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Centro Social Paroquial de S. Jorge de Arroios 2013 Relatório Anual de Actividades

Centro Social Paroquial de S. Jorge de Arroios · Relatório de Actividades | 2013 Página 4 de 80 Resposta Social / Serviços Definição Centro de Dia (CD) Resposta Social, desenvolvida

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Centro Social Paroquial de S. Jorge de Arroios

2013

Relatório Anual

de Actividades

Relatório de Actividades | 2013

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ÍNDICE

Índice . . . . . . . . . 2

Preâmbulo . . . . . . . . . 3

Introdução . . . . . . . . . 8

Estrutura Organizacional . . . . . . . 9

Área Gerontológica - Centro de Dia . . . . . . 25

Área Gerontológica - Serviço de Apoio Domiciliário . . . . 41

Avaliação do Plano de Acção 2013 . . . . . . 50

Pessoas em Situação de Sem Abrigo . . . . . . 56

Avaliação do Plano de Acção 2013 . . . . . . 63

Centro Comunitário Madre Teresa . . . . . . 65

Avaliação do Plano de Acção 2013 . . . . . . 77

Relatório de Actividades | 2013

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PREÂMBULO

Respostas Sociais

CD SAD CCMT

Serviços com acordo

Refeições: Almoço, Lanche,

Jantar

Apoio à Refeição/ Medicação

Higiene Pessoal: Manhã, Tarde

Lavandaria/ Tratamento de

Roupas

Transporte

Acompanhamento ao Exterior

Acompanhamento Espiritual

Acompanhamento Social

Apoio Psicológico

Animação Sociocultural

Apoio Jurídico

Apoio à Aquisição de Bens e

serviços

Apoio Farmacoterapêutico

Serviços extra acordo

Refeições: Almoço e Jantar

para fins-de-semana

Limpeza Integral do Domicílio

Acompanhamento Nocturno

Fisioterapia

Serviços com acordo

Refeições: Pequeno-almoço,

Almoço, Lanche, Jantar (5/ 7 dias

da semana)

Apoio à Refeição

Higiene Pessoal: Manhã, Tarde,

Noite (5/ 7 dias da semana)

Higiene Habitacional

Lavandaria/ Tratamento de

Roupas

Acompanhamento ao Exterior

Acompanhamento Espiritual

Acompanhamento Social

Apoio Psicológico

Animação Sociocultural no

Domicílio

Apoio Jurídico

Apoio à Aquisição de Bens e

serviços

Apoio Farmacoterapêutico

Serviços extra acordo

Limpeza Integral do Domicílio

Fisioterapia

Serviço de Apoio Domiciliário

Personalizado: Diurno, Nocturno,

24 Horas

Serviços com acordo

Acompanhamento Espiritual

Acompanhamento Social

Apoio à Gestão Financeira

Apoio Farmacoterapêutico

Banco de Bens Doados

Gabinete de Apoio ao Emprego

Salas de Estudo Acompanhado

Grupos de Entreajuda

Banco Alimentar

Apoio Psicológico

Apoio Jurídico

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Resposta Social /

Serviços

Definição

Centro de Dia (CD)

Resposta Social, desenvolvida em equipamento, que presta um conjunto de

serviços que contribuem para a manutenção das Pessoas Idosas no seu meio

sociofamiliar.

Serviço de Apoio

Domiciliário (SAD)

Resposta social, desenvolvida a partir de um equipamento, que consiste na

prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a

indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou outro

impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a

satisfação das necessidades básicas e/ou as actividades da vida diária.

Serviço de Apoio

Domiciliário

Personalizado (SADp)

Serviço prestado em casa do utente por uma AAD, a qual se mantém durante

várias horas, no período diurno e/ou nocturno, podendo prestar serviço de

higiene pessoal, habitacional, tratamento de roupa, confecção de refeições,

fazer companhia. Estes serviços são prestados conforme solicitado pelo

utente

Centro Comunitário

Madre Teresa

Resposta Social, desenvolvida em equipamento, onde se prestam serviços e

desenvolvem actividades que, de uma forma articulada, tendem a constituir

um pólo de animação com vista à prevenção de problemas sociais e à

definição de um projecto de desenvolvimento local, colectivamente

assumido.

Equipa de Rua/ NAL

(Núcleo de Apoio Local)

Resposta Social, desenvolvida através de um serviço prestado por equipa

multidisciplinar, que estabelece uma abordagem com os sem-abrigo, visando

melhorar as suas condições de vida.

A partir de Outubro de 2013 a Resposta Social Equipa de Rua, passou-se a

designar Núcleo de Apoio Local (NAL), cujo objectivo é apoiar e

acompanhar a Pessoa em situação de sem-abrigo, com o intuito de

estabelecer uma intervenção integrada. A Pessoa tem acesso, para além do

acompanhamento psicossocial, aos serviços de pequeno-almoço, almoço e

jantar.

O CSPSJA disponibiliza as seguintes formas do serviço, que podem divergir

consoante as respostas sociais:

Pequeno-almoço – CD: Café com leite, leite simples ou chá; SAD: pacote de

leite (magro, meio-gordo ou gordo) ou um iogurte, e uma sandes com queijo,

fiambre ou doce; ou bolachas.

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Serviço de Refeições

Almoço – Sopa, prato principal de carne ou peixe e uma peça de fruta ou

doce;

Lanche – CD: Café com leite, leite simples ou chá; SAD: pacote de leite

(magro, meio-gordo ou gordo) ou um iogurte, e uma sandes com queijo,

fiambre ou doce; ou bolachas.

Jantar – Sopa, prato principal de carne ou peixe e uma peça de fruta ou

doce, ou reforço composto por sandes, sopa e fruta;

Sopa (sempre que for solicitado apenas só a sopa)

Reforço de jantar – Sopa, sandes e fruta;

Refeição de fim-de-semana – Sopa, prato principal de carne ou peixe e uma

peça fruta ou doce; tendo como possibilidade o acréscimo do pequeno-

almoço.

Higiene Pessoal

No que respeita ao serviço de higiene pessoal, a nível de SAD, este é

disponibilizado 5 ou 7 dias. Este serviço pode ser prestado diariamente (uma,

duas ou três vezes por dia) ou uma, duas, três vezes por semana, no período

das 07h00m às 17h30m; à noite, em horário alargado das 17h30m até às

24h00.

Tratamento de roupa

Consiste na recepção da roupa suja, nas instalações do CSPSJA (Lavandaria)

e respectiva distribuição aos utentes após o tratamento da mesma, no seu

domicílio. A roupa é lavada e engomada semanalmente conforme o plano

estabelecido para cada utente, quer a nível das várias respostas sociais. O

transporte da roupa da casa do utente para a instituição e vice-versa, é

efectuado pelas AAD, uma vez por semana. O tratamento da roupa é

efectuado por uma Auxiliar afecta à lavandaria.

Higiene Habitacional

Efectuado pelas AAD e consiste em pequenas limpezas do espaço onde o

utente habita. Este serviço pode ser diário ou semanal. O serviço diário passa

essencialmente pela limpeza do quarto e arejamento do mesmo, aos utentes

que têm também o serviço de Higiene Pessoal diário. Normalmente, este

serviço é prestado a utentes de SAD, que apresentaram incapacidades físicas

e psíquicas, para cuidarem da habitação e que não possuem suporte familiar

suficiente para satisfazer esta necessidade.

Tendo-se verificado, desde há algum tempo, a necessidade de uma higiene

habitacional mais aprofundada e alargada do domicílio dos utentes do

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Limpeza Habitacional

Integral

CSPSJA, foi criado o Serviço de Higiene Habitacional integral de forma a

ir ao encontro das necessidades sentidas nesta área, quer pela observação dos

colaboradores, quer por pedidos efectuados pelos utentes.

Para o efeito, foi admitida uma colaboradora em regime de prestação de

serviços, iniciando a sua actividade em Julho de 2010. Este serviço é

efectuado por uma colaboradora em regime de prestação de serviços, aos

utentes das várias respostas sociais, que o solicitarem e consiste na limpeza

integral do domicílio do utente, passando também pelo tratamento da roupa

(lavagem e engomadoria), conforme contratado com o utente.

Serviço de Transporte

O CSPSJA tem ao dispor dos utentes duas carrinhas que efectuam o serviço

de Transporte duas vezes por dia. Este serviço é prestado aos utentes que

necessitem e/ou solicitem, sendo um valor fixo extra comparticipação,

consoante o número de viagens diárias. Salienta-se que a prioridade é para os

utentes que mais necessitam, especialmente pelo seu grau de dependência, ou

que morem distantes da Instituição.

Acompanhamento ao

Exterior

Este serviço diz respeito ao acompanhamento feito aos utentes, normalmente

por pessoas voluntárias ou, sempre que é possível, pelas AAD, a consultas

médicas, quer ao Hospital, quer ao Centro de Saúde, tratar de assuntos

administrativos, entre outros. É de notar que o acompanhamento ao exterior

não é um serviço contratualizado. Ele efectua-se conforme a situação de cada

utente, sendo prioritárias as situações dos utentes que não têm condições

físicas e psicológicas para se deslocarem sozinhos e que não tenham rede de

suporte familiar.

Assistência

Medicamentosa

Consiste na supervisão da administração medicamentosa, na administração

directa do medicamento, na gestão e organização dos medicamentos, nos

pedidos de receitas médicas e compra de medicamentos.

Apoio

Farmacoterapêutico

O Programa de Cuidados Farmacêuticos e Cuidados de Saúde Integrados

com inicio em 2008, é um serviço disponibilizado pelo CSPSJA, em parceria

com VM - Espaço Saúde, dirigido e assistido por uma equipa de

farmacêuticos, que visa a promoção de saúde e qualidade de saúde no

doente, bem como o envelhecimento activo.

O Programa de Gestão da Doença que reporta aos Cuidados Farmacêuticos

complementa-se, trabalhando e articulando-se directamente com os médicos

de família e especialistas de cada utente, assim como com os Centros de

Saúde e outras instituições que na área da saúde prestam apoio aos mesmos.

“É o conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de

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Voluntariado

forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projectos, programas e

outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da

comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou

privadas.” (art.º 2.º da Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro)

O apoio efectuado pelos colaboradores voluntários diz respeito a marcação e

acompanhamento dos utentes a consultas, a hospitais, Centro de Saúde,

Correios e outros locais. Para além destes serviços, o trabalho dos

voluntários abrange atendimento telefónico, condução da carrinha e

acompanhamento dos utentes a casa, cuidados de imagem, acompanhamento

espiritual, atendimento à Comunidade em geral (atendimentos iniciais).

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INTRODUÇÃO

Missão

O Centro Social Paroquial São Jorge de Arroios é uma Instituição Particular

de Solidariedade Social erecta canonicamente, constituída como uma

resposta social de apoio psicológico e espiritual de carácter preventivo e de

reabilitação, prestada na sede ou no domicílio à população idosa,

contribuindo para a sua qualidade de vida.

Visão

Constituir o Centro Social como uma resposta social de referência na

Freguesia de S. Jorge de Arroios.

Valores

Respeito pelos direitos humanos; Procura de excelência; Seriedade, Rigor;

Credibilidade e Responsabilidade.

