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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio Ano XII - Edição 142 - Julho / 2015 www.irmaoclarencio.org.br pág.15 A Família na Visão Espírita: Ambiente Doméstico Na Seara Mediúnica: O Médium como Intérprete pág.10 Artigo: N a Pregação pág.17 Suplemento Infantojuvenil: Jesus Mandou Alguém... pág.16 Vída - Dádiva de Deus: Mente - Ponto de Energia pág.13 pág.11 Kardec Sempre: Kardec - Primeiro e Sempre Deus - Causa Primeira: A Parte de Deus pág.4 pág.5 Revista Espírita: O Espiritismo Filosófico pág.5 Cenas da Vida: Festas pág.1 2 Estudando a Gênese: O Homem Corpóreo Nesta Edição : Lar - Escola da Alma Cursos no C.E.I.C. Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00 A Família na visão Espírita. Obras de André Luiz (Nosso Lar / Evolução em Dois Mundos). Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Ressurreição e vida). A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes. COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30 Grupo de Estudos Antônio de Aquino (No Invisível) Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo ( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. Obras Póstumas. Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma) Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10 Aprofundamento das Obras Básicas Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo ( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. Obras Póstumas. Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enígma) Revista Espírita. Dia : Sábado / 830 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 Curso Permanente para Médiuns do CEIC – CPMC (2º e 4º sábados do mês). Dia : Sábado / 14:30 às 16:00 Valorização da Vida (Aberto a Todos). Dia : Sábado / 16:00 às 17:30 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. ATENÇÃO: NÃO HAVERÁ MAIS "CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA MÉDIUNS". Cursos no C.E.I.C. Editorial M uitas vezes nos perguntamos: por que “João” e “Maria” resolveram se casar? Foi paixão? Interesse? Afinidade? O acaso? A Doutrina Espírita nos diz que o acaso não existe. Então, qual foi o motivo? O conhecimento da Doutrina Espírita facilita esse entendimento, quando nos traz a ideia da reencarnação. Os Espíritos nos dizem que o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas; daí surgirem as uniões matrimoniais programadas. Porém, pelo exercício do livre-arbítrio, o Espírito pode desviar-se da sua programação ou até mesmo romper com ela. Na comunhão de dois seres, para a organização da família, deve prevalecer o compromisso de assistência mútua e para com os filhos. O Lar é escola viva da alma. E, hoje em dia, vemos casais despreparados para constituir e manter um Lar, não é mesmo? Pais imaturos do ponto de vista espiritual. E nos perguntamos: deveria existir um curso de preparação para a maternidade e para a paternidade responsáveis? Quais as consequências de pais imaturos? Estas e outras respostas encontramos no texto de Emmanuel, constante nesta edição: Ambiente Doméstico. Para contribuir com a nossa iluminação, nossa Casa nos oferece esclarecimentos doutrinários sobre a Família, através de curso semanal e do Encontro anual sobre a Família na Visão Espírita, que se realizará este mês. Venha estudar conosco. Façamos do nosso Lar uma “escola viva da alma”. Que Deus abençoe as famílias! Paz em nossos corações!

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncioirmaoclarencio.org.br/pdf/clareando/Jul_2015.pdf · Fonte: Plenitude, psicografia de Divaldo Pereira Franco, capítulo III,

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

Ano XII - Edição 142 - Julho / 2015www.irmaoclarencio.org.br

pág.15

A Família na Visão Espírita:Ambiente Doméstico

Na Seara Mediúnica:O Médium como Intérpretepág.10

Artigo: N a Pregação

pág.17Suplemento Infantojuvenil:Jesus Mandou Alguém...

pág.16

Vída - Dádiva de Deus:Mente - Ponto de Energiapág.13

pág.11Kardec Sempre:Kardec - Primeiro e Sempre

Deus - Causa Primeira:A Parte de Deuspág.4

pág.5Revista Espírita:O Espiritismo Filosófico

pág.5Cenas da Vida:Festas

pág.1 2Estudando a Gênese:O Homem Corpóreo

Nesta Edição :

Lar - Escola da Alma

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / Evolução em Dois Mundos).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Ressurreição e vida).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Grupo de Estudos Antônio de Aquino(No Invisível)Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma)

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Aprofundamento das Obras Básicas

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enígma)Revista Espírita.

Dia : Sábado / 830 às 9:30 ou 16:30 às 17:30Curso Permanente para Médiuns do CEIC – CPMC (2º e 4º sábados do mês).

Dia : Sábado / 14:30 às 16:00Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes.O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.Atenção: não HAverá mAis "Curso de AtuAlizAção PArA Médiuns".

Cursos no C.E.I.C.Editorial

M uitas vezes nos perguntamos: por que “João” e “Maria” resolveram se casar? Foi paixão? Interesse? Afinidade? O acaso? A Doutrina Espírita nos diz que o acaso não existe. Então, qual foi o motivo?

O conhecimento da Doutrina Espírita facilita esse entendimento, quando nos traz a ideia da reencarnação. Os Espíritos nos dizem que o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas; daí surgirem as uniões matrimoniais programadas. Porém, pelo exercício do livre-arbítrio, o Espírito pode desviar-se da sua programação ou até mesmo romper com ela.

Na comunhão de dois seres, para a organização da família, deve prevalecer o compromisso de assistência mútua e para com os filhos. O Lar é escola viva da alma.

E, hoje em dia, vemos casais despreparados para constituir e manter um Lar, não é mesmo? Pais imaturos do ponto de vista espiritual. E nos perguntamos: deveria existir um curso de preparação para a maternidade e para a paternidade responsáveis? Quais as consequências de pais imaturos? Estas e outras respostas encontramos no texto de Emmanuel, constante nesta edição: Ambiente Doméstico.

Para contribuir com a nossa iluminação, nossa Casa nos oferece esclarecimentos doutrinários sobre a Família, através de curso semanal e do Encontro anual sobre a Família na Visão Espírita, que se realizará este mês.

Venha estudar conosco. Façamos do nosso Lar uma “escola viva da alma”.Que Deus abençoe as famílias!Paz em nossos corações!

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus “Eis que o Semeador saiu a semear.”

Elucidações Doutrinárias

O ÓbOlO da ViúVaEstando Jesus sentado defronte do gazofilácio, a observar de que modo o povo lançava ali o dinheiro, viu que muitas pessoas ricas o deitavam em abundância. - Nisso, veio também uma pobre que apenas deitou duas pequenas moedas do valor de dez centavos cada uma. - Chamando então seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos os que antes puseram suas dádivas no gazofilácio; - por isso que todos os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela deu do que lhe faz falta, deu mesmo tudo o que tinha para seu sustento. (São Marcos, Cap. XII, vv. 41 a 44. - São Lucas, Cap. XXI. vv. 1 a 4).Muita gente deplora não poder fazer todo o bem que desejara, por falta de recursos suficientes, e, se desejam possuir riquezas, é, dizem, para lhes dar boa aplicação. E sem dúvida louvável a intenção e pode até nalguns ser sincera. Dar-se-á, contudo, seja completamente desinteressada em todos? Não haverá quem, desejando fazer bem aos outros, muito estimaria poder começar por fazê-lo a si próprio, por proporcionar a si mesmo alguns gozos mais, por usufruir um pouco do supérfluo que lhe falta, pronto a dar aos pobres o resto? Esta segunda intenção, que esses tais por-ventura dissimulam aos seus próprios olhos, mas que se lhes depararia no fundo dos seus corações, se eles os perscrutassem, anula o mérito do intento, visto que, com a verdadeira caridade, o homem pensa nos outros antes de pensar em si. O ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procurar ele no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os recursos de que carece para realizar seus generosos propósitos. Haveria nisso o sacrifício que mais agrada ao Senhor. Infe-lizmente, a maioria vive a sonhar com os meios de mais facilmente se enriquecer de súbito e sem esforço, correndo atrás de quimeras, quais a descoberta de tesouros, de uma favorável ensancha aleatória, do recebimento de inesperadas heranças, etc. Que dizer dos que esperam encontrar nos Espíritos auxiliares que os secundem na consecução de tais objetivos? Certamente não conhecem, nem compreendem a sagrada finalidade do Espiritismo e, ainda menos, a missão dos Espíritos a quem Deus permite se comuniquem com os homens. Daí vem o serem punidos pelas decepções. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, nº 294 e nº 295). Aqueles cuja intenção está isenta de qualquer ideia pessoal, devem consolar-se da impossibilidade em que se veem de fazer todo o bem que desejariam, lembrando-se de que o óbolo do pobre, do que dá privando-se do necessário, pesa mais na balança de Deus do que o ouro do rico que dá sem se privar de coisa alguma. Grande seria realmente a satisfação do primeiro, se pudesse socorrer, em larga escala, a indigência; mas, se essa satisfação lhe é negada, submeta-se e se limite a fazer o que possa. Aliás, será só com o dinheiro que se podem secar lágrimas e dever-se-á ficar inativo, desde que se não tenha dinheiro? Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo. Procure-as e elas se lhe depararão; se não for de um modo, será de outro, porque ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil. Não dispõem todos, à falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo? Também aí está a dádiva do pobre, o óbolo da viúva.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo / Capítulo XIII / Itens 5 e 6 / Allan Kardec / Editora FEB.

“Espíritas! Amai-vos; este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”. O Espírito de Verdade (E.S.E., Capítulo VI, Item 5).

PrOVas e exPiações“(...) os sofrimentos humanos de na-

tureza cármica podem apresentar-se sob dois aspectos que se complementam: pro-vação e expiação. Ambos objetivam educar e reeducar, predispondo as criaturas ao inevitável crescimento íntimo, na busca da plenitude que as aguarda.

