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Ano X - Edição 120 - Setembro / 2013 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia - todo 1° domingo de cada mês. Hora - das 15:00 às 17:00 r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição - à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação. pág.10 Eurípedes Barsanulfo, Apóstolo da Caridade pág.8 Educação, Senda de Luz: Educar — Difícil Tarefa pág.6 Reflexão: Doutrina Espírita pág.17 Suplemento Infantojuvenil pág.12 Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita pág.9 Ouvindo o Mestre Jesus: Parábola do Servo Fiel Semeando o Evangelho de Jesus pág.2 pág.3 Mensagem Mediúnica: José Jorge pág.4 Yvonne A. Pereira: Durante o Serviço da Pregação pág.7 Obsessão — Estude e Liberte-se Nesta Edição : Editorial O SEMEADOR SAIU A SEMEAR A parábola do Semeador, trazida por Jesus aos seus apóstolos e que chegou até nós, é motivo de grande reflexão. "Semear é espalhar sementes; divulgar” e é esta nossa tarefa como bom cristão: semear o bem e os ensinamentos doutrinários em nosso coração e no coração dos nos- sos semelhantes. Semear e vivenciar esses ensinamentos. Abrir as frestas da nossa veneziana mental para que a luz do Evangelho de Jesus possa por elas penetrar. O estudo da Doutrina Espírita e, portanto, o "conhecimento da verdade", como nos disse o Mestre Jesus, nos libertará , conduzindo-nos à felicidade tão almejada por nós. Nesta edição o Clareando nos traz muitos textos que nos auxiliarão nesse empreendimento de libertação. Vejamos algumas dessas reflexões: "... servo vigilante é o que estuda, é o que pesquisa, perquire e (...) ilumina os que lhe estão próximo...". "A nossa companhia espiritual vai ser sempre resultado dos nossos pensamen- tos, atos e sentimentos que cultivamos, nesta e em outras vidas." "... o Mestre Jesus abre nossas perspectivas para todos aqueles que o seguem, através da vivência de suas lições...". "Espiritismo (...) é, para os seus adeptos, uma revelação de caráter filosófico, científico e religioso. O seu lema é: Fora da Caridade não há salvação." Que estas e outras reflexões que trazemos possam ser de grande proveito para todos nós. Paz em nosso coração.

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncioclarencio.org.br/pdf/clareando/Set_2013.pdfClareando / Ano X / Edição 120/ Setembro . 2013 - Pág . 3 Mensagem Mediúnica

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Ano X - Edição 120 - Setembro / 2013

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia - todo 1° domingo de cada mês.Hora - das 15:00 às 17:00

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição - à noite.Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação.

pág.10

Eurípedes Barsanulfo,Apóstolo da Caridade

pág.8

Educação, Senda de Luz:Educar — Difícil Tarefapág.6

Reflexão: Doutrina Espírita

pág.17SuplementoInfantojuvenil

pág.12

Instruções dos Espíritos noPentateuco Espírita

pág.9

Ouvindo o Mestre Jesus:Parábola do Servo Fiel

Semeando o Evangelho de Jesuspág.2

pág.3Mensagem Mediúnica:José Jorge

pág.4Yvonne A. Pereira: Durante o Serviço da Pregação

pág.7Obsessão — Estude eLiberte-se

Nesta Edição :

Editorial

O SemeadOr Saiu a Semear

A parábola do Semeador, trazida por Jesus aos seus apóstolos e que chegou até nós, é motivo de grande reflexão. "Semear é espalhar sementes; divulgar” e é esta nossa tarefa como bom cristão: semear o

bem e os ensinamentos doutrinários em nosso coração e no coração dos nos-sos semelhantes. Semear e vivenciar esses ensinamentos. Abrir as frestas da nossa veneziana mental para que a luz do Evangelho de Jesus possa por elas penetrar. O estudo da Doutrina Espírita e, portanto, o "conhecimento da verdade", como nos disse o Mestre Jesus, nos libertará , conduzindo-nos à felicidade tão almejada por nós.

Nesta edição o Clareando nos traz muitos textos que nos auxiliarão nesse empreendimento de libertação. Vejamos algumas dessas reflexões:"... servo vigilante é o que estuda, é o que pesquisa, perquire e (...) ilumina os

que lhe estão próximo..."."A nossa companhia espiritual vai ser sempre resultado dos nossos pensamen-

tos, atos e sentimentos que cultivamos, nesta e em outras vidas.""... o Mestre Jesus abre nossas perspectivas para todos aqueles que o seguem,

através da vivência de suas lições..."."Espiritismo (...) é, para os seus adeptos, uma revelação de caráter filosófico,

científico e religioso. O seu lema é: Fora da Caridade não há salvação."Que estas e outras reflexões que trazemos possam ser de grande proveito para

todos nós.Paz em nosso coração.

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Clareando / Ano X / Edição 120 / Setembro . 2013 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Os Milagres no Evangelho

a q u e l e q u e S e e l e v a S e r á r e b a i x a d OEm um dia de sábado, Jesus entrou na casa de um dos principais fariseus para ali tomar a sua refeição,

e aqueles que lá estavam ficaram a observá-lo. Então, notando que os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus propôs-lhes uma parábola, dizendo: “Quando fordes convidados para bodas, não vos colo-queis no primeiro lugar, porque pode ser que outra pessoa mais importante do que vós se encontre entre os convidados, e que aquele que vos convidou venha vos dizer: ‘Dai o vosso lugar a este’, e vós, envergonhados, sejais obrigados a ocupar o último lugar. Quando fordes convidados, ide tomar o último lugar, para que aquele que vos convidou possa chegar perto de vós, e dizer: ‘Meu amigo, vinde mais para cima. ’ Então, isso será um motivo de glória diante daqueles que estarão à mesa convosco, porquanto todo aquele que se eleva será rebaixado, e todo aquele que se humilha será elevado.” (Lucas, XIV:1 e 7 a 11.)Essas máximas são as consequências do princípio de humildade que Jesus apre-

senta incessantemente como condição essencial da felicidade prometida aos eleitos do Senhor, e que ele formulou com estas palavras: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque o reino dos céus é deles.” Ele apresenta uma criança como o símbolo da simplicidade de coração e diz: “Aquele, pois, que se humilhar e se fizer pequeno como esta criança, esse será o maior no reino dos céus”, ou seja, aquele que não tiver nenhuma pretensão à superioridade ou a ser infalível. O mesmo pensamento fundamental é encontrado neste outro ensinamento: “Todo aquele que quiser ser o primeiro dentre vós que seja vosso escravo”, e também neste: “Todo aquele que se eleva será rebaixado, e todo aquele que se humilha será elevado.”

O Espiritismo vem confirmar a teoria pelo exemplo, mostrando-nos grandes no mundo dos espíritos aqueles que foram pequenos na Terra; e, muitas vezes, bem pequenos aqueles que nela eram importantes e poderosos. É que os primeiros, ao morrerem, levaram consigo o que realmente representa a verdadeira grandeza no céu, e que nunca se perde: as virtudes; enquanto que os outros tive-ram que deixar o que fazia a sua grandeza sobre a Terra, e que não se leva ao morrer: a fortuna, os títulos, a glória, o nasci-mento ilustre. Nada mais possuindo, chegam ao outro mundo desprovidos de tudo, como náufragos que perderam todos os seus bens, até suas roupas. Eles só conservaram o orgulho que torna sua nova posição mais humilhante ainda, porque veem acima deles, e resplandecente de glória, aqueles que na Terra eles espezinharam.

O Espiritismo nos mostra uma outra aplicação desse princípio nas encarnações sucessivas onde aqueles que ocuparam os mais altos postos em uma encarnação descem às mais humildes condições na existência seguinte, se foram dominados pelo orgulho e pela ambição. Portanto, não procureis o primeiro lugar na Terra, nem vos coloqueis acima dos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer; procurai, ao contrário, o mais humilde e o mais modesto, pois Deus saberá vos dar um lugar mais elevado no céu, se for do vosso merecimento.Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo VII, itens 5 e 6, Editora Léon Denis.

Um dia, quando Jesus estava à margem do Lago de Genesaré, e se achava cercado pela multidão que se comprimia para ouvir a palavra de Deus, viu duas barcas atracadas à beira do lago; os pescadores haviam desembarcado e lavavam as suas redes. Então, Jesus entrou numa dessas barcas, que era de Simão, e pediu-lhe que a afastasse um pouco da terra; e, tendo se sentado, ensinava ao povo de dentro da barca.

Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança pelo meio da água e lança as tuas redes de pescar.” Simão respondeu-lhe: “Mestre, trabalhamos a noite toda e não apanhamos nada; contudo, como mandas, lançarei a rede.” Tendo-a lançado, apanharam uma quan-tidade tão grande de peixes, que a rede se rompeu. Acenaram aos seus companheiros, que estavam na outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram e encheram de tal modo as barcas que por pouco elas não afundaram. (Lucas, V: 1 a 7.)

