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Ano X - Edição 117 - Junho / 2013 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia - todo 1° domingo de cada mês. Hora - das 15:00 às 17:00 r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição - à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação. pág.1 2 Artigo: René Descartes e Allan Kardec pág.9 Ouvindo o Mestre Jesus: Parábola dos Dois Filhos pág.6 A Família na Visão Espírita: Matrimônio e Sexo pág.17 Evangelização Infantojuvenil pág.16 Artigo: Voltando no Tempo pág.1 1 Relendo a Revista Espírita: Cura Moral dos Encarnados Reflexão: O Espírita na Equipe pág.2 pág.3 Mensagem Mediúnica: Irmão Inácio pág.5 Artigo: Planejamento na Casa Espírita pág.7 Instruções de Além Túmulo: Loucura e Resgate Nesta Edição : Editorial EDUCANDÁRIO DE ALMAS Prezado leitor N esta edição o Clareando traz muitos subsídios para que nos conscientizemos do valor da Casa Espírita em nossa vida e da importância do nosso desempenho dentro dela. A Casa Espírita é um porto seguro para todos os que a procuram. É um farol a iluminar nosso caminho. Nela aprendemos, com os estudos doutrinários, a ciência da vida, aprendendo, também, a exercer a caridade moral e material. Enfim, é um educandário de almas . "Todos somos médiuns em um grau qualquer, pois a faculdade mediúnica é inerente ao homem" (1) . Na Casa Espírita aprendemos a exercer a mediunidade com Jesus. Temos, porém, que saber que a Casa Espírita depende do trabalho de equipe. Os Espíritos fazem a parte deles, mas temos que dar a nossa contribuição, através do nosso trabalho e da nossa postura mental equilibrada, proporcionando um ambiente adequado ao trabalho espiritual. "Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for". (2) Para finalizar, convidamos você e seus amigos para participarem conosco do ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDIUNIDADE que nossa Casa proporcionará neste mês. Paz em nosso coração. (1)Livro dos Médiuns, Capítulo XIV, Item 159. (2)Livro dos Médiuns, Capítulo XXIX, Item 33.

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncioclarencio.org.br/pdf/clareando/Jun_2013.pdf · Ano X - Edição 117 - Junho / 2013 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ

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Ano X - Edição 117 - Junho / 2013

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia - todo 1° domingo de cada mês.Hora - das 15:00 às 17:00

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição - à noite.Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação.

pág.12

Artigo: René Descartes eAllan Kardec

pág.9

Ouvindo o Mestre Jesus:Parábola dos Dois Filhospág.6

A Família na Visão Espírita:Matrimônio e Sexo

pág.17Evangelização Infantojuvenil

pág.16

Artigo:Voltando no Tempo

pág.1 1

Relendo a Revista Espírita:Cura Moral dos Encarnados

Reflexão:O Espírita na Equipepág.2

pág.3Mensagem Mediúnica:Irmão Inácio

pág.5Artigo: Planejamento na Casa Espírita

pág.7Instruções de Além Túmulo:Loucura e Resgate

Nesta Edição :

Editorial

Educandário dE almasPrezado leitor

N esta edição o Clareando traz muitos subsídios para que nos conscientizemos do valor da Casa Espírita em nossa vida e da importância do nosso desempenho dentro dela. A Casa Espírita é um porto seguro para todos os que a procuram.

É um farol a iluminar nosso caminho. Nela aprendemos, com os estudos doutrinários, a ciência da vida, aprendendo, também, a exercer a caridade moral e material. Enfim, é um educandário de almas.

"Todos somos médiuns em um grau qualquer, pois a faculdade mediúnica é inerente ao homem" (1). Na Casa Espírita aprendemos a exercer a mediunidade com Jesus. Temos, porém, que saber que a Casa Espírita depende do trabalho de equipe. Os Espíritos fazem a parte deles, mas temos que dar a nossa contribuição, através do nosso trabalho e da nossa postura mental equilibrada, proporcionando um ambiente adequado ao trabalho espiritual. "Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for".(2)

Para finalizar, convidamos você e seus amigos para participarem conosco do Encontro Espírita sobrE MEdiunidadE que nossa Casa proporcionará neste mês.

Paz em nosso coração.(1)Livro dos Médiuns, Capítulo XIV, Item 159.(2)Livro dos Médiuns, Capítulo XXIX, Item 33.

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Clareando / Ano X / Edição 117 / Junho . 2013 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Reflexão

PE c a d o P o r PE c a d o. ad u l t é r i o"Aprendestes o que foi dito aos antigos: 'Não cometereis adultério'.Eu, porém, vos digo que todo aquele que tiver olhado uma mulher, com um mau desejo por ela, em seu coração já cometeu adultério com ela." (Mateus,V: 27 e 28.)

A palavra adultério não deve ser aqui entendida no sentido exclusivo da sua acepção, mas sim de uma forma mais ampla. Jesus, muitas vezes, empregou esse termo para designar também o mal, o pecado, e todos os maus pensamentos, como, por exemplo, nesta passagem: "Porquanto, se alguém se envergonhar de mim ou de minhas palavras no meio dessa raça adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, acompanhado dos santos anjos." (Marcos, VIII: 38.) A verdadeira pureza não está só nos atos; ela também está no pensamento, porque aquele que possui o coração puro nem pensa no mal. Foi o que Jesus quis dizer; ele condena o pecado, mesmo em pensamento, porque é um sinal de impureza.

Esse ensinamento naturalmente dá margem a esta questão: Sofrem-se as consequências de um mau pensamento que não produziu nenhum efeito? É preciso que se faça aqui uma importante distinção. À medida que a alma, comprometida no mau caminho, avança na vida espiritual, ela se esclarece e vai se libertando, pouco a pouco, das suas im-perfeições, de acordo com o grau de boa vontade que empregue, em virtude do seu livre-arbítrio. Todo mau pensamento, portanto, é uma consequência da imperfeição da alma; porém, segundo o desejo que ela possui de se melhorar, até mesmo esse mau pensamento transforma-se em um mo-tivo de progresso para essa alma, porque ela o repele com energia. É o sinal de uma mancha que ela se esforça para fazer desaparecer. Não cederá à tentação de satisfazer a um mau desejo, se por acaso essa oportunidade se apresentar. Depois de haver resistido, ela se sentirá mais forte e feliz com a sua vitória. Aquela que, ao contrário, não tomou boas resoluções, ainda procura a ocasião de praticar um mau ato, e se não o praticar não é por efeito da sua vontade, mas por falta de ocasião. Ela é, pois, tão culpada como se o houvesse cometido. Em resumo, a pessoa que não concebe o mau pensamento já progrediu; aquela a quem vem esse pensamento, mas que o repele, está próxima de alcançar progresso e, finalmente, aquela que tem esse pen-samento, e nele se satisfaz, ainda está sob toda a força do mal. Em uma o trabalho está feito, na outra ele está por fazer. Deus, que é justo, leva em consideração todas essas diferenças ao responsabilizar o homem por seus atos e pensamentos.Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Capítulo VIII, Itens 5 a 7, Edições Léon Denis.

N umerosos companheiros estarão convencidos de que integrar uma equipe de ação espírita se resume

em presenciar os atos rotineiros da insti-tuição a que se vinculam e resgatar singelas obrigações de feição econômica. Mas não é assim. O espírita, no conjunto de realizações espíritas, é uma engrenagem inteligente com o dever de funcionar em sintonia com os ele-vados objetivos da máquina.

Um templo espírita não é simples cons-trução de natureza material. É um ponto do Planeta onde a fé raciocinada estuda as leis universais, mormente no que se reporta à consciência e à justiça, à edificação do des-tino e à imortalidade do ser.

Lar de esclarecimento e consolo, renova-ção e solidariedade, em cujo equilíbrio cada coração que lhe compõe a estrutura moral

o EsPírita na EquiPEse assemelha a peça viva de amor na susten-tação da obra em si.

Não bastará frequentar-lhe as reuniões. É preciso auscultar as necessidades dessas mesmas reuniões, oferecendo-lhes solução. Respeitar a orientação da casa, mas também contribuir, de maneira espontânea, com os dirigentes, na extinção de censuras e rixas, perturbações e dificuldades, tanto quanto possível no nascedouro, a fim de que não se convertam em motivos de escândalo.

Falar e ouvir construtivamente. Efetuar ta-refas consideradas pequeninas, como sejam sossegar uma criança, amparar um doente, remover um perigo ou fornecer uma explica-ção, sem que, para isso, haja necessidade de pedidos diretos.

Sobretudo, na organização espírita, o es-pírita é chamado a colaborar na harmonia

comum, silenciando melindres e apagando ressentimentos, estimulando o bem e es-quecendo omissões no terreno da exigência individual.

Todos nós, encarnados e desencarnados, comparecemos ao templo espírita no intui-to de receber o concurso dos Mensageiros do Senhor; no entanto, os Mensageiros do Senhor esperam igualmente por nosso concurso no amparo a outros, e a nossa cooperação com eles será sempre, acima de tudo, trabalhar e servir, auxiliar e compreender.EMManuEl

Fonte: Estude e Viva, Psicografia: Waldo Vieira e Francisco C. Xavier.

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Clareando / Ano X / Edição 117/ Junho . 2013 - Pág . 3

Mensagem Mediúnica

Encontros Espíritas

local: cEntro Espírita irMão clarêncio

2° Encontro Espírita sobrE a FaMília

tEMa - JEsus no lar : a iMportância dE uM lar cristão na Vida FaMiliar

dia - 28/07/2013Hora - 8:30 às 13:00

Em Julho

E Jesus respondeu: "Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas isso não foi assim desde o princípio." (Matheus XIX : 3 a 9)

S em dúvida, o ideal da perfeição seria conseguirmos construir as nossas relações, a nossa convivência uns com os outros, tendo como base o Amor, porque, se assim fosse possível neste momento, nesta fase da nossa existência, de quantos males nos livraríamos, de quantos sofrimentos e percalços estaríamos isentando o nosso caminhar na existência terrena!

