de moras. A política de
proximidade da Caixa Agrícola e o contexto macro e micro económico actuais assim o aconselham.
2.4 – Capitais Próprios
Os Capitais Próprios registaram, em 2016, um montante de 7,4 M€, verificando-se um acréscimo de
38,8% (2,069 Milhões de euros) em relação ao ano anterior, correspondendo a 5,09% do Activo
Líquido, mais 0,88 pontos percentuais do que o verificado no final do ano transacto.
Devido à entrada em vigor das NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas) verificou-se, em 2007, a
reclassificação para o Passivo do Capital Social Extraordinário de cerca de 660 mil euros para a
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Relatório e Contas - 2016 41
rubrica “Instrumentos representativos de capital”. No entanto, com base num parecer emitido pela
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, responsável pela nossa certificação, procedemos, em
2011 e 2014, à reclassificação contabilística de 503.015 € (em 2011) e de 127.805 € (em 2014) de
“Instrumentos representativos de capital” para Capital Social.
A Situação Liquida registou a seguinte evolução:
2012 2013 2014 2015 2016 ∆ 13/12 ∆ 14/13 ∆ 15/14 ∆ 16/15
Capital Social 3.556.085 € 4.780.700 € 4.971.490 € 5.134.840 € 5.150.760 € 34,44% 3,99% 3,29% 0,31%
Reservas 1.221.469 € 115.346 € 171.467 € 171.042 € 159.162 € -90,56% 48,65% -0,25% -6,95%
Resultados Transitados -16.897 € -16.897 € -416.254 € -12.092 € -12.090 € 0,00% 2363,48% -97,10% -0,02%
Resultado Líquido 10.810 € -382.460 € 604.702 € 36.149 € 2.101.195 € -3638,02% -258,11% -94,02% 5712,65%
Situação Líquida 4.771.467 € 4.496.689 € 5.331.405 € 5.329.939 € 7.399.027 € -5,76% 18,56% -0,03% 38,82%
Activo Líquido 113.138.942 € 115.458.366 € 114.042.061 € 126.108.416 € 145.256.136 € 2,05% -1,23% 10,58% 15,18%
Situação Líquida / Activo Líquido 4,22% 3,89% 4,67% 4,23% 5,09% -0,32% 0,78% -0,45% 0,88%
A variação do Capital Social resultou, para além do referido anteriormente, também do resultado
líquido positivo do exercício de 2015 no valor de 36.149 euros, após reversão dos resultados
transitados.
Para fazer face à fusão, o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo efectuou um empréstimo
subordinado à Caixa Agrícola, no valor de 4 milhões de euros, cujo valor está redepositado na Caixa
Central. Atendendo à necessidade de adaptar as condições estabelecidas pela Adenda, celebrada em
Março/2012, aos requisitos do regulamento da União Europeia nº 515/2013 de 27 de Junho, para
efeitos de elegibilidade do empréstimo subordinado concedido pelo Fundo de Garantia do Crédito
Agrícola Mútuo para os fundos próprios de nível 2 da Caixa Agrícola, foi celebrado em Junho/2015
um novo contrato de assistência financeira cujo términus foi alargado para Junho/2020.
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), CRL tinha 2.854 sócios classificados como
activos, no final do ano de 2016, enquanto no final do ano anterior eram de 2.794 Associados.
2.5 – Actividade de Produtos Fora do Balanço
As instituições financeiras com uma política comercial cada vez mais agressiva prestam um leque
alargado de serviços aos seus clientes. É neste contexto, que a Caixa Agrícola, para dispor de todos
esses produtos, recorre ao contrato de agência com a Caixa Central e aos produtos das restantes
empresas do Grupo, nomeadamente à C A Vida, à C A Seguros e à C A Gest, para proporcionar o
mesmo nível de oferta financeira aos seus clientes.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 42
Esta vertente de negócio nos seus diversos ramos, vem demonstrando de ano para ano incrementos
negociais significativos e sobretudo franca melhoria na qualidade dos serviços prestados, que
posicionam as respectivas Companhias como parceiros adequados para protegerem pessoas e bens,
assegurando igualmente complementos de reforma e assistência na saúde, aspectos considerados
fundamentais em qualquer agregado familiar.
A seguir demonstramos alguns valores que evidenciam o negócio que deixaríamos escapar, em 2016,
caso não pudéssemos acompanhar a tendência da restante banca:
2012 2013 2014 2015 2016 ∆ 13/12 ∆ 14/13 ∆ 15/14 ∆ 16/15
Crédito Contrato Agência 11.563.234 € 12.542.176 € 12.317.652 € 9.027.947 € 7.944.411 € 8,47% -1,79% -26,71% -12,00%
Leasing 795.386 € 755.579 € 743.696 € 533.425 € 598.760 € -5,00% -1,57% -28,27% 12,25%
Seguros - Ramos Reais 734.220 € 712.580 € 688.032 € 719.305 € 840.256 € -2,95% -3,44% 4,55% 16,81%
Seguros - Ramo Vida 1.791.304 € 3.612.773 € 2.519.025 € 2.060.036 € 872.745 € 101,68% -30,27% -18,22% -57,63%
Fundos de Investimento 2.394.774 € 4.051.720 € 6.191.650 € 5.935.807 € 7.788.278 € 69,19% 52,82% -4,13% 31,21%
Nº ATM 17 17 18 18 19 0,00% 5,88% 0,00% 5,56%
A evolução do Crédito Agenciado, ainda que tenha registado um recuo de 12,0%, deve-se
fundamentalmente à captação de clientes que apresentam investimentos de elevado montante e
que devido ao montante actual dos Fundos Próprios e ao Limite de Risco a uma só Entidade, a Caixa
Agrícola não pode apoiar a nível creditício.
A actividade seguradora, no ramo reais, teve durante o ano de 2016, um acréscimo de 16,8% em
relação ao ano anterior, enquanto no ramo vida verificou-se um forte decréscimo de 57,6%, devido à
descontinuidade dos produtos de capitalização.
Nos Fundos de Investimento, durante o mesmo período, verificou-se um acréscimo, de 31,2% devido
à evolução dos mercados financeiros.
Tendo em vista manter a visibilidade da Caixa Agrícola e melhor servir as populações locais, no final
de 2016, registou-se o acréscimo de uma unidade nos meios automáticos de pagamento (ATM).
Como se pode constatar, pelos produtos e serviços indicados, e os valores envolvidos, estes
contribuem de forma significativa para uma maior fidelização dos nossos clientes. Assim, o Cross-
Selling e a diversificação de produtos têm sido uma prioridade no desenvolvimento da actividade
comercial da CCAM.
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Relatório e Contas - 2016 43
2.6 – Análise dos Resultados
A fim de analisar os resultados alcançados no exercício de 2016, apresentamos num quadro a
evolução, das principais rubricas que o compõem, assim como os respectivos rácios de exploração:
2012 2013 2014 2015 2016 ∆ 13/12 ∆ 14/13 ∆ 15/14 ∆ 16/15
Activo Líquido 113.138.942 € 115.458.366 € 114.042.061 € 126.108.416 € 145.256.136 € 2,05% -1,23% 10,58% 15,18%
Capitais Próprios 4.771.467 € 4.496.689 € 5.331.405 € 5.329.939 € 7.399.027 € -5,76% 18,56% -0,03% 38,82%
Margem Financeira 1.944.154 € 2.277.799 € 2.462.018 € 2.653.873 € 2.622.053 € 17,16% 8,09% 7,79% -1,20%
Comissões e Outros Proveitos e Custos 917.313 € 1.118.559 € 1.128.830 € 1.123.821 € 1.427.873 € 21,94% 0,92% -0,44% 27,06%
Produto Bancário 2.861.467 € 3.396.358 € 3.590.848 € 3.777.694 € 4.049.926 € 18,69% 5,73% 5,20% 7,21%
Custos com o Pessoal 1.244.487 € 1.317.946 € 1.326.961 € 1.356.532 € 1.548.583 € 5,90% 0,68% 2,23% 14,16%
Gastos Gerais Administrativos 1.010.466 € 926.489 € 917.387 € 960.375 € 1.016.441 € -8,31% -0,98% 4,69% 5,84%
Amortizações 119.013 € 128.459 € 132.121 € 105.321 € 99.848 € 7,94% 2,85% -20,28% -5,20%
Constituição e Anulação de Provisões 575.471 € 1.392.083 € 363.791 € 1.283.770 € -1.290.070 € 141,90% -73,87% 252,89% -200,49%
Resultados Antes de Impostos -87.970 € -368.619 € 850.588 € 71.696 € 2.675.124 € 319,03% -330,75% -91,57% 3631,23%
Impostos sobre Lucros 79.702 € 16.498 € 128.017 € 281.980 € 470.206 € -79,30% 675,95% 120,27% 66,75%
Impostos Diferidos -178.482 € -2.657 € 117.869 € -246.433 € 103.723 € -98,51% -4536,18% -309,07% -142,09%
Resultado do Exercício 10.810 € -382.460 € 604.702 € 36.149 € 2.101.195 € -3638,02% -258,11% -94,02% 5712,65%
Fundos Próprios 7.408.083 € 6.998.649 € 8.012.697 € 8.822.228 € 8.004.955 € -5,53% 14,49% 10,10% -9,26%
Rentabilidade do Activo Líquido (ROA) 0,01% -0,33% 0,55% 0,03% 1,45% -0,34 0,88 -0,52 1,42
Rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE) 0,23% -8,51% 11,34% 0,68% 28,40% -8,73 19,85 -10,66 27,72
Rácio de Imobilizado 50,45% 42,97% 38,29% 38,34% 74,22% -7,48 -4,68 0,05 35,88
Margem Financeira / Activo Líquido 1,72% 1,97% 2,16% 2,10% 1,81% 0,25 0,19 -0,06 -0,31
Produto Bancário / Activo Líquido 2,53% 2,94% 3,15% 3,00% 2,79% 0,41 0,21 -0,15 -0,21
Margem Financeira / Produto Bancário 67,94% 67,07% 68,56% 70,25% 64,74% -0,88 1,50 1,69 -5,51
Custos de funcionamento / Produto Bancário 78,80% 66,08% 62,50% 61,33% 63,34% -12,72 -3,58 -1,17 1,99
Com a eclosão da crise financeira em 2008, agravada pelos PEC’s até 2011 e pelas medidas restritivas
aplicadas, resultante da ajuda financeira solicitada por Portugal à “TROÍKA”, a Caixa Agrícola viu
muito da sua rentabilidade condicionada pela necessidade de provisionamento do crédito vencido,
tendo o ano de 2013 sido aquele que teve maior impacto, com um provisionamento de 1,4 Milhões
de euros, traduzindo-se num prejuízo de 382 mil euros.
No entanto em 2014,os esforços em combater o crédito vencido pela Caixa Agrícola, tiveram os seus
resultados, tendo reduzido significativamente as necessidades de constituição de provisões, fruto
desse comportamento foi apurado um lucro de 605 mil euros.
Em 2015, devido à instabilidade a nível nacional e na Instituição verificou-se um aumento
significativo no crédito vencido que resultou numa necessidade de constituição/reforço de
provisões/imparidades em cerca de 1,3 Milhões de euros, com reflexos no resultado líquido que foi
um lucro de apenas 36.148,63€.
No exercício de 2016, decorrente da redução do crédito vencido através de reestruturação de crédito
e de dações em pagamento, com a correspondente recuperação/desmobilização de
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 44
provisões/imparidades em cerca de 1,3 Milhões de euros, permitiu atingir um lucro de 2,1 Milhões
de euros.
Devido ao impulso verificado no volume de negócios e ao redireccionamento no crédito concedido,
com maior enfoque na área empresarial, verifica-se que resultante de ligeiras melhorias nas
condições de negociação entre as taxas activas e passivas, apesar das taxas no crédito concedido,
serem influenciadas pelas taxas baixas ou mesmo negativas, nos índices da taxa euribor, a Caixa
Agrícola registou uma ligeira redução da Margem Financeira de 1,20%, totalizando 2,6 Milhões de
euros (1,81% do Activo Líquido), quando em 2014 se situava em 2,5 Milhões de euros (2,16% do
Activo Líquido), contribuindo com 64,74% (em 2014 – 68,56%) na formação do Produto Bancário.
Registe-se que o exercício de 2016 foi o melhor ano do quinquénio ao nível do produto bancário.
O Produto Bancário incorpora 35,26% dos saldos de comissões líquidas e de outros custos e
proveitos, quando no ano anterior representava 29,75%. As comissões e outros custos e proveitos a
receber reflectem a dinâmica que se tem empreendido no sentido de apelar à diversificação das
fontes de receita, especialmente em produtos e serviços geradores de comissões bancárias, com
principal ênfase as auferidas das empresas do grupo devido à colocação e comercialização dos seus
produtos, em que se verificou um incremento no seu comissionamento de 288.281 euros registado
em 2016, enquanto em 2015 recebemos o montante de 224.495 euros.
Da análise aos custos de estrutura, indicados pelo somatório dos Custos com o Pessoal,
Fornecimentos e Serviços de Terceiros e Amortizações, verificamos que representam cerca de 65,8%
do Produto Bancário, registando um ligeiro incremento face aos 64,1% do ano anterior, resultante do
acréscimo dos custos de funcionamento ser próximo ao verificado no Produto Bancário. Registe-se,
contudo, que o aumento dos custos de estrutura (10,02% - 242.644€) deve-se em parte à
implementação do estudo organizacional e a actualizações salariais no âmbito do ACTV das ICAMs.