O presente relatório pretende, dar a conhecer o trabalho efectuado ao longo do ano de 2013, procurando

comparar dados com o trabalho efectuado em anos transactos.

O Centro Social Paroquial de S. Jorge de Arroios tem procurado, desde sempre, ir ao encontro das

necessidades da comunidade em que se insere, trabalhando não só com Pessoas Idosas, as quais

continuam a ser o grande alvo de intervenção, mas também, com Pessoas em Situação de Sem-Abrigo e

com outros grupos carenciados da Comunidade, tendo vindo a alargar o seu espaço de intervenção a

outras freguesias limítrofes a S. Jorge de Arroios.

O Centro Social e Paroquial de São Jorge de Arroios adoptou a metodologia de Cuidados em

Humanitude, de forma a responder às necessidades da Pessoa Idosa, proporcionando-lhe bem-estar e,

procurando sempre respeitar a sua dignidade e unicidade, indo ao encontro das particularidades mais

abordadas da referida metodologia, ou seja o toque, a palavra, o olhar e a verticalidade, pilares

fundamentais da mesma.

Inicialmente, é apresentado, um Preâmbulo, com uma lista dos vários serviços que a Instituição tem ao

dispor dos utentes e da Comunidade, bem como os vários conceitos que vão surgindo ao longo do

documento, incluindo dos serviços prestados.

Desta forma, este documento apresenta-se dividido em grandes temáticas, sendo que inicialmente, é feita

uma abordagem à estrutura organizacional, no que respeita à constituição das equipas de trabalho;

reuniões internas e externas; formações efectuadas pelos colaboradores; estágios; voluntariado e parcerias

institucionais. Seguidamente, são analisadas as áreas de intervenção, Área Gerontológica, Pessoas em

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Situação de Sem-abrigo/ Núcleo de Apoio Local (NAL) e Centro Comunitário Madre Teresa.

Posteriormente, apresentam-se as considerações finais, procurando-se fazer uma breve avaliação do

trabalho realizado no ano de 2013. Por fim, é abordada a situação financeira e as conclusões finais.

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

COLABORADORES

À semelhança de anos anteriores, em 2013 a estrutura do CSPSJA foi composta por equipas de trabalho,

afectas às várias respostas sociais existentes.

Assim sendo, o Centro foi composto por:

• Direcção (constituída por voluntários);

• Director-geral (acumulando as funções de Director Técnico e Assistente Social);

• Equipa Técnica, constituída pela Directora Técnica-adjunta (Assistente Social); duas Assistentes

Sociais; uma Psicóloga; uma Animadora Sociocultural;

• Equipa de Secretariado, constituída por duas Administrativas, sendo que em Outubro passou a

ser apenas uma Administrativa;

• Equipa de Auxiliares de Acção Directa, constituída por uma Encarregada de Serviços de CD/ um

Encarregado de Serviços de AAD, Auxiliares Acção Directa e Auxiliar de Serviço de

Lavandaria (afectos à resposta social de Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário);

• Equipa de dois motoristas;

• Equipa de voluntários;

• Equipa de Call Center .

• Ao abrigo de uma parceria com uma entidade de Cuidados de Saúde Integrados, manteve-se o

Serviço Integrado de Saúde;

A tabela que se segue, apresenta os colaboradores que constituem as várias equipas de trabalho do

CSPSJA, em 2012 e 2013.

Tabela n.º 1 | Nº de Colaboradores

Equipas 2012 2013 Variação 12/13 Variação %

Equipa Técnica 6 6 0 0%

Secretariado 2 2 0 0%

Equipa CD 4 4 0 0%

Equipa SAD 15 34 19 127%

Recepção 0 2 2 100%

Motoristas 3 2 -1 -33%

Voluntários 42 46 4 10%

Total 72 96

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Fonte: Registos Mensais

Em relação aos anos transactos, verifica-se um acréscimo muito significativo na Equipa de SAD, valores

estes que correspondem ao aumento dos serviços de Apoio Personalizado, cujos recursos humanos

tiveram de ser recrutados especificamente.

Também de verifica um aumento da equipa de voluntários que colaboraram na Instituição, que se deveu

sobretudo ao reforço da Equipa de Rua (Projecto +). O aumento dos elementos da equipa permitiu alargar

o apoio a um número maior de Pessoas em situação de sem-abrigo.

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REUNIÕES INTERNAS E EXTERNAS

Reuniões Internas

• Reuniões de Equipa Técnica

As reuniões de Equipa Técnica realizaram-se semanalmente às sextas-feiras, no horário da manhã, com

intuito de articular toda a informação entre os diversos técnicos, de forma a existir uma intervenção

integrada nas várias áreas.

Sempre que necessário, a equipa reuniu-se para além do planeado de forma a dar resposta a necessidades

ocorridas.

Houve, no entanto, reuniões que não se efectuaram, por vários motivos, nomeadamente, devido a

actividades ou situações ocorridas com os utentes, que implicaram intervenção dos técnicos, que se

apresentaram prioritárias.

• Reuniões de Equipa Grupo Apoio Humanitude

Após a formação na metodologia de Cuidados em Humanitude, foi formado um grupo de trabalho,

constituído por cada elemento da equipa (Director-Técnico; dois elementos da Equipa Técnica;

Encarregados de serviços de SAD e CD; um representante de cada turno de Cuidadoras AAD, ao todo

quatro; um elemento da secretaria) com o objectivo não só de avaliar o trabalho desenvolvido na

metodologia, como em perspectivar a melhoria da intervenção com reorganização do trabalho e com o

desenvolvimento de novos suportes,

Foram desenvolvidas ao todo sete reuniões do grupo de Humanitude.

• Reuniões com Auxiliares de Acção Directa

As reuniões com os Auxiliares de Acção Directa, têm como objectivo acompanhar o serviço efectuado

aos utentes, bem como procedimentos e orientações adequadas a situações apresentadas.

Estas efectuaram-se pontualmente, tendo em conta os turnos dos colaboradores. Estas reuniões foram da

responsabilidade das Gestoras de Processo e do Encarregado de Serviços de AAD.

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• Reuniões com Estagiários

A realização destas reuniões efectuou-se de acordo com o estabelecido entre os vários estagiários e

respectivos orientadores tutoriais/professores de estágio, ou sempre que as mesmas se tornaram

necessárias.

Estas reuniões abordaram, essencialmente, assuntos relacionados com o projecto de cada estágio, sendo

constituídas, paralelamente, por um período de reflexão sobre o trabalho desenvolvido.

• Reuniões Conselho de Utentes

Segundo o Plano de Acção para 2013, estavam previstas a realização de diferentes actividades no âmbito

do Conselho de Utentes. No entanto, durante todo o ano, não foram realizadas actividades previstas nesta

área. O Plano de Acção, quando elaborado, teve como base o diagnóstico de um grupo alvo, cujas

características se alteraram consideravelmente durante o ano de 2013, nomeadamente aspectos como a

autonomia, poder de opinião e avaliação, considerados essenciais no desenvolvimento do processo de

reflexão e decisão na dinâmica institucional.

• Reuniões Comissão de Acolhimento

A Comissão de Acolhimento surgiu na necessidade manifestada pelos utentes, no âmbito da actividade

sociocultural, Dinâmica de Grupo, da importância de um acolhimento e de um acompanhamento

personalizado aos novos utentes, no sentido da integração no quotidiano da Instituição e nas actividades

socioculturais.

Aquando do acolhimento de um novo utente, este nunca é feito apenas por um só elemento da Comissão.

É de referir que o acolhimento aos novos utentes, não é uma responsabilidade restrita deste grupo, pois o

acto de acolher é um dever de qualquer elemento do Centro, seja utente ou colaborador. No entanto, a

ideia de existirem alguns elementos específicos no acolhimento, é para que o acolhido, tenha alguém de

referência e sempre disponível para o orientar, ou tirar alguma dúvida, caso necessite.

Nesse sentido, a partir de Fevereiro de 2011, a Comissão, composta por cinco elementos (que se

voluntariaram para o efeito), passou a reunir na última quinta-feira de cada mês, juntamente com a

Técnica de Animação Sociocultural. Estas reuniões tiveram como objectivo, fazer um balanço mensal dos

acolhimentos efectuados e partilhar informação relativa à integração de novos utentes.

Durante o ano em referência, foram realizadas seis reuniões de balanço mensal/acolhimento utentes, e

vinte e seis reuniões para acolhimento a novos utentes.

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Tabela n.º 2 | Média Anual de participação dos elementos nas

Reuniões de Comissão de Acolhimento

Fonte: Registos Mensais

Segundo a análise da tabela apresentada, verifica-se um aumento na média de participação dos elementos

da Comissão de Acolhimento nas reuniões. Esta participação foi no decorrer do ano de 2013 bastante

positiva e participativa.

• Reuniões Voluntariado Sénior

Através do Voluntariado Sénior, pretendeu-se contribuir para a diminuição do isolamento e para o

aumento da participação da Pessoa Idosa em acções de solidariedade e/ou sociais, e valorização das trocas

culturais, fortalecendo deste modo as redes de solidariedade entre gerações, transmitindo valores e

conhecimentos, atribuindo assim uma relevância superior à dimensão das atitudes e valores que

influenciam na formação da Pessoa.

As reuniões do projecto “Voluntariado Sénior”, agruparam todos os utentes que estavam ligados ao

mesmo, e realizaram-se com uma periodicidade mensal. Durante o presente ano, e considerando a

dimensão de actividades propostas/desenvolvidas manteve-se a subdivisão das reuniões, em reuniões de

preparação e de avaliação.

Nas reuniões de preparação, pressupôs-se que os utentes dessem o seu contributo e participassem

activamente na concretização da ideia a desenvolver. Foi estabelecida uma ordem de trabalhos, dando-se

a conhecer antecipadamente o que se iria realizar, de modo, a que os utentes se preparassem previamente.

Nas reuniões de avaliação, pretendeu-se avaliar o desempenho individual de cada um na actividade

desenvolvida (“feedback”), e que este fosse verbalizado de uma forma livre por cada utente; Identificar os

factores positivos e negativos que ocorreram desde o período de preparação e no dia da dinamização da

actividade, e de como foram tratados/ neutralizados/ e/ou ultrapassados esses factores pelo animador e/ou

por um membro do grupo.

Foi possível observar, que os utentes ao reunirem-se regularmente, criaram um espaço, cujo clima gerado

foi de menos tensão, uma vez que os utentes se habituaram a ter reuniões juntos e a partilhar ideias e

opiniões.

O projecto desde final de Dezembro de 2010, para além de incluir as iniciativas “Telefonemas e Visitas a

Utentes ao Domicilio/ Lar/ Hospital” e “Projecto Intergeracional” com a Fundação D. Pedro IV, manteve

2012 2013 Variação %

Participação elementos Comissão Acolhimento 80% 86% 6%

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a sua intervenção junto do Colégio Sá de Miranda, do Colégio Sagrado Coração de Maria, e na Escola

EB1 Largo do Leão, com as mesmas linhas orientadoras.

