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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO LTDA LARISSA SCORZATO LEMES ANÁLISE ERGONÔMICA NO POSTO DE TRABALHO INFORMATIZADO SÃO JOSÉ SC 2018

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO LTDA

LARISSA SCORZATO LEMES

ANÁLISE ERGONÔMICA NO POSTO DE TRABALHO INFORMATIZADO

SÃO JOSÉ – SC

2018

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO LTDA

LARISSA SCORZATO LEMES

ANÁLISE ERGONÔMICA NO POSTO DE TRABALHO INFORMATIZADO

Artigo Científico Apresentado à Centro de Ensino Superior

Dom Alberto Ltda., como requisito parcial a obtenção do

título de Especialista em Ergonomia.

SÃO JOSÉ – SC

2018

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ANÁLISE ERGONÔMICA NO POSTO DE TRABALHO INFORMATIZADO

Larissa Scorzato Lemes1

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo delinear as competências da Ergonomia no posto de trabalho informatizado. Visto a

necessidade de conscientização dos empresários, funcionários e profissionais por espaços físicos que garantam a

boa postura. Afim de evitar as doenças de trabalho por esforço repetitivo. A pesquisa detalha alguns fundamentos

teóricos e metodológicos utilizados na elaboração do método clássico da Ergonomia da Atividade, a Análise

Ergonômica do Trabalho (AET) como um instrumento eficaz para identificar os riscos relacionados a trabalho

repetitivo de membros superiores e fazer prevenção das doenças musculoesqueléticas. A ergonomia, ao estudar e

criar novas tipologias de atenção aos trabalhadores contribui com a segurança dos colaboradores. Portanto, conclui-

se a importância da presença de um Ergonomista no que se refere ao risco ergonômico existente nas atividades de

usuários de computador.

Palavras-chave: Ergonomia; análise ergonômica do trabalho; posto de trabalho informatizado.

Introdução

Esta pesquisa de trabalho relata a responsabilidade do Ergonomista nas atividades de

aspectos relacionados ao mobiliário e às condições ambientais do posto de trabalho informatizado.

Os postos de trabalho informatizados estão presentes nas atividades de trabalho das pessoas. E é

preciso observar os riscos ergonômicos existentes em um terminal de microcomputador,

evitando uma série de doenças decorrentes de seu mau uso. O avanço tecnológico trazido pela

informática acarreta, paralelamente, males físicos e sociais, pois nos ambientes de trabalho,

crescem, gradativamente, as queixas, tais como simples dores de cabeça aos problemas clínicos

mais sérios, como distúrbios ósteo- musculares (SILVA, 2002). A ergonomia surge como ciência nova, produto da colaboração de muitas ciências e

especialidades, visando humanizar o trabalho e, como consequência natural, tornar

mais fecundos seus resultados. Através da Ergonomia desloca-se o homem para o foco

das atenções e cuidados. É analisada sua constituição, potencial e limitações, de forma

a não ser exigido além do conveniente e que sua capacidade possa ser racionalmente

utilizada. (VERDUSSEN, 1978, p 02).

Bridger (1995), garantir uma boa postura é requisito básico no projeto dos postos de trabalho,

pois indica as melhores alternativas, para se evitar lesões provocadas pelo trabalho

informatizado. Essa caracterização da postura de trabalho enfatiza o papel das três classes de

variantes, que são: os requisitos da tarefa; fatores pessoais; projeto do espaço de trabalho.

___________________________

1 Técnica em Seg. Trabalho; Arquiteta e Urbanista; Engenheira de Segurança do Trabalho; Especializando-se em Ergonomia

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Desenvolvimento

Os precursores da Ergonomia provavelmente estão na pré-história quando o homem

procurava a pedra que melhor se ajustasse à forma e movimentos da sua mão, para usa-la como

instrumento de caça. E na era da produção artesanal também ocorreu a necessidade de adaptar as

tarefas às necessidades humanas. Mas na revolução industrial a situação crítica dos ambientes de

trabalho com jornadas de até 16 horas diárias em fábricas sujas, escuras, barulhentas e perigosas

fizeram com que os estudos mais sistemáticos sobre a relação homem e trabalho começassem a

serem realizados. A ergonomia tem uma data “oficial” de nascimento: 12 de julho de 1949, na Inglaterra

em um evento que reuniu diversos cientistas e pesquisadores interessados em discutir e

formalizar a existência desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência

(Murrell, 1965).