A Caixa Agrícola, em 2016, conseguiu uma redução significativa do crédito vencido, reflectindo-se
numa recuperação/desmobilização de provisionamento de crédito no valor de 1,290 Milhões de
euros, quando no ano de 2015 foi necessário constituir provisões/imparidades de 1,284 milhões de
euros, sendo este um dos principais motivos pela passagem de um lucro de apenas de 36.149 euros
para um resultado positivo de 2.101.195 euros, o maior da história da Caixa Agrícola.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 45
2012 2013 2014 2015 2016 ∆ 13/12 ∆ 14/13 ∆ 15/14 ∆ 16/15
Margem Financeira 1.944.154 € 2.277.799 € 2.462.018 € 2.653.873 € 2.622.053 € 17,16% 8,09% 7,79% -1,20%
Produto Bancário 2.861.467 € 3.396.358 € 3.590.848 € 3.777.694 € 4.049.926 € 18,69% 5,73% 5,20% 7,21%
Custos de Estrutura 2.373.966 € 2.372.894 € 2.376.469 € 2.422.228 € 2.664.872 € -0,05% 0,15% 1,93% 10,02%
Resultado Líquido 10.810 € -382.460 € 604.702 € 36.149 € 2.101.195 € -3638,02% -258,11% -94,02% 5712,65%
-500.000 €
0 €
500.000 €
1.000.000 €
1.500.000 €
2.000.000 €
2.500.000 €
3.000.000 €
3.500.000 €
4.000.000 €
4.500.000 €
2012 2013 2014 2015 2016
Margem Financeira Produto Bancário Custos de Estrutura Resultado Líquido
3 – Perspetivas Futuras
A actividade da Caixa Agrícola para o ano de 2017, tem como objectivo, continuar a reforçar a sua
capacidade competitiva, através do aumento da sua base de negócio, tanto ao nível dos depósitos
como no crédito concedido, nomeadamente ao nível do acompanhamento e recuperação do crédito
vencido, consubstanciada, também, no aumento da eficiência operativa e no reforço da margem
complementar, conforme enunciado no Plano de Actividades e Orçamento de 2017.
Decorrente da implementação plena do estudo organizacional do DERH da Caixa Central vai permitir
potencializar os recursos, afectando os mesmos a tarefas que melhor se identifiquem com o seu
perfil. Para colmatar algumas lacunas identificadas, foram contratados novos colaboradores, criando
um equipa de trabalho que permita enfrentar os novos desafios que se avizinham e se perspetivam
exigentes.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 46
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Conselho de Administração deseja expressar o seu reconhecimento às pessoas e entidades que de
alguma forma foram importantes para se alcançarem os resultados apresentados, destacando-se
muito em especial:
- Os associados e clientes pela confiança que continuaram a manifestar no seu relacionamento com a
Caixa Agrícola;
- Às entidades de supervisão, à Caixa Central, à Fenacam e aos Órgãos de fiscalização (Conselho Fiscal
e Revisor de Contas) pela atenção que dispensaram a esta Caixa;
- Às empresas do grupo Crédito Agrícola pelo apoio que prestaram à Caixa Agrícola;
- Aos ex-administradores pelo esforço e dedicação até ao momento da sua saída;
- A todos os colaboradores da Caixa Agrícola pelo empenho, esforço e competência que sempre
demonstraram ao longo do ano, no exercício das suas funções.
Certos de ter cumprido com fidelidade e grande empenhamento as funções para que fomos eleitos,
apresentamos à apreciação da Digníssima Assembleia Geral, o presente Relatório e Contas, que
submetemos à vossa aprovação.
Idanha-a-Nova,10 de Março de 2017
O Conselho de Administração
Joaquim Morão Lopes Dias
João Miguel Correia Dias Pereira
Nuno Miguel Carvalho dos Santos
Marília Ramos Batista Correia Mateus
José Manuel Afonso Reis
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 47
PROPOSTA PARA APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
De acordo com os Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), CRL,
nomeadamente nos artigos 33º e 34º, vem o Conselho de Administração propor à Exma. Assembleia
Geral que o Resultado do Exercício de 2016, no montante de 2.101.195,47 € (dois milhões, cento e
um mil e cento e noventa e cinco euros e quarenta e sete cêntimos), deduzido dos Resultados
Transitados negativos, no montante de 12.089,92 € (doze mil e oitenta e nove euros e noventa e dois
cêntimos), decorrentes das alterações contabilísticas, cujo somatório totaliza 2.089.105,55 € (dois
milhões e oitenta e nove mil e cento e cinco euros e cinquenta e cinco cêntimos) a sua reversão para
as seguintes reservas:
Reserva Legal 839.486,17 €
Reserva para Educação e Formação Cooperativa 10.445,53 €
Reserva para Mutualismo 10.445,53 €
Reserva Especial para Reforço da Situação Líquida 417.821,11 €
Reserva Especial para Distribuição de Excedentes 0,00 €
Reserva Especial 810.907,21 €
O Conselho de Administração propõe ainda que, da Reserva Especial, agora constituída por
810.907,21 € (oitocentos e dez mil novecentos e sete euros e vinte um cêntimos), seja transferido
para capital social o montante de 810.905,00€ (oitocentos e dez mil novecentos e cinco euros),
ficando a Situação Líquida assim constituída:
Capital Social 5.961.665,00 €
Reserva Legal 881.997,15 €
Reserva para Educação e Formação Cooperativa 10.707,60 €
Reserva para Mutualismo 45.508,68 €
Reserva Especial para Reforço da Situação Líquida 460.326,78 €
Reservas por direitos de capital dos associados 6.420,32 €
Reserva Especial 11,25 €
Outras Reservas 8.930,33 €
Reserva de Reavaliação 23.460,18 €
Total 7.399.027,29 €
Idanha-a-Nova, 10 de Março de 2017
O Conselho de Administração
Joaquim Morão Lopes Dias
João Miguel Correia Dias Pereira
Nuno Miguel Carvalho dos Santos
Marília Ramos Batista Correia Mateus
José Manuel Afonso Reis
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 48
BALANÇO
E
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 49
Unidade: euro
Activo BrutoAmortizações e Provisões
Activo Líquido
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 960.332 960.332 957.601
Disponibilidades em outras Instituições de Crédito 1.130.631 1.130.631 1.873.385
Activos f inanceiros detidos para negociação
Outros activos f inanceiros ao justo valor através de resultados
Activos f inanceiros disponíveis para venda 1.538 1.538 696
Aplicações em Instituições de Crédito 60.299.114 60.299.114 42.200.961
Crédito a Clientes 80.718.796 5.477.545 75.241.251 75.566.232
Investimentos detidos até à maturidade 50.224 50.224
Activos com acordo de recompra
Derivados de cobertura
Activos não correntes detidos para venda 2.976.760 130.792 2.845.968 611.679
Propriedades de investimento
Outros activos tangíveis 3.619.637 1.762.315 1.857.322 1.933.226
Activos intangíveis 26.632 26.632 0 0
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 1.237.863 1.237.863 1.237.852
Activos por impostos correntes
Activos por impostos diferidos 905.050 905.050 1.008.810
Outros activos 736.867 10.023 726.844 717.974
Total do Activo 152.663.442 7.407.307 145.256.136 126.108.416
Passivo AnoAno Anterior
(Líquido)
Recursos de bancos centrais
Passivos f inanceiros detidos para negociação
Outros passivos f inanceiros ao justo valor através de resultados
Recursos de outras instituições de crédito 12.892.157 9.757.202
Recursos de clientes e outros empréstimos 119.078.448 105.273.545
Responsabilidades representadas por títulos
Passivos f inanceiros associados a activos transferidos
Derivados de cobertura
Passivos não correntes detidos para venda
Provisões 789.592 732.132
Passivos por impostos correntes 217.779 158.853
Passivos por impostos diferidos 940 978
Instrumentos representativos de capital
Outros passivos subordinados 4.015.699 4.015.699
Outros passivos 862.495 840.070
Total de Passivo 137.857.109 120.778.477
Capital AnoAno Anterior
(Líquido)
Capital 5.150.760 5.134.840
Prémios de emissão
Outros instrumentos de capital
Acções próprias
Reservas de reavaliação 23.460 59.333
Outras reservas e resultados transitados 123.612 99.617
Resultado do exercicio 2.101.195 36.149
Dividendos antecipados
Total de Capital 7.399.027 5.329.939
Total de Passivo + Capital 145.256.136 126.108.416
CCAM DA BEIRA BAIXA (SUL), CRLBalanço do período de 01 de Janeiro de 2015 a 31 de Dezembro de 2016
ActivoAno Ano Anterior
(Líquido)
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 50
Unidade: euros
2016 2015
Juros e rendimentos similares + 2.966.131 3.459.753
Juros e encargos similares - 344.078 805.880
Margem financeira 2.622.053 2.653.873
Rendimentos de instrumentos de capital + 15 1.254
Rendimentos de serviços e comissões + 1.198.465 1.120.759
Encargos com serviços e comissões - 116.518 117.203
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor atrvés de resultados +
Resultados de activos f inanceiros disponíveis para venda + 1
Resultados de reavaliação cambial + 364 1.372
Resultados de alienação de outros activos + 61.109 -49.924
Outros resultados de exploração + 284.438 167.563
Produto bancário 4.049.926 3.777.694
Custos com o pessoal - 1.548.584 1.356.532
Gastos gerais administrativos - 1.016.441 960.375
Amortizações do exercício - 99.848 105.321
Provisões líquidas de reposições e anulações - 57.460 17.553
Correcões de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros
devedores (líquidas de reposições e anulações) - -1.366.714 1.257.204
Imparidade de outros activos f inanceiros líquida de reversões e recuperações - 10.772 -2.256
Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações - 8.412 11.268
Resultado antes de impostos 2.675.124 71.696
Impostos correntes - 470.206 281.980
Impostos diferidos - 103.722 (246.433)
Resultado após impostos 2.101.195 36.149
do qual: Result. líq. após impostos de operações descontinuadas
CCAM DA BEIRA BAIXA (SUL), CRLDemonstração de Resultados do período de 01 de Janeiro de 2015 a 31 de Dezembro de 2016
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 51
ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO
1. Estrutura de Governo Societário
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), CRL adopta o modelo de
governação vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de
Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.
Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela
Assembleia Geral, para um mandato de três anos.
2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), CRL
3. Assembleia Geral
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um
Secretário.
3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral
Presidente: António Infante da Câmara Trigueiros de Aragão
Vice-Presidente: Manuel Henrique Miranda Coutinho
Secretário: Luísa Maria Carreiro Folgado Serejo
3.2.Competência da Assembleia Geral
A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos
lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial:
� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus
Presidentes;
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
ASSEMBLEIA GERAL
CONSELHO
FISCAL
ROC
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 52
� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para
o exercício seguinte;
� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;
� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;
� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de
organismos cooperativos de grau superior;
� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;
� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de
contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do
Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;
� Decidir da alteração dos Estatutos.
4. Conselho de Administração
O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos,
no mínimo de três e de um suplente.
Actualmente o Conselho de Administração é composto por 5 membros, com mandato
para o triénio 2016/ 2018.
4.1. Composição do Conselho de Administração
Presidente: Joaquim Morão Lopes Dias
Vogal: João Miguel Correia Dias Pereira
Vogal: Nuno Miguel Carvalho dos Santos
Vogal: Marília Ramos Batista Correia Mateus
Vogal: José Manuel Afonso Reis
Suplente: Hugo Miguel Calvário dos Santos
4.2. Competências do Conselho de Administração
As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em
especial e de acordo com os Estatutos:
� Administrar e representar a Caixa Agrícola;
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 53
� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de
actividades e de orçamento para o exercício seguinte;
� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao
exercício anterior;
� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa
Agrícola;
� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.
� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;
� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não
pagos;
� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.
4.3. Reuniões do Conselho de Administração
O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vezes por semana, tendo realizado
um total de 57 reuniões ordinárias no ano de 2016.
Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de
Administração.
5. Órgãos de Fiscalização
A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor
Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo,
ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano
de actividade e de orçamento.
5.1. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.
5.1.1. Composição do Conselho Fiscal
Presidente: António Manuel Tavares Proença de Abrunhosa
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 54
Vogal: João Alves Rodrigues Barreira Júnior
Vogal: António de Jesus Coelho
Suplente: Ana Rita dos Santos Gomes
5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal reúne, por regra, pelo menos 1 vezes por trimestre, tendo realizado,
em 2016, um total de 8 reuniões.
5.2. Revisor Oficial de Contas
O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do
Conselho Fiscal.
O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se
designados para o cargo:
Efectivo: Sociedade Santos Carvalho & Associados, SROC, S.A., SROC nº 71, representada
por Dr. André Miguel Andrade e Silva Junqueira Mendonça, ROC nº 1530;
Suplente: Sociedade Oliveira Rego & Associados, SROC, S.A., SROC nº 46, representada
por Dr. Manuel Oliveira Rego, ROC nº 404.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 55
DIVULGAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES DA CAIXA DE
CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA BEIRA BAIXA (SUL), CRL
Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização
a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa
de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), CRL para o ano de 2016 foi aprovada
na Assembleia Geral Ordinária realizada em 30 de Março de 2016, em cumprimento
do disposto no Artigo 115.º - C, n.º 4 do Regime Geral das Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro,
na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 157/2014, de 24 de Outubro.
b) Nos termos e para os efeitos do nº4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº
10/2011 e do art. 7º do Aviso do Banco de Portugal nº 5/2014, reproduz-se na
presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada
pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.
POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO
DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA BEIRA BAIXA (SUL) PARA O ANO DE 2016
Nos termos e para os efeitos do número 4 do Artigo 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito
e Sociedades Financeiras, o qual obriga a que seja anualmente submetida à Assembleia Geral das
Instituições de Crédito, para aprovação, a política de remuneração respeitante aos Membros dos Órgãos
de Administração e de Fiscalização, cuja elaboração é obrigatória nos termos do número 1 e da alínea a)
do número 2 do referido artigo, vem o Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo
da Beira Baixa (Sul), CRL apresentar à Assembleia Geral a “Política de Remuneração dos Membros dos
Órgãos de Administração e de Fiscalização” da Instituição para o ano de 2016”, que de seguida se
transcreve:
“1. INTRODUÇÃO
- Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de
Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir
adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e
a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a
assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 56
- A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado
qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as
Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas
de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em
consideração os seguintes instrumentos:
a) O RGICSF;
b) O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam
incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-
Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em
função de tais alterações;
c) A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;
d) A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de
Capital);
e) O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de
Capital).