No entanto, como viemos aprendendo na Casa Espírita, ainda somos aqueles seres distanciados da perfeição espiritual; ansiamos por amar, ansiamos e desejamos ser amados; no entanto, à medida que vamos nos analisando, verificamos que ainda necessitamos trabalhar a real transformação dos nossos sentimentos, de tal forma que, efetivamente, eliminemos de nossas almas o egoísmo, o orgulho, que tanto têm contribuído para alimentar as grandes desgraças e sofrimentos que ocorrem neste Planeta que nos abriga, que nos acolhe neste momento.

Mas, também, estamos aprendendo junto ao Espiritismo que todos somos seres com uma capacidade de trabalhar pela sua melhoria espiritual, cultivando pensamentos e sentimentos mais adequados às Leis de Deus.

À medida que nós formos progredindo, à medida que nós formos interiorizando os conceitos que todos viemos aprendendo na Casa Espírita, conseguiremos realmente nos transformar e, no futuro não tão distante assim, já seremos capazes de nos relacionarmos uns com os outros, efetivamente pelos laços do Amor.

Que esses laços possam, realmente, ser cultivados; que possamos todos nós que estamos a caminho do progresso, da perfeição espiritual, interiorizarmos esse desejo, essa vontade de sermos melhores a cada dia que passamos na condição de encarnados ou na condição de desencarnados.

Somos espíritos, somos seres imortais a caminho da luz, da perfeição; portanto, que cada um faça o seu esforço diário de buscar a sua renovação à luz dos conceitos deste Evangelho abençoado que o Senhor nos trouxe um dia, para que pudéssemos ter um roteiro seguro, para caminharmos com equilíbrio, com paz e mais tranquilidade em nossos corações.

Que a paz deste Senhor, do nosso Cristo de Deus, permaneça em todos os corações aqui reunidos.

o irMão inácio.

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 24 de abril de 2013).

20° Encontro Espírita sobrE MEdiunidadE

tEMa - a casa Espírita, o MédiuM E a diVulgação doutrinária

dia - 23/06/2013Hora - 8:30 às 13:00

Em Junho

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Clareando / Ano X / Edição 117 / Junho . 2013 - Pág . 4

Espiritismo na

Web

“A emissora da Fraternidade”Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

Visite o site e ouça a programaçãowww.radioriodejaneiro.am.br

www.palavraespirita.com.br(Revista Espírita)

livrosdechicoxavier.blogspot.com.br(Download de Livros de Chico Xavier)

www.lfc.org.br(Lar Fabiano de Cristo)

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

Reunião de Trabalhadores do CEIC

JunHo - dia 21 / 6ª FeiraHorário - 19:00local - Centro Espírita Irmão ClarêncioEstudo - O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

Atenção!

Procure a Secretaria de Cursos para informações

ConviteVenha estudar conosco as obras de

André Luiz

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

À Luz do Espiritismo

O instinto é a força oculta que incita os seres orgânicos a atos espontâneos einvoluntários, tendo em vista a sua conservação. Nos atos instintivos não há nemreflexão, nem intenção, nem premeditação . (...) A inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados ecalculados, segundo a oportunidade das circunstâncias. É incontestavelmente umatributo exclusivo da alma.

Todo ato maquinal é instintivo; aquele que denota reflexão e intenção é inteligente.Um é livre, o outro não é.O instinto é um guia seguro, que não se engana jamais. A inteligência, só porque é

livre, está, por vezes, sujeita ao erro.Fonte: A Gênese, Allan Kardec,Capítulo III,Itens 11 e 12 – Edições Léon Denis

"O homem encarnado na Terra é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina, à maneira do seixo que desce, rolando nos séculos, do cimo do monte para o seio recôndito do mar. Somos todos atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor... Indébita é a nossa interferência nos destinos uns dos outros, quando nossos pés trilham retos caminhos. Todavia, se nos desviamos da rota adequada, é razoável o apelo do amor para que a dor diminua.""Ninguém sofre sem necessidade à frente da Justiça Celeste e tão grande harmonia

rege o Universo que os nossos próprios males se transubstanciam em bênçãos.""Aprende a semear amor no chão em que pisas.""Nos sofrimentos de hoje, solvemos os débitos de ontem. Com isto, não desejamos

dizer que nossas falhas, muita vez oriundas da ociosidade ou da impenitência de agora, gerando resultados ruinosos providenciais ao pagamento de alheias dívidas, porque assim consagraríamos a fatalidade por soberana do mundo, quando, em todas as horas, criamos causas e consequências com os nossos atos cotidianos.""Ages enquanto podes. Todo bem praticado felicitará a ti mesmo, porquanto

outro caminho para Deus não existe, fora do entendimento construtivo, da bondade ativa, do perdão redentor.""Nenhum júbilo, depois do amor de Deus, é tão grande quanto aquele que

recolhemos no amor espontâneo de um amigo."gúbio

Fonte: Libertação, Capítulo 13 / Espírito: André Luiz / Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

instinto E intEligência

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

T arefa mediúnica não será apenas receber Espíritos. É desenvolver o pró-prio Espírito para cooperar no serviço comum a todos. Por isso mesmo, a

aceitação da responsabilidade mediúnica é fator importante para o desenvolvimento do Médium. Vida disciplinada. Estudo e renovação. Oração e vigilância. São estas as portas de um intercâmbio perfeito que poderá ser facilmente alcançado desde que o Médium o queira e, querendo, trabalhe e persevere.aurélio

Fonte: Aos Médiuns com Carinho, Diversos Espíritos, Edições Léon Denis.

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Clareando / Ano X / Edição 117/ Junho . 2013 - Pág . 5

Artigo

Pl a n E j a m E n t o d a ca s a Es P í r i t a"Um dos maiores obstáculos capazes de retardar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade. O único meio de evitá-la, senão quanto ao presente, pelo menos quanto ao futuro, é formulá-la em todas as suas partes e até nos mais mínimos detalhes, com tanta precisão Pe clareza, que impossível se tome qualquer interpretação divergente."(Allan Kardec, in Obras Póstumas, 2ª Parte, Projeto 1868).

Todo trabalho em equipe, quando organizado, não pode prescindir do necessário planejamento. Nele, são

estabelecidos os objetivos, as estratégias, os recursos a serem utilizados, a sistemática de avaliação e a definição do papel de cada componente que integra o grupo, de forma que, ao ser operacionalizado, se alcance o êxito desejado.

Planejar, mais do que uma função restrita a burocratas numa determinada empresa, é uma atitude humana, essencial à vida de re-lação. Antes de nos reencarnarmos fizemos um planejamento (ou fizeram para nós), ten-do em vista o que pretendíamos alcançar na atual existência. Quem vai ao supermercado fazer compras precisa ter em mente o que vai comprar, o tempo que será despendido e o dinheiro que será necessário para a aquisição dos produtos; numa competição é fundamen-tal que uma equipe saiba como se comportar, que ela disponha de uma estratégia a fim de alcançar a vitória. Por isto, o ato de planejar é algo quase que inerente à nossa vida.

Planejar, no entanto, não significa apenas diagnosticar problemas; implica em conhecer a realidade existente e definir aquela desejada, pois, de nada adianta sabermos onde estamos se não sabemos para onde vamos. E a realidade desejada pode ser construída a partir daquela existente, valorizando, aperfeiçoando o que deu certo e retificando aquilo que necessita de mudanças.

No contexto da casa espírita, é muito im-portante que exista um planejamento que sirva como norteador das diferentes atividades que ela comporta, a fim de evitarmos o risco de estarmos todos trabalhando, até com relati-va eficiência e boa vontade, mas sem estarmos buscando objetivos comuns. Quando não existem objetivos comuns, é bastante prová-vel que alguém passe a considerar a sua tarefa como a mais relevante, a sua opinião como a mais abalizada, desconsiderando os esforços dos demais companheiros e criando, por ve-zes, uma competição dissimulada.

Por isso é que a sua construção exige como pré-requisito uma grande capacidade de ou-vir, uma disposição para colocar os interesses coletivos acima dos individuais, permitindo que os postulados espíritas estejam norteando todo esse processo.

O planejamento, no entanto, não é uma panaceia para todos os males, mas quando estruturado de maneira a permitir a partici-pação dos que irão operacionalizá-lo, passa a servir de bússola a orientar as iniciativas e ações dos que integram o grupo de trabalho.

Vale lembrar que, da mesma forma como procuramos continuamente avaliar as nossas intenções e atitudes, procurando aperfei-çoar-nos, este roteiro de trabalho necessita ser constantemente avaliado; algumas ve-zes atualizado e alterado, a fim de que não se torne uma camisa de força. Exatamente como afirmou o codiFicador, em obras póstuMas, quando escreveu a respeito Do Programa das Crenças, Item VIII.

Este programa, porém, como a constitui-ção orgânica, não pede nem deve acorrentar o futuro, sob pena de sucumbir, mais cedo ou mais tarde, esmagado pelo progresso. Criado pelo estado atual dos conhecimentos, deve modificar-se e completar-se à medida que novas observações venham demonstrar-lhe a insuficiência e os defeitos.