Estas reuniões, foram particularmente espaços de partilha, onde cada utente exprimiu individualmente a

sua opinião na sua relação intrapessoal/interpessoal, na dinâmica comunitária, na aprendizagem e no

treino de competências várias. Para além destes aspectos, foram também espaços de informação e

avaliação sobre as actividades programadas, planificação das actividades inerentes aos diferentes

projectos, divisão de tarefas, entre outros.

Tabela n.º 3 | Nª de Reuniões Voluntariado Sénior

Planeadas/ Realizadas - Plano Acção 2013

Fonte: Registos Mensais

Tabela n.º 4 | Média Anual de Presenças nas Reuniões Voluntariado Sénior

Fonte: Registos Mensais

2012 2013 Evolução 12/13 Variação

%

Nº de Reuniões

Previstas

12

12

0

0%

Reuniões

Preparação

15

20

5

33%

Reuniões

Avaliação

16 20 4 25%

2012 2013 Evolução 12/13

Variação %

Reuniões Preparação

32

Reuniões Avaliação

32

Reuniões Preparação

33

Reuniões Avaliação

33

1

1

3%

3%

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Reuniões Externas

• Reuniões com Parceiros Sociais da Freguesia

Estas reuniões integraram técnicos de várias instituições, sendo elas, para além do Centro Social

Paroquial S. Jorge de Arroios, a Santa Casa da Misericórdia, o Centro de Saúde da Alameda, a Junta de

Freguesia de S. Jorge de Arroios e o Centro de Desenvolvimento Social, sediado na Alameda. Têm como

objectivo partilhar informação relativa ao funcionamento interno de cada uma das instituições parceiras;

articular entre as diversas entidades, o eixo condutor de intervenção comum em relação a casos sociais

apresentados às mesmas.

Estava prevista a realização destas reuniões com uma periodicidade mensal, à semelhança do que tem

acontecido desde há vários anos a esta parte. Contudo, à semelhança do ano transacto, em 2013 estas

reuniões não forma efectuadas, devido a indisponibilidade por parte de vários parceiros envolvidos, o que

quebrou a articulação necessária na resolução das situações problemáticas sinalizadas, passando os

contactos interinstitucionais a efectuar-se apenas via telefone e/ou por e-mail.

No âmbito do Núcleo de Apoio Local foram realizadas 14 reuniões de parceiros, nomeadamente: CML;

CASA; Frei Fabiano; CMVPaz; Exército de Salvação; Associação Casa da Sopa Mãe Maria de Nazaré e

Igreja Graça e Verdade. Estas reuniões tiveram como objectivo delinear o funcionamento da nova

resposta social o NAL.

Realizou-se uma reunião com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (Refeitório dos Anjos - CASA),

com o objectivo de verificar a existência de sobreposição de apoios ao nível da alimentação, dos utentes

acompanhados por ambas as instituições.

• Reuniões Projecto MAIS

No âmbito do Projecto Mais foram realizadas 11 reuniões de equipa (técnicos e voluntários), de forma a

avaliar-se o desenvolvimento do Projecto, a actuação da equipa, a motivação dos voluntários, discussão

de casos. Na maioria das reuniões estiveram todos os voluntários que colaboram no Projecto.

• Reuniões com a Direcção Geral de Reinserção Social

Na parceria estabelecida com Direcção Geral de Reinserção Social, a articulação com as técnicas do

DGRS é mantida através de contacto telefónico e via e-mail, cumprindo dessa forma os seguintes

objectivos:

• Articular juntamente com o IRS, as medidas tutelares educativas de uma forma pedagógica,

sancionatória, reparadora e reintegradora, através da responsabilização do indivíduo pelo facto

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cometido e consequências dele resultante, e pela reintegração social da pessoa, através da

realização de uma actividade útil para a comunidade;

• Planificação em conjunto com a técnica do IRS, o prestador do trabalho comunitário e o técnico

do CSPSJA, de actividades adequadas à idade e ao perfil da pessoa no exercício da sua prestação

de trabalho;

• Avaliação com o supervisor da Entidade Beneficiária de Tarefas, isto é, o Técnico de Animação

Sociocultural a quem compete orientar e acompanhar directamente a realização da tarefa.

Tabela n.º 5 | N.º de prestadores Direcção Geral de Reinserção Social

Fonte: Registos Mensais

No ano de 2013 foram integrados um total de dezassete indivíduos jovens e adultos, respectivamente nos

programas Tarefas a Favor da Comunidade (TFC) e Prestação de Trabalho a Favor da

Comunidade/ Substituição de Multa por Trabalho.

• Reuniões com Fundação D. Pedro IV, Colégio Sá de Miranda, Colégio Sagrado Coração de

Maria e Escola EB1 Largo do Leão

Enquadrado no projecto “Voluntariado Sénior”, durante o ano de 2013, mantiveram-se as reuniões com a

Fundação D. Pedro IV, Colégio Sá de Miranda, Colégio do Sagrado Coração de Maria e a Escola EB1 do

Largo do Leão com a dupla finalidade de se avaliarem as actividades realizadas e simultaneamente

preparar as actividades a realizar.

Tabela n.º 6 | Nª reuniões realizadas Entidades Parceiras

– Projecto ”Voluntariado Sénior”

Fonte: Registos mensais

2012 2013 Variação 11/12 Variação %

Nº de prestadores 25 17 -8 -32%

2012 2013 Variação 12/13 %

Nº de Reuniões realizadas Fundação D. Pedro IV 12 12 0 0%

Nº de Reuniões realizadas Colégio Sá de Miranda 5 5 0 0%

Nº de Reuniões realizadas Colégio Sagrado Coração de Maria 3 3 0 0%

Nº de Reuniões realizadas Escola EB1 Largo do Leão 2 3 1 50%

Nº de Reuniões realizadas Polícia de Segurança Pública 4 2 -2 -50%

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FORMAÇÃO

«A formação não é um fim em si. A política de formação não se justifica, por si só, mas pela

contribuição para a eficiência da organização. Não é uma actividade isolada, mas um elemento de um

processo global de gestão e de desenvolvimento dos Recursos Humanos.»

Alain Meignant

As acções de formação efectuadas ao longo do ano transacto forma divididas em, Formações Internas e

Formações Externas, pelo que é desta forma que são apresentadas.

Formação Interna

Entende-se como Formação Interna, todas as acções de formação frequentadas pelos colaboradores da

Instituição, promovidas pela Instituição, com os técnicos como formadores e promovidas por entidades

externas com formações à medida, para um determinado grupo de colaboradores numa área específica.

Todas estas acções de formação foram realizadas no espaço da Instituição.

Tabela n.º 7 | Numero de acções de formação e respectiva carga horária

Formações 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

N.º acções 6 5 -1 -17%

Carga Horária 7 103 96 1371%

Fonte: Registos mensais

Comparativamente, a tabela apresenta uma diminuição no número de acções de formação desenvolvidas,

embora com um valor pouco significativo, no entanto verifica-se um aumento exponencial no que diz

respeito à carga horária das acções, que obteve um aumento percentual na ordem dos mil trezentos e

setenta e um por cento.

Estas acções de formação foram destinadas aos Utentes, Familiares, Voluntários e Colaboradores. No ano

de 2013, a população alvo de Formação Interna, foi alargada a todos os envolvidos nesta Instituição.

É de salientar que no ano de 2013, se apostou na implementação de uma metodologia de Cuidados em

Humanitude, de forma a responder às necessidades da Pessoa Idosa, proporcionando-lhe bem-estar e,

procurando sempre respeitar a sua dignidade e unicidade, tendo sido implementado acções de formação

interna alargada a todos os intervenientes na Instituição.

Relatório de Actividades | 2013

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Formação Externa

Entende-se como Formação Externa, todas as acções de formação frequentadas pelos colaboradores da

Instituição, promovidas por entidades externas, cujo programa formativo vai de encontro às necessidades

formativas de cada colaborador relativamente ao seu desempenho profissional.

Tabela n.º 8 | Número de acções de formação e respectiva Carga horária

Formações 2012 2013 Evolução12/13 Variação %

N.º acções 4 5 1 25%

Carga Horária 95 23 -72 -76%

Fonte: Registos mensais

Em análise à tabela apresentada, constata-se que o número de acções de formação realizadas aumentou,

apesar de ter decrescido o valor percentual ao nível da carga horária das mesmas.

As acções de formação efectuadas no âmbito da Formação Externa, foram direccionadas a alguns dos

técnicos da Instituição. Refere-se que as restantes categorias profissionais não foram abrangidas por

acções de formação externa, devido essencialmente à dificuldade na articulação do horário laboral com o

horário formativo, de forma a se garantir a prestação dos serviços institucionais.

Relatório de Actividades | 2013

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ESTÁGIOS

No ano de 2013, tal como tem vindo a acontecer desde há vários anos, o CSPSJA contemplou estágios, na

área do Serviço Social, Psicologia, Animação Sociocultural, Call Centre e Transporte, o que enriqueceu

grandemente o trabalho desenvolvido com a população utente do CSPSJA, bem como o alargamento da

intervenção a outros grupos da população.

Estes estágios resultam das parcerias com diversas Instituições de Ensino, nas áreas das Ciências Sociais

e Humanas e Animação, afirmando a posição do CSPSJA na procura de novos conhecimentos e formas

de intervenção.

Foi, também, realizado um estágio ao nível de Ajudantes de Acção Directa, que resultou da articulação

com a empresa “Do It Better”. Neste sentido, foi orientado o estagiário, em que este adquiriu

conhecimentos e experiência sobre o trabalho do Serviço de Apoio Domiciliário.

No que respeita à área de Serviço Social, no âmbito do 2º e 3º ano, foram desenvolvidos três estágios da

Universidade Lusófona, dois estágios da Universidade Católica e um estágio do Instituto Superior de

Ciências Sociais e Políticas, os quais sustentaram o desenvolvimento de vários projectos, nas respostas de

Centro de Dia e Apoio Domiciliário.

Ainda na área de Serviço Social, realizaram-se três estágios profissionais nas respostas sociais Centro

Comunitário Madre Teresa e Núcleo de Apoio de Lisboa.

Na área da Psicologia, desenvolveram-se dois estágios, um académico e outro profissional, da

Universidade Lusófona.

Na área da Animação Sociocultural, realizaram-se dois estágios, em parceria com o IEFP (Instituto de

Emprego e Formação Profissional) e um estágio em contexto de trabalho, da Escola Agostinho Roseta.

Foram objectivos destes estágios a planificação, organização e promoção de actividades de carácter

educativo, cultural, social, lúdico-pedagógico e sócio terapêutico, no contexto institucional, tendo em

conta as necessidades do grupo e dos indivíduos, com vista a melhorar a sua qualidade de vida, inserção e

interacção social.

Na área da Recepção/ Call Centre, no âmbito do projecto “Linha Solidária”, integraram-se três estagiários

em parceria com o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional), no contexto do Programa “Vida

Emprego”.

É objectivo deste serviço, ir ao encontro da Pessoa, quer elas estejam inscritas como Utentes ou não. A

“Linha Solidária” é disponibilizada os sete dias da semana, das 7h às 00h. Tem funções diferenciadas, tais

como o despertar, lembrança da medicação, compras, e contactos permanentes a fim de quebrar

sentimentos de isolamento.