2. PRINCÍPIOS GERAIS
- O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na
definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a
natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à
actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes
remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da
Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as
que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de
riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade
financeira ou a sua base de capital.
- Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as
disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se
considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas
revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das
demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art.
115º-C do RGICSF.
- Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política
de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:
a) Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de
riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;
b) Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de
longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;
c) Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração,
fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade
organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 57
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
- Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:
a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela
Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la
periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art.
115º-C do RGICSF;
b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;
c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das
remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto
de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob
a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o
pagamento de qualquer parte da remuneração;
d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de
Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o
desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma
remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito
Agrícola;
e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e
de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral,
reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios
directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação
estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o
andamento dos negócios sociais.
4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL
- A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição
desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de
presença de valor fixado pela Assembleia Geral.
- Acresce a esta remuneração ainda o direito ao reembolso das despesas em que comprovadamente
incorram no exercício das suas funções.
5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
A) PRESIDENTE
- Caso o Presidente do Conselho de Administração exerça funções executivas, será remunerado nos
seguintes termos, consoante os casos:
i. Se o Presidente do Conselho de Administração exercer o seu cargo com dedicação exclusiva,
a sua remuneração consistirá numa componente fixa paga em montante fixo mensal liquidado em
catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral;
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 58
ii. Se o Presidente do Conselho de Administração exercer o seu cargo sem dedicação exclusiva,
a sua remuneração consistirá numa componente fixa paga em montante fixo mensal liquidado em
catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral.
- Acresce às referidas remunerações, em ambos os casos i) o pagamento de despesas de
representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração; ii)
atribuição de telemóvel e viatura de serviço para uso no exercício das mesmas funções.
B) ADMINISTRADORES EXECUTIVOS ORIUNDOS DO QUADRO DE PESSOAL
- Integrando o Conselho de Administração Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de
pessoal da CCAM e cujo contrato de trabalho tenha sido suspenso em virtude da sua eleição para o
referido Órgão, a remuneração dos mesmos não poderá ser inferior à que aufeririam caso tal suspensão
não tivesse ocorrido, mantendo-se todas as prestações e benefícios sociais/ laborais a que tivessem
direito na medida da sua compatibilidade com o exercício do cargo de Administrador e sendo a perda
dos demais compensada com pagamento de valor equivalente, sem prejuízo da impossibilidade de
pagamento de remuneração variável.
- Igualmente se manterá a possibilidade da actualização das referidas prestações e benefícios, nos
termos em que possa vir ocorrer relativamente à generalidade dos trabalhadores da CCAM, sendo ainda
relevado o mandato para efeitos de antiguidade.
- Deste modo, a remuneração dos Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal consistirá
numa componente fixa, paga por ocasião do pagamento aos trabalhadores da CCAM dos respectivos
salários e subsídios de férias e de Natal e calculada nos termos referidos supra.
- Sem prejuízo de quanto acima referido, acrescerá à referida remuneração i) o pagamento de despesas
de representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração;
ii) atribuição de telemóvel e viatura de serviço para uso no exercício das mesmas funções.
- Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº
10/2011, mais se declara que:
5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho
a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o
Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;
b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são
inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º
do Aviso nº 10/2011.
5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback
- Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente
variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à
mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”).
5.1.3 Disposições gerais
a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável,
são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;
b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a
Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 59
c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que
lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos
relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o
direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis,
sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual
modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a
cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;
d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas
por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;
e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada,
nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;
f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como
remuneração.
g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou
responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos
de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.
h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro
mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os
interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto
a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem
prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da
remuneração.
5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
A) PRESIDENTE
- Caso o Presidente do Conselho de Administração não exerça funções executivas, a sua remuneração
consistirá exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze
meses, de valor fixado pela Assembleia Geral.
- Acresce à referida remuneração i) o pagamento de despesas de representação ou outras incorridas no
exercício das funções de Membro do Órgão de Administração; ii) atribuição de telemóvel e viatura de
serviço para uso no exercício das mesmas funções.
B) ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
- A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração consistirá exclusivamente
numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, de valor fixado pela
Assembleia Geral.
- Acresce à referida remuneração i) o pagamento de despesas de representação ou outras incorridas no
exercício das funções de Membro do Órgão de Administração.
6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
- A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e
definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas”.
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Relatório e Contas - 2016 60
REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS DE GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DA CCAM:
Remuneração
Orgãos Sociais Dezembro de 2016
Conselho de Administração
Joaquim Morão Lopes Dias 27.525,00 €
António José Vaz Trindade Martins 47.099,93 €
Marilia Ramos Batista Correia Mateus 50.223,74 €
Nuno Miguel Carvalho dos Santos 24.585,20 €
Jose Rego Da Silva Geraldes 6.825,00 €
José Manuel Afonso Reis 7.434,81 €
João Miguel Correia Dias Pereira 14.550,00 €
Ana Carina Gomes Batista 3.936,80 €
Sub-Total 182.180,48 €
Conselho Fiscal
António Manuel Tavares Proença Abrunhosa 500,00 €
João Alves Rodrigues Barreira Júnior 1.100,00 €
António Manuel Clemente Gaspar 650,00 €
António de Jesus Coelho 400,00 €
Jose Manuel Afonso Reis 650,00 €
Sub-Total 3.300,00 €
Revisor Oficial de Contas
Santos Carvalho & Associados, SA 11.069,94 € (IVA Incluido)
Sub-Total 11.069,94 €
Total 196.550,42 €
Política de Remuneração de Colaboradores
Dando cumprimento ao disposto no nº3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é
prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:
1 Os colaboradores abrangidos pelo nº2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº
10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições
dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento
remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento
remunerativo casuístico.
2 Também se atribui 1 ou 2 horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de
responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.
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Relatório e Contas - 2016 61
3 Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo
de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde
apenas a um prémio de desempenho.
4 A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de
administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a
generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados
finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa dos colaboradores.
5 Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como
limite máximo 7,1 % da remuneração total anual (excluindo a majoração prevista no nº 4 da
cláusula 71ª do ACT do Crédito Agrícola), percentagem esta que corresponde a cerca de um
salário bruto por empregado. O limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente
pelo Conselho de Administração.
6 A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando o resultados da
avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas
regras e procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo
interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores.
Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a
longo prazo.
7 A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o
desempenho do ano transacto.
8 Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor
desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa
impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir.
9 Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016
os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes
remunerações:
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO 31 de Dezembro de 2016
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Relatório e Contas - 2016 72
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM) é uma instituição de crédito constituída em 21 de Janeiro de 1916 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada no Largo do Município, em Idanha-a-Nova e através de uma rede de 7 balcões situados nos concelhos de Idanha-a-Nova, Penamacor e Castelo Branco. No decurso de 2009 o Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo foi alterado através do Decreto-Lei 142/2009, o qual visou, entre outros, adaptar o modelo de governação das Caixas de Crédito Agrícola às estruturas previstas no Código das Sociedades Comerciais, sem prejuízo das competências da Assembleia geral que caracterizam o modelo cooperativo, ao mesmo tempo que autoriza um alargamento da respectiva base de associados. Adicionalmente e no que respeita à fiscalização das contas, as caixas agrícolas associadas ao Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo passaram também a ser obrigadas à certificação legal das suas contas e à contratação de um revisor oficial de contas. No exercício de 2016, e após a implementação das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto aos exercícios iniciados após 1 de Janeiro de 2013, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2016 registados na rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”, diminuiram em cerca de 35.430 euros, enquanto que, à data de 31 de Dezembro de 2015 tinham diminuido 72.030 euros. Com excepção destes dois pontos, não ocorreram quaiquer outros eventos relevantes na estrutura de capital da Caixa, não ocorreram operações com grande impacto nas contas do exercício e não ocorreram quer aberturas quer encerramentos de balcões. As demonstrações financeiras relativas a 31 de Dezembro de 2016 foram aprovadas pelo Conselho de Administração no dia 10 de Fevereiro de 2017, mas encontram-se ainda pendentes de aprovação em Assembleia Geral de associados. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas pela Assembleia Geral sem alterações relevantes.
2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS
CONTABILÍSTICAS
2.1 Bases de apresentação das contas
As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, atentas ao regime do acréscimo, da consistência da apresentação, da materialidade e da não compensação (excepto quando permitida), com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo n.º 3 do Artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92 de 31 de Dezembro.
As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:
(i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos
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Relatório e Contas - 2016 73
segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;
(ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;
(iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga. No ano de 2014 passou a contemplar também o cálculo assente no modelo de imparidade, com o provisionamento mínimo do crédito e contas a receber a ser estabelecido como o maior valor encontrado entre os dois métodos;
(iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.
(v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 1 de Janeiro de 2007, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2011,com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013.
Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.
Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso n.º7/2008, de 14 de Outubro de 2008.
A Caixa Agrícola adoptou a Norma IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações, a qual se tornou efectiva para os períodos de relato com início em 1 de Janeiro de 2007 ou após. O Impacto da adopção da Norma IFRS 7 consistiu nas divulgações fornecidas ao nível dos instrumentos financeiros utilizados e da gestão do capital (Nota 51). Adicionalmente, foi tida em consideração a versão actualizada da IAS 1 - Apresentação de Demonstrações financeiras.
2.2 Comparabilidade da informação
As demonstrações financeiras referentes a 31 de Dezembro de 2015 são directamente comparáveis com as demonstrações agora apresentadas.
2.3 Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:
2.3.1 Especialização dos exercícios
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Relatório e Contas - 2016 74
A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
2.3.2 Saldos e transacções em moeda estrangeira
As contas da Caixa Agrícola são preparadas em Euros, sendo esta a sua moeda funcional, ou seja, a divisa utilizada no ambiente económico em que a Instituição opera.
As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data da transacção. Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para euros com base na taxa de câmbio em vigor. Os activos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os activos não monetários registados pelo seu custo histórico permanecem registados ao câmbio original.
As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com excepção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, tal como acções, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.
2.3.3 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.
As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.
Os dividendos, caso existam, são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição.
2.3.4 Crédito e outros valores a receber
Conforme descrito na Nota 2.1 i) estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal.
A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.
Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. De acordo com as normas do Banco de Portugal, os juros sobre crédito vencido há mais de 90 dias que não estejam cobertos por garantias reais, são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos.
2.3.5 Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extra patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.
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Relatório e Contas - 2016 75
2.3.6 Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:
i) Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo, relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso n.º 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:
• As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:
� Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; ou
� Encontrarem-se em incumprimento há mais de:
− 6 meses, nas operações com prazo inferior a 5 anos;
− 12 meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5 anos mas inferior a 10 anos;
− 24 meses, nas operações com prazo igual ou superior a 10 anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.
• Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
A Caixa Agrícola classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 180 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.
Periodicamente, a Caixa Agrícola abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.
iii) Provisão para risco país
Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extra patrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:
• Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa
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moeda;
• Das participações financeiras;
• Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;
• Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;
• Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.
As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.
iv) Provisão para riscos gerais de crédito
Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:
• 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;
• 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;
• 1% no que se refere ao restante crédito concedido.
Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de concorrer para a formação do lucro tributável em sede de IRC.
2.3.7 Outros activos e passivos financeiros
Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.
i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação
Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.
Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.
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Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.
Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.
Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.
O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.
ii) Activos financeiros disponíveis para venda
Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.
Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.
Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
iii) Investimentos a deter até à maturidade
Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.
Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
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iv) Empréstimos e contas a receber
De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.
No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
v) Operações de venda com acordo de recompra
Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.
vi) Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.
Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa possuía um empréstimo subordinado concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, conforme descrito na Nota 32.
vii) Imparidade em activos financeiros
A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber.
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.
Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.
Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.
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Relatório e Contas - 2016 79
No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.
No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.
2.3.8 Derivados e contabilidade de cobertura
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extra patrimoniais pelo respectivo valor nominal. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:
• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);
• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.
i) Derivados embutidos
Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:
• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e
• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.
ii) Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.
Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:
• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;
• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);
• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;
• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.
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Relatório e Contas - 2016 80
Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.
As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.
iii) Derivados de negociação
São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:
• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;
• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;
• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.
2.3.9 Propriedades de investimento
Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização.
As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.
2.3.10 Outros activos tangíveis
Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.
A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:
Anos de vida útil estimada
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Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 6
As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.
Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.
Periodicamente e na eventual existência de indicadores de imparidades, são efectuadas avaliações com vista a concluir sobre a recuperabilidade do valor de balanço dos imóveis.
2.3.11 Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.
2.3.12 Activos não correntes disponíveis para venda
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não pelo seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:
• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;
• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual, sendo esta intenção activamente publicitada;
• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.
No decurso da sua actividade corrente de concessão de crédito a Caixa incorre no risco de não conseguir que todo o seu crédito seja reembolsado. No caso de créditos com colateral de hipoteca, a Caixa procede à execução das mesmas recebendo imóveis e outros bens em dação para liquidação do crédito concedido. Por força do disposto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF) os bancos estão impedidos de adquirir imóveis que não sejam indispensáveis à sua instalação e funcionamento (artigo 112º do DL 298/92 de 31 de Dezembro e posteriores alterações) podendo, no entanto, adquirir imóveis por reembolso de créditos devendo alienar os mesmos num prazo de 2 anos, prorrogável após autorização expressa do Banco de Portugal e nas condições que este determinar (art.114º).
A Caixa tem como objectivo a venda imediata de todos os imóveis recebidos em dação. Estes imóveis são classificados como activos não correntes detidos para venda sendo registados no seu
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reconhecimento inicial pelo menor de entre o seu justo valor deduzido dos custos esperados de venda e o valor de balanço do crédito concedido objecto de recuperação. Subsequentemente, estes activos são mensurados ao menor de entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes activos, assim determinadas, são registadas em resultados. As avaliações realizadas são conduzidas por entidades independentes especializadas neste tipo de serviços.