A provação é a experiência requerida ou proposta pelos Guias espirituais antes do renascimento corporal do candidato, exami-nadas as suas fichas de evolução, avaliadas as suas probabilidades de vitória e os recursos

ao seu alcance para o cometimento. Apre-senta-se como tendências, aptidões, limites e possibilidades sob controle, dores suportá-veis e alegrias sem exagero, que facultem a mais ampla colheita de resultados educati-vos. Nada é imposto, podendo ser alterado o calendário das ocorrências, sem qualquer prejuízo para a programação iluminativa do aprendiz. (...).

As expiações, todavia, são impostas, irrecusáveis, por constituírem a medicação eficaz, a cirurgia corretiva para o mal que se agravou. (...).

Enquanto as provações constituem for-ma de sofrimento reparador que promove, as expiações apenas restauram o equilíbrio perdido, reconduzindo o delituoso à situa-ção em que se encontrava antes da queda brutal. (...)”.

JoAnnA de Ângelis

Fonte: Plenitude, psicografia de Divaldo Pereira Franco, capítulo III, Editora LEAL.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 3

Espiritismo e Ciência

locAl: centro espíritA irmão clArêncio

Encontros EspíritasEm Junho

4º encontro espíritA sobre A FAmíliA nA visão espíritAtemA - FAmíliA : o FAtor exempliFicAdor nA trAnsFormAção do outrodAtA - 26 /07 /2015HorA - 8:30 às 13:00

Em Agostoseminário com André trigueiro temA: vAlorizAção dA vidA

dAtA: 16 / 08 / 2015HorA - 9:00 às 12:00

3º seminário com ubirAJArA Frontim

temA - consciênciA, disciplinA, responsAbilidAde e boA convivênciA nA cAsA espíritA

dAtA - 05 /07 /2015HorA - 8:30 às 13:00

26º encontro espíritA sobre A vidA e obrA debezerrA de menezestemA - bezerrA de menezes e o exercício dA medicinA dos Homens e dA medicinA espirituAldAtA - 30 /08 /2015HorA - 8:30 às 13:00

S abemos que, do ponto de vista fisiológico, o sono é o repouso dos centros nervosos. Explica-se

facilmente a contradição entre o repouso funcional e a persistência possível da ati-vidade psíquica, se admite, na consciência pessoal, a coexistência de uma substância superior independente do funcionamen-to do cérebro atual. Não há necessidade de se procurar alhures uma teoria psico-lógica do sono e dos sonhos. Antes de qualquer separação, há no sono, primei-ramente, ruptura de colaboração entre o ser subconsciente e o cérebro. Desaparece a consciência normal. Repousa o organis-mo e sua atividade reduz-se ao mínimo. Os sonhos ordinários, mais ou menos incoeren-tes, são os produtos automáticos de um resto de atividade cerebral, que não é totalmente abolida pela morte. Os sonhos lógicos e coe-rentes, inteligentes, geniais, são manifestações da subconsciência superior, que não ficou cerceada pelo repouso dos centros nervosos, e sim — ao contrário — exaltada, se bem que sua atividade seja então mais difícil e irregu-larmente percebida. Nítida e imediatamente, as operações subconscienciais poderão che-gar à consciência, se há — por uma causa ou por outra — despertar brusco. Caso

i n t e r P r e t a ç ã O d O s s O n O s

“A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra, as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se”. (ESE, capítulo I, item 8).

contrário, nem por isso são forçosamente perdidas para o ser consciente. Apenas, elas não tomam contato com ele senão pouco a pouco, no estado de vigília, fre-quentemente se confundindo com os produtos do trabalho voluntário. O sono tóxico (narcóticos, anestésicos) dá lugar às mesmas observações gerais. De qual-quer modo, ele faz-se acompanhar não somente de diminuição das manifestações conscienciais, mas também, de sua perver-são (embriaguez). Restam ainda os sonos

hipnótico e mediúnico. O mecanismo é o mesmo. Essencialmente, são causados pela diminuição da atividade funcional do cérebro e pela obnubilação da vontade consciente. Mas, em grau superior ao ve-rificado nas outros sonos, existe a exterio-rização do ser subconsciente, em gradações variadas, donde a nitidez de suas manifes-tações aparentes.

Fonte: O Ser Subconsciente / 1ª parte / Capítulo IV / Item V.Autor Gustave Geley.Editora FEB.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 4

CINE CEICpoder Além dA vidA

Nada é por acaso

diA - 19/07/15.

Horário - 15:30.

comentários: grupo Jovem.

Após os comentários: lanche fraterno.

Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Deus - Causa Primeira

a Parte de deus

Que é Deus?“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 1 e 4, Editora FEB.

E m qualquer circunstância aflitiva, quando as coisas se apresentem ne-gativas ou infelizes, não deixes de

fazer o que te cabe fazer, considerando que a parte de Deus, Ele a fará.

Com frequência, quando o homem se vê a braços com os desafios da vida, que surgem na figuração de problemas de complexa enverga-dura, logo lhe acodem à ideia os pensamentos pessimistas, em convite inditoso à desistência da luta, ou à rebeldia, ou à queda irreversível no abismo...

Nesse estado, recusa-se utilizar os preciosos dons da oração, que faculta paz; da medita-ção, que leva à confiança plena; da submissão aos desígnios divinos, que proporciona hu-mildade; da inalterável certeza de que Deus interfere da forma que é melhor, com o que propicia intercâmbio inspirativo para atitudes corretas.

Conduzido na voragem dos desajustes de vária ordem, o agitado não tem clima mental para raciocinar com acerto, do que decorrem mais graves distúrbios que os causadores da inquietação.

Desta forma, concitado ao labor edificante,

faze a tua parte; defrontando enfermidades a minar o organismo, realiza a tua parte; in-compreendido nos mais expressivos ideais de enobrecimento, prossegue com a tua parte; acoimado pela inferioridade, ajusta a tua parte; colhido pelo lodaçal das calúnias e vis humi-lhações, avança com a tua parte; empurrado à tentação, coloca em pauta a tua parte; sur-preendido por qualquer acidente inesperado e trágico, executa a tua parte, porquanto a de Deus chegará com segurança no momento oportuno, a teu benefício.

São de Deus: a interferência providencial de um amigo

ignorado; o auxílio gentil de desconhecido benfeitor; a opinião favorável de alguma pessoa

influente; a presença operosa de devotado anônimo; o socorro imprevisto, mas oportuno; a coragem, que assoma ao espírito, ante

o infortúnio; a presença caridosa de estranhos passantes; e tudo quanto de pior sempre poderia

ter acontecido, mas que não aconteceu.

Se, todavia, advier-te, em momentos que tais, a paralisia ou a desencarnação — que no teu conceito são legítimos infortúnios — mesmo em tal ocor-rência a parte de Deus, a mais atuante, colaborou de modo á que estranhos e mais aflitivos sofrimentos não te alanceassem, porquanto ignoras do Estatuto Divino os códigos sublimes que funcionam com precisão, face às necessidades das leis cármicas, mas que o Pai, por amor, proporciona ao espírito calceta submeter-se, concedendo-lhe meios felizes não obs-tante doridos, a fim de equilibrar-se e avançar, na escalada da evolução.

Confia, portanto, em regime de total segu-

rança na parte de Deus, e, ativo, faze a tua parte, humilde e submisso até o fim dos teus dias no corpo somático.

A luz da crença pura que te clarifica por dentro é ainda a presença de Nosso Pai sustentando-te na noite da redenção, pois que infelicidade e desgraça reais são as que impedem a ação da parte de Deus nos momentos graves, e podem ser identificadas como rebeldia sistemática e falta de fé, em cuja treva o espírito desnorteia e enlouquece por longo tempo.

JoAnnA de Ângelis

Fonte: Celeiro de Bênçãos / Capítulo 7.Psicografia: Divaldo Pereira Franco.Editora LEAL.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 5

Revista Espírita

continuA nA pág. 6

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

dissertaçãO: O esPiritismO FilOsÓFicO

M eus amigos, falamos do Es-piritismo do ponto de vista religioso; agora que está bem

estabelecido que ele não é uma religião nova, mas a consagração dessa religião universal cujas bases lançou o Cristo, e que hoje vem levar ao coroamento, va-mos encarar o Espiritismo do ponto de vista moral e filosófico.

Antes de mais, expliquemo-nos quanto ao exato sentido da palavra filosofia. A filoso-fia não é uma negação das leis estabelecidas pela divindade, da religião. Longe disto, a filosofia é a busca do que é sábio, do que é o mais exatamente razoável. E o que pode ser mais sábio, mais razoável que o amor e o reconhecimento que se deve ao seu Criador e, conseguintemente, o culto, seja qual for, que pode servir para lhe provar esse reconhecimento e esse amor? A religião — e tudo quanto a ela vos pode levar —, é, pois, uma filosofia, porque é uma sabedoria do homem que a ela se submete com alegria e docilidade. Feitos esses reparos, vejamos o que podeis tirar do Espiritismo, posto em prática seriamente.

Qual o fim para onde tendem todos os homens, seja qual for a posição em que se encontrem? O melhoramento de sua posi-ção presente. Ora, para consegui-lo, correm para todos os lados e se extraviam na maior parte, porque, enceguecidos pelo orgulho, arrastados pela ambição, não veem a única rota que pode conduzir a esse melhoramen-to; buscam-na na satisfação do orgulho, de seus instintos brutais, de sua ambição, ao passo que só poderão encontrá-la no amor e na submissão devidos ao Criador.