P e S c a m i l a g r O S aEsse fato nada tem de surpreendente, quando se conhece o po-

der da dupla vista e a causa, muito natural, dessa faculdade. Jesus a possuía em grau máximo, e pode-se dizer que ela era o seu estado normal, como atestam um grande número de atos da sua vida, e o que explicam, atualmente, os fenômenos magnéticos e o Espiritis-mo.

A pesca qualificada de milagrosa também se explica pela dupla vista. Jesus não produziu espontaneamente peixes onde eles não existiam; ele viu, com a vista da alma, tal como um lúcido vigi-lante teria podido fazer, o lugar onde os peixes se encontravam, e pôde dizer com segurança aos pescadores que lançassem ali as suas redes.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, Capítulo XV, Itens 7 e 9.Editora Léon Denis.

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Clareando / Ano X / Edição 120/ Setembro . 2013 - Pág . 3

Mensagem Mediúnica

Encontros Espíritas

LocaL: centro espírita irmão cLarêncio

24° encontro espírita sobre medicina espirituaL.seção: doutrinária, científicas i e ii.dia - 20/10/2013Hora - 8:30 às 13:00

Em Outubro

24° encontro espírita sobre a Vida de bezerra de menezes.

tema - bezerra de menezes, Homem do futuro e a Liderança, o amor e a caridade.dia - 01/09/2013Hora - 8:30 às 13:00

20° encontro espírita sobre Jesus

tema - Jesus, o Homem de bem e a Vida intuitiVa. Jesus, o bom pastor.dia - 22/09/2013Hora - 8:30 às 13:00

Em Setembro

“Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porque todo aquele que pede, recebe, e o que procura, encontra, e se abrirá àquele que bate à porta.” (Matheus, VII : 7 a 11)

Q uando, na condição de encarnado, muitas vezes na tribuna espírita tive a oportunidade de abordar esse tema em que o Senhor nos convida a agir de determinada forma, na busca das verdades, dos conhecimentos que possam libertar-nos das trevas da ignorância.Eu sentia um prazer enorme em incentivar todos a seguirem esses ensinamentos, na certeza

de que as respostas aos pedidos, às solicitações, chegariam a todo aquele que batesse, que procurasse, que pedisse. Agora, na condição de desencarnado, vejo que a grande maioria dos encarnados bate, pede, procura e, de nossa parte,

quando até mesmo o nosso nome é lembrado nas solicitações de ajuda e de socorro, surpreendo-me ao ver que o encarnado, embora esteja pedindo, solicitando, batendo à porta, não nos abre efetivamente a porta do coração; não nos oferece um campo mais propício a vibrarmos sobre suas mentes, para que, através desse envolvimento, o socorro dos amigos espirituais possa materializar-se junto a essas solicitações.

Portanto, quando aquele que desejar bater à porta do Plano Espiritual, solicitando ajuda e apoio, enfim, pedindo algo aos Espíritos, aos seus Guias e Protetores, não se esqueça de que, para a reciprocidade dessa ajuda, o seu coração possa esperar e aguardar, oferecer um campo propício para que, com calma, com tranquilidade, fora da faixa do desespero e da aflição, possa ouvir as sugestões que os Espíritos, com certeza em nome de Deus, trarão ao seu coração: as ideias, as inspirações, os pensamentos positivos.

Encerrando, deixamos a nossa palavra amiga nesta noite enaltecendo que realmente busquem, procurem, batam, porque sempre algo chegará positivamente à vida de cada um de vocês.

Todos aqui presentes, como todo ser humano neste planeta abençoado, possuem junto a si amigos, protetores, benfeitores espirituais, que vos apoiam, que vos incentivam, que vos querem bem. Que a fé, a esperança e a confiança em Deus permaneçam como chamas e luzes abençoadas em suas almas.

Um abraço do amigo de sempreJose Jorge.Graças a Deus.

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 31de julho de 2013)

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Clareando / Ano X / Edição 120 / Setembro . 2013 - Pág . 4

Espiritismo na

Web

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

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Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

Reunião de Trabalhadores do CEIC

setembro - dia 20 / 6ª FeiraHorário - 19:00LocaL - Centro Espírita Irmão Clarêncioestudo - O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

Atenção!

ConviteVenha estudar conoscoa Vida e as obras de

Yvonne A. PereiraProcure a Secretaria de Cursos

para informações

Yvonne Pereira - uma Seareira de Jesus

Esclarecendo

M uitos confrades que se candida-taram para servir ao Evangelho desconhecem que devem fazê-

lo em nome de Jesus!Pode parecer prosaica a colocação,

mas não é!Num olhar detalhado, vários coopera-

dores apresentam a personalidade acima da tarefa. Querem representar o nome de Jesus, mas laboram de maneira muito pessoal e nada fraterna.

O representante da palavra há de se lembrar de que não está na Seara para ser servido e sim para servir.

Destarte, que o expositor espírita não imagine estar construindo uma carrei-ra profissional ou acadêmica, em que as exigências o tornem inacessível ou extremamente caro para o Movimento Espírita.

Há de se lembrar, também, que o ser-vidor da palavra não é um artista ou personalidade que deva ser tratada com luxo ou exaltação.

O tarefeiro da divulgação espírita nada exige e labora com dedicação e amparo.

Da mesma forma, lembramos aos co-ordenadores das tarefas espíritas que o expositor, se não é uma personalidade, é um irmão de jornada que necessita de acolhimento, organização, privacida-de, alimentação e silêncio para que seu verbo esclarecedor se espraie com equi-líbrio, atingindo corações necessitados da palavra boa e certa.

d u r a n t e O S e r v i ç O d a P r e g a ç ã O

Desse modo, pensar no expositor com carinho e afeto, acolhendo-o como ir-mão de jornada e, antes, dever cristão. Mas que os oradores nada exijam e, quanto possível, tudo suportem para que o Evangelho seja luz do mundo posta em nossa boca.

Que nenhum orador faça da tribuna es-pírita, palco para suas ideias pessoais; que jamais se utilize da oportunidade da pa-lavra e da amizade que a santa doutrina possibilita, para granjear oportunida-des econômicas em sua vida pessoal; que nenhum lucro ou vantagem retire de pessoas ou ambientes que em nome do Espiritismo frequentar; que jamais abuse dos recursos que lhe forem ofe-recidos para o Espiritismo divulgar; que se hospede de alma modesta, jamais ex-cedendo no acolhimento dos anfitriões, causando despesas desnecessárias e não onerando, com pedidos esdrúxulos, os que facilitam a divulgação espírita.

Amigos expositores, confrades oradores, jamais olvidemos de que o Evangelho exige uma espécie de renúncia e que nossa res-ponsabilidade faz lembrar as instruções do Cristo: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. (Mt 7:21)YVonne a. pereira

Fonte: A Pena e o Trovão, médium Emanuel Cristiano

termo médico: sensibilidade excessiva a qualquer estímulo. Alguns indivíduos ditos paranormais, quando em transe, mediunizados ou não, apresentam estados especiais de hiperestesia. Há alguns casos na literatura, em citações de Gustave Geley, em experimentos com o sensitivo Ossoviescki, que descrevem hiperestesia tátil, com a qual o indivíduo consegue revelar o que há dentro de um objeto; mas aí começa a psicometria ou clarividência.Fonte: Dicionário de Filosofia Espírita, L. Palhano Jr. Editora Léon Denis.

H i P e r e S t e S i a

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Clareando / Ano X / Edição 120/ Setembro . 2013 - Pág . 5

Estamos aguardando você no Centro Espírita Irmão ClarêncioRua Begônia, 98 - Vila da Penha

Encaminhe sua proposta de anúncio à sandra goes e eLiana aguiar

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K a r d e c S e m p r e

A Doutrina Espírita é um sublime código revelado por Deus aos

homens.Os ministros do Senhor trouxeram à

Terra as informações dos céus.Caberia, porém, à sistematização de

Allan Kardec, estabelecer o código neces-sário para que a humanidade conhecesse, na linguagem que lhe é própria, força do progresso determinado por Deus e mate-rializado nas perguntas e, sobretudo, nas respostas de O Livro dos Espíritos.

No contexto histórico terreno, em que nasce a Doutrina dos Imortais, a ciência desenvolveu papel essencial para que as verdades eternas saíssem dos guetos místi-cos nos quais a ignorância as encarcerou.

Não que a revelação divina necessitas-se da epistemologia para validá-la, mas a linguagem científica e o método foram importantes, representando o esforço do homem para entender a elocução divina e reconhecê-la como verdade universal.

Deus fala pela lógica, pela razão, pela perfeição da natureza. Sem conseguirem ler o alfabeto divino, as inteligências ob-tusas, pouco desenvolvidas, estimuladas pelas estrelas e por todos os fenômenos naturais, iniciaram sua jornada rumo ao conhecimento. Foi assim que os gre-gos inventaram a filosofia e, mais tarde, o conhecimento científico se firmaria no mundo. Porém, a ciência humana, conquanto suas luminosas e heroicas conquistas, bem como sua arrogante e orgulhosa vaidade, está apenas nas primeiras decodificações do alfabeto divino.

Allan Kardec, o missionário da razão, ofe-receu do seu intelecto para cooperar com a doutrina dos Espíritos.

