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1 CEIA: LEMBRAR DE QUEM, DO QUE E PARA QUE (UM SERMÃO) Pr Geraldo Farias A tela do gênio Leonardo Da Vincci descreve a Última Ceia, óleo pintado dentre 1495 a 1498 em Milão, uma das obras mais admiradas das artes e um dos bens mais conhecidos e estimados do mundo. Atrai pela beleza, inspiração e mistério. É nosso ponto de partida para aprofundar nossa compreensão do ritual instituído pelo Cristo na semana da Páscoa. Com o passar dos anos rituais tendem a cair na mecanização, na rotina e, há o risco de se riscos de ter seu significado esvaziado. O que pergunto para você e para mim é: No ato da Ceia do Senhor precisamos lembrar-nos de quem, do que e para que? Abramos nossas bíblias em Mateus 26.17 a 30. 1) Lembrar-se de Quem? dEle, do Cristo: Os discípulos recorrem a Ele sobre onde acontecerá a Ceia da Páscoa. É Ele quem articula aonde ir, a quem procurar e o que dizer. “E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara” (v 17-19). A Ceia é dEle. A tela denuncia-o ao centro da mesa, seu autor, seu articulador, o anfitrião. Ele é quem liga a todos! Em primeiro lugar e a obra de Da Vinci o denuncia: Cristo no centro de nossas vidas, o tema de nossa pregação. A ceia implica o “em memória de mim”: Porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas, glórias pois a Ele eternamente!” (Rm 11.36). “Ele morreu por todos para os que vivam não vivam mais para si mesmos mas para aqueles que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 5.15). Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20). 2) Lembrar-se do Que? Do Pão e do vinho. Podemos perguntar do porque pão e vinho são os elementos escolhidos para simbolizar o corpo e o sangue de Cristo. O pão simboliza as necessidades básicas da vida. Por essa razão, referimo-nos comumente ao pão como "o sustento da vida" e oramos pelo "pão diário”. O pão da ceia do Senhor, portanto, retrata o sacrifício de Cristo como a necessidade absoluta para a nossa vida espiritual. Assim como não podemos viver sem o pão diário, não podemos viver sem Cristo, o pão da vida. O vinho na Escritura simboliza abundância, gordura, prosperidade, alegria, satisfação e banquete (Sl. 104:15; Is. 55:1). Ele representa aquilo que está acima e além das necessidades da vida, que torna a vida mais que mera existência, que dá satisfação e alegria. O vinho é o representativo do sangue que nos servirá para o perdão e, assim, o acesso ao céu. O pão é feito do grão de trigo moído, e o vinho da uva espremida. Tanto o pão quanto o vinho têm algo em comum: Os componentes de ambos tem que ser triturado antes de dar à luz ao seu produto final, o que profeticamente aponta para o castigo de Cristo no Calvário que nos trouxe a paz. Pão e vinho são didáticos: Nunca nos esqueçamos da razão pela qual Cristo se entregou e sofreu por cada um de nós. De 09 a 15 de Abril de 2017 | Ano 46 | Número 232

CEIA: LEMBRAR DE QUEM, DO QUE E PARA QUEibbetel.org.br/Boletins/17-04-09 Boletim Digital Betel.pdf · Ceia do Senhor precisamos lembrar-nos de quem, do que e para que? ... por isso

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CCEEIIAA:: LLEEMMBBRRAARR DDEE QQUUEEMM,, DDOO QQUUEE EE PPAARRAA QQUUEE ((UUMM SSEERRMMÃÃOO))

