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Central Park Shopping: Impactos na (I)Mobilidade Urbana no Centro do Município de Duque de Caxias-RJ Autor: Uriel Borges da Silva Junior Instituição: Faculdade de Educação da Baixada Fluminense FEBF. A região da Baixada Fluminense, importante espaço socioeconômico e cultural do estado do Rio de Janeiro, sempre foi provida de riquezas naturais espalhadas pelos seus 13 municípios. Espaço vivido por uma população heterogenia, cujas bagagens culturais são das mais belas do nosso país e do mundo. Em contramão a isso, vemos uma Baixada abandonada pelas instituições publicas em todas as suas esferas e explorada pelos grandes empresários que apenas usufruem do povo humilde e trabalhador dessa região.Neste trabalho eu relaciono a mobilidade urbana no Centro de Duque de Caxias com a criação e instalação do Central Park Shopping. Que é um empreendimento com fins comerciais, e seria localizado de maneira estratégica no bairro. Este shopping foi anunciado pela empresa ABL Shopping Empreendimentos e Participações S/A, no ano de 2013. Com um projeto onde não existe a abertura ao dialogo com a sociedade civil, os governantes locais da cidade deram todo o amparo legal para a empresa ABL, que já iniciaram as derrubadas das árvores e queimada da vegetação. Neste cenário onde mais uma vez a aliança governo e iniciativa privada se fazem presentes e retiram dos citadinos o direito de discutir a cidade que desejam, eu questiono a mobilidade existente no bairro de forma a projetar a partir de analises os possíveis fenômenos de mobilidade que viriam a ocorrer com a instalação deste shopping. Outra questão importante que eu aponto, é sobre o planejamento estratégico e como ele está diretamente associado às questões de mobilidade urbana e todo este projeto de governo que cada vez mais demonstra desinteresse pela sociedade e não realiza os investimentos necessários para o precário transporte publico existente. Palavras Chave: Mobilidade Urbana - Planejamento Estratégico -Centro

Central Park Shopping: Impactos na (I)Mobilidade Urbana no … · trens de Caxias, além de ter ligação direta com uma das principais vias de ligação entre as cidades de Duque

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Central Park Shopping: Impactos na (I)Mobilidade Urbana no Centro do Município

de Duque de Caxias-RJ

Autor: Uriel Borges da Silva Junior

Instituição: Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – FEBF.

A região da Baixada Fluminense, importante espaço socioeconômico e cultural do estado

do Rio de Janeiro, sempre foi provida de riquezas naturais espalhadas pelos seus 13

municípios. Espaço vivido por uma população heterogenia, cujas bagagens culturais são

das mais belas do nosso país e do mundo. Em contramão a isso, vemos uma Baixada

abandonada pelas instituições publicas em todas as suas esferas e explorada pelos

grandes empresários que apenas usufruem do povo humilde e trabalhador dessa

região.Neste trabalho eu relaciono a mobilidade urbana no Centro de Duque de Caxias

com a criação e instalação do Central Park Shopping. Que é um empreendimento com

fins comerciais, e seria localizado de maneira estratégica no bairro. Este shopping foi

anunciado pela empresa ABL Shopping Empreendimentos e Participações S/A, no ano

de 2013. Com um projeto onde não existe a abertura ao dialogo com a sociedade civil, os

governantes locais da cidade deram todo o amparo legal para a empresa ABL, que já

iniciaram as derrubadas das árvores e queimada da vegetação. Neste cenário onde mais

uma vez a aliança governo e iniciativa privada se fazem presentes e retiram dos citadinos

o direito de discutir a cidade que desejam, eu questiono a mobilidade existente no bairro

de forma a projetar a partir de analises os possíveis fenômenos de mobilidade que viriam

a ocorrer com a instalação deste shopping. Outra questão importante que eu aponto, é

sobre o planejamento estratégico e como ele está diretamente associado às questões de

mobilidade urbana e todo este projeto de governo que cada vez mais demonstra

desinteresse pela sociedade e não realiza os investimentos necessários para o precário

transporte publico existente.