Segundo Gandin (1995), existem alguns níveis de participação quando o assunto é planejamento. São eles:1.colaboração - Ocorre quando

alguém ou um grupo convida outras pes-soas, a fim de que estas ajudem a alcançar determinadas metas que foram traçadas por este alguém ou por este grupo.2.dEcisão - Vai além da colaboração,

permitindo que algumas decisões em aspec-tos menores sejam tomadas em conjunto. Estas decisões acontecem em torno de alter-nativas já previamente traçadas pelo grupo que planeja ou dirige.3.construção EM conJunto - Acon-

tece quando, independente das diferenças existentes entre as pessoas e das funções ocupadas por elas dentro da instituição, todos se equivalem. Neste caso, não se planeja unicamente para alguém, mas, principalmente, com alguém. O que im-plica dizer que as alternativas e decisões são tomadas em conjunto.

Não pretendemos afirmar que todos devem ser planejadores no sentido estrito da palavra, mas em sentido lato, todos possuem algo a oferecer em termos dos valores que irão alicerçar o planejamento, das metas que serão traçadas, estabele-cendo a forma como pretendem e podem participar.

Não se pode relegar para os espíritos a tarefa de elaborar o planejamento da casa espírita, muito embora eles possuam um planejamento para ela. É preciso que neste trabalho estejamos abertos para receber a inspiração deles, entendendo que os nossos esforços, quando sinceros, serão sempre secundados pelos esforços deles. Se é importante trabalharmos com

os espíritos, não menos importante é trabalhar-mos com os espíritas, democratizando nossas atividades e relações.

Como desejarmos que algum companheiro as-suma determinada tarefa com certa desenvoltura intelectual e moral, se não lhe permitimos traçar ao nosso lado os objetivos e as estratégias? Como esperar que alguém inexperiente, mas com boa vontade, se realize numa determinada ativida-de, se apenas delegamos responsabilidades, sem prestar-lhes a necessária assessoria? Se somente oferecemos oportunidade de trabalho em tarefas para as quais este alguém não possua qualquer inclinação? Por isso é que a democratização das oportunidades deve estar atrelada com a sociali-zação das responsabilidades, o que significa dizer que devemos assumir juntos os erros e os acertos, aprendendo e reaprendendo no cotidiano da casa espírita, sempre como irmãos.

A dificuldade de alguém deve sensibilizar todo o grupo no sentido de atendê-lo dentro das suas necessidades. O êxito de algum tare-feiro deve representar o de todos, pois na casa espírita somos chamados a cooperar e não a competir.

Não se planeja apenas para que os departamen-tos funcionem bem, a sopa seja distribuída de forma disciplinada, muitos passes sejam aplicados de acordo com o que preconiza a espiritualidade superior, nem somente para que a evangelização infantojuvenil cumpra o currículo adredemente traçado. Planejamos com pessoas, a fim de que todos os envolvidos neste planejamento possam oferecer o melhor que possuam, dentro de suas limitações.

Se o planejamento precisa ser flexível e deve ter algumas prioridades, não menos flexível e tolerante deve ser a nossa conduta, pois nin-guém é profissional em atividades espíritas, muito embora nossa experiência profissional possa ser de grande proveito em determinadas tarefas.

A grande prioridade deve ser o esforço con-junto, no sentido do crescimento interpessoal, da gratificação interior, da boa sintonia com os espíritos amigos e no clima de entendimento e transparência regendo nossas relações.

Mais do que uma mera formalidade, a prática de planejar de forma participativa enseja-nos valiosas oportunidades de aprendermos uns com os outros, mudarmos algumas opiniões, aperfeiçoarmos conhecimentos e avaliarmos o nosso grau de maturidade espiritual.

cEzar braga said

Fonte: Revista de Estudos Espíritas - Jan. e Fev./2000Edições Léon Denis

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Clareando / Ano X / Edição 117 / Junho . 2013 - Pág . 6

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / E a vida continua...).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediú-nica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Desobsessão, André Luiz,F.C.Xavier.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 15:00 às 16:30Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

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Ouvindo o Mestre Jesus

pa r á b o l a d o s do i s Fi l H o s

"Um homem tinha dois filhos: chegando ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele respondeu: Irei, Senhor; e não foi. E chegando ao segundo, disse-lhe o mesmo. Porém este respondeu: Não quero; mais tarde, tocado de arrependimento, foi. Qual dos dois fez a vontade do Pai? Respon-deram eles o segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as mere-trizes entrarão primeiro que vósno Reino de Deus."(Mateus, XXI, 28–31.)

E stas duas personalidades revelam perfeitamente as suas qualidades

em suas palavras e ações. O primeiro filho, convidado pelo

Pai a trabalhar na sua vinha, disse que ia, mas não foi. O segundo disse que não ia, mas foi.

O primeiro é a personificação da cren-ça (credo) sem obras. O segundo é o tipo do homem inteligente que, negando-se ao trabalho espiritual, depois de haver raciocinado e tirado suas conclusões, transformou o não em sim, não com a palavra abstrata, a crença, a obediência cega, mas por um esforço intelectual e pelas obras que deliberou fazer, "traba-lhando na vinha".

Ensina esta Parábola que a vontade de Deus é que trabalhemos não só em pro-veito nosso, mas em proveito dos nossos semelhantes: ao passo que não é vonta-de de Deus crermos sem trabalho, isto é, cegamente, sem obras.

A crença cega é a crença dos anciãos do Povo, dos velhos rotineiros e dos sacerdotes, pois são estes que Jesus disse que os publicanos e as meretrizes lhes eram ainda superiores, tanto assim que os precederiam no Reino dos Céus.

"Na acepção geral do termo, parábola é uma narrativa que tem por fim transmitir verdades indispensáveis de serem compreendidas. As Parábolas dos Evangelhos são alegorias que contêm preceitos de moral. O emprego contínuo, que durante o seu ministério Jesus fez das parábolas, tinha por fim esclarecer melhor seus ensinos, mediante comparações do que pre-tendia dizer com o que ocorre na vida comum e com os interesses terrenos. Sugeria, assim, o Mestre, figuras e quadros das ocorrências cotidianas, para facilitar mais aos seus discípulos, por esse método comparativo, a compreensão das coisas espirituais".(Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus / Capítulo - As Parábolas e a sua interpretação / Cairbar Schutel / Editora O Clarim).

A Parábola, na parte que se refere ao filho que disse: "irei, mas não foi", entende também com esses anciãos e sacerdotes que, assumindo a tarefa de guiar para a verdade, os moços e os que lhes estão sujeitos, se mantêm num ex-clusivismo condenável, apagando, até das almas, alguma centelha de fé que lhes foi doada.

Enfim, o filho que tardou, e disse que não ia, mas foi — entende com esses publicanos e meretrizes que demoram, como é sabido, mas, afinal, mudam de vida e se tornam, as mais das vezes, grandes obreiros da Seara Divina!

Fonte: Parábolas e Ensinos de Jesus.Autor: Cairbar Schutel.Editora O Clarim.

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Clareando / Ano X / Edição 117/ Junho . 2013 - Pág . 7

Instruções de Além Túmulo

l o u c u r a E r E s g a t E

Na noite de 26 de abril de 1956, foi trazido à comunicação o Espírito Raimundo Teixeira, que sofreu afli-

tiva prova na alienação mental.Os apontamentos do visitante, que foram

alinhados sob a legenda "loucura e resgate", valem igualmente, a nosso ver, por precioso estudo no tema "reencarnação e justiça".

Conduzido ao recinto por devotados Ins-trutores Espirituais, recomendam eles algo vos diga de minhas provas.

Entretanto, minhas dificuldades são quase insuperáveis para relacionar com a palavra os tremendos episódios de minha terrível experiência.

Sou uma alma pobre que ainda convalesce de aflitiva loucura no campo físico.

Não creio que o verbo articulado possa exprimir com segurança tudo aquilo que ex-presse meus estados emocionais.

Ainda assim, posso garantir-vos que tenho atravessado inimagináveis suplícios.

Por mais de vinte anos, fui vítima de fla-gelações e tormentos que culminaram em transes de pavoroso desespero, não pelas dores de origem material que me dilacera-vam o corpo, mas sim, porque, na condição de alienado mental, guardava, no fundo de meu ser, a consciência de todos os meus atos, embora não pudesse governar meus infelizes impulsos.

Perambulei no mundo à maneira de alguém que se visse sob o guante invencível de Inte-ligências perversas, como pode acontecer a um homem irremediavelmente prisioneiro de malfeitores, em sua própria moradia.

Por mais orasse, por mais anelasse o bem e por mais quisesse comandar a própria existência, os terríveis carcereiros das mi-nhas atividades mentais compeliam-me a atitudes deploráveis que, de início, me angariaram o desafeto dos familiares mais queridos ao coração.

Era constrangido a práticas ignominiosas, impelido a pronunciar palavras que me afastavam toda e qualquer simpatia e a per-petrar atos que provocavam, em torno de mim, repugnância e temor.

E, por essa razão, relegado à atmosfera de-primente dos loucos, nela padeci não apenas os mais dolorosos processos de tratamento médico, como sejam, a insulinoterapia, a ma-larioterapia e o eletrochoque, mas também os bofetões de enfermeiros desapiedados e o poste de martírio, a camisa de força e a solidão.

Isso tudo sofri com a tácita aprovação de minha consciência, pois no íntimo me reco-nhecia culpado.

Colocava-me na situação de quantos me assistiam caridosamente e concluía que, na posição deles, infligiria a mim mesmo os

mais duros castigos, de vez que os ocupantes de meu campo mental me impeliam à de-linquência e ao desrespeito, ao insulto e à viciação.

Chorei tanto, que acredito haverem as lá-grimas aniquilado os meus olhos encadeados a medonhas alucinações.

