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ANO 2 | Nr.23 MENSAL | 5 DE MARÇO | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€ Sacavém com loja mais moderna A loja Lidl de Sacavém é a primeira, da Grande Lisboa, a ter um novo design. Estiveram presentes na reaber- tura o ministro Capoulas Santos, Bernardino Soares e António Pombinho do Município, Pedro Monteiro, director de Compras da loja alemã e Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh. Pág. 3 O arquitecto dos aeroportos Rui Baptista, um munícipe de Loures, é considerado um dos melhores arquitectos do mundo no desenho de aeroportos. Uma entrevista onde demonstra vontade de fazer trabalho no seu Concelho e revela que foi acertada a sua decisão de emigrar. Págs. 11, 12 e 13 Empresas de Loures distinguidas A Renascimento, distinguida internacionalmente e 18 empresas que receberam o título de PME Excelência, estão de parabéns. Além destas foram eleitas mais 114 como PME Líder, o que demonstra grande vitalidade e empreen- dedorismo no Concelho. Págs. 4 e 23 Música clássica aquece Loures O Pavilhão Paz e Amizade e a Igreja de Santo Antão do Tojal foram o palco de dois concertos de música clássica que incutiram na assistência momentos de grande empol- gamento. Pág. 8 Distribuído no A escassez de médicos e assistentes administrativos está a pôr em causa a saúde dos habitantes da freguesia de Bucelas, que têm tido extremas dificuldades em marcar consulta. ACES de Loures e Odivelas espera con- seguir mais médicos a breve trecho. Pág. 9 CENTRO DE SAÚDE DE BUCELAS DIFICULDADES COM A SAÚDE

CENTRO DE SAÚDE DE BUCELAS DIFICULDADES COM A … · A loja Lidl de Sacavém é a primeira, da Grande Lisboa, a ter um novo design. Estiveram presentes na reaber- ... O Pavilhão

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ANO 2 | Nr.23 MENSAL | 5 DE MARÇO | Director: Pedro Santos Pereira | Preço: 0.01€

Sacavém com loja mais modernaA loja Lidl de Sacavém é a primeira, da Grande Lisboa, a ter um novo design. Estiveram presentes na reaber-tura o ministro Capoulas Santos, Bernardino Soares e António Pombinho do Município, Pedro Monteiro, director de Compras da loja alemã e Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh.

Pág. 3

O arquitecto dos aeroportosRui Baptista, um munícipe de Loures, é considerado um dos melhores arquitectos do mundo no desenho de aeroportos. Uma entrevista onde demonstra vontade de fazer trabalho no seu Concelho e revela que foi acertada a sua decisão de emigrar.

Págs. 11, 12 e 13

Empresas de Loures distinguidasA Renascimento, distinguida internacionalmente e 18 empresas que receberam o título de PME Excelência, estão de parabéns. Além destas foram eleitas mais 114 como PME Líder, o que demonstra grande vitalidade e empreen-dedorismo no Concelho.

Págs. 4 e 23

Música clássica aquece LouresO Pavilhão Paz e Amizade e a Igreja de Santo Antão do Tojal foram o palco de dois concertos de música clássica que incutiram na assistência momentos de grande empol-gamento.

Pág. 8

Distribuído no

A escassez de médicos e assistentes administrativos está a pôr em causa a saúde dos habitantes da freguesia de Bucelas, que têm tido extremas dificuldades em marcar consulta. ACES de Loures e Odivelas espera con-seguir mais médicos a breve trecho.

Pág. 9

CENTRO DE SAÚDE DE BUCELAS

DIFICULDADES COM A SAÚDE

Director: Pedro Santos Pereira Gestão de Marketing e Publicidade Patrícia Carretas Colaborações: Anabela Pereira, André Julião, Florbela Estêvão, Francisco Rocha, Gonçalo Oli-veira, João Alexandre, José Reis Santos, Patrícia Duarte e Silva, Pedro Cabeça, Ricardo Andra-de, Rui Pinheiro Fotografia: João Pedro Domingos, Miguel Esteves, Nuno Luz Direcção Comercial: [email protected] Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 15 000 Exemplares Periodicidade Mensal Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: [email protected] Nr. de Registo ERC: 126 489 Depósito Legal nº 378575/14

Fic

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ContactosGeral 219 456 514 | [email protected]

Editorial [email protected]

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Notícias de Loures

2 EDITORIAL

O mês de Fevereiro foi de desta-que no Concelho. Além do já tra-dicional Carnaval de Loures, que apesar do mau tempo continuou a ter uma enorme adesão e do regresso do Desfile de Carnaval Infantil, que é sempre um motivo de orgulho para avós, pais, tios e crianças, muitos foram os facto-res de regozijo.Comecemos pela música, com Capicua, que ontem actuou no Pavilhão Paz e Amizade, e a Orquestra da Gulbenkian com a

Orquestra Juvenil Geração, que actuaram no mesmo Pavilhão, evento que juntou quase duas mil pessoas. De destacar tam-bém os solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa que deram um espectáculo na Igreja de Santo Antão do Tojal, des-centralizando e levando música clássica a outros locais fora da cidade de Loures. Há que dar os parabéns por tão louvável ati-tude.Mas Fevereiro foi ainda mais

que tudo isto, que já não era pouco, 18 empresas do Concelho foram distinguidas com o prémio PME Excelência e Sacavém tem a primeira loja Lidl da Grande Lisboa com um novo design. A Renascimento, outra empresa do Município, também foi distinguida internacionalmente e fez um ano que começaram as visitas guia-das à Galeria de Arte Urbana da Quinta do Mocho, que mês após mês trazem dezenas de visitan-tes a esta localidade, outrora

descriminada.Destaque ainda para a visita do ministro João Soares a algum do património concelhio, dois ministros no mês mais curto do ano visitaram o Município, depois de Capoulas Santos ter vindo à reabertura do Lidl de Sacavém. Loures está definitivamente no mapa. Foco ainda para o deba-te sobre Migração, com várias personalidades de relevo nesta área e para a entrevista de Rui Baptista, um arquitecto de topo

mundial no que ao desenho de aeroportos diz respeito, mas não só.Como se pode constatar há qua-lidade no concelho de Loures e é um orgulho morar aqui, daí o Notícias de Loures não ficar parado e levar adiante a Gala Notícias de Loures, que visa hon-rar alguns daqueles que dentro ou fora das fronteiras concelhias elevam o seu nome.

Crónicas Saloias

Pedro Santos PereiraDirector

Loures na Moda

3COMÉRCIO

Foi este o valor que a Lidl Portugal investiu para remodelar a sua loja de Sacavém, na Urbanização Terraços da Ponte. Com a presença de Capoulas Santos, Bernardino Soares, António Pombinho, Pedro Monteiro e Manuel Évora formalizou-se a rea-bertura da loja no dia 25 de Fevereiro. É a primeira loja da Grande Lisboa com o novo design.

O ambiente era de entusiasmo entre os convidados que mar-caram presença na reabertura da loja Lidl em Sacavém. Vários foram os números anunciados, com especial destaque para os do aumento de exportações de produtos nacionais, onde se destacou a pêra rocha, que em menos de dois anos duplicou o volume de exportação, atin-gindo-se neste momento as 7.5 mil toneladas. Com a presen-ça de figuras com responsabili-dade no meio nacional e local, como o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural Capoulas Santos, o presi-dente do Município, Bernardino Soares, o vereador municipal António Pombinho, o director-

geral de Compras Lidl Portugal, Pedro Monteiro e o presidente da Portugal Fresh, Manuel Évora, muitas foram as convergências nos discursos proclamados.

Loja

Com o objectivo de reforçar o seu posicionamento e a aposta em proporcionar uma experiência de compra simplificada e convenien-te, a Lidl Portugal inaugurou no dia 25 de Fevereiro o novo con-ceito de loja na Grande Lisboa, na sua loja de Sacavém, após uma remodelação na loja exis-tente que representou um inves-timento de mais de 5 milhões de euros, criando oito novos postos de trabalho, adicionais aos quin-ze que existiam anteriormente.Com uma área de 1.424 metros quadrados, esta loja dá conti-nuidade à estratégia de conso-lidação do parque de lojas Lidl e é a segunda a integrar este novo conceito - a primeira foi a de Matosinhos, S. Mamede de Infesta, inaugurada no final de 2015. Exibindo um design arqui-tectónico inovador, corredores mais largos, um pé direito mais alto e uma fachada inteiramen-te em vidro, que conferem uma maior luminosidade ao espaço, a loja Lidl de Sacavém apre-senta-se assim mais moderna e agradável. A loja remodelada disponibiliza um parque com 120 lugares, dos quais 94 em cave e o exterior de loja apresenta novos espaços ajardinados.

Declarações

O Presidente da Câmara realçou a reabertura da loja, com o novo conceito, numa zona que está a ser revitalizada e que será uma mais-valia para todos os mora-dores. Destacou ainda a impor-tância da reabilitação da agricul-tura portuguesa, assim como das exportações.Em declarações ao NL, António Pombinho referiu que em Loures não há nenhum produtor associa-do à Portugal Fresh, mas que há contactos com esta Associação no sentido de alargar o seu âmbi-to territorial, de forma a que pro-dutores do Concelho possam ser integrados. Realçou ainda que a

A2S irá para o terreno em Abril estando, neste momento, em fase de constituição da equipa técnica.O ministro Capoulas Santos deu ênfase ao «importante contributo para a sustentabilidade do sector hortofrutícola nacional e para o crescimento das exportações no agro-alimentar.Por sua vez Pedro Monteiro, director-geral de Compras Lidl Portugal, focou o acesso que a Lidl permite aos produtores nacionais no mercado estrangei-ro e ao nacional, onde 70% do volume de vendas de frutas e legumes correspondem a produ-tos nacionais.Por fim Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, destacou a parceria desta Associação com a Lidl, que permite a entrada dos produtos hortofrutícolas por-tugueses em 27 mercados inter-nacionais. Adiantou ainda que a próxima aposta será a abóbora manteiga, um produto que tem todas as condições para vingar fora de portas, onde já reinam a pêra rocha, a melancia, o melão branco, as framboesas e as amo-ras.

Sobre o Lidl & Cia. - Lojas Alimentares

O Lidl é uma cadeia de distribui-ção alimentar de origem alemã, cuja existência remonta aos anos 30. Está activo em mais de 29 países e conta actualmente com cerca de 10 mil lojas em 26 paí-ses, com mais de 200.000 cola-boradores. Há mais de 20 anos em Portugal, o Lidl tem actual-mente 241 pontos de venda e 4 entrepostos e continua a apostar na remodelação das suas lojas a nível nacional. A responsabilidade social é uma área muito relevante para a empresa que nos últimos 8 anos realizou cerca de 3000 doa-ções representando mais de 11 milhões de euros. Na 2ª edição do Movimento Mais para Todos repetiu-se o sucesso do ano pas-sado ultrapassando a fasquia do milhão de euros. Este ano foi atingido o valor recorde de 1 milhão e 75 mil euros.

Pedro Santos Pereira

5 milhões de euros de investimento

Pedro Monteiro, Afroditi Pampa, Capoulas Santos, Bernardino Soares e Manuel Évora

4 ECONOMIA E SOCIEDADE

Empresas de Loures distinguidas

Direitos Humanos em debate

O Município de Loures viu 132 empresas do concelho serem distinguidas com o Estatuto PME Líder, no ano de 2015. Destas, 18 com o estatuto de PME Excelência.A selecção das PME Excelência é efectuada, anualmente, a partir do uni-verso das PME Líder. Esta distinção é atribuída pelo IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação e pelo Turismo de Portugal. Este estatuto é atribuído a pequenas e médias empresas que apresentem desempe-nhos económico-financeiros e de gestão relevantes, contri-buindo para o desenvolvimen-to da economia e do emprego em Portugal.A distribuição pelos dife-rentes sectores de ativida-de representa-se por cinco PME Excelência ligadas às Indústrias Transformadoras, duas na Construção, sete no Comércio por grosso e a retalho, uma nos Transportes e Armazenagem, duas em Actividades de Consultadoria, Científica e Técnica e uma PME Excelência em Actividades Administrativas.

Teve lugar no dia 22 de Fevereiro, pelas 15 horas, no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures, a mesa-redonda Migrações e desenvolvimento: direitos humanos e questões securitá-rias em perspectiva.A iniciativa está relacionada com o projecto Redes para o Desenvolvimento: Educação Global para uma Cooperação mais Eficiente e visa reflectir e discutir sobre os conceitos de refugiados e migrantes, no quadro do desenvolvimento das políticas europeias, nacio-nais e locais de acolhimento e integração.Com a participação de ilustres figuras do panorama nacional, são de salientar as declara-ções de Rui Marques, para quem o problema não se resu-me apenas aos refugiados, mas a todos nós e à nossa consciência.