O Espiritismo vem, pois, dizer aos ho-mens:Deixai esses atalhos tenebrosos, cheios de precipícios, cercados de espinhos e urzes e entrai no caminho que leva à feli-cidade que sonhais. Sede prudentes, a fim de serdes felizes; compreendei, meus ami-gos, que para os homens os bens da Terra não passam de emboscadas, que devem evitar. Eis por que finalmente o Senhor permitiu vísseis a luz desse farol, que deve vos conduzir ao porto. As dores

e os males que sofreis com impaciên-cia e revolta são o ferro em brasa que o cirurgião aplica sobre a ferida aberta, a fim de impedir a gangrena de perder todo o corpo. Vosso corpo, meus ami-gos, o que representa para o Espírito? que deve ele salvar? Que deve preservar do contágio? que deve cicatrizar, por todos os meios possíveis, senão a chaga que rói o Espírito, a enfermidade que o entrava e o impede de lançar-se radioso para o seu Criador?

Voltai sempre os olhos para este pensamento filosófico, isto é, cheio de sabedoria: Somos uma essência criada pura, mas decaída; pertencemos a uma pátria onde tudo é pureza; culpados, fo-mos exilados por algum tempo, mas só por algum tempo. Empreguemos, pois, todas as nossas forças, todas as energias em diminuir o tempo de exílio; esfor-cemo-nos por todos os meios que o Senhor pôs à nossa disposição para re-conquistar essa pátria perdida e abreviar o tempo de ausência. (Vide o número de janeiro de 1862: Doutrina dos anjos decaídos.)

Compreendei bem que vossa sorte fu-tura está em vossas mãos; que a duração de vossas provas depende inteiramente de vós; que o mártir tem sempre direito à palma da vitória e que, para ser mártir, não é necessário, como aconteceu com os primeiros cristãos, servir de pasto aos animais ferozes. Sede mártires de vós mes-mos; quebrai, aniquilai em vós todos os instintos carnais que se revoltam contra o Espírito; estudai com cuidado as vos-sas inclinações, os vossos gostos, as vossas ideias; desconfiai de tudo quanto a vossa consciência reprova. Por mais baixo que ela vos fale, porque muitas vezes pode ser repelida; por mais baixo que ela vos fale, essa voz do vosso protetor vos dirá que eviteis o que vos pode prejudicar. Em todos os tempos a voz do vosso anjo da guarda vos falou, mas quantos ficaram surdos! Hoje, meus amigos, o Espiritismo vem explicar-vos a causa dessa voz íntima;

vem dizer positivamente, vem vos mos-trar, fazer tocar com o dedo aquilo que podeis esperar se a escutardes docilmente; aquilo que deveis temer se a rejeitardes.

Eis, meus amigos, para o homem em geral, o lado filosófico: a vós com-pete salvar-vos a vós mesmos. Meus filhos: não procureis distrações ma-teriais nem satisfação à curiosidade, como fazem os ignorantes. Não cha-meis a vós, sob o menor pretexto, Espíritos dos quais não tendes a mí-nima necessidade; contentai-vos em vos entregardes sempre aos cuidados e ao amor de vossos guias espirituais; eles jamais vos faltarão. Quando vos reunirdes num objetivo comum, qual seja o melhoramento de vossa Huma-nidade, elevai o coração ao Senhor, mesmo que seja para lhe pedir suas bênçãos e a assistência dos Espíritos bons, aos quais vos confiou. Examinai bem em vosso redor se não há falsos irmãos, curiosos, incrédulos. Se os encontrardes, rogai-lhes com doçura, com caridade, que se retirem. Se resis-tirem, contentai-vos em orar com fer-vor para que o Senhor os esclareça e, de outra vez, não os admitais em vos-sos trabalhos. Não recebais em vosso meio senão os homens simples, que querem buscar a verdade e o progres-so. Quando estiverdes certos de que vossos irmãos se acham reunidos em presença do Senhor, chamai os vos-sos guias e pedi-lhes instruções; eles vo-las darão sempre, proporcionadas às vossas necessidades, à vossa inte-ligência; mas não busqueis satisfazer a curiosidade da maioria dos que pe-dem evocações. Quase sempre saem menos convencidos e mais dispostos à zombaria.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 6

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?

O CEIC agradece desde já a sua colaboração.

Conta para depósito:

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

Revista Espírita

Emmanuel Responde

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A queles que desejam evocar seus parentes e amigos não o façam jamais senão com um objetivo de

utilidade e de caridade; é um ato sério, muito sério, chamar os Espíritos que er-ram em redor de vós. Se não trouxerdes a fé e o recolhimento necessários, os Es-píritos maus tomarão o lugar daqueles que esperais, enganar-vos-ão e vos farão cair em erros profundos e algumas vezes vos arrastarão em quedas terríveis!

Não esqueçais, pois, meus amigos, que o Espiritismo é a confirmação do Cristianismo, porque o Cristianismo entra completamente nestas palavras: Amar ao Senhor sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo.

Sob o ponto de vista filosófico, é a linha de conduta reta e sábia que vos deve conduzir à felicidade que todos ambicio-nais; e esta linha vos é traçada partindo de um ponto seguro, demonstrado: a imorta-lidade da alma, para chegar a outro ponto que ninguém pode negar: Deus!

Eis, meus amigos, o que vos tenho a dizer por hoje. Em breve continuaremos nossas conversas íntimas.

bernArdin

(Bordeaux, 04 / 04 / 1862 - Médium: Sra. Collignon).

Observação de Kardec - Esta comu-nicação faz parte de uma série de ditados sob o mesmo título: O Espiritismo para todos, marcadas todos eles pelo mesmo cunho de pro-fundidade e de simplicidade paternal. Como nem todas podem ser publicadas na Revista, farão parte das coletâneas especiais que prepa-ramos. Dá-se o mesmo com as que nos são dirigidas por outros médiuns de Bordeaux

(continuAção - pág. 5)dissertaçãO: O esPiritismO FilOsÓFicO

e de outras cidades. Essas publicações se-rão tanto mais úteis quanto feitas com ordem e método, e tanto mais produzi-riam um efeito contrário quanto mais o fossem sem discernimento e sem escolha. Há comunicações que são excelentes para a intimidade, mas que seriam inconvenientes se tornadas públicas. Outras, para serem compreendidas e não darem lugar a falsas interpretações necessitam de comentários e de desenvolvimentos. Nas comunicações muitas vezes é preciso fazer a parte da opi-nião pessoal do Espírito que fala, e que, se não for muito adiantado, pode formar dos homens e das coisas ideias e sistemas nem sempre justos. Publicadas sem corretivo, essas ideias falsas apenas lançarão descré-dito sobre o Espiritismo, fornecerão armas aos seus inimigos e semearão a dúvida e a incerteza entre os neófitos. Com os comen-tários e as explicações dados a propósito, o próprio mal por vezes se torna instrutivo. Sem isto poderiam responsabilizar a dou-trina por todas as utopias enunciadas por certos Espíritos mais orgulhosos que lógi-cos. Se o Espiritismo pudesse ser retardado em sua marcha, não seria pelos ataques abertos de seus inimigos declarados, mas pelo zelo irrefletido dos amigos impruden-tes. Não se trata, pois, de fazer coletâneas indigestas, onde tudo se acha amontoado confusamente e cujo menor inconvenien-te seria aborrecer o leitor; é preciso evitar com cuidado tudo quanto possa falsear a opinião sobre o Espiritismo. Ora, tudo isto exige um trabalho que justifica a demora de tais publicações.

Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, junho de 1862, Editora FEB.

Como se interpreta o ciúme no Plano Espiritual?O ciúme, propriamente considerado nas suas expressões de escândalo e de violência, é um indício

de atraso moral ou de estacionamento no egoísmo, dolorosa situação que o homem somente vencerá a golpes de muito esforço, na oração e na vigilância, de modo a enriquecer o seu íntimo com a luz do amor universal, começando pela piedade para com todos os que sofrem e erram, guardando também a disposição sadia para cooperar na elevação de cada um.

Só a compreensão da vida, colocando-nos na situação de quem errou ou de quem sofre, a fim de iluminarmos o raciocínio para a análise serena dos acontecimentos, poderá aniquilar o ciúme no coração, de modo a cerrar-se a porta ao perigo, pela qual toda alma pode atirar-se a terríveis tentações, com largos reflexos nos dias do futuro.Fonte: O Consolador/Psicografia de Francisco cândido Xavier / Questão 183 / Editora FEB.

ciúme

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 7

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

G rande benfeitor — exclamei, comovi-do, buscando olvidar os meus próprios sentimentos —, poderemos ouvi-lo, de

algum modo, acerca dos próprios sentimentos —, poderemos ouvi-lo, de algum modo, acerca do "carma"?

Sânzio retomou a posição que lhe era habitual, junto ao espelho cristalino, e obtemperou.

— Sim, o "carma", expressão vulgarizada entre os hindus, que em sânscrito quer dizer "ação", a rigor, designa "causa e efeito", de vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós ex-pressará a conta de cada um, englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam respeito. Por isso mesmo, há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo individualidades, mas também povos e raças, estados e instituições.

O Ministro fez uma pausa, como quem dava a perceber que o assunto era complexo, e continuou:

— Para melhor entender o “carma” ou "conta do destino criada por nós mes-mos", convém lembrar que o Governo da Vida possui igualmente o seu sistema de contabilidade, a se lhe expressar no mecanismo de justiça inalienável. Se no circulo das atividades terrenas qualquer organização precisa estabelecer um regi-me de contas para basear as tarefas que lhe falem à responsabilidade, a Casa de Deus, que é todo o Universo, não viveria igualmente sem ordem. A administração Divina, por isso mesmo, dispõe de sábios departamentos para relacionar, conservar, comandar e engrandecer a Vida Cósmi-ca, tudo pautando sob a magnanimidade do mais amplo amor e da mais criteriosa justiça. Nas sublimadas regiões celestes de cada orbe entregue à inteligência e à ra-zão, ao trabalho e ao progresso dos filhos de Deus, fulguram os gênios angélicos, encarregados do rendimento e da beleza, do aprimoramento e da ascensão da Obra Excelsa, com ministérios apropriados à concessão de empréstimos e moratórias créditos especiais e recursos extraordi-nários a todos os Espíritos encarnados

“A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões. (...). Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação (...). É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo ...”. André Luiz - (Nosso Lar, Mensagem de André Luiz, Editora FEB).

nOssa cOnta ante as leis dO destinO*( Diálogo entre André Luiz e o Instrutor Sânzio)

ou desencarnados, que os mereçam, em função dos serviços referentes ao Bem Eterno e, nas regiões atormentadas como esta, varridas por ciclones de dor rege-nerativa, temos os poderes competentes para promover a cobrança e a fiscalização, o reajustamento e a recuperação de quan-tos se fazem devedores complicados ante a Divina Justiça, poderes que têm a fun-ção de purificar os caminhos evolutivos e circunscrever as manifestações do mal. As religiões na Terra, por esse motivo, procederam acertadamente, localizando o Céu nas esferas superiores e situando o Inferno nas zonas inferiores, porquanto, nas primeiras, encontramos a crescente glorificação do Universo e, nas segundas, a purgação e a regeneração indispensáveis à vida, para que a vida se acrisole e se eleve ao fulgor dos cimos.