Em diversos países em épocas diferentes os estudos dos fatores que influenciam o

sistema produtivo (posto de trabalho, tarefas, máquinas e equipamentos, organização do trabalho

e ambiente físico) foram analisados para melhorar as condições de trabalho. Citamos alguns

deles: Europa em 1900, pesquisas na área de fisiologia do trabalho; Inglaterra em 1914, criação

da Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições e em 1929 foi transformado

no Instituto de Pesquisas sobre Saúde no Trabalho onde foram realizadas pesquisas sobre

posturas no trabalho, carga manual, seleção, treinamento, iluminação, ventilação e outras; Japão

em 1921, fundou-se o Instituto de Ciência do Trabalho; Estados Unidos, em 1940 após a

resistência a apoiar os estudos da ergonomia criou-se os primeiros cursos de human factors.

Brasil em 1974 ocorreu o primeiro Seminário Brasileiro de Ergonomia.

Em agosto de 2000 a International Ergonomics Association, conceituou: “Ergonomia (ou

Fatores Humanos) é a disciplina científica, que estuda as interações entre os seres humanos e

outros elementos do sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos, a

projetos que usem otimizar o bem-estar humano e o desempenho global de sistemas”. Os ergonomistas devem analisar o trabalho de forma global, incluindo os aspectos

físicos, cognitivos e organizacionais, tendo como objetivo a redução da fadiga, estresse, erros e

acidentes em todo e qualquer tipo de atividade laboral. As variáveis frequentemente utilizadas

em pesquisas na área de ergonomia são divididas entre: homem, máquina, ambiente e sistema.

A análise ergonômica do trabalho (AET) visa aplicar os conhecimentos da ergonomia

para analisar e investigar se o sistema atual proporciona conforto e saúde ao trabalhador, e/ou se

existe alguma característica inconveniente no equipamento. Ela foi desenvolvida por

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pesquisadores franceses e se constitui em um exemplo de ergonomia de correção. O método

AET desdobra-se em cinco etapas: análise da demanda; análise da tarefa; análise da atividade;

diagnóstico; e recomendações (Guérin et al., 2001).

No estudo ergonômico são aplicados conhecimentos do organismo humano,

antropometria, biomecânica ocupacional, posto de trabalho, controle e manejos, percepção e

processamento de informações, dispositivos de informação, ergonomia do produto, fatores

humanos no trabalho, organização do trabalho, segurança no trabalho, ambiente (iluminação,

cores, temperatura, ruídos e vibrações), aplicações industriais, agrícolas, nos serviços e na vida

diária.

Além das mais de 30 normas elaboradas pelos dos padrões internacionais determinados

pela ISO (International Standardization Organization), no Brasil tem-se a ABNT - Associação

Brasileira de Normas Técnicas, que recomenda medidas para os moveis de escritório (cadeiras,

mesas, sistemas de trabalho e armários).

Devido à grande difusão da informática, a relação usuário, mobiliário e computador tem

sido um dos mais comuns objetos de estudos por se encontrar em praticamente todas as

profissões. Ao avaliar as medições de objetos em um posto de trabalho para digitadores, devem

ser considerados pelo menos seis medidas críticas:

a) Altura lombar (encosto da cadeira)

b) Altura poplítea (altura do assento)

c) Altura do cotovelo (altura da mesa)

d) Altura da coxa (espaço entre o assento e a mesa)

e) Altura dos olhos (posicionamento do monitor)

f) Ângulo de visão

Grandjean (1987) apresenta os resultados de diversas pesquisas realizadas para estudar

a postura das digitadoras. Ele observou que 30 a 40% delas se queixavam de dores no pescoço,

ombros e braços. Esses índices são bem maiores, se comparados com pessoas que realizam

trabalhos gerais de escritório ou vendedoras de lojas. Neste caso, os índices ficavam entre 2 e

10%.

A postura inadequada dos digitadores e/ou usuários de computadores e as inadaptações

ergonômicas destes postos de trabalho podem provocar fadiga visual, dores musculares do

pescoço e ombros e dores nos tendões dos dedos. É recomendado que as cadeiras tenham uma

regulagem de inclinação entre 90° e 120° para que facilite os movimentos. Quando a inclinação

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da cabeça para a frente ocorre em situações onde o assento é muito alto, a mesa é muito baixa e a

cadeira está longe da mesa, a má postura pode gerar fadiga dos músculos do pescoço e do

ombro. No mobiliário do posto de trabalho com uso do computador é recomendado:

a) o monitor de vídeo e o teclado devem estar apoiados em superfícies com mecanismos

de regulagem independentes;

b) será aceita superfície regulável única para teclado e monitor quando este for dotado de

regulagem independente de, no mínimo, 26 (vinte e seis) centímetros no plano vertical;

c) a bancada sem material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 75 (setenta e

cinco) centímetros medidos a partir de sua borda frontal e largura de 90 (noventa) centímetros

que proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 (sessenta e cinco) centímetros de

raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho;

d) a bancada com material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 90