Amarguei tanto a vida que o sofrimento por fim me venceu diante das testemunhas implacáveis de minha dor — testemunhas que me acusavam sem que ninguém as ou-visse, que me espancavam sem que ninguém lhes presenciasse os assaltos, que me acom-panhavam dia e noite sem que ninguém lhes pressentisse a presença.

E tamanho foi o meu infortúnio que, em me libertando do cárcere da prova, desarvo-rado e desiludido, pedi à Providência Divina, através de mil modos, que uma explicação me aliviasse o torturado raciocínio, porquanto, ainda mesmo fora do corpo carnal, a malta de perseguidores continuava assacando contra mim gritos soezes, tentando escravizar-me de novo a mente desditosa...

Foi, então, que, ao socorro de Instrutores Amigos, me vi em surpreendente retorno à con-dição em que me achava antes da internação na carne para a terrível provação da loucura...

Identifiquei-me em pleno espaço, desolado e errante, cercado por centenas de verdugos que me buscavam o Espírito, impondo-me à visão tremendos quadros — quadros esses que, pouco a pouco, me reconduziram ao posto que eu deixara anteriormente, através da morte...

Sim, eu havia sido um juiz que abusara da dignidade do meu cargo.

Vi-me envergando a toga do magistrado, que me competia preservar impoluta, desfru-tando invejável eminência social na Terra, mas

enceguecido pelos interesses do grupo político a que me filiara, com desvairada paixão.

Torcia o direito para quase todos aqueles que me buscavam, tangidos pelas circunstâncias, conspurcando o tribunal que me respeitava, transformando-o em ominoso instrumento de crime e revolta, perversidade e miséria, desâni-mo e desespero, porque as minhas sentenças forjavam todos esses males.

Mas não consegui ludibriar a verdadeira justiça.

Deixando o veículo físico, as minhas vítimas se converteram em meus juízes e todas aquelas que me não podiam perdoar seguiram-me os passos na esfera espiritual, tecendo-me a cadeia de tormentos inomináveis, a explodirem no pavoroso desequilíbrio com que ressurgi entre as criaturas humanas, na existência última.

Atravessei uma infância atormentada...Para os médicos, eu não passava de pobre

exemplar da esquizofrenia.Alcancei a juventude tumultuária e triste

dos que não possuem qualquer estabilidade de raciocínio para a fixação dos bons propósitos, e, tão logo atingi a maioridade, meus impla-cáveis acusadores senhorearam-me a estrada, conturbando-me a vida, e, desse modo, como alienado mental fui submetido ao julgamento de todos eles, experimentando, por mais de quatro lustros, flagelações e torturas que não posso desejar aos próprios Espíritos satanizados nas trevas.

Sou, assim, um doente desventurado procu-rando restaurar a si mesmo, depois de terrível inferno no coração.

Não acredito que a minha palavra possa trazer qualquer apontamento que induza ao consolo.

Entretanto, o juiz louco que fui, o juiz que impôs a si próprio horrenda enfermidade da alma, pode oferecer alguma advertência aos que manobram com a autoridade no mundo e a todos os que ainda podem recuar nas de-liberações infelizes!...

Diante de mim vibra o Tempo, o grande julgador...

Possa a Divina Compaixão conceder-me com esse juiz silencioso, cujas palavras para nós são as horas e os dias do mundo terrestre, a opor-tunidade de ressarcir minhas faltas, porque, por enquanto, o juiz que dementou a si mes-mo apenas ingressou na fase inicial do reajuste, da qual se transferirá para o campo expiatório, onde, face a face com as suas antigas vítimas, será obrigado a solver seus clamorosos débitos, ceitil por ceitil.

Deus seja louvado!...raiMundo tEixEira

Fonte: Vozes do Grande Além - Lição 45 / Diversos Espíritos / Psicografia: Francisco Cândido Xavier /Editora FEB.

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Clareando / Ano X / Edição 117 / Junho . 2013 - Pág . 8

Dia : 09 / 06 / 2013 - 16 horasCulto no Lar de Selma Vieira

Atividades Doutrinárias

Curso de Atualização para todos os Médiuns

JunHo : dia 22 / SábadoHorário : 16 horaslocal : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

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Cairbar Schutel-Bandeirante do Espiritismo

Espiritismo e Ecologia

comPanhEiros nas rEfEiçõEs

C airbar scHutEl tinha grande amor pelas criaturas. Era um amor sem pre-conceitos.Para ele, tanto as pessoas quanto os animais mereciam a mesma atenção e carinho. Várias vezes, no curso de sua vida, demonstrou esses

sentimentos. Tinha ele, em sua casa, dois bonitos cachorros e um belo gato. Eram esses animais muito bem tratados e deles muito pouco era exigido. Eram animais muito educados, como dizia scHutEl.

O curioso estava no horário das refeições. A mesa que scHutEl usava para as mesmas era muito grande e comprida. Era arrumada com toalha e talheres, apenas em uma me-tade. No lado descoberto eram colocados três recipientes. Um na cabeceira da mesa e dois nas laterais. Na cabeceira ficava o gato e nas laterais, sentados em dois banquinhos próprios, os cachorros.

Antes de servir-se, scHutEl preparava pessoalmente os pratos desses animais. Só depois de servi-los é que cairbar scHutEl servia-se. O que comia nas refeições, seus fiéis animais comiam. Quando algum amigo comentava o fato, scHutEl dizia:

— Eles vivem comigo e me agradam. Não posso discriminá-los. São os meus amigos nessa hora sagrada da refeição.Fonte: Passagens de Uma Grande Vida, Sérgio Lourenço, lição XVII - Edições Correio Fraterno.

criando dEsErtos

(...)"Se o corte de uma goiabeira trazia um sério impacto para o jardim, imagine-se, então, o que não deve representar para a Terra o corte diário de milhares e milhares de árvores...

(...) cerca de grande extensão de matas é derrubada anualmente. (...)

Muitas outras árvores morrem lenta-mente sob a ação das chuvas ácidas e dos poluentes lançados no ambiente. A Terra vai perdendo, assim, a sua cobertura ve-getal e, como resultado, o ambiente sofre mais agressão.

Com a perda dos produtores, a produção de oxigênio fica prejudicada, assim como o solo.

São as copas das árvores que recebem, normalmente, o impacto maior das chuvas e ajudam a distribuir melhor a água para o solo. Além disso, as árvores de uma floresta absorvem parte dessa

Episódios da Vida dE Cairbar sChutEl (22/09/1868 - 30/01/1938)

Os bens da Terra não são somente os produtos do solo, mas sim, tudo o que o homem pode gozar neste mundo. (O Livro dos Espíritos, Questão 706 - Allan Kardec)"(...) Imprevidente não é a Natureza, é o homem que não sabe regrar o seu viver." (O Livro dos Espíritos, Questão 705 - Allan Kardec).

Para rEflEtir E agir

água, impedindo que os rios se encham demais e provoquem inundação das áreas próximas do seu leito.

É ainda a vegetação que ajuda, através das raízes, a segurar as partículas do solo de uma região. O solo, sem a cobertura vegetal, passa a receber todo o impacto das chuvas, sendo assim lavado, e acaba perdendo na enxurrada, além das partí-culas que o compõem, muitos dos seus nutrientes. Ele se torna pobre, sujeito à erosão e inundações nessa área passam a ser frequentes.

Não é exagero afirmar que antigas florestas viraram desertos após o des-matamento".

Fonte: O Verde e a Vida.Autoras: Sônia Tokitaka e Heloísa Gebara.Editora Ática.

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Clareando / Ano X / Edição 117/ Junho . 2013 - Pág . 9

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Relendo a Revista Espírita

c u r a m o r a l d o s E n c a r n a d o s

V eem-se, frequentemente, Espí-ritos de má natureza cederem, muito prontamente, sob a in-

fluência da moralização e se melhorarem. Pode-se agir do mesmo modo sobre os encarnados, mas com muito mais dificul-dade. De onde vem que a educação moral dos Espíritos desencarnados é mais fácil do que a dos encarnados?

Esta pergunta foi motivada pelo fato seguinte. Um jovem cego há doze anos tinha sido recolhido por um Espírita de-votado, que havia empreendido curá-lo pelo magnetismo, tendo os Espíritos dito que a coisa era possível. Mas esse jovem, em lugar de se mostrar reconhecido pelas bondades das quais era objeto, e sem as quais teria se encontrado sem asilo e sem pão, não teve senão a ingratidão e maus procedimentos e deu prova do pior mau caráter.

O Espírito de São Luís, consultado a seu respeito, respondeu:

"Esse jovem, como muitos outros, é puni-do por onde pecou e traz a pena de sua má conduta. Sua enfermidade não é incurável e uma magnetização espiritual praticada com zelo, devotamento e perseverança, dela triunfaria certamente, com ajuda de um tratamento médico destinado a corrigir seu sangue viciado. Já haveria uma melhora sensível em sua visão, que não está ainda inteiramente extinta, se os maus fluidos, dos quais está cercado e saturado, não opu-sessem um obstáculo à penetração dos bons fluidos que são, de alguma forma, repeli-dos. No estado em que se encontra, a ação magnética será impotente enquanto não estiver, por sua vontade e sua melhoria, de-sembaraçado desses fluidos perniciosos.

É, pois, uma cura moral que é preciso ob-ter, antes de perseguir a cura física. Só um retorno sério sobre si mesmo pode tornar eficazes os cuidados de seu magnetizador, que os Espíritos se apressarão em secundar; no caso contrário, ele deve esperar perder o pouco de luz que lhe resta e a novas e bem mais terríveis provas que lhe será preciso suportar.

