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Centro de Estudo DCB lise da Vulnerabilidade da População Brasileira Impactos Sanitários das Mudanças Climáticas Diana Pinheiro Marinho DCB / PMAGS [email protected] Rio, 07/05/2007

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Centro de Estudo DCB

Análise da Vulnerabilidade da População Brasileira aos Impactos Sanitários das Mudanças Climáticas

Diana Pinheiro MarinhoDCB / PMAGS

[email protected]

Rio, 07/05/2007

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IntroduçãoIntrodução

ABRASCO, CPTEC e UFRJParcerias

Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT): Coordenação de Pesquisas em Mudanças Climáticas

Financiamento

Análise da Vulnerabilidade da População Brasileira aos Impactos Sanitários das Mudanças Climáticas

Projeto

2000 a 2003Período

Todas as UFs, DF e cinco municípios: Belém, Recife, Rio de Janeiro, Itajaí e Blumenau.

Áreas de estudadas

Estudo retrospectivo de Jan1996 a Dez 2001Período

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ObjetivosObjetivos

Medir a vulnerabilidade da população brasileira levando em conta três dimensões:

Epidemiológico, Socioeconômico e Climático.

Desenvolver um Sistema de Informação Geográfico (SIG) estático.

Criar mapas temáticas dos temas.

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AquecimentoGlobal

Tempestades

Morbidade eMortalidade

População

EventosClimático

s (“Hazard”)

Inundações

Secas

Resposta

Exposição

FatoresIndividuais

Informação e Percepção

do Risco

OrganizaçãoComunitária

Atenção Médica

Defesa Civil

SituaçãoGeográfica

Infraestrutura

PerfilDemográfico

FatoresIndividuais

Percepção do Risco

Características ambientais

Tipo e qualidade de serviço

transporte

saneamento

Tipo e Localização espacial

habitação

trabalho

lazer

idade

sexo

etnia

capacidade física Determinantes Imediatos

Det

erm

inan

tes

Prim

ário

s

Renda

Educação

Poder Político

Cultura

Vulnerabilidade

Modelo Conceitual da Vulnerabilidade Social

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Modelo Conceitual Geral do Projeto

Possível situação de

saúde

Cenários climáticos modelados

Políticas Públicas

Variabilidade ClimáticaPopulação

REDUÇÃO

Renda, Habitação,

Escolaridade, Demografia, etc

PASSADO / PRESENTE FUTURO

Vulnerabilidade Atual

Eventos Climáticos Extremos

Mortalidade

Morbidade

Leptospirose

Cólera

Dengue

Malária

Leishmanioses

População

Vulnerabilidade Futura

Ambiente

Situação CAmbiente

Situação de saúde conhecida (histórica)

Hantavírus

Situação A

Situação B

Situação D

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IVSE IVE IVC IVG

Demografia

Renda

Educação

Saúde

Saneamento

Leptospirose

Cólera

Dengue

Malária

Leishmaniose Visceral e Tegumentar

Hantavírus

Índices

Pluviometria

Índice de Vulnerabilidade Socioeconômico - IVSE

Índice de Vulnerabilidade Epidemiológica - IVE

Índice de Vulnerabilidade Climático - IVC

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MetodoloMetodologiagia

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Fases da Construção dos Índices

Construir os índices adaptando a metodologia do IDH de 1995.Desafio:

Etapas:Selecionar indicadores e agrupar-los por dimensões Primeira etapa

Transformar todos os indicadores em índices nos quais os valores variem entre 0 e 1.

Segunda etapa

Construir um índice sintético por dimensão a partir dos índices construídos na etapa anterior.

Terceira etapa

Atribuir um peso a cada índice sintético de cada dimensão e calcular o índice sintético geral.