Na área do Serviço de Transporte, em parceria com o IEFP (Instituto de Emprego e Formação

Profissional), no contexto do Programa “Vida Emprego”, foram integrados três estagiários.

Relatório de Actividades | 2013

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Desenvolveram-se ainda quatro estágios, em parceria com o IEFP (Instituto de Emprego e Formação

Profissional) no contexto do Programa “Vida Emprego”, nas respostas sociais de Centro de Dia e NAL,

respectivamente nos Serviços de Lavandaria e Manutenção/Limpeza.

Ainda na área do Banco Alimentar, desenvolveram-se dois estágios em parceria com a Associação de

Paralisia Cerebral de Lisboa.

Tabela n.º 9 | Número de Estágios

Áreas 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

Serviço Social 5 9 4 80%

Psicologia 0 2 2 100%

Animação 1 2 1 100%

Call Centre 4 3 -1 -25%

Transporte 0 3 3 100%

Lavandaria 0 1 1 100%

Manutenção e Limpeza 0 3 3 100%

AAD 11 1 -10 -91%

Banco Alimentar 0 2 2 100%

Fonte: Registos mensais

Como se pode observar, entre 2012 e 2013, houve um aumento bastante considerável, quer em áreas onde

nunca foram integrados estagiários, quer nas outras áreas. Nomeadamente associado à abertura do novo

espaço, Núcleo de Apoio Local, onde estagiários nas áreas do Serviço Social e Manutenção/ Limpeza

foram integrados.

Relatório de Actividades | 2013

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VOLUNTARIADO

Tal como tem acontecido em anos anteriores, o trabalho realizado pelos voluntários em 2013, foi bastante

importante, no sentido em que permitiu colmatar algumas necessidades dos utentes, que a instituição não

conseguiria satisfazer de outra forma.

Em 2013, prestaram serviço de voluntariado, uma média de quarenta e seis voluntários, existindo desta

forma um aumento significativo relativamente ao ano de 2012.

Relativamente ao Projecto Mais/ NAL, manteve-se o número de voluntários em 2013, para se conseguir

prestar um apoio mais efectivo à Pessoa em situação de sem-abrigo. Desta forma, constata-se uma média

mensal de vinte e nove voluntários na equipa de rua.

Tabela n.º 10 | Média Mensal de Serviços de Voluntariado

Tipo de Serviço 2012 2013 Variação % 12/13

Consultas 5 5 0%

Exames 2 1 -50%

Diversos 6 4 -33%

Acompanhamento em CD 7 6 -14%

Equipa de Rua 30 29 -3%

Média Total Mensal 50 45

Fonte: Registos mensais

No que respeita aos serviços prestados pelos voluntários, em 2013, conforme se pode verificar pela

Tabela, a Média Total Mensal de serviços, os valores são iguais em relação ao acompanhamento dos

utentes a Consultas e Exames, e verifica-se um aumento no que diz respeito ao Item Diversos, que diz

respeito ao serviço de Transporte, ou seja, à condução das carrinhas para entrega das refeições aos fins-

de-semana e acompanhamento dos utentes ao Correio ou ao Banco.

No ano transacto efectuou-se o levantamento dos dados relativos aos voluntários que prestaram serviço

em âmbito de Centro de Dia, ou seja, no apoio às actividades de animação, acompanhamento dos utentes

dentro do espaço da instituição, apoio ao serviço de refeição, apoio no serviço de Lavandaria, entre

outros. Este Acompanhamento em Centro de Dia, representa uma média mensal de seis voluntários que

prestaram este tipo de apoio.

Relatório de Actividades | 2013

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PARCERIAS

Entidade Finalidade Carácter de

Vinculação

Associação Agir Hoje Grupos de Entreajuda Informal

Associação Conversa Amiga Cedência de espaço do CSPSJA Informal

Banco Alimentar Contra a Fome Fornecimento de bens alimentares Formal

Banco de Bens Doados Produtos de higiene, brinquedos Formal

Instituto da Segurança Social, IP Financiamento e informações Formal

Farmácia Central de vale de Milhaços Cuidados de Saúde diferenciados Formal

Ministério da Justiça - Direcção Geral

da Reinserção Social

Tarefas a favor da Comunidade

(TFC) e Prestação de Trabalho a

Favor da Comunidade/Substituição

de multa por trabalho.

Formal

FITI (Federação de Instituições de

Terceira Idade)

Formação Formal

IPSS Entreajuda Recursos humanos Formal

SGP (Serviço & Gestão de Pessoal) Formação Formal

Universidade Católica Portuguesa Estágios académicos Formal

Universidade Lusófona de

Humanidades e Tecnologias

Estágios académicos Formal

ISLA (Instituto Superior de Línguas e

Administração)

Estágios Formal

Faculdade Medicina de Lisboa Investigação Informal

Grupo de Interfaces Inteligentes do

INESC - ID

Investigação

Informal

IST – Instituto Superior Técnico Investigação Informal

EPAD (Escola Profissional de Artes,

Tecnologias e Desporto)

Estágios Formal

Escola Agostinho Roseta Estágios Formal

INETE (Instituto de Educação

Técnica)

Voluntariado Informal

Polícia de Segurança Publica

Articulação da intervenção social da

Freguesia

Informal

Acções de Sensibilização

Actividades Socioculturais

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Articulação da intervenção social da

Freguesia

Informal

Relatório de Actividades | 2013

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Junta de Freguesia de Arroios Articulação da intervenção social da

Freguesia

Informal

Serviço de Fisioterapia, Classe de

Movimento

Centro de Saúde da Alameda Articulação da intervenção social na

Freguesia

Informal

Rede Social Articulação da intervenção social de

Lisboa

Formal

Conselho Acção Social Local Articulação da intervenção social da

Freguesia

Formal

Consultório de Advogados – Natércia

Constâncio

Apoio Jurídico Formal

Colégio Sá de Miranda Voluntariado Sénior Informal

Fundação D. Pedro IV (Casa de

Arroios)

Voluntariado Sénior Formal

Colégio Sagrado Coração de Maria Voluntariado Sénior Informal

Escola EB1 do Largo do Leão Voluntariado Sénior Informal

Comissão Social de Freguesia Articulação da intervenção social da

Freguesia

Formal

Frei Fabiano Distribuição Alimentar Informal

Exército de Salvação Distribuição Alimentar Informal

Associação Casa da Sopa Mãe Maria

de Nazaré

Distribuição Alimentar Informal

Igreja Graça e Verdade Distribuição Alimentar Informal

Centro de Apoio ao Sem-abrigo

(CASA)

Distribuição Alimentar Informal

Delta Q Distribuição Alimentar Formal

Hotel Sheraton Distribuição Alimentar Formal

Pastelaria Raio de Luz Distribuição Alimentar Informal

Pastelaria Coríntio Distribuição Alimentar Informal

Dar e Acordar Articulação com

instituições/empresas para doação de

desperdício alimentar

Formal

Relatório de Actividades | 2013

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ÁREA GERONTOLÓGICA – CENTRO DE DIA

ÁREA PSICOSSOCIAL

ATENDIMENTOS SOCIAIS

Os Atendimentos Sociais estão divididos em Atendimentos Iniciais e Atendimentos de Acompanhamento.

Os primeiros dizem respeito aos atendimentos efectuados à Comunidade em geral, que após avaliação do

Director Técnico e, consoante a situação, é atribuído o Gestor de Processo, os quais são encaminhados

para as respectivas Gestoras de Processo ou, caso não se enquadrem em qualquer resposta social, são

devidamente encaminhados para outras Estruturas.

Estes atendimentos são efectuados, de forma geral, por uma voluntária, com formação superior na área de

Serviço Social.

Para além dos atendimentos sociais iniciais que se enquadram nas Respostas Socias, também foram

efectuados atendimentos relacionados com Procura de Emprego, Voluntariado e Pedidos de Informação.

De forma geral, foram efectuados no ano de 2013, sessenta e um atendimentos relacionados com pedidos

de Emprego e entrevistas efectuadas no âmbito de recrutamento e selecção de recursos humanos

direccionados à categoria Ajudantes de Acção Directa.

No que diz respeito a atendimentos relacionados com Voluntariado e pedidos de informação, foram

contabilizados cinquenta e cinco atendimentos.

De seguida, apresenta-se a tabela com os Atendimentos Iniciais, direccionados à Resposta Social de

Centro de Dia.

Tabela n.º 11| Média Mensal de Atendimentos Sociais Iniciais de Centro de Dia

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

34 63 29 85%

Fonte: Registos mensais

A Tabela apresentada, faz referência aos Atendimentos Iniciais feitos à Comunidade em geral, aquando

da solicitação de informações ou pedido de admissões na resposta social de CD. Segundo a análise

comparativa, denota-se um aumento considerável relativamente ao ano anterior. No ano de 2013 os

valores aproximaram-se mais dos valores relativos ao ano de 2012.

Relatório de Actividades | 2013

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Os Atendimentos de Acompanhamento referem-se aos atendimentos efectuados pelas Gestoras de

Processo, após lhe ser atribuída a gestão do processo do utente, da resposta social de Centro de Dia e

Serviço de Apoio Domiciliário.

Apresenta-se a tabela com a média total dos atendimentos de acompanhamento, que incluem os

atendimentos efectuados aos utentes e aos respectivos familiares. São apresentados os valores de dois

anos de forma a se poder efectuar uma análise comparativa.

Tabela n.º 12 | Média Mensal de Atendimentos Sociais de Acompanhamento de Centro de Dia

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

39 44 5 13%

Fonte: Registos mensais

Pela observação dos dados, verifica-se um aumento percentual de treze por cento, nos atendimentos

sociais de acompanhamento. Nestes atendimentos, foram incluídos os atendimentos presenciais e alguns

atendimentos telefónicos que, apesar de não terem sido contabilizados na totalidade, se incluem no registo

existente. Este item de atendimentos telefónicos tem relevância, pois alguns atendimentos aos familiares

são efectuados por esta via, sendo necessário despender algum tempo para tal, existindo um

acompanhamento ao processo do utente de forma mais rápida e acessível para a maioria dos familiares.

Nos anos anteriores, não foram contabilizados as Visitas Domiciliárias relativas a esta Resposta Social,

no entanto, assinala-se que foram efectuadas visitas iniciais, que se referem a visitas de início de processo

de candidatura, e visitas de acompanhamento, que se efectuam quando o utente se encontra no domicílio

por um determinado período, devido a doença, ou incapacidade de frequentar o Centro de Dia. Na

totalidade foram registadas trinta e uma visitas inicias, enquadradas no Processo de Candidatura para esta

Resposta Social. Relativamente às vistas domiciliárias de acompanhamento regista-se em 2013, um valor

de quarenta e seis visitas.

A salientar, que para além dos atendimentos sociais, são ainda efectuados atendimentos no âmbito da

Animação Sociocultural. Existe um primeiro atendimento quando o utente, integra na Instituição e se

aplica um Questionário do Perfil Socioeducativo, com vista a adequar os interesses às actividades a

desenvolver. A partir do momento da sua integração, mantém-se um acompanhamento, com vista a

avaliar as actividades em que participa, e outras que possam a vir a ser desenvolvidas mediante as suas

potencialidades. Nesse sentido, surgiram propostas para actividades, nomeadamente as de cariz cultural e

social, inseridas no âmbito do projecto “Voluntariado Sénior”.