Agi, pois, para com ele como o fazeis com respeito aos maus Espíritos desencarnados que quereis conduzir ao bem. Ele não está sob o golpe de uma obsessão; é sua natureza que é má e que, além disto, se perverteu no meio em que viveu; os maus Espíritos que o assediam não são atraídos senão pela sua semelhança com o seu próprio; à medida que se melhorar, eles se afastarão. Só então a ação magnética terá toda a sua força. Dai-lhe conselhos; explicai-lhe sua posição; que várias pessoas sinceras se unam em pensa-mento para orarem a fim de atraírem sobre ele influências salutares. Se disso se apro-veita, não tardará a experimentar os bons efeitos, porque nisso será recompensado por uma melhora sensível em sua posição."

Esta instrução nos revela um fato im-portante: o do obstáculo que o estado moral opõe, em certos casos, à cura dos males físicos. A explicação acima é de uma incontestável lógica, mas não pode-ria ser compreendida pelos que não veem, por toda parte, senão a ação exclusiva da matéria. No caso de que se trata, a cura moral do paciente encontrou sérias difi-culdades; foi o que motivou a pergunta acima, proposta pela Sociedade Espírita de Paris.

Seis respostas foram obtidas, todas con-cordando perfeitamente entre si. Delas

não citaremos senão duas, para evitarmos repetições inúteis. Escolhemos aquelas onde a questão está tratada com mais de-senvolvimento.

rEsposta dE laMEnnais

Como o Espírito desencarnado vê manifes-tamente o que se passa e os exemplos terríveis da vida, ele compreende tanto mais de-pressa o que o exortam a crer ou a fazer; é por isso que não é raro ver-se Espíritos de-sencarnados dissertarem sabiamente sobre questões que, quando vivos, estavam longe de emocioná-los.

A adversidade amadurece o pensamento. Esta palavra é verdadeira, sobretudo para os Espíritos desencarnados, que veem de perto as consequências de sua vida passada.

A negligência e o preconceito, ao con-trário, triunfam no Espírito encarnado; as seduções da vida, e mesmo as suas de-cepções, lhe dão uma misantropia ou uma indiferença completa pelos homens e as coisas divinas. A carne lhes faz esquecer o Espírito; uns, essencialmente honestos, fazem o bem evitando o mal, por amor ao bem, mas a vida de sua alma está mui-to perto de ser nula; outros, ao contrário, consideram a vida como uma comédia e es-quecem seu papel de homens; outros enfim, completamente embrutecidos, e última es-cala da espécie humana, nada vendo além, não pressentem nada mesmo, entregando-se, como o animal, aos crimes bárbaros e esque-cem sua origem.

Assim uns e outros, pela própria vida, são arrastados, ao passo que os Espíritos desencar-nados veem, escutam e se arrependem com mais boa vontade.

laMEnnais (médium Sr. A. Didier).Obs.: Tomamos a liberdade de publicar ape-

nas uma das respostas, em função do espaço disponível. Não deixem de ler a outra resposta.

a coordEnação

Orientação Segura

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita. Sugestão do mês:o EspiritisMo E as doutrinas Espiritualistas

autor: dEolindo aMoriM

EdiçõEs léon dEnis

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Clareando / Ano X / Edição 117 / Junho . 2013 - Pág . 10

Em 2013curso

Valorização da Vidadia - SábadosHorário - 15:00 às 16:30 local : Centro Espírita Irmão Clarêncio

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Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

Sugestões Educativas de Marco Prisco

cuidar do corPo E do EsPírito

A perfeição moral consiste na tortura do corpo? Para resolver essa questão apoio-me em princípios elementa-

res, e começo demonstrando a necessidade de cuidar do corpo, que, segundo as alternativas de saúde e de doença, influi de uma forma muito importante sobre a alma; pois é preciso considerá-la como prisioneira na carne.

Para que essa prisioneira viva, se movimente e até mesmo conceba as ilusões da liberdade, o corpo deve estar são, disposto e vigoroso.

Façamos a comparação: eis que os dois estão em perfeito estado; que devem eles fazer para manter o equilíbrio entre suas aptidões e suas necessidades, tão diferentes?

Aqui dois sistemas estão presentes: o dos ascetas(115) que querem aniquilar o corpo, e o dos materialistas, que querem rebaixar a alma: duas violências, quase tão insensatas uma quanto a outra.

Ao lado desses dois grandes grupos, fervilha uma numerosa tribo de indiferentes que, sem convicção e sem paixão, amam com frieza e desfrutam com parcimônia.

Onde, pois, está a sabedoria? Onde, pois, está a ciência de viver?

Em nenhum lugar, e esse grande problema ficaria inteiramente sem solução, se o Espiri-tismo não viesse em auxílio dos pesquisadores demonstrando-lhes as relações que existem entre o corpo e a alma, e afirmando que é pre-ciso cuidar dos dois, pois que são necessários um ao outro.

Amai, portanto, vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma.

Desconhecer as necessidades, que são indica-das pela própria natureza, é desconhecer a lei de Deus. Não castigueis vosso corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio lhe fez cometer, e pelas quais ele é tão responsável quanto um cavalo mal dirigido o é, pelos acidentes que causa.

Por acaso, sereis mais perfeitos, se, martiri-zando o corpo, não ficardes menos egoístas, menos orgulhosos e mais caridosos para com o vosso próximo?

Não, a perfeição não está aí; ela se encontra inteiramente nas reformas por que fizerdes passar o vosso espírito; dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-o: esse é o meio de torná-lo mais dócil à vontade de Deus, e o único que conduz à perfeição.

(gEorgEs, Espírito protEtor / paris, 1863)

(115) Asceta: pessoa que se consagra à ascese, isto é, ao exercício prático que conduz à efetiva realização da virtude, à plenitude da vida moral. Os antigos ascetas viviam no deserto, em aldeias, juntamente com monges. (N.T.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Capítulo XVII, Item 11

Adestre a mente com a vigilância necessária ao policiamento das ideias mefíticas. O pen-samento é o fio de segurança por onde transitam a felicidade e a desdita.

Substitua da linguagem usual as três palavras: "não posso mais" por três outras: "tentarei outra vez". O verbo a escorrer pelos lábios reflete o estado d’alma e cria condicionamento vigoroso para a mente. Pague à vida com honestidade o imposto natural da vida: transfor-mações orgânicas, aflições morais, sofrimentos de várias ordens. Não há experiência nem sabedoria sem a aprendizagem mediante as disciplinas dos livros da dor.

Considere o insucesso em suas experimentações humanas como fenômeno natural. Cada erro é lição valiosa que nos ensina o que não devemos fazer outra vez. Dirija men-talmente as ocorrências que fazem sofrer os que não lhe narram seus dramas e problemas. Todos, hoje ou amanhã, transitaremos pelos mesmos caminhos.

Habitue-se a uma leitura otimista, diariamente, qual homeopatia salutar para o seu es-pírito. O livro superior — e nesse particular, o livro espírita — ainda é o mais precioso e discreto amigo para as necessidades do dia a dia.

Marco prisco

Fonte: Ementário Espírita, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

no dia a dia

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Clareando / Ano X / Edição 117/ Junho . 2013 - Pág . 11

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Artigo

rEné dEscartEs E allan KardEc1 – A Doutrina dos Espíritos, o Conso-

lador Prometido pelo meigo Rabi da Galileia, tal como a Mensagem do Cristo, teve os seus precursores.

Doutrina de tríplice aspecto — Filosofia, Ciência e Religião — teve que romper com a ordem então reinante no campo desses três car-deais setores do conhecimento: nem Filosofia encastelada em princípios acadêmicos, nem Ciência engaiolada em fórmulas regidas, nem Religião fundamentada em dogmatismo. Mas, Filosofia, Ciência e Religião livres, livres de em-peços, de mordaças.

Tornara-se necessária a escolha de rumo infalível e convincente às novas ideias.

Fizeram-se necessários os condimentos da lógica, do bom senso e da universalidade dos conceitos.

Inúmeros precursores saíram a campo, retornando à arena planetária, achando o caminho do Consolador.

E não foi sem trabalho, suor e lágrimas que se conseguiu a consolidação da base.

Assim é que, na cidade de La Haye, hoje Descartes, solo francês, a 31 de março de 1596, nascera rEné dEscartEs, que outorga-ria ao Planeta Terra a luz do seu pensamento universalista, com estrutura na lógica, na razão e no bom senso, um dos pilares sobre o qual se descansaria o cumprimento da promessa do Mestre Excelso.

2 – Na montagem da base de seu pen-samento filosófico científico e consequente desdobramento, Descartes consumiu toda a sua laboriosa vida.

Procurando desviar-se de toda e qualquer influência de seus antecessores, dos princí-pios ou axiomas até então formulados, René Descartes, depois de muita meditação, aliada ao estudo do homem de todas as latitudes, de suas reações físicas e morais, além dos es-tudos filosóficos e matemáticos, acabou por tirar as suas ilações de cunho universalista, montando o seu método filosófico científi-co de estudo, que haveria de influenciar as gerações do porvir e de lançar uma das bases essenciais da Terceira Revelação.

A Filosofia e a Ciência de todas as épo-cas teriam de, forçosamente, dali por diante, dobrarem-se, reverentes, às con-clusões cartesianas.

Ao Cristianismo Redivivo o pensamento car-tesiano prestaria a melhor das contribuições.

As celebrações filosófico-científicas de dEscartE haveriam de anteceder, como antecederam, ao envio do Consolador, para facilitar-lhe a compreensão, ao lado do avanço científico prático noutros setores.

O esforço de dEscartEs não teria razão de ser após o advento da Terceira Revelação. Ficaria sem objeto, ou pelo menos não seria tão oportuno como o foi,

dEscartEs antecipou-se a KardEc quanto ao entendimento da não confrontação entre Ciência (em sentido amplo) e a Religião.