Acostumado à linguagem científica da época e sob portentoso auxílio espiri-tual, a equipe do Espírito da Verdade, qual plêiade fulgurante, atuou sobre o codificador iluminando-lhe o intelecto.

Com efeito, Allan Kardec representa o bom senso, o método indutivo (próprio da produção científica), a reflexão profun-da da filosofia e os apontamentos morais, as consequências religiosas.

Sem o concurso atlante do codificador, o Espiritismo não estaria cumprindo seus objetivos de transformar o homem

S e m O b r a S b á S i c a S n ã O H á e S P i r i t i S m O

pela razão que ilumina e disciplina as emoções.

Esperamos dos expositores, portanto, estudo mais aprofundado das obras bá-sicas, a ponto de apresentá-las ao povo na qualidade que as caracteriza.

Se o conhecimento enciclopédico impressiona as massas, o conteúdo dou-trinário, porém, e somente ele, guiará e nutrirá os sedentos da água viva.

Todo compromisso doutrinário necessita ser demonstrado aos homens na compe-tência daqueles que já desenvolveram a seriedade de propósitos, reconhecendo a beleza da doutrina.

Dessa feita, que todas as fontes de infor-mação sejam citadas com segurança, que nosso compromisso veicule acertadamen-te capítulos e itens das obras basilares do Espiritismo.

Fazendo assim, interpretando correta-mente as informações dos imortais, estimularemos nosso povo à leitura neces-sária do Pentateuco.

Os romances bem escritos e doutri-nariamente corretos serão sempre de bom auxílio, mas nunca substituirão a clareza didática, científica, filosófica e religiosa dos apontamentos de Allan Kardec e dos imortais que revelaram os textos doutrinários das obras básicas.

Que nossas Casas e, sobretudo, os ex-positores se empenhem em demonstrar Allan Kardec, isto é, o Pentateuco ao povo.

Todos necessitamos ler e reler Kardec até aprendermos a estudá-lo competen-temente.

Afastemo-nos do fanatismo e da in-transigência, aproximando-nos da luci-dez do professor Rivail.

O orador que exalta a codificação, ex-pondo os seus preceitos, eleva um hino de adoração a Deus.

Que as vozes dos homens e mulheres ecoem intrépidas para esclarecer os filhos do Altíssimo.

Que a Doutrina Consoladora encontre, em nós, os seus leais divulgadores.

Que todos os comprometidos com a irradiação doutrinária reconheçamos, por fim, que sem o estudo e a vivência da dou-trina codificada por Allan Kardec, não ha-verá na Terra, de fato, Espiritismo.

Fonte: A Pena e o TrovãoMédium: Emanuel CristianoEspírito: Yvonne do Amaral Pereira

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Clareando / Ano X / Edição 120 / Setembro . 2013 - Pág . 6

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / E a vida continua...).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediú-nica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Desobsessão, André Luiz,F.C.Xavier.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 15:00 às 16:30Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

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Educação — Senda de Luz

e d u c a r : d i f í c i l t a r e f a

N o conturbado mundo atual, faz-se ne-cessário a reflexão em torno de alguns temas que são imprescindíveis para

o nosso ajuste onde estamos inseridos. Um deles é a intrincada questão da educação dos filhos. Sobre o assunto, educadores, filósofos e pensadores de uma forma geral, ocuparam-se e ocupam-se exaustivamente, tentando encontrar os meios seguros e métodos efi-cazes de conduzir indivíduos ao equilíbrio. Sabemos que teoricamente a coisa pode ser fácil, mas quando nos transportamos para o cotidiano de nossas vidas, vemos que muitas vezes a prática desmente a teoria. São com-plicadas situações que se nos apresentam, nos atordoam e nos deixam inseguros em relação ao papel que exercemos diante de nossos filhos.

Afinal, como educar? Como disciplinar sem ultrapassar os limites do respeito e da tolerância? Terá uma fórmula? Claro que não! Atualmente, lidar com a educação de um filho pode se tornar um tormento. Na ver-dade, em muitos casos, parece um duelo em condições desiguais, uma vez que o mundo materialista, com seus inúmeros atrativos, exerce urna influência às vezes extremamente perniciosa nesse processo. São horas e horas diante de uma TV que deseduca sistematica-mente além de induzir à violência, ao sexo fácil e irresponsável, ao adultério, à corrup-ção, enfim toda sorte de princípios que nada têm a ver com a moral sadia, tão necessária à evolução do ser.

A conduta dos pais é fator preponderante e determinante na educação dos filhos.

E perguntamos: qual a nossa responsa-bilidade diante disto tudo? Certamente que toda. A paternidade é talvez um dos mais graves compromissos que assumimos. É nossa a responsabilidade de conduzir aquele Espírito na senda do progresso, saneando-lhes os males, aparando os espi-nhos de sua personalidade, mostrando-lhe a diferença entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, incutindo-lhe no coração o amor ao próximo, o respeito ao direito dos outros, dando-lhe noções de liberdade, fraternidade e igualdade entre os homens. Esse é o papel dos pais. Entretanto isso só será possível se tivermos condições morais para tanto.

Cuidemos, portanto, em formar lares equilibrados, que nos deem as ferramentas necessárias para enfrentar as dificuldades encontradas na formação de nossos filhos por vezes consideradas intransponíveis. A conduta dos pais é fator preponderante e determinante na formação de criaturas de mentes saudáveis.

Certamente que não há fórmulas para se educar um filho, mas a tarefa poderá se tornar menos árdua se observarmos os princípios da sadia moral, pautando nossa conduta no bom exemplo. Não podemos nos esquecer de que um dia nos serão pedidas contas da responsabi-lidade que assumimos perante aquela criatura. Reflitamos, pois!

Vanda simõesFonte: Revista Internacional de Espiritismo/Set.1998.

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

"Aquele que recebe dádivas pode ser somente beneficiário. O que, porém, recebe o favor e agradece-o, vendo a luz e seguindo-a, será redimido." (Lição 34)

"Não basta fazer do Cristo Jesus o benfeitor que cura e protege. É indispensável transformá-lo em padrão permanente da vida, por exemplo e modelo de cada dia." (Lição 100)

"Em todos os lugares e situações da vida, a caridade será sempre a fonte divina das bênçãos do Senhor." (Lição 110)

"Quem demonstra a renovação de si mesmo, em Cristo, habilita-se a cooperar na renovação espiritual dos outros. Quanto ao bem-estar próprio, serás chamado a ele, no momento oportuno." (Lição 111)

Fonte: Vinha de Luz.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

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Clareando / Ano X / Edição 120/ Setembro . 2013 - Pág . 7

Anuncie no

Obsessão - Estude e Liberte-se

S i n t O n i a c O m O S d e S e n c a r n a d O Si n f l u ê n c i a e S P i r i t u a l S u t i l

InfLuência do latim “in” + “fluere” = ação de fluir sobre.É um poder psíquico-espiritual que todos

nós possuímos e pelo qual irradiamos nossos predicados morais e culturais, devendo atin-gir aqueles que pensam semelhantemente a nós. Exercemos esse poder de influenciação de várias formas: pela palavra, pelos atos e pelo pensamento. As pessoas de personalida-de forte influenciam as de caráter mais frágil. É muito comum o adulto experiente induzir uma criança ou um adolescente a fazer o que é certo ou que é errado. Passe a observar e irá concluir conosco que a influenciação entre os humanos é fenômeno corriqueiro e fun-damental na cultura, nos pensamentos e nos sentimentos de todos nós.

Os desencarnados, ou seja, os Espíritos, usam o pensamento para nos influenciar. Allan Kardec perguntou ao Espírito de Verdade, na questão 459 de “O Livro dos Espíritos”:

— Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e nossas ações?

E a resposta veio assim:— A esse respeito a sua influência é maior

do que credes porque, frequentemente, são eles que vos dirigem.

Imaginemos que você esteja portando um pequeno rádio a pilha e que, em determinado momento, deseja ouvir música. Liga o rádio e sintoniza na estação que mais gosta. Agora você está ouvindo a sua música preferida. Se mudar de ideia, trocará de emissora e passará a ouvir um noticiário. Tudo dependerá so-mente da sintonia do seu rádio com a estação transmissora... Com a sua mente vai aconte-cer o mesmo: pense em coisas desagradáveis e estará sintonizando espiritualmente com um desencarnado que se sente infeliz. Agora vem a pergunta chave dessa situação:

— Será que você começou a pensar negati-vamente porque quis ou porque foi induzido por algum Espírito? As duas coisas podem acontecer. Se você resolveu ser infeliz a partir daquele momento, a decisão foi sua, você é quem vai sofrer. A responsabilidade é somen-te sua. Se foi induzido e passou a aceitar a sugestão, cabe a você mudar de opinião e não sintonizar com aquela entidade. Assim como você pode controlar a sintonia do seu rádio, poderá, também, controlar a sintonia de sua mente.

Encarnados e desencarnados, ou seja, ho-mens e Espíritos, estão mergulhados num oceano de irradiações mentais, assim como o seu rádio está sendo bombardeado com as di-versas ondas sonoras de inúmeras emissoras.