Relatório de Actividades | 2013

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Tabela n.º 13 | Média Mensal de Atendimentos/ Acompanhamentos Perfil Sócio-Educativo de

Centro de Dia

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

22 36 14 64%

Fonte: Relatórios mensais

Relatório de Actividades | 2013

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ÁREA ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL

A propósito da Animação na Terceira Idade, (Marcelino de Sousa Lopes, Fevereiro 2008): “A Animação

Sociocultural na Terceira Idade funda-se, portanto, nos princípios de uma gerontologia educativa,

promotora de situações optimizantes e operativas, com vista a auxiliar as pessoas idosas a programar a

evolução natural do seu envelhecimento, a promover-lhe novos interesses e novas actividades, que

conduzam à manutenção da sua vitalidade física e mental, de perspectivar a Animação do seu tempo, que

é, predominantemente, livre.” In Animação Sociocultural em Portugal.

É o desenvolvimento deste tempo “demasiado livre” que, no contexto da ASC, deve servir para uma

valorização pessoal, tendo como principal aspiração a auto-estima e a participação responsável com um

bem-estar individual e colectivo.

Este âmbito de intervenção associa-se a uma característica da ASC, que é a sua heterogeneidade, quer nos

programas, objectivos, âmbitos, actividades, tempos e participantes com os quais aqueles se desenvolvem.

A animação é construída por pessoas que diariamente vivem numa realidade dinâmica, e que possui como

estratégia “não para dar mais anos à vida, mas sim, para dar mais vida aos anos” (Ventosa, In conferência

A Animação Sociocultural e os Novos Desafios, 23 de Novembro de 2004).

• Número de participantes nas actividades

As actividades desenvolvidas durante o ano de 2013, foram realizadas no período da manhã e da tarde,

sendo que actividade da Reflexão foi dinamizada por voluntários da Igreja de Arroios e a Classe de

Movimento por uma Técnica de Reabilitação, através do protocolo com a Junta de Freguesia de Arroios.

Houve uma ligeira alteração em relação ao ano transacto, nas designações atribuídas às actividades tipo,

na altura adequadas às recomendadas pela norma ISSO 9001:2000. Apresenta-se, em seguida, a

terminologia actualmente utilizada, adequada às actividades desenvolvidas:

Lúdico-recreativas Actividades de expressão plástica em papel, cerâmica, vidro, moldagem,

croché, tricô, pintura, entre outras; jogos de tabuleiro e mesa;

Desportivas Passeios de âmbitos desportivos, jogos tradicionais e populares, ginástica

geriátrica.

Sociais Dinâmicas de grupo, passeios colectivos, intercâmbios com outras

instituições, voluntariado.

Relatório de Actividades | 2013

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Espiritual/ Religioso Eucaristia, terço, reflexão, yoga do riso, oração de almoço actividades de

âmbito espiritual.

Festejo Datas Festivas Celebração de Datas Festivas (Janeiras, Reis, Carnaval, Páscoa,…)

Culturais Dinâmicas de grupo de interculturalidade e multiculturalidade, dança,

teatro, música, entre outras;

Intelectual/ Formativo Projecção de Filmes e documentários, palestras, sessões de esclarecimento,

actividades formativas, leitura, entre outras.

Outras Sugestões dos utentes.

Voluntariado Sénior Actividades de âmbito comunitário, que contribuem para a diminuição do

isolamento e para o aumento da participação da Pessoa Idosa em acções

de solidariedade e/ou sociais, e valorização das trocas culturais,

fortalecendo deste modo as redes de solidariedade entre gerações,

transmitindo valores e conhecimentos, atribuindo assim um relevância

superior à dimensão das atitudes e valores que influenciam na Pessoa.

Conselho de Utentes Conselho representativo dos utentes do Centro. Tem como objectivo,

favorecer a inclusão da pessoa idosa na estrutura social do CSPSJA.

Tabela n.º 14 | Médias Anuais Participação/ Áreas de Interesse/ Género

Actividades 2012 2013 Variação

Participação Participação %

Lúdico-Recreativa 66% 67% 1%

Cultural 82% 84% 2%

Desportiva 70% 75% 5%

Espiritual/

Religiosa

81% 80% -1%

Intelectual/

Formativo

87% 69% -18%

Sociais 87% 88% 1%

Outras 79% 97% 18%

Voluntariado

Sénior

76% -

Conselho Utentes 0% -

Fonte: Registos mensais

Relatório de Actividades | 2013

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A tabela Participações/ Áreas de Interesse/ Género revela-nos uma ligeira subida de participação em

praticamente todas as actividades tipo relativamente a 2012.

O acréscimo na participação nas actividades tipo Culturais, deve-se ao facto de se manter durante o

presente ano, a acção intergeracional “Voluntariado Sénior”, desenvolvida com a Fundação D. Pedro IV,

Colégio Sá de Miranda, o Colégio do Sagrado Coração de Maria e a Escola EB1 Largo do Leão.

Manteve-se a intervenção através da Música e da Dança Folclórica do Mundo.

“O teatro como meio de Animação, segundo a perspectiva de fazer teatro é mais do que apresentar o

teatro, isto é, o processo de criação do espectáculo é mais importante do que o espectáculo em si” In

Animação Sócio Cultural em Portugal. É neste processo, que cada utente consegue promover uma relação

equilibrada entre as suas limitações e as suas possibilidades nas diferentes fases da criação do conto

tradicional em teatro de fantoches (escolha do conto, criação escrita do conto, construção de cenários e

fantoches com diferentes técnicas, música, ensaios, entre outras).

A Dança assenta sobretudo na dança folclórica do mundo. São coreografias que têm como base a Dança

original, e que é adaptada às características do grupo. É uma actividade que promove em simultâneo a

participação individual e social, fomentando o espírito colectivo aberto, criativo e receptivo. Proporciona

o desenvolvimento humano sustentável, isto é, mantém o envelhecimento/ crescimento saudável, ajuda a

conduzir as limitações da idade e potencia a inclusão dos portadores de limitações. Comunga

constantemente momentos de prazer e diversão.

O uso da Música estimula o cantar, tocar, improvisar, criar e recriar musicalmente, o redescobrir das

canções que fizeram e fazem parte das suas vidas. Desenvolvendo o potencial criativo através da

linguagem musical, auxilia directamente na identidade sonora da pessoa, tendo por consequência a

elevação da sua auto-estima e autoconfiança.

Qualquer das possibilidades de intervenção, são artísticas, o que fomenta o convívio entre a criança/

pessoa adulta, criando a oportunidade de conhecer o outro, e a si próprio, para além de vencer desafios

motivados pelos seus próprios desafios.

Na actividade tipo Outras, verifica-se que o utente continua a ter o seu espaço para sugerir nas actividades

desenvolvidas e a desenvolver.

Relatório de Actividades | 2013

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• Actividades previstas e realizadas

Tabela n.º 15 | Tabela de Actividades Mensais previstas e realizadas / Actividades Extra-Plano de

Acção 2013

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Nº de Actividades previstas 89 85 91 93 87 82 76 74 88 86 89 90

Nº de Actividades realizadas 64 60 62 61 63 59 56 70 75 69 71 83

Nº de Actividades não

realizadas

25 25 29 32 24 23 20 4 13 17 18 7

Nº de Actividades realizadas

Extra-Plano

32 32 36 45 31 27 34 16 21 27 19 18

Fonte: Registos mensais

• Classes de Movimento

As Classes de Movimento, realizaram-se sob orientação da Técnica de Reabilitação, através do protocolo

da Junta de Freguesia de Arroios, duas vezes por semana, da parte tarde. A partir de Novembro de 2013,

com a saída da Técnica, as classes de movimento passaram a ser orientadas pela Técnica de Animação

Sociocultural da Instituição.

Manteve-se durante o ano de 2013, uma vez por semana, a classe de movimento da parte da manhã, da

responsabilidade da Técnica de Animação Sociocultural da Instituição.

Tabela n.º 16 | Tabela de Frequência de Classes de Movimento (Sessão Tarde)

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Nº Sessões 9 7 9 8 9 7 9 9 8 9 8 9

Nº Participantes 25 21 20 24 22 23 21 23 26 24 32 34

Fonte: Registos mensais

Tabela n.º 17 | Tabela de Frequência de Classes de Movimento (Sessão Manhã)

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Nº Sessões 4 4 4 3 4 4 4 2 4 3 2 3

Nº Participantes 16 13 18 17 16 21 22 18 21 20 16 15

Relatório de Actividades | 2013

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ÁREA SAÚDE

CONSULTAS E TRATAMENTOS DE FISIOTERAPIA

Este serviço foi efectuado por um Técnico da Junta de Freguesia de S. Jorge de Arroios, quer aos utentes

de SAD, quer aos utentes de CD. O CSPSJA disponibilizou as instalações para a realização desta

actividade.

Até Junho de 2013, usufruíram deste serviço mensalmente em média três utentes em CD e quatro utentes

em SAD. A partir desta data, por extinção deste serviço na Junta de Freguesia, deixou de ser prestado.

CONSULTAS MÉDICAS

As consultas médicas foram efectuadas, gratuitamente, por uma médica voluntária, de 15 em 15 dias, aos

utentes e colaboradores da Instituição, conforme marcação prévia.

Estas consultas foram de avaliação e de acompanhamento, conforme solicitação dos próprios.

A Tabela que se segue apresenta os dados relativos à média de dias de atendimento mensal e de

atendimentos efectuados nesses dias.

Tabela n.º 18 | Média Mensal de Consultas Médicas

N.º de dias de atendimento Mensal Nº atendimentos diários

2012 2 5

2013 2 5

Variação % 0% 0%

Fonte: Registos mensais

Em 2013, a média de dias de atendimentos manteve-se relativamente a 2012, e de igual forma o número

de atendimentos efectuados.

Em 2013 foram efectuadas um total de noventa e sete consultas.

Relatório de Actividades | 2013

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Os serviços prestados aos utentes são divididos entre Serviços Básicos e Serviços Extra, em que os

valores são apresentados de seguida, segundo a média anual dos mesmos.

SERVIÇOS BÁSICOS

Gráfico n.º 1 | Média Mensal Utentes/ Tipologia – Utentes Centro de Dia

Fonte: Registos mensais

Os utentes que frequentam a Resposta Social de Centro de Dia, estão incluídos em quatro tipologias

diferentes:

Situação Tipo I, onde os utentes usufruem dos serviços de Refeição de Almoço e Lanche, e Actividades

de Animação Sociocultural, que inclui o maior número de utentes, 68%.

Situação Tipo I com Jantar, no qual os utentes usufruem das Refeições de Almoço, Lanche, Jantar e

Actividades de Animação Sociocultural, contemplando 10% dos utentes.

Situação Tipo II, onde os utentes usufruem do serviço de Refeições de Almoço e Lanche, serviço de

Higiene Pessoal e Actividades de Animação Sociocultural, que a seguir à Situação Tipo I, é das tipologias

com a percentagem mais elevada, 20%.