PROGRAMA

15H00Abertura | Presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino SoaresMODERADORAlto-comissário para as Migrações, Pedro Calado ORADORESPresidente do Conselho Português para os Refugiados: Teresa Tito MoraisCoordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados: Rui MarquesVice-presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação: Filipe FerreiraJornalista: José Goulão

Rui PinheiroSociólogo

Fora do Carreiro

Inédito e inspirador?A ADAL – Associação de Defesa do Ambiente de Loures, Organização Não Governamental de Ambiente de âmbito local, tomou uma iniciativa inédita que é simultaneamente inspiradora, uma vez que suscitou até agora apoio unânime de todas as forças políticas municipais, traduzindo-se na sua aprovação de, por unanimidade, na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal, bem como já nalgumas Juntas e Assembleias de Freguesia do Concelho.O documento em causa é o “PACTO POLÍTICO MUNICIPAL pela defesa da água como recurso natural público e sob controlo democrático”. Diz a ADAL, no texto que vem reunindo larguíssimo con-senso que “A água é um recurso natural indispen-sável à vida e à sobrevivência da espécie humana.Essa característica ineludível e particular, tornam a água insusceptível de mercantilização, logo, de privatização, na medida em que uma gestão priva-da deste recurso, viabiliza a possibilidade da sua utilização como instrumento de condicionamento, de descriminação e de vulnerabilidade dos inte-resses gerais, de populações, de comunidades, de segmentos territoriais ou mesmo, de famílias e indivíduos.Diferentemente, mantida na esfera pública, a água dispõe dos mecanismos de funcionamento da democracia, para garantir a sua protecção, capta-ção equilibrada, distribuição universal e justa, e a indispensável poupança, tendo em vista a sua sus-tentabilidade, a preços sensatos, que não tendo em vista proporcionar lucros, não será sujeita a sobre exploração económica.”De grande sensatez e equilíbrio, o documentou concitou o apoio de todas as forças políticas e é, provavelmente, o primeiro Pacto que uma entidade da sociedade civil da esfera ambiental propõe aos órgãos políticos municipais, recebendo um apoio de inquestionável consistência.Andaram bem, o Presidente da Câmara Municipal, Dr. Bernardino Soares, a Presidente da Assembleia Municipal, Dra. Fernanda Santos, bem como os líderes das forças partidárias, bem como cada um dos eleitos, ao terem percebido e apoiado o largo alcance e significado da proposta.Estamos igualmente perante uma iniciativa inspira-dora a vários níveis. Pela ousadia de ambicionar – e conseguir – a partir de fora das lógicas partidárias, fazer aprovar um vastíssimo entendimento político, traduzido num Pacto, que a todos compromete e responsabiliza. Pela demonstração que faz de que o funcionamento dos mecanismos democráticos diz respeito a todos e a todo o tempo, não se esgotan-do nos momentos eleitorais e apenas nas propostas partidárias. Porque abre caminho à hipótese de outras iniciativas semelhantes.De facto, é imprescindível que após a Cimeira de Paris sobre o Ambiente, não se mantenha uma atitude de distanciamento, de anomia mesmo, rela-tivamente às estratégias, políticas e medidas que urge adoptar para assegurar a sustentabilidade e o desenvolvimento humano, comunidade a comu-nidade, terra a terra, município a município. Loures deu um belissímo exemplo que deveria determina-da e consequentemente continuar.

PME Excelência de Loures

COMECONT - Comércio e Reparação de Contentores, Lda. - Reparação e manutenção de produtos metálicos (excepto máquinas e equipamento)ELECTRO - Sacavém de António A. Maio, Lda. - Comércio a retalho de electrodomésticos, em estabelecimentos especializadosGELPEIXE - Alimentos Congelados, S.A. - Preparação de produtos da pesca e da aquiculturaGEOTRILHO - Topografia, Lda. - Actividades de engenharia e técnicas afinsGESTICOOL - Instalação e Manutenção de Frio, Lda. - Instalação de cli-matizaçãoHENRIQUE FIEL LOURENÇO, LDA. - Comércio por grosso de fruta e de produtos hortícolas, excepto batataJOSILMAR - MÁQUINAS E FERRAMENTAS, LDA. - Comércio a retalho de ferragens e de vidro plano, em estabelecimentos especializadosLABORSPIRIT, LDA. - Comércio por grosso de produtos farmacêuticosM. NUNES - Projectos e Instalações Eléctricas, S.A. - Instalação eléctricaMETALURGICA LURGA, LDA. - Fabricação de ferramentas mecânicasPRINTCRIATIVA - Sistemas de Impressão Fotográfica, Lda. - Actividades de preparação da impressão e de produtos mediaROBERT MAUSER, LDA. - Comércio a retalho de outros produtos novos, em estabelecimentos especializadosSOCILINK, LDA. - Comércio por grosso não especializadoTnolen - Estudos e Serviços de Protecção Ambiental, Lda. - Actividades de desinfecção, desratização e similaresTRANSPORTES ROSÁLIA, LDA. - Transportes rodoviários de mercadoriasTRATOMÁQUINAS - Importação e Comércio de Acessórios, S.A. - Comércio por grosso não especializadoVASECA - METALOMECÂNICA GERAL, LDA. - Fabricação de estruturas de construções metálicasWW - Consultores de Hidráulica e Obras Marítimas, S.A. - Actividades de engenharia e técnicas afins

5SOCIEDADE

1.7 milhões de euros para os BombeirosÉ esta a verba que o Município irá despender para as sete corporações de bombeiros do Concelho. O protocolo foi assinado no passado dia 22 de Fevereiro e contempla duas situações. A primeira, para o qual são desembolsados 826 mil euros, é para as habituais despesas de funcionamento inerentes às corporações, a segunda, de 856 mil euros, é para a manutenção de um grupo de intervenção permanente (GIPE).

5 milhões para LouresÉ esta a verba que está destinada para a regulariza-ção fluvial da ribeira do Prior Velho, no troço terminal Coberto-Loures. O Ministério do Ambiente pretende investir 20 milhões de euros em zonas inundáveis e no sistema de monitorização para evitar cheias. O investimento, que será visível ainda em 2016, “inclui oito obras e a instalação de equipamentos em 25 locais para medir os caudais e simular a sua evolução”, anun-ciou a 19 de Fevereiro o Ministério liderado por João Matos Fernandes. As obras terão várias dimensões e vão ocorrer nos rios Lima e Vez, na Foz do Cávado, no Tâmega, na Ribeira do Prior Velho (junto ao Trancão) e no Mondego, que recebe três intervenções.

Centro Social previsto até Abril de 2017É este o objecto do Executivo Municipal em relação ao Centro Social e Cultural de Santo António dos Cavaleiros. Na reunião de Câmara de dia 17 de Fevereiro foi aprovada, por unanimidade, a proposta refe-rente à aprovação deste projecto.Com um preço base de, quase, 2.4 milhões de euros, para o qual o acordo com a Ercesa contribui com 600 mil euros, é fundamental que a obra esteja terminada em Abril de 2017, fruto dos compromissos assumidos pelo Município.Uma obra que tardava mas, segundo as expectativas, estará pronta em pouco mais de um ano. Uma boa notícia, finalmente, para os habitantes de Santo António dos Cavaleiros.

6 SOCIEDADE

O ministro da Cultura garantiu, no dia 10 de Fevereiro, que o Governo tem «a intenção firme» de cooperar com a Câmara de Loures na recuperação do Palácio Valflores. O imóvel, situado em Santa Iria de Azóia, encontra-se abandonado há muitos anos e foi mandado cons-truir no séc. XVI. É con-siderado um exemplo da arquitectura residencial renascentista em Portugal e, segundo a organiza-ção Europa Nostra, é um dos 14 monumentos mais ameaçados na Europa.No decurso de uma visita ao concelho de Loures, durante a qual visitou o imóvel mandado construir por Jorge de Barros, feitor de D. João III na Flandres, João Soares afirmou que pretendia “avaliar” com os seus próprios olhos «algumas questões de natureza patrimonial que se colocam no conce-lho de Loures e onde o Ministério da Cultura tem a intenção firme de traba-lhar em cooperação com o município». A sustentação do edifí-cio tem um custo estima-do em meio milhão de euros que serão suporta-dos pela Câmara, disse Bernardino Soares, que frisou o «empenho» da autarquia na sua recupe-ração.Quanto à utilização futura do Palácio de Valflores, classificado como Imóvel de Interesse Público,

Bernardino Soares disse que ele deverá vir a ter uma função na área da cultura. Em 2015 a autar-quia divulgou, em comu-nicado, a intenção de ali criar um centro cultural, com uma escola de artes e ofícios e um pequeno museu para «fomentar a coesão sócio-cultural e recolocar o Palácio no plano de desenvolvimento urbano da região».O palácio Valflores «é um exemplo concreto de uma peça de património histó-rico, que importa para já preservar, depois reabili-

tar e encontrar uma utili-zação compatível com a localização soberba que tem», afirmou o ministro da Cultura. «É nesta pers-pectiva que estamos aqui, para trabalharmos juntos, de uma forma fraterna e que se espera que seja dinâmica, conscientes das dificuldades com que o País está confrontado no plano orçamental», sublinhou. «Somos gente madura e profundamente responsável e não pode-mos fazer promessas que não possamos cumprir em termos dos recursos orça-

mentais», acrescentou. De realçar que apesar da promoção de Secretaria de Estado a Ministério, a Cultura perdeu quase 3 milhões de euros em relação ao Orçamento de 2015.O Ministro visitou também a Praça Monumental, em estilo barroco, em Santo Antão do Tojal, assim como o Palácio da Mitra, o Centro de Interpretação da Rota Histórica das Linhas de Torres e o Museu do Vinho e da Vinha em Bucelas.

Será no próximo dia 13 de Maio, pelas 21 horas, no Pavilhão de Macau, em Loures que serão distinguidos os melhores do Concelho nas mais variadas áreas. O júri de 12 elementos nomeará cinco personalidades, institui-ções ou associações que irão a sufrágio pela população. Uma cerimónia que contará com vários momentos de entretenimento, de alguns dos mais reputados artistas municipais e mesmo nacionais. As distinções visam a área do Ambiente, da Cultura, do Desporto, da Economia, da Educação, do Lazer e da Área Social, além do Prémio Carreira que visa reconhecer uma personalidade concelhia que se tenha destacado ao longo de largo período. Na próxima edição do NL fique a conhecer os nomeados.

Gala Notícias de Loures premeia os melhores de 2015

João Soares visita Valflores

A Política pela Positiva - Pensar o Futuro

Durante estes últimos anos tenho falado intensamente, directa ou metaforicamente, da capacidade de fazer polí-tica pela positiva e no Mês de Fevereiro senti uma "luzi-nha" de esperança, que me fez acreditar que é possível, ao agirmos sem preconceitos nem calculismos, podemos efectivamente construir. Vem este desabafo a propósito, ou a despropósito, de uma reunião que inicia uma discussão sobre o transporte ferroviário e a importância de Loures no desenvolvimento de uma nova centralidade. No passado dia 24 de Fevereiro de 2016 reuniram, em Loures, assembleias municipais de vários concelhos ser-vidos, ou a equacionarem vir a ser servidos, pela Linha do Oeste (da Figueira da Foz a Lisboa). Loures (através da Assembleia Municipal) tomou a iniciativa e, com isso, conseguiu demonstrar, que não só é um tema que tem real importância para o futuro e deve ser equacionado, como demonstrou que apesar de ter sido uma proposta apresen-tada por um representante do Partido Socialista, em nome do seu Grupo. Apesar de ter sido inicialmente mal rece-bida pela bancada do Partido que lidera o executivo (que votaram contra - uma pequena minoria - e se abstiveram os restantes), tendo acabado por ser reconhecida também pelo mesmo, o que prova que uma boa proposta não tem que ser rejeitada só por interesses meramente partidários (infelizmente só a contra gosto os que votaram contra ou os que se abstiveram por "vergonha" acabaram por ter que alinhar, quando era evidente, desde o princípio, que a proposta visava apenas pensar o Futuro e dar o "pontapé de saída" através das assembleias municipais).A verdade é que esta reunião reconhecida por todos como "Histórica", será um bom começo para se começar a pro-jectar, verdadeiramente, o futuro de Loures. Um futuro que não tem de ser instantâneo e mal pensado, que deve ser pensado e estruturado a médio e longo prazo e será um bom passo para demonstrar que, as assembleias munici-pais e os seus eleitos, são bem mais do que correias de transmissão dos executivos municipais ou meros fiscaliza-dores sem meios. Estranho é que este momento, reconhecido por todos, foi quase ostracizado pela força política que conduz a Câmara Municipal, o que me levanta a perguntar: Esta Autarquia, que tanto gosta de se colocar em pontas na comunicação social, porque ignorou este acontecimento? Não vou responder, tendo embora opinião sobre o assun-to. Limito-me a ficar satisfeito que esta ideia não morrerá por aqui e que em breve terá continuação com assembleias municipais e câmaras municipais. Loures merece ter projectos e estratégias para o Futuro. E a política constrói-se pela positiva.