Pela venda dos bens recuperados procede-se ao seu abate do activo, sendo os ganhos ou perdas registados na rubrica “Resultados de alienação de outros activos” (Nota 45). A Caixa Agrícola não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.
2.3.13 Provisões
Esta rubrica do passivo poderá incluir as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).
2.3.14 Benefícios de empregados
A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.
Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.
Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida S.A..
Os membros dos órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.
Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:
• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;
• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.
Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.
Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.
Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.
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O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.
A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.
O Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrentes da adopção do IAS 19. O Aviso 7/2008 veio permitir um período adicional de três anos de diferimento face ao estipulado inicialmente, tendo a Caixa decidido prolongar os referidos diferimentos tal como permitido no Aviso 7/2008 de 14 de Outubro de 2008.
Os benefícios pós-emprego dos colaboradores incluem ainda o acesso aos Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), os quais foram calculados com base nos mesmos pressupostos que as responsabilidades com complementos de pensões.
Até 31 de Dezembro de 2012 os ganhos e perdas actuariais diferidos acumulados no início do ano, que excediam 10% do valor actual das responsabilidades totais ou do valor do fundo, dos dois os maiores, reportados igualmente ao início do ano, eram imputados a resultados durante o período estimado de serviço remanescente dos trabalhadores abrangidos pelo plano (Método do corredor). Os ganhos e perdas actuariais acumulados que se situavam dentro do referido limitem, não eram reconhecidos em resultados.
Contabilisticamente os ganhos e perdas actuariais resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos actuariais, eram reconhecidos como um activo ou um passivo numa rubrica de desvios actuariais e o seu valor acumulado eram imputados a resultados com base no método do corredor. Com a revisão da IAS 19 em 2011, e a implementação das alterações dai decorrentes, nos períodos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013 os desvios actuariais por amortizar, apurados à data de 31 de Dezembro de 2012 bem como os ocorridos nos períodos seguintes, passaram de ser reconhecidos não através do método do corredor mas antes diretamente no Rendimento Integral (Capital Próprio).
2.3.15 Prémios de antiguidade
Nos termos do ACTV, a Caixa Agrícola assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente.
A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de “rating” elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.
2.3.16 Impostos sobre os lucros
A Caixa encontra-se actualmente sujeita ao regime geral de tributação previsto no artigo nº.87 do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC), contudo está em curso um projecto que prevê a tributação pelo lucro consolidado para as Caixas Agrícola que compõem o SICAM.
Embora seja previsível a adesão do SICAM ao Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS), o processo carece de autorização prévia do Ministro das Finanças e será válido pelo período de três anos completos.
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De acordo com a Lei 7-A/2016, 30 de Março, que aprovou o Orçamento de Estado para 2016, a taxa de tributação a aplicar no presente exercício é, para todas as operações da CCAM, a taxa geral de 21%.
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:
• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;
• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.
A principal situação que origina diferenças temporárias ao nível da Caixa Agrícola corresponde a provisões não aceites para efeitos fiscais.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.
2.3.17 Locação financeira
A Caixa classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 – Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.
2.3.18 Locação operacional
Os pagamentos efectuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.
2.3.19 Caixa e seus equivalentes
Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Caixa Agrícola considera como “Caixa e seus equivalentes” o total das rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.
2.3.20 Comissões
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As comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente, comissões cobradas ou pagas na origem das operações, são reconhecidas ao longo do período das operações pelo método da taxa efectiva em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”.
As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se corresponderem a uma compensação pela execução de actos únicos.
2.3.21 Juízos de Valor que o Órgão de Gestão fez no processo de aplicação das políticas contabilísticas
Na preparação das Demonstrações financeiras a Administração baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes, considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.
2.3.22 Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas
A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras da Caixa Agrícola incluem as abaixo apresentadas.
i) Benefícios a empregados
As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente, no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, os valores reais podem diferir das estimativas efectuadas.
ii) Determinação de impostos sobre lucros
Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Caixa Agrícola com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Caixa Agrícola sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.
iii) Determinação das provisões para crédito
A determinação da provisão para crédito concedido a clientes resulta de uma avaliação específica efectuada pela Caixa Agrícola com base no conhecimento da realidade dos clientes e nas garantias associadas às operações em questão e da aplicação do modelo de imparidade desenvolvido centralmente e aprovado pelo BdP.
iv) Avaliação dos colaterais nas operações de crédito
As avaliações dos colaterais de operações de crédito, nomeadamente, hipotecas de imóveis, foram efectuadas com o pressuposto da manutenção de todas as condições de mercado imobiliário, durante o período de vida das operações, tendo correspondido à melhor estimativa do justo valor dos referidos colaterais na data da concessão do crédito.
3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto
global positivo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2007 no montante de 216.175 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB.
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4. RELATO POR SEGMENTOS
Às datas a que se refere este relatório, a segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio
corresponde na sua totalidade à banca de retalho, a qual é desenvolvida unicamente em Portugal.
A segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio é a seguinte:
31-12-2016Segmento 1 Segmento 2 (…) Outros Total
Margem financeira 2.622.053 - - - 2.622.053
Rendimentos de instrumentos de capital 15 - - - 15
Resultados de serviços e comissões 1.081.947 - - - 1.081.947
Outros resultados de exploração e outros 345.911 - - - 345.911
Produto bancário 4.049.926 - - - 4.049.926
Custos com pessoal e gastos gerais administrativos (2.565.024) - - - (2.565.024)
Amortizações do exercício (99.848) - - - (99.848)
Provisões e imparidade 1.290.070 - - - 1.290.070
Resultado antes de impostos 2.675.124 - - - 2.675.124
Impostos (573.928) - - - (573.928)
Resultado líquido do exercício 2.101.195 - - - 2.101.195
Activos financeiros detidos para negociação - - - - -
Activos financeiros disponíveis para venda 1.538 - - - 1.538
Aplicações em instituições de crédito 60.299.114 - - - 60.299.114
Crédito a clientes 80.718.796 - - (5.477.545) 75.241.251
Recursos de outras instituições de crédito 12.892.157 - - - 12.892.157
Recursos de clientes e outros empréstimos 119.078.448 - - - 119.078.448
31-12-2015Segmento 1 Segmento 2 (…) Outros Total
Margem financeira 2.653.873 - - - 2.653.873
Rendimentos de instrumentos de capital 1.254 - - - 1.254
Resultados de serviços e comissões 1.003.556 - - - 1.003.556
Outros resultados de exploração e outros 119.012 - - - 119.012
Produto bancário 3.777.694 - - - 3.777.694
Custos com pessoal e gastos gerais administrativos (2.316.907) - - - (2.316.907)
Amortizações do exercício (105.321) - - - (105.321)
Provisões e imparidade (1.283.770) - - - (1.283.770)
Resultado antes de impostos 71.696 - - - 71.696
Impostos (35.547) - - - (35.547)
Resultado líquido do exercício 36.149 - - - 36.149
Activos financeiros detidos para negociação - - - - -
Activos financeiros disponíveis para venda 696 - - - 696
Aplicações em instituições de crédito 42.200.961 - - - 42.200.961
Crédito a clientes 83.226.306 - - (7.680.747) 75.545.559
Recursos de outras instituições de crédito 9.757.202 - - - 9.757.202
Recursos de clientes e outros empréstimos 105.273.545 - - - 105.273.545
5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:
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31-12-2016 31-12-2015
Caixa:Moedas nacionais 945.386 950.013 Moedas estrangeiras 14.947 7.588
960.332 957.601
Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -
Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - -
- -
Juros a receber - -
960.332 957.601
De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. As Caixas Agrícolas que integram o SICAM não estão obrigadas a este regime, uma vez que constituem entregas anuais ao Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), ao abrigo do art.º 9 do Decreto-Lei n.º645/98. A base de incidência compreende o valor dos saldos médios mensais dos depósitos, elegíveis, do ano anterior. A esta base é aplicado um coeficiente determinado anualmente pelo Banco de Portugal, que tem como referência o valor do rácio de cobertura do FGCAM do ano anterior, que corresponde ao rácio entre os depósitos em Instituições de Crédito e os depósitos garantidos pelo FGCAM.
6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:
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Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 819.038 1.563.727Cheques a cobrar 311.561 309.455Outras disponibilidades - -
1.130.599 1.873.183
Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:Organismos financeiros internacionais
Depósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -
- -
Sucursais de outras instituições de créditos nacionaisDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -
- -
Outras instituições de créditoDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -
- -
Juros a Receber 32 202
1.130.631 1.873.385
7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não aplicável.
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Relatório e Contas - 2016 88
8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não aplicável. 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
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TítulosEmitidos por residentes
Instrumentos de dívida - -Instrumentos de capital 1.538 696Outros - -
Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida - -Instrumentos de capital - -Outros - -
Crédito e outros valores a receber - -Imparidade - -
1.538 696
Relativamente aos Activos Financeiros Disponíveis para Venda, o montante existente refere-se ao Fundo de Compensação do Trabalho (FCT).
10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Aplicações em Instituições de Crédito no País:No Banco de Portugal:
Mercado monetário interbancário - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -
- -
Em outras instituições de crédito:Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos 60.299.114 42.200.961Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -
60.299.114 42.200.961 Os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:
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Relatório e Contas - 2016 89
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses 14.000.000 10.000.000Entre três meses e um ano 46.100.000 31.900.000Entre um ano e três anos 0 0Entre três e cinco anos 0 0Mais de cinco anos 0 0
60.100.000 41.900.000Juros a receber 199.114 300.961
60.299.114 42.200.961
11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Crédito interno
Médio e longo prazosEmpréstimos à habitação bonificado 1.235.041 1.222.375Empréstimos à habitação regime geral 11.627.272 9.311.814Empréstimos à habitação 1.416.187 1.501.389Empréstimos com garantia real e pessoal 46.415.504 46.898.204Empréstimos sem garantia 735.561 1.347.702Contratos de locação financeira
Clientes 125.606 133.446CCAM - -Empresas do grupo - -
Curto prazoOutros créditosCartão crédito 163.516 135.171Outros créditos 2.696.216 1.907.345
Créditos em conta correnteClientes 9.401.406 10.262.623Empresas do grupo - -
Descobertos em depósitos à ordemEmpresas do grupo - -Outros residentes 8.488 13.040
73.824.797 72.733.108Crédito ao exteriorMédio e longo prazoEmpréstimos à habitação regime geral 167.877 130.773Empréstimos 8.432 8.656
Curto prazoOutros créditosDescobertos dep.ordem - não residentes - -Outros créditos a clientes 200 -
176.509 139.430Outros créditos e valores a receber (titulados)Papel Comercial a desconto-Empresas residentes 1.500.000 1.500.000
Juros a receber 258.828 286.737
Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -Receitas com rendimento diferido (215.062) (205.648)
(215.062) (205.648)
Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -
Total crédito não vencido 75.545.071 74.453.627
Crédito e juros vencidosCrédito vencido 4.984.068 8.529.136Juros vencidos 25.460 90.117Despesas crédito vencido 164.198 153.426Total crédito e juros vencidos 5.173.725 8.772.679
80.718.796 83.226.306
ProvisõesPara crédito e juros vencidos (4.452.599) (7.353.754)Para crédito de cobrança duvidosa (1.024.946) (326.992)
(5.477.545) (7.680.747)
75.241.251 75.545.559
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 90
Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 789.591,99 euros e 732.131,88 euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).
Durante o ano de 2013, e tendo por base o “Contrato de organização, colocação, garantia de subscrição, registo e agente pagador do programa de emissões de papel comercial” celebrado entre a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM) e a Galp Energia, SGPS, SA, a CCCAM e a CCAM celebraram um “Contrato de Subscrição de Papel Comercial”, no montante global máximo de 1.500.000,00 euros e pelo prazo de seis anos.
Em termos de prazos residuais, o crédito concedido repartia-se do seguinte modo:
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses 5.389.102 6.583.918
Entre três meses e um ano 6.276.142 8.671.730
Entre um ano e cinco anos 13.928.490 14.570.742
Mais de cinco anos 48.233.451 42.987.835
Indeterminada 6.891.613 10.412.08080.718.796 83.226.306
12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Investimentos detidos até à maturidade:OT's-Dívida pública portuguesa-IDM 50.224 -BT's-Dívida pública portuguesa-IDM - -Obrigações-Outros residentes-IDM - -Títulos de investimentos subordinados - -
50.224 -
Imparidade:OT's-Dívida pública portuguesa-IDM - -BT's-Dívida pública portuguesa-IDM - -Obrigações-Outros residentes-IDM - -Títulos de investimentos subordinados - -
- -
Durante o ano 2016, foram subscritas “Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável”, a cinco anos. Na Oferta Pública de Maio foi atribuído o valor de 10.000,00 euros, na de Agosto foi atribuído o valor de 20.000,00 euros e na de Novembro foi atribuído o valor de 20.000,00 euros.
13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA Não aplicável.
14. DERIVADOS DE COBERTURA Não aplicável.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 91
15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 2.976.760 734.059Equipamento - -Outros - -
2.976.760 734.059
Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -
- -
2.976.760 734.059Imparidade:
Imóveis (130.792) (122.380)Equipamento - -Outros - -
2.845.968 611.679
O movimento desta rubrica pode ser apresentado da seguinte forma:
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para vendaImóveis 734.059 (122.380) 2.374.155 (131.454) - (8.412) - 2.976.760 (130.792) 2.845.968Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -
734.059 (122.380) 2.374.155 (131.454) - (8.412) - 2.976.760 (130.792) 2.845.968
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para vendaImóveis 951.794 (111.111) 42.469 (260.204) - (17.389) 6.121 734.059 (122.380) 611.679Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -
951.794 (111.111) 42.469 (260.204) - (17.389) 6.121 734.059 (122.380) 611.679
31-12-2015 31-12-2016
31-12-2014 31-12-2015
As aquisições incluem despesas de manutenção, com os imóveis detidos. A variação ocorrida em 2016, justifica-se pela dação em cumprimento de imóveis recebidos, no âmbito de processos em recuperação de crédito. Os imóveis foram avaliados pelos seguintes peritos independentes, especializados e inscritos na CMVM: Luís Resende, Paulo Moradias, Paulo Coelho, Prime Yield e da FENACAM.