Pr Geraldo Farias

A tela do gênio Leonardo Da Vincci descreve a Última Ceia, óleo pintado dentre 1495 a 1498 em Milão, uma das obras mais admiradas das artes e um dos bens mais conhecidos e estimados do mundo. Atrai pela beleza, inspiração e mistério. É nosso ponto de partida para aprofundar nossa compreensão do ritual instituído pelo Cristo na semana da Páscoa. Com o passar dos anos rituais tendem a cair na mecanização, na rotina e, há o risco de se riscos de ter seu significado esvaziado. O que pergunto para você e para mim é: No ato da Ceia do Senhor precisamos lembrar-nos de quem, do que e para que? Abramos nossas bíblias em Mateus 26.17 a 30. 1) Lembrar-se de Quem? dEle, do Cristo: Os discípulos recorrem a Ele sobre onde acontecerá a Ceia da Páscoa. É Ele quem articula aonde ir, a quem procurar e o que dizer. “E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara” (v 17-19). A Ceia é dEle. A tela denuncia-o ao centro da mesa, seu autor, seu articulador, o anfitrião. Ele é quem liga a todos! Em primeiro lugar e a obra de Da Vinci o denuncia: Cristo no centro de nossas vidas, o tema de nossa pregação. A ceia implica o “em memória de mim”: “Porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas, glórias pois a Ele eternamente!” (Rm 11.36). “Ele morreu por todos para os que

vivam não vivam mais para si mesmos mas para aqueles que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 5.15). “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20). 2) Lembrar-se do Que? Do Pão e do vinho. Podemos perguntar do porque pão e vinho são os elementos escolhidos para simbolizar o corpo e o sangue de Cristo. O pão simboliza as necessidades básicas da vida. Por essa razão, referimo-nos comumente ao pão como "o sustento da vida" e oramos pelo "pão diário”. O pão da ceia do Senhor, portanto, retrata o sacrifício de Cristo como a necessidade absoluta para a nossa vida espiritual. Assim como não podemos viver sem o pão diário, não podemos viver sem Cristo, o pão da vida. O vinho na Escritura simboliza abundância, gordura, prosperidade, alegria, satisfação e banquete (Sl. 104:15; Is. 55:1). Ele representa aquilo que está acima e além das necessidades da vida, que torna a vida mais que mera existência, que dá satisfação e alegria. O vinho é o representativo do sangue que nos servirá para o perdão e, assim, o acesso ao céu. O pão é feito do grão de trigo moído, e o vinho da uva espremida. Tanto o pão quanto o vinho têm algo em comum: Os componentes de ambos tem que ser triturado antes de dar à luz ao seu produto final, o que profeticamente aponta para o castigo de Cristo no Calvário que nos trouxe a paz. Pão e vinho são didáticos: Nunca nos esqueçamos da razão pela qual Cristo se entregou e sofreu por cada um de nós.

De 09 a 15 de Abril de 2017 | Ano 46 | Número 232

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Enquanto comemos (= comemorar) e bebemos (= bebemorar), agradecemos o alimento, a presença do Cristo em nós. Satisfaz, é completo, nos enche! Não temos nada sem ele, e com ele temos tudo; por isso o servimos! 3) Lembrar-se para Que? Para preservar, defender, fortalecer e aprofundar nossa comunhão com Ele e entre nós. A Ceia é intimista, como retrata Da Vinci. Não é para qualquer um, é somente para aqueles que são íntimos com o Mestre. Os evangelistas escreveram se referindo aos discípulos e à multidão (vede Mateus 5.1), públicos distintos. A Ceia é tão somente para os discípulos. Não há espaço para estranhos, para qualquer um ou para a multidão. São apenas os doze amigos (Jo 15.15) ladeando o Cristo: “Assentou-se à mesa com os doze”. Estar à mesa é ato cultural de camaradagem e hospedagem (hospital). São para companhei-ros, do latim com panis, aqueles com quem dividimos o pão. Quem está à mesa e não está apto também é estranho (Judas). “Examine-se pois o homem a si mesmo...” é condição paulina. Portanto, é preciso lembrar que a Ceia é para os que estão ligados ao Cristo e inter-ligados ou intra-ligados. Somos dependentes dEle e interdependentes entre nós. Isso é a Igreja: Cristo, o cabeça, e os membros do Seu Corpo: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Aplicação - A Ceia é o meio para recordar o amor de Cristo. Comemorar é comer e lembrar, recordar. Bebemorar é beber e lembrar,