(noventa) centímetros a partir de sua borda frontal e largura de 100 (cem) centímetros que

proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 (sessenta e cinco) centímetros de raio

em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho, para livre

utilização e acesso de documentos;

e) o plano de trabalho deve ter bordas arredondadas;

f) as superfícies de trabalho devem ser reguláveis em altura em um intervalo mínimo de

13 (treze) centímetros, medidos de sua face superior, permitindo o apoio das plantas dos pés no

piso;

g) o dispositivo de apontamento na tela (mouse) deve estar apoiado na mesma superfície

do teclado, colocado em área de fácil alcance e com espaço suficiente para sua livre utilização;

h) o espaço sob a superfície de trabalho deve ter profundidade livre mínima de 45

(quarenta e cinco) centímetros ao nível dos joelhos e de 70 (setenta) centímetros ao nível dos

pés, medidos de sua borda frontal;

i) nos casos em que os pés do operador não alcançarem o piso, mesmo após a regulagem

do assento, deverá ser fornecido apoio para os pés que se adapte ao comprimento das pernas do

trabalhador, permitindo o apoio das plantas dos pés, com inclinação ajustável e superfície

revestida de material antiderrapante;

j) os assentos devem ser dotados de:

1. Apoio em 05 (cinco) pés, com rodízios cuja resistência evite deslocamentos

involuntários e que não comprometam a estabilidade do assento;

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2. Superfícies onde ocorre contato corporal estofadas e revestidas de material que permita

a perspiração;

3. Base estofada com material de densidade entre 40 (quarenta) a 50 (cinquenta) kg/m3;

4. Altura da superfície superior ajustável, em relação ao piso, entre 37 (trinta e sete) e 50

(cinquenta) centímetros, podendo ser adotados até 03 (três) tipos de cadeiras com alturas

diferentes, de forma a atender as necessidades de todos os operadores;

5. Profundidade útil de 38 (trinta e oito) a 46 (quarenta e seis) centímetros;

6. Borda frontal arredondada;

7. Características de pouca ou nenhuma conformação na base;

8. Encosto ajustável em altura e em sentido anteroposterior, com forma levemente

adaptada ao corpo para proteção da região lombar; largura de, no mínimo, 40cm e, com relação

aos encostos, de no mínimo, 30,5cm;

9. Apoio de braços regulável em altura de 20 (vinte) a 25 (vinte e cinco) centímetros a

partir do assento, sendo que seu comprimento não deve interferir no movimento de aproximação

da cadeira em relação à mesa, nem com os movimentos inerentes à execução da tarefa.

Os postos de trabalho podem ser analisados com enfoque em dois princípios, taylorista

(estudo de tempos e movimentos) e/ou ergonômico (estudo biomecânico e cognitivo). O ideal é

que a análise seja baseada nos dois conceitos de maneira que se complementem. Sendo que as

condições do Ambiente de Trabalho devem respeitar os seguintes parâmetros legais:

a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira

registrada no INMETRO, observando o nível de ruído aceitável para efeito de conforto de até 65

dB(A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB;

b) Índice de temperatura efetiva entre 20º e 23ºC;

c) Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;

d) Umidade relativa do ar não inferior a 40% (quarenta por cento);

e) Iluminância de interiores de acordo com a NBR 5413.

Obs.: Devem ser implementados projetos adequados de climatização dos ambientes de

trabalho que permitam distribuição homogênea das temperaturas e fluxos de ar utilizando, se

necessário, controles locais e/ou setorizados da temperatura, velocidade e direção dos fluxos.

As empresas podem instalar higrômetros ou outros equipamentos que permitam ao

trabalhador acompanhar a temperatura efetiva e a umidade do ar do ambiente de trabalho.

Para a prevenção da chamada “síndrome do edifício doente”, deve ser atendida:

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a) o Regulamento Técnico do Ministério da Saúde sobre “Qualidade do Ar de Interiores

em Ambientes Climatizados”.

As instalações das centrais de ar condicionado, especialmente o plenum de mistura da

casa de máquinas, não devem ser utilizadas para armazenamento de quaisquer materiais.

A descarga de água de condensado não poderá manter qualquer ligação com a rede de

esgoto cloacal.

