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CEN 5738 Ecotoxicologia

Docente: Regina Teresa Rosim MonteiroDiscente: Patricia Bachiega

Outubro 2012

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)

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Resíduos dos serviços de saúde (RSS)

Todos os resíduos gerados por estabelecimentos prestadores de serviços de saúde

COELHO, 2000

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“Lixo Hospitalar”

Resíduos dos serviços de saúde (RSS)

Fonte de riscos à saúde e ao meio ambiente

Procedimentos técnicos e descarte inadequados

NOBREGA, 2002

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Destaque legal somente no início da década de 90

Resolução CONAMA nº 006 de 19/09/1991

Grande importância nos últimos anos

Políticas públicas e legislações tendo como eixo de orientação a sustentabilidade do

meio ambiente e a preservação da saúde.

Resíduos dos serviços de saúde (RSS)

AGAPITO, 2007; BARBIERI, 2004;

Acidente de Minamata, no Japão, onde mercúrio foi lançado numa baia, contaminando

peixes e com conseqüências catastróficas para o meio-ambiente

NAIME & GARCIA, 2004

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Associação Brasileira de Normas Técnicas produziu muitas iniciativas de normatizações específicas dos serviços de saúde como:

· NBR 12.807/1993 - que trata sobre a terminologia dos resíduos do sistema de saúde; · NBR 12.808/1993 - sobre classificação de resíduos dos serviços de saúde; · NBR 12.809/1993 - normatizações sobre formas de manuseio de resíduos dos serviços de saúde; · NBR 12.810/1993 - sobre coleta dos resíduos dos serviços de saúde em geral; · NBR 13.853/1997 - coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes – requisitos e métodos de ensaio. · NBR 14.652/2001 - coletor-transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde. · NBR 10.004/2004 - resíduos sólidos – classificação, segunda edição.

Legislações aplicadas aos RSS

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Legislações aplicadas aos RSS

Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) → Estabelece claramente a responsabilidade sobre os resíduos gerados

Só desaparecem quando os materiais são reciclados ou reaproveitados,

mas permanece mesmo após o tratamento e disposição adequada de

qualquer tipo de resíduo gerado

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CONAMA: Resolução 358 de 29 de abril de 2005, revogando todas as resoluções anteriores

Legislações aplicadas aos RSS

Coerência e sintonia com a Resolução 306/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária: “Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde”

Faltam políticas, definições, fiscalizações e principalmente ações que sinalizem a

preocupação governamental que o tema exige, pela sua complexidade, dimensão e impacto direto na vida das populações

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Resolução CONAMA, anexo I classifica em cinco categorias de A até E:

A Englobam os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de

maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção

Este grupo é subdividido em mais cinco grupos: A1, A2, A3, A4 e A5

Tratamento através de incineração, autoclave, tratamento químico ou micro-ondas

SPINA, 2005

Classificação, Identificação e Tratamento dos RSS

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A1Culturas e estoques de microrganismos, resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; meios de cultura e

instrumentos utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. Estes

resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio

A2Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processo de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como sua forrações, e os cadáveres de animais

suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não

a estudo anatomo-patológico ou confirmação diagnostica. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final

SPINA, 2005

Classificação, Identificação e Tratamento dos RSS

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A3Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem 5 sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor

que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor cientifico ou legal e não tenha havido requisição pelo

paciente ou seus familiares

A4

Kits de linhas artesanais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e gases aspiradores de área contaminada; membrana filtrante de equipamento

médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares; sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e

secreções; tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo;

recipientes e materiais resultantes do processo de assistência á saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre

SPINA, 2005

Classificação, Identificação e Tratamento dos RSS

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A5Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou

escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons

SPINA, 2005

Classificação, Identificação e Tratamento dos RSS

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B Contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente,

dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade

Tratados com incineração

SPINA, 2005

Classificação, Identificação e Tratamento dos RSS

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CQuaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos

limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para os quais a

reutilização é imprópria ou não prevista

Tratamento por decaimento

SPINA, 2005

Classificação, Identificação e Tratamento dos RSS

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D Resíduos que não apresentem riscos biológicos, químicos ou radiológicos à saúde ou ao meio ambiente,

podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares

Os resíduos não recicláveis são encaminhados para aterro sanitário

SPINA, 2005

Classificação, Identificação e Tratamento dos RSS

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E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas,

limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas;

espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e

placas de Petri) e outros similares

Tratamento através de incineração, autoclave, tratamento químico ou micro-ondas

SPINA, 2005

Classificação, Identificação e Tratamento dos RSS

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Contínuo incremento da complexidade da atenção médica

Uso crescente de material descartávelAumento da população idosa

SISINNO & MOREIRA, 2005

Duas formas de mecanismos de mercado induzem a boas práticas

Cadeias e redes de reciclagem ou reutilização de materiais

geração de renda

Necessidade de aprimorar práticas por questões de

indução de mercadoISO 9.000 e da série ISO 14.000

Descarte de RSS no Brasil

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Mais de 30 mil unidades de saúde produzindo esses resíduos, e na maioria das cidades, a questão do manuseio e da disposição final

não está resolvida, sendo que algumas unidades de saúde desconhecem a quantidade e a composição dos resíduos que produzem

FERREIRA, 1995;

Quantidade de RSS Coletadas pelos Municípios Distribuídos por Região e Brasil

PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL, 2011

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Destinação Final dos RSS Coletados pelos Municípios

PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL, 2011

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Quais são os riscos associados aos RSS?

RSS → Avaliação dos riscos potenciais os RSS ocupam um lugar de destaque,

pois merecem atenção especial em todas as suas fases de manejo (segregação, condicionamento, armazenamento, coleta, transporte,

tratamento e disposição final) em decorrência dos imediatos e graves riscos que podem oferecer, por apresentarem componentes

químicos, biológicos e radioativos

AGAPITO, 2007; BIDONE, 2001

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Risco biológico

Quais são os riscos associados aos RSS?

Probabilidade da ocorrência de um evento adverso em virtude da presença de um agente biológico

Registros de muitos acidentes envolvendo resíduos perfurocortantes (criação da porta de entrada) com sangue e outros fluidos orgânicos

(possíveis presença e concentração do agente infectante), envolvendo tanto o

Pessoal da atenção à saúde como o da limpeza e coleta dos resíduos, muitas vezes, com baixa resistência

e sem imunização

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006

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Quais são os riscos associados aos RSS?

Risco físicoRisco físico

Exposição dos profissionais a agentes físicos como, por exemplo, a temperaturas extremas durante o abastecimento manual das

unidades de tratamento térmico e à radiação ionizante, quando os rejeitos radioativos são mal acondicionados ou armazenados para

decaimento. Outros agentes físicos são: ruído,

vibração, radiação não-ionizante, iluminação deficiente

ou excessiva e umidade

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006

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Risco químico

Quais são os riscos associados aos RSS?

Exposição dos profissionais a agentes químicos, como poeiras, névoas, vapores, gases, mercúrio, produtos químicos em geral

e outros. Os principais causadores desse risco são: quimioterápicos (citostáticos, antineoplásicos, etc.),

desinfetantes químicos (álcool, glutaraldeído, hipoclorito de sódio, ácido peracético, clorexidina, etc.) e os gases medicinais (óxido nitroso e outros)

A exposição aos resíduos químicos perigosos mal acondicionados ou submetidos a tratamento em instalações inadequadas também é danosa à

saúde do trabalhador e da população do entorno da área de tratamento

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006

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Quais são os riscos associados aos RSS?

Risco de acidente

Exposição da equipe a agentes mecânicos ou que propiciem acidentes. Escalpes, seringas, bisturis e tesouras são, constantemente, encontrados junto aos lençóis e roupas de centro cirúrgico nas lavanderias, abrigo de

resíduos com espaço físico sub-dimensionado ou arranjo físico inadequado, acesso inadequado ao abrigo de resíduos pelo pessoal da coleta externa, contêineres sem condições de uso, perigo de incêndio ou explosão de

equipamentos de tratamento de resíduos, ausência de EPI, agulhas no chão e improvisações diversas

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006

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Quais são os riscos associados aos RSS?