16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Não Aplicável. 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” foi o seguinte:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 92
31-12-2016
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Imóveis:
De serviço próprio:
Terrenos 384.654 - - - - - - - - 384.654
Edificios 1.393.544 (378.348) - - - (27.711) - - - 987.485
Outros 513.921 (184.330) - - - (12.982) - - - 316.609
Obras em imóveis arrendados 49.783 (49.783) - - - - - - - -
Outros imóveis - - - - - - - - - -
2.341.901 (612.461) - - - (40.692) - - - 1.688.748
Equipamento:
Mobiliário e material 200.304 (193.892) - 11.026 - (14.427) - - - 3.011
Máquinas e ferramentas 160.211 (150.982) - 4.163 - (4.129) - - - 9.263
Equipamento informático 47.490 (47.490) - 1.078 - (180) - - - 898
Instalações interiores 146.039 (133.249) - 3.647 - (4.699) - - - 11.738
Material de transporte 322.498 (174.938) - - - (19.365) - 45.810 (66.383) 107.623
Equipamento de segurança 223.253 (198.434) - 4.282 - (7.014) - - - 22.086
Outro equipamento 226.704 (223.728) - 20.322 - (9.342) - 26.897 (26.897) 13.955
1.326.498 (1.122.713) - 44.517 - (59.156) - 72.707 (93.279) 168.574
Equipamento em locação financeira:
Imóveis - - - - - - - - - -
Equipamento - - - - - - - - - -
Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - -
Outros activos tangíveis:
Património Artístico - - - - - - - - - -
Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -
3.668.399 (1.735.173) - 44.517 - (99.848) - 72.707 (93.279) 1.857.322
31-12-2015
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Imóveis:
De serviço próprio:
Terrenos 384.654 - - - - - - - - 384.654
Edificios 1.393.544 (350.638) - - - (27.711) - - - 1.015.196
Outros 513.921 (171.348) - - - (12.982) - - - 329.591
Obras em imóveis arrendados 49.783 (49.783) - - - - - - - -
Outros imóveis - - - - - - - - - -
2.341.901 (571.769) - - - (40.692) - - - 1.729.440
Equipamento:
Mobiliário e material 200.304 (185.332) - - - (8.559) - - - 6.412
Máquinas e ferramentas 157.281 (149.818) - 4.997 - (3.231) - - - 9.229
Equipamento informático 47.490 (47.490) - - - - - - -
Instalações interiores 146.039 (124.551) - - - (8.698) - - - 12.790
Material de transporte 273.893 (177.405) - 84.239 - (25.744) - 28.210 (35.634) 147.560
Equipamento de segurança 211.592 (192.341) - 11.661 - (6.093) - - - 24.819
Outro equipamento 216.386 (209.358) - 8.251 - (12.304) - - - 2.975
1.252.985 (1.086.294) - 109.147 - (64.629) - 28.210 (35.634) 203.786
Equipamento em locação financeira:
Imóveis - - - - - - - - - -
Equipamento - - - - - - - - - -
Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - -
Outros activos tangíveis:
Património Artístico - - - - - - - - - -
Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -
3.594.886 (1.658.063) - 109.147 - (105.321) - 28.210 (35.634) 1.933.226
31-12-2015
31-12-2014
18. ACTIVOS INTANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” foi o seguinte:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 93
31-12-2016
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Sistema de tratamento automático de dados (software) - - - - - - - - - -
Outros activos intangíveis 26.632 (26.632) - - - - - - - -
Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -
26.632 (26.632) - - - - - - - -
31-12-2015
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Sistema de tratamento automático de dados (software) - - - - - - - - - -
Outros activos intangíveis 26.632 (26.632) - - - - - - - -
Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -
26.632 (26.632) - - - - - - - -
31-12-2015
31-12-2014
19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS A rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:
Valor de Valor debalanço balanço
Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2016 31-12-2015
CA Informática Serviços Lisboa 8.643 8.643CA Vida Segurador Lisboa 56 56CA Seguros Segurador Lisboa 59 59Fenacam Serviços Lisboa 70 60Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo Banca Lisboa 1.094.010 1.094.010CA Seguros & Pensões SGPS Segurador Lisboa 135.025 135.025
1.237.863 1.237.852
Em 31 de Dezembro de 2016, foi avaliada a posição destas participações financeiras registadas no activo, não tendo sido identificada incerteza material relacionada com a continuidade das mesmas. Nessa avaliação foram utilizados os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas, os quais podem ser resumidos da seguinte forma:
Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido
CA Informática 16.832.400 7.230.047 235.720CA Vida 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836CA Seguros 205.395.852 45.875.934 3.824.365Fenacam 6.948.251 4.798.343 20.639Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.580CA Seguros & Pensões SGPS 137.184.439 137.183.231 9.495.152
31-12-2016
Os dados financeiros relativos a estas Entidades são provisórios. Encontram-se em processo de auditoria/certificação de contas. No ano de 2015, a Caixa participou no aumento de capital da Crédito Agrícola – Seguros e Pensões, SGPS, SA, mediante entrada em espécie realizada com 4.990 ações representativas do capital social da Seguradora Crédito Agrícola Vida - Companhia de Seguros, SA.
20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 94
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento eram os seguintes:
31-12-2016 31-12-2015
Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 905.050 1.008.810Por prejuízos fiscais reportáveis - -
905.050 1.008.810
Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias (940) (978)
904.110 1.007.832
Activos por impostos correntesPagamentos por conta - -Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar - -
- -
Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar (217.779) (158.853)
(217.779) (158.853) O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos foram os seguintes:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 95
2016
Saldo Variação Variação Variação Saldo
em Adopção da em em Resultados em em
31-12-2015 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2016
. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -
. Activos intangíveis - - - - - -
. Prémio de antiguidade 36.157 - 1.671 - - 37.828
. Encargos com saúde 364 - - - - 364
. Provisões não aceites fiscalmente:
Provisões para cobrança duvidosa 38.001 - 170.488 - - 208.489
Provisões para crédito vencido 82.079 - (79.851) - - 2.228
Provisões para riscos gerais de crédito 116.391 - 12.067 - - 128.458
Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -
Provisão para aplicações financeiras - - - - - -
Provisões para imóveis 25.231 - 1.767 - - 26.998
Provisões para outras aplicações 2.105 - - - - 2.105
Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -
. Provisões para créditos cobertos por garantia real (Art.º 28B CIRC) 708.482 - (209.902) - - 498.580
. Pensões -
Reformas antecipadas - - - - - -
Desvios actuariais - - - - - -
Contribuição efectuada - - - - - -
(…) - - - - -
. Reav.Imob.não aceite, amort.não aceite e bens não eleg. (978) - 38 - - (940)
. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -
. Valias fiscais - - - - - -
. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -
. Comissões - - - - - -
. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -
. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -
. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -
(…) - - - - -
1.007.832 - (103.722) - - 904.110
2015
Saldo Variação Variação Variação Saldo
em Adopção da em em Resultados em em
31-12-2014 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2015
. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -
. Activos intangíveis - - - - - -
. Prémio de antiguidade 31.790 - 4.367 - - 36.157
. Encargos com saúde 364 - - - - 364
. Provisões não aceites fiscalmente:
Provisões para cobrança duvidosa 9.039 - 28.962 - - 38.001
Provisões para crédito vencido 14.146 - 67.932 - - 82.079
Provisões para riscos gerais de crédito 112.705 - 3.686 - - 116.391
Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -
Provisão para aplicações financeiras - - - - - -
Provisões para imóveis 22.865 - 2.366 - - 25.231
Provisões para outras aplicações 2.105 - - - - 2.105
Provisões para outros riscos e encargos - - - - - -
. Provisões para créditos cobertos por garantia real (Art.º 28B CIRC) 569.400 - 139.082 - - 708.482
. Pensões -
Reformas antecipadas - - - - - -
Desvios actuariais - - - - - -
Contribuição efectuada - - - - - -
(…) - - - - -
. Reav.Imob.não aceite, amort.não aceite e bens não eleg. (1.016) - 38 - - (978)
. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -
. Valias fiscais - - - - - -
. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -
. Comissões - - - - - -
. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -
. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -
. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -
(…) - - - - -
761.399 - 246.433 - - 1.007.832
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 96
31-12-2016 31-12-2015
Impostos correntes 470.206 281.980
Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias 103.722 (246.433)Prejuízos fiscais reportáveis - -
103.722 (246.433)
Total de impostos reconhecidos em resultados 573.928 35.547
Lucro antes de impostos 2.675.124 71.696
Carga fiscal 21,45% 49,58%
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2013 a 2016 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016. A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto pode ser demonstrada como segue:
Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante
Resultado antes de impostos 2.675.124 71.696
Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,00% 561.776 21,00% 15.056
Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 3,91% 104.470 326,79% 234.294Redução de provisões tributadas -7,85% (209.902) 0,00% -40% Aum. Reint.Result. Reaval. Activos Tangíveis 0,00% 38 0,05% 38Variações patrimoniais Negativas 0,00% - 0,00% -Variações patrimoniais Positivas 0,00% - 0,00% -(…) 0,00% - 0,00% -
Diferenças permanentesVariações patrimoniais negativas -0,24% (6.349) -1,82% (1.303)Variações patrimoniais Positivas 0,00% - 0,00% -Prejuizo fiscal imputado por ACE ou AEIE 0,00% - 0,00% -Correcções relativas a exercicios anteriores 0,00% - 1,20% 860Gastos c/ Fundo Pensões - IAS19 0,06% 1.671 6,09% 4.367Reintegrações e Amortizações não aceites 0,00% 54 0,03% 23IRC e outros impostos incidentes directa ou indirectamente sobre lucros 0,00% - 0,00% -Contribuição sobre o sector bancário 0,24% 6.422 5,29% 3.791Multas coimas, juros compensatorios e demais encargos pela prática de infracções 0,00% - 0,00% -Menos-Valias Contabilisticas 0,00% - 1,38% 991Mais-valias fiscais 0,00% - 29,27% 20.988Donativos não previstos ou além dos limites legais 0,02% 510 0,23% 163(…) 0,13% 3.541 28,91% 20.725Correcções relativas a exercicios anteriores -0,03% (834) -0,08% (59)Mais-valias contabilística -0,02% (538) -31,33% (22.464)Menos-valias fiscais -0,14% (3.613) -1,53% (1.100)Prejuízos fiscais dedutiveis 0,00% - 0,00% -Beneficios fiscais 0,00% (1) -0,29% (207)IAS 19 0,00% - -0,89% (637)(…) -0,62% (16.718) -15,10% (10.824)
Impostos correntes sobre os lucros tributáveis 16,47% 440.528 369,20% 264.701
Beneficios Fiscais 0,00% - 0,00% -Pagamento especial por conta 0,00% - 0,00% -Pagamento por conta 0,00% - 0,00% -Retenções na Fonte 0,00% - 0,00% -Resultado da liquidação 0,00% - 0,00% -Derrama 0,67% 17.933 0,00% -Tributações Autonomas 0,42% 11.232 22,16% 15.889(…) -0,02% (661) -2,36% (1.689)
Imposto corrente sobre o lucro do exercício 17,53% 469.032 389,01% 278.900
Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 0,04% 1.174 4,30% 3.080
Impostos correntes sobre os lucros 17,58% 470.206 393,30% 281.980
Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 3,88% 103.722 -343,72% (246.433)
Custo com imposto do exercício 21,45% 573.928 49,58% 35.547
2016 2015
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), CRL é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros.
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Relatório e Contas - 2016 97
No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante ao investimento efectuado pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de informação vinculativa apresentado à Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de apuramento do benefício nesta situação específica de investimentos elegíveis realizados por um ACE. À data de 31 de Dezembro de 2016 a Caixa tem a situação regularizada perante a Administração Tributária e a Segurança Social.
21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Outros activosOutros metais preciosos, numismática 1.251 1.251Devedores por operações sobre futuros - -Sector Público Administrativo
IVA a recuperar - -(…) - -
Despesas a debitar a clientes - -Bonificações a receber - -Outros devedores diversos - -Devedores e outras aplicações 256.634 201.723Outros juros e rendimentos similares - -Outros rendimentos a receber 7.984 2.778Responsabilidades com pensões e out - -(…) 20.673 20.673
286.542 226.425Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões - 12.543Seguros - -SAMS - -Outras - -
- 12.543
Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar 440.302 462.966Operações internas a regularizar 10.023 10.023PSC - 32.824Compensação - 60Meios Electrónicos de Pagamento - -Profile - -Outras operações internas - 3.829(…) - -
450.325 509.701
Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos (10.023) (10.023)(…) - -
(10.023) (10.023)
726.844 738.647
22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS
Não Aplicável. 23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Não Aplicável.
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Relatório e Contas - 2016 98
24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não Aplicável. 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Recursos de instituições de crédito no paísMercado monetário interbancário - -Recursos a muito curto prazo - -Depósitos 12.892.157 9.757.202Empréstimos - -Descobertos - -Operações de venda com acordo de recompra - -
Outros recursos - -12.892.157 9.757.202
Recursos de instituições de crédito no estrangeiroOrganismos financeiros internacionais
Recursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -
Sucursais de outras instituições de crédito nacionaisRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -
Outras instituições de créditoRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -
- -
Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura - -
Juros a pagar - -
12.892.157 9.757.202
O prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura:
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses 12.892.157 9.757.202Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -
12.892.157 9.757.202
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Relatório e Contas - 2016 99
Em 2014 foram aprovadas pelo BCE novas operações de refinanciamento direcionados designadas por Linhas TLTRO, com vencimento em Setembro de 2018. Neste âmbito e pelo valor do financiamento obtido do Banco de Portugal, a Caixa Central efetuou um depósito a prazo (DPTLTRO) junto da CCAM com vencimento mensal e taxa fixa anual de 0,20%, até ao momento do reembolso, que corresponderá ao custo de “funding” a suportar pelas CCAM’s, tendo em conta o montante de refinanciamento recebido.