Filósofo e matemático, ao mesmo tem-po, rEné dEscartEs comprovou a perfeita simetria entre ambas: interrelacionam-se, interpenetram-se e interreagem.

Pouco mais de dois séculos depois, allan KardEc demonstraria, com argumentação simples, a Aliança da Ciência com a Reli-gião ("O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo I, Item 8).

A base, aliás, do edifício Kardequiano se funda na Filosofia e na Ciência, com conse-quência de ordem moral ou religiosa.

Não é por menos que em Filosofia Espíri-ta um silogismo filosófico equivale a uma equação matemática, o que vem corroborar o aforismo cunhado pelo Codificador:

"Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade."

3 – dEscartEs, com o seu iluminismo de seu pensamento em "O Discurso do Método" ("Discours de La Méthode") pode e deve, sem dúvida, ser considerado o prin-cipal precursor moderno do Espiritismo, como Sócrates o fora do Cristianismo.

Argumentando, com bom senso e lógica, com base na Filosofia e na Ciência, dEscartEs, depois de provar a existência da alma (4ª parte, pág. 89/91, do “Discurso do Método”, tradução de João Cruz Costa — Livraria José Olympio Edi-tora / Rio /1960), a sua imortalidade (5ª parte, pág. 131/132, da obra citada), prova, também, a existência de Deus (4ª parte, pág. 93, da obra citada).

Mas, conforme ocorrera com Nostradamus, ou Michel de Nostre-Dame (1503 — 1566), médico e astrólogo francês, que foi obrigado, como médium, a misturar as datas e os fatos profetizados, a fim de fugir à fúria da Inqui-sição, assim também rEné dEscartEs teve que, engenhosamente, camuflar seus relatos quanto às descobertas filosófico-científicas, com o fito de evitar perseguições, dissensões e também para garantir sua tranquilidade, para que pudesse dar continuidade ao seu labor intelectual, prorrogando no tempo a publicação de suas conclusões e estudos.

A propósito, conta dEscartEs que partilha-va ele das conclusões de Galileu, ou Galileo Galilei (1564 — 1642) astrônomo, físico e matemático italiano, quanto à posição da Terra

no sistema solar e na galáxia. Todavia, conserva-va-se neutro, aparentemente, a fim de que, em paz, pudesse continuar em suas experiências, estudos e descobertas filosófico-científicas.

4 – rEné dEscartEs (como precursor) e a Doutrina Espírita (o Consolador) susci-tam-nos o ato de pensar como se estivésse-mos fora do corpo físico, corpo físico esse que inexiste no sentido absoluto, uma vez que o ser, filho de Deus, é uma alma vestida de um corpo transitório.

Assim se expressa dEscartEs sobre o assunto (4ª parte, págs. 89/91, da obra citada):

"(...) E notando que esta verdade — penso, logo existo — era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos céticos não eram capazes de abalá-la, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como primeiro princípio da filosofia que procurava.

A seguir, examinando com atenção que coisa eu era, e vendo que podia supor que não tinha corpo algum e que não havia qualquer mundo ou lugar onde eu existisse, mas que não podia, no entanto, admitir que não existia, e que antes, ao contrário, pelo fato mesmo de por em dúvida a verdade das outras coisas, daí decorria muito evidente e certa-mente que eu existia — ao passo que, se eu tivesse cessado de pensar, ainda tudo o mais que imagi-nara fosse verdade, nenhuma razão tinha de crer que existia — por isso reconheci que eu era uma substância cuja essência ou natureza não é outra coisa senão pensamento que, para existir, não tem necessidade de nenhum lugar, nem depende de coisa alguma material. De sorte que este eu, isto é, a alma, pela qual sou o que sou, é inteiramente distinta do corpo e até mais fácil de conhecer que este; e, embora não existisse o corpo. Ela não dei-xaria de ser o que é."

WEiMar Muniz dE oliVEira

Fonte: Reformador —Agosto 1992

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Clareando / Ano X / Edição 117 / Junho . 2013 - Pág . 12

Artigo

V ocê sabe quem foi Joanna?Joanna sempre Joana.O Espírito Joanna dE ângElis

tem sido colaborador de Jesus há várias en-carnações. É interessante notar que Joanna foi Joana em muitas encarnações: Sóror Joana Angélica de Jesus (1761 - 1822), Sóror Juana Inês de la Cruz (1651 - 1695) e Joana de Cusa (século I).

Daremos destaque à experiência de vida adquirida por ela quando foi Joana de Cusa e deu seu testemunho de amor e fé à doutrina do Mestre Jesus.

Conheceu Jesus e procurou seguir suas orientações, como podemos verificar no livro Boa Nova, de autoria espiritual de Humberto de Campos, psicografado por Chico Xavier (FEB).

Na obra, temos o capítulo 15 reserva-do a Joana de Cusa, e nele encontramos o seguinte trecho: "Entre a multidão que invariavelmente acompanhava Jesus nas pre-gações do lago, achava-se sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade de Cafar-naum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Antipas, na cidade onde se con-jugavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores".

V o l t a n d o n o t E m P oJoana possuía verdadeira fé, contu-

do, não conseguiu forrar-se às amar-guras domésticas, porque seu compa-nheiro de lutas não aceitava as clari-dades do Evangelho. Considerando seus dissabores íntimos, a nobre dama procurou o Messias, numa oca-sião em que ele descansava em casa de Simão, e lhe expôs a longa série de suas contrariedades e padecimentos. O esposo não tolerava a Doutrina do Mestre. Alto funcionário de He-rodes, em perene contato com os re-presentantes do Império, repartia as suas preferências religiosas, ora com os interesses da comunidade judaica, ora com os deuses romanos, o que lhe permitiria viver em tranquilidade fá-cil e rendosa.

De acordo com o Espírito Humberto de Campos, Jesus disse-lhe:

— "Joana, só há um Deus que é nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas rela-ções com o seu amor. Certas manifestações religiosas, no mundo, muitas vezes não passam de vícios populares nos hábitos ex-teriores. Todos os templos da Terra são de pedra; Eu venho em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens...

Teu esposo não te compreende a alma sensí-vel? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação, es-tarás cumprindo a vontade de Deus. Fala-me de teus receios e de tuas dúvidas. Deves, pelo Evangelho, amá-lo ainda mais. Os sãos não precisam de médico. Além disso, não pode-remos colher uvas nos abrolhos, mas podemos amanhar o solo que produziu cardos enve-nenados, a fim de cultivarmos nele mesmo a videira maravilhosa do amor e da vida."...

...Com as perseguições políticas, ela presenciou o grande abalo sofrido pelo companheiro; no entanto manteve-se firme...

Viúva, em situação difícil, teve que procurar trabalho para manter seu filho.

Quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, ela e seu filho foram levados ao poste do martírio. Enquanto a mártir era queimada na fogueira, ouvia-se todo tipo de impropérios de seus algozes.

Como nos informa o Espírito Humberto de Campos, Joana "sentiu que a mão con-soladora do Mestre lhe tocava suavemente os ombros, e lhe escutou a voz carinhosa e ines-quecível: — Joana, tem bom ânimo!...Eu aqui estou!"Fonte:Revista Espiritismo e Ciência Especial.

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

"Se o clarim cristão já te alcançou os ouvidos, aceita-lhe as clarinadas sem vacilar. Não esperes pelo aguilhão da necessidade. Sob a tormenta, é cada vez mais difícil a visão do porto." (Lição 39)

"Quem passa pela sepultura prossegue trabalhando e, aqui, quanto aí, só existe desordem para o desordeiro. Na Crosta da Terra ou além de seus círculos, permanecemos vivos invariavelmente. Não se esqueças, pois, de que os desencarnados não são magos, nem adivinhos. São irmãos que continuam na luta de aprimoramento." (Lição 42)

"Na condição de encarnados ou desencarnados, ainda estamos caminhando para o Mestre, a fim de que possamos experimentar a união gloriosa com o seu amor. Até lá, trabalhemos e vigiemos para compreender a vontade divina." (Lição 59)

"Aqueles que compreendem as correções do Todo-Misericordioso, reajustam-se em círculo de vida nova e promissora. (...) Não te esqueças de que o mal não pode oferecer retificações a ninguém. Quando a correção do Senhor alcançar-te o caminho, aceita-a, humildemente, convicto de que constitui verdadeira mensagem do Céu." (Lição 88)

"Ama sempre, Faze todo bem. Começa estimando os que te não compreendem, convicto de que esses, mais depressa, te farão melhor." (Lição 95)

Fonte: Pão Nosso.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

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Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Vida - Dádiva de Deus

Respingos Históricos

nã o t E n H a i s M E d o

F ilhos, não tenhais medo da vida, nas provas e surpresas do caminho; não tenhais receio do

amanhã, que somente a Deus pertence.Vivei com alegria e destemor, sub-

missos à Vontade Divina em qualquer circunstância.

Combatei os vossos erros, todavia com-preendei a necessidade de aprender a lição nos reveses a que ninguém se furta.

Colhei, resignadamente, na gleba que plantastes, sem reclamar dos espinhos que vos dilaceram as mãos que não souberam separar as urzes do bom grão.

Que a revolta silenciosa não vos amar-gure a existência, determinando as vossas mais veladas atitudes.

Não vos canseis de serem generosos, tolerantes e compassivos.

Amai sem esperar serdes amados.Cumpri com as vossas obrigações pelo

pão de cada dia, recordando-vos de que

Vejamos, então:

TerapeuTas

Do grego thérapeutai, derivado do ver-bo therapeuein, servir, curar, significa: servidores de Deus ou curadores; eram sectários judeus, contemporâneos do Cristo, estabelecidos principalmente em Alexandria, no Egito. Tinham gran-de relação com os essênios, dos quais professavam os princípios e igualmente adotavam a prática de todas as virtudes.

s u i c í d i o — s o l u ç ã o i n E f i c a z"A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V, Item 14)

o Senhor alimenta os pássaros e veste os lírios do campo...