Relatório de Actividades | 2013

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Situação Tipo II com Jantar, no qual os utentes usufruem das Refeições de Almoço, Lanche, Jantar,

serviço de Higiene Pessoal e Actividades de Animação Sociocultural, que durante o ano em referência,

não teve a adesão de nenhum utente.

Em Centro Dia, 98% dos utentes usufrui do serviço de refeições de almoço e lanche.

SERVIÇOS EXTRA

O CSPSJA disponibilizou ainda uma diversidade de outros Serviços Extras, que procuraram colmatar as

necessidades sentidas, pelos utentes da instituição.

É de realçar que os utentes de Centro de Dia, para além do Serviço de Refeições de Almoço e Lanche

(Serviço Básico), puderam usufruir dos seguintes Serviços Extra, refeições de Pequeno-Almoço, Almoço

e Jantar ao fim de semana, Sopa e Reforço (constituído por uma sopa, um pão e uma peça de fruta). À

excepção do Pequeno-almoço, as restantes refeições foram distribuídas aos utentes ao fim do dia, antes de

regressarem ao domicílio e aos sábados pela equipa da empresa de catering “Prorest”.

A frequência destas refeições dependeu do solicitado pelo utente tendo variado entre diário/sete dias,

diário/ cinco dias, ou pontualmente.

Gráfico n.º 2 | Média Mensal Utentes/ Refeições Extra – Utentes Centro de Dia

Fonte: Registos mensais

Os serviços mais requisitados ao nível das refeições foram o Almoço ao fim de semana, com 19% e o

Pequeno-almoço, de 2ª a 6ª feira, com 13%.

Para além destes Serviços Extra, foram ainda disponibilizados os serviços de Apoio Personalizado,

Lavandaria, Transporte, Limpeza Habitacional, Acompanhamento ao Exterior e Apoio à Aquisição de

Relatório de Actividades | 2013

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Bens e Serviços, Apoio na Medicação (Com e Sem a Organização do Centro) e Outros

(Acompanhamento Farmocoterapêutico e o Call Centre).

Gráfico n.º 3 | Média Mensal/ Outros Serviços Extra – Utentes Centro de Dia

Fonte: Registos mensais

Ao longo do ano de 2013, o Transporte foi o serviço mais usufruído pelos utentes em CD, seguindo-se

dos serviços de Higiene Nocturna e Outros, com 32%.

REFEIÇÃO / CATERING

A empresa de catering “Prorest” continuou em 2013, com uma boa prestação no serviço de confecção das

refeições, aferida através da satisfação dos utentes das várias respostas sociais, pelo “feedback” dado

pelos mesmos.

Tal como vem acontecendo, o serviço de alimentação ou caterin,g é prestado aos utentes do CSPSJA

diariamente, com refeição de pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar, durante a semana e/ou aos fins-

de-semana, conforme necessidade e/ou solicitação dos mesmos.

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Para que seja prestado um apoio de qualidade, e tendo em conta as necessidades nutricionais da

população idosa, o CSPSJA tem à disposição dos utentes, duas modalidades de catering, nomeadamente

as refeições normais e as refeições de dieta (hipertensas; diabéticas; pastosas). No entanto, muitas das

vezes são necessários ajustes (retirar ou adicionar determinados alimentos) para que as necessidades dos

utentes sejam efectivamente supridas.

Apresenta-se, de seguida, o balanço das refeições servidas na resposta social de Centro de Dia, nos anos

de 2012 e 2013.

Tabela n.º 19 | Média Mensal de Refeições - Utentes Centro de Dia

Refeições

2012 2013 2013

Variação % Semana/ Fim de Semana

TOTAL

Semana/ Fim de Semana

Semana Fim de Semana

Peq.-almoço 156 162 162 0 4%

Almoço 1160 1270 1188 82 9%

Lanche 906 993 993 0 10%

Jantar 181 158 136 22 -13%

Reforços 51 56 50 6 10%

Sopas 46 93 84 9 94%

Fonte: Registos mensais

De acordo com tabela, em 2013 constata-se um acréscimo na maior parte dos serviços de refeição na

resposta social de CD, com maior relevância nos Pequenos-almoços, Almoços, Lanches e nas Sopas

levadas pelos utentes para o domicílio, para a refeição da noite.

Verificou-se, contudo, uma diminuição no serviço de Jantares, situação que poderá dever-se ao facto dos

utentes terem que pagar um valor extra por este serviço, implicando um maior esforço financeiro dos

mesmos.

HIGIENE E CUIDADOS PESSOAIS

Na tabela que se segue, pode-se observar a média de higienes efectuadas nas instalações da Instituição, de

2012 e 2013, com a respectiva evolução e variação.

Relatório de Actividades | 2013

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Tabela n.º 20 | Média Semanal de Higienes - Utentes Centro de Dia

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

17 20 3 18%

Fonte: Registos mensais

Este serviço é destinado a utentes que não têm condições de se bastar a si próprios, ou que não tenham

condições habitacionais para o fazer.

Conforme se pode verificar, tem havido algumas oscilações do ano transacto, sendo que em 2013, o

número de utentes a usufruírem deste serviço aumentou ligeiramente relativamente a 2012, com uma

variação positiva de 18%.

É um serviço que tem contribuído, em muito, para a qualidade de vida dos utentes e que, conforme se

observa, tem vindo a aumentar.

TRATAMENTO DE ROUPA

Este serviço é prestado a todos os utentes da Instituição que assim necessitem, é efectuado nas instalações

da Lavandaria do Centro.

No ano referente, a forma de recolha dos dados foi diferente do ano transacto, pelo que não é possível

efectuar uma comparação de valores.

De acordo com os dados, consegue-se apresentar, não o número de tratamentos efectuados, mas sim o

valor de utentes que usufruíram deste serviço anualmente, que em resposta social de Centro de Dia foram

dez utentes.

Este serviço, efectuado nesta resposta social está associado com o serviço de Higiene Pessoal, ou seja,

são utentes que efectuam o serviço de HP e consequentemente a sua roupa é tratada na Lavandaria.

Relatório de Actividades | 2013

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LIMPEZA HABITACIONAL

O serviço de Limpeza Habitacional é efectuado por uma colaboradora em regime de prestação de

serviços, aos utentes das várias respostas sociais, que o solicitarem e consiste na limpeza integral do

domicílio do utente, passando também pelo tratamento da roupa (lavagem e engomadoria), conforme

contratado com o utente.

De seguida, é apresentada uma Tabela relativa ao serviço de Limpeza Habitacional em 2013, de forma a

poder comparar-se o número de utentes que usufruiram deste serviço e as horas efectuadas em casa de

cada utente.

Tabela n.º 21 | Média Mensal de Serviço de Limpeza Habitacional – Utentes Centro de Dia

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

Média de Utentes 4 4 0 0%

Média Horas 49 42 - 7 -14%

Fonte: Registos mensais

Em CD, em 2013, o número de utentes manteve-se relativamente a 2012, constactando-se contudo uma

diminuição na média do número de horas a usufruir do Serviço de Limpeza habitacional, de -7%.

Relatório de Actividades | 2013

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TRANSPORTE

O serviço de transporte contempla, o transporte dos utentes, das refeições, para apoio no serviço de

Lavandaria, entre outras tarefas em que este serviço se torna necessário.

Gráfico n.º 4 | Média Mensal Serviço Transporte – Utentes Centro de Dia

Fonte: Registos mensais

Na tabela apresentada de seguida apresenta-se os valores relacionados ao transporte dos utentes de casa

para a Instituição e vice-versa, de 2ª a 6ª feira, no período da manhã e tarde.

Tabela n.º 22 | Média Mensal de Serviço de Transporte

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

34 63 29 85,29%

Fonte: Registos mensais

Verifica-se um aumento percentual de oitenta e cinco por cento, neste serviço. Salienta-se que as

distâncias dos domicílios destes em relação à Instituição tem aumentado, o que implica maior gasto

económico e desgaste das carrinhas que efectuam esse serviço.

Relatório de Actividades | 2013

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O serviço de Transporte foi efectuado, também, na distribuição da alimentação ao domicílio diariamente;

no transporte da roupa de casa dos utentes para lavandaria e vice-versa.

ASSISTÊNCIA MEDICAMENTOSA

A assistência medicamentosa é um serviço prestado gratuitamente, mediante indicação médica, aos

utentes que necessitem deste acompanhamento.

Este serviço foi da responsabilidade dos Encarregados de Serviços de Centro de Dia e Serviço de Apoio

Domiciliário.

Os valores deste serviço são apresentados posteriormente no resumo dos serviços.

Relatório de Actividades | 2013

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ÁREA GERONTOLÓGICA – SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO

ÁREA PSICOSSOCIAL

ATENDIMENTOS

Os Atendimentos Sociais estão divididos em Atendimentos Iniciais e Atendimentos de Acompanhamento.

Tal como já foi referido anteriormente, os atendimentos iniciais são os efectuados à Comunidade em

geral, cujo encaminhamento recai ou para os Gestores de Processo ou outras Estruturas.

Desta forma apresenta-se de seguida a tabela com os valores comparativos:

Tabela n.º 23 | Média Mensal de Atendimentos Sociais Iniciais em SAD

Fonte: Registos mensais

A tabela apresenta a média de Atendimentos Iniciais, no que respeita a pedidos de informações e/ou

pedido de inscrição em SAD.

Tem-se observado um aumento de atendimentos nesta Resposta Social, apesar do aumento dos dois

últimos anos ter sido apenas em 1%.

Os Atendimentos de Acompanhamento referem-se aos atendimentos efectuados pelas Gestoras de

Processo.

Apresenta-se a tabela com a média total dos atendimentos de acompanhamento, que incluem os

atendimentos efectuados aos utentes e aos respectivos familiares.

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

94 95 1 1%

Relatório de Actividades | 2013

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Tabela n.º 24 | Média Mensal de Atendimentos Sociais de Acompanhamento em SAD

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

22 38 16 73%

Fonte: Registos mensais

Segundo a análise à tabela, verifica-se que os atendimentos sociais de acompanhamento têm aumentado

de ano para ano, sendo que o ano de 2013 apresentou os valores mais altos com uma diferença

significativa, com um aumento percentual de setenta e três.

VISITAS DOMICILIÁRIAS

As visitas domiciliárias são efectuadas pelos Gestores de Processo, e dividem-se em Visitas Inicias e

Visitas de Acompanhamento.

As visitas Iniciais são as visitas que correspondem ao procedimento de Processo de Candidatura, onde os

Gestores de Processo, verificam as condições habitacionais, perfil do utente em termos de autonomia e

objectivos a atingir, de acordo com as necessidades do utente e os serviços solicitados.

As vistas domiciliárias de acompanhamento, são efectuadas com regularidade, de forma a acompanhar o

utente o melhor possível. Nestas visitas são contempladas as avaliações do serviço prestado e a sua

adequação às necessidades actuais de cada utente assim como o apoio psicossocial prestado sempre que

necessário.

De seguida são apresentadas duas tabelas, uma com os valores totais médios de visitas domiciliárias

efectuados, e outra tabela com os valores médios divididos pelo tipo de visita domiciliária efectuada.