Ante o intervalo espontâneo e repa-rando que o Ministro se propunha a manter contacto conosco, através da conversação, aduzi, com interesse:

— Comove saber que sendo a Provi-dência Divina a Magnanimidade Perfeita, sem limites gerando tesouros de amor para distribuí-los com abundância, em favor de todas as criaturas, é também a Equidade Vigilante, na direção e na aplicação dos bens universais.

— Efetivamente, não poderia ser de outro modo — ajuntou Sânzio, bondoso. — Em assuntos da lei de causa e efeito, é imperio-so não olvidar que todos os valores da vida, desde as mais remotas constelações a mais mínima partícula subatômica, pertencem a Deus, cujos inabordáveis desígnios po-dem alterar e renovar, anular ou reconstruir tudo o que está feito. Assim, pois, somos simples usufrutuários da Natureza que consubstancia os tesouros do Senhor, com responsabilidade em todos os nos-sos atos, desde que já possuamos algum discernimento. O Espírito, seja onde for, encarnado ou desencarnado, na Terra ou noutros mundos, gasta, em verdade, o que lhe não pertence, recebendo por emprés-timos do Eterno Pai os recursos de que se vale para efetuar a própria sublimação no

conhecimento e na virtude. Patrimônios materiais e riquezas da inteligência, pro-cessos e veículos de manifestação, tempo e forma, afeições e rótulos honoríficos de qualquer procedência são de propriedade do Todo-Misericordioso, que no-los concede a titulo precário, a fim de que venhamos a uti-lizá-los no aprimoramento de nós mesmos, marchando nas largas linhas da experiência, de modo a entrarmos na posse definitiva dos valores eternos, sintetizados no Amor e na Sabedoria com que, em futuro remoto, Lhe retrataremos a Glória Soberana. Desde o elétron aos gigantes astronômicos da Tela Cósmica, tudo constitui reservas das energias de Deus, que usamos, em nosso proveito, por permissão dEle, de sorte a promovermos, com firmeza, nossa própria elevação a Sua Majestade Sublime. Dessa maneira, é fácil perceber que, após conquistarmos a coroa da razão, de tudo se nos pedirá contas no momento oportuno, mesmo porque não há progresso sem justiça na aferição de valores.

Lembrei-me instintivamente da nossa errada conceituação de vida na Terra, quando nos achamos sempre dispostos a senhorear indebitamente os recursos do estágio humano, em terras e casas, títulos e favores, prerrogativas e afetos, arrastando, por toda a parte, as algemas do mais gritante egoísmo...

Sânzio registrou-me os pensamentos, porque acentuou com paternal sorriso, após ligeira pausa:

— Realmente, no mundo o homem in-teligente deve estar farto de saber que todo conceito de propriedade exclusiva não passa de simples suposição. Por empréstimo, sim, todos os valores da existência lhe são adjudicados pela Providência Divina, por determinado tempo, de vez que a morte funciona como juiz inexo-rável, traria-ferindo os bens de certas mãos para outras e marcando com inequívoca exatidão o proveito que cada Espírito extrai das vanta-gens e concessões que lhe foram entregues pelos Agentes da Infinita Bondade.

continuA nA pág. 8

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 8

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Notas Espirituais - Obras de André Luiz

Clareando as ideias com Kardec

Aí, vemos os princípios de causa e efeito, em toda a força de sua manifestação, por-que, no uso ou no abuso das reservas da vida que representam a eterna propriedade de Deus, cada alma cria na própria consciência os créditos e os débitos que lhe atrairão inelutavelmente as alegrias e as dores, as facilidades e os obstáculos do caminho. Quan-to mais amplitude em nossos conhecimentos, mais responsabilidade em nossas ações. Através de nossos pensamentos, palavras e atos, que nos fluem, invariáveis, do coração, gastamos e transformamos constantemente as energias do Senhor, em nossa viagem evolutiva, nos setores da experiência, e, do quilate de nossas intenções e aplicações, nos sentimentos e práticas da marcha, a vida organiza, em nós mesmos, a nossa conta agradável ou desagradável ante as Leis do Destino.

(*) Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo: Conversação Preciosa.

Observação: Atualizando - em lugar de “raças” leia “etnias”.(3º §)

Fonte: Ação e Reação, Capítulo 7 / Espírito - André Luiz / Psicografia:Francisco Cândido Xavier / Editora FEB.

nOssa cOnta ante as leis dO destinO*(continuAção - pág. 7)

Posto de parte o direito que a lei humana consagra, qual a base da justiça, segundo a lei natural?

“Disse o Cristo: Queira cada um para os outros o que quereria para si mesmo. No coração do homem imprimiu Deus a regra da verdadeira justiça, fazendo que cada um deseje ver respeitados os seus direitos. Na incerteza de como deva proceder com o seu semelhante, em dada circunstância, trate o homem de saber como quereria que com ele procedessem, em circunstância idêntica. Guia mais seguro do que a própria consciência não lhe podia Deus haver dado.”

Efetivamente, o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolu-tamente não é a mesma coisa. Não sendo natural que haja quem deseje o mal para si, desde que cada um tome por modelo o seu desejo pessoal, é evidente que nunca ninguém desejará para o seu semelhante senão o bem. Em todos os tempos e sob o império de todas as crenças, sempre o homem se esforçou para que prevalecesse o seu direito pessoal. A sublimidade da religião cristã está em que ela tomou o direito pessoal por base do direito do próximo.

Da necessidade que o homem tem de viver em sociedade, nascem-lhe obrigações especiais?

“Certo e a primeira de todas é a de respeitar os direitos de seus semelhantes. Aquele que respeitar esses direitos procederá sempre com justiça. Em o vosso mundo, porque a maioria dos homens não pratica a lei de justiça, cada um usa de represálias. Essa a causa da pertur-bação e da confusão em que vivem as sociedades humanas. A vida social outorga direitos e impões deveres recíprocos.”

(*) Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo: Da Lei de Justiça, de Amor e de Caridade.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 876 e 877, Editora FEB.

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Jesus, (João, 8:32)

base da Justiça*

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 9

Cenas da Vida

F ilipe Simas renasceria com a missão de impulsionar a Verdade. Prometera aos Espíritos Superiores acolher-lhes

o ensinamento, dosá-la e distribuí-lo com a multidão.

Várias vezes, antes do berço, visitou, em companhia de grandes instrutores, o local em que receberia a tarefa.

E vira, de perto, a enorme cidade em que lhe soaria a palavra como trombeta do Céu.

Começaria o apostolado através do verbo fulgurante, e terminá-lo-ia com o lançamento de alguns livros em que os Mensageiros Divi-nos expressassem preciosa síntese da realidade maior.

À face dos abençoados compromissos, Si-mas nasceu e criou-se, iniciando o trabalho com geral admiração.

Muito jovem ainda, falava arrebatando quem o ouvisse. Benfeitores invisíveis ocu-pavam-lhe a garganta, transformada então em tuba sublime, e o conceito edificante lhe jorrava da boca.

Assemelhava-se, nesses instantes, a cascata de luz.

Legiões de pessoas escutavam-no, emociona-das. Senhoras reconhecidas beijavam-lhe as mãos e companheiros respeitáveis abraçavam-no, co-movidos.

Todavia, os Espíritos acomodados às sensações inferiores da existência física mostravam-se in-comodados. As preleções de Simas mudavam a vida mental da maioria de quantos encarnados eles se haviam habituado a vampirizar. E perdiam terreno.

Agindo por sindicato de exploradores, re-uniram-se em estudo.

Como remover o embaraço?A princípio, improvisaram dificuldades.

No entanto, as dificuldades como que lhe infundiam recursos novos. Simas orava e co-lhia forças. Invadiram-lhe, então, o reduto familiar.

Inexplicavelmente, os irmãos lhe atiravam ironias em rosto.

O missionário, contudo, cobrava energias na prece.

Era como se vivesse ligado à Esfera Supe-rior, à maneira de escafandrista do Mundo Espiritual, captando-lhe o sagrado oxigênio da inspiração.

Os perseguidores sutis inventaram processos novos... Tentações variadas, cargas fluídicas em forma de dor, deserção de amigos, incom-preensões, sarcasmos, prejuízos, mais amplas tricas domésticas...

Mas Filipe continuava falando. Palavra altis-sonante, reeducativa. E, como consequência,

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”. (Hilário Silva) - Fonte: Almas em Desfile, Introdução.

F e s t a ssurgiam atitudes de conversão, intercâmbio de livros nobres, renovações, vidas transfigu-radas e lares reconstruídos.