Não leveis a vida de forma leviana e in-consequente, sem atinar que as sombras que rondam os passos alheios também espreitam os vossos.

A dor que nos tira a tranquilidade é a mesma que nos possibilita tomar consci-ência de nossas fragilidades.

Se, de quando em quando, o sofrimento não visitasse o homem, é possível que ele jamais se interessasse pela transcendência da Vida.

Não vos permitais, pois, concessões de qualquer natureza, na satisfação dos próprios desejos.

Se a ascensão do espírito é infinita, a queda a que voluntariamente se arroja não conhece limites... Sempre haverá como descer a mais fundo, escuro e in-devassável abismo de dor.

Filhos, vivei somente com a intenção de fazer o Bem, e em tudo vereis a ma-nifestação da Sábia Providência.

Não tenhais medo e não vos enclausureis na inércia como quem retrocede e se ocul-ta, com o pensamento de que a Vida não o encontrará, mais cedo ou mais tarde, para arrancá-lo ao comodismo e trazê-lo de volta à realidade.

Fonte: A Coragem da Fé - Lição 24.Espírito: Bezerra de Menezes.Psicografia: Carlos A. Baccelli.

Sua alimentação era extremamente frugal; voltados para o celibato, a con-templação e a vida solitária, formavam uma verdadeira ordem religiosa.

Fílon, filósofo judeu platônico de Alexandria, foi o primeiro a falar dos terapeutas, considerando-os como uma seita judaica. Eusébio, São Jerônimo e ou-tros Pais da Igreja (33) pensam que eles eram cristãos. Quer fossem judeus ou cristãos, é evidente que, da mesma for-ma que os essênios, eles representavam

um traço de união entre o judaísmo e o Cristianismo.

(33)Pais da Igreja: doutores da Igreja, padres de grande cultura, cujos escritos fizeram regra em matéria de fé. (N.T.)Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Introdução, Edições Léon Denis.

"Para compreender melhor algumas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o valor de certas palavras, que neles são empregadas frequentemente e que caracterizam a situação da sociedade judaica e dos costumes naquela época. Essas palavras, não tendo mais, para nós, o mesmo sentido, muitas vezes foram mal interpretadas e, por isso mesmo, criaram muitas dúvidas. A compreensão do seu significado explica, além disso, o verdadeiro sentido de certas máximas que, à primeira vista, parecem estranhas."

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Clareando / Ano X / Edição 117 / Junho . 2013 - Pág . 14

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Vale a Pena Ler de Novo

Q ue o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem!

São de todos os tempos a dor e a miséria humana. Homens, mulheres e crianças, através dos séculos, sofreram a dor da viuvez e da orfandade. Os motivos, os mais variados. Fizeram com que a Hu-manidade chorasse por si e pelos seus. A própria sociedade, por estar ainda entregue a si mesma, quer defendendo-se, quer por puro egoísmo, nada fazia para minorar as dificuldades existentes. Afora os casos isolados, via-se um total alheamento para com o próximo.

Com Jesus vindo instalar seu reinado de amor, a Humanidade percebeu nova luz, e o sentimento da caridade começou a dar seus frutos, e nas épocas adequadas.

Dos primitivos cristãos da casa do caminho, que se juntavam para dar so-corro humilde, mas amoroso, a órfãos, doentes e velhos, passando pelos atos bondosos e generosos de Francisco de Assis, e pela nobreza de um Vicente de Paulo, fundando hospitais, até os dias de hoje, em que a sociedade começa a mobi-lizar-se para combater a pobreza, a guerra e a mortalidade infantil, vemos a presença de Jesus, mostrando, sempre e sempre, que sem paz e sem amor a sociedade dos homens nunca deixará de ser pobre.

a PrEsEnça dE jEsusAtualmente, os espíritas, quais moder-

nos socorredores, esmeram-se em doar-se. Aprendem, assim, os rudimentos da cari-dade conforme ensinou Jesus.

E, pouco a pouco, de obra em obra, solidificam dentro de si mesmos o senti-mento de amor, e solidariedade e de de-terminação no amparo ao próximo, até que um dia possam trazer insculpida, no âmago de suas almas, a mensagem cristã: "Quando fizerdes a um destes mais pequeninos é a mim que o fareis"(Mateus, XXV: 40) e, ainda mesmo que sintam afastados do belo episódio da doação cristã, estarão sujeitos à mensagem tão bem percebida por Allan Kardec: "Numa sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém passará fome". (O Livro dos Espíritos, resposta à pergunta 930).

Trabalhemos, assim, os valores de nos-sa alma, aprendendo que o homem pode esquecer a Jesus em um dado momento, mas que Jesus jamais se apartará de nós. antonio dE aquino (mensagem recebida em 3/7/2000)

MEnsagEM publicada no clarEando, Edição nº 30, FEVErEiro / 2000

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

"Problemas da alma não se circunscrevem a questões de dias e semanas terrestres, nem podem viver condicionados a deficiências físicas. São problemas de vida, renovação e eternidade.

Não te canses, pois, de fazer o bem, convencido, todavia, de que a colheita, por tuas próprias mãos, depende de prosseguires no sacerdócio do amor, sem desfalecimentos." (Lição 82)

"A queixa não atende à realização cristã, em parte alguma, e complica todos os problemas. Lembra-te de que se lhe deres a língua, conduzir-te-á à ociosidade, e, se lhe deres os ouvidos, te encaminhará à perturbação." (Lição 118 )

Fonte: Vinha de Luz.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

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Clareando / Ano X / Edição 117/ Junho . 2013 - Pág . 15

Artigo

c o d i f i c a ç ã o E d o u t r i n a

Os fenômenos espíritas, inclusive a mediunidade, são tão antigos quanto a Humanidade.Todavia,

a doutrina Espírita só passou a existir após sua codificação por allan KardEc.

Antes, apenas existia o conhecimento dos fenômenos, mas , com a Codificação foi posto em destaque o objetivo dos fe-nômenos, que é o despertamento para a importância do Mundo Espiritual, da imortalidade da alma e de todas as consequências filosófico-morais daí de-correntes.

Assim, em nenhuma produção literá-ria, anterior à Codificação, poderemos afirmar que haja, realmente, uma con-tribuição espírita.

Os simples relatos de fenômenos, dos mais variados matizes, sem apro-veitamento filosófico-moral, ou meras intuições, que a ficção dos bons escri-tores tão bem sabe aproveitar em seus livros, não podem ser averbados ainda como doutrina Espírita.

Um conhecido escritor espírita — Conan Doyle — em sua "História do Espiritismo", afirma que é impossível fi-xar uma data para o início da doutrina Espírita. Sugere, entretanto, que "uma data deve ser fixada e nenhuma melhor que a da história do grande vidente sueco Emmanuel Swedenborg".

Todavia, allan KardEc, na Revista Espírita de novembro de 1859, decla-ra que as obras de Swedenborg são "em geral muito volumosas e muito abstratas, quase que só são Iidas pelos eruditos. As-sim, a maior parte das pessoas que delas falam sentir-se-iam muito embaraçadas para dizer que era ele. Sem dúvida, sua doutrina deixa muito a desejar".

E. sWEdEnborg nasceu na Suécia, em 1688 e desencarnou em 1772.

De um modo geral, se aceita como início da História do Espiritismo a data de 31 de março de 1848, com os fenômenos osten-sivos de Hydesville, nos Estados Unidos.

Deolindo Amorim, em "Cadernos Doutrinários", de 1953, página 39, nos diz: "A História do Espiritismo comporta dois critérios: o que parte do fenômeno e o que parte da doutrina. Parece-nos mais lógico tomar como ponto de partida a or-ganização da Doutrina, em 1857. É na-tural que a História do Espiritismo tenha como marco inicial justamente o ano de

1857, quando se publicou O LivrO dOs espíriTOs, de aLLan Kardec. Antes da codificação de aLLan Kardec não havia a palavra espiriTismO".

Todos os grandes escritores espíritas: Denis, Delanne, Flammarion, Bozzano, Lombroso, Aksakof, Geley, Zollner, Eugè-ne Nus, Pezzani, De Rochas, W. Crookes e muitos outros ou são contemporâneos de allan KardEc ou lhe são posteriores.

Tentar descobrir doutrina Espírita an-terior a KardEc seria o mesmo que tentar encontrar agulha em palheiro, tão diluídas e fantasiosas estariam as ideias dos escri-tores e pensadores do passado. Seria dar muito trabalho à Hermenêutica que, aliás, é tão elástica quanto às conveniências ou convicções de quem a utiliza.

Como não há EspiritisMo sem allan KardEc, portanto, antes dele, vejamos, pelo menos, o hercúleo e valioso traba-lho do Mestre de Lyon, na elaboração da doutrina Espírita.

Desde o momento em que logrou entrever nos divertidos fenômenos das mesas girantes algo de mais sério, pois efeitos inteligentes só podem provir de uma causa inteligente, allan KardEc se entregou a fundo em suas investigações, durante quase 15 anos, num labor ininter-rupto, chegando à monumental conclusão de que o Espiritismo era uma grande Men-sagem dos Céus à Humanidade.

De maio de 1854 até 1869, não des-cansou um instante. Produziu obra após obra, cada qual tão importante quanto a precedente.

Refazia, refundia, ampliava, aperfeiçoa-va, a fim de que a grande Mensagem pu-desse despertar maior número de pessoas, orientando, consolando, esclarecendo, para libertar espiritualmente.