Tabela n.º 25 | Média Mensal de Visitas Domiciliárias em SAD

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

39 42 3 8%

Fonte: Registos mensais

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Segundo a tabela apresentada, verifica-se um aumento na média mensal de visitas domiciliárias em 8

valores percentuais.

Tabela n.º 26 | Média Mensal por Tipologia de Visitas Domiciliárias em SAD

Inicial Acompanhamento

2012 7 31,75

2013 7 36

Fonte: Registos mensais

De acordo com a tabela apresentada, verifica-se que a média mensal de visitas domiciliárias iniciais se

manteve.

Os valores mensais de visitas domiciliárias de acompanhamento obtiveram um aumento significativo em

relação ao ano de 2012.

.

Relatório de Actividades | 2013

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ÁREA SAÚDE

CONSULTAS DE CUIDADOS FARMACÊUTICOS

Tal como já referido na Resposta Social de Centro de Dia, este é um serviço prestado gratuitamente por

uma Farmacêutica, no âmbito do protocolo com a Instituição.

Desta forma, no CSPSJA o plano de cuidados farmacêuticos abrange a revisão e o seguimento

farmacoterapêutico, dispensa e supervisão da terapêutica e da sua posologia, supervisão e

acompanhamento clínico.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Os serviços prestados aos utentes são divididos entre Serviços Básicos e Serviços Extra, em que os

valores são apresentados de seguida, segundo a média anual dos mesmos:

SERVIÇOS BÁSICO

Gráfico n.º 5 | Média Mensal de Almoço - Semana e Fim-de-semana – Utentes Apoio Domiciliário

Fonte: Registos mensais

Conforme se pode verificar através do gráfico, na resposta de SAD, grande parte dos utentes usufrui do

serviço de refeição. Destes, 97% recebe a refeição durante a semana. Apenas 3% dos utentes, não recebe

refeição ao fim de semana.

Relatório de Actividades | 2013

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Gráfico n.º 6 | Média Mensal de Higiene Pessoal – Utentes Apoio Domiciliário

Fonte: Registos mensais

Em SAD, foi prestado o serviço de Higiene Pessoal a 65% dos utentes, cuja grande maioria (85%)

usufruiu do apoio maioritariamente no período da manhã, quer durante a semana, quer ao fim de semana.

SERVIÇOS EXTRA

Gráfico n.º 7 | Média Mensal/ Refeições Extra – Utentes Apoio Domiciliário

Fonte: Registos mensais

Relatório de Actividades | 2013

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Para além dos serviços básicos de refeição, os utentes podem usufruir de serviços de alimentação extra,

conforme indicado no gráfico, sendo que, o serviço de Lanche é o que apresenta uma maior percentagem

(47%), seguindo-se o Reforço e da Sopa , com 44% e 39% respectivamente.

Gráfico n.º 8 | Média Mensal/ Outros Serviços Extra – Utentes Apoio Domiciliário

Fonte: Registos mensais

Os utentes tiveram à sua disposição outros serviços extra, tais como, o Apoio à Refeição, Apoio na

Medicação (Com e Sem a Organização do Centro), Acompanhamento Farmacoterapêutico, Transporte,

Limpeza Habitacional, Acompanhamento ao Exterior, Majoração, Aquisição de Bens e Serviços, Call

Centre, Animação Sociocultural e o Serviço de Apoio Personalizado.

No gráfico apresentado, constata-se que em 2013, os serviços de Apoio à Refeição e Call Centre foram os

mais solicitados.

REFEIÇÃO / CATERING

Relatório de Actividades | 2013

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Tabela n.º 27| Média Mensal Refeições de Serviço de Apoio Domiciliário

2012 2013 2013

TOTAL

Semana / Fim de Semana

Semana Fim de Semana

Peq.-almoço 3 0 0 0

Almoço 1719 1817 1316 501

Lanche 467 389 389 0

Jantar 301 279 198 81

Reforços 121 89 62 27

Sopas 144 51 35 16

Fonte: Registos mensais

Na tabela apresentada constata-se, de uma forma geral que, entre 2012 e 2013, os serviços de refeição

diminuíram, excepto no Item Almoço.

Desta forma, em 2013 verifica-se um decréscimo na maior parte dos serviços de refeição, sendo mais

significativo ao nível do Reforço e das Sopas.

HIGIENE E CUIDADOS PESSOAIS

Em SAD, as higienes pessoais foram contabilizadas de acordo com o período do dia e da semana (de

segunda a sexta-feira e sábado/domingo, nos períodos da manhã, tarde e noite), que se apresentam nas

tabelas de forma a melhor visualizar os dados.

De referir que nos dados apresentados estão incluídos os serviços de Apoio Personalizado, apresentados

em Tabelas separadas, em que os cuidadores se mantêm em casa do utente durante várias horas, no

período diurno e/ou nocturno, conforme contratualizado com este e/ou pessoa de referência.

É de realçar que, no ano em 2013, o método de contagem dos dados foi diferente dos anos anteriores,

implicando algumas alterações nos dados obtidos.

Tabela n.º 28 | Média Diária de Higienes Pessoais em SAD

Relatório de Actividades | 2013

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Semana Fim-de-semana

Manhã Tarde Noite Manhã Tarde Noite

2012 35 15 22 27 14 20

2013 36 16 18 29 10 18

Evolução 12/13 1 1 -4 2 -4 -2

Variação % 3% 7% -18% 7% -29% -10%

Fonte: Registos mensais

Como se pode verificar pelos dados acima apresentados, em 2013 houve um aumento na prestação de

serviço de higiene pessoal, no período da manhã e tarde, observando-se um pequeno decréscimo ao nível

do serviço da noite, no que respeita aos cinco dias da semana. Relativamente ao fim-de-semana, no

período da manhã regista-se um aumento de 7%.

Tabela n.º 29 | Média Diária de Serviços de Apoio Domiciliário Personalizado

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

7 11 4 57%

Fonte: Relatórios anuais

De acordo com a tabela, pela média apresentada, verifica-se o aumento dos valores do Serviço

Personalizado, em 2013. Este é um serviço que continua a ser solicitado, nomeadamente pelas famílias da

Pessoa Idosa que, por variados motivos, não têm disponibilidade para estar com os seus familiares e

pretendem mantê-los nos seus domicílios, evitando o isolamento, bem como, a integração em lares, não

havendo, assim, deslocação do utente para um espaço que lhe é estranho.

LIMPEZA HABITACIONAL

O serviço de Limpeza Habitacional é efectuado por uma colaboradora em regime de prestação de

serviços, aos utentes das várias respostas sociais, que o solicitarem e consiste na limpeza integral do

domicílio do utente, passando também pelo tratamento da roupa (lavagem e engomadoria), conforme

contratualizado com o utente.

Relatório de Actividades | 2013

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Tabela n.º 30 | Média Mensal de Serviço de Limpeza Habitacional – Utentes SAD

2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

Média de Utentes 5 3 -2 -40%

Média Horas 48 27 -21 -43%

Fonte: Registos mensais

Fazendo uma comparação, entre 2012 e 2013, em SAD diminui a média de utentes e a média de horas.

Tal como foi referido anteriormente, em 2013, na resposta social de CD, manteve-se o número de utentes

a usufruir deste serviço e o número de horas solicitadas para realização do mesmo. Tendo em conta esta

situação, considera-se pertinente a continuidade deste serviço, o qual tem contribuído para uma maior

qualidade de vida dos utentes que dele usufruem.

TRATAMENTO DE ROUPA

Conforme foi referido anteriormente, este serviço é prestado a todos os utentes da Instituição que assim

necessitem, é efectuado nas instalações da Lavandaria do Centro.

No ano referente, a forma de recolha dos dados foi diferente do ano transacto, pelo que não é possível

efectuar uma comparação de valores.

De acordo com os dados, consegue-se apresentar, não o número de tratamentos efectuados, mas sim o

valor de utentes que usufruíram deste serviço anualmente, que em resposta social de Apoio Domiciliário

foram cinco utentes.

Este serviço, efectuado nesta resposta social é efectuado, após recolha semanal da roupa no domicílio do

utente, com entrega da mesma na semana seguinte.

AVALIAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO 2013

Relatório de Actividades | 2013

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OBJECTIVO ESPECÍFICO

ACÇÕES ACTIVIDADES ESTADO DE EXECUÇÃO

OBSERVAÇÕES

Acompanhar de forma personalizada, 100% dos utentes, através da gestão de processo

Gerir processos individuais dos utentes

Efectuar atendimentos sociais de acompanhamento

Efectuar atendimentos de animação (iniciais e de avaliação)

Efectuar visitas domiciliárias (iniciais e de acompanhamento)

Encaminhar os utentes e/ou pessoas de referência e/ou familiares para organismos de apoio consoante a problemática apresentada

Atendimento a 100% da comunidade Atendimentos Iniciais

Atendimento social presencial

Encaminhamento do processo de candidatura

Atendimento a 100% dos utentes e familiares, e acompanhamento a 50% dos utentes

Call Centre

Receção de chamadas telefónicas

Realização de chamadas telefónicas

Atendimento e acompanhamento a 100% dos contatos da comunidade

Encaminhamento da situação apresentada

Contribuir para a participação de 100% dos elementos do Conselho de Utentes, na tomada de decisão

Dinamização do Conselho de Utentes

Dinâmicas de grupo com Conselho de Utentes

x

Reunião pré-preparatória dinamizada pelo Conselho de Utentes

x

Relatório de Actividades | 2013

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Reunião mensal com Conselho de Utentes e Equipa Técnica

x

Realizar 3 reuniões de Assembleia-geral de Utentes

x

Desenvolvimento da Comissão de Acolhimento

Elaboração do Manual de Acolhimento e Regulamento

Definição de Metodologia

x

Recolha exaustiva de Informação Elaboração do documento

x

Acolhimento dos novos utentes

Integração do utente na dinâmica diária da Instituição

Dinamização da Comissão Acolhimento

Dinâmicas de grupo com Comissão de Acolhimento

Monitorização do desenvolvimento da Comissão de Acolhimento

Reuniões �

Fomentar a participação de 80% dos utentes de CD, no Projecto Voluntariado Sénior

Dinamizar actividades de Voluntariado Sénior

Reunião mensal com elementos do grupo de voluntariado Sénior

Visitas domiciliárias a utentes e ex-utentes

Actividades semanais/ mensais intergeracionais com a Fundação D. Pedro IV

Participaram no projecto

“Voluntariado Sénior” 76% dos

utentes

Actividades pontuais intergeracionais com Colégio Sá de Miranda

Actividades festivas

Relatório de Actividades | 2013

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intergeracionais com Colégio Sagrado Coração de Maria

Actividades festivas intergeracionais com Escola EB1 O Leão de Arroios

Melhorar o acesso à

informação

institucional a

utentes, familiares e

comunidade

Criar e divulgar uma Newsletter

Elaboração do documento

x

Envio da Newsletter

x

Impulsionar a

participação social

das famílias no

Projecto de Vida da

Pessoa Utente

Constituição do Conselho de Famílias

Criar um regulamento interno do Conselho de Famílias

x

Convocar as famílias de SAD e CD para Assembleia-geral de Famílias

x

Reunir com a Assembleia-geral de Famílias

x

Nomeação das Familiares a integrar no Conselho de Famílias

x

Actividades Culturais (Teatro, Cinema, Música, Dança,…)