Reagruparam-se os adversários ferrenhos e, na assembleia, falou um deles mais ex-periente :

— O rapaz já cheirou dinheiro grande?E as respostas vieram:— Sim... Sim...— Já foi experimentado em prazeres diversos?— E mostrou-se indiferente...Lutas familiares?— Venceu as maiores.— Calúnias?— Aproveitou-as, fazendo-se herói...O técnico em assuntos da sombra pensou

algum tempo e lembrou:Festas! Já foi testado em homenagens pessoais?E o grupo todo:— É... É... Ainda não...— Experimentem — disse o astuto opositor —,

pouquíssimos se livram...Começou para Simas uma época nova.Os amigos, como se animados de furor

admirativo, passaram a requisitá-lo. Apoio e demonstrações de apreço por toda a par-te. Era o homem das festas inaugurativas. Nada se fazia sem ele, em matéria de atas sociais. Vistoria inicial de templos espíritas comediantes, almoços de confraternizarão, reuniões comemorativas, viagens de longo curso para atender a convites honrosos, ága-pes familiares, passeios no campo, preitos de ternura, recheados de flores...

E Simas falava, comovendo. Aplausos e lágrimas.

E explodiam novos convites... Jantareis ín-timos, conversações confidenciais, auditórios fiéis, amigos revezando-se em ofertas afáveis... Automóveis, aqui e ali, à disposição. Retratos a rodo, álbuns de viagens, recortes de jornais em que seu nome ganhara citação. Relatórios cor-diais pela noite adentro, visitas intermináveis... e, com isso, a gula festiva.

Onde Filipe estivesse, surgia a mesa. Lan-ches, sequilhos, viandas, licores... Muita gente do séquito sabia de antemão: Simas, chegando, comezainas à farta. Como complemento aos licores inofensivos, havia para o grupinho mais íntimo as “bombas” alcoólicas.

Com alguns poucos anos, arrancado ao cultivo da reflexão e ao hábito salutar da lei-tura nobre, Simas era dono de conversação rotineira.

Repetia casos, repisava conceitos sem refundi-los. De tanto aceitar homenagens enfeitadas por mãos quituteiras, acostu-mara-se ao prato grande.

Fizera-se gastrônomo exigente. E, decer-to, em razão da gordura excessiva, não mais aguentava servir os longos comentários edificantes. Nada além de cinco minutos. Cansava-se, dizia-se portador de várias mo-léstias, afirmava-se em provação.

Antigos bajuladores não tinham, agora, mais tempo de cortejá-la. E, muito antes dos dias previstos para os livros reveladores, Simas, ven-cido, tornara-se um trapo de gente, viciado em comprimidos para dor de cabeça.

Quando o vi, pela última vez, era um ho-mem afônico, neurastênico. Rixava com a esposa.

Clamava contra a gripe, contra a chuva, contra a umidade e contra o vento. E, não longe, dois antigos adversários de sua mis-são, já fracassada, diziam, irônicos, entre si:

— Que fazer para levantar Simas de novo?— Façamos festas! Uma festa é o remédio

ideal.E riam-se às escâncaras.irmão x

Fonte: Contos Desta e Doutra Vida, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 17, Editora FEB.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 10

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Na Seara Mediúnica

Dia : 12 / 07 / 2015 - 16 horas

Culto no Lar de Leda Souza e Souza

Atividades Doutrinárias

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

O M é d i u m c o m o I n t e r p r e t e

O s Espíritos Superiores definiram sem rodeios: “É o Espírito do médium que é o intérprete”! Isto

significa dizer que, em todo comunicado, notadamente nos de natureza intelectual, a participação do medianeiro é inevitável. Em nenhum comunicado do Mais Além, o médium é mera figura decorativa. A sua in-fluência intelecto moral é decisiva.

Assim sendo, que o médium não superva-lorize a questão do animismo e tampouco se deixe afetar pela opinião dos que teorizam em demasia a respeito.

Cabe ao médium filtrar o comunicado, ou seja: adequar o pensamento do Espírito às palavras que o traduzam sem distorções comprometedoras.

O médium não é um objeto inanimado. Sendo assim, é natural que haja interferên-cias de sua parte na recepção da mensagem transmitida — interferências, inclusive, que hão de depender de seu estado de espírito quando do momento do transe.

Comparemos o pensamento do Espírito comunicante a uma substância líquida —água, por exemplo —, que se amolda ao vasilhame sobre o qual se derrama.

Não importa se a água é servida ao sedento numa caneca de alumínio ou num copo de vidro - ela não pode é deixar de ser água, per-dendo as suas propriedades.

Se, por exemplo, a água se transformar em vinagre, deixará de cumprir com a função de dessedentar.

O médium é o recipiente sobre o qual o pen-samento do Espírito se amoldará, copiando-lhe as mais discretas reentrâncias.

Podemos dizer que, apenas em condições de excepcionalidade, o pensamento do Espírito chega aos ouvidos humanos sem esta ou aquela distorção. Por esse motivo, Jesus Cristo dispen-sou medianeiros para a sua Palavra, preferindo vir Ele mesmo para pronunciá-las e vivenciá-las! Aliás, para o Pensamento de Jesus, não haveria, como não há, médium humano à altura.

Consideremos, ainda, que há interferências negativas e positivas. Médiuns que auxiliam e

“O Espírito que se comunica por um médium transmite diretamente seu pensamento, ou então, este pensamento tem por intermediário o Espírito encarnado do médium? — É o Espírito do médium que é o intérprete, porque ele está ligado ao corpo que serve para falar e porque é preciso uma ligação entre vocês e os Espíritos estranhos que se comunicam, como é preciso um fio elétrico para transmitir uma notícia ao longe e na ponta do fio uma pessoa inteligente que a receba e transmita”.(O Livro dos Médiuns, Capítulo XIX, Item 223, 6ª Pergunta)

médiuns que prejudicam. Médiuns que suprem deficiências e médiuns que deturpam.

Como, pois, não interferir é quase impos-sível, o melhor instrumento mediúnico é aquele que interfere positivamente. É o que se torna coadjuvante do Espírito, concor-rendo, de maneira ativa, para o bom êxito do intercâmbio.

Por mais profundo seja o transe, a participa-ção do médium, como instrumento inteligente, nunca é absolutamente nula.

Concluímos, então, sem dificuldade, que o médium necessita estudar, oferecendo ao Espírito a maleabilidade intelectual que lhe seja possível.

Convém esclarecer que os Espíritos comuni-cantes, por vezes, principalmente quando mais elevados, dão preferência a um médium com certa deficiência intelectual, mas que, moral-mente, corresponda às expectativas. É que o prejuízo intelectual, neste ou naquele comuni-cado, é mais fácil de reparar do que o prejuízo de ordem moral.

O prejuízo intelectual pode ser reparado com palavras, recorrendo ao dicionário ou até mesmo aos préstimos de um bom revisor, ao passo que o prejuízo moral pode comprometer toda a essência do comunicado.

Mais que o seu grau de cultura geral e conhe-cimento teórico da Doutrina, os Espíritos sérios procuram auscultar a intenção do médium.

OdilOn Fernandes

Fonte: Transe Mediúnico, psicografia de Carlos Baccelli, Livraria Espírita Edições “Pedro e Paulo”, Editora Vitória Ltda.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 11

Sugestão de LeituraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

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As mArcAs do cristo — volumes i e iiAutor: Hermínio c. mirAndA

editorA Feb

Kardec Sempre

Kardec - Primeiro e Sempre

É inegável que, em pouco mais de um século, a Doutrina Espírita progrediu consideravelmente, des-

dobrando-se em extensão e intensidade.Médiuns famosos contribuíram para

o seu engrandecimento.Novos adeptos, entre os homens mais

cultos e esclarecidos, celebraram-na por todos os meios e modos imagináveis.

Cientistas aderiram-lhe aos princípios re-novadores, catalogando-lhes os fenômenos e comprovando sua autenticidade.

Jornalistas entusiastas e idealistas, ar-dorosos e vibrantes, divulgaram-lhe ao máximo as verdades e os conhecimen-tos, provando-os à luz dos fatos.

Escritores, de todos os gêneros e estilos li-terários, poetas e trovadores, decantaram-lhe as belezas dos ensinamentos.

Tribunos e romancistas, artistas e pro-fissionais, puseram seus dons e aptidões a serviço de sua causa, levando-a aos lares, disseminando-lhe a essência dinamizadora por toda a parte.

Surgiram Instituições de benemerência que lhe engrandeceram o nome.

Despontaram órgãos de publicidade que lhe consolidaram a posição na opinião pública.

Apareceram programas radiofônicos que deram amplitude e cobertura de penetração ao seu raio de ação, nos do-mínios das atividades humanas e nos recessos das camadas sociais.

Editoras e editores enxamearam o mer-cado livreiro, com novos lançamentos, com novidades, com publicações e mais publicações, intensificando a correnteza da indômita caudal formadas pelas le-tras e fontes humanas e mediúnicas.

O Espiritismo cresceu, evoluiu, agigantou-se, tomou proporções respeitáveis, extraordinaria-mente grandiosas sem nos ser possível prever até que ponto irá ele nas arrancadas insopitá-veis de sua marcha ascensional, no tempo e no espaço.

Depois de Kardec, quantos autores! Quantos livros!

Depois da Codificação, quantas coletâneas! Quantas coleções!

Glória a Deus nas Alturas! Hosanas ao Filho do Altíssimo!

Tudo isto é muito belo, e motivo suficiente para alegrar-nos bastante!

Com razão somos considerados detento-res de fabulosa fortuna, multimilionários, espiritualmente falando, tais às joias de inestimável valor lítero-doutrinário, tan-tas as preciosidades filosóficas-científicas, tamanhas as contribuições valiosíssimas de Homens e Espíritos nos domínios da intelectualidade, para o interminável en-riquecimento de nossa mente e de nosso coração!

Nada de melhor poderíamos desejar!Assim, muito justo e natural nos parece

que, em matéria de livros e autores, tenha-mos predileções e demonstremos claramente nossas preferências.