Do Espirito para nós, a influenciação se dá mente a mente. Primeiramente atingin-do a nossa aura espiritual, depois chegando à zona perispiritual e, finalmente, alcançan-do o íntimo do cérebro físico que, sendo aceita a sugestão, faz-nos sentir tal qual o Espírito influenciador deseja. Ele pensa e nós respondemos positiva ou negativamen-te. Se aceitarmos a sua sugestão, estaremos vibrando na mesma faixa, “ouvindo a música que ele toca”, ou seja, o que ele nos “diz”. Essa dinâmica, é claro, vale tanto para os bons quanto para os maus Espíritos, e para aqueles que, não sendo necessariamente maus, são inferiores nos seus desejos, resul-tando da qualidade de suas vibrações um bem-estar ou um mal-estar; alegria ou tris-teza, pessimismo ou otimismo.

Kardec, em “A Gênese”, Cap. XIV,Item 15, esclarece este mecanismo de influencia-ção de desencarnado para encarnado, da seguinte maneira:

“Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som. Pode-se, pois dizer, sem receio de errar, que há, nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como há no ar ondas e raios sonoros”.

Ensina-nos Emmanuel que “Todos exte-riorizamos a energia mental, configurando as formas sutis com que influenciamos o próxi-mo, e todos somos afetados por essas mesmas formas, nascidas dos cérebros alheios.

Cada atitude de nossa existência polariza forças naqueles que se nos afinam com o modo de ser, impelindo-os à imitação consciente ou inconsciente.” (Pensamento e Vida)

Somos levados a concluir que a influenciação que os Espíritos possam exercer sobre cada um de nós vai depender da nossa sintonia mental.

A nossa companhia espiritual vai ser sempre resultado dos nossos pensamentos, atos e sen-timentos que cultivamos, nesta ou em outras vidas.

Vamos, portanto, manter disciplinada a nossa mente, para que os pensamentos por ela produzidos sejam os mais elevados pos-síveis, gerando em nós sentimentos nobres e procedimentos lícitos, consonantes com a ética cristã, para que da influenciação sutil não passemos para a obsessão.

É este cuidado o objetivo maior de nossa conversa. Por estarmos sujeitos à influenciação sutil de que fala André Luiz, na obra “Estu-de e Viva”, a ela nos habituamos embora, consequentemente, nela desacreditando. Dificilmente aceitamos do companheiro

de luta, que já nos conhece, a advertência de que estejamos mal influenciados na-queles momentos intempestivos, quando deixamos de agir conforme pregamos. No entanto, facilmente admitimos que a Espi-ritualidade Superior está ao nosso lado, nos ajudando, quando algo de bom e positivo sugerimos aos irmãos em nossas atividades. Funciona, nesse último caso, a nossa vaida-de: ser influenciado por um bom Espírito é aceitável; o contrário não! Por essa razão, entendemos que o alerta de André Luiz se fundamenta no pouco caso que damos a esse fato, quando diz que “Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio-obsessões de quase-obsidiados, despercebidas, contudo bem mais frequentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de le-giões de outras”. (“Estude e Viva”, Cap.35 — Edições FEB). Como diagnosticar essa “influenciação sutil” o citado Mentor nos ensina naquela mesma obra.

Detectada a influenciação sutil, sugeri-mos alguns antídotos que os Espíritos nos ensinam. O trabalho, qualquer que seja ele, físico ou intelectual, aparece como o primeiro remédio no combate à insurgência de pensamentos deprimentes. Logo depois vêm a boa leitura, a música harmoniosa, a conversa edificante, o equilíbrio diante de situações de desespero e, finalmente, o há-bito da oração, na forma de conversa com o Criador, para louvar, agradecer ou pedir-Lhe ajuda. Colocamos a oração por último, por entender que ao nos dirigirmos a Deus devemos levar-Lhe a oferenda de nosso la-bor cristão, pois vale mais um dia de “bom combate”, de bons atos e de “trabalho-amor” do que uma oração petitória, lamuriosa e vazia, sem o testemunho do nosso esforço na reforma íntima.WaLdeHir bezerra de aLmeida

Fonte: Revista Internacional de Espiritismo, janeiro de 1998.

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Clareando / Ano X / Edição 120 / Setembro . 2013 - Pág . 8

Dia : 08 / 09 / 2013 - 16 horasCulto no Lar de Vilma Rodrigues Tavares

Atividades Doutrinárias

Curso de Atualização para todos os Médiuns

setembro : dia 28 / SábadoHorário : 16 horasLocaL : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

Atenção!

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?

O CEIC agradece desde já a sua colaboração.

Conta para depósito:

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

Ouvindo o Mestre Jesus

“Estejam cingidas as vossas cintas e acesas as vossas candeias; e sê de vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das bodas; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. Bem-aventurados aqueles servos! a quem o senhor achar vigiando, quando vier; em verdade vos digo que ele se cingirá, os fará sentar à mesa, e, chegando-se, os servirá. E quer ele venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar. Mas sabei que, se o dono da casa tivesse sabido a hora a que havia de vir o ladrão, não haveria deixado arrombar a sua casa. Estai vós, também, apercebidos, porque à hora que não pensais, virá o Filho do Homem.” (Lucas, XII, 35-40.)

“Na acepção geral do termo, parábola é uma narrativa que tem por fim transmitir verdades indispensáveis de serem compreendidas.

As Parábolas dos Evangelhos são alegorias que contêm preceitos de moral. O emprego contínuo, que durante o seu ministério Jesus fez das parábolas, tinha por

fim esclarecer melhor seus ensinos, mediante comparações do que pretendia dizer com o que ocorre na vida comum e com os interesses terrenos. Sugeria, assim, o Mestre, figuras e quadros das ocorrências cotidianas, para facilitar mais aos seus discípulos, por esse método comparativo, a compreensão das coisas espirituais”.(Livro: Parábolas e Ensinos de Jesus, Cairbar Schutel / Capítulo: As parábolas e a Sua Interpretação / Editora O Clarim).

P a r á b O l a d O S e r v O f i e l

Na esfera espiritual, como na ma-terial, a qualidade indispensável do servo é ser vigilante.

Servo vigilante é o que trata com zelo dos misteres que lhe são afetos, correspon-dendo, como deve, ao salário pelo qual se ajustou, e satisfazendo, ao mesmo tempo, as ordens que recebe de seu senhor.

A dissídia no trabalho, não só abate o crédito do operário, como também lesa os interesses de seus superiores.

O bom servo, que trabalha nas coisas re-ferentes ao Espírito, não tem tempo para se reclinar no leito e, de candeia apagada, dormir o bom sono, esquecendo os traba-lhos que lhe são afetos.

Precisa ele, com a cinta cingida e a candeia acesa, vigilante, aguardar que o Senhor lhe bata à porta.

Nenhum dos servos sabe em que vi-gília chegará o Senhor, se na segunda, se na terceira; e a vinda do Senhor é tão certa, como a descida das chuvas a ter-ra, como a mudança do dia pela noite, como o calor, como o frio, como os ven-tos, como a volta dos cometas, como o brilho das estrelas.

Em linguagem evangélica, servo vigilante é o que estuda, é o que pesquisa, perquire, e, de candeia acesa, isto é, com o entendi-mento aclarado pela compreensão dos fatos que observou e dos estudos que fez, ilumina os que lhe estão próximos, ensinando-lhes o caminho que vai ter a Deus, que não pode ser outro que o da caridade, bem compreendida, como ensina o Espiritismo! Fonte: Parábolas e ensinos de Jesus, Cairbar Schutel, Editora O Clarim.

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Clareando / Ano X / Edição 120/ Setembro . 2013 - Pág . 9

Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Eurípedes Barsanulfo - Apóstolo da Caridade

Orientação Segura

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita. Sugestão do mês:as mesas girantes e o espiritismo

autor: zêus WantuiL

edições feb

A paz seja com todos aqui reu-nidos, nesta hora tão propícia, em que temos o ensejo de di-

rigir, de maneira direta, a nossa palavra aos nossos queridos amigos.

Oh! Que alegria, que prazer, que con-tentamento imenso experimentamos por esta situação feliz!

Amigos queridos, familiares, companhei-ros em crença, aqui estamos presentes para vos dar as boas-vindas, para vos aconchegar ao nosso coração, num gesto de carinho, de amizade e de amor.

Sim, amigos, fomos testemunhas do conclave que hoje realizastes; sabei que está chegando a hora do preparo para a recepção dos prepostos da Espiritualidade, que vêm descer ao plano terreno, no desempenho de tarefas nas lides do Espírito de Verdade.

Estai a postos, amigos; desenvolvei por toda parte, à luz da Doutrina, essas instru-ções às crianças, aos moços, aos homens, a fim de que as hostes do Senhor desçam ao plano terreno num ambiente onde possam receber instruções, luzes e conhe-cimento para o preparo de sua tarefa, da sua responsabilidade e até da sua missão na Terra!