Quarta etapa

IDH:Produz um único índice; construção simples e fácil interpretação, apesar de não existir um software e possibilitar varias maneiras de construção

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Classificação dos IndicadoresTipo I:

MAIOR VALOR MENOR VULNERABILIDADE

II

I II observadopadronizado MínimoMáximo

Máximo

Tipo II:MENOR VALOR MENOR VULNERABILIDADE

II

Iobservado

MínimoMáximoMínimoII

padronizado

Um valor alto do indicador representa uma situação de menor vulnerabilidade

Um valor baixo do indicador representa uma situação de menor vulnerabilidade

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Etapas: Terceira e Quarta

nn22111

PadPadPadDim IwIwIwn

I

onde I Dim= Índice da dimensão, Ipad = Indicador Padronizado, w=peso, n é o número de dimensões consideradas

1 NN2211 DimDimDim IwIwIwN

IV

onde IV = Índice de Vulnerabilidade, I Dim= Índice de uma dimensão, w = peso, N é o número de componentes consideradas

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Vulnerabilidade Socioeconômica

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Objetivo

Construir um índice combinando informações de vários

indicadores num único indicador sintético que permita

estabelecer uma ordenação das UFs em função do nível

de vulnerabilidade socioeconômica definida neste estudo.

Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica - IVSE

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FontesDefiniçõesDimensões

IDB, 2002% de domicílios com 2 ou mais pessoas por cômodo

Densidade por cômodo

IBGE, 2000 % da população com renda familiar per-cápita menor a 1/2 salário mínimo. Pobreza

RENDA

EDUCAÇÃO

IDB, 2002% da população de 15 anos ou mais com menos de 4 anos de estudoEscolaridade

IDB, 2002% da população que vive em área urbanaUrbanização

IBGE, 2000 População por km2Densidade demográfica

DEMOGRAFIA

Indicadores Sociais Selecionados (1)

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IBGE, 2000 % de domicílios com serviço sanitário: rede pública ou fossa

Serviço sanitário

IBGE, 2000 % de domicílios com abastecimento de água a partir de rede pública, poço ou fonte

Abastecimento de água

IBGE, 2000% de domicílios onde o lixo é coletado, queimado ou enterrado Destino do lixo

SANEAMENTO

IBGE, 2000% da população que tem algum plano de saúde.Plano de Saúde

IDB, 2002Número médio de anos que as pessoas vivem a partir do nascimento.

Esperança de vida ao nascer

IDB, 2002 Número de óbitos infantis, por 1000 nascidos vivos.

Mortalidade Infantil

SAÚDE

Indicadores Sociais Selecionados (2)

FontesDefiniçõesDimensões

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Tipo I:

MAIOR VALOR MENOR VULNERABILIDADE

Grau de Urbanização, Abastecimento de Água, Serviço Sanitário, Destino do Lixo, Esperança de

Vida, Plano de Saúde

Tipo II:

MENOR VALOR MENOR VULNERABILIDADE

Densidade Demográfica, Densidade por Cômodo (mais que 2 pessoas por cômodo), Pobreza, Escolaridade (inferior a 4

anos), Mortalidade Infantil

Classificação dos Indicadores

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Os valores máximos e mínimos correspondem aos maiores e menores valores observados de cada indicador entre todas as UFs

Densidade demográfica 353,51,5

Grau de urbanização (%) 97,063,0

Densidade por cômodo (%) 19,90,6

Pobreza (%) 57,012,0

Escolaridade (%) 50,015,0

Abastecimento de água (%) 99,175,3

Serviço sanitário (%) 99,255,5

Destino do lixo (%) 99,167,5

Mortalidade Infantil 62,515,1

Esperança de vida (anos) 71,663,2

Plano de saúde (%) 35,81,9

Valores Máximo e Mínimo

Máximo Mínimo

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• O índice de uma dimensão é a média aritmética simples de seus indicadores padronizados.

PlanoEsperVidaMortInfSAÚDE

LixoEsgotoÁguaSANEA

EscolaridadeEDUCA

PobrezaCômodoRENDA

UrbanaDensidadeDEMOG

IIIIIIII

IIIIIIII

31

31

21

21

Cálculo dos índices por dimensão

• Quanto mais próximo de 1, pior é a situação relativa.

• Os índices por dimensão tem valores entre 0 e 1.

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SAÚDESANEAEDUCARENDADEMOG IIIIIIVSE 5

1

onde:

IDEMOG: Índice para DemografiaIINGRE: Índice para RendaIEDUCA: Índice para EducaçãoISANEA: Índice para SaneamentoISALUD: Índice para Saúde

• O IVSE é a média aritmética simples dos 5 índices por dimensão;

Cálculo do Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica

• Com base na construção adaptada, valores baixos do IVSE estão associados a baixa vulnerabilidade.