Riscos Ambientais

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006AGAPITO, 2007;

Lançamento de RSS em lixões ou aterros controlados

Quando os RSS são tratados pelo processo de incineração descontrolado que emite poluentes para a atmosfera

contendo, por exemplo, dioxinas e furanos

Segundo a Anvisa (2006), o risco para o Meio Ambiente é a probabilidade da ocorrência de efeitos adversos ao meio ambiente, decorrentes da ação de agentes físicos, químicos ou biológicos, causadores de condições ambientais potencialmente perigosas

que favoreçam a persistência, disseminação e modificação desses agentes no ambiente.

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Quais são os riscos associados aos RSS?

Estudos salientam que diferentes microrganismos patogênicos presentes nos resíduos de serviços de saúde apresentam capacidade de

persistência ambiental, entre eles: Mycobacterium tuberculosis,

Staphylococcus aureus, Escherichia coli,

vírus da hepatite A e da hepatite B

;SILVA et al., 2002

Grande quantidade de substâncias químicas como: desinfetantes,

antibióticos e outros medicamentos

BIDONE, 2001

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→Parâmetros físico-químicos: como umidade, carbono, hidrogênio,

enxofre, sólidos, voláteis, poder calorífico, cloro e cloretos- possível

ação degradante ao meio ambiente.

Quais são os riscos associados aos RSS?

GARCIA & RAMOS, 2004

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LIXÕES COMO DESTINO FINAL DE SEUS RESÍDUOS:

Ambientes insalubres, e facilitam a contaminação de rios e outros corpos d’água pelo liquido percolado dos RSS

COLLINS, 1991

Quais são os riscos associados aos RSS?

Em épocas de chuvas fortes e prolongadas, os microrganismos patogênicos dos resíduos de serviços de saúde lançados nos lixões

podem facilmente ser transportados pelas cheias, atingindo riachos, lagoas e rios, contaminando a água.

Aterros sanitários: podem prevenir muitos desses problemas, muito embora, mesmo tratando os resíduos de serviços de

saúde antes de aterrá-los, fica a preocupação ambiental com o líquido percolado e gases metano e carbônicos formados

pela decomposição dos resíduos

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Prevenção e Minimização da Contaminação Ambiental

Programa de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde – PGRSS

Tem o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar aos mesmos um manejo seguro, de forma eficiente,

visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde, dos recursos naturais e do meio ambiente

MACHADO (1993)

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O tratamento prévio atua na descontaminação, desinfeção ou esterilização dos resíduos,

e às vezes em sua significativa redução (incineração), convertendo-os de infectantes em inertes,

o que facilita as etapas externas do gerenciamento e minimiza os riscos ao homem

e ao meio ambiente

Prevenção e Minimização da Contaminação Ambiental

O transporte em veiculo exclusivo e apropriado confina os RSS, evitando vazamento de líquidos

e contato com o homem e o meio ambiente à céu aberto, dificultando o processo de contaminação.

MACHADO (1993)

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A disposição final adequada (aterro sanitário) impede que homens, animais domésticos e vetores entrem em contato com os resíduos aterrados e ao

mesmo tempo impedem seu contato direto com o solo permeável, prevenindo a contaminação dos lençóis de

água subterrânea

Prevenção e Minimização da Contaminação Ambiental

MACHADO (1993)

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Disposição final dos RSS

Consiste na disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais previamente preparados para recebê-los

As formas de disposição final dos RSS atualmente utilizadas são: aterro sanitário,

aterro de resíduos perigosos classe I (para resíduos industriais), aterro controlado,

lixão ou vazadouro e valas

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006

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Disposição final dos RSS

Aterro sanitário

É um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no solo de forma segura e controlada, garantindo a preservação ambiental e

a saúde pública.Solo impermeabilizado

Controle dos efluentes líquidos Emissões de gases

Resíduos deverão ser depositados em camadas sobre o soloRecobrimento será feito diariamente com camada de solo

compactada com espessura de 20 cm2

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006

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Disposição final dos RSS

Aterro de resíduos perigosos - classe I

Técnica de disposição final de resíduos químicos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando procedimentos específicos de engenharia para o

confinamento destes.