Eia, pois, amigos! Nada de desânimo, nada de receios; aqui estamos todos pre-sentes. Sabei que a falange do Bem está ativa no mundo espiritual, neste anseio de que mui próximo possa dar-se esta

m e n S a g e m d e e u r í P e d e S b a r S a n u l f O a O S e v a n g e l i z a d O r e S

descida de Espíritos prepostos, sob a égi-de do Cristo na direção deste trabalho de reestruturação, de transformação e de renovação das inteligências.

Alistai-vos, amigos de bom coração! Alistai-vos na Doutrina; vivei em fra-ternidade; abri os vossos corações à dor, à necessidade do seu semelhante. Orai ao Pai com fervor, quotidianamente, formando ambiente de serenidade, de união e fraternidade. E, com o pen-samento preso à figura sacrossanta do Cristo, sejais habilitados nesta tarefa que vós mesmos vos propondes, de de-senvolver os trabalhos do esclarecimento da verdade espiritual do Evangelho do Cristo em todos os corações.

Agradecido. Mil vezes agradecido pelos pensamentos fervorosos dirigidos à nossa direção.

Que a paz do Mestre amado seja em todos os corações!

eurípedes barsanuLfo.

(Mensagem recebida pelo Dr. Tomás No-velino, ex-aluno de Eurípedes, em 28 de janeiro de 1990, durante a realização de uma reunião de evangelizadores, na cidade de Sacramento-MG, na qual o Dr. Tomás tomou parte ativa, proferindo uma mara-vilhosa palestra exaltando a importância do trabalho da Evangelização. Mais de duas centenas de participantes estiveram presentes à reunião e à recepção da mensagem)

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Clareando / Ano X / Edição 120 / Setembro . 2013 - Pág . 10

Agora o

"Centro Espírita Irmão Clarêncio" também está na web !!!

Acesse e confira www.irmaoclarencio.org.br

Em 2013curso

VaLorização da Vidadia - SábadosHorário - 15:00 às 16:30 LocaL : Centro Espírita Irmão Clarêncio

participação LiVre

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Estamos aguardando você no Centro Espírita Irmão ClarêncioRua Begônia, 98 - Vila da Penha

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Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

C omo em tempos passados, entre os extraviados filhos de Israel, venho trazer a verdade e dissipar as trevas.

Escutai-me. O Espiritismo, como a minha palavra em tempos passados, deve lembrar aos incrédulos que, acima deles, reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grandioso que faz a planta germinar e as ondas se levantarem. Revelei a doutrina di-vina; como um ceifeiro74, juntei em feixes o bem espalhado na Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis.”

Porém, os homens ingratos se afastaram do caminho largo e reto que conduz ao reino de meu Pai e se extraviaram nos ás-peros e estreitos caminhos da impiedade.

Meu Pai não quer aniquilar a raça hu-mana; ele quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto a morte não existe, sejais socorridos e que, não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz daqueles que não estão mais na Terra seja ouvida para vos bradar: Orai e acre-ditai, pois a morte é a ressurreição e a vida é a prova escolhida durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e se desenvolver como o cedro.

Homens fracos, que percebeis as trevas de vossas inteligências, não afasteis a to-cha que a clemência divina coloca entre vossas mãos para aclarar vosso caminho e vos reconduzir, filhos perdidos, ao rega-ço de vosso Pai. Sinto-me cheio de com-paixão pelas vossas misérias, pela vossa imensa fraqueza para deixar de estender

a vinda dO eSPíritO de verdade

a mão segura aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem no abismo do erro. Acreditai, amai, meditai nas coi-sas que vos são reveladas; não mistureis o joio com o bom grão, as utopias às verdades. Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se en-contram no Cristianismo; os erros que nele criaram raízes são de origem unica-mente humana; e eis que do outro lado do túmulo, onde acreditáveis que nada existia, vozes vos gritam: “Irmãos, nada morre! Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade.” (o espírito de Verdade 75, 1860)Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Capítulo VI, Item 5, Editora Léon Denis.

(74)Ceifeiro: aquele que, com a foice ou outro instrumento apropriado, ceifava, isto é, cortava as espigas de trigo, centeio, etc. e as amarrava em feixes, fazendo a sua colheita. Atualmente existem modernas máquinas para esse trabalho: as ceifeiras. (N.T.)

(75)Espírito de Verdade: assim se iden-tificou, no dia 25 de março de 1856 (Obras Póstumas, “Meu Guia Espiritual”), por in-termédio da médium Srta. Baudin, este espírito luminar. Durante toda a missão de codificar a Doutrina Espírita, Kardec foi por ele assistido e altamente inspirado por meio de suas mensagens eminentemente cristãs. (N.T.)

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Clareando / Ano X / Edição 120/ Setembro . 2013 - Pág . 11

Ter você como sócio será muito importante para nós.Aguardamos sua inscrição.Que Jesus nos ilumine e abençoe.p

O CLE oferece ao sócio um Kit contendo :01 Livro Espírita01 DVD de Palestras 01 Edição da Revista de Estudos Espíritas ( publicação mensal do CELD)

Custo do Kit : R$22,00"O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.

Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)

Ler e bom...Ler o que e bom, e melhor ainda !

Relendo a Revista Espírita

Sob suas formas variadas ao in-finito, a mediunidade abarca a Humanidade inteira, como uma

rede à qual ninguém pode escapar.Cada um, estando em contato diário,

saiba-o ou não, queira-o ou se revolte, com inteligências livres, não há um ho-mem que possa dizer: Não fui, não sou ou não serei médium.

Sob a forma intuitiva, modo de comuni-cação ao qual vulgarmente se deu o nome de voz da consciência, cada um está em relação com várias influências espirituais, que aconselham num ou noutro senti-do e, muitas vezes, simultaneamente, o bem puro, absoluto; acomodações com o interesse; o mal em toda a sua nudez. — O homem evoca essas vozes; elas res-pondem ao seu apelo e ele escolhe; mas escolhe entre essas diversas inspirações e o seu próprio sentimento. — Os ins-piradores são amigos invisíveis; como os amigos da Terra, são sérios ou eventuais, interesseiros ou verdadeiramente guiados pela afeição.

São consultados, ou aconselham espon-taneamente, mas, como os conselhos dos amigos da Terra, seus conselhos são ouvi-dos ou rejeitados; por vezes provocam um resultado contrário ao que se espera; mui-tas vezes não produzem qualquer efeito. — Que concluir daí? Não que o homem esteja sob a ação de uma mediunidade incessante, mas que obedece livremente

a me d i u n i d a d e e a in S P i r a ç ã O(Pari s – Grupo Des l i ens , 16 de f evere i ro de 1869)

à sua própria vontade, modificada por avisos que, no estado normal, jamais podem ser imperativos.

Quando o homem faz mais do que se ocupar dos mínimos detalhes de sua exis-tência, e quando se trata de trabalhos que ele veio realizar mais especialmente, de provas decisivas que deve suportar, ou de obras destinadas à instrução e à elevação gerais, as vozes da consciência não se fazem mais somente e apenas conselheiras, mas atraem o Espírito para certos assuntos, pro-vocam certos estudos e colaboram na obra, fazendo ressoar certos compartimentos ce-rebrais pela inspiração. Aqui é uma obra a dois, a três, a dez, a cem, se quiserdes; mas, se cem nela tomaram parte, só um pode e deve assiná-la, porque só um a fez e é o seu responsável!

Afinal de contas, o que é uma obra, seja qual for? Jamais é uma criação; é sempre uma descoberta. O homem nada faz; tudo descobre. É preciso não confundir esses dois termos. Inventar, no seu verdadeiro sentido, é tornar evidente uma lei existente, um conhe-cimento até então desconhecido, mas posto em germe no berço do Univer-so. Aquele que inventa levanta uma das pontas do véu que oculta a verdade, mas não cria a verdade. Para inventar é preciso procurar e procurar muito; é preciso compulsar os livros, rebuscar no fundo das inteligências, pedir a um a

Mecânica, a outro a Geometria, a um terceiro o conhecimento das relações musicais, a outro, ainda, as leis históricas e, do todo, fazer algo novo, interessante, inimaginável.

Aquele que foi explorar os recantos das bibliotecas, que ouviu falarem os mes-tres, que perscrutou a Ciência, a Filo-sofia, a Arte, a Religião, da antiguidade mais remota até os nossos dias, é o mé-dium da Arte, da História, da Filosofia e da Religião? É o médium dos tempos passados, quando por sua vez escreve? Não, porque não conta pelos outros, mas ensinou os outros a contar e enri-quece os seus relatos de tudo o que lhe é pessoal. — Por muito tempo o músico ouviu a toutinegra e o rouxinol, antes de inventar a música; Rossini escutou a Na-tureza antes de traduzi-la para o mundo civilizado. Ele é o médium do rouxinol e da toutinegra? Não: compõe e escreve; escutou o Espírito que lhe veio cantar as melodias do céu; ouviu o Espírito que clamou a paixão ao seu ouvido; ouviu gemerem a virgem e a mãe, deixando cair, em pérolas harmoniosas, sua pre-ce sobre a cabeça do filho. O amor e a poesia, a liberdade, o ódio, a vingança e numerosos Espíritos que possuem esses sentimentos diversos, cada um por sua vez cantou a sua partitura ao seu lado. Ele as escutou, as estudou, no mundo e na inspiração e, de um e outro, fez as suas obras. Mas não era médium, como não é médium o médico que ouve os do-entes contando o que sofrem, e que dá um nome às suas doenças. — A mediu-nidade teve suas horas num como no outro; mas fora desses momentos muito curtos para a sua glória, o que fez, o fez apenas à custa dos estudos colhidos dos homens e dos Espíritos. Sendo assim, é-se médium de todos; é-se médium da Natureza, médium da verdade e mé-dium muito imperfeito, porque, muitas vezes, ela aparece de tal modo desfigu-rada pela tradução, que é irreconhecível e desconhecida.