26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Depósitos À ordem 51.110.198 40.799.559A prazo 44.724.644 42.624.670De poupança 23.158.984 21.659.956
Outros recursos de clientes - -Cheques e ordens a pagar 471 471Recursos Consignados - -Recursos Conta Cativa - -Recursos Conta Caução - -Outros - -
Juros a pagar 84.151 188.887
119.078.448 105.273.545
Os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses 80.990.203 69.391.263Entre três meses e um ano 37.618.489 35.000.306Entre um ano e três anos 243.371 604.705Entre três e cinco anos 26.969 26.461Mais de cinco anos 115.266 61.922
118.994.298 105.084.657Juros a pagar 84.151 188.887
119.078.448 105.273.545
27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS
Não Aplicável.
28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Não Aplicável.
29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Não Aplicável.
30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa foi o seguinte:
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Relatório e Contas - 2016 100
Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2015 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2016
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 326.992 1.646.064 (948.110) - - 1.024.946- Crédito e juros vencidos 7.353.754 4.014.582 (6.068.478) (847.260) - 4.452.599- Risco-país - - - - - -
7.680.747 5.660.646 (7.016.588) (847.260) - 5.477.545Provisões: - Riscos gerais de crédito 732.132 188.638 (131.178) - - 789.592 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -
732.132 188.638 (131.178) - - 789.592
Imparidade- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -- Imparidade de outros activos:
Activos não correntes detidos para venda 122.380 8.412 - - - 130.792Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos 10.023 - - - - 10.023
132.402 8.412 - - - 140.815
8.545.281 5.857.697 (7.147.766) (847.260) - 6.407.952
Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 74.293 631.746 (379.047) - - 326.992- Crédito e juros vencidos 6.351.505 2.625.237 (1.622.987) - - 7.353.754- Risco-país - - - - - -
6.425.798 3.256.983 (2.002.034) - - 7.680.747Provisões: - Riscos gerais de crédito 714.578 158.469 (140.915) - - 732.132 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -
714.578 158.469 (140.915) - - 732.132
Imparidade- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -- Imparidade de outros activos:
Activos não correntes detidos para venda 111.111 17.389 (6.121) - - 122.380Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos 10.023 - - - - 10.023
121.134 17.389 (6.121) - - 132.402
7.261.511 3.432.841 (2.149.070) - - 8.545.281
Com vista a melhorar o processo de suporte e estimativa das provisões necessárias para as carteiras de crédito, o Sistema do Crédito Agrícola Mútuo está presentemente a implementar um novo modelo de imparidade, o qual permitirá o cumprimento dos requisitos previstos nas normas internacionais de contabilidade (IAS 39) tal como previsto no Aviso n.º 5/2015 do Banco de Portugal. De acordo com o estabelecido no artigo 4º deste Aviso, os eventuais ajustamentos positivos no capital próprio decorrentes da implementação do novo Modelo, a serem registados nas demonstrações financeiras de 2017, serão retidos como forma de reforço dos fundos próprios. De acordo com os dados preliminares relativos a 2017, a implementação deste modelo na Caixa Agrícola implicou uma reversão do total do provisionamento do crédito, em aproximadamente 119.227 euros, montante que não se afigura relevante para o Balanço da Instituição.
31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL
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Relatório e Contas - 2016 101
Não Aplicável.
32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Empréstimos subordinados:Titulados - -
Emitidos - -Readquiridos - -
Não titulados 4.015.699 4.015.6994.015.699 4.015.699
Outros passivos subordinados:Emitidos - -Readquiridos - -
- -
4.015.699 4.015.699
Correcções de valor de passivos - -que sejam objecto de operações de cobertura
4.015.699 4.015.699
Tendo em consideração os prazos de vencimento dos Passivos Subordinados, a duração residual do
saldo apresentava a seguinte estrutura:
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses - -Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos 4.015.699 4.015.699Mais de cinco anos - -
4.015.699 4.015.699
Os Passivos Subordinados encontram-se discriminados no anexo a este ponto.
33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
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Relatório e Contas - 2016 102
31-12-2016 31-12-2015
Credores e outros recursosCredores por operações sobre futuros - -Recursos Diversos 181.833 170.972Sector Público Administrativo
Retenção de impostos na fonte 74.296 61.796Contribuições para a Segurança Social 28.928 24.721Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.472 3.802
Cobranças por conta de terceiros 2.354 2.374Contribuições para outros sistemas de saúde 5.389 5.109Credores diversos
Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - -Credores por fornecimento de bens 25.725 33.556Outros credores 23.917 14.673Credores Diversos - -
Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparados - -Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -Por gastos com pessoal
Provisão para férias e subsídio de férias 190.934 86.252Prémio de antiguidade 180.133 172.177SAMS - -Subsídio de morte - -Remunerações variáveis - -Outros - -Por gastos gerais administrativos - -Outros 797 -
Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias e avales prestados 6.690 7.005Comissões em operações sindicadas 2.581 2.625 Valores a regularizarPosição cambial - -Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -Outras operações a regularizar 120.728 231.975Operações passivas a regularizar - -
Responsabilidades com Pensões e outros beneficios 15.718 23.034
862.495 840.070
O montante relativo a “Outras operações a regularizar” refere-se essencialmente a transacções dos clientes, as quais serão, posteriormente, regularizadas nas respectivas contas D.O., como sendo: Trânsito de cheques-DL 18/2007; Real Time-Cartão Visa electron.
34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
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Relatório e Contas - 2016 103
31-12-2016 31-12-2015
Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 3.442.165 3.773.458Aceites e endossos - -Créditos documentários abertos - -Garantias reais - Créditos dados em garantia - ao BdP - -Outros passivos eventuais - -
Compromissos perante terceiros - -Contratos a prazo de depósitos - -Por linhas de crédito
Compromissos irrevogáveis 12.350.557 9.593.161Compromissos revogáveis 1.348.735 1.373.281
Por subscrição de títulos - -Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -
Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 210.791 199.718Valores recebidos para cobrança 147.887 137.798Valores administrados pela instituição - -Outras - -
17.500.135 15.077.416
35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO A estrutura accionista da Caixa é a seguinte:
N º de N º deacções % acções %
Accionistas:CCAM Beira Baixa (Sul), CRL 376.024 36,50% 376.024 36,61%Sócios 654.128 63,50% 650.944 63,39%
1.030.152 100,00% 1.026.968 100,00%
20152016
Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Crédito Agrícola
Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de:
- Redução da participação do Associado; - Exoneração do Associado; - Exclusão do Associado;
- Falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se.
A redução da participação do Associado só é permitida até ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.
A exoneração do Associado ou a redução da sua participação só se tornam eficazes no termo do exercício, dependendo da verificação das seguintes condições:
- O pedido ter sido apresentado por escrito, com antecedência mínima de 90 dias; - Terem decorrido pelo menos três anos desde a realização dos títulos de capital; - O reembolso não implicar a redução do capital social para valor inferior ao capital mínimo
previsto nos estatutos nem implicar o incumprimento ou o agravamento de incumprimento de quaisquer relações ou limites prudenciais fixados por lei ou pelo Banco de Portugal em relação à Caixa.
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Relatório e Contas - 2016 104
Os títulos de capital são reembolsados pelo seu valor nominal.
36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO
As rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:
De activos financeiros disponíveis para vendaDe investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…) 10
Reservas de reavaliação do imobilizado 11.187 11.640Reservas de reavaliação do Fundo de Pensões - Ganhos e Perdas Actuariais 12.263 47.693Reservas por impostos diferidosDe activos financeiros disponíveis para venda(…)
23.460 59.333Outros instrumentos de capital
Reserva legal 42.511 37.700Reserva estatutária 42.506 37.694Outras reservas 50.685 36.315Resultados transitados (12.090) (12.092) 123.612 99.617Lucro do exercício 2.101.195 36.149 2.248.267 195.099
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.
Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os
desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, no montante de 58.480 euros, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”. No ano 2014 esse valor aumentou para 119.723 euros, diminuindo em 2015 para 47.693 euros e em 2016 para 12.263 euros.
37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:
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Relatório e Contas - 2016 105
31-12-2016 31-12-2015
Juros de disponibilidades em bancos centraisDepósitos à ordem no Banco de Portugal - -Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -
Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 3.472 3.824Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -
Juros de outras disponibilidades - -Juros de aplicações em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito no país 461.544 744.646Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -
Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários
Crédito internoEmpresas e administrações públicas
Desconto e outros créditos titulados por efeitos 7.902 12.804Empréstimos 1.062.014 1.264.563Créditos em conta corrente 279.191 311.378Descobertos em depósitos à ordem 14.814 24.627Créditos tomados - factoring - -Operações de locação financeira
Mobiliária - -Imobiliária 3.459 3.946
Operações de compra com acordo de revenda - -Outros créditos 171 24
ParticularesHabitação
Operações de locação financeira - -Outros créditos 191.103 180.875
ConsumoOperações de locação financeira - -Outros créditos 103.241 97.247
Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos 17.250 34.446Empréstimos 391.549 426.735Créditos em conta corrente 47.802 81.012Descobertos em depósitos à ordem 8.730 9.096Operações de locação financeira - -Outros créditos - -
Juros de Papel Comercial 44.901 48.030Juros de crédito vencido 326.287 214.417Juros e rendimentos similares - -
Crédito externoEmpresas e administrações públicas
Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -Empréstimos - -Créditos em conta corrente - -Descobertos em depósitos à ordem - -Créditos tomados - factoring - -Operações de locação financeira
Mobiliária - -Imobiliária - -
Operações de compra com acordo de revenda - -Outros créditos - -
ParticularesHabitação
Operações de locação financeira - -Outros créditos 2.278 1.972
ConsumoOperações de locação financeira - -Outros créditos - -
Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos - -Empréstimos 88 111Créditos em conta corrente - -Descobertos em depósitos à ordem - -Operações de locação financeira - -Outros créditos - -
Outros créditos e valores a receber (titulados)Emitidos por residentes - -Emitidos por não residentes - -
Juros de activos titularizados não desreconhecidosCrédito a clientes - titularizado
Crédito interno - -Crédito ao exterior - -Outros créditos e valores a receber - titularizados - -
Juros de activos com acordo de recompra - -Juros de investimentos detidos até à maturidade
Títulos de dívida emitidos por residentes 336 -Títulos de dívida emitidos por não residentes - -Outros investimentos detidos até à maturidade - -
Outros juros e rendimentos similares - -2.966.131 3.459.753
38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:
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Relatório e Contas - 2016 106
31-12-2016 31-12-2015
Juros de recursos de outras instituições de créditono país 24.891 15.866no estrangeiro - -
Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 289.187 760.014Juros de passivos financeiros de negociação
instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinados 30.000 30.000Outras comissões pagas:
operações de crédito - -Outros juros e encargos similares - -
344.078 805.880
39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Activos financeiros disponíveis para vendaEmitidos por residentes - -Emitidos por não residentes - -
- -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
No paísInvestimentos em filiais 15 1.254Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
15 1.254
Outros instrumentos de capital - -
15 1.254
40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 107
31-12-2016 31-12-2015Por garantias prestadas
Garantias e avales 58.410 63.735Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - -
58.410 63.735Por compromissos assumidos perante terceiros
Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 113.030 99.064Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis 5.338 5.323
Compromissos revogáveis - -118.368 104.387
Por operações sobre instrumentos financeirosOperações de crédito - -Outras operações sobre instrumentos financeiros - -
- -Por serviços prestados
Depósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 1.636 1.412Administração de valores - -Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários
Comissão de gestão - -Comissão de emissão de unidades de participação - -Comissão de resgate de unidades de participação - -
Transferência de valores 13.310 13.650Gestão de cartões 2.671 1.359Anuidades 58.567 43.706Montagem de operações - -Operações de crédito
Por operações de factoring - -Comissão de abertura e utilização 34.956 43.993Comissão de processamento 57.414 50.525Comissão de estudo 24.279 27.609Outras comissões interbancárias 92.404 84.681
Outros serviços prestadosComissões - Aluguer de cofres 533 15Comissões - Registo e Distrate 2.575 2.650Comissões - Deslocação a conservatória 5.981 3.977Cartões 163.105 155.688Outras comissões interbancárias 12 12Comissões de intermediação 32.646 35.152Colocação e comercialização 278.281 224.495Comissões-CA Tesouraria 102 1.826Outros 3.379 4.243
771.850 694.993Por operações realizadas por conta de terceiros
Sobre títulosEm operações de Bolsa - -Em operações fora de Bolsa - -
Outras operações realizadas por conta de terceiros - -- -
Outras comissões recebidasGestão de conta D.O. 103.775 96.584Cheques 50.597 55.751Extracto e 2ªs vias 625 20Mora ou contencioso 81.111 91.343Moeda estrangeira 287 198Emissão de caderneta 93 48Outras comissões recebidas 13.350 13.701
249.837 257.644
1.198.465 1.120.759
41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 108
31-12-2016 31-12-2015
Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros
Depósito e guarda de valores 1.160 1.664Operações de crédito 277 369Cobrança de valores 921 708Administração de valores - -Outros - -Transferência de valores 58.282 55.844Cartões 55.832 58.575
Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas 47 43
116.518 117.203
42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
Não Aplicável.