Palavras Chave: Mobilidade Urbana - Planejamento Estratégico -Centro

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Central Park Shopping: Impactos na (I)Mobilidade Urbana no Centro do

Município de Duque de Caxias-RJ

1. Justificativa

O Centro de Duque de Caxias, situado na Região da Baixada Fluminense, parte

integrante da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, tem em sua história espacial

disputas por conta de diversos aspectos. Entre eles viver e morar próximo ao Centro urbano,

seja por ser próximo à ofertas de empregos; ou pelas ofertas de lazer, além de melhor

mobilidade para outras cidades, como por exemplo: a cidade do Rio de Janeiro (Capital do

Estado) e importantes cidades da Baixada, como Nova Iguaçu e São João de Meriti, além de

outros fatores de atração.

Desde o ano de 2013, a empresa ABL Shopping Empreendimentos e Participações

S/A anunciou o seu interesse na construção de um shopping que ficaria situado em grande

parte da Rua Deputado Romeiro Junior - Centro, onde havia a única área verde do bairro.

Sem aviso prévio, à população residente, passageira e trabalhadora e com o amparo legal

dado pelos Governos locais (que pareciam estar mais preocupados com os interesses da

iniciativa privada e do marketing da cidade¹), iniciaram as derrubadas das árvores e queimada

da vegetação.

Tal empreendimento nos leva a pensar os impactos que poderiam vir a ocorrer na

mobilidade urbana, já que no projeto está sendo estimulado a circulação de cerca de 6 mil

carros durante a semana e mais de 10 mil aos finais de semana, circulando pelo bairro; fora os

carros de passeio, entrega de mercadorias e a entrada e saída de crianças nos períodos

escolares, já que existem diversas instituições educacionais de nível médio e fundamental

próximas. Este caos afetaria a cidade não somente em escala local, mas, também, boa parte da

Região da Baixada Fluminense.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1– “A mercadoria da cidade, vender a cidade, converteu-se em uma das funções básicas dos governos

locais...” (Borja &Forn, 1996, p.33. – Grifo autoral).

“...Talvez essa seja, uma das ideias mais populares entre os neo-planejadores urbanos: a cidade é uma mercadoria a

ser vendida, num mercado extremamente competitivo em que outras cidades também estão a venda.” (Vainer, 2000, p.2. –

Grifo autoral)

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2,Objetivos

2.1Geral

Identificar os fenômenos de mobilidade urbana que poderiam vir a ocorrer com a criação

instalação e funcionamento deste empreendimento.

2.2 Específicos

Reconhecer a importância da área Central em relação aos meios de transportes públicos que

são oferecidos para outros espaços.

Apresentar os motivos que podem piorar o trânsito local

3. Área de Estudo

O empreendimento Central Park Shopping, será construído na Rua Deputado

Romero Júnior, SN, Centro, Duque de Caxias – RJ, zona central do município Caxiense,

localiza-se no primeiro distrito da cidade. Ao longo dos seus quase 75 anos de

municipalização – Segundo o site do Estado do Rio de Janeiro a emancipação foi realizada em

31 de dezembro de 1943 - Duque de Caxias passa por um longo processo de urbanização que

aparentemente está longe do seu fim. Sempre buscando desvincular a imagem de ruralidade

e buscando tornar-se uma cidade conhecida pela sua urbanidade, através de diversos fatos,

como por exemplo com a instalação do Central Park Shopping no Centro.

Trago-lhes agora algumas imagens de satélites, uma do projeto do shopping e um

mapa com a localização do mesmo.

3.1. Mapa do Centro de Duque de Caxias, bairro aonde a empresa ABL Shopping

empreendimentos e participações S/A pretende construir o shopping. No círculo vermelho é

exatamente o lugar onde ficaria situado o empreendimento.

Fonte: Google Mapa

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3.2. Esta imagem é uma visão aérea onde o shopping ficaria situado. Toda essa vegetação já

foi devastada e não existe mais. Importante ressaltar que essa era uma das poucas áreas

verdes do bairro.

Fonte: Google Street View.

3.3 A esquerda a continuação da vegetação que fica dentro da Escola Municipal Dr. Álvaro

Alberto, que é patrimônio histórico e de extrema importância para a região da Baixada

Fluminense. Foi uma das primeiras escolas fundadas na região. Trouxe essa imagem, pois

mesmo que eu não trate dela nesse trabalho, é também uma questão de extrema importância

para a sociedade ao redor que utiliza seus serviços e sofrerá com todos os processos do

shopping.