HaLérY

Allan Kardec

Fonte: Revista Espírita / Março /1869Editora FEB.

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Clareando / Ano X / Edição 120 / Setembro . 2013 - Pág . 12

Cine CEIC dia: 06 / 10 / 2013

16:00 Horas

( domingo )

Reflexão

Reflexão

M ostremos o caminho, ensinemos a caminhar, mas não obriguemos ninguém a seguir sobre os nossos passos.

Cada espírito tem a sua própria trajetória na conquista das experiências que lhe dizem respeito.

Não nos aflijamos porque observemos aqueles que mais amamos se distanciando de nós, ao enveredarem por perigosos atalhos.

Em essência, esteja onde estiver, cada qual estará buscando a sua realização pessoal.O anseio da descoberta é apanágio, de todos os espíritos.As palavras, por mais fiéis, nunca transmitem as lições que somente a experiência con-

seguirá, na linguagem inarticulada da dor.Para seguirmos juntos não teremos necessariamente que caminhar lado a lado; os ca-

minhos paralelos acabam por se convergirem adiante...Palmilhemos a senda que nos diz respeito, estendendo, além de seus limites, as nossas

mãos em auxílio aos que avançam pelas veredas que elegeram para si.Afirmando ser o Caminho, Jesus não exigiu que ninguém o seguisse!Compreendamos, assim, os companheiros que se afastam de nós e oremos a Deus pela

sua felicidade, renunciando à alegria de tê-los conosco na jornada que empreendemos.Quanto a nós, perseveremos no cumprimento do dever que abraçamos, longe do

qual estaremos sempre desnorteados em nós mesmos, em completo desencontro com a Vida.Fonte: Lições da Vida.Espírito: Irmão José.Psicografia: Carlos A. Baccelli.

c a m i n H O

Toda crença é respeitável.No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita,

não lhe negues fidelidade.

Toda religião é sublime.No entanto, só a Doutrina Espírita consegue

explicar-te os fenômenos mediúnicos em que toda religião se baseia.

Toda religião é santa nas intenções.No entanto, só a Doutrina Espírita pode

guiar-te na solução dos problemas do destino e da dor.

Toda religião auxilia.No entanto, só a Doutrina Espírita é capaz

de exonerar-te do pavor ilusório do inferno, que apenas subsiste na consciência culpada.

Toda religião é conforto na morte.No entanto, só a Doutrina Espírita é susce-

tível de descerrar a continuidade da vida, além do sepulcro.

Toda religião apregoa o bem como preço do paraíso aos seus profitentes.

No entanto, só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever.

Toda religião exorciza os Espíritos infeli-zes.

No entanto, só a Doutrina Espírita se dispõe a abraçá-los, como a doentes, neles reconhecendo

d O u t r i n a e S P í r i t aas próprias criaturas humanas desencar-nadas, em outras faixas de evolução.

Toda religião educa sempre.No entanto, só a Doutrina Espírita é

aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face.

Toda religião fala de penas e recompensas.No entanto, só a Doutrina Espírita elucida

que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina.

Toda religião erguida em princípios nobres, mesmo as que nos vigem outros continentes, embora nos pareçam estranhas, guardam a essência cristã.

No entanto, só a Doutrina Espírita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho.

Porque a Doutrina Espírita é em si a liberalidade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.

Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e

a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos cri-mes do pensamento.

“espírita” deve ser o teu caráter, ainda mes-mo te sintas em reajuste, depois da queda.

“espírita” deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.

“espírita” deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo.

“espírita” deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.

Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo.

E a Doutrina do Cristo é a doutrina de aperfeiçoamento moral em todos os mun-dos.

Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas.

emmanueL

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Religião dos Espíritos, 14. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001, p. 227-229.Reformador/Abril 2003.

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Clareando / Ano X / Edição 120/ Setembro . 2013 - Pág . 13

Artigo

Artigo

a l u z d O m u n d O

Ao enviar suas lições para huma-nidade terrena, Jesus não excluiu ninguém de absorver seus ensina-

mentos, no entanto, nem todos que tomam ciência destes conhecimentos conseguem apreender-lhes a profundidade dos conceitos ali expostos, posto que, se faz necessário não apenas sensibilidade e maturidade espiritual, como também certa dose de humildade que permita ao indivíduo reconhecer-se neces-sitado dessas lições, independentemente do grau de cultura e saber já acumulados, visto que um vasto cabedal de ciência nem sempre desperta uma consciência embotada pelos hábitos e tradições reinantes.

É preciso, muitas vezes, aventurar-se por outras estradas, na busca de novas fontes de luz, a fim de adquirir outros objetivos, descobrir novos horizontes que renovem as paisagens mentais, na esperança de en-contrar interpretações mais amplas para os acanhados conceitos que se possuem, dando assim maior dimensão e sentido para a exis-tência em curso.

Abastecer-se desses renovados conhecimen-tos e interpretações permite ao indivíduo viajar por experiências novas, sem receio ou temor de que o novo esconda situações perigosas que lhe empeçam a caminhada, possibilitan-do a oportunidade de expandir as fronteiras de sua própria vivência, enriquecendo-lhe os conteúdos íntimos, alicerçando as bases onde se apoia, para que possa efetuar suas

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”Jesus ( João, 8:12)

escolhas com mais clareza, mais decisão e certeza nas próprias iniciativas, sem medos ou temores de encontrar-se frente a uma si-tuação que considere irremediável.

Embora tudo que o indivíduo tenha vi-vido faça parte do seu histórico do seu passado, nada de errado ou negativo pode ser considerado irreparável, já que a Mise-ricórdia Divina abre as portas de uma nova jornada reencarnatória para que as ações infelizes e nefastas possam ser revividas, po-rém com intuito de reparação, reabilitando a criatura para obter novo crédito perante a Contabilidade Suprema.

Com a finalidade de ensejar maior com-preensão das lições do Evangelho é que destacamos das anotações de João 8:12 o trecho que segue: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”, onde podemos estabelecer que as lições de Jesus, além de iluminarem a huma-nidade, iluminam também o mundo mental e consciencial do indivíduo, e, aquele que aplica e vive essas lições, no cotidiano, seguindo ao Mestre através da exemplificação não andará em trevas, ou seja, não carregará sombras in-teriores, seja na mente, nos sentimentos, nos pensamentos, nas palavras, na conduta e no coração, porque será portador da luz da vida.

Estabelecida esta ponte interpretativa, podemos inferir do exposto no Evangelho de João que, ao se dominar “Eu sou a luz do mundo (...)”, o Mestre Jesus abre novas

perspectivas para todos aqueles que o se-guem através da vivência de suas lições; esti-mula as criaturas a um mergulho nas trevas que ainda povoam o mundo íntimo, a fim de resgatar a luz da vida que lá se encontra em estado de latência, aguardando o mo-mento do despertamento da consciência, pelo desenvolvimento dos valores nobili-tantes que desembocam naturalmente na autoiluminação.

Desenvolver o raciocínio e o discernimen-to para assimilar as lições de Jesus sob um enfoque mais espiritualizado permitirá que o indivíduo realize uma autoterapia, calcada no Evangelho, expurgando de si as sombras acumuladas em razão das ações equivocadas do pretérito, que formam o substrato da in-consciência, responsável por muitos dos erros e enganos atuais, para poder ressurgir o indiví-duo renovado, com propósitos enobrecedores, com objetivos edificantes, distanciado das tre-vas interiores, capacitado a conduzir a luz da vida, porque se tornou seguidor de Jesus, por opção de vida.

No Evangelho encontram-se ínsitas a vá-rias terapias para mentes e corações e, por natural decorrência, também alcançam o corpo físico, promovendo sua reparação.

Fonte: Autoterapia do Evangelho.Espírito: Albino da Santa Cruz.Psicografia: José Maria de Medeiros Souza.Cada Editora Espírita "Pierre-Paul Didier"

e S P i r i t i S m O e r e e n c a r n a ç ã O

Enviada por um caro amigo residente em Vitória, li, com grande interesse, a bela reportagem feita pela jornalis-

ta Jacqueline Victória (A Gazeta, de 20-5-94), sob o título: Espíritas garantem que só existe a reencarnação.

Embora nem todos saibam, o Espiritismo não é obra de Allan Kardec, e sim conheci-mentos que nos foram legados pelos Espíritos Superiores, muitos dos quais canonizados pela Igreja Católica quando estavam entre nós, en-carnados.