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Exemplo: Cálculo do IVSE para o DF

IVSE 0,183

Índice por dimensão

Indicador Observad

o

Indicador Padronizado

DemografiaDensidade Demog. 1,000353,5Urbanização 96,0 0,029 0,515

Renda2,5 0,098CômodoPobreza 18,0 0,133 0,116

EducaçãoEscolaridade 15,0 0,000 0,000

SaneamentoÁgua 95,7 0,143Esgoto 99,2 0,000Lixo 99,0 0,003

0,049

SaúdeMortal. Infantil 19,0 0,082Esperança Vida

69,0 0,309Plano Saúde 25,1 0,316

0,236

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Exemplo: Cálculo do IVSE para o AL

IVSE0,765

DemografiaDensidade Demog, 0,284101,5Urbanização 68,0 0,853 0,569

Renda4,8 0,2176CômodoPobreza 57,0 1,000 0,609

EducaçãoEscolaridade 50,0 1,000 1,000

SaneamentoÁgua 78,9 0,849Esgoto 75,8 0,534Lixo 79,6 0,617

0,667

SaúdeMortal. Infantil 62,5 1,000

Esperança Vida 63,2 1,000Plano Saúde 4,0 0,938

0,979

Índice por dimensão

Indicador Observad

o

Indicador Padronizado

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Classificação das UFs Segundo o IVSE

MAI

OR

VULN

ERAB

ILID

ADE

UFValor do IVSEI 0,00 < IVSE<=0,20 SP, SC, RS, DFII 0,20 < IVSE<=0,30 MG, ES, RJ, PR, MS, GOIII 0,30 < IVSE<=0,40 RO, RR, AP, MTIV 0,40 < IVSE<=0,50 AM, PA, TOV 0,50 < IVSE<=0,60 AC, RN, PE, SEVI 0,60 < IVSE<=0,70 CE, PB, BAVII 0,70 < IVSE<=1,00 MA, PI, AL

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Mapa do IVSE nos Estados do Brasil

0 380 760 1.140 1.520190Km

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Municípios Selecionados

Estes municípios foram escolhidos por serem sujeitos

a inundações em conseqüências de eventos extremos

de precipitação, e podendo, em alguns casos,

sofrerem inundações associadas aos efeitos das

marés (com exceção de Blumenau e Rio de Janeiro) .

Belém (PA), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Blumenau e Itajaí (SC)

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AM

RO

AC

RRAP

PA

MA

PICE

RNPB

PEAL

SEBA

TO

MGGO

MT

MS

SP

PR

SC

RS

ES

RJ

DF

Belém

Recife

Rio de Janeiro

BlumenauItajaí

REGIÕESNORTE

NORDESTE

SUDESTE

SUL

CENTRO-OESTE

0 380 760 1.140 1.520190Km

Municípios Selecionados

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IVSE para 5 Municípios

0,73

0,71

0,34

0,28

0,14

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80

Recife

Belém

Rio de Janeiro

Itajaí

Blumenau

IVSE

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Vulnerabilidade Epidemiológica

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Objetivo

Construir um índice que sintetize a informação contida

num grupo de indicadores de 07 endemias,

observadas anualmente num período de 06 anos em

cada Estado.

Índice de Vulnerabilidade Epidemiológica - IVE

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Taxas de Incidências de Cólera, Dengue, Leptospirose, Hantavírus, Leishmaniose Tegumentar Americana, Leishmaniose Visceral e IPA da Malária.

Número de Internações da UF/Número de Internações do Brasil.

Número de Óbitos da UF/ Número de Óbitos do Brasil.

Custo total de internação (R$) da UF/Custo total de internação (R$) do Brasil.

Variáveis Utilizadas:

Construção do IVE

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Exemplo:Exemplo: Índice de Dengue para Índice de Dengue para BA BA ((11))

1996 1997 1998 1999 2000 2001

Incidência 513,77 357,62 170,38 60,74 82,98 244,60

Internações 104,00 489,00 1461,00 772,00 996,00 2696,00

Óbitos 0,00 0,00 2,00 0,00 1,00 4,00

Custo 72,27 84,77 96,80 117,13 174,16 173,97

Dados Originais

1996 1997 1998 1999 2000 2001

Incidência 513,767 357,623 170,380 60,740 82,975 244,603

Internações 0,206 0,258 0,230 0,134 0,089 0,112

Óbitos 0,000 0,000 0,111 0,000 0,042 0,091

Custo 0,188 0,248 0,222 0,125 0,087 0,111

Dados Utilizados

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1996 1997 1998 1999 2000 2001