“Um dia descobriste finalmenteo que tinhas que fazer, e começaste,apesar das vozes à tua voltacontinuarem a gritar-teos seus maus conselhos –apesar de toda a casa ter começado a vacilare sentires o velho esticãonos teus tornozelos. /.../” Mary Oliver “A viagem”

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8 CULTURA

Pela segunda vez, no dia 22 de Março de 2016, pelas 21 horas, o Elo Social vai levar a cena a peça de teatro “Pedro e Inês”, cujo elenco de actores são pessoas com deficiência intelectual e mul-tideficiência.Trata-se de uma peça simplificada da obra dramática de Armando Martins Janeira “Linda Inês ou o Grande Desvairo” (2005), na qual houve o cuidado de manter o seu enredo trágico-amoroso, adaptan-do a encenação às especificida-des dos seus actores.Na sua primeira exibição, na mesma Sala do Cinema S. Jorge, passaram pelo palco um elenco de mais de 60 actores que, em papéis mais principais, secundá-rios ou simplesmente figurantes, vestiram a roupagem dos perso-nagens e deram expressão aos amores de Pedro e Inês, à teia trágica que se urdia contra eles, à morte de Inês e vingança de D. Pedro, até ao epílogo que culmi-nou com a coroação de Inês que, depois de morta, foi rainha.Brilhante foi o testemunho da escritora Isabel Fraga que, tendo sido uma das espectadoras, enviou um depoimento do qual

deixamos um pequeno excerto:…”Os Actores interiorizaram ple-namente a grandeza do amor absoluto e satisfação do poder. A mímica ultrapassa os gestos, está patente desde a dor que quase reduz as dimensões dos corpos dos filhos de D. Pedro e D. Inês, vítimas sem voz, vibran-do na energia do silêncio, ao rei D. Afonso IV, genial e eloquente em cada movimento e a um D. Pedro que extravasa de emoção. Belíssimos cenários e guarda-rou-pa, todos da responsabilidade do Elo Social. Um espectáculo aplau-dido de pé por uma assistência que esgotou a imensa sala do S. Jorge.”Espectáculo imperdível cujos pro-tagonistas é gente especial que com engenho e arte, busca, sem vacilar, uma verdadeira igualdade de oportunidades e a sua inclusão social.Pode procurar os ingressos no Elo Social (Av. Dr. Alfredo Bensaúde, Azinhaga do Casquilho Nº 1, Lisboa)e-mail: [email protected]: 218540360 ou 963469546

A Câmara Municipal de Loures, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Associação das Orquestras Geração promoveram no passa-do dia 19 de Fevereiro, às 21 horas, no Pavilhão Paz e Amizade um con-certo com a Orquestra Gulbenkian e a Orquestra Juvenil Geração, com entrada gratuita e que reuniu perto de duas mil pessoas.Dirigidas pelos maestros José Eduardo Gomes e José Jesus Olivetti, as orquestras interpretaram obras de Ludwig van Beethoven, Sinfonia nº5 em Dó menor Op. 67 (4º andamento), Pyotr Ilych Tchaikovsky, Marcha

Eslava em Sib menor Op. 31, Zoltan Kodály, Danças de Galanta, entre outras obras.A Orquestra Gulbenkian foi fundada em 1962 e conta hoje com um efectivo de 66 instru-mentistas, número que pode ser aumentado de acordo com os progra-mas executados. Esta constituição permite-lhe tocar um amplo repertó-rio que abrange os prin-cipais períodos da his-tória da música, desde o Classicismo à Música Contemporânea.O projecto Orquestra Geração, uma iniciativa da Escola de Música do Conservatório Nacional, surgiu em 2007 com

15 crianças e hoje atin-ge já o número de 1000 jovens em todo o País. Sendo um projecto de cariz social, existe para combater o abando-no escolar, o crime e a droga no âmbito esco-lar e ajudar a construir uma personalidade sã. Representado agora pela Associação das Orquestras Sinfónicas Juvenis Sistema Portugal, está presente em 14 escolas na região de Lisboa. A Orquestra Juvenil Geração (OJG) representa o esforço de sete anos do projecto Orquestra Geração ao atingir um elevado nível no âmbito das orquestras sociais.

Elo Social volta ao S. Jorge

Acima de tudo...escutar!!Muito se tem falado sobre uma certa cam-panha de cartazes desenvolvida por um partido da, por muitos chamada, esquerda radical portuguesa. Quer na comunicação social quer nas redes sociais, muitas foram as manifestações de intenção e as opiniões acerca de muitos aspectos ligados a esta iniciativa por parte de uma força partidária que logrou obter resultados, acima do que muitos vaticinavam, nas últimas duas elei-ções nacionais.Não irei aqui perder muito tempo a analisar o que julgo certo ou errado nessa campa-nha. Penso que tão ou mais importante que analisar o bom gosto dos cartazes, o conteúdo da mensagem ou o respeito pelas convicções dos portugueses, é a análise do impacto que este tipo de campanha tem no futuro, da forma como as forças parti-dárias portuguesas se comportam no que à transmissão de mensagens diz respeito. Será este o tipo de debate doutrinal que os eleitores pretendem ver fazer escola em Portugal? Será esta a forma de actuação que os cidadãos esperam e desejam por parte dos partidos políticos, com respon-sabilidades na definição dos destinos do País? Será este tipo de tema que os portu-gueses julgam ser o mais importante para o seu futuro e dos seus vizinhos?Para procurarmos responder a estas e outras questões será, talvez, fundamental fazermos o esforço de olhar para toda a evolução da comunicação política no Portugal democrático de forma isenta e desprovida de sentimentos. Para procurar antecipar o futuro da forma como potenciais eleitos apresentam as suas ideias a todos os eleitores torna-se, julgo eu, fundamen-tal tentar analisar os sinais que, dia-a-dia, esses mesmos cidadãos com capacidade eleitoral deixam passar do que pretendem ser o amanhã do nosso País.A compreensão e a interpretação o mais conforme à realidade deve ser, mais do que um desígnio, uma obrigação por parte de quem assume o compromisso de lutar por todos aqueles portugueses que, de uma forma ou de outra, diariamente se esforçam por levar o nosso cantinho à beira-mar plan-tado para a frente. Mais do que identificar ou aventar que exis-te uma dissociação entre eleitos e eleitores urge, cada vez mais, para os titulares de cargos públicos e partidários, compreender o mundo de hoje e procurar entender o mundo, que todos pretendemos seja aque-le, em que os nossos filhos venham a viver.Por tudo isso creio que, mais do que criticar, é fundamental escutar a voz dos portugue-ses.

Ricardo AndradeComissário de Bordo

Orquestra Gulbenkian e Orquestra Juvenil Geração Santo Antão do

Tojal ouve música clássica

A Câmara Municipal de Loures promoveu no dia 27 de Fevereiro às 21 horas, na Igreja de Santo Antão do Tojal, um concerto com Solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa, no âmbito da iniciativa “À desco-berta da Música em Loures”.Neste concerto, o flautis-ta Nuno Inácio e o cravista Marcos Magalhães recu-peraram partituras do séc. XVIII assinadas por Johann Sebastian Bach e por seu filho Carl Philipp Emanuel.O programa do concerto, de entrada livre, foi constituído pelas obras de:Johann Sebastian Bach – Sonata em Mi Menor, BWV 1034, para flauta e contínuo;Johann Sebastian Bach – Sonata em Lá Maior, BWV 1032, para flauta e cravo obbligato;Carl Philipp Emanuel Bach – Sonata em Lá Menor, H. 562, para flauta solo;Carl Philipp Emanuel Bach – Sonata em Sol Maior, H. 564, para flauta e contínuo, Hamburgo.

O Centro de Saúde de Bucelas está «mergulhado num caos», de acordo com a Comissão de Utentes de Saúde de Bucelas. Só há um médico residente, para 5100 utentes habituais, apenas uma auxiliar e, para ter acesso a uma receita para medicamentos, é preciso esperar, «no mínimo, três semanas», denunciou ao NL, Francisco Martins, porta-voz da Comissão. E nem o fax funciona.A situação agravou-se com a saída recente de um dos médicos residentes, que atingiu o limi-te de idade permitido por lei, para exercer a sua profissão no Serviço Nacional de Saúde. «Temos tentado resolver alguns dos nossos problemas através da linha Saúde24, mas quando não há solução por via telefónica, o serviço envia um fax para o Centro de Saúde da área, que tem de atender o doente», revela Francisco Martins. «O problema é que o fax não funciona há três anos, pois dizem-nos que não há dinheiro para o reparar», adianta.A situação chegou ao ponto de não haver qualquer médico a atender os doentes, dado o único residente ter ido de férias e não haver substituto. «Os médicos de recurso também andam des-motivados, pois um dia vêm para aqui, no outro vão para outro concelho qualquer e, além disso, são mal pagos», diz o porta-voz da Comissão. «Além disso, só há uma auxiliar, pelo que, quando a senhora vai à casa de banho ou está na hora de almoço, fecha a porta do gabinete e não há aten-dimento», relata.

Os problemas são muitos e têm um grande impacto numa fregue-sia com uma população envelhe-cida e muito dispersa. «Antes, íamos para a porta do Centro de Saúde às seis da manhã, mas tínhamos a certeza que havia consultas, agora nem assim», lamenta-se o responsável.Isabel Carvalho é um bom exem-plo do mau funcionamento do Centro de Saúde. Em Novembro de 2015, tentou deslocar-se ao serviço para marcar uma consul-ta de ginecologia, mas, como só há uma médica e só lá vai uma vez por semana, ficou em lista de espera. «Fui contactada agora, em meados de Fevereiro, três meses depois», conta.

Reuniões com o Agrupamento sem resultados

Cansados da situação, os utentes decidiram formar uma Comissão para tentar resolver os problemas. Organizaram uma reunião com a população, recolheram o apoio da Junta de Freguesia e fizeram um abaixo-assinado que entrega-ram no Agrupamento de Centros de Saúde de Loures e Odivelas, onde também tiveram várias reu-niões. Mas nada mudou, explica Francisco Martins: «A responsá-vel concordou connosco e disse que ia tentar eliminar algumas destas lacunas. O tempo passou e, no final de Janeiro, voltámos lá e dissemos que continuavam os problemas, agora agravados com a saída do Dr. Artur. A directora voltou a concordar connosco, a valorizar o nosso trabalho e a

prometer que ia tentar resolver a situação o mais rapidamente possível. Disseram-nos que ia haver um concurso em Março e outro em Agosto e que, talvez, depois haja um médico para aqui. Mas isso não nos tranquiliza». Mais de 43 por cento dos utentes do Centro de Saúde de Bucelas não tem médico de família, o que ainda agrava mais o problema.

ARSLVT espera colocação de médicos recém-formados

Contactada pelo NL, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) alega que, «atenden-do ao número de utentes inscri-tos na UF Bucelas e não haven-

do, de momento, nenhum médico para reforçar a equipa, foram alargadas as horas de consulta em regime de prestação de servi-ços, havendo atendimento médi-co diário para os utentes sem médico de família atribuído, num total de cerca de 32 horas sema-nais». Além disso, a ARSLVT defende que, nas reuniões com a Comissão de Utentes de Saúde de Bucelas, foram debatidas as questões da «integração de mais médicos na UF, que se concretizou com o aumento de horas de consulta em regime de prestação de serviços», e da «carência de assistentes técnicos e assistentes operacionais». A entidade responsável pelos ser-viços de saúde na região acres-

centa ainda que «a Assistente Técnica que assegura o atendi-mento administrativo é apoiada pela Responsável da Unidade nos dias de maior afluência de consultas/utentes e a limpeza do edifício é assegurada pelo pique-te de limpeza, durante o horário de funcionamento da UF».Confrontada com as urgentes necessidades em termos de pessoal, a ARSLVT respondeu estar a aguardar «que as equipas sejam reforçadas, com a coloca-ção de médicos recém-formados em medicina geral e familiar», não adiantando prazos para essa entrada. Até lá, a população de Bucelas continua mal de saúde.

André Julião

Centro de Saúde de Bucelas tem falta de médicos e pessoal auxiliar. Mais de três mil não têm médico de família e só há um médico residente para quase 5100 utentes. Consultas estão a demorar mais de três meses e o fax não funciona há três anos.

Bucelas está mal de saúde

9SAÚDE

10 COMUNIDADES

São poucas centenas, mas acérrimos defensores do País que os acolheu. Os americanos que vivem em Portugal são uma comunidade tranquila e unida, sobretudo nas datas mais simbólicas. Os encantos lusitanos fizeram-nos esquecer a agitada e pouco segura vida nos EUA.

É pequena, mas muito unida, a comunidade norte-americana a viver em Portugal. Localizada em torno de algumas cidades emble-máticas do País, como Coimbra, Cascais ou Tomar, os «filhos do Tio Sam» são, na grande maioria, reformados e vivem em Portugal há várias décadas. A maioria apaixonou-se pelo País e nunca mais quis voltar à Terra da Liberdade. Patricia Westheimer, uma das fundadoras do clube «Americans in Portugal», está no País há 25 anos e adora cada minuto. Já tentou regressar, mas nunca mais conseguiu esquecer o clima, a comida, a segurança e a hospitalidade dos portugueses.

Porque veio para Portugal?Sempre quis viver no estran-geiro, sou muito boa a línguas, falo francês fluentemente e pen-sei em viver na Europa durante seis meses. Vim com um amigo, em 1991 e nunca mais regres-sei. Tenho ensinado aqui em Portugal e vivido de forma muito feliz. Faço parte da comunidade internacional, aprendi algum por-tuguês e adoro o País.

Nunca pensou em regressar?Voltei durante oito meses e posso dizer-lhe que foram os oito meses mais infelizes da minha vida. Dei meia volta e regressei a Portugal.