Assim, incorrem em equívoco aqueles que se referem ao Espiritismo, chamando-o de Kardecismo. A Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec, está alicerçada em cinco grandes pilares: Deus, o Espíri-to (ou alma); Comunicação entre “mortos”

e vivos; Reencarnação e Pluralidade dos mundos habitados.

Como disse o próprio Kardec, na Intro-dução ao estudo da Doutrina Espírita (“O Livro dos Espíritos”): “A doutrina espírita ou o Espiritismo tem por princípio as re-lações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível.” E designou espíritas ou espiritistas os profitentes de tal doutrina, portanto, neologismos criados por ele.

A obra kardequiana está enfeixada, em linhas gerais, nos cinco livros básicos do Es-piritismo, a saber: “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Céu e o Inferno” e “A Gênese”.

Podemos afirmar, portanto, que não exis-te nas obras de Kardec outra designação que

não seja Espiritismo ou Doutrina Espírita. Mesmo porque, quando o Espiritismo che-gou ao Brasil, na segunda metade do século dezenove, já havia a prática religiosa dos ne-gros escravos, que deu origem à Umbanda.

Embora o Espiritismo respeite todas as crenças (necessárias, pois refletem a evolu-ção espiritual de cada pessoa), não podemos confundir alhos com bugalhos. Espiritismo é Espiritismo. Umbanda é Umbanda. Espi-ritismo de Umbanda, nunca! Mesmo porque — volto a repetir — os vocábulos Espiritismo e espírita são neologismos criados por Kardec, para a doutri-na por ele codificada.

continua na pág.14

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Artigo

Artigo

c e n t r O S d e n e c r O f i l i a

Há Centros Espíritas que são templos da morte. Tudo gira em torno do sofrimento, do

passado e da morte.Tornam-se lúgubres e angustiantes.Os que os frequentam parecem necessitar

da dor e do sofrimento para compreende-rem a vida. De tal forma ali se valoriza a desgraça, como único instrumento de se chegar à felicidade, que as pessoas parecem aprender que quanto pior, melhor. Quanto mais sofrimento, melhor para o espírito.

Lembram os clássicos da literatu-ra russa, quando os camponeses eram orientados pela Igreja para suportarem a fome e a morte dos filhos, por falta de comida e medicamentos, que o sofri-mento era agradável a Deus. Os pobres coitados acabavam crendo que o pior so-frimento era, sempre, o melhor para eles.

Mas, voltando aos Centros de necrofi-lia que encontramos por aí, neles tudo se prende ao passado. Quando algo ocor-re aqui, agora, é fruto de nossos atos no passado, como se tudo que fazemos no presente não passasse de velhos “scripts” já prontos e acabados e que devem ser vividos por fantoches incapazes de es-creverem o presente e o futuro de suas próprias vidas.

Centros assim são locais de desespe-rança, de acomodação e de tristeza. São templos onde o homem perde os ideais, as forças para lutar e a fé em si próprio.

"É necessário o incentivo para conquistarmos o mais rápido possível nossa felicidade".

A Doutrina Espírita é um cântico dedicado à vida. Tudo nela distoa da destruição e da morte. Ela nos permite ver na morte um recomeço, um novo princípio. Ela nos fala da grandeza que o Criador deu a cada um de nós ao nos entregar a tarefa de conduzir a nossa própria evolução. Ela nada proíbe, mas nos prepara para a responsabilidade das opções. Como, pois, compreendermos o prazer com que, em alguns Centros, companheiros fazem o elogio da tristeza, da dor e do conformismo?

Como aceitar que casas espíritas anulem a vontade de lutar de seus frequentadores, pregando a conformação com as dificulda-des e até contra a “pecaminosa” vontade de sair das situações difíceis em que vivem?

São necrófilos os Centros que nos pren-dem exageradamente ao passado. Que pregam o conformismo, que fazem a apo-logia da dor e do sofrimento, ensinando que a vida é a outra, em função da qual devemos viver, sem considerar o presente e que estar encarnado é estar sem vida.

Ao contrário, para refletirem o pen-samento espírita, nossos centros devem explodir em vida, em confiança, em valo-rização da luta presente, na confiança de que se pode alterar os reflexos do passado sobre o hoje, com o trabalho de mudança em nosso íntimo e no modo de relaciona-mento com o próximo e fazer ver a cada um a capacidade que temos de construir um novo mundo, uma nova sociedade.

Longe de preparar homens que sofram resignados, a Doutrina pede homens in-conformados, não revoltados, lutando para melhorar a realidade que o infelicita. Longe de fazer crer que não adianta lu-tar contra coisas impostas pelo passado, a Doutrina nos ensina que o presente é a grande experiência a ser vivida. Ao con-trário de homens esperando a morte para viverem a verdadeira vida, a Doutrina nos pede que valorizemos cada momento do presente como a grande manifestação da vida e a grande oportunidade de realizar.

A vida é, pois, o grande tema. A fe-licidade é a grande busca. A dor e o sofrimento não são, necessariamente, o único ou o melhor caminho para a evolução e não devem perpetuar-se en-tre os homens. O passado é referência e experiência vivida, mas o presente é a promessa de um futuro sempre melhor a ser construído por todos. Assim de-vemos pautar a linha de Centros que, como a Doutrina Espírita, amam a vida, a alegria, a felicidade, a confian-ça e a crença no homem e na grandeza com que foi criado.israeL a. aLfonso – Lins, sp.

Fonte : Revista Internacional de Espiritismo / Setembro - 1998.

eSPiritiSmO e reencarnaçãO (continuação pág.13)

Tal engano, entretanto, é facilmente explicado: há, entre o Espiritismo e a Umbanda (Candomblé, etc.),

pontos de contato, como os há entre todas as religiões. E um desses pontos é a mediu-nidade, faculdade de que Deus dotou o homem para o aperfeiçoamento do próprio homem. Médiuns, portanto, não existem só no Espiritismo. No passado, os dotados de poderes mediúnicos eram conhecidos por outros nomes: videntes, profetas, etc.

No Brasil, quando se fala em reencarna-ção, associa-se logo a Espiritismo. É que se desconhece que esse dogma é tão antigo quanto o próprio homem, pois consta dos postulados das mais remotas religiões do Planeta. E o próprio Jesus disse: “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”, ensinamento este, lamentavelmente, distorcido ou mascarado pelos exegetas das várias denominações religiosas cristãs.

Como disse o escritor Coelho Sampaio: “O Espiritismo (codificado por Allan Kardec) é, para os seus adeptos, uma revelação de ca-ráter filosófico, científico e religioso.” O seu lema, bem diferente do lema egoístico de outras correntes religiosas, é de uma gran-deza incomensurável: Fora da Caridade não há Salvação.

a. isaías ramires

Fonte: Reformador/Setembro, 1994

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Respingos Históricos

Os livros espíritas geralmente apon-tam José Bonifácio de Andrada e Silva, o “Patriarca da Independência”,

como um dos primeiros experimentadores do Espiritismo no Brasil.

José Bonifácio foi, sem dúvida alguma, uma das figuras mais fantásticas da nossa História. Seja no papel fundamental que desempenhou na História do Brasil, seja como cientista pioneiro em diversas áreas, sendo seu trabalho reconhecido inclusive no exterior.

Recorramos ao livro José Bonifácio Cientista, publicado pelo Espaço BNDES, na ocasião da Exposição Comemorativa do Sesquicen-tenário da Independência, de onde retiramos alguns textos:

“Pioneiro nos estudos de Mineralogia e um dos primeiros a pesquisar e estudar a Metalurgia e Si-derurgia no país, José Bonifácio incursionou pelos campos da Física, Química e Matemática.

Por seus trabalhos científicos nos campos da Geologia e Mineralogia, na qual descreve, pela primeira vez, doze minerais e variedades, é o Patrono da Geologia no Brasil”.

A obra citada anteriormente afirma ainda que, em seu livro Memórias sobre a Pesca das Baleias, José Bonifácio foi um dos pri-meiros a se preocupar com a Ecologia. Sua preocupação com a Ecologia está também evidente em Memórias sobre a Necessidade do Plantio de Novos Bosques em Portugal, publicado em Lisboa, em 1815.

Em outro de seus livros, "Apontamentos para a Civilização dos Índios Bravos do Império do Brasil", publicado no Rio de Janeiro, em 1° de junho de 1823, José Bonifácio apresenta um projeto de catequese para os índios brasileiros, com ideais de justiça, brandura, paz, entre ou-tros objetivos louváveis. É justamente em livros como esses que percebemos a figura extraordi-nária de José Bonifácio.

No campo político, por outro lado, José Bonifácio foi uma das figuras mais impor-tantes do círculo intelectual brasileiro, ten-do participado ativamente no movimento para a Independência, como conselheiro de Dom Pedro I.

José Bonifácio foi, também, o primeiro brasileiro, de que se tem registro, a estudar Ho-meopatia. Através da sua correspondência com Samuel Hahnemann, já em 1810 (ano em que Hahnemann publicou sua principal obra, o Organon da Medicina Racional), o Patriarca da

JO S é bO n i f á c i O

Independência tomou conhecimento da nova doutrina assim que ela surgiu.