Incidência 1,000 0,226 0,097 0,029 0,031 0,175

Internações 0,536 1,000 1,000 0,624 0,252 0,463

Óbitos 0,000 0,000 0,667 0,000 0,250 0,333

Custo 0,549 1,000 1,000 0,589 0,250 0,463

0,439

Exemplo:Exemplo: Índice de Dengue para Índice de Dengue para BA BA ((22))

Indicadores Padronizados

Índice para Dengue (BA)

Médias 0,521 0,557 0,691 0,310 0,196 0,358

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Valor do Índice UFSE, PB, PE, MS, DF, RS, RN, AL, BA, ES, PR, CE, SC, RJ, MG, SP, GO, PI, TO

0,00 < IMalaria<= 0,04I

0,40 < IMalaria<= 0,85 PAVI0,36 < IMalaria<= 0,40 ROV0,26 < IMalaria<= 0,36 AMIV0,16 < IMalaria<= 0,26 AP, RRIII0,04 < IMalaria<= 0,16 MT, AC, MAII

MAI

OR

VULN

ERAB

ILID

ADE

MaláriaMalária

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ÍNDICE0,000 - 0,015

0,016 - 0,041

0,042 - 0,222

0,223 - 0,399

0,400 - 0,824

Índice Sintético de Malária nos Estados AM

ROAC

RRAP

PA

MA

PI

CERNPBPE

ALSE

BA

TO

MGGO

MT

MS

SP

PR

SC

RS

ES

RJ

DF

0 380 760 1.140 1.520190Km

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AM

ROAC

RR AP

PA

MA

PI

CE

RNPBPE

ALSE

BA

TO

MGGO

MT

MS

SP

PR

SC

RS

ES

RJ

DF

ÍNDICE0,000 - 0,024

0,025 - 0,097

0,098 - 0,153

0,154 - 0,262

0,263 - 0,453

0 380 760 1.140 1.520190Km

Índice Sintético de Dengue nos Estados

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AM

ROAC

RR AP

PA

MA

PI

CE

RNPB

PEAL

SE

BA

TO

MGGO

MT

MS

SP

PR

SCRS

ES

RJ

DF

ÍNDICE0,000 - 0,018

0,019 - 0,041

0,042 - 0,108

0,109 - 0,213

0,214 - 0,732

0 380 760 1.140 1.520190Km

Índice Sintético de Cólera nos Estados

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AM

ROAC

RRAP

PA

MA

PICE RN

PBPE

ALSE

BA

TO

MGGO

MT

MS

SP

PR

SC

RS

ES

RJ

DF

ÍNDICE0,001 - 0,010

0,011 - 0,068

0,069 - 0,098

0,099 - 0,349

0,350 - 0,662

0 380 760 1.140 1.520190Km

Índice Sintético de Leptospirose nos Estados

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AM

ROAC

RRAP

PA

MA

PI

CE

RNPBPE

ALSE

BA

TO

MGGO

MT

MS

SP

PR

SC

RS

ES

RJ

DFÍNDICE

0,001 - 0,053

0,054 - 0,133

0,134 - 0,272

0,273 - 0,403

0,404 - 0,688

0 380 760 1.140 1.520190Km

Índice Sintético de Leishmanioses nos Estados

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AM

ROAC

RRAP

PA

MA

PI

CE

RNPB

PEAL

SEBATO

MGGO

MT

MS

SP

PR

SC

RS

ES

RJ

DF

ÍNDICE0,000 - 0,015

0,016 - 0,200

0,201 - 0,270

0,271 - 0,399

0,400 - 0,463

0 380 760 1.140 1.520190Km

Índice Sintético de Hantavirose nos Estados

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Matriz de PesosEstrutura dos pesos atribuídos a cada doença estudada

Código (exceto Taxa de Letalidade): 1 = melhor situação, 2 = situação média e 3 = pior situação. Código para Taxa de Letalidade: 1 = até 10%, 2 = 11% a 39%, 3 = > 40%.Para Leishmaniose foi utilizado somente o peso 9.

