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CELEBRAÇÃO EM LOUVOR DO IRMÃO HENRI VERGÈS NO 15º ANIVERSÁRIO DE SEU MARTÍRIO IR. HENRI E MARIA, RECURSO HABITUAL Nosso caráter mariano nos leva necessariamente a relacionar-nos profundamente com o povo muçulmano que tem uma veneração particular por Maria (Myriam), a Mãe de Jesus (Aïssa). Podemos relembrar aqui, como um sinal, a acolhida triunfal reservada a Nossa Senhora de Fátima, nos países muçulmanos. Como João Batista, Ela nos parece muito achegada ao nosso modo de estar presentes, como Igreja, na África do Norte, um pouco como se com Ela vivêssemos o advento de Deus. Na experiência de nossa missão cotidiana, meditamos a maneira de ser de Maria: discrição, paciência ativa, acolhida e contemplação de Deus... (Argel, Natal de 1975, comunicação ao Capítulo Geral de 1976, CàC, p.55). Canto Marial: A aurora precede o nascer do sol (nº1151 de ‘Celebrar a Fé e a Vida’ ou outro, à escolha).

CELEBRAÇAO EM HONOR DO IRMAO HENRI … · Web viewSeus pais se conheceram por ocasião de uma peregrinação em Font-Romeu. Nossa Senhora dos Anjos, em Spira-de-l´Agly, o acolheu

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CELEBRAÇÃO EM LOUVOR DO IRMÃO HENRI VERGÈSNO 15º ANIVERSÁRIO DE SEU MARTÍRIO

IR. HENRI E MARIA, RECURSO HABITUAL

Nosso caráter mariano nos leva necessariamente a relacionar-nos profundamente com o povo muçulmano que tem uma veneração particular por Maria (Myriam), a Mãe de Jesus (Aïssa). Podemos relembrar aqui, como um sinal, a acolhida triunfal reservada a Nossa Senhora de Fátima, nos países muçulmanos.

Como João Batista, Ela nos parece muito achegada ao nosso modo de estar presentes, como Igreja, na África do Norte, um pouco como se com Ela vivêssemos o advento de Deus.

Na experiência de nossa missão cotidiana, meditamos a maneira de ser de Maria: discrição, paciência ativa, acolhida e contemplação de Deus...(Argel, Natal de 1975, comunicação ao Capítulo Geral de 1976, CàC, p.55).

Canto Marial: A aurora precede o nascer do sol (nº1151 de ‘Celebrar a Fé e a Vida’ ou outro, à escolha).

Na Bíblia, o nome é revelador da pessoa e de sua missão. Para Henri, levar o nome de Maria é um compromisso a imitar aquela que nos deu Jesus. Tem consciência do papel que Maria exerceu em sua vida e na de sua família. Seus pais se conheceram por ocasião de uma peregrinação em Font-Romeu. Nossa Senhora dos Anjos, em Spira-de-l´Agly, o acolheu no frescor de seus doze

anos, e foi em Notre-Dame de l´Hermitage que o jovem Irmão se formou como educador.

“Ao dar-nos o nome de Maria, O Pe. Champagnat quis que vivêssemos de seu espírito. Convencido de que foi ela que tudo realizou entre nós, chamava-a de Recurso Habitual e Primeira Superiora”.

“Contemplamos a vida de nossa Mãe e Modelo, para nos embebermos de seu espírito. Suas atitudes de perfeita discípula de Cristo, inspiram e regulam nosso modo de ser e de agir.”(C 4). (Momento de silêncio...)

Nosso irmão sente-se à vontade entre o povo muçulmano que venera Maria. Pratica, no dia a dia, as atitudes marianas que o Fundador queria para seus filhos: a humildade, a simplicidade e a modéstia. “Estas três virtudes marianas marcam com autenticidade e benevolência, nossas relações com os Irmãos e com as pessoas que encontramos. Prazerosamente, colocamos nossa vida e nossos talentos a serviço da Igreja e do mundo, fazendo o bem sem barulho”. (C 5).

Assim trabalhou Henri, seja como diretor de escola, seja como simples professor. Considera sua ação na Igreja da África do Norte, como “o advento de Deus, vivido com Maria”. Um advento que ainda perdura.

Que, como Maria, possamos sentir-nos livres de todos os apegos terrenos, preocupados acima de tudo do mundo de justiça, paz e amor que nasce no respeito e na atenção a cada um. (Páscoa de 1982, resposta ao questionário da Conferência dos Bispos da África do Norte aos religiosos. CàC, p. 94).

(Momento de silêncio e depois: “Eu canto louvando Maria, minha mãe”, nº 1157 ou outro...)

“Maria, educadora de Jesus em Nazaré, inspira nossas atitudes em relação aos jovens. Nossa ação apostólica é participação a sua maternidade espiritual” (C 84).

Podemos afirmar que o espírito de Nazaré impregnou a vida de Henri. Foi um educador inteiramente dedicado

aos alunos de sua escola, de sua sala de aula, de sua biblioteca. Como se esquecia de si, sua ação estava embebida pelo desejo de fazer acontecer “um mundo de justiça de paz e de amor.”