Seriam descabidos, por infundados, quais-quer escrúpulos nossos neste particular.

Ler a Doutrina será sempre bom, e estudá-la ainda melhor! Compulsar li-vros, consultar os autores que dela se ocupam, em qualquer de suas facetas, representará um honroso e indispen-sável mister para a cultura crescente e incessante de nossas almas.

Compreensível, muito compreensível

mesmo, semelhante critério preferencial de cultivo.

Mas, por Deus, leitores e estudiosos de todos os matizes, estudantes e pro-fitentes em todos os graus e degraus da escala doutrinária, por tudo que é mais sagrado, não iniciem os seus estudos do Espiritismo por qualquer outro autor, que não Allan Kardec! Suas obras hão de ser sempre as fontes mais cristalinas e credenciadas de orientações e esclare-cimentos, de conforto e estímulo, de Conhecimento e Educação.

Codificação Kardequiana na infância, Codificação Kardequiana na juventude, Codificação Kardequiana na madureza!

Codificação Kardequiana na aurora da vida, Codificação Kardequiana em pleno sol a pino da vida, Codificação Kardequiana no crepúsculo da vida!

Codificação Kardequiana ontem, hoje e amanhã! Codificação Kardequiana agora e depois! Codificação Kardequiana — primeiro e sempre!

pAssos lírio

Fonte:Reformador, Maio / 1998.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 12

Estudando a Gênese

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas”. (A Gênese, Introdução).

Do ponto de vista corpóreo e puramen-te anatômico, o homem pertence à classe dos mamíferos, dos quais unicamente difere por alguns matizes na forma exterior. Quanto ao mais, a mesma composição de todos os ani-mais, os mesmos órgãos, as mesmas funções e os mesmos modos de nutrição, de respiração, de secreção, de reprodução. Ele nasce, vive e morre nas mesmas condições e, quando mor-re, seu corpo se decompõe, como tudo o que vive. Não há, em seu sangue, na sua carne, cm seus ossos, um átomo diferente dos que se encontram no corpo dos animais. Como es-tes, ao morrer, restitui à terra o oxigênio, o hi-drogênio, o azoto e o carbono que se haviam combinado para formá-lo; e esses elementos, por meio de novas combinações, vão formar outros corpos minerais, vegetais e animais. É tão grande a analogia que se estudam as suas funções orgânicas em certos animais, quan-do as experiências não podem ser feitas nele próprio.

Na classe dos mamíferos, o homem per-tence à ordem dos bímanos. Logo abaixo dele vêm os quadrúmanos (animais de quatro mãos) ou macacos, alguns dos quais, como o orangotango, o chimpanzé, o jocó, têm certos ademanes do homem, a tal ponto que, por muito tempo, foram denominados: homens das florestas. Como o homem, esses macacos caminham eretos, usam cajados, constroem choças e levam à boca, com a mão, os alimen-tos: sinais característicos.

Por pouco que se observe a escala dos se-res vivos, do ponto de vista do organismo, é-se forçado a reconhecer que, desde o líquen até a árvore e desde o zoófito até o homem, há

O Homem Corpór eo uma cadeia que se eleva gradativamen-te, sem solução de continuidade e cujos anéis todos têm um ponto de contacto com o anel precedente. Acompanhando--se passo a passo a série dos seres, dir-se-ia que cada espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediata-mente inferior. Visto que são idênticas às dos outros corpos as condições do corpo do homem, química e constitucional-mente; visto que ele nasce, vive e morre da mesma maneira, também nas mesmas condições que os outros se há de ele ter formado.

Ainda que isso lhe fira o orgulho, tem o homem que se resignar a não ver no seu corpo material mais do que o úl-timo anel da animalidade na Terra. Aí está o inexorável argumento dos fatos, contra o qual seria inútil protestar. To-davia, quanto mais o corpo diminui de valor aos seus olhos, tanto mais cresce de importância o princípio espiritual. Se o primeiro. o nivela ao bruto, o segundo o eleva a incomensurável altura. Vemos o limite extremo tio animal: não vemos o limite a que chegará o espírito do homem.

O materialismo pode por aí ver que o Espiritismo, longe de temer as desco-bertas da Ciência e o seu positivismo, lhe vai ao encontro e os provoca, por possuir a certeza de que o princípio es-piritual, que tem existência própria, em nada pode com elas sofrer. O Espiritis-mo marcha ao lado do materialismo, no campo da matéria; admite tudo o que o segundo admite; mas, avança para além

do ponto onde este último pára. O Espi-ritismo e o materialismo são como dois viajantes que caminham juntos, partindo de um mesmo ponto; chegados a certa distância, diz um: "Não posso ir mais longe." O outro prossegue e descobre um novo mundo. Por que, então, há de o primeiro dizer que o segundo é louco, somente porque, entrevendo novos ho-rizontes, se decide a transpor os limites onde ao outro convém deter-se? Também Cristóvão Colombo não foi tachado de louco, porque acreditava na existência de um mundo, para lá do oceano? Quantos a História não conta desses loucos subli-mes, que hão feito que a Humanidade avançasse e aos quais se tecem coroas, depois de se lhes haver atirado lama? Pois bem! o Espiritismo, a loucura do século dezenove, segundo os que se obstinam em permanecer na margem terrena, nos patenteia todo um mundo, mundo bem mais importante para o homem, do que a América, porquanto nem todos os ho-mens vão à América, ao passo que todos, sem exceção de nenhum, vão ao dos Espí-ritos, fazendo incessantes travessias de um para o outro. Galgado o ponto em que nos achamos com relação à Gênese, o materia-lismo se detém, enquanto o Espiritismo prossegue em suas pesquisas no domínio da Gênese espiritual.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, capítulo X, itens 26 a 30, Editora FEB.

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

"É sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de ordem superior para isto, contudo, em face de semelhante concessão do Altíssimo, é razoável que o interessado na bênção reconsidere as questões que lhe dizem respeito, compreendendo que raiou para o seu espírito um novo dia no caminho redentor". (Lição 43)

"O trabalho digno é a oportunidade santa. Dentro do serviço, a atitude assumida pelo homem honrar-lhe-á ou desonrar-lhe-á a personalidade eterna, perante Jesus - Cristo" . (Lição 57)Fonte: Pão Nosso.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 13

Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Vida - Dádiva de Deus

M e n t e - P o n t o d e E n e r g i a

I nicialmente peço desculpas por estar em uma assembleia que, na verdade, é bem maior do que minhas forças

e com um conteúdo intelectual e moral muito maior do que aquilo que eu mes-mo sei. Sou Roberto, amigo desta Casa, desencarnado há muitos anos; marido de uma trabalhadora da Instituição, que até hoje milita no ambiente de trabalho. E por que venho falar? Atendendo a um pedido dela mesma.

E qual o objetivo da palavra de alguém que sabe tão pouco de espiritualidade e de vida superior? Justamente fiz esta pergun-ta ao condutor espiritual da Instituição e ele disse-me assim:

— Vá, Roberto. Vá. Fale das dores que te acicatam o espírito durante tantos anos e como te recuperastes somente aqui no mundo dos Espíritos. Fale daquilo que você foi e é atualmente.

Embora sabendo que pouco valho, direi do que sou: um homem simples, comum, que na Terra deixou-se envolver por um tremendo sentimento de menos valia, ficando em estado emocional des-trambelhado e permanecendo assim, até que um dia a morte abriu-me os braços, acolhendo-me docemente e, embora sau-dades antecipadas dos meus, deixei-me ir, como quem pensa que se findou toda uma etapa de vida.

Ai de mim, porém!A mente de um ser, por mais simples que

seja, é fonte poderosa de energia, capaz mesmo de tornar o homem mais simples em uma força de grande potência. Assim fui eu.

Minha mente desarrumada conti-nuava desarrumada depois da morte. E aqueles braços doces que eu pensava encontrar do esquecimento pela morte em si, se constituíram, ao contrário, em

“A vida é um hino de louvor ao Pai Criador, que faculta aos Seus filhos os dons da imortalidade e da relativa perfeição que lhes cabe alcançar a esforço pessoal”. Joanna de Ângelis — Fonte: Entrega-te a Deus, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Lição 11.

força mais ativa, mais forte, dizendo-me a mim mesmo:

— És um doente!Após muito tempo de muitas e muitas

meditações, de um esforço muito grande, de um aprendizado grande ainda, pude entender que o homem só é depressivo porque mergulha somente nas correntes da obscuridade mental das dores, da tris-teza, da angústia.

E foi somente no dia em que olhei para os céus e disse:

— Meu Deus, deixai-me sair deste estado!

Somente neste dia meu coração ficou me-nos opresso e eu, então, pude me libertar da crisálida poderosa que era a mentalização da angústia e do sofrimento.

Aos poucos — e digo isso não sem uma dose de dor e de tristeza —, recupero-me, apesar de ter mais de quinze anos de morto. Aos poucos me elevo. Construo um novo mundo em torno de mim; e este mundo tem um nome novo, chama-se novo para mim, chama-se: felicidade.

Encontrei a felicidade na alegria de ver as coisas, de superar saudades, de traba-lhar fazendo alguma coisa em benefício do próximo, de minha transformação, enfim.

Falando a todos vocês, falando à querida companheira, à filha, a todo mundo, só digo assim:

— Nunca fiquem depressivos!Dirão muitos que ninguém fica de-

pressivo porque o quer. E eu direi, com a experiência da minha vida sofrida, que ninguém fica depressivo porque o quer, mas estagiamos porque não sabe-mos sair desse estágio de dor.

O treinamento ideal para os doentes da alma é o de aprender a libertar-se do sentimento de menos valia, às vezes até da

autopiedade. A melhor coisa que o ho-mem tem na vida é cultivar o amor ao próximo, a alegria de viver e o descobrir Deus.