recordar. Parece que Cristo sabe de nossa “memória curta”. Mas, sem as memórias o ato de compartilhar o pão e vinho é mera refeição. Bastaram apenas aproximadamente duas décadas (isso mesmo!) para os cristãos de Corinto esvaziarem o sentido deste ajuntamento. Paulo é obrigado a ensinar como devem se comportar e realizar o ritual, isto é, lembrarem-se de quem, do que e para que devem cear (I Co 11). Nossos memórias passam por mudanças profundas. Armazenamos memórias em caixas externas como mídias, chips ou cartões. Como usamos pouco nossa memória biológica, muitos sofrem o Mal de Alzheymer, um problema cerebral resultado do não-uso dos arquivos cerebrais. Não contamos mais as histórias dos álbuns de fotos impressas, logo, nossa memória tende a... Morrer. A Ceia vai na contramão. Cear implica resgatar memórias do Cristo, de sua obra, seus ensinos e missão. O gesto de continência entre os militares remete à hierarquia dos quartéis. Um soldado dá continência ao Sargento, que dá ao Coronel... O gesto repetido implica a hierarquia e a ordem. A Repetição do teatro, da cenografia remete a igreja a re-memorar, resgatar o Cristo e Sua obra, anunciando-O até que Ele venha. • Muitos já não vivem a intensidade do ritual

da Ceia; • Muitos sob conflitos, se omitem da

participação, quando deveriam viver em paz para com todos e estarem aptos;

• Muitos reduziram o ritual a mera refeição, fazendo-se por fazer, sem qualquer sentido.

Lembremo-nos de quem, do que e para quem. Que assim seja!

NNAASSCCIIMMEENNTTOO

12/04 Daniel Luiz Soares 16/04 Claudio Barbosa

28/04 Nilton da Silva Amaral

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VVOOUU OORRAARR...... Pr Eraldo Bernardo

Há atitudes lindas e eficazes que se perderam ao longo das últimas décadas no meio do povo de Deus. Lembro-me de ouvir, de pronto, dos lábios dos pastores, dos diáconos, dos líderes das organizações da igreja e mesmo de seus membros, ao receberem uma proposta, um convite, o seguinte: “Vou orar sobre isso ao Senhor e, depois, lhe respondo”. Não estou ouvindo mais isto com frequência. Os crentes estão decidindo segundo suas cabeças, segundo as suas vontades. Vivemos o tempo do “rápido”. Fico encantado com o rei Davi, servo de Deus, ao ler os livros de 1º e 2º Samuel e os livros das Crônicas. Como ele só acertava! Como conseguia vitórias pelo fato de consultar ao Senhor antes de agir! Veja o que lemos em 1 Crôn.14:10 “Então Davi consultou a Deus, dizendo: subirei contra os filisteus, e nas minhas mãos os entregarás? E o Senhor lhe disse: Sobe, porque os entregarei nas tuas mãos”. No versículo 14, lemos: “Tornou Davi a consultar a Deus, que lhe respondeu: Não subirás atrás deles; mas

rodeia-os por detrás e vem sobre eles por defronte dos balsameiros” (IBB, de acordo com os melhores textos). Vale à pena consultar e ter o Deus dos Exércitos do nosso lado! Dessa forma Davi ia vencendo os inimigos de Israel. Consultava ao Senhor, Ele lhe respondia e era só vitória. Aqui vai uma experiência pessoal. Converti-me ao Evangelho aos 15 anos. Entendi que devia buscar a direção de Deus em tudo. Aos 19 anos transferi-me para outra igreja batista. Alí, já certo da chamada para o Ministério Pastoral, comecei a interessar-me por uma jovem, membro da igreja. Mesmo antes de começarmos oficialmente a namorar consultei insistentemente a Deus em oração e Ele me deu paz e certeza de que ela era a jovem. Então, seria uma questão de tempo o começo de nosso namoro. Em outubro de 1970 começamos a namorar e em maio de 1974 nos casamos e estamos casados e felizes há 38 anos. Formamos uma linda família! Nesse tempo experimentamos turbulências, mas a certeza da vontade de Deus foi uma âncora firme que nos manteve. Penso que se os (as) jovens de nossas igrejas consultassem ao Senhor antes de começarem os seus namoros não perderiam tempo e concentração no que estão fazendo. Não trocariam de namorado (a) como se troca de camisa ou de blusa. Consultar ao Senhor é não perder tempo e é caminhar com tranqüilidade e segurança. Consultar ao Senhor quando à vocação é algo básico, fundamental, especialmente se é na Obra dEle. Como permanecer frutiferamente em um Ministério Pastoral local ou em um campo missionário sem estar dentro da vontade dEle?... Penso que se voltássemos a consultar ao Senhor antes das decisões se evitaria muita tristeza, muita frustração pessoal e coletiva. Que tal voltarmos a dizer assim: “Vou orar a Deus sobre isso...” Que tal resgatarmos essa linda atitude de filhos sábios, obedientes e carinhosos com o Pai?..