Mas, pela ótica do Espiritismo, talvez o que José Bonifácio realizou de mais alto valor foi a sua Representação à Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil sobre a Escravatura. Trata-se, sem dúvida alguma, de um dos mais belos docu-mentos da História do Brasil. Um trabalho de rara beleza, emocionante, humanitário; um documento do qual só temos de nos orgulhar.

É de suma importância deixar aqui re-gistrado esse trabalho, baseado nos funda-mentos cristãos e espíritas, com muitos dos ensinamentos inseridos nos Evangelhos de Jesus Cristo e de Allan Kardec.

A seguir, selecionamos alguns trechos des-sa preciosa obra que ora transcrevemos ipsis litteris = ver (os títulos foram incluídos pelo autor):não façamos ao outro o que não queremos que eLe nos faça.

“Sim, não se trata somente de sermos jus-tos, devemos também, ser penitentes; devemos mostrar à face de Deus e dos outros homens, que nos arrependemos de tudo o que nesta par-te temos obrado há séculos contra a justiça e contra a religião, que nos bradam acordes, que não façamos aos outros o que queremos que não nos façam a nós”. ¹fim da escraVidão

“É preciso, pois, que cessem de uma vez os rou-bos, incêndios e guerras que fomentamos entre os

selvagens d’África. É preciso que não venham mais a nossos portos milhares e milhares de negros, que morriam abafados no porão de nossos navios, mais apinhados que fardos de fazenda; é preciso que ces-sem de uma vez por todas essas mortes e martírios sem conta, com que flagelávamos ainda esses des-graçados em nosso próprio território”. ²iguaLdade

“Se os negros são homens como nós e não for-mam uma espécie de brutos animais; se sentem e pensam como nós, que quadro de dor e de miséria não apresentam eles à imaginação de qualquer homem sensível e cristão?” ³

Fonte: Memória Espírita. Papéis Velhos e Histórias de Luz, Caderno de Pesquisas Espíritas, João Mar-cos Weguelin, volume 4, Editora Léon Denis.

Obs.: Selecionamos apenas três das citações constantes no livro.

compLementação doutrinária

(1) O Livro dos Espíritos, questão 876.(2) O Livro dos Espíritos, questão 880.(3) O Livro dos Espíritos, questão 803.

um dOS PrimeirOS exPerimentadOreS dO eSPiritiSmO nO braSil

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A Família na Visão Espírita

Acesse oboLetim cLareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

clique no linkinformatiVo do ceic

Curso :

A Família na Visão EspíritaDia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.estudo aberto a todos os interessados.

Setembro:Dia 03-Educação no lar: dependência química, alcoolismo,tabagismo, causas e consequências físicas e espirituais.Dia 10-Educação no lar: dependên-cia química, drogas ilícitas, causas e consequências físicas e espirituais.Dia17-Relacionamento familiar: o idoso na família, conflitos entre so-gros, genros e noras.Dia 24-Relacionamento familiar: con-vivência com filhos adultos, solteiros e casados, e suas companhias.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

Vivem em sociedade as abelhas, as formigas e o homem. Entretanto, quando observamos o comporta-

mento deste último, nem sempre o é em benefício do bem comum.

Na vida cotidiana e através dos tempos, o homem tem sido o maior inimigo do próprio homem, engendrando guerras, guerrilhas, terrorismo, governos auto-ritários, assassinatos e roubos, fora os atos de violência, que, na maioria das vezes, não chegam ao conhecimento das autoridades, da Justiça ou dos meios de comunicação em massa.

Ora, se os insetos conseguem viver organizadamente em sociedade, por puro instinto, por que os homens, sen-do “os seres inteligentes do universo”, não o conseguem?

Allan Kardec pseudônimo do pro-fessor e pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, no século pas-sado, em sua genialidade, ao comentar a resposta dada pelos Espíritos Superiores à questão 685 de “O Livro dos Espíritos”, nos apontava a causa dessa dificuldade, ao registrar o seguinte: “Considerando-se a aluvião de indivíduos que todos os dias são lançados na torrente da população, sem prin-cípios, sem freios e entregues a seus próprios instintos, serão de espantar as consequências desastrosas que daí decorrem?”

Ao se analisar a nota do Codificador em sua totalidade, vamos encontrar alguns pontos importantes, para nossa reflexão, a saber:1º - Se os indivíduos chegam à socie-

dade sem princípios, sem freios e entregues

S O c i e d a d e e f a m í l i a

aos seus próprios instintos é que assim saem de seus lares.2º - Só a educação moral, capaz de

criar hábitos, poderá resolver as questões sociais da humanidade.3º - A educação é o conjunto de hábi-

tos (positivos) adquiridos.Entendendo-se a família como “célula

mater da sociedade”, poderemos concluir que, se esta se encontra desestruturada é porque os lares não estão conseguindo substituir os hábitos de seus filhos: os velhos e viciosos por novos e educati-vos, ou seja, de transformar as paixões em virtudes, através do freio da discipli-na, que é o que está faltando na maioria das pessoas hoje em dia.

Esse trabalho deve começar o mais cedo possível, pois, segundo ainda a resposta dada pelos Luminares da Es-piritualidade, na questão 383 do cita-do livro, “Encarnando, como objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período (infância) é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.”

É esse o trabalho que falta para que o homem possa, realmente, formar a geração intelecto-moral, base da fase de regeneração do nosso planeta.

LYdienio barreto de menezes

Fonte: Revista de Estudos Espíritas / Ano II / N° 13 / Janeiro -1998 / Editora Léon Denis.

“Sociedade é uma relação ecológica em que os integrantes devem trabalhar para o bem comum da coletividade”.

"Apresentemos nosso trabalho ao Senhor, diariamente, e peçamos a Ele destrua as particularidades em desacordo com os seus propósitos soberanos e justos, rogando-Lhe visão e entendimento.

Seremos compelidos a formar o campo mental de nós mesmos, a erguer a casa de nossa elevação e a construir o santuário que nos seja próprio.

No desdobramento desse serviço, porém, jamais nos esqueçamos de que todos os patrimônios da vida pertecem a Deus. "(Lição 71)

Fonte: Vinha de Luz.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

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Suplemento Infantojuvenil

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :Uma História de Fantasmas

Autor : Laura BergalloEditora Lachântre

A LAgArtA FiLomenA

N um jardim muito bonito e florido, vivia uma lagarta que se chamava Filomena.Ela gostava de passear pelas plantas e se

alimentar de folhas verdinhas.Certo dia, durante um passeio, encontrou uma

formiguinha com a perna machucada. Condoída, fez um curativo na perna da formiguinha e ajudou-a a retornar para sua casa, o formigueiro.

Tininha, a formiga, ficou muito agradecida.Alguns dias depois, Filomena saiu para dar umas

voltas. Andou... andou... andou... e quando quis voltar para casa, não conseguiu: estava perdida.

Sem perceber, Filomena tinha saído do jardim e agora não sabia o que fazer. Para piorar sua situação, caiu de uma grande pedra escorregadia e ficou estendida no chão, com as pernas para cima, sem conseguir se levantar.

Filomena ficou muitas horas no sol quente, sem água e sem alimento. Começou a sentir-se doente e fraca, incapaz de andar.

O local era árido. Só tinha areia e pedras, e ninguém aparecia para socorrê-la.

As horas foram passando e ela foi ficando cada vez mais preocupada.

Já fazia um dia inteiro que Filomena estava estirada no chão, quando ouviu um barulho. Resolveu gritar por socorro.

Tininha estava por perto e escutou gemidos:— Ai, ui, ai! Socorro!...A formiga aproximou-se do local de onde partia

a voz e qual não foi sua surpresa quando avistou a lagarta:

— Dona Filomena! O que aconteceu?A pobre lagarta, reconhecendo a formiguinha que

ajudara, falou-lhe comovida:— Ah, Tininha! Foi Deus quem a mandou! Estou

aqui há horas sem ninguém para me socorrer.

A formiga desejava fazer alguma coisa para ajudar, mas era tão fraquinha!

Teve uma ideia. Foi até o formigueiro chamar suas irmãs. Assim, trouxeram uma linda folha verde e tenra para Dona Filomena comer e água para matar-lhe a sede. Depois, as formigas curaram seus ferimentos.

Quando a lagarta já estava melhor, levaram-na para casa.

Dona Filomena disse:— Nem sei como agradecer o auxílio de vocês,

principalmente de Tininha, que foi tão boa comigo.— Não precisa agradecer, Dona Filomena. Só fiz

minha obrigação, retribuindo o bem que a senhora me fez.

E, desse dia em diante, tornaram-se grandes amigas.

Assim também acontece em nossas vidas. Todo o bem que fizermos reverterá em nosso próprio benefício. Cada um de nós colherá exatamente aquilo que houver plantado.

Por isso Jesus, sabiamente, ensinou que devemos fazer aos outros o que queremos que os outros nos façam.tia céLia (Fonte: www.oconsolador.com.br –Fevereiro de 2009)