É verdade que posso dizer que estou recuperado e muitos dirão:

— Ora! Então, Roberto está bom?Claro que estou bom! Mas, e o tempo

perdido? Não conta?Por isso que nós aprendemos aqui que

a mensagem para todos os que sofrem de depressão é olhar para frente. É olhar para o alto. É vislumbrar Deus. É o que desejo a todos vocês.

Perdoem-me as minhas palavras toscas, mas é o que sei e como sei falar.

Que nosso Senhor Jesus Cristo nos ajude, nos abençoe sempre. E que minhas palavras possam ter servido a alguém, a ti que estás tris-te; a você que se sente depressivo; a você outro que não é capaz de sorrir. Lembremo-nos:

Viver é amar, mas amar é ser feliz também.Que Deus ajude todos nós.roberto, o irmão que vos fala sempre.

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 16/01/1999, CELD.Fonte: Apostila de estudos para o Encontro Espírita sobre Medicina Espiritual, seção Doutrinária, ano 2001- CELD.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 14

Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

Instruções de Além Túmulo

V árias maneiras há de fazer-se a carida-de, que muitos dentre vós confundem com a esmola. Diferença grande vai,

no entanto, de uma para outra. A esmola, meus amigos, é algumas vezes útil, porque dá alívio aos pobres; mas é quase sempre humi-lhante, tanto para o que a dá, como para o que a recebe. A caridade, ao contrário, liga o benfeitor ao beneficiado e se disfarça de tan-tos modos! Pode-se ser caridoso, mesmo com os parentes e com os amigos, sendo uns in-dulgentes para com os outros, perdoando-se mutuamente as fraquezas, cuidando não ferir o amor-próprio de ninguém. Vós, espíritas, podeis sê-lo na vossa maneira de proceder para com os que não pensam como vós, in-duzindo os menos esclarecidos a crer, mas sem os chocar, sem investir contra as suas convicções e, sim, atraindo-os amavelmente às nossas reuniões, onde poderão ouvir-nos e onde saberemos descobrir nos seus corações a brecha para neles penetrarmos. Eis aí um dos aspectos da caridade.

Escutai agora o que é a caridade para com os pobres, os deserdados deste

“O Espiritismo, hoje, projeta luz sobre uma imensidade de pontos obscuros; não a lança, porém, inconsideradamente. Com admi-rável prudência se conduzem os Espíritos, ao darem suas instruções”. (E.S.E., capítulo XXIV, item 7)

C a r i d a d e mundo, mas recompensados de Deus, se aceitam sem queixumes as suas misérias, o que de vós depende.

Far-me-ei compreender por um exemplo. Vejo, várias vezes, cada semana, uma reunião de senhoras, havendo-as de todas as idades. Para nós, como sabeis, são todas irmãs. Que fazem? Trabalham depressa, muito depressa; têm ágeis os dedos. Vede como trazem alegres os semblantes e como lhes batem em unísso-no os corações. Mas, com que fim trabalham? É que veem aproximar-se o inverno que será rude para os lares pobres. As formigas não puderam juntar durante o estio as provisões necessárias e a maior parte de suas utilidades está empenhada. As pobres mães se inquie-tam e choram, pensando nos filhinhos que, durante a estação invernosa, sentirão frio e fome! Tende paciência, infortunadas mulhe-res. Deus inspirou a outras mais aquinhoadas do que vós; elas se reuniram e estão confec-cionando roupinhas; depois, um destes dias, quando a Terra se achar coberta de neve e vós vos lamentardes, dizendo: “Deus não é justo’’, que é o que vos sai dos lábios sempre

que sofreis, vereis surgir a filha de uma dessas boas trabalhadoras que se constituíram obrei-ras dos pobres, pois que é para vós que elas trabalham assim, e os vossos lamentos se mu-darão em bênçãos, dado que no coração dos infelizes o amor acompanha de bem perto o ódio. Como essas trabalhadoras precisam de encorajamento, vejo chegarem-lhes de todos os lados as comunicações dos bons espíritos. Os homens que fazem parte dessa sociedade lhes trazem também seu concurso, fazendo--lhes uma dessas leituras que agradam tanto. E nós, para recompensarmos o zelo de todos e de cada um em particular, prometemos às laboriosas obreiras boa clientela, que lhes pa-gará à vista, em bênçãos, única moeda que tem curso no Céu, garantindo-lhes, além dis-so, sem receio de errar, que essa moeda não lhes faltará.

cáritA. (Lião, 1861.)Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan

Kardec, capítulo XIII, item 14, Editora CELD.

U m dia, Sócrates deliberou sair de si mesmo, apresentando alguns aspectos da verdade, e imortalizou-se.

Um dia, Colombo resolveu empreender a viagem ao Mundo novo e desvelou o caminho para a América.

A gloriosa missão de Jesus começou para os homens no dia da Manjedoura.

O ministério dos Apóstolos foi definiti-vamente homologado pelos Poderes Divinos no dia de Pentecostes.

Tudo no Universo começa num dia. O bem e o mal, a felicidade e o infortúnio,

a alegria e a dor, invocados por nossa alma, guardam o exato momento de início.

Quando plantamos, sabemos que a produção surgirá certo dia. Se encetamos uma jornada, não ignoramos que, em certo momento, ela terminará.

Um dia criamos, um dia recolheremos. Não olvides, porém, que a semente não

germinará sem cuidado, em tua quinta.

Um Dia Se deres teu dia à erva ingrata, ela se alastra-

rá, sufocando-te o horto amigo. Se abandonares teus minutos aos vermes daninhos, multipli-car-se-ão eles, indefinidamente, impedindo a colheita. Ocupa-te com o dia, de olhos voltados para a eternidade.

Das resoluções de uma hora podem so-brevir acontecimentos para mil anos.

Tudo depende de tua atitude na intimidade do tempo.

Judas era um discípulo fiel a Jesus, mas, um dia, acreditou mais no poder frágil da Terra que na administração do céu, e traiu a si mesmo.

Madalena era estranha mulher, possessa de sete demônios; um dia, no entanto, ofe-receu-se à virtude e inscreveu seu nome na História, figurando no cânone das almas inesquecíveis.

O amanhã será o que hoje projetamos.Alcançarás o que procuras. Serás o que desejas.

Acorda para a realidade do momento e amontoa bênçãos pelos serviços que pres-taste e pelo conhecimento que difundiste em tuas horas.

O tempo é o rio da vida cujas águas nos devolvem o que lhe atiramos.

Enquanto dispões das horas de trabalho, dedica-te às boas obras.

Se acreditas no bem e a ele atendes, cedo atingirás a messe da felicidade perfeita; mas se agora mofas do dia, entre a indiferença e o sarcasmo, guarda a certeza de que, a seu turno, o dia se rirá de ti.

isAbel de cAstro

Fonte: Falando à Terra, Psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 15

Artigo

N os instantes de vida interior, permitidos pelas lutas que se renovam dia a dia, volve

o homem o olhar para o futuro, cheio de espe-rança, na certeza de que a Terra conhecerá dias melhores, quando vier a se inundar das sublimes vibrações da Fraternidade Legítima.

O homem crê nesse futuro.Nessa era de compreensão e paz entre as

criaturas.Por isso, luta e sofre, confia e espera...Luta e sofre, confia e espera o advento de uma

fase áurea, rica de espiritualidade, com inteira ausência dos sentimentos inferiores que emoldu-ram, indiscutivelmente, a fisionomia do mundo atual.

Ausência do ódio - que provoca a guerra.Ausência do orgulho - que favorece a pre-

potência.Ausência do ciúme - que acende o fogo do

desespero.Ausência da inveja - que estimula a discórdiaAusência da ambição - que abre caminho

à loucura.Esse mundo melhor não pertencerá, exclusiva-

mente, aos nossos filhos e netos, como asseguram os que creem, apenas, na unicidade das existências.

Pertencerá a nós mesmos, às nossas indivi-dualidades espirituais, empenhadas, hoje, na construção desse mundo feliz.

Desse mundo onde o mal não terá acesso, onde não haverá lugar para a sombra, porque o bem e a luz lhe serão magnífica constante.

Pela reencarnação estaremos amanhã, de novo, no cenário terrestre, aqui ou em qualquer parte, utilizando outros corpos, prosseguindo, destar-te, experiências evolutivas iniciadas em remotos milênios.

Amanhã, na ceifa, colheremos o fruto do nosso plantio de hoje.

Assim como participáramos, ontem, de reden-toras lutas, que se ocultaram, momentaneamente esquecidas, na poeira dos milênios, na atualidade estamos, igualmente, contribuindo para a edifi-cação do porvir.

As conquistas de ordem material prosseguem, deslumbrantes, em ritmo acelerado.

Temos a certeza de que, pelo esforço da Ciência e pela sublimidade da Arte, desfrutaremos, mais tarde, o bem-estar e o conforto, com absoluta ex-clusão do egoísmo.

No entanto, na atualidade, uma série de in-dagações invade o nosso Espírito.

De que valem imponentes cidades e pontes maravilhosas, interligando continentes; naves

N a P r e g a ç ã o "Onde anunciavam o Evangelho"

assombrosas, cruzando o espaço, em todas as direções, e soberbos empreendimentos de Medicina, se, apesar de todo esse arrojo e toda essa audácia do pensamento huma-no, continuamos, em maioria, deficientes de espiritualidade?

Permanecemos, em verdade, mendigos de amor.

Indigentes de bondade.Maltrapilhos de compreensão.Estátuas vivas do egoísmo.Com Nosso Senhor Jesus Cristo teve

início, na Terra, a preparação espiritual da Humanidade para os jubilosos dias do futuro.

Depois dEle, como legatários de valioso patrimônio, espalharam-se os discípulos por toda a parte, visitando cidades e aldeias.

Plenos de alegria, “anunciavam o Evangelho”...