1233123Hantavirose

911322Leish. Visceral

711122Leish. Tegumentar

511111Leptospirose

1111333Malaria

713111Dengue

713111Cólera

PESO FINAL

Taxa de Letalidade

Tratamento Etiológico

Resistência Medicamento

Controle Ambiental

Redução da Exposição

InvoluntáriaDoença

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DF PA

Exemplo: Cálculo do IVE

Peso Índice Peso x Índice Peso x

Índice ÍndiceCólera 7 0,005 0,034 0,041 0,284

Dengue 7 0,012 0,085 0,395 2,765

Malária 11 0,001 0,013 0,824 9,060

Leptospirose 5 0,043 0,213 0,316 1,578

Leishmainoses 9 0,049 0,440 0,220 1,979

Hantavirose 12 0,000 0,000 0,013 0,152

51 0,786 15,818

IVE0,015 0,310

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MAI

OR

VULN

ERAB

ILID

ADE

UFValor do IVEI 0,00 < IVE<= 0,03 DF, ES, GOII 0,03 < IVE<= 0,09 AC, PI, TO, SC, MT, RJ

III 0,09 < IVE<= 0,12 SE, AP, AM, RR, RO, RN, PB, CE

IV 0,12 < IVE<= 0,20 PR, RS, MG, MS, MA, ALV 0,20 < IVE<= 0,30 SP, PEVI 0,30 < IVE<= 0,40 BA, PA

Classificação das UFs Segundo o IVE

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0 380 760 1.140 1.520190Km

Mapa do IVE nos Estados do Brasil

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IVE para 5 Municípios

0,42

0,23

0,23

0,09

0,14

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5

Belém - PA

Rio de Janeiro - RJ

Recife - PE

Itajaí - SC

Blumenau - SC

IVE

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IVE para 5 Municípios

0,090,140,230,230,42IVE

11,0000,0090,0070,0000,0041,000Malária

9,0000,0000,0000,2030,4930,655Leishmaniose Visceral

7,0000,3060,0390,0230,8590,000LTA

5,0000,5440,6920,1840,1720,606Leptospirose

12,0000,0000,3330,0000,0000,000Hantavírus

7,0000,0000,0020,6490,2840,646Dengue

7,0000,0110,0440,8330,0000,000Cólera

PESOBlumenauSC

ItajaíSC

RecifePE

Rio de JaneiroRJ

BelémPA

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Vulnerabilidade Climatológica

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Objetivo

Classificar os Estados segundo o número de meses

que apresentaram uma precipitação total extrema, alta

ou baixa, em relação com o padrão observado ao

longo de 42 anos.

Índice de Vulnerabilidade Climatológica - IVC

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Metodologia do IVC

Etapas:

Identificação dos Valores Extremos mediante o uso de diagramas tipo “Boxplot”. Contagem do número de meses com precipitação extrema alta ou baixaPadronização do índice

Primeira etapa

Segunda etapa

Terceira etapa

Séries histórias de totais pluviométricos mensais para cada Estado observados entre janeiro de 1961 e dezembro de 2002. Os dados foram fornecidos pelo - INPE/CPTEC.

Dados:

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0 380 760 1.140 1.520190Km

Percentual de Meses com Precipitação Extrema Alta nos Estados do Brasil (1961-2002)

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0 380 760 1.140 1.520190Km

Percentual de Meses com Precipitação Extrema Baixa nos Estados do Brasil (1961-2002)

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Índice de Vulnerabilidade ClimatológicaÍndice de Vulnerabilidade Climatológica

Indicador: % de meses com precipitação EXTREMA ALTA

MENOR VALOR

MENOR VULNERABILIDADE

II

Iobservado

MínimoMáximoMínimoII

padronizado

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Classificação das UFs Segundo o IVC

MAI

OR

VULN

ERAB

ILID

ADE

UFValor do IVCI 0,00 < IVC<= 0,10 AC, AM, PA, MS, RO, RSII 0,10 < IVC<= 0,20 PRIII 0,20 < IVC<= 0,30 AP, MG, PB, RR, MT, TOIV 0,30 < IVC<= 0,40 GO, RN, SC, SP, RJV 0,40 < IVC<= 0,50 ES, PI, BAVI 0,50 < IVC<= 0,60 PE, CE, MA, SEVII 0,60 < IVC<= 1,00 AL

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0 380 760 1.140 1.520190Km

Mapa do IVC nos Estados do Brasil

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Vulnerabilidade Geral

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Objetivo

Construir um índice sintético que permita classificar os

Estados em função do nível de vulnerabilidade atual.