Fonte: Google Street View–Mapas

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3.4. A área do shopping já com as árvores derrubadas. Reparem que o shopping ficaria muro

a muro com a escola, o que seria um outro impacto de grande intensidade aos estudantes deste

colégio. Uma questão importante nesta fotografia também, é em relação a função desta área

antes da sua compra pela ABL shopping. Essa área era um estacionamento, que contribuía

muito para diminuir o fluxo de carros no Centro, já que ele ficava bem no “início” do bairro, o

que diminuía o número de veículos que trafegavam por ele.

Fonte: Página do Fórum de oposição e resistência ao shopping (Blog).

3.5. O projeto de como ficaria o shopping depois de construído. A área verde já sem existir, a

escola praticamente invisível na paisagem e reparem que na imagem não existem veículos

circulando nas ruas e pela Avenida Governador Leonel de Moura Brizola (linha azul), o

que gera uma falsa sensação de organização e ótima mobilidade.

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Fonte: Site ABL Empreendimentos.

4. Estrutura Conceitual

4.1 O Centro como espaço de disputas comerciais.

Gostaria de apontar para a relevância do tema para a nossa discussão, já que a

implantação deste shopping atingiria diretamente as pessoas que trafegam pelo Centro de

Duque de Caxias. Ao analisarmos como os governantes locais deste município lidam com a

situação é extremamente inaceitável. A não abertura de diálogo com a sociedade civil é uma

decisão totalmente arbitrária quando se exclui os citadinos de uma discussão tão importante

para a cidade. SÁNCHEZ (2001) nos traz a idéia de “Cidade-modelo”:

“Uma cidade da qual exista a participação das esferas do Governo e

cidadãos e, posteriormente descoberto por agentes externos, difundindo em

outros âmbitos e escala. Entretanto, quando tomadas isoladamente, as

imagens das ‘cidades-modelo’ parecem, para o senso comum, apresentar

dito estatuto de ‘modelos’ como resultado apenas do desempenho dos

governos das cidade que, através de ‘boas práticas’, conseguiram destacar- se

na ação urbanística, ambiental ou nas práticas de gestão das cidades.”

(SÁNCHEZ, 2001 p.1)

Este conceito é fundamental quando analisamos a situação que o Governo criou para

Duque de Caxias. Uma cidade que tenta se tornar um modelo, a partir de outra cidade

modelo. Quando paramos para analisar, percebemos que um shopping é um atrativo

econômico, cultural e social muito forte para se fazer o “Marketing da Cidade” (VAINER

2013). Ter visibilidade dentro da Região da Baixada Fluminense é algo que me parece mais

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importante para o Governo local do que as necessidades e demandas sociais realizadas pela

sociedade civil e movimentos sociais existentes na cidade.

Entre todos os modelos existentes de planejamento urbano, eu chamo atenção para

o planejamento estratégico,

“Inspirado em conceitos e técnicas oriundas do planejamento empresarial,

originalmente sistematizadas na Haward Business School, o planejamento

estratégico, segundo seus defensores, deve ser adotado pelos governos locais

em razão de estarem em cidades submetidas ás mesmas condições e desafios

que as empresas” (VAINER 2000, p.1.

Este conceito é fundamental quando analisamos a situação que o Governo criou para Duque

de Caxias. Uma cidade que tenta se tornar um modelo, a partir de outra cidade modelo.

Quando paramos para analisar, percebemos que um shopping é um atrativo econômico,

cultural e social muito forte para se fazer o “Marketing da Cidade” (VAINER 2013). Ter

visibilidade dentro da Região da Baixada Fluminense é algo que me parece mais importante

para o Governo local do que as necessidades e demandas sociais realizadas pela sociedade

civil e movimentos sociais existentes na cidade.