43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Resultados em activos financeiros disponiveis para vendaInstrumentos de Capital - 1
- 1
44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Operações cambiais à vista 364 1.372Operações cambiais a prazo - -
45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 109
31-12-2016 31-12-2015
Resultados em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda 58.546 (45.204)Outros activos tangíveis 2.563 (4.720)
Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -
61.109 (49.924)
46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país
Investimentos em filiais - 106.973Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
- 106.973Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda
Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -
Propriedades de investimentoPropriedades de investimento em locação financeira - -Propriedades de investimento em locação operacional - -Outras propriedades de investimento
Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -
Outros activos tangíveis Locação financeira - -Locação operacional - -Outros activos tangíveis - -
Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -
Outros activos não financeiros - -- -
Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 3.905 4.474Recuperação de créditos, juros e despesas
Recuperação de créditos incobráveis 15.403 12.233Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 312.971 114.883
Rendimentos da prestação de serviços diversos 88.805 57.889Outros 13.053 13.063
434.136 202.542
Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (4.930) (10.131)Contribuições para o FGCAM e Fundo de Resolução (35.593) (36.085)Outras perdas realizadas - outros activos tangíveis - -Multas e penalidades de natureza fiscal - -Outras multas e penalidades - -Outras falhas na gestão e execução de procedimentos - (37)Anulação de juros vencidos (72.070) (70.262)Despesas, Encargos, Taxas e Outros encargos e gastos operacionais (2.010) (1.932)Outros impostos (35.096) (23.505)
(149.698) (141.952)
284.438 167.563 Conforme referido na Nota 19, no ano de 2015, a Caixa participou no aumento de capital da Crédito Agrícola – Seguros e Pensões, SGPS, SA, mediante entrada em espécie realizada com 4.990 ações representativas do capital social da Seguradora Crédito Agrícola Vida - Companhia de Seguros, SA, resultando num Ganho de 106.973,15 euros.
47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 110
31-12-2016 31-12-2015
Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 200.276 135.355Empregados 1.022.012 947.075
Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões 6.186 -Encargos relativos a remunerações:
Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 250.027 216.303SAMS 58.144 48.289Outros - -
Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 11.866 9.125
Outros - -
Encargos sociais facultativos - -
Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais 329Outros 73 56
1.548.584 1.356.532
O número de colaboradores da Caixa apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Direcção 1 1Chefias e gerência 9 9Quadros técnicos 7 7Administrativos 22 21Outros 1 0
48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 111
31-12-2016 31-12-2015
Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 64.851 68.678Material de consumo corrente 20.122 31.432Publicações 3.383 257Material de higiene e limpeza 752 1.062Outros fornecimentos de terceiros 10.806 8.415
99.915 109.844Com serviços:
Rendas e alugueres 13.652 12.867Comunicações 83.260 87.526Deslocações, estadas e representação 30.924 24.754Publicidade e edição de publicações 30.948 27.997Conservação e reparação 43.030 51.925Transportes 24.391 19.159Formação de pessoal 6.199 153Seguros 43.024 30.096Serviços especializados:
Avenças e honorários 74.596 38.374Judiciais contencioso e notariado 10.708 12.044Informática 310.676 322.951Segurança e vigilância 5.151 2.809Limpeza 18.856 14.099Informações - -Bancos de dados 5.614 4.818Mão de obra eventual - 10.204Outros serviços especializados:
Multibanco 59.297 56.378Estudos e consultas - -Consultores e auditores externos 17.563 25.046Tratamento de valores 1.172 -Avaliadores externos 32.125 29.684(…)
Outros serviços de terceiros 105.338 79.648916.526 850.532
1.016.441 960.375
49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de
Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. As demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 112
Associadas Coligadas
Outras empresas do
Grupo Total Associadas Coligadas
Outras empresas do
Grupo TotalActivos:
Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 817.567 817.567 - - 1.562.427 1.562.427
Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -
Aplicações em instituições de crédito - - 60.299.114 60.299.114 - - 42.200.961 42.200.961
Crédito a clientes - - - - - - - -
Outros activos - 162.380 2.840 165.220 - 137.050 4.215 141.265
Passivos:
Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Recursos de outras instituições de crédito - - 12.892.157 12.892.157 - - 9.757.202 9.757.202
Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -
Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -
Passivos subordinados - - - - - - - -
Outros passivos - 17.216 1.715 18.931 - 29.368 647 30.015
Custos:
Juros e encargos similares - - 24.891 24.891 - - 15.866 15.866
Encargos com serviços e comissões - - 71.124 71.124 - - 70.875 70.875
Perdas activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Custos com Pessoal - 7.367 - 7.367 - 6.235 - 6.235
Gastos gerais adm. + Out. encarg. operacionais - 580.345 87.305 667.650 - 581.307 33.580 614.886
Proveitos:
Juros e rendimentos similares - - 465.016 465.016 - - 748.470 748.470
Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - -
Juros activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -
Rendimentos de serviços e comissões - 275.785 37.472 313.257 - 220.151 42.276 262.427
Rendimentos de instrumentos de capital - 15 - 15 - 1.254 - 1.254
Ganhos activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Outros resultados de exploração - - 35.159 35.159 - 106.989 350 107.339
Extrapatrimoniais:
Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -
Garantias recebidas - - - - - - - -
Compromissos perante terceiros - - - - - - - -
Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -
31-12-2016 31-12-2015
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.
50. PENSÕES DE REFORMA
A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 – norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante 2013.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 113
Dessa forma, as demonstrações financeiras a reportar a 31/12/2013 e anos seguintes devem seguir a IAS 19 revista. As principais alterações são: - Reconhecimento • Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas actuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em “outro rendimento integral” no ano em que ocorrem; • Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos". - Apresentação • Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações; • Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios); • Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e activos do plano. Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros CA Vida, S.A..
Os pressupostos utilizados foram os seguintes:
As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e subsídio por morte, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 114
31-12-2016 31-12-2015Estimativa das responsabilidades por serviços passados: . Empregados no activo 352.774 311.673 . Reformados e pensionistas 145.321 149.771 . Reformados antecipadamente 53.458 32.364 . Licenças sem vencimento 18.504 18.628 . Cuidados de saúde (SAMS) . Prémio de Antiguidade 180.132 172.177 . Subsídio por morte
750.189 684.613
Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo,
fornecido pela entidade gestora 551.493 484.191
Valor não financiado 198.696 200.422
O valor não financiado corresponde ao aumento das responsabilidades decorrente da alteração da
tábua de mortalidade, da adopção de novos pressupostos financeiros, do reconhecimento das responsabilidades com cuidados de saúde e subsídio por morte na reforma. Este valor poderá ser financiado ao longo de cinco anos com início em 2007, com excepção das responsabilidades com cuidados de saúde e alterações de tábua que poderão ser financiadas ao longo de sete anos, conforme disposto pelo Banco de Portugal (Aviso 4/2005 de 21 de Fevereiro). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso 7/2008 de 14 de Outubro), no qual permite diferir os impactos da transição, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente.
Anos a
01-01-2006 diferir 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Acréscimo de responsabilidades com pensões . Alteração da tábua de mortalidade 15.127 10 2.161 1.441 1.441 1.441 1.441 1.441 1.441 1.441 1.441 1.441 . Alteração de pressupostos financeiros 65.073 8 13.015 7.437 7.437 7.437 7.437 7.437 7.437 7.437 . Excesso de cobertura em PCSB (23.031) 8 (4.606) (2.632) (2.632) (2.632) (2.632) (2.632) (2.632) (2.632)
57.169 10.570 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 6.246 1.441 1.441
Benefícios de assistência médica (SAMS) 116.596 10 16.657 11.104 11.104 11.104 11.104 11.104 11.104 11.104 11.104 11.104Prémio de antiguidade 89.029 - - - - - - - - - - -Subsídio por morte - - - - - - - - - - -
262.794 27.227 17.350 17.350 17.350 17.350 17.350 17.350 17.350 12.545 12.545
Em 2016, os custos com os benefícios pós-emprego dos trabalhadores foram reflectidos nas seguintes rubricas da demonstração de resultados:
Juros e encargos similares -Custos com o pessoal 6.186
6.186
A flutuação de valores com referência a 31 de Dezembro de 2016 apresenta o seguinte detalhe:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 115
Responsabilidades Pensões em 31 de Dezembro de 2015 512.437
Responsabilidade SAMS em 31 de Dezembro de 2015 -
. Perdas / (Ganhos) actuariais gerados 32.151
. Ganhos financeiros gerados
. Custos do serviço corrente 25.928
. Custo dos juros 12.834
. Perdas actuariais com cuidados de saúde e subsídio por morte
. Pensões pagas pelo Fundo de Pensões (11.686)
. SAMS pago pelo Fundo de Pensões (1.607)
. Aumento das responsabildiades pela alteração da taxa de desconto
Flutuação de valores em 31 de Dezembro de 2016 570.057
O impacto global das alterações nas responsabilidades com pensões e outros benefícios dos empregados com referência a 1 de Janeiro de 2006 apresentam o seguinte detalhe:
Impacto Amortizaçãoglobal Anos em 2006
Prémio de Antiguidade 89.029 1 89.029
89.029 89.029
De acordo com o Aviso nº 4/2005, o reconhecimento em resultados transitados será efectuado de forma faseada, consoante seja relativo à alteração de tábua de mortalidade, à alteração de outros pressupostos relativos a responsabilidades com pensões e a cuidados médicos pós emprego.
31-12-2016 31-12-2015 31-12-2014 31-12-2013 31-12-2012 31-12-2011 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2007
Responsabilidade a reconhecer em resultados transitados 12.543 12.545 17.350 17.350 17.350 17.350 17.350 17.350 17.350 27.227Valor não financiadoAmortizaçãoFlutuação de valoresValor reflectido no activo 12.543 12.545 17.350 17.350 17.350 17.350 17.350 17.350 17.350 27.227
O número de participantes do Fundo tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Empregados no activo 38 36Reformados e pensionistas 1 1Reformados antecipadamente 1 1
40 38
O movimento no Fundo de Pensões durante o exercício de 2016 foi o seguinte:
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 116
Valor patrimonial em 31 de Dezembro de 2015 489.406
Contribuições da Caixa 48.932Contribuições dos empregados 20.639Rendimento líquido do Fundo 13.639Prémios de Seguros Pagos (23.574)Participação de resultados no seguro 18.593Pensões pagas (11.686)SAMS pago pelo Fundo de Pensões (1.607)Valor patrimonial em 31 de Dezembro de 2016 554.342
51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS
51.1 Risco de Mercado
O risco de mercado reflecte perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spread de crédito ou outras variáveis equivalentes.
Em 31 de Dezembro de 2016, tal como em 31 de Dezembro de 2015, o risco de mercado é reduzido dado o tipo de instrumentos financeiros em que a Caixa Agrícola investiu.
51.2 Risco Cambial
O risco cambial surge como consequência de variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições abertas” nessas mesmas moedas.
Em 31 de Dezembro de 2016, tal como em 31 de Dezembro de 2015, as posições em moeda estrangeira são residuais.
51.3 Risco de Taxa de Juro
A Caixa Agrícola incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.
O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:
• Diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);
• Alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);
• Variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e
• Existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).
A política de gestão do risco de taxa de juro é definida e monitorizada centralmente pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO).
A avaliação deste risco é efectuada mensalmente pela Caixa Central, para a totalidade dos saldos das diversas Caixas Associadas sendo a sua exposição a este tipo de risco efectuada com recurso a uma metodologia baseada no agrupamento dos diversos activos e passivos sensíveis em intervalos temporais de acordo com as respectivas datas de revisão de taxa. Para cada intervalo são calculados os cash flows activos e passivos apurando-se o correspondente gap sensível ao risco de
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 117
taxa de juro. Procede-se então à avaliação do impacto dos gaps mencionados sobre a evolução da margem financeira e sobre o valor económico da entidade em diversos cenários de evolução das taxas de juro.
A relação risco/rentabilidade encontra-se enquadrada por limites definidos e monitorizados mensalmente pelo ALCO ao nível da exposição da margem financeira e do valor económico a variações adversas das taxas de juro.
Considerando os valores apurados, os quadros anteriores apresentam uma exposição ao risco de taxa de juro, tanto da margem financeira como do valor económico do capital, pouco significativa. Este risco mede o impacto de uma variação das taxas de juro, positiva ou negativa, sobre os referidos indicadores em função da exposição líquida nos diversos intervalos temporais.
51.4 Risco de Liquidez
O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa Agrícola financiar o seu activo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.
A política de gestão da liquidez é definida e monitorizada pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO) da Caixa Central, estando a sua gestão diária cometida ao Departamento Financeiro da Caixa Agrícola.
Para avaliar a exposição global a este tipo de risco, no curto, médio e longo prazos, são elaborados relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como avaliar a cobertura dinâmica dos mesmos. É também realizado um acompanhamento por parte da Caixa Agrícola dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo as regras exigidas pelo Banco de Portugal.
Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.
Os recursos excedentários da Caixa Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são centralmente aplicados em activos de elevada qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente, obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações de prazo curto sobre Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.
Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos:
• Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais;
• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;
• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados.
O “gap” negativo até 3 meses reflecte o elevado montante de depósitos à ordem de clientes os quais foram classificados de acordo com o seu prazo residual contratual, tal como exigido pelas IAS, mas que na prática apresentam características de passivos estruturais.
51.5 Risco de Crédito
A eficiência e a rendibilidade de uma instituição financeira dependem objectivamente de um rigoroso controlo dos riscos, no que assenta também a sua solidez financeira.
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 118
Neste sentido, o Grupo Crédito Agrícola continuou a dar elevada prioridade ao projecto de “Transformação da Função Risco”, desenvolvido à luz das melhores práticas organizacionais neste domínio e enquadrado no cumprimento dos requisitos regulamentares de Basileia II. A coordenação deste projecto encontra-se cometida ao Gabinete de Riscos da Caixa Central que centraliza, na sua unidade de estrutura, as competências e as funções de coordenação em matéria de análise e controlo integrado de riscos, articulando a actividade desenvolvida com a dos demais departamentos especializados.
O risco de crédito está associado à possibilidade de incumprimento efectivo e/ou à degradação da qualidade da contraparte em operações de crédito, constituindo o risco mais relevante da actividade de qualquer instituição financeira. O programa de “Transformação da Função Risco” é constituído, em matéria de avaliação da exposição a este risco, por diversas iniciativas de diferente disciplinaridade e amplitude, mas formando um todo coerente entre si.