Índice de Vulnerabilidade Geral - IVG

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0,57

0,29

0,48

0,21

0,11

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60

Belém (PA)

Rio de Janeiro (RJ)

Recife (PE)

Itajaí (SC)

Blumenau (SC)

IVE + IVSE

IVE + IVSE para 5 Municípios

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IVSE

0,100 - 0,1800,181 - 0,2500,251 - 0,3800,381 - 0,620

0,621 - 0,760

IVE

0,015 - 0,0270,027 - 0,0970,097 - 0,1460,146 - 0,228

0,228 - 0,310

IVC

0,000 - 0,0980,099 - 0,2790,280 - 0,4140,415 - 0,549

0,550 - 1,000

AM

RO

AC

RRAP

PA

MA

PI

CE

RN

PBPE

AL

SEBA

TO

MGGO

MS

SP

PR

SC

RS

ES

RJ

DF

MT

0 380 760 1.140 1.520190km

Mapa dos IVSE, IVE e IVCnos Estados

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RS, MS, DF, PR, RO, SC, AM, GO, AC0,1 < IVG<= 0,2I

0,5 < IVG<= 0,7 ALV

0,4 < IVG<= 0,5 PI, CE, PE, BA, MAIV

0,3 < IVG<= 0,4 RN, PB, SEIII

0,2 < IVG<= 0,3 MG, SP, AP, RJ, MT, ES, RR, PA, TOII

Valor do IVG UF

MA

IOR

VU

LNER

AB

ILID

AD

EClassificação das UFs Segundo o

IVG

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Mapa do IVG nos Estados do Brasil

0 380 760 1.140 1.520190Km

s

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Comentários Finais• Os índices foram construídos para “ordenar” as UFs. Com o objetivo de medir o

grau de vulnerabilidade relativo entre os Estados.

• Se o índice é zero significa que a UF tem a “melhor” situação em relação as outras. Não significa que não tenha algum grau de vulnerabilidade.

• A unidade geográfica escolhida foi Estado, porém a Metodologia pode ser aplicada à unidades menores (cidade, setor censitário).

• Como outra alternativa pode-se considerar outros indicadores e também pesos diferentes para as dimensões estudadas.

• Recomenda-se à elaboração de um “Mapa Integrado de Vulnerabilidade”, nacional, demonstrando os impactos do clima nas diversas áreas, identificando populações mais vulneráveis.

• Recomenda-se instalação de esquemas direcionados de vigilância ambiental, epidemiológica e entomológica em localidade e para situações selecionadas, visando-se a detenção precoce de sinais de efeitos biológicos da mudança do clima.

• Maior divulgação sobre o tema mudanças climáticas junto à sociedade brasileira em geral, instituições de pesquisas em saúde pública e universidades, assim como em escolas públicas e privadas.

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• O aumento da faixa de clima tropical no planeta levará a um recrudescimento dos vetores de doenças mais comuns causando pandemias.

• A migração de vetores para áreas que antes não existiam será um grave problema de saúde pública, pois o serviço se deparará com doenças que não são comuns na região.

• Nos fenômenos de seca a saúde da população é afetada pela condição de fome epidêmica, levando a um sistema imunológico deprimido, migração, problemas socioeconômicos e risco de aumento de infecções.

• A seca também traz incêndios florestais, causando doenças respiratórias e espalhando os vetores como o mosquito transmissor da malária para centro urbanos.

• As más condições sanitárias, causadas entre outras razões pela falta de água, levam a um aumento de doenças diarréicas, as quais debilitam a população especialmente as crianças.

• Devido à falta de higiene, podem ocorrer doenças como tracoma, escabiose e outras.

• Os problemas de saúde exercerão pressão na infraestrutura de saúde pública, causando uma excessiva ocupação de serviço, degradando o atendimento.

Comentários Finais

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Índice Sintético:

Principal função - concentrar muita informação numa única variável, permitindo comparar elementos, indivíduos ou unidade tanto a nível transversal como temporal.