Quantos americanos vivem actualmente em Portugal?Os dados do SEF não estão cor-rectos, porque contabilizam os portugueses que foram para os

EUA, conseguiram passaportes e vistos e regressaram a Portugal. Eu diria que os números cor-rectos andam à volta dos 500. Há algumas comunidades signi-ficativas de americanos à volta de Coimbra e Tomar e a maior parte de nós está reformada ou trabalha, sobretudo a partir de casa. Há também a comunidade na base da NATO, mas é uma comunidade oscilante, que está em Portugal durante três anos e depois regressa aos EUA. O mesmo se passa com o pessoal da embaixada. Quando tivermos eleições, em Novembro, o embai-xador em Lisboa, tal como todos os outros, irá demitir-se e colocar o seu lugar à disposição do novo Presidente, que irá nomear um novo embaixador. Portugal, por alguma razão desconhecida, não é tão conhecido como outros paí-ses europeus. Há uns anos atrás, havia uma série de empresas norte-americanas em Portugal e com elas vieram as equipas dos EUA. Mas, essas equipas for-maram equipas portuguesas e regressaram a casa.

Qual a sua opinião acerca de Portugal?Adorei todos os minutos que pas-sei neste País. Admiro a simpatia dos portugueses, a sua hospi-talidade, sempre me senti muito bem aqui. Acho que ser america-na foi uma vantagem, pois penso que os portugueses têm uma boa opinião acerca dos americanos. Ainda me recordo da primeira vez que andei de táxi em Portugal. O taxista perguntou-me admirado,

porque quereria uma americana como eu viver em Portugal se nos EUA havia de tudo. A minha resposta foi o sentimento de bem-estar e a felicidade. Outra coisa positiva sobre Portugal é a sani-dade da vossa lei das armas. Lembro-me bem dos tiroteios de Columbine, pois estava a ensinar e um dos meus alunos portu-gueses perguntou-me, como era possível as pessoas nos EUA terem armas e ir a uma escola dispará-las? Para ele, aquilo era impensável. Isto nunca poderia acontecer em Portugal. O vosso País é pacífico. Outra grande vantagem é poderem oferecer excelentes cuidados médicos às pessoas sem custos. O vosso sistema de saúde é excelente. Por outro lado, a qualidade da vossa comida é extraordinária. Nos EUA só há comida de plásti-co, porque as mulheres não têm tempo para cozinhar. Na América não há mercados abertos como aqui em Portugal. Mas, o princi-pal, é a forma como nos sentimos com a comunidade portuguesa.

Quais são, na sua opinião, os maiores problemas do País?O principal é que Portugal é um país de serviços e não tem indústria. O emprego nos servi-ços públicos é muito elevado e a agricultura praticamente desa-pareceu. Por outro lado, houve um enorme melhoramento no sistema educacional, forman-do licenciados em várias áreas e essas pessoas não querem trabalhar a terra. Não há uma actividade comercial suficiente

para empregar toda a gente e isso não vai mudar. Os governos podiam fazer mais, como apostar na tecnologia, como fez a Irlanda, mas não estão a fazê-lo. Além disso, com este tempo, Portugal podia ser um refúgio dedicado ao turismo de saúde. O destino de Portugal é de uma Florida modificada, que vai servir de resi-dência para reformados ingleses, belgas, alemães e outros, que virão para aqui viver. E os jovens portugueses continuarão a ter de emigrar para arranjar emprego. É triste, mas o dinheiro não é tudo.

A comunidade norte-americana em Portugal costuma juntar-se para assinalar datas como o Natal ou o Dia de Acção de Graças?Sim, temos um clube que junta americanos de todo o País. Chama-se Americans in Portugal, foi fundado em 1998 e está sedeado em Cascais. A língua utilizada é o inglês e a princi-pal actividade anual é o Dia de Acção de Graças. Tivemos cerca de 120 pessoas no ano passado. Fazemos um jantar, comemos perú, batata-doce e tarte de abó-bora. É um evento muito agradá-

vel. O Dia de Acção de Graças é um feriado maravilhoso, pois não é material, não é religioso e não é político. É apenas social e para estarmos juntos. O jantar teve lugar no Centro Cultural de Cascais. Temos também, nor-malmente, um evento no dia de São Valentim e, a 6 de Abril, a mulher do embaixador vai falar-nos em inglês sobre a sua vida e os seus projectos. Tivemos também um piquenique do 4 de Julho, Dia da Independência, em Oeiras. Além disso, tivemos uma palestra do embaixador sobre as eleições presidenciais deste ano. Ele explicou-nos como o sistema de voto funciona e o que temos de fazer para votar. Podemos votar online para as primárias, mas para a eleição geral temos de enviar o voto em papel. Foi bom porque é uma eleição muito importante.

Não sente saudades dos EUA?Penso que não. Gostaria de vol-tar a ver o meu país, mas não voltaria a viver lá.

André Julião

Os filhos do Tio Sam

CONVOCATÓRIAAssembleia Geral

Ao abrigo do artigo 11º, da lei nº 91/95 de 2 de Setembro alterada pela lei 165/99 e pela lei 64/2003 de 23 de Agosto, convoca-se a Assem-bleia de Administração Conjunta da AUGI do Bairro Coroas B. sito em Terras de Teresa na freguesia de Unhos do concelho de Loures, entidade equiparada a pessoa colectiva nº 901162124, a realizar no dia 2 de Abril de 2016, Sábado, pelas 14 horas e 30 minutos, na delegação da Junta de Freguesia de Unhos, no Catujal. Se à hora marcada não estiver presente a maioria legal dos compro-prietários e proprietários, para a reunião em primeira convocação, convoca-se desde já, nos termos do disposto no artº 12 da lei 64/2003 de 23 de Agosto e do disposto no artigo 1432 do código Civil, a mes-ma Assembleia para reunir em segunda convocatória, com a mesma ordem de trabalhos no mesmo dia e local, pelas 15h deliberando, então nos termos da Lei.,

A Assembleia terá a seguinte ordem de trabalhos:

1 – Discussão e votação das contas do ano de 20152 – Informações sobre o andamento do processo3 – Outros assuntos de interesse geral

Lisboa, 24 de Fevereiro de 2016A Presidente da Comissão de Administração

Elvira Martins

Patrícia Westheimer

11ENTREVISTA

Pessoal

A arquitectura sempre foi uma paixão. Sentiu que em Portugal não iria ter as oportunidades desejadas?Nos Anos 90 a Arquitectura teve um ‘’boom’’ enorme, onde uma média de 1500 profissionais saíam qualificados das universi-dades anualmente.Um valor impossível para o mer-cado absorver e permitir opor-tunidades de qualidade num País com a dimensão do nosso Portugal, logo, foi natural a minha saída para Inglaterra assim que terminei os estudos, em 1998.

Hoje é um arquitecto reconhe-cido internacionalmente. Há um sentimento de dever cum-prido?Estou bastante feliz pela carrei-ra até aqui e muito orgulhoso

dos vários projectos icónicos que pertencem ao meu passado pro-fissional, tendo-me especializado em projectos de grande escala dentro das áreas de aviação, estádios, escritórios e ensino. Contudo, é a aviação e o dese-nho de aeroportos que me permi-te uma satisfação pessoal muito única. Pela complexidade dos projec-tos, pelos quais me especializei há mais de 10 anos e com um sentimento de que já adquiri bas-tantes experiências, que adoro partilhar com muitos profissionais que sintam fascínio por este tipo de edifícios, onde felizmente o meu trabalho e entrega tem sido positivamente reconhecido em todos os cantos do Mundo. Mas com muito ainda por cumprir com o intuito de continuar a fazer diferenças positivas...

A nível pessoal sempre foi uma pessoa de emoções, onde os amigos ocupavam e ocupam um lugar especial. Custou-lhe sair do País?Sem dúvida. Mas uma decisão muito acertada. As emoções continuam sempre a ser senti-das com a maioria dos amigos, sempre presentes em todas a minhas visitas ao País, assim como visitas constantes dos ami-gos a todos os países onde vivi. Enorme cumplicidade dentro de um grupo único de amigos que considero como família.

Já viveu e visitou dezenas de países. Do que teve oportuni-dade de experienciar qual foi o local que mais o impressionou pela positiva e pela negativa?Em modo positivo destacaria a beleza do Mar Vermelho, onde fiz o meu primeiro mergulho.

Assim como a cidade de Petra na Jordânia, ou a cidade de Siem Reap no Cambodia, ou os gla-ciares no Alasca. A exótica praia deserta na Jamaica, assim como os templos Maias em Tulum no Mexico, a floresta na Costa Rica com os seus coloridos papagaios, o Serengeti no Quénia, a cidade de Palmira na Síria, a cidade de Choirokoitia no Chipre, com mais de 8000 anos, a água cristalina nas Bahamas, o oásis em Sebha na Líbia, sem esquecer a Lagoa das Sete Cidades nos Açores.Em modo menos positivo, algo que me trouxe muitas imagens menos boas, foi a quantiadde de pobreza e bairros pobres nos vários países que visitei. Destaco com mais incidência uma área do Cairo, que me surpreendeu pela dimensão e que não é divulgada para o exterior, afectando perto de cinco milhões de pessoas.

Portugal, no meios destas vivências, fica em que pata-mar?Primeiro. E ainda com tanto para visitar cá dentro... Tanta beleza única natural, cultural e histórica.

Regressar faz parte do seu pro-jecto de vida, após quase 20 anos fora do País?Sim! Sem dúvida que faz parte dos planos.

Além da arquitectura, a foto-grafia sempre foi uma paixão. Em que estado está?Confesso que não tem a prepon-derância e importância de outro-ra, mas como paixão mantém-se. Acompanha-me em todas as viagens e em alguns momentos pessoais, que aproveito para reflectir e transponho para ima-gem fotográfica.

É este o objectivo de Rui Baptista no futuro. Arquitecto criado no Concelho que, neste momento, é uma das principais referên-cias mundiais na arquitectura de aeroportos, sendo o principal responsável pela construção do novo aeroporto de Istambul.

Algo icónico que pudesse

fazer uma diferença

positiva

"

Portela

Quantos anos morou na Portela?Vivi dos 3 anos até aos 24, logo 21 anos ao todo.

Que recordações ainda guar-da?Recordações de um crescimento tão privilegiado como feliz, envol-to de muita segurança, amizade e valores morais. Num local que me permitiu um crescimento tão forte como equilibrado, onde as memórias positivas preenchem a grande maioria de toda a minha infância e adolescência.

Do ponto de vista arquitectó-nico, como descreve a Portela e Moscavide? E o que é que poderia trazer maior qualidade de vida a estas duas localida-

des?Bairros muito distintos. A Portela, embora nao sendo um ícone estético, tem um carácter muito característico e muito patente no ar que se respira. A Portela res-pira saúde e transpira equilíbrio. É um importante polo de união, que lhe confere uma identidade muito única e orgulha todos os ‘’Portelenses’’.Moscavide tem uma escala mais urbana. Com uma vida diária muito patente nas ruas principais e um aglomerado de gerações que partilham vivências nos pas-seios, assim como nos vários locais desportivos, que permitem contactos semanais e alimentam a mística do bairro.

Desporto

Praticou futebol e futsal, sem-

pre como guarda-redes. Qual destas duas modalidades mais o encanta?Como guarda-redes tive expe-riências muito distintas que me cativaram, em ambas as moda-lidades. No futebol desenvolvi muito a capacidade de liderança da área que era responsável, assim como o posicionamento para cobrir, do melhor modo, a baliza de 2,44 metros de altura e 7,32 metros de largura. Permitiu também explorar a capacidade de transcender os limites físicos do corpo, que muitas defesas assim o exigiram.No futsal o ritmo intenso da modalidade requer um nível tác-tico elevadíssimo, aliado a refle-xos e instinto muito grandes, como requisitos específicos.Recomendo ambas!

Além do Benfica, passou por dois clubes do concelho de Loures, Olivais e Moscavide e Sacavenense no futebol e AM Portela no futsal. Qual é que o marcou mais?Depende do escalão, pois tive experiências únicas em todos, como ser campeão distrital aos 13 anos pelo Sacavenense, de parti-cipar nos campeonatos nacionais pelo Olivais e Moscavide e jogar contra figuras como o Figo, Rui Costa, Paulo Torres, Brassard, entre muitos outros. Por fim a AM Portela, com uma equipa totalmente amadora e com valo-res somente nascidos na Portela, mas com muito amor à camisola e dedicação, a equipa que no auge da história dos seniores foi apurada para a fase final da modalidade, que até então elegia as seis melhores equipas a nível nacional.

Continua a seguir os desempe-nhos destes clubes?Sim. Sempre. Em especial gosta-ria de enviar enormes parabéns a ex-colegas que jogaram comigo

na AM Portela e que agora, com muita qualidade, desempenham funções técnicas, a elevarem o perfil da equipa e a manterem os lugares cimeiros. O mesmo se aplica no Sacavense e Olivais e Moscavide, onde vários treinado-res actuais foram jogadores que cresceram comigo. Óptimo regis-to e muito saboroso de acompa-nhar.

Profissional

Na sua profissão teve várias ligações ao desporto, mais especificamente ao fute-bol. Como foi idealizar está-dios como os do Arsenal, do Benfica e de Faro-Loulé?Responsabilidades diferentes em cada projecto, com preponderân-cia no Estádio da Luz, onde tam-bém tive oportunidade de con-tribuir esteticamente durante os nove meses que acompanhei a obra, representando uma empre-sa inglesa (na altura HOK Sports, que agora é Populous). Foram meses muito intensos, entre 2002 e 2003, com muita paixão e repletos de experiências únicas, que estão muito bem guardadas em mim e as quais tenho muito orgulho de partilhar.