51.6 Justo valor de activos e passivos financeiros
As principais considerações sobre o justo valor dos activos e passivos financeiros são as seguintes:
• Relativamente aos saldos à vista, considerou-se que o valor de balanço corresponde ao justo valor;
• O justo valor dos restantes instrumentos foi determinado pela Caixa Central com base em modelos de fluxos de caixa descontados, tendo em consideração as condições contratuais das operações e utilizando taxas de juro apropriadas face ao tipo de instrumento, incluindo:
o Taxas de juro praticadas nas operações intra-grupo realizadas ao abrigo do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, designadamente aplicações efectuadas junto da Caixa Central;
o Taxa de juro praticadas nas operações concedidas pela Caixa Agrícola para tipos de créditos comparáveis; e
o Taxas de juro de referência para emissão de produtos para colocação no retalho.
51.7 Exposição máxima ao risco de crédito
A exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em
carteira, pode ser resumida como segue:
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Relatório e Contas - 2016 119
31-12-2016 31-12-2015Patrimoniais:
Crédito a clientes 80.718.796 83.246.978Aplicações em instituições de crédito 60.299.114 42.200.961Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.130.631 1.873.385
142.148.541 127.321.324Extrapatrimoniais:
Garantias prestadas 3.442.165 3.773.458Compromissos irrevogáveis 12.350.557 9.593.161Compromissos revogáveis 1.348.735 1.373.281
17.141.457 14.739.900159.289.997 142.061.225
51.8 Risco Operacional
O risco operacional traduz-se, genericamente, na eventualidade de perdas originadas por falhas na prossecução de procedimentos internos, pelos comportamentos das pessoas ou dos sistemas informáticos, ou ainda por eventos externos à organização. Para a gestão do risco operacional encontra-se implementado um sistema que visa assegurar a uniformização, sistematização e recorrência das actividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação desses riscos.
51.9 Risco de Compliance
Apesar de haver uma Departamento próprio de Compliance, o Conselho de Administração é responsável pela supervisão da gestão do risco de Compliance, sendo a Caixa Central responsável pela divulgação das suas políticas pelas Caixas Associadas.
52. FUNDOS PRÓPRIOS
O detalhe dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresenta-se de seguida:
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Relatório e Contas - 2016 120
FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE
Em euros 2015 2016
Fundos Próprios totais 8.822.228 8.004.955
Common equity tier 1* 5.238.359 5.217.905
Tier 1* 5.238.359 5.217.905
Tier 2 3.583.869 2.787.050
Posição em risco de activos e equivalentes 129.892.162 149.212.006
Requisitos de fundos próprios 69.954.835 69.930.366
Crédito 62.570.338 62.191.302
Operacional 7.384.497 7.739.064
CVA --- --- ---
Rácios de solvabilidade (a)
Common equity tier 1* 7,5% 7,5%
Tier 1 * 7,5% 7,5% 0,0 P.P
Tier 2 5,1% 4,0% -1,1 P.P
Total* 12,6% 11,4% -1,2 P.P
* Incorporando o res ul tado l íquido do exercício.
---
(a ) Até Dezembro 2013 os rácios foram calculados de acordo com a Ins trução nº 23/2007, após
o que s ão apl icadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.
-22,2%
14,9%
0,0%
-0,6%
4,8%
-0,4%
Δ 15/16
-9,3%
-0,4%
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Relatório e Contas - 2016 121
53. LEI 28/2009 – DIVULGAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE
ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO
A remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), C.R.L. é composta apenas por uma componente fixa, aprovada em Assembleia-Geral.
A estrutura dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Beira Baixa (Sul), C.R.L. foi alterada em 15 de Julho de 2016, data em que os novos corpos sociais tomaram posse.
O Revisor Oficial de Contas é contratado em regime de Prestação de serviços, tendo sido proposto pelo Conselho Fiscal e aprovado em Assembleia-Geral.
Remuneração
Orgãos Sociais Dezembro de 2016
Conselho de Administração
Joaquim Morão Lopes Dias 27.525,00
António José Vaz Trindade Martins 47.099,93
Marilia Ramos Batista Correia Mateus 50.223,74
Nuno Miguel Carvalho dos Santos 24.585,20
Jose Rego Da Silva Geraldes 6.825,00
José Manuel Afonso Reis 7.434,81
João Miguel Correia Dias Pereira 14.550,00
Ana Carina Gomes Batista 3.936,80
Sub-Total 182.180,48
Conselho Fiscal
António Manuel Tavares Proença Abrunhosa 500,00
João Alves Rodrigues Barreira Júnior 1.100,00
António Manuel Clemente Gaspar 650,00
António de Jesus Coelho 400,00
Jose Manuel Afonso Reis 650,00
Sub-Total 3.300,00
Revisor Oficial de Contas
Santos Carvalho & Associados, SA 11.069,94 (IVA Incluido)
Sub-Total 11.069,94
Total 196.550,42
Colaboradores
Total 121.878,51
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Relatório e Contas - 2016 122
54. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Beira Baixa Sul está inscrita na Autoridade de
Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de
acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho,
desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo
Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos
Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos
Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao
exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.
No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros
e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no
encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.
Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a
CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos
de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas
Seguradoras.
As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na
Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de
remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão
reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das
presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31
de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.
O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela
CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):
Origem Segurador
a
2014 2015 2016 % por
Origem
2016
Ramos Não Vida CA Seguros 109.566,62 123.527,23 177.765,31 64,5%
Ramo Vida CA Vida 100.820,98 94.678,09 94.660,03 34,3%
Fundos de
Pensões
CA Vida 1.490,60 1.945,55 3.359,69 1,2%
Total 211.878,20 220.150,87 275.785,03 100,0%
A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a
movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há
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Relatório e Contas - 2016 123
qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de
seguros exercida pela CCAM.
55. EVENTOS SUBSEQUENTES
Até à data da aprovação de contas não foram identificados quaisquer eventos subsequentes que ponham em causa as demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2016.
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Relatório e Contas - 2016 124
31-12-2016 31-12-2015
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Recebimento de juros e comissões 4.164.596 4.580.512Pagamento de juros e comissões (460.596) (923.083)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.558.838) (2.316.907)Contribuições para o fundo de pensões (6.186) -(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (573.928) (35.547)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 284.802 168.935Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 849.850 1.473.910
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -Activos disponíveis para venda 11.614 (1.697)Aplicações em instituições de crédito 18.098.153 11.121.219Crédito a clientes (1.671.022) 2.119.081Investimentos detidos até à maturidade 50.224 -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda 2.184.155 (172.531)Outros activos (115.563) 318.575(…) - -
18.557.560 13.384.647
Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -Recursos de outras instituições de crédito 3.134.955 9.021.172Recursos de clientes e outros empréstimos 13.804.904 2.974.884Outros passivos 81.313 57.417(…) - -
17.021.172 12.053.472
(686.539) 142.735
Fluxos de caixa de actividades de investimento
Variação de activos tangíveis e intangíveis 21.382 106.443Recebimento de dividendos (15) (1.254)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas 10 106.973(…) - -
21.377 212.163
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Aumento de capital 15.920 163.350Diminuição de capital - -Pagamento de dividendos - -Variação de passivos subordinados - (3.205)Reservas (48.027) (200.965)(…) - -
(32.107) (40.820)
Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) (740.023) (110.248)
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 2.830.986 2.941.234
(b) 2.090.963 2.830.986
CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Caixa líquida das actividades de financiamento
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício
Caixa líquida das actividades operacionais
Caixa líquida das actividades de investimento
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Relatório e Contas - 2016 125
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA BEIRA BAIXA (SUL), C.R.L.
DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015
(Montantes expressos em Euros)
Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital reavaliação reservas transitados Total exercício Total
Saldos em 31 de Dezembro de 2014 4.971.490 131.816 39.651 (416.254) (376.603) 604.702 5.331.405
Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 3) - - - (12.545) (12.545) - (12.545)Aplicação do resultado do exercício de 2014:
Transferência para resultados transitados - - 188.448 416.254 604.702 (604.702) -Constituição de reservas - - - - - - -Distribuição de dividendos - - - - - - -Atribuição de titulos aos associados - - - - - - -Aumento de Capital por Incorporação de Reservas - Capital da CCAM 111.180 - (111.180) - (111.180) - -
Aumento de capital 107.505 - - - - - 107.505Reembolso de capital (55.335) - - - - - (55.335)Transf. De Reservas para Capital Social - - - - - - -Utilização de Reserva para Formação e Educação Cooperativa - - (5.115) - (5.115) - (5.115)Transf. De Reservas de Reavaliação para Resultados Transitados Aprovados - (453) - 453 453 - -Transf. De Reservas para Resultados Transitados Aprovados - - - - - - -Transf. De Instrum. Repr. Capital para Capital Social - - - - - - -Outros aumentos ou diminuições do Capital Próprio - - (94) - (94) - (94)Fundo de Pensões - Ganhos e Perdas Actuariais - (72.030) - - - - (72.030)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2015 - - - - - 36.149 36.149
Saldos em 31 de Dezembro de 2015 5.134.840 59.333 111.709 (12.092) 99.617 36.149 5.329.939
Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 3) - - - (12.545) (12.545) - (12.545)Aplicação do resultado do exercício de 2015:
Transferência para resultados transitados - - 24.057 12.092 36.149 (36.149) 0Constituição de reservas - - - - - - -Distribuição de dividendos - - - - - - -Atribuição de titulos aos associados - - - - - - -Aumento de Capital por Incorporação de Reservas - Capital da CCAM - - - - - - -
Aumento de capital 63.965 - - - - - 63.965Reembolso de capital (48.045) - - - - - (48.045)Transf. De Reservas para Capital Social - - - - - - -Utilização de Reserva para Formação e Educação Cooperativa - - (32) - (32) - (32)Transf. De Reservas de Reavaliação para Resultados Transitados Aprovados - (453) - 453 453 - -Transf. De Reservas para Resultados Transitados Aprovados - - - - - - -Transf. De Instrum. Repr. Capital para Capital Social - - - - - - -Outros aumentos ou diminuições do Capital Próprio - 10 (32) 2 (30) - (20)Fundo de Pensões - Ganhos e Perdas Actuariais - (35.430) - - - - (35.430)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2016 - - - - - 2.101.195 2.101.195
Saldos em 31 de Dezembro de 2016 5.150.760 23.460 135.701 (12.090) 123.611 2.101.195 7.399.027
Outras Reservas e resultados transitados
DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA
OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015
(Montantes expressos em Euros)
2016 2015
Resultado individual 2.101.195 36.149Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:
Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - -Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -
Outras reservas de reavaliação:Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (35.430) (72.030)
Pensões - regime transitório (12.545) (12.545)Outros movimentos (52) (5.115)Total Outro rendimento integral do exercício (48.027) (89.690)Rendimento integral individual 2.053.169 (53.542)
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA BEIRA BAIXA (SUL), C.R.L.
Anexo ao ponto 32
C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)
Relatório e Contas - 2016 126
T axa deValo r D ata de juro em
N úmero de no minal vencimento vigo r em D ata de Saldo em Saldo em
D escriçãoo brigaçõ es/
t í tulo s M o eda unitário do s juro s 31-12-2016 vencimento 31-12-2015 Emissõ esT ransferência p/ C ap.So cial 31-12-2016
Empréstimo do FGCAM - Euro - 15-mai 0,75% 30-06-2020 4.000.000 - - - 4.000.000Empréstimo do FGCAM - Euro - - - - - -Empréstimo do FGCAM - Euro - - - - - -Empréstimo do FGCAM - Euro - - - - - -
4.000.000 - - - 4.000.000
Tit.Investimento/2013 - Euro - - - - -Tit.Investimento/2014 - Euro - - - - -Tit.Investimento/2015 - Euro - - - - -Tit.Investimento/2016 - Euro - - - - -
- - - - -
Instrumentos repres. capital com natureza de Passivo - Euro - - - - -- - - - -
4.000 .000 - - - 4 .000.000
2016
R eembo lso s
Modelo I
Inventário de títulos em base individual Data: 31-12-2016Instituição: CCAM 4050
CCAM Beira Baixa (Sul), CRL Unidade: Euros
Categoria de
Activo Instrução
n.º 23/2004
Código
do
título
Tipo de
emitente
País do
emitente
Cotado
/Não
cotado
Mercado
organizado
relevante
Cotação QuantidadeValor
nominal
Critério
valorimétrico
Valor de
Balanço
Valias
(+ / -)
Montante
vencido
Operações
especiaisObservações
(2) (3) (4) (S/N) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) Imparidade Outras CapitalDireitos
de voto(12) (13)
Instrumentos de dívida
De dívida pública
...
De outros emissores públicos
OT's - Dívida Pública Portuguesa IDM OT OUT PRT N 10 1.000,00 CA 10.000,00 Maio 2021
OT's - Dívida Pública Portuguesa IDM OT OUT PRT N 20 1.000,00 CA 20.000,00 Agosto 2021
OT's - Dívida Pública Portuguesa IDM OT OUT PRT N 20 1.000,00 CA 20.000,00 Novmbro 2021
De outros emissores
Adquiridos no âmbito de operações de titularização
Equiparados a first loss position
...
Outros
...
Outros
Dívida não subordinada
...
Dívida subordinada
CCCAM-Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL AFDV TI_S IC PRT N CH
...
Total 50 50.000,00
Instrumentos de capital
CA Informática IFAEC -- OUT PRT N 1.732 4,99 CH 8.642,68
CA Seguros IFAEC -- S PRT N 10 5,87 CH 58,70
CA Vida IFAEC -- S PRT N 10 5,00 CH 56,22
CA Seguros e Pensões SGPS SA IFAEC -- SGPS PRT N 4.990 5,00 CH 135.025,00
Fenacam IFAEC -- OUT PRT N 14 5,00 CH 70,00
CCCAM-Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL IFAEC -- IC PRT N 218.802 5,00 CH 1.094.010,00
...
Total 225.558 1.237.862,60
Outros - Instrumentos de capital
Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, I.P. AFDV -- OUT PRT N JV 1.538,20
...
Total 1.538,20
Total 1.289.400,80
% de
participação
(1)
Natureza e espécie
Correcções de valor