Entre todos os modelos existentes de planejamento urbano, eu chamo atenção para

o planejamento estratégico,

“Inspirado em conceitos e técnicas oriundas do planejamento empresarial,

originalmente sistematizadas na Haward Business School, o planejamento

estratégico, segundo seus defensores, deve ser adotado pelos governos locais

em razão de estarem em cidades submetidas ás mesmas condições e desafios

que as empresas” (VAINER 2000, p.1

Planejamento este que parece ser o que os planejadores urbanos, juntamente da

iniciativa privada parecem estar pensando para o Centro de Caxias. Digo isso pois na área

da qual a empresa ABL shoppings pretende construir o seu empreendimento, é bem no

“coração” do bairro, próximo a pontos de mobilidade urbana importantes da cidade. Como

por exemplo, as rodoviárias do shopping center e a rodoviária Plínio Casado², a estação de

trens de Caxias, além de ter ligação direta com uma das principais vias de ligação entre as

cidades de Duque de Caxias, Belford Roxo e o Rio de Janeiro, a Avenida Governador Leonel

de Moura Brizola.

2-A Rodoviária Plinio Casado é conhecida pela população Caxiense como sendo a Rodoviária Velha, por conta de seus

quase 50 anos de existência, além do estado precário que passa a anos.

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4.2 (i)mobilidade?

Umas das questões que me inquietaram para a realização deste trabalho foi a

deficiência de pesquisas em relação a esta área de estudo. Encontrei literaturas que

dissertavam sobre impactos hídricos, à vizinhança, econômicos, porém me chama muito a

atenção relacionar o Central Park Shopping com a (i)mobilidade deste lugar, já que é uma

das questões das quais não consegui encontrar nenhum autor estudando.

Quero deixar claro que quando me refiro ao termo (i)mobilidade, ao mesmo tempo

que eu entendo que existam investimentos por parte do Estado na criação de meios de

deslocamento de pessoas entre determinados lugares, também critico como este

planejamento é realizada, para quem é projetado, com quais finalidades são gastos os

orçamentos públicos destinados a mobilidade urbana, além de não acreditar na existência

de “uma mobilidade” eficiente e digna para a população Caxiense e vizinha, que utilizam

os transportes públicos e seus próprios veículos, mas sim o interesse da iniciativa privada

aliada as três esferas do Governo e com intenções que na maioria das vezes não são

transmitidas à população.

Quando uma cidade proporciona mobilidade à população, oferece as condições

necessárias para o deslocamento das pessoas. Em outras palavras, ter mobilidade é

conseguir se locomover com facilidade de casa para o trabalho, do trabalho para o lazer e

para qualquer outro lugar onde o cidadão tenha vontade ou necessidade de estar,

independente do veiculo utilizado.

Ter mobilidade urbana é pegar o ônibus com a garantia de que se chegará ao local e

no horário desejado, salvo em caso de acidentes, por exemplo. É ter alternativas para

deixar o carro na garagem e ir ao trabalho a pé, de bicicleta ou com o transporte coletivo.

É dispor de ciclovias e também de calçadas que garantam acessibilidade aos deficientes

físicos e visuais. E, até mesmo, utilizar o automóvel particular quando lhe convir e não

ficar preso nos engarrafamentos.

RIBEIRO e RODRIGUES (2012) nos trazem a idéia de que as cidades estão

passando por uma “Crise de mobilidade - Crise resultante, sobretudo, da opção pelo modo

de transporte individual em detrimento das formas coletivas de deslocamento”. E essa é

uma situação que atinge as maiores metrópoles brasileiras, e Caxias como segunda maior

cidade em território do Estado do Rio de Janeiro (467,620km² IBGE-2015), não foge dessa

“crise”.

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Fonte: Elaborado pelo Observatório das Metrópoles com dados do DENATRAN/2010.

Neste gráfico conseguimos ver em números como essa questão de mobilidade

afeta milhões por todo o território brasileiro. O Centro de Caxias tem ligação espacial

direta com a cidade do Rio de Janeiro, que é a cidade com pior mobilidade urbana do

Brasil. Infelizmente não encontrei dados sobre o Centro de Caxias, mas creio que por essa

aproximação espacial com a cidade do Rio e pela quantidade de pessoas que transitam pelo

bairro, boa parte da população deve levar mais de 1 hora no trajeto casa-trabalho.