Dos seis aeroportos em que já desempenhou tarefas, qual o que o deixou mais satisfeito?Diria o Aeroporto Internacional de Larnaca, no Chipre, que acompa-nhei desde o primeiro dia de pro-jecto, atá à festa de inauguração. Liderei uma equipa que chegou a ter 32 elementos e exigiu a minha contribuição, pela primeira vez, em todos os aspectos de dese-nho e obra como coordenador total do projecto com 100.000m2. Funções iguais às que tenho agora, mas por ter sido o primei-ro ‘’bebé’’ a tempo inteiro, tem um lugar especial nas memórias.

12 ENTREVISTA

Início Tipologia do edifício Edifício Local

2015 Aeroporto Aeroporto Internacional de Istambul Istambul

2010 Aeroporto Dubai Dubai

Aeroporto Novo Terminal Etihad Abu Dhabi

2005 Universidade Aeroporto Internacional de Larnaca Larnaca

2005 Universidade Universidade Zayed Abu Dhabi

2004 Aeroporto Lounge de Partidas de Heathrow - Terminal 1 Londres

2003 Escritórios Bank Side 123 Londres

2002 Estádio Estádio do Algarve Faro

2002 Estádio Novo Estádio da Luz Lisboa

2001 Estádio Pontes de acesso do novo Estádio do Arsenal Londres

1999 Lojas TK Maxx Nottingham

Rui Baptista

Obras

Aeroporto de Istambul

13ENTREVISTA

Caso Lisboa avance com um novo aeroporto, gostaria de liderar a equipa que o dese-nhasse?Sim. Desde 2007 que estou em contacto com as equipas de dese-nho e operadores. Estive nessa altura uma semana em Portugal, especificamente por iniciativa pró-pria, a reunir com as várias equi-pas. Sabem quem eu sou e que, assim que algo ganhe forma, o prazer seria muito em contribuir para o desenvolvimento do meu País, com experiência acumulada em vários campos do Mundo.

O novo aeroporto de Istambul é de uma enorme grandeza. Justifica-se?É o maior edificio em constru-ção do Mundo com 1.300.000m2 (um milhão e trezentos mil metros quadrados). Vai ao encontro das necessidades de Istambul em aumentar a capacidade do esgotado aeroporto existente (Attaturk) e também o objectivo da companhia de aviação local (Turkish Airlines), assim como as de operadores e investidores, de dominarem as rotas de ligação entre a Europa e Ásia, fazendo directa competição às compa-nhias de Abu Dhabi (Etihad) e Dubai (Emirates). Um país que quer colocar de modo muito pró-prio a sua impressão digital na história da aviação. Em relação à questão da necessidade de algo desta escala ou não, prefiro focar-me nas minhas responsabilidades

que são desenhar e entregar.

Turquia

Istambul é uma boa cidade para se viver?É uma cidade fabulosa, com cerca de 15 milhões de habitan-tes. Com o Estreito do Bósforo muito patente e um ritmo de vida muito atractivo. Uma temperatura muito parecida com Portugal e uma Cultura, que embora maiori-tariamente muçulmana, está niti-damente virada para a Europa, o que torna a integração e a vivência com a cidade ainda mais interessantes. Envolta de muitas referências históricas com varia-díssimos exemplos arquitectóni-

cos de eleição com vários sécu-los. Também se recomendam os banhos turcos e a famosa gas-tronomia.

Como tem sido viver na Turquia, perante os atentados recentes?É uma realidade muito triste que afecta sempre e traz reflexão. Infelizmente também o vivi em Londres, nas atrocidades do aten-tado de 7 de Julho de 2005, mas temos de ter a capacidade de olhar em frente e deixar o destino decidir.Dada a sua vivência, a Turquia, culturalmente, aproxima-se mais da Europa ou da Ásia?Istambul é muito parecido com a Europa, mas todo o resto do país está muito mais referenciado com a Ásia.

Os refugiados continuam a ser um tema central na Europa, apesar de menos noticiados. Como tem reagido a Turquia a essa questão?Existe um campo de refugiados sírios, que está estabelecido pró-ximo da fronteira com a Síria, na parte Este do país. Dado o alongar dos anos, já tem a sua vida própria. De qualquer modo, os conflitos nessa região man-têm-se.

Loures

Como define o nosso Concelho?Um Concelho em constante evo-lução e que oferece condições satisfatórias aos seus habitantes.

Sente que Loures tem mais van-tagens em ser mais um satélite de Lisboa ou tem condições para se afirmar por si próprio?Sinto que nestas condições beneficia um pouco dos dois. Consegue ter a sua identidade e, ao mesmo tempo, usufruir da ligação geográfica a Lisboa.

Tem o desejo de construir obra no nosso Município?Sim, com algo icónico que pudes-se fazer uma diferença positiva para a vida e referência dos habi-tantes do Concelho.

Pedro Santos Pereira

Aeroporto de Istambul

Estádio da Luz

14 DESPORTO

II Jornadas de EducaçãoDecorreu a dia 25 e 26 de Fevereiro, no Centro Cultural de Moscavide, as II Jornadas de Educação, pro-movidas pela Junta de Freguesia Moscavide e Portela.Tendo como base um estudo por-tuguês sobre mobilidade infantil, que concluiu que Portugal tem o mais baixo índice de mobilidade infantil dos 16 países em estu-do. As crianças vivem hoje um forte sedentarismo, passam muito tempo sentadas e são pouco acti-vas. Como consequência, temos crianças com problemas de obesi-dade, com doenças cardiovascula-res, com problemas do foro emo-cional e afectivo. Está comprovado que este sedentarismo e a falta de tempo para brincar têm igualmente consequências no sucesso escolar e no grau de felicidade das crian-ças e que o inverso se confirma, ou seja, crianças mais activas e com maior socialização no recreio aprendem melhor em sala de aula e têm equitativamente mais suces-so escolar.

Os objectivos destas jornadas

Realizar uma profunda reflexão sobre o Respeito pelos Direitos de ser Criança e o seu Superior Interesse, designadamente “o direi-to ao repouso e aos tempos livres, o direito de participar em jogos e actividades recreativas da sua idade e de participar livremente na vida cultural e artística.”;Reconhecer a importância do papel dos tempos livres e do brincar na infância;Reflectir sobre a concepção de equipamentos e espaços urbanos destinados às crianças;Analisar o modelo de gestão de Tempos Livres/ Tempos Escolares;Avaliar a pertinência dos Tempos Livres para a Auto Formação das Crianças;Analisar o impacto da motricidade no desenvolvimento social, escolar e emocional das crianças;Demonstrar Boas Práticas do Saber-Fazer em sala de aula.Estas jornadas decorreram com enorme sucesso durante os dois dias com uma forte adesão de público, onde constavam vários profissionais de educação e encar-regados de educação. As jornadas contaram ainda com a presença, entre outros, de Maria Manuela Dias, presidente da Freguesia de Moscavide e Portela, o Prof. Carlos Neto, o presidente da Associação Luís Pereira da Mota, José Maria Lourenço e Marcos Onofre do Laped. Entidades co-organizado-ras deste evento.

Associação de Pais promove futsalA Associação de Pais Bússola da Brincadeira, da Escola Básica de Loures, promoveu um encontro de escolas de futsal, no dia 27 de Fevereiro, no Pavilhão Paz e Amizade. O encontro contou com a participação do Centro Municipal de Formação de Futsal – em parceria com o Sporting Clube de Portugal – e das equipas de futsal da Bússola da Brincadeira, que ao longo da manhã disputaram vários jogos, intercalados por demostrações de karaté e dança.

VII Gala Gímnica do GimnofrielasRealizou-se, no dia 20 de Fevereiro, no Pavilhão Paz e Amizade, a VII Gala Gímnica do Gimnofrielas, que contou com a participação de vários clubes a nível nacional. Participaram neste torneio diversas classes de 14 clubes, entre eles: Associação Académica de Coimbra, Acro Clube da Maia, AcroPombal, Acrogym Clube de Coimbra, Academia Gimnodesportiva de Samora Correia, Associação de Pais e Amigos da Ginástica de Loulé, Acromix Camarate Clube, Clube Parque das Nações, Estrela e Vigorosa Sport, Ginásio Acrotumb de Leiria, Ginásio Clube Português, Ginásio Clube Vilacondense, Grupo Dramático de Cascais e Sociedade Euterpe Alhandrense.

Sporting vence Torneio de FrielasO Sporting Clube de Portugal venceu, dia 9 de Fevereiro, o Torneio Internacional de Futebol Infantil da União Desportiva Ponte de Frielas (UDPF), que se realizou entre 6 e 9 de Fevereiro. Na final, a equipa leonina levou de vencida a equipa do Benfica, vencendo as águias por 3-1.A restante classificação ficou alinhada da seguinte forma: Belenenses (3.º), Deportivo da Corunha (4.º), FC Porto (5.º), Estoril Praia (6.º), UD Ponte de Frielas (7.º) e GS Loures (8.º).A 24.ª edição da prova teve este ano como patrono Vítor Martins, antigo jogador do Benfica.

AM Portela em grandeO futsal da AM Portela está de parabéns. Os seniores conseguiram uma extraordinária recuperação e estão apurados, pelo quarto ano consecutivo, para disputarem o apu-ramento para a I Divisão. Enquanto isso os juniores vão disputar a final distrital, que dará acesso ao apuramento para o Campeonato Nacional de Sub-20.

SENIORES

Depois de há três jornadas a AM Portela estar a quatro pontos do apuramento para a fase final da II Divisão, grupo de subida, nos últimos quatro jogos a equipa obteve quatro vitórias, alcançando, desta forma, a vaga para esse objectivo. Uma resposta cabal da equipa de Luís Estrela que, ape-sar do decréscimo orçamental no plantel, nunca deixou de acreditar e, neste momento, depende apenas de si para o conseguir. De referir que a AMSAC também poderia ter alcançado este objectivo, inclusive ficando na primeira posição, caso não tivesse per-dido seis pontos na secretaria por utilização irregular de um jogador.

JUNIORES A

Mais um brilharete da equipa portelense neste escalão. Depois de uma primeira fase onde alcançou a possibilidade de, na segun-da fase, poder discutir o título, algo que alcançou após eliminar o CAD. Começa este fim-de-semana a disputa da final distrital, que será disputada à melhor de três jogos.

CLASSIFICAÇÃO

Par Feminino Juvenil:1º Beatriz Carneiro/ Bruna Gonçalves- ACMPar Masculino Juvenil:1º Pedro Carvalho/ Rodrigo Cruz-AxCCPar Misto Juvenil:1º Diogo Rodrigues/ Mariana Pires-CPNGrupo Feminino Juvenil:1º Carolina Moreira/ Filipa Patrocínio/ Francisca Maia-ACMPar Feminino Júnior:1º Ana Fontes/ Maria Vaz-AACoPar Masculino Júnior:1º Danilo Horobets/ Marco Ferreira-AcroPPar Misto Júnior:1º Francisco Carrapato/ Madalena Martins-CPNGrupo Feminino Júnior:1º Beatriz Cabaço/ Matilde Pereira/ Rita Martins-GDSCPar Masculino Sénior:1º Hugo Santos/ Rodrigo Santos-GCALPar Misto Sénior:1º Bruno Felizardo/ Camila Silva-Acrop2.º Henrique Mendes/ Maria Anjos-AACoPar Feminino Elite Júnior:1º Beatriz Ferreira/ Catarina Martins-SEAPar Masculino Elite Júnior:1º Henrique Branco/ Tomás Filipe-GDSCPar Misto Elite Sénior:1º Bruno Tavares/ Liana Asseiceiro-SEAPar Feminino/Júnior Extra-Concurso1º Joana Moreira/ Rita Ferreira-ACM

15ARTISTAS DA QUINTA DO MOCHO

HAZULBiografia do autor

A arte do autodidacta do Porto, Hazul, é uma mistura bem condimen-tada. Apresenta um bestiário interessante: serpentes que parecem pássaros do paraíso, figuras proto-xamânicas, seres de outra galáxia e de outra dimensão. Influências orientais ou de civilizações mais recônditas, parecem ter inspirado Hazul. Nesta criação urbana sur-gem de forma inesperada imagens quase simbólicas que nos fazem lembrar uma tradição gótica ou românica, herméticas, fortes e bem marcantes.

Biografia da Obra

A obra retrata uma figura feminina (EVA) e uma figura esvoaçan-te, semelhante a um pássaro (AVE), ambos envoltos numa malha geométrica e orgânica. O conjunto é sólido mas ao mesmo tempo vibrante, lembrando de certa forma os ícones totémicos e ancestrais. De notar também a opção pelos tons terra e pastel que combinam com o ambiente circundante.

Café Teatro na Quinta da FonteO Teatro IBISCO vai organizar, no dia 19 de Março, um Café Teatro no Centro Comunitário da Apelação. A sessão começa às 14 horas com uma sessão de Quizz, seguindo-se às 15h “Histórias tradi-cionais Mukur, Mukur?”. Às 17 horas dão-se “Improvisações” e, por fim, às 19h um Workshop de Dança. Motivos mais que suficientes para uma tarde bem passada.