Para que se tenha uma pálida ideia da integral dedicação de KardEc à Causa Es-pírita, vejamos sua grandiosa produção:

1854 - Primeiros contatos com as mesas girantes;1857 - o liVro dos Espíritos (1ª edi-ção, em 18 de abril, com 501 questões);1858 - Revista Espírita (1º de janeiro);1858 - Sociedade Parisiense de Estu-dos Espíritas (1º de abril);1858- Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas;

1859 - o quE é o EspiritisMo;1860 - o liVro dos Espíritos (2ª edição, em 18 de março, com a feição atual de 1019 questões);1861 - o liVro dos Médiuns;1862 - O Espiritismo na sua Expres-são mais Simples;1864 - Imitação do Evangelho Se-gundo o Espiritismo;1865 - o EVangElHo sEgundo o Es-piritisMo;1865 - o céu E o inFErno;1868 - a gênEsE;

allan KardEc E a Edição dE "o liVro dos Espíritos"

A 1ª edição de "o liVro dos Espí-ritos" é de 18 de abril de 1857, mas sua edição definitiva é de 18 de março de 1860, graças à capacidade de allan KardEc, que refundiu, juntamente com os Espíritos, todo o livro:de 501 questões passou a 1193, isto

é, 999 principais e 184 complementa-res;a Introdução, que era um todo,

allan KardEc dividiu, numa feição mais didática, em XVII capítulos;as Notas, que ficavam no final do

livro, passaram a acompanhar cada res-posta;allan KardEc acrescentou uma no-

tável Conclusão, com nove capítulos.

José JorgE

Fonte: Revista de Estudos Espíritas, Ano I, n°2, Fevereiro/1994.

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Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)

Ler e bom...Ler o que e bom, e melhor ainda !

A Família na Visão EspíritaCurso :

A Família na Visão Espírita

Dia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.Estudo abErto a todos os intErEssados.

Junho:

Dia 04- ARelacionamento entre pais e filhos: puberdade e adolescência.

Dia 11- Relacionamento entre pais e filhos: juventude e filhos adultos.

Dia 18- Preservando os vínculos fami-liares: a afetividade entre pais e filhos, o amor materno, autoridade paterna, disciplina com amor, a liberdade com responsabilidade.

Dia 25- Relacionamento familiar: con-duta entre pais e filhos no lar,respeito, amizade, tolerância, limites, valorização mútua, piedade filial e ingratidão.

“ Dedica uma das sete noites

da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a

fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”

Joanna de Ângelis

Fonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

m a t r i m ô n i o E s E x o

É portas adentro de um lar legal-mente constituído que o homem e a mulher podem, legitimamen-

te, desempenhar as funções sexuais. No recesso sagrado do lar, os atos sexuais são naturais e chegam a ser santificados sem-pre que permitirem a formação de novos corpos, para a reencarnação de espíritos necessitados dela.

A infidelidade conjugal, tanto por par-te do homem, como da mulher, é uma falta grave, de penosas consequências espirituais. Durante o tempo de encar-nados, o homem e a mulher adúlteros conseguem esconder suas ligações ilícitas; são os homens e as mulheres de duas vi-das: uma respeitável perante a família; e outra secreta que vivem longe dos olhos de todos, pelo menos de seus familiares. Contudo, do Altíssimo não se pode escon-der nada; o desencarne chega inexorável, compelindo o espírito à mudança para o mundo espiritual; e lá, então, os espíritos adúlteros se reúnem, distanciados de seus entes queridos e começam os difíceis tra-balhos de reabilitação. Mais tarde, ou por méritos próprios ou por intercessão de amigos espirituais influentes, ou compul-soriamente, conseguem a bênção de uma nova reencarnação e os espíritos que jun-tos adulteraram no passado, novamente se encontram na Terra para a correção do erro.

Reencarnam-se compulsoriamente, conforme explicamos páginas atrás, os espíritos que, diante da realidade dos

graves compromissos assumidos, ame-drontam-se; e tudo fazem para protelar o reajuste a que são compelidos pelos deslizes cometidos. Então, uma vontade superior limita-lhes o livre arbítrio, levando-os ao trabalho redentor. Tudo se passa como quando uma criança não quer tomar o remédio salutar por meio de agrados; então os pais recorrem à energia.

É por isso que os cônjuges precisam resistir a todas as tentações que o sexo lhes apresentar fora do recinto do lar; sempre que traírem seus compromissos matrimoniais de absoluta fidelidade um ao outro, sintonizam-se com as regiões tenebrosas, de onde nada de bom podem esperar, além de contraírem dívidas de custoso resgate no futuro.

No tocante à fidelidade conjugal as-sume caráter gravíssimo, quando é le-vada a ponto de destruir um lar. Um lar tem raízes profundas no mundo es-piritual e abrange os interesses de uma porção de espíritos ligados a ele, quer encarnados, quer desencarnados.

Para cada determinado grupo de espíri-tos, cada lar é um ponto de apoio em vista das tarefas de reabilitação e de elevação a planos mais altos do Universo. Antes de se formar um lar terreno, traçam-se planos no mundo espiritual e depois, paulatinamente, esses planos concreti-zam-se na Terra, constituindo-se, então, o lar. Por aí vemos as pesadas respon-sabilidades que recaem nos ombros de ambos os cônjuges e as consequências imprevisíveis que acarreta para si, quem atenta contra a integridade de um lar. Por conseguinte, não procurem jamais os cônjuges satisfações sexuais clandestinas, nem ninguém, homem ou mulher, ata-que um lar, desencaminhando um dos cônjuges.

Quando os infelizes que assim pro-cederem, encontrarem-se na realidade do mundo espiritual, chorarão lágrimas amargas ante o caminho doloroso que lhes desdobra à frente para a reabilitação.

ElisEu rigonatti

Fonte: O Espiritismo Aplicado

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Clareando / Ano X / Edição 117/ Junho . 2013 - Pág . 17

Evangelização Infantojuvenil

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :FugindO para viver

Autor : Adeilson SallesEditora FEB.

Médiuns e Mediunidade

vamos estudar a mediunidade com Jesus.

Como a gente se comunica com as pessoas? Alguém pode conversar comigo através do telefone, se eu

não tiver um? Se eu não falar Alemão, posso entender uma pessoa que

está tentando me dizer algo falado ou escrito, nessa língua?Uma pessoa que é cega pode receber uma comunicação

por escrito e ler, se o texto não estiver em Braille ou se ela não souber Braille?

Uma pessoa que não ouve e não fala pode se comunicar com outras que têm o mesmo problema? E com pessoas que falam e ouvem?

Nesses casos poderemos pedir a ajuda de um intermediário, um intérprete que saiba outra língua, que saiba o Braille, que saiba a linguagem de sinais para nos ajudar nas diversas situações.

o quE é MEdiunidadE? o quE é o MédiuM?

A mediunidade é uma faculdade comum a todas as criaturas, ou seja, todos nós somos médiuns.

O médium é o intermediário entre o mundo dos encarnados e dos desencarnados.

Vamos compreender um pouco sobre isso?Desencarnados e encarnados podem se comunicar através

da mediunidade, que é a capacidade que algumas pessoas têm de entrar em contato com o chamado mundo espiritual. Essas pessoas são denominadas médiuns.

Vejamos, na figura, como se dá a ligação entre o espírito e o médium.

MEdiunidadE na casa Espírita

A mediunidade com Jesus é para a prática da caridade. Jamais será utilizada para ganhar dinheiro ou fama. Os médiuns trabalhadores das casas espíritas são orientados a usarem seus dons mediúnicos para a prática da caridade. Dinheiro e fama são con-quistados com outro tipo de trabalho. De que forma "ganhamos" a mediunidade?

Como é que a mediunidade chega até nós? É dada por Deus. Não pagamos nada por ela. Recebemos de graça. Portanto, teremos que dar de graça o que de graça recebemos.

A mediunidade deve ser empregada da forma correta, de acordo com os propósitos do nosso Pai. É uma oportunidade que, por misericórdia, Ele nos facultou para que pudéssemos evoluir es-piritualmente, através do trabalho no bem, da prática da caridade.

Assim também vivem os médiuns do Espiritismo: "Dando de graça o que de graça receberam."

MEdiunidadE é caridadE E sErViço

Deus nos confiou esse dom para o nosso próprio progresso espiritual, mas cabe a nós darmos a devida utilidade. De que adian-ta ganharmos um presente cheio de amor e deixá-lo guardado na gaveta ou numa estante pegando poeira? O mais importante não é exercer a mediunidade, pura e simplesmente, mas exercê-la de acordo com os ensinamentos de Jesus.

conclusão : Médiuns sempre existiram. Não é um pri-vilégio dos Espíritas, tampouco uma criação da Doutrina Espírita.

A mediunidade é uma faculdade inerente a todos os ho-mens, independente de religião, raça, posição social, etc. E é atra-vés desse canal que recebemos as influências boas ou más do plano espiritual.

Todos somos médiuns, porém, nem todos ostensivos. Mas o que significa isso? Mediunidade ostensiva é aquela patente, evidente, que

permite sentir a presença dos espíritos, que serve de ponte entre o mundo material / físico e o espiritual. É a possibilidade de comu-nicação entre encarnados e desencarnados. E o corpo físico desses médiuns já vem preparado para que possam dispor dessa faculdade. Ela pode se manifestar, em cada um, em fases diversas da vida: na infância, adolescência ou na fase adulta.

Os tipos mais comuns de mediunidade são: vidência, in-tuição, audiência, sonambúlica, transporte, psicofonia, psicografia, efeitos físicos e cura.

organizado pEla coordEnação dE EVangElização do cEic.Obs.: A matéria publicada em abril também foi organizada por essa Coordenação.