Essa falta de planejamento se traduz na inexistência de dados confiáveis e

atualizados sobre os fluxos de pessoas e mercadorias - as chamadas pesquisas

origem/destino, ferramenta fundamental de planejamento urbano” (RIBEIRO &

RODRIGUES 2012). E todo este caos no Centro de Caxias, pode ser atribuído ao não

investimento por parte do Estado em mobilidade urbana, ao crescimento populacional e o

não acompanhamento das políticas de descolamentos, a escolha por automóveis que cada

vez mais ganham as vias e até mesmo ao desinteresse de utilizar o precário transporte

público que é oferecido aos citadinos.

5. Metodologia

Pretendo neste trabalho buscar juntamente da secretária municipal de transportes

de Duque de Caxias dados sobre a quantidade de linhas de ônibus que perpassam o Centro

da cidade, também irei buscar o nome de cada linha, qual horário começa e termina a

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circulação de cada uma, além das empresas que tem concessão para criar uma linha de

ônibus.

As cartas topográficas serão utilizadas após a busca por informações na secretária

de transportes municipal, pois com elas pretendo compreender como funciona a dinâmica

espacial da superfície terrestre do Centro. Isso será fundamental para entender as rotas

principais e alternativas de deslocamento, onde os impactos do Central Park Shopping

seriam maiores, além de me dar mais detalhes físicos do que um mapa, o que é de extrema

importância já que a cidade de Duque de Caxias está situada em uma região de Baixada,

então as chances de inundação por conta de precipitações e transbordamentos de rios são

grandes, o que acaba atrapalhando no deslocamento da população.

Após estes processos de pesquisa, devo ir a campo com a finalidade de observar

como é a atual mobilidade urbana e como este processo de trens, ônibus, bicicletas e outros

veículos transitam pelo Centro de Caxias. Analisar o funcionamento das rodoviárias que

estejam situadas neste bairro também está inserida nessas observações de campo. Devo com

isso elaborar alguns pareceres e relatórios que devem explicar como é dada esta mobilidade

6. Considerações Finais

Bem, neste trabalho além de trabalhar com conceitos científicos e diversos

conhecimentos em prol de um objetivo, espero conseguir esclarecer para a sociedade o que

este empreendimento significa no seu cotidiano, no que ele é capaz de influenciar no

deslocamento das pessoas de diferentes formas pelo Centro de Caxias. E para isso vou

tentar buscar juntamente do povo está construção coletiva e participativa.

Vejo neste trabalho um começo para dialogar com a sociedade civil, e assim fazer o

papel que a universidade deve realizar que é a extensão e proximidade com quem precisa de

suas pesquisas. A população de Duque de Caxias que historicamente é trabalhadora, rica

culturalmente e acima de tudo injustiçada e excluída socialmente do Estado, merece este

reconhecimento por parte de mim. Devo demais a essa cidade e espero poder devolver ao

menos 1% de tudo o que ela já me ofereceu.

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7. Referências

BORJA, Jordi & FORN, Manuel de. Políticas da Europa e dos Estados para as cidades.

Espaço e Debates, ano XVl, nº. 39, 1996.

RIBEIRO, Luiz. & RODRIGUES, Juciano. Da crise da mobilidade ao apagão urbano.

Caderno IPPUR, 2013.

SÁNCHEZ, Fernando. A reinvenção das cidades na virada do século: Agentes, estratégias

e escalas de ação política. REVISTA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA Nº 16: 31-49 JUN.

2001.

Site Blog do FORAS: Fórum de Oposição e Resistência ao Shopping. Disponível em:

http://blogspotforas.com. Acessado em 02/12/2015.

Site da ABL. Disponível em: http://www.ablshopping.com.br/shoppings/caxias- central

park/. Acessado em 10/01/2016

Site do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em http://www.rj.gov.br. Acessado em

13/01/2016.

Site do Google Earth. Disponível em http://mapas.google.com. Consultado em 11/01/2016

Site do Google Mapas. Disponível em: http://mapas.google.com. Consultado em

10/01/2016.

Site do IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/. Acessado em 02/12/2015.

Site do Observatório das Metrópoles. Disponível em:

http://www.observatoriodasmetropoles.net/. Acessado em 02/12/2015.

VAINER, Carlos. B. Pátria, empresa e mercadoria. Notas sobre a estratégia discursiva do

planejamento estratégico urbano. In : ARANTES, O., VAINER, C. B. & MARICATO, E.

A cidade do pensamento único: desmanchando consensos. São Paulo: Vozes. 2000.