A profissão religiosa o tinha liberado dos apegos terrenos e esta liberdade inundava de brilho, todo o seu ser. Os que se encontravam com ele, ficavam maravilhados. Nem a menor sombra de proselitismo. Mostrava-se respeitoso da fé de seus alunos e do povo que o acolhia. Mas pelo exemplo e pela oração, toda a vida de nosso Irmão gritou o Evangelho. (Momento de silêncio…e canto: Maria de Nazaré...(nº 1161, ou outro),

Por que, aqui, em Sour-El-Ghozlane?...Porque, minha vocação Marista é particularmente adaptada a esta presença escondida, de humilde serviço, ancoragem das fundações sobre as quais vai se basear o futuro, neste país jovem - nós que somos para os jovens – com Maria, ela também presente no coração do Islã” (CàC, 247).

Henri encontra, no modo de ser de Maria, também ela presente no Islã, a resposta que se realiza, em sua vocação Marista. Há osmose entre sua vida “de humilde serviço prestado aos jovens, de presença escondida”, e a de Maria durante os anos silenciosos de Nazaré.

Notre-Dame de l’Atlas recebia freqüentemente sua visita. Ali se encontrava com Christian de Chergé, seu amigo e pai espiritual, ao mesmo tempo em que respirava o ar vivificante da montanha, tinha um outro lugar de respiração espiritual: o mosteiro das Clarissas, bem perto de Notre-Dame d´Afrique. Para lá ia regularmente, para um dia de recoleção. Mas era, sobretudo, no oratório que

ele tinha preparado, no centro da casa, que ele se refontizava cada dia na companhia de Jesus e Maria.

Uma pessoa que ajudava Henri nas tarefas materiais, na Rua Ben-Cheneb, testemunha: “Depois de nosso trabalho, uma vez que os alunos tinham ido para casa, nós nos refugiávamos na capela para rezar as vésperas e o terço. Uma tarde, confiou-me que este momento, durante o qual se abandonava entre os braços de Maria, era o que ele mais apreciava, e falou de Nossa Senhora com grande ternura, lentamente, docemente. Seus olhos brilhavam de alegria. A riqueza espiritual de sua alma me comoveu e se tornou contagiosa. Foi contra a parede de seu oratório, do tabernáculo, que seu corpo caiu sob a bala mortal.”(RM, p.172). (Momento de silêncio mais longo, com eco dos pensamentos do Ir. Henri.… Canto: Maria, minha mãe, Maria...(nº 1164 ou outro)

Em julho de 1988, quando sabia que devia deixar o Sour-El-Ghozlan e ir para Argel, Henrique, escrevia, durante seu retiro em Notre-Dame de l´Hermitage:

Como Maria, com Maria, acolher Jesus em mim e passá-lo aos homens... Disponibilidade ao que o Senhor espera de mim, nesta nova etapa de minha vida na Argélia... (CàC, p. 244).

Esta nova etapa, que será a última, nosso irmão a percorrerá como as precedentes, em companhia de Maria. Manifestava assim, até o fim, sua fidelidade ao espírito mariano que Champagnat transmitiu a seus filhos.

Intenções para rezar:

Resposta: Irmão Henri, leva nossa oração ao Senhor Jesus.

1-Por nossa missão atual na Argélia e pelos Irmãos que lá trabalham;2-Pelos Irmãos da missão ad gentes;3-Por nossos Irmãos de religião muçulmana;

4-Por um diálogo pacífico entre culturas e religiões diferentes; 5-Por nosso Capítulo geral ;6-Outras intenções livres…

Para meditar com o Irmão Henrique (Leitura lenta, alternando de leitor em cada parágrafo)

1-“Maria só nos recebe para dar-nos a Jesus”. A verdade desta palavra de Marcelino a seus Irmãos, Henri, você a experimentou, em sua vida.

2-Notre-Dame de Font-Romeu sem dúvida está na origem de seu desejo de seguir seu Filho. Nossa Senhora da África recebeu seu corpo como o de Jesus, ao pé da cruz.

3-Você percorreu um caminho Mariano. A “Boa Mãe” guiou seus passos, inspirou suas decisões. Contemplando-a, você aprendeu a viver a disponibilidade e a discrição, a serviço dos jovens, abandonando-se à vontade de Deus com a coragem dos humildes. Como para Maria, o Senhor fez em você, grandes coisas.

4-O milagre de Caná repetiu-se ao longo de sua vida, porque você soube escutar e praticar as palavras de Maria aos servidores, suas últimas palavras: “Façam o que ele disser”.

5-Gostaríamos de ser semelhantes a você, em suas atitudes em relação a Maria e descobrir assim o papel que ela tem em nossa vida, para que aumente nossa confiança nela.

6-Ensine-nos a compreendê-la, ela, a perfeita discípula de Cristo e a torná-la conhecida e amada como caminho para chegar a Jesus, como você o fez, seguindo o Pe. Fundador

e para responder ao desejo da Igreja. (Decreto de Aprovação, C 7).

Conclusão: Felizes com o testemunho marial que recebemos de nosso Irmão Henri, e unidos a todos os Irmãos do Instituto, cantemos a Regina coeli...

(Esta oração se inspira no texto do Décimo terceiro dia, do livro “Rezar 15 dias com Henri Vergès”.)