Celebrações do Dia da MulherRealiza-se no dia 5 de Março, hoje, uma caminhada organizada pela Câmara Municipal de Loures, entre a Quinta da

Fonte e a Quinta do Mocho, os dois locais onde se realizou o Bairro i o Mundo. A caminhada proporcionará a visita aos murais existentes nos dois locais. A partir das 9 horas, o encontro está marcado junto à Casa da Cultura de Sacavém, onde será feito o transporte dos parti-cipantes para o Centro Comunitário da Apelação. Daí, são 3,5 quilómetros a pé, com passagem pela Galeria de Arte Pública da Quinta do Mocho. No final, será servido um almoço partilhado na Casa da Cultura de Sacavém. No dia 8 de Março, pelas 14 e 30 horas, será inaugurada a exposição “Mulheres às Cores”, no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures. A mostra, patente até dia 22 de Março, pretende homenagear o papel feminino na socieda-de e a sua luta pela igualdade e participa-ção cívica.“Mulheres às cores” poderá ser vista tam-bém no jardim em frente aos Paços do Concelho, de 8 de Março a 8 de Abril.

Um ano de visitas guiadasFez um ano em Fevereiro que se iniciaram as visitas guiadas à Galeria de Arte Pública da Quinta do Mocho. No início a visita era efectuada por técnicos municipais, tendo, a partir de Julho, passado a ser feita por moradores do Bairro. Um ano em que todos os meses muitas foram as dezenas de visitantes, dando uma maior proporção à Arte ali existente e, claro, aos seus mordores.

16 MÚSICA

Ninho de Cucos

João AlexandreMúsico e Autor

The 1975Novo álbum e regresso a Portugal

Conhecidos os alinhamentos dos Festivais NOS Alive em Lisboa e NOS Primavera no Porto uma coisa é certa, a edição de 2016 do Festival Lisboeta é fortíssima e abrangente de nomes firmados e, igualmente, daqueles que des-pontam. Mas aos Festivais em concreto voltaremos num futu-ro número do jornal e para já desmontemos um pouco mais aquele que é o novo trabalho dos 1975, banda que regressará ao Alive dois anos depois da sua estreia prometedora em terras lusas.Lançado há uma semana atrás e com título bem extenso “I like it when you sleep, for you are so beautiful yet so unaware of it”, é o segundo trabalho do quarteto de Manchester.The 1975 são formados por Matt Healy ,voz e guitarra, George Daniel, baterista nascido em Bruxelas, Adam Hann, guitarrista e o baixista Ross Macdonald. Conheceram-se no liceu em 2002, então com 13/14 anos, fazendo covers de temas punk em concertos para teenagers, rapidamente desencadeando o caos nesses espetáculos.Mais tarde polidos pela pop diversificada que os influencia, assente em nomes como Michael Jackson e o som Motown, os

Rolling Stones, a new wave ou os neo-românticos Duran Duran e Thompson Twins, ou o lado etéreo dos Sigur Rós, os 1975 lançam o seu primeiro EP “Facedown” em 2012. As suas actuações enérgicas e mais um par de EP’s, onde pon-tificam temas fortes como “Sex” e “Chocolate”, reforçam o efeito boca a boca e a sua música inva-de blogs e é presença constante nos meios digitais. A banda faz um tour com apre-sentações em todo o Reino Unido e um showcase para a indústria no festival SXSW em Austin, Texas, conjugado com um novo tour desta feita nos Estados Unidos.O álbum estreia auto-intitulado “The 1975” é editado em 2013, alcançando o nº 1 de vendas no Reino Unido e chegando à posi-ção 28 no americano Billboard.O Notícias de Loures esteve pre-sente na actuação dos 1975 no NOS Alive em 2014. Num con-certo de final da tarde, para um recinto longe de estar preenchido (a hora também não ajudava), a banda captou a atenção dos presentes e daqueles que por-ventura não imaginariam parar por aquele palco, com as suas canções orelhudas onde a pop de guitarras se cruza com os sin-

tetizadores, bem à anos 80, com algum funk e mix de atitude indie.Dois anos passados, The 1975 regressam após alguns rumores de separação e pausa, amplifica-dos e alimentados nas tricas do twitter por Matt Healy, conhecido como desbocado e neurótico. O truque não é novo, mas certo é que a banda aparece revigora-da e reinventada a caminho do mainstream e da globalização nivelada bem por cima, pela via da sua opção estética assumida-mente R&B, sem que isso signi-fique abandono do som e matriz identitária do álbum estreia.

“Ugh” um dos temas em avanço é funk R&B, como se de um Justin Timberlake no seu melhor se tratasse, mas logo depois pode-mos escutar o single “Love me” a remeter descarada e premoni-toriamente para “Fame” de David Bowie. Resquícios de INXS, Scritti Polli, Hall and Oates e Police/Sting espalham-se pelos temas de dança e baladas ao longo do álbum. “The sound” e “somebo-dy else” são exemplos concretos dessa paleta sonora.O descaramento destes meninos, detentores de uma legião de fãs

feminina capaz de rivalizar com algumas das maiores boysbands, ao piscar o olho a tantos gigantes da pop de outra época é gran-de. Fazem-no descomprometida-mente, vivendo o momento e sabendo que se encontram sobre a linha que separa o passo em falso do estrelato e da conquista de algo, realmente, grande.Esperamos por eles no dia 7 de Julho, desta feita no palco princi-pal do NOS Alive, para compro-var ao vivo qual o lado da linha por onde seguirão.www.facebook.com/the1975

17TEATRO

Pla caneta afora

António e Maria

Dois nomes bem portugue-ses: António, nome de Santo e também de ditador, por exemplo; Maria, nome de Virgem e também do pro-cesso das 3 Marias (Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno autoras de “Novas Cartas Portuguesas”).Mas aqui tratamos de uma outra Maria, actriz: Maria Rueff. E de um outro António, psiquiatra e/ou escritor: António Lobo Antunes.Apresento-vos “António e Maria”! Fomos ver.O Teatro Meridional, aliás como faz parte do seu pro-jecto teatral, apresenta mais uma adaptação de textos não teatrais. Para tal chamou Rui Cardoso Martins, que fez um autêntico trabalho laborato-rial, com a competência de quem monta um puzzle.Sob a batuta de Miguel Seabra como encenador - e que encenador!!! – Maria Rueff, responsável proponen-te deste desafio ao Teatro Meridional, “desenha” de forma magistral, as mulheres que vagueiam pelos textos dos romances e das cróni-cas de António Lobo Antunes, todas elas numa só que, como o programa que acom-panha o espectáculo nos diz, têm uma matriz de identidade profundamente lusitana e que deambulam pelo “silêncio de cenas quotidianas”, sempre “explodindo ou implodindo na poética tantas vezes dolorosa com humor e intensidade.”

“Espreitar para den-tro de uma bota por-que às vezes há coi-sas”

É esta a lição que Lobo Antunes nos dá para toda uma vida e também como proposta para olharmos para este espectáculo: espreitar!Espreitemos, pois: uma mulher, soma de todas as mulheres do universo de Lobo Antunes, faz-nos viajar pela sua fragilidade, pela sua força, pelas suas memórias e

pelas suas dores exactamen-te provocadas pelas memó-rias pejadas também de homens de diferentes classes sociais e com tudo e todos o que a rodeia ela comunica, dissecando de forma cirúrgica todas as vivências que pertur-baram e continuam a pertur-bar a sua existência.Maria Rueff “despe-se” e como extraordinária actriz que é, abre-nos o peito e deixa-se “operar de barriga aberta”! A sangue frio! Assim compromete-nos como públi-co! Mostra-nos as nossas fra-quezas e as nossas forças! Confronta-nos com a pobreza de espírito que nos acompa-nha tantas vezes mesmo ao nosso lado e que fazemos de conta que não existe. Nada a apontar a Maria Rueff! Só nos resta no final aplaudi-la de pé e gritar “Bravo!”! Pela sua interpretação e pela sua coragem!E que não se esqueça de aplaudir a milimétrica, abso-lutamente rigorosa e brilhante encenação de Miguel Seabra, que também assina o super-eficaz, mas quase impercep-tível desenho de luz. Marta Carreiras assina com sobrie-dade de Mestra e arquitecta o belíssimo figurino e espaço cénico. Rui Rebelo está tam-bém de parabéns pela sua criação musical e de espaço sonoro que envolve o espec-táculo.Um grande espectáculo que está proibido de perder! 5 de Março no Barreiro, dia 12 em Almada, 18 em Torres Vedras e 14 de Maio em Tondela. E como o espectáculo termi-nou a sua carreira em Lisboa com salas esgotadas, aqui fica o pedido com carácter de urgência da sua reposição na capital na sala do Teatro Meridional.Pela minha parte fica a pro-messa de voltar ao trabalho e história do Teatro Meridional e a uma conversa/entrevista com Maria Rueff.A nós resta-nos sair do Teatro Meridional e fazer o que a personagem nunca conseguiu fazer na sua vida: VOAR!!!

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Florbela EstêvãoArqueóloga e museóloga

A vida atribulada das pontes do rio Trancão em Sacavém

Paisagens e Patrimónios

A inauguração da chamada Linha do Leste, em 1856, conforme foi aludido na crónica anterior, representou a concretização da primeira fase de um programa mais vasto que visava dotar o País de uma rede de transportes ferroviários. É indiscutível o papel crucial que o caminho-de-ferro desempenhou na consolidação de uma rede integrada de vias de comunicações, terrestres e fluviais, essenciais à concreti-zação das ideias de progres-so. Com efeito, Portugal assiste, na transição do antigo regime para a época contemporânea, à elaboração de um programa de obras públicas, iniciadas em 1789 pelos ministros José de Seabra da Silva e Luís Pinto de Sousa. Foram executadas durante o governo de D. Maria I e continuaram durante os gover-nos seguintes, até às invasões francesas. A lei para as Obras Públicas do Reino, de Março de 1791, marcou um aspecto importante do código legislativo português, na medida em que é a primeira lei geral das infra-es-truturas de circulação, na qual está expresso o carácter global da intervenção do Estado nessas obras, definindo-se que o melho-ramento das vias de transporte e comunicação deve abranger todo o território continental.Durante um período de 20 anos,

entre 1789 e 1809, o Estado cen-tral promove um conjunto de pro-jectos e obras que pressupõem uma visão hierarquizada do ter-ritório. Partindo das duas prin-cipais cidades da altura, Lisboa e Porto, criaram um eixo central Sul-Norte estruturante de toda uma rede, onde as vias terrestres assumiam um papel prioritário, mas que não descurava nem as fluviais, nem tão pouco os espa-ços portuários.Ora, um dos intentos deste pro-grama de obras públicas era o de contribuir para o desenvolvimen-to económico do País, de forma a reduzir a dependência exter-na, particularmente em relação à colónia do Brasil e, simultanea-mente, fomentar o surgimento de outras centralidades que tam-bém reduzissem, internamente, a sujeição dos centros urbanos localizados no interior relativa-mente às cidades de Lisboa e Porto. É certo que este programa de acção governativa acabou por ficar truncado, em parte devido à I Invasão Francesa e à neces-sidade de desviar meios para o esforço de guerra. Mas, apesar do referido programa iniciado nos finais de setecentos ter sofrido ao longo dos 20 anos acima mencio-nados ciclos de maior incremento e outros de impasse ou mesmo de cancelamento, o que um facto é que tal programa será retoma-

do nos anos seguintes, agora já no governo liderado por Costa Cabral e durante o fontismo.A intenção de criar vias perma-nentes presente na lei para as Obras Púbicas do Reino impli-cava a construção de pontes no atravessamento dos rios. O referido plano de obras públicas determinava a edificação de uma ponte em pedra em Sacavém para travessia do rio Trancão, que na altura apenas era efec-tuada por barcas de passagem. Em tempos mais recuados já tinha existido uma ponte romana que, possivelmente, uma cheia terá destruído. A notícia dessa ponte chegou até nós através de um desenho (do séc. XVI) de Francisco de Holanda, que com base nos vestígios fez uma pro-posta para a sua reconstituição, a qual nunca veio a acontecer. O processo de projecto da ponte de Sacavém decorreu em 1792, com a apresentação de duas propostas contendo soluções muito distintas, uma de Manuel de Sousa Ramos e outra de José Auffdiener. Nessa altura, a povoação de Sacavém esta-va organizada em dois núcleos: Sacavém de Cima (a zona urbana em cotas mais altas) e Sacavém de Baixo (constituída pelo rossio e a igreja matriz, bem como algu-mas habitações e os armazéns situados na cota baixa). Uma