Há uma doce teologia do coração que só se aprende na escola da renúncia. A. W. Tozer

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SSEE ÉÉ PPAARRAA MMUUDDAARR,, 33//33 Pr Israel Belo de Azevedo

"Não há substituto para a vitória". (Douglas MacArthur) Por que, muitas vezes, os anos passam e as promessas retornam, iguais ou recicladas? Fracassamos quando não nos conhecemos corajosamente. Fracassamos quando não sabemos o que realmente queremos alcançar. Se não sabemos onde queremos ir, não chegaremos. Fracassamos quando deixamos para depois o que temos que fazer impreterivelmente hoje, como, por exemplo, estudar. Fracassamos quando nos precipitamos, agindo quando precisamos esperar, falamos quando precisamos nos calar.

Coisas boas feitas em horas erradas não são boas. Há tempo para tudo (Eclesiastes 4). Fracassamos quando recusamos os apoios, em casa e com colegas, que podem nos fortalecer. A mesma auto-suficiência que nos faz vencer nos faz perder. Por que, ao contrário, apagadas as luzes do ano, podemos olhar para trás e ver muitas realizações a contabilizar e a agradecer? Vencemos quando, sabendo quem somos, partimos de onde estamos para chegar onde queremos. Triunfamos quando podemos enxergar o alvo que definimos claramente e

damos os passos em sua direção, sem nos desviar. Acertamos quando não perdemos as oportunidades. Tratamos o tempo como implacável: uma vez perdido, está perdido. Tratamos o dinheiro como sendo curto e não temos como esticá-lo: só podemos gastar o que já temos e naquilo que é realmente importante. Avançamos quando aceitamos as mãos que querem se juntar às nossas. Sem boas amizades não vamos longe. Jesus Cristo realizou o que realizou porque contou com discípulos e discípulas ao seu lado. Por que faremos sozinhos?

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NNOOSSSSAA AAÇÇÃÃOO MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAA

** Ásia - Roberto, Marina e filhos * PIB Missionária no Jd. Nova Conquista - Pr Josué

Franco da Silva (Diadema) ** Nação Sateré Mawé - Pr John, Sônia Wilkinson e

filhos (Amazonas) * Cuba - Pr Pedro Luiz Valdez e Raida Padron

* Itália – Pr Fabiano Nicodemo e Família

* SUSTENTO EM ORAÇÃO ** SUSTENTO FINANCEIRO

MMIISSSÕÕEESS..... PPLLAANNOO DDEE DDEEUUSS,, PPRROOPPÓÓSSIITTOO DDAA IIGGRREEJJAA!!

DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO DDEE VVIISSÃÃOO,, MMIISSSSÃÃOO EE PPRROOPPÓÓSSIITTOOSS

NOSSA MISSÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para glorificar a Deus e priorizar pessoas,

integrando, edificando e enviando para servirem a Deus e ao próximo.

NOSSA VISÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para transformar pessoas sem Cristo em

verdadeiros discípulos e levar a maturidade os discípulos já alcançados.

NOSSA DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOS Fundamentada nas Escrituras Sagradas, particularmente em o Novo Testamento, a IGREJA

BATISTA BETEL tem como base os cinco propósitos: Adoração, Serviço, Comunhão, Missões e Discipulado, visando cumprir sua Visão e Missão em Santo André, no Brasil e no mundo.