O avanço das pesquisas sobre a ergonomia resultara em softwares e métodos capazes de

servirem como instrumentos para avaliar as condições ergonômicas do trabalhador. Alguns dos

métodos de análise ergonômica:

- RULA: Através do método são identificados distúrbios dos membros superiores

relativos ao trabalho, usado mais frequentemente em ambiente de escritórios.

- REBA: (POSTURA) O método é bastante utilizado na análise ergonômica de posturas,

atividades e postos de trabalho. Esse método permite a análise conjunta das posições tomadas

pelos membros superiores do corpo (braço, antebraço, punho), tronco, pescoço e pernas.

- OCRA: (MOVIMENTO REPETITIVOS E/OU ESFORÇOS DE MEMBROS) baseia-

se na relação entre o número médio diário de ações efetivamente realizadas pelos funcionários.

Indicado para análise de tarefas em relação a diversos fatores de risco dos membros superiores é

aplicado em diferentes setores de trabalho que envolvem movimentos repetitivos e ou esforços

dos membros superiores e inferiores.

- STRAIN INDEX: é um método semi-quantitativo, pois analisa o trabalho repetitivo de

membros superiores, esforços físicos aplicados na musculatura recrutada e, principalmente, pelo

esforço psíquico ao realizar o trabalho. Baseia-se em variáveis relativas à tarefa ocupacional

como a intensidade da força exigida, a duração do esforço e a recuperação relativa dos membros

afetados.

- Para o cálculo do Strain Index (SI) são considerados seis determinantes de risco:

Intensidade da força (em % da MCV);

-Duração do esforço;

-Nº dos esforços executados a cada minuto;

-Postura do pulso e da mão;

-Velocidade de trabalho;

-Duração da tarefa por dia.

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- OWAS: (COLUNA, BRAÇOS E PERNAS) é um método para análise da postura do

trabalhador durante as realizações de atividades. Os resultados obtidos têm como base o

posicionamento da coluna, braços e pernas, além de considerar, após as cargas e esforços feitos

durante a realização da atividade. Assim, após a etapa de classificação das posturas e da

determinação do peso das cargas, estes valores encontrados são confrontados com uma tabela,

onde é obtido o resultado final que indica a determinação do nível de risco.

- ROSA (POSTURA X EQUIPAMENTO) é um método que utiliza um checklist

baseado em diagrama que auxilia ergonomistas a quantificar rapidamente os fatores de risco

específicos do trabalho com computador através da postura e equipamentos no local de trabalho

avaliado.

- SUZANNE RODGERS: (TEMPO DE ESFORÇO CONTINUO/ MINUTO) Consiste

em avaliar os esforços, em regiões distintas do corpo, previamente definidas. De acordo com o

nível de esforço, tempo de esforço continuo, esforço por minuto.

- MOORE E GARG: (TENDÕES MEMBROS SUPERIORES) é um método de análise

de risco de desenvolvimento de disfunções músculo tendinosas em membros superiores.

TLV HAL: (MÃO E PUNHOS – DISTURBIOS) Método que foi desenvolvido para permitir

avaliação dos fatores de risco do trabalho associados a distúrbios osteomusculares da mão e

punho.

- CHECKLISTE COUTO: Avaliação simplificada do fator biomecânico no risco para

distúrbios musculoesqueléticos de membros superiores relacionados ao trabalho, aborda analise

da condição dos trabalhadores e dos postos de trabalho. Tem como objetivo corrigir e combater

- CHECKLIST BIPOLAR: é um ótimo questionário forma para se ter um controle de

onde os trabalhadores mais sentem dor, para análise e futuras intervenções.

- MÉTODO QEC: é uma avalição feita através de perguntas respondidas pelo avaliador

e pelo trabalhador, são geradas pontuações, que combinadas em tabelas fornecem o resultado

final para cada fator avaliado.

- MÉTODO NASA TLX: possibilita avaliar a carga mental analisando diversas

dimensões da situação de trabalho.

- MÉTODO ERGOS – CARGA MENTAL: é uma forma de avaliação através de um

questionário em cada resposta gera uma pontuação. Então soma de todos os pontos é

multiplicada por 0,83 para se obter a pontuação final do método ERGO- CARGA MENTAL.

(0,83 x(pontos da seção A + pontos da seção B)).

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- ANÁLISE DE IMAGEM: buscar analisar a avalição de posturas e determinação de

pontos e ângulos. Podendo aplicar grades lineares, polares e ambas e ainda calcular ângulos em

locais selecionáveis da figura.