barca de passagem, a montante do rossio, garantia a travessia do rio, integrada na principal estrada de Portugal. Não era só esta estrada que era muito movimentada; havia também uma contínua passagem de barcos nesse local, ao qual chegavam as marés, sendo o Trancão uma via fluvial que liga-va vários pontos do interior da várzea, como Loures e Frielas. O projecto da ponte de pedra tinha que responder a vários requisitos: assegurar a travessia permanente do rio, mesmo nas maiores cheias; possuir solidez construtiva para resistir às fortes correntes de Inverno, a que José Auffdiener acrescentou o risco dos tremores de terra; permitir a passagem dos barcos à vela; ter em consideração a variação do nível das águas em função das marés; e resolver a questão da interligação desta obra com o núcleo urbano.A proposta de Manuel de Sousa privilegiava a estrada real e a nova ponte como componentes preponderantes, subalternizando o espaço urbano relativamente a esses dois elementos. Implicava o desvio do leito do rio para a encosta norte, e a construção de um canal delimitado por cais em ambas as margens. No projecto, a ponte em pedra tinha de com-primento 280 palmos e de largura total 62 palmos, e era constituída por três arcos.Por oposição, o projecto de José Auffdiener, favorecia o lugar de Sacavém como seu elemento definidor, onde a ponte não era somente um elemento utilitário, mas um monumento valorati-vo do espaço urbano, nascido do cruzamento de uma grande estrada com uma via fluvial. Para aquele autor, a estrada, a ponte e a vila eram inseparáveis, e na sua memória descritiva essa preocupação é bem evidente: “Uma comunicação útil como esta, e dispendiosa como é uma ponte, não deve ser estranha aos objectos que a rodeiam e que ela deve unir; assim, pro-curei um monumento qualquer diante do qual pudesse colocar a ponte e uma boa parte da estrada, no mesmo alinhamento;

vi uma grande Igreja e tomei a decisão no terreno.” Ele propu-nha a implantação do tabuleiro da ponte à cota da Igreja Matriz que assentava sobre uma forte plataforma, junto ao rio. Esta pla-taforma seria ampliada e trans-formada numa praça, reordenan-do deste modo o rossio, onde lateralmente passaria a estrada real. Esta cota garantia a nave-gação fluvial, considerando que os mastros dos barcos que mais frequentavam esta via tinham 28 palmos (6,16m) de altura. Nesta proposta o traçado do rio não sofreria alterações, mas o seu autor considerava necessário encanar as suas margens para evitar as inundações na zona de Sacavém de baixo. Mais ainda, o projecto incorporava também um canal com percursos laterais, delimitados por alinhamentos de árvores. Propunha igualmente a construção de outra estrada de Sacavém a Lisboa, junto à mar-gem do Tejo, assegurando uma distância menor entre as duas localidades e a fruição de um passeio de valor paisagístico. Foi o projecto de José Auffdiener aprovado e, ainda em 1792, ini-ciaram-se as obras, começando com a organização do estalei-ro: construção dos edifícios para armazenamento de materiais e para o pessoal operário, forno de cal, abertura de pedreiras e transporte de pedras para o local da obra. A conjuntura europeia e a ameaça de um conflito determi-nou a suspensão dos trabalhos da construção da ponte, sendo os meios redireccionados para a defesa militar. A obra ficou por-tanto parada. Em novembro de 1807, quando Junot é recebido em Sacavém por um grupo de representantes do Conselho de Regência, o general faz a tra-vessia do rio à barca. O mesmo Junot determina, assim que se instala na capital, a construção de uma ponte de madeira para acelerar a passagem das suas tropas, pois a passagem à barca tornava o processo muito moro-so. Ainda nesse mesmo ano, por iniciativa de António de Araújo de Azevedo, é iniciado novo projec-to, mas desta vez através de uma ponte em ferro.

18 CULTURA

20 SAÚDE

O que é a osteoporose?

A osteoporose é uma doença sistémica que afecta o esqueleto e que resulta de um desequilíbrio entre a actividade dos osteoblas-tos (células dos ossos que produ-zem novas células ou osso novo) e dos osteoclastos (células dos ossos que destroem osso antigo ou envelhecido). É caracterizada pela redução da densidade óssea e deterioração da arquitectura (estrutura) do osso, o que conduz a um cres-cente risco de fraturas, o que acontece porque a reabsorção é superior à construção.

Quais são os sintomas da osteoporose?

Esta é uma doença silenciosa e o mais normal é que não se dê pela doença até que existam fraturas no decurso de situações aciden-tais. Normalmente, não existe dor associada ao processo e por isso se diz que é silenciosa.

Em que idade se tem osteopo-rose?

Numa situação normal, os nos-sos ossos crescem até aos vinte anos, mas podem ganhar den-sidade (resistência) até aos 35. A partir desta altura, a perda de densidade óssea acontece natu-ralmente, fazendo parte das alte-rações fisiológicas normais, pelo que a partir desta fase é ainda mais importante manter um estilo de vida que favoreça a reconstru-ção da matriz óssea. Com o envelhecimento, este pro-cesso sofre uma aceleração tor-nando-se patológica. Também a menopausa, na mulher, parece estar associada a este processo. Durante a fase fértil da vida de uma mulher, os seus ovários pro-duzem um conjunto de hormo-nas que pertencem à classe dos estrogénios e que têm um papel preponderante quer no retardar da reabsorção, quer na fixação de cálcio pelos ossos. Quando

estas hormonas deixam de ser produzidas, o processo de desmi-neralização dos ossos pode estar aumentada.

A osteoporose é hereditária?

Ter alguém na família que tenha tido osteoporose não significa directamente que se venha a ter osteoporose também. No entan-to, é importante informar o médi-co se os pais tiveram esta doen-ça. No caso de ter antecedentes familiares, deve-se manter um cuidado redobrado na prevenção da doença. O que é hereditá-rio é a capacidade da vitamina D absorver o cálcio no organis-mo. Descendentes de pessoas que têm menor capacidade de absorção de cálcio no organismo e que apresentam osteoporose quando adultas, têm maior proba-bilidade de apresentar a doença. Contudo, o uso de bons hábi-tos alimentares e de um estilo de vida saudável, por exemplo caminhadas, constitui a base da prevenção da progressão desta doença.

Quais são os factores de risco?

É importante ter consciência de quais os fatores para os quais devemos estar em alerta, pois eles aumentam a possibilidade de vir a ter osteoporose.

Não são só as mulheres que têm esta doença, os homens também podem desenvolver perda óssea acelerada. No entanto, sabe-se que a doença é mais frequen-te nas mulheres, numa propor-ção de três mulheres por cada homem. Sabe-se também que à medida que a idade avança, maior a pro-babilidade de vir a ter osteopo-rose. Ao contrário do que muitas pes-soas pensam, é um factor de risco ter baixo peso e estatura (ter um baixo índice de massa corporal). Isto não significa que a obesidade seja um factor protetor para esta doença.Ter uma história familiar anterior de fracturas da anca de um dos pais consitui também um factor de alerta. Assim como o pró-prio ter fraturas de baixo impacto depois dos 40 anos de idade. É importante recorrer à assistência médica se tem quedas de repeti-ção, para aferir a causa.Se é medicado com corticoides, por mais de 3 meses de duração, é também importante ser seguido por um médico.A ingestão elevada de álcool, tabaco e café são também facto-res de risco que podemos evitar

para prevenir a evolução desta doença.

Como prevenir a osteoporose?

A osteoporose é uma doença que afecta todas as gerações. Assim sendo, devemos começar desde cedo a adotar um estilo de vida saudável para prevenir a degene-ração óssea.É importante ter uma alimentação saudável e consumir produtos ricos em cálcio (crianças: 600-800mg/dia, adultos: 800-1000mg/dia) como o leite (1 copo de leite = 250mg de cálcio), o iogurte (1 iogurte = 300mg), legumes (couve, bróculos, feijão branco), Fruta (laranja), cereais e pão.Recomenda-se ainda a prática regular de exercício físico para fortalcer não só os músculos, mas também os ossos. Recomenda-se que caminhe várias vezes por semana para estimular o meta-bolismo ósseo. A caminhada é a actividade mais recomendada,

assim como exercícios de impac-to mínimo.É muito importante evitar as quedas, principalmente na idade adulta, porque estas provocam fraturas graves do fémur, anca ou punho. A prevenção passa pelo rastreio da visão e do equilíbrio. A estimativa é de que 1 em cada 4 mulheres, a partir dos 50 anos, terá uma fractura por osteopo-rose.É também indispensável apanhar sol, sem filtro solar, pelo menos 15 minutos por dia, antes das 10 horas ou após as 16 horas, por-que a quantidade de vitamina D depende do tempo de exposição solar. A vitamina D é fundamental para a correcta absorção de cál-cio pelo organismo. Se tem uma baixa exposição solar recomenda-se que consulte o seu médico para saber o seu nível de vitamina D e aferir se precisa de tomar suplementos desta vitamina.

Deve-se procurar orientação médica quando se está na meno-pausa, falar com o seu ginecolo-gista ou especialista em osteopo-rose sobre a necessidade de uti-lização de suplemento hormonal, cálcio ou vitamina D. O tabaco, a ingestão excessiva de álcool e o café aceleram a perda óssea associada ao enve-lhecimento.A prevenção é da máxima impor-tância. Estima-se que, mun-dialmente, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima dos 65 anos tenha osteoporose.

Filipa Marcelino e Mário Cruz - médicos internos ano comum

Joaquim Martins - médico chefe de serviço de saúde

públicaElvira Martins - médica coor-

denadora da USP (Unidade de saúde pública)

Osteoporose

Inscrita na Ordem dos Notários, sob o número 332/5, conforme autorização do Notário Frederico Fernandes Soares Franco, publicitada no sítio da Ordem dos Notários em 02-01-2012.Conta registada sob o nº. 3

CERTIFICO

Para efeitos de publicação, que por escritura lavrada hoje neste Cartório a folhas sete e seguintes do livro noventa e quatro –A de escrituras diversas, que:CARLOS ALBERTO HENRIQUES FERNANDES e sua mulher, ROSA MARIA CARDOSO TAVEIRA FERNANDES, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, residentes na Rua Cesário Verde, lote 449, Bairro dos Troviscais, Vale Figueira. S. João da Talha, Loures, contribuintes fiscais números 126.468.699 e 105.685.836;FOI DECLARADO QUE: com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de duzentos e oitenta e três vírgula cinquenta barra vinte e sete mil setecentos e vinte avos, do prédio rústico denominado “Troviscais”, sito em S. João da Talha, na freguesia de Santa Iria da Azóia, S. João da Talha e Bobadela, concelho de Loures, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Loures, sob o número seiscentos e sessenta e dois, da anterior freguesia de S. João da Talha, do mesmo concelho, e inscrito na matriz da freguesia de Santa Iria da Azóia, S. João da Talha e Bobadela, sob o artigo 14, da seção A; MAIS CERTIFICO SEGUNDO ALEGADO: Que a quota parte desse imóvel veio à sua posse em três de novem-bro de mil novecentos e noventa e dois, por contrato promessa de compra e venda, que aí foi identificada como terreno sito no Bairro dos Troviscais, em S. João da Talha, e por erro das partes, ficou a constar desse contrato que o direito prometido transmitir consistia num lote de terreno com duzentos e sessenta metros quadrados e com o número trezentos e noventa e seis, quando na realidade consistiu numa transmissão de uma mera quota ideal do referido pré-dio dos promitentes vendedores, que foi entregue a totalidade do preço, e nesse mesmo contrato estipularam efetuar a escritura definitiva assim que houvesse possibilidade, mas até à presente data nunca lograram celebrar a mesma.Que, assim, nunca celebraram o necessário contrato definitivo de aquisição, no entanto entraram na posse e fruição da referida quota ideal, do mencionado prédio rústico, a partir do dito ano de mil novecentos e noventa e dois, usando, ocupando e mantendo o prédio, na proporção que lhes cabia, de forma cordata e reconhecida pelos demais comproprietários, fazendo a conservação e melhoramentos a suas expensas, tais como limpeza e intervenções de manutenção, tirando quaisquer proveitos que o mesmo pudesse render, pagando os impostos devidos pela corres-pondente titularidade e suportando as competentes despesas inerentes.Que, então, essa posse foi adquirida à mais de vinte anos e até hoje mantida ininterruptamente, sem violência, nem oposição ou ocultação de quem quer que seja, pelo que foi sempre exercida de forma pacífica e ostensiva, à vista de toda a gente, sempre em nome próprio, beneficiando e conservando o referido imóvel, e agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, quer usando e fruindo como tal daquele imóvel, na proporção que lhes pertence, quer suportando os respetivos encargos.Que esta posse sempre foi pacífica, contínua e pública, desde o referido ano de mil novecentos e noventa e dois, pelo que adquiriram a dita quota ideal por USUCAPIÃO, causa de aquisição que invocam, justificando o seu direito de propriedade para fins de registo predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial.Lisboa e Cartório Notarial, aos 01 de março de 2016.O Técnico de Notariado, do Notário Frederico Fernandes Soares Franco, com Cartório na Avª. Fontes Pereira de Melo, nº. 19, 2º. Esqº, em Lisboa;

Florbela Maria Inácio Joaquim

21NUTRIÇÃO

Há prova no Museu

A obesidade infantil é uma patologia médica grave, que se caracteriza pelo excesso de gordura cor-poral que afecta negativa-mente a criança, limitando a sua capacidade para realizar diversas activi-dades e interferindo com o seu bem-estar físico e emocional. Um problema que, na idade adulta, pode provocar hipertensão, níveis de colesterol ele-vados, diabetes, falta de auto-estima e, inclusive, depressão.Em Portugal, uma em cada três crianças tem excesso de peso ou obe-sidade infantil, segundo os

estudos mais recentes da Organização Mundial de Saúde.De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os paí-ses europeus com maior número de crianças afec-tadas por esta epidemia: 29% das crianças portu-guesas, entre 2 e 5 anos, têm excesso de peso e 12,5% são obesas. Na faixa etária dos 6 aos 8 anos, a prevalência do excesso de peso é de 32% e a da obesidade é de 13,9%.Tendo em conta este cenário, os especialistas alertam para a necessi-

dade de tomar medidas capazes de travar o avan-ço desta epidemia porque, se esta tendência conti-nuar, esta geração de crianças será a primeira da história a viver uma vida mais curta que a dos seus pais.Não são aconselhadas dietas restritivas às crian-ças, pois poderão compro-meter o seu crescimento e saúde. Deve haver um compromisso de toda a família para melhorar a qualidade da alimentação e aumentar os níveis de exercício físico.