Eram eles, já àquele tempo, os precurso-res, os pioneiros da civilização do terceiro milênio, eis que o Evangelho é, insofisma-velmente, a base, o alicerce, o fundamen-to, a pedra angular dessa “Civilização-Luz” dessa “Civilização-Amor” que o mundo conhecerá.

Não bastou, todavia, pregassem a Boa Nova da imortalidade durante o Cristia-nismo nascente.

Nem que derramassem o sangue generoso nos circos romanos, os corpos dilacerados por leões africanos, em holocausto ao sublime ideal do Cristianismo.

Ideal sublime, contagiante, irresistível, envolvente...

Com o tempo, cessaram os martírios físicos, as sevícias, o ultraje.

Os circos converteram-se em pó, os tiranos foram esquecidos.

O serviço de expansão evangélica prosse-gue, contudo.

E prosseguirá, séculos afora, edificando as bases do mundo diferente, os alicerces do mundo melhor que desejamos, pelo qual lutamos, no qual cremos, mas que não está muito próximo, como alguns supõem.

Sem o conhecimento, e, principalmente, sem a assimilação evangélica, tão cedo não conhecerá o mundo dias melhores.

A engenharia continuará levantando os mais belos monumentos.

Multiplicar-se-ão as maravilhas do mundo.

Sublimar-se-ão as manifestações do pen-samento e da cultura acadêmica.

Mas, se o espírito do Cristianismo não for, realmente, sentido e aplicado, o mundo de amanhã - o decantado mundo do terceiro milênio - assemelhar-se-á a imensa necrópole, com soberbos e glaciais sarcófagos.

Insensíveis, sem calor, sem vida...Sepultura triste - guardando as cinzas da

presunção e da vaidade.Urge, pois, seja o Evangelho intensamente

anunciado, a fim de que o seu divino perfume aromatize as florestas, os campos, os mares pro-fundos, os céus longínquos.

Não preconizamos, obviamente, o simples anúncio, oral ou escrito.

O anúncio da tribuna, do jornal, do livro, apenas.

Referimo-nos, sobretudo, ao anúncio vi-vido, exemplificado, capaz de contagiar, de converter, de transformar quantos lhe sintam a influência dinâmica, renovadora.

Na passagem em estudo, ultrajados e incom-preendidos, os pegureiros do Cristianismo fugiam para outras cidades, “onde anunciavam o Evange-lho” com o mesmo denodo, o mesmo entusiasmo, o mesmo idealismo, a mesma perseverança.

Invencíveis, deixavam em suas pegadas luminosos rastilhos.

A civilização do terceiro milênio ficará retardada se cruzarmos os braços, se não espiritualizarmos as aquisições humanas.

Será um agradável sonho, se não aliarmos a todas as conquistas da Ciência o mais belo aspecto da vida, que é o espiritual.

O mais notável monumento pode converter-se, num instante, em escombro e cinza.

Mas o coração que, pela força do Evange-lho, se ergue para o Amor — é luz dentro da Eternidade, que nunca mais se apagará...

mArtins perAlvA

Fonte: Estudando o Evangelho, lição1, Editora FEB.

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 16

A Família na Visão Espírita

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

Curso :

A Família na Visão EspíritaDia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.

estudo Aberto A todos os interessAdos.

Julho / 2015 :

Dia 07 - Educação no lar: quem é e como são nossos filhos? Preguiça, comodismo, agressividade, tendências, hábitos bons e maus.Dia 14 - Educação no lar: colaboração no lar, a economia doméstica, mesada, crise financeira.Dia 21 - Educação no lar: os conflitos familiares entre pais e filhos, a falta de respeito entre si, vio-lência, palavras de baixo calão.Dia 28- Educação no lar: a vida amorosa de nossos filhos, a paixão sob novo prisma, canali-zação das energias criadoras para um resultado positivo, decepções e angústias, os filhos e seus conflitos interiores.

Alimentos não perecíveis para confecção de :

Quentinhas (irmãos em situação de rua)Cestas Básicas (famílias carentes)

inFormAções : secretAriA AdministrAtivA

Suasempre será

Doação

Bem-VinDa

F requentemente, o Espírito re-nasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo

relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas os a quem odiara, quiçá o ódio lhe despertaria outra vez no íntimo. De todo modo, ele senti-ria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido. Do item 11, no Cap. V, de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” Na comunhão de dois seres para a organização da família, prevale-ce o compromisso de assistência não só de um para com o outro, mas também para com os filhos que procedem do laço afetivo. Não possuímos ainda na Terra institutos destinados à prepara-ção da paternidade e da maternidade responsáveis. A evolução e o aprimora-mento das ciências psicológicas de hoje, porém, garantir-nos-ão no futuro seme-lhante evento. Identifiquemos no lar a escola viva da alma. O Espírito, quando retorna ao Plano Físico, vê nos pais as primeiras imagens de Deus e da Vida. Na tépida estrutura do ninho domés-tico, germinam-lhe no ser os primeiros pensamentos e as primeiras esperanças. Não lhe será, contudo, tão fácil seguir adiante com os ideais da meninice, de vez que, habitualmente, a equipe fa-miliar se aglutina segundo os desastres sentimentais das existências passadas,

Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?“Uma recrudescência do egoísmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Questão 775).

Ambiente Doméstico debitando-se-lhe aos componentes os distúrbios da afeição possessiva, a se traduzirem por ternura descontrolada e ódio manifesto ou simpatia e aversão simultâneas. Pais imaturos, do ponto de vista espiritual, comumente se in-fantilizam, no tempo exato do trabalho mais grave que lhes compete, no setor educativo, e, ao invés de guiarem os pequeninos com segurança para o êxito em seu novo desenvolvimento no está-gio da reencarnação, embaraçam-lhes os problemas, ora tratando as crianças como se fossem adultos ou tratando os filhos adultos como se fossem crianças. Estabelecido o desequilíbrio, irrompem os conflitos de ciúme e rebeldia, narcisis-mo e crueldade, que asfixiam as plantas da compreensão e da alegria na gleba caseira, transformando-a em espinheiral magnéti-co de vibrações contraditórias, no qual os enigmas emocionais, trazidos do pretérito, adquirem feição quase insolúvel. Decorre daí a importância dos conhecimentos alu-sivos à reencarnação, nas bases da família, com pleno exercício da lei do amor nos recessos do lar, para que o lar não se con-verta, de bendita escola que é, em pouso neurótico, albergando moléstias mentais dificilmente reversíveis.

emmAnuel

Fonte: Vida e Sexo, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 4, Editora FEB.

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

"O problema não é o de nos informarmos se alguém está falando em nome do Senhor; antes de tudo, importa saber se o portador possui algo do Cristo para dar." (Lição 83)

"As coisas mínimas constroem as grandiosas edificações. Retiremo-nos das regiões escuras da morte na prática do mal, para que nos tornemos dignos da vida eterna, que é dom gratuito de Deus." (Lição 122)

"O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço. O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo." (Lição 133)

Fonte: Vinha de Luz.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

Clareando / Ano XII / Edição 142 / Julho . 2015 - Pág . 17

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :e, pArA o resto dA vidA ...Autor: Wallace Leal V. RodriguesEditora O CLARIM

Jesus mandOu alguém ...

Suplemento Infantojuvenil

O culto do Evangelho no lar havia terminado às sete da noite, e João Pires, com a esposa, filhos e netos, em torno da mesa, esperava o café que a família sa-

boreava depois das orações.

Ana Maria, pequena de sete anos, reclamou:

— Vovô, não sei por que Jesus não vem. Sempre Vovô chama por ele nas preces: “Vem Jesus! Vem Jesus!” e Jesus nunca veio...

O avô riu-se, bondoso, e explicou:

— Filhinha, nós, os espíritas, não podemos pensar assim... O mestre vive presente conosco em suas lições. E cada pessoa do caminho, principalmente os mais necessitados, são repre-sentantes dele, junto de nós... Um doente é uma pessoa que o Senhor nos manda socorrer, um faminto é alguém que Ele nos recomenda servir...

D. Maria, a dona da casa, nesse momento repartia o café, e, antes que o vovô terminasse, batem à porta.

Ana Maria e Jorge Lucas, irmão mais crescido, correm para entender.

Daí a instantes, voltam, enquanto o menino grita:

— Ninguém não! É só um mendigo pedindo esmola.

— Que é isso? Exclama a senhora Pires, instintivamente a estas horas?

Ana Maria, porém, de olhos arregalados, aproxima-se do avô e informa, encantada:

— Vovô, é um homem! Ele está pedindo em nome de Jesus. É preciso abrir a porta. Acho que Jesus ouviu a nossa conversa e mandou alguém por ele...

A família comoveu-se.

O chefe da casa acompanhou a netinha e, depois de alguns instantes, voltaram, trazendo o desconhecido.

Era um velho, aparentando mais de oitenta anos de idade, de roupa em frangalhos e grande barba ao desalinho, apoiando-se em pobre cajado.

Ante a surpresa de todos, com ar de triunfo, a menina se-gurou-lhe a mão direita e perguntou:

— O Senhor conhece Jesus?

Trêmulo e acanhado, o ancião respondeu:

— Como não, minha filha? Ele morreu na cruz por nós todos!

E Ana Maria para o avô:

— Eu não falei, vovô?

O grupo entendeu o ensinamento e o recém-chegado foi conduzido a uma poltrona. Alimentou-se. Recebeu tudo quanto precisava e João Pires anotou-lhe o nome e endereço para visitá-lo no dia seguinte.

Antes da despedida, a pequena dormiu feliz, e, após abraçar o inesperado visitante, no “até amanhã”, o chefe da família, enxugando os olhos, falou, sensibilizado:

— Graças a Deus, tivemos hoje um culto mais completo. Hilário silvA

Fonte: Antologia da Criança, Espíritos Diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.