- ANALISE DE VÍDEO: é de grande importância na Ergonomia para avaliação de

posturas, tem de permanência em cada postura, tempo do ciclo de trabalho, possíveis melhorias

na tarefa, registro de situações ergonomicamente incorretas, etc.

- ANTROPOMETRIA: seu estudo é uma excelente forma nas definições de medidas de

projetos para mobiliários, máquinas, equipamentos r ferramentas para que fiquem

ergonomicamente corretas.

- EWA: É um manual que auxilia no entendimento das situações de trabalho. Por possuir

uma estrutura sistemática, pode ser usado para verificar a qualidade das melhorias feitas em um

posto de trabalho ou nas tarefas, ainda permite realizar comparações de diferentes postos de

trabalho com o mesmo tipo de atividade e também fornece material informativo sobre o posto de

trabalho servindo como arquivo de informações.

- MÉTODO SNOOK E CIRIELLO: Tabelas Psicofísicas: O critério psicofísico é a

carga máxima que um trabalhador pode praticar sob diferentes condições e durante certo período

de tempo, trabalhando tão duro quanto ele pode, mas sem tornar-se excepcionalmente cansado,

fraco e sem fôlego.

- MAC: O Manual Handling Assessment Charts foi criado para ajudar os inspetores do

trabalho a avaliar aos fatores de risco mais comuns durante as operações de levantamento,

colocação, transporte e manipulação de carga. O objetivo da avaliação é identificar e depois

reduzir o nível global do risco da tarefa.

- DIALOGO DÉPARIS: É guia que permitir os trabalhadores e pessoal técnico,

observem o conjunto das suas condições de vida na situação de trabalho (áreas de trabalho,

organização do trabalho, fatores ergonômicos, fatores de ambiente, aspectos físico-sociais), em

busca de medidas de melhoria e de prevenção. Ambiciona conduzir a empresa mais rápida e

economicamente para uma prevenção eficaz, notadamente implicando diretamente as pessoas

envolvidas.

- KIM: O objetivo de acordo com os autores foi criar duas ferramentas para a avaliação

dos riscos no caso de tarefas de:

-Levantar, manter, colocar;

-Empurrar ou puxar uma carga.

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- FIFARIM: O objetivo é a identificação dos trabalhadores no ambiente de trabalho dos

fatores de risco ligados à manipulação manual de carga. Uma estratégia de prevenção em 3 etapas

é estabelecida em seguida em função da importância do risco.

- SOBANE: O objetivo do documento é apresentar ferramentas que remetam o olhar dos

trabalhadores, do pessoal técnico e dos conselheiros em prevenção, para todos os aspectos

técnicos, organizacionais e humanos que determinam as condições de exposição. Ambiciona

conduzir mais rápida e economicamente a uma prevenção eficaz.

Entre os métodos mais utilizados (OCRA, RULA, SI, HAL) do risco de LER/DORT de

membros superiores, percebe-se que cada um dos métodos identificam um tipo de exposição seja

por força pelo método HAL, força e postura extrema OCRA ou SI. Neste caso, se ainda existir

cumulativamente a presença de repetitividade, então o método mais adequado é o OCRA.

Por fim, se não existir aplicação de força, é possível selecionar um método que valorize

genericamente o fator de risco postura, por exemplo, o método RULA.

Conclusão

Ao apresentar as condições da Ergonomia nos postos de trabalho informatizados

verificou-se a questão da importância do Ergonomista de avaliar e ajustar as condições dos

ambientes de trabalho. Ao apresentar a problemática, o objeto de estudo foi delimitado e norteou

a pesquisa em busca de referencial que sustenta-se a justificativa, ou seja, a razão de realização

deste trabalho.

No embasamento teórico foram apresentados os campos de conhecimento que envolvem

o universo da ergonomia e sua relação com os espaços de trabalho. A pesquisa, abordou os

aspectos referentes a relação à postura e mobiliário do meio ambiente de trabalho.

O estudo realizado procurou obter informações sobre as normas, leis e organizações

oferecidas em âmbito nacional e internacional. Sendo que a ergonomia no posto de trabalho

informatizado se mostrou fundamental, de acordo com os fundamentos teóricos e metodológicos

utilizados na elaboração do método clássico da Ergonomia da Atividade, a Análise Ergonômica

do Trabalho (AET).

Enfim, com o objetivo de fundamentar e reafirmar a necessidade da ergonomia nos

espaços de trabalho informatizado, concluímos este trabalho citando os principais métodos

utilizados para avaliar as questões de ergonomia no ambiente de trabalho informatizado.

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