O Museu do Vinho e da Vinha, em Bucelas, recebe hoje, dia 5 de Março, a partir das 15 horas, a iniciativa “Há prova no Museu”, uma degustação gratuita de vinhos da região de Bucelas.A iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Loures, apresenta uma visita e prova de vinho comentada sobre o grupo Enoport, que engloba algumas das mais emblemáticas empresas de vinho portuguesas.Instalado num edifício cuja história está intimamente relacionada com a tradição viti-vinícola de Bucelas, o Museu do Vinho e da Vinha dá a conhecer as principais fases do trabalho na vinha e os meios tradicionais de produção do vinho.Para participar nesta iniciativa gratuita no Museu do Vinho e da Vinha, que se realiza ao primeiro sábado de cada mês, sempre com vinhos de Bucelas de diferentes produtores, basta confirmar a presença até à quinta-feira anterior à visita, através dos números 924 487 297/211 150 669 ou pelo correio eletrónico [email protected].

Recomendações para combater a obesidade infantil

Anabela PereiraNutricionista

RECOMENDAÇÕES AOS PAIS:• Não utilize a comida como prémio;• Transforme as horas de refeição em momentos de convívio familiar, em que uma refeição é feita em família;• Prepare os pratos e leve-os para a mesa;• Remova as tentações da despensa. Não compre guloseimas, refrigerantes e batatas fritas;• Planeie antecipadamente com o seu filho o lanche escolar, como por exemplo: um iogurte líquido ou uma maçã e metade de um pão escuro com queijo flamengo;• Normalmente as crianças rejeitam alimentos que desconhecem. A introdução de novos alimentos dever ser feita de forma calma e gradual;• O ideal é comer cinco vezes por dia, com intervalos de três horas e meia;• A alimentação diária da criança deve incluir sopa de legumes (ao almoço e ao jantar), vegetais, peixe, três peças de fruta e cerca de meio litro de leite ou substitutos;• Participe com o seu filho em actividades ao ar livre e incentive-o a escolher e a praticar um desporto do seu agrado.

22 PSICOLOGIA

São cada vez mais (re)conhecidas as dificuldades sentidas pelos pais ou outros responsáveis por crianças no que toca à sua educação. A sociedade moderna exige-lhes cada vez mais, enquan-to educadores, ao mesmo tempo que coloca barreiras à sua participação plena na educação dos filhos, como é o caso da carga de horá-rio laboral que dificulta uma satisfatória disponibilidade para a família, ou mesmo a necessidade de trabalhos extra, nalguns casos para regular a economia familiar.Os pais são os primeiros e principais agentes da socia-lização das crianças e, con-sequentemente, as suas atitudes são determinantes para o seu desenvolvimento harmonioso. Se por um lado os pais têm profissões cada vez mais exigentes, também é verdade que as crianças parecem ser cada vez mais exigentes e, por vezes, dita-doras.Em consequência, nesta sociedade refém do tempo, brincar tem por vezes má reputação, sendo vista como uma actividade fútil ou de perda de tempo, dado que aparentemente nada produz de útil para o futuro das crian-ças. Claro que esta preocu-pação dos adultos é legíti-ma, mas é uma preocupação excessiva que pode sacrificar o tempo da infância.Brincar é um direito funda-mental reconhecido pela Convenção Internacional dos Direitos da Criança. Ao brincar, as crianças estão a aprender e a preparar-se para a vida. Em idade pré-es-colar, o trabalho das crianças

é este, conhecer o mundo, permitindo-lhes alcançar competências, tais como a noção de causa e efeito, a cooperação, a resolução de problemas e o funcionamen-to do seu corpo. As crianças precisam de dedicar mais tempo, não menos, a brincar, especial-mente a brincar ao faz de conta. Este tipo de brinca-deira é fundamental para o desenvolvimento do pensa-mento simbólico, consolida os seus mundos imaginários, o seu pensamento criativo e narrativo, ajuda-as a gerir as emoções e a partilhar sen-timentos, desenvolve com-petência cognitivas, emocio-nais e sociais, como a cria-tividade. Ao experimentarem uma variedade de símbolos, ideias e relações, através da brincadeira, as crianças estão a desenvolver ferra-mentas que lhes serão muito úteis para encarar os desa-fios futuros, nomeadamente a entrada para a escola. E, claro, os pais têm um papel fundamental nesta descober-ta do mundo faz de conta! Um verdadeiro ensaio para o mundo real!Os pais poderão ser verda-deiros mentores das brinca-deiras, encorajando novas e divertidas actividades. Incentive a criança a esco-lher o cenário da brincadei-ra, a negociar os papéis e as especificidades de cada personagem, a definir os objectos e as regras a serem seguidas. Deixe-se guiar pela imaginação e ideias da criança e lembre-se de que não há um brincar certo ou errado. Na maior parte das brincadeiras, o mais impor-

tante é reforçar a autoestima e a segurança.O brincar com os amigos ou irmãos também adquire um papel importante no desen-volvimento das crianças, pois trabalha competências sociais, como a entre-ajuda, a gratidão, a cooperação e a partilha.

Tente dar atenção à criança enquanto esta brinca, ela vai-se sentir mais segura, logo terá menos necessidade de chamar a atenção. Se nós adultos sentimos a pressão da rotina e da exigência diá-ria, imagine o seu filho, com o calendário semanal rechea-do de actividades extra-cur-riculares, sem espaço para ser criança. Problemáticas ao nível do comportamento, atenção/concentração e alte-rações no padrão de sono podem ser um alerta!Lembre-se de que brincar é uma parte essencial do crescimento e é fundamental para garantir que as crian-ças alcancem o seu pleno potencial na vida adulta, por isso proporcione um tempo diário para que a criança se dedique às brincadeiras, a explorar, testar, investigar e descobrir por si mesma os outros, os papéis sociais, e por fim, o mundo.

O importante a ter em conta é que as crianças não preci-sam de actividades sofistica-das, mas sim de se sentirem amadas e acompanhadas. Por isso, em qualquer acti-vidade que os seus filhos entrem, participe sempre que possível! Já agora brinque, aproveite e divirta-se!

Ciclo de DebatesTempos de Crepúsculo é o nome do 2º ciclo de debates, que o Museu Municipal de Loures começou a receber desde o dia 20 de Fevereiro.O primeiro debate deste ciclo efectuou-se, pelas 15 horas, e foi subordina-do ao tema Cultura e animação cultural. O que se entende por cultura ou culturas? Este foi o ponto de partida para um debate, em que se pretendia perceber como é que a cultura pode contribuir para o bem-estar colectivo e para a coesão social.Coordenado por Vítor Oliveira Jorge, investigador do Instituto de História Contemporânea, contou com Filomena Viegas, Graça Nunes e Maria Miguel Lucas como oradoras.As próximas sessões, às 15 horas, decorrem no dia 9 de Abril (Paisagem como património) e a 14 de Maio (Mobilidade e viagem).O título deste ciclo de debates – Tempos de crepúsculo – Quando a coruja de Minerva finalmente levanta voo – é inspirado no filósofo alemão Hegel. Trata-se da menção à coruja de Minerva, símbolo da sabedoria, que apenas a posteriori – ao fim do dia, ou crepúsculo – pode, retrospectivamente, per-ceber o que se passou e atingir o entendimento, a luz da Razão.

Patrícia Duarte e SilvaPsicóloga Clínica

Brincar, um direito e um dever!

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Temposde crepúsculo

Quando a coruja de Minerva finalmente

levanta voo2º ciclo de debates » 2016

Museu Municipal de Loures

20 fevereiro » 15:00 Cultura e animação cultural

9 abril » 15:00 Paisagem como património

14 maio » 15:00Mobilidade e viagem

Entrada livre

CoordenaçãoVítor Oliveira Jorge

OrganizaçãoCâmara Municipal de Loures

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23ECONOMIA

Empresa de Loures distinguidaA Renascimento, empresa sediada em Loures, mais concretamente na Manjoeira, obteve a mais ambicionada certificação a nível europeu no tratamento de REEE – “A certificação Excelência WEEELABEX” para o tratamento e reciclagem de resí-duos de equipamentos eléctricos e electrónicos, constituindo-se assim como o primeiro operador nacional a conseguir este reconhecimento.

A Renascimento é detentora de três unidades especializadas no tratamen-to do fluxo específico dos Resíduos eléctricos e electrónicos (REEE), loca-lizadas no concelho de Loures e distri-tos de Aveiro e Faro. Estas unidades estão licenciadas e certificadas (nor-mas ISO9001 e ISO14001 e OSHAS 18001) para recepcionar e efectuar as várias etapas de tratamento deste tipo de resíduos. Cada categoria de REEE que dá entrada nas várias unidades de gestão de resíduos da Renascimento segue um processo de triagem e tra-tamento específico, sendo de desta-car que todas as operações de reco-lha, transporte, gestão e tratamento estão licenciadas pelo Ministério do Ambiente. A Renascimento é membro do sistema integrado de gestão de REEE gerido pelas entidades gestoras portuguesas Amb3E e ERP Portugal desde o início. Tal como referido pela Directora de Negócios e porta-voz da empresa, Elsa Nascimento “Estamos convictos que temos desenvolvido todos os esforços em Investigação e desenvolvimento assim como todos os investimentos financeiros neces-sários à implementação das melho-res práticas disponíveis até à data, a Renascimento já iniciou em 2013 este processo de certificação do referencial WEEELABEX (normas internacionais específicas para REEE), o qual sig-nifica a excelência no tratamento de REEE a nível europeu”.Resultante da auditoria afecta a este processo para avaliação da conformi-dade, a qual decorreu no passado mês de novembro de 2015, a Renascimento obteve a pontuação de 92% para o tratamento de grandes equipamentos e de 93% referente ao processo de tra-tamento de pequenos equipamentos, tendo obtido o melhor dos reconheci-mentos para premiar a excelência da

sua actividade de tratamento de REEE – a certificação WEEELABEX.O Director Operacional Paulo Nascimento refere ainda que todo o processo conducente à obtenção deste reconhecimento foi longo e penoso, já foi iniciado em 2013 através da realiza-ção de uma auditoria piloto que preten-deu “testar” a adaptabilidade da empre-sa ao referencial WEEELABEX e que no final de 2014 foram realizados os restantes testes formais de tratamento ou “batch tests” (auditoria operacional), que implicaram a mobilização, durante 3 dias, de toda a unidade de tratamento de REEE para aferição da nossa meto-dologia de tratamento e obtenção de taxas de tratamento e reciclagem com base em amostras representativas”. Após a realização destes testes seguiu-se um ano de trabalhos que visaram a consolidação de todos os aspectos identificados neste procedimento e que conduziram à realização da última auditoria para obtenção do reconheci-mento de excelência WEELABEX.A Renascimento encontra-se, assim, listada e reconhecida oficialmente e internacionalmente como opera-dor WEEELABEX na List of attested WEEELABEX Treatment Operators, sendo pois o único operador português a figurar na referida à data de hoje. A Direcção da empresa acredita que este reconhecimento venha a incenti-var ainda mais os fabricantes de equi-pamentos eléctricos e electrónicos, os importadores, os distribuidores, os armazenistas, a logística, as lojas de eletrodomésticos e o consumidor em geral a enviar os seus resíduos para empresas certificadas por estas nor-mas, evitando desta forma o encami-nhamento destes materiais para “suca-teiros” e para empresas que não lhe garantam a mesma qualidade de servi-ço e a mesma protecção do ambiente.

QUEM É A RENASCIMENTO:A Renascimento - Gestão e Reciclagem de Resíduos, Lda, é uma empresa voca-cionada para a Gestão global de resíduos, sendo uma referência no mercado da gestão global de resíduos, sobretudo pela originalidade da sua postura. Constituída em 1995 e contando com uma equipa jovem e especializada, posi-ciona-se junto das mais variadas indústrias e serviços a nível nacional, actuando fundamentalmente na vertente da gestão de resíduos, através da disponibiliza-ção de formação ambiental, de um conjunto variado de actividades e serviços, nomeadamente operações de acondicionamento, transporte, triagem, tratamento e reciclagem de toda a variedade de resíduos.Actualmente a Renascimento conta com cerca de 200 colaboradores e parceiros que, continuamente, recebem formação na área da qualidade, saúde, higiene e segurança no trabalho de forma a garantir a eficácia e eficiência dos serviços prestados.De forma a suportar toda a sua atividade operacional de gestão global de resíduos a empresa implementou-se a nível nacional, possuindo unidade de recepção, tratamento e gestão de resíduos em Loures, Porto e Faro.De forma a garantir o controlo, a gestão e a melhoria contínua de todos os seus processos e áreas de negócio a empresa encontra-se certificada em Qualidade, Ambiente e Segurança pelas normas ISO 9001 e ISO 14001 e pela OSHAS 18001.

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