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2008

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Lixão ou vazadouro

Disposição final dos RSS

Este é considerado um método inadequado de disposição de resíduos sólidos e se caracteriza pela

simples descarga de resíduos sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente e à saúde.

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006

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Disposição final dos RSS

Aterro controlado

Trata-se de um lixão melhorado. Neste sistema os resíduos são descarregados no solo, com recobrimento de camada de material

inerte, diariamente. Esta forma não evita os problemas de poluição, pois é carente de sistemas de drenagem, tratamento de líquidos,

gases, impermeabilização etc.

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006

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Disposição final dos RSS

Valas sépticas

Consiste no preenchimento de valas escavadas impermeabilizadas, com largura e profundidade proporcionais à quantidade de lixo a ser aterrada. A terra é retirada e, posteriormente, usada na cobertura diária dos resíduos. Os veículos de coleta depositam os resíduos sem compactação diretamente

no interior da vala e, no final do dia, é efetuada sua cobertura com terra, podendo ser feita manualmente ou por meio de máquina.

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, 2006

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Conclusão

Resíduos de serviços de saúde exigem atenção especial e técnicas corretas de manejo e gerenciamento

Extremamente necessária e importante para garantir a segurança de funcionários, pacientes e visitantes destes estabelecimentos, e indo

além, uma vez que o correto gerenciamento dos RSS pode, com eficiência, proteger a comunidade e o meio ambiente.

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Referências

AGAPITO, N. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. GRUPO DE ESTUDOS LOGÍSTICOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. 2007BIDONE FRA. Resíduos sólidos provenientes de coletas especiais: eliminação e valorização. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental; 2001.BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde .– Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília, Ministério da Saúde, 2006.COELHO, H. Manual de gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde. Rio de Janeiro: CICT/FIOCRUZ; 2000.COLLINS, C.H. Treatment and disposal of clinical and laboratory waste. Medical Laboratory Sciences, v.48, p.324-331, 1991. FERREIRA, J. A. Resíduos sólidos e lixo hospitalar: uma discussão ética. Cad. Saúde Pública 1995; 11:314-20.Garcia, L. P; Ramos, B. G. Z. (2004). Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: uma questão de biossegurança. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro; mai/jun, v.20, n.3.MACHADO, V.M.P. et al. Diagnóstico dos resíduos de serviços de saúde no município de Botucatu-SP: proposta de segregação. Apresentado no Seminário Internacional sobre resíduos sólidos hospitalares – Expo-Residuospitalares, Cascavel-PR, 1993.

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NAIME, R.; GARCIA, A. C. A. Percepção ambiental e diretrizes para compreender a questão do meio ambiente. Novo Hamburgo: Feevale; 2004.NÓBREGA, C. C. Diagnóstico dos resíduos sólidos de serviços de saúde provenientes de hospitais e clínicas médicas do município de Gestão de resíduos sólidos em hospital de Porto Alegre Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.9, n.1, p.1-17, dez.2007 João Pessoa – PB. Anais do Simpósio Ítalobrasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental [CD-ROM]. Vitória (ES): Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental; 2002.PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL. 2011SILVA, A. C. N.; BERNARDES, R. S.; MORAES, L. R. S.; REIS, J. D. P. Critérios adotados para seleção de indicadores de contaminação ambiental relacionados aos resíduos sólidos de serviços de saúde: uma proposta de avaliação. Cancun, México: Anais do XXVII – Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental; 2002.SISINNO, C. L. S; MOREIRA, J. C. Ecoeficiência: um instrumento para a redução da geração de resíduos e desperdícios em estabelecimentos de saúde. 2005SPINA MIAP (2005) Características do gerenciamento dos resíduos sólidos dos serviços de saúde em Curitiba e análise das implicações socioambientais decorrentes dos métodos de tratamento e destino final. Dissertação de Mestrado. Curitiba, Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Referências