Actividades Mensais

x

Fomentar o acesso a conhecimentos técnicos necessários ao cuidador

Desenvolver acções de (in) formação sobre diferentes temáticas

Contactar formadores / peritos nas áreas da saúde, segurança,

Realizar acções de (in) formação

Sensibilizar 100% dos utentes para a importância da

Parceria com a Junta de Freguesia de Arroios

Classes de Movimento

Fisioterapia �

Relatório de Actividades | 2013

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manutenção da saúde no processo de envelhecimento

Parceria com o projecto "EspaçoCuidar"

Realização de acções de (In) Formação

Aluguer de equipamento

Dar continuidade ao Projecto Voluntariado Sénior, com as 4 Instituição da Freguesia

Projecto Voluntariado Sénior

Actividades Intergeracionais

Consolidar práticas de intervenção, com 50% das entidades sociais parceiras da instituição

Manutenção das reuniões dos parceiros sociais

Reuniões mensais �

Consolidar parceria com Rotary Club

Dinamização de actividades com Rotary Club Norte

Planeamento e Execução do projecto “Pintar um Sorriso”

x

Peregrinação a Fátima

Projecto "Sonho meu…"

x

Dinamização de actividades com Rotary Club Centro

Colaboração em Actividades Festivas

Aulas de Alfabetização

x

Envolver 100% dos utentes de CD, nas dinâmicas desenvolvidas

Actividades Culturais

Canto �

Corpos em Dança �

Actividades Espirituais

Terço �

Yoga do Riso �

Reflexão �

Eucaristia �

Actividades Sociais Dinâmica de Grupo

Relatório de Actividades | 2013

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Envolver 100% dos utentes nas festividades anuais desenvolvidas

Actividades Festivas

Dia de Reis �

Carnaval �

Páscoa �

Santos Populares �

Magusto �

Natal �

Envolver 25% de utentes de CD na actividade proposta

Curso InfoConhecimento

Sessões de informática

Implementação Curso de Braille

Curso de Braille x

Acompanhar a execução do Plano de Acção

Monitorizar o Plano de Acção 2013

Reunião Equipa Técnica

Dar a conhecer as actividades desenvolvidas ao longo do ano de 2012

Elaborar o Relatório de Actividades 2012

Definição de Metodologia

Recolha exaustiva de Informação Elaboração do documento

Conhecer a relação entre orçamento previsto e o plano de acção programado

Conhecer a população utente/ colaboradores do CSPSJA

Diagnóstico Social 2012/2013 e Plano de Acção 2014

Definição de Metodologia

Elaborar o Orçamento para 2014

Recolha exaustiva de Informação Elaboração do documento

Elaborar o Plano de Acção para 2014

A construir por cada categoria de análise

Construir Plano Estratégico

Recolha exaustiva de Informação

Aplicação de Inquéritos de

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Satisfação

Angariar fundos para o desenvolvimento de projectos sociais

Promoção e divulgação do Livro "Sentimentos de uma Vida"

Sessões de Divulgação e Venda

Link (Internet) �

Aprofundar a tematica do envelhecimento

Realização e/ou participação em coloquios, palestras, seminários e feiras

Relatório de Actividades | 2013

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PESSOAS EM SITUAÇÃO DE SEM ABRIGO

ÁREA PSICOSSOCIAL

ATENDIMENTOS SOCIAIS

Os atendimentos realizados às Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, foram até Outubro efectuados em

contexto de equipa de rua, tendo por base uma abordagem informal, constituídos por entrevistas não-

directivas que permitem, ao técnico, uma proximidade à realidade da Pessoa em situação de sem-abrigo,

possibilitando explorar e obter um maior conhecimento da sua biografia, trajectória de vida. Por outro

lado, permite ao utente uma maior liberdade de expressão dos seus pontos de vista, não tendo uma

preocupação com a linguagem utilizada, e desenvolver o seu próprio raciocínio a propósito da sua

situação e de temas concretos. Contudo, devido à reestruturação da resposta social de equipa de rua para o

NAL (Núcleo de Apoio Local) em Outubro os atendimentos passaram a ser realizados em contexto

institucional.

Os atendimentos consistem no conhecimento, identificação e diagnóstico de necessidades ao nível das

áreas técnicas existentes, de forma a disponibilizar a correcta informação e encaminhamento para o(s)

serviço(s) necessário(s) por forma à resolução da situação-problema, facultando uma resposta o mais

adequada possível a quem o solicita.

É de salientar que a equipa de rua realizou-se, de Janeiro a Setembro, às terças e quintas-feiras das 19h30

até 22h00, aproximadamente. É de reforçar que no início de Outubro de 2013 reformulou-se a resposta

social às Pessoas em situação de sem-abrigo criando-se um Núcleo de Apoio Local1 (resposta social

prevista na Estratégia Nacional para as Pessoas sem-abrigo) onde se realiza-se a distribuição alimentar

(antes feita no Jardim da Igreja de Arroios) quer ao pequeno-almoço; almoço e jantar; bem como o

acompanhamento social exclusivamente para Pessoas em situação de sem-abrigo.

• 1Consistirão em espaços com características predefinidas, onde estejam asseguradas boas

condições de higiene e segurança e nos quais as equipas de distribuição alimentar passarão a fornecer as

refeições. Constituem-se como espaços de partilha entre utentes e colaboradores institucionais, que

poderão, além de cumprir a sua função de apoio, contribuir para a promoção do exercício da cidadania e

do respeito da dignidade entre concidadãos."

Relatório de Actividades | 2013

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Tabela n.º 31 | Dias de Equipa de Rua

Fonte: Relatórios Anuais

Os voluntários têm como funções: a) participar nas equipas de rua uma vez por semana; b) prestar apoio

informativo, emocional e psicossocial aos utentes do Projecto, de forma a superar as suas dificuldades e

melhorar as suas condições de vida; c) estabelecer uma relação de empatia com os utentes, de forma a

motivá-los para o processo de inserção. Esta diminuição, relativamente ao ano transacto, deve-se, como

explicado anteriormente, ao facto de a partir de Outubro se ter deixado de realizar equipa de rua junto da

Igreja de Arroios devido à abertura do NAL. Contudo, a partir dessa data foi aberto o NAL diariamente o

que faz com que os contactos e o apoio sejam diários.

Tabela n.º 32 | Entrevistas Não-Directivas realizadas na Equipa de Rua

Fonte: Relatórios Anuais

No que respeita às entrevistas não-directivas realizadas em contexto da equipa de rua, verifica-se um

aumento significativo comparativamente ao ano de 2011 e 2012, que se justifica pela nº de voluntários

existentes a colaborar connosco, bem como ao facto de no mês de Setembro se terem realizados

inquéritos diagnósticos às Pessoas que recorriam às carrinhas de distribuição alimentar para perceber qual

a situação em que se encontram (em casa/quartos ou na rua) para podermos adequar a resposta do NAL

aquando da sua abertura. Após estas entrevistas em contexto informal na rua, são registadas as

informações recolhidas e realizado o encaminhamento ou acompanhamento necessário.

Embora o contacto com as pessoas em situação de sem-abrigo se desenvolva maioritariamente em equipa

de rua, verifica-se igualmente um atendimento nas instalações do Centro.

Tabela n.º 33 | Atendimentos no CSPSJA

Fonte: Relatórios Anuais

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

18 80 56 -16,80€ -30,00%

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

52 320 465 210,70 45,31%

Iniciais Acompanhamento

235 135

Relatório de Actividades | 2013

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No ano transacto, apresentamos os atendimentos no CSPSA sem diferenciação se estes eram iniciais ou

de acompanhamento. Dada a alteração da resposta decidiu-se analisar os atendimentos iniciais e os de

acompanhamento realizados no período de 2013.

Os atendimentos iniciais correspondem aos que são efectuados pela primeira vez, em que a Pessoa se

dirige ao Centro para solicitar um apoio. Por outro lado, sempre que uma pessoa vem ao NAL para jantar

e é a primeira vez, é encaminhado para atendimento para perceber se esta é a resposta mais adequada à

necessidade e à situação.

Os atendimentos de acompanhamento correspondem às situações já conhecidas e que se realizam por

forma a acompanhar a pessoa e a definir um plano de intervenção com a mesma. São nestes contactos que

se cria uma relação de confiança e de proximidade entre os técnicos e os utentes que se consideram de

extrema importância na intervenção.

Desta forma, foram realizados 235 atendimentos iniciais e 135 de acompanhamento.

Tabela n.º 34 | Visitas ao local de pernoita

Fonte: Relatórios Anuais

Foram realizadas visitas ao local de pernoita das Pessoas em situação de sem-abrigo, nomeadamente

iniciais e de acompanhamento. As visitas iniciais referem-se a sinalizações que a equipa recebe e realiza

para avaliar a situação e as de acompanhamento referem-se, por exemplo a pessoas que estão doentes e

não podem deslocar-se ao NAL; as pessoas que ficam durante algum período sem aparecer.

Tabela n.º 35 | Não admitidos, Excluídos e Saídos

Fonte: Relatórios Anuais

É de realçar que no NAL não foram admitidos 18 pessoas por não terem critérios de admissão: não

estarem em situação de sem-abrigo; usufruírem de outra resposta alimentar (como por exemplo, CASA –

Refeitório dos Anjos da SCML ou da Casinha). Por outro lado, 4 pessoas foram excluídas por

apresentarem comportamentos agressivos para com os colaboradores e 7 pessoas deixaram de usufruir do

apoio do NAL por deixarem de se encontrar em situação de sem-abrigo. Estas últimas pessoas

Inicias Acompanhamento

2 3

Não Admitidos Excluídos Saídos Encaminhados

18 4 7 36

Relatório de Actividades | 2013

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demonstraram motivação em deixar a rua e foi desencadeado um conjunto de diligências para passarem a

pernoitar num quarto e passaram a ter outra resposta alimentar como a Cantina Social. Foram realizados

36 encaminhamentos, de pessoas que nos contactaram, mas que não residem na Freguesia de Arroios.

Neste sentido, estas Pessoas foram encaminhadas para as repostas de apoio à comunidade existentes na

sua área de residência.

INTERVENÇÕES

A intervenção social baseia-se no acompanhamento e encaminhamento de Pessoas em situação de sem-

abrigo, para as respostas sociais existentes de modo à resolução da sua situação e à construção de um

projecto de vida.

Constata-se que o acompanhamento nas equipas de rua, embora fundamental num processo de

intervenção, continua-se a demonstrar difícil a sua realização, uma vez que a população-utente não se

mostra motivada para alterar a sua situação actual. Neste sentido, apesar de um trabalho de

consciencialização e informação por parte dos elementos da equipa de rua, da gravidade dos problemas

acarretados da situação em que se encontravam e das perspectivas de melhoria de vida se aceitassem e se

se encontrassem motivados para serem acompanhados, a intervenção realizada foi diminuta e, por vezes,

sem sucesso. Contudo, com a abertura do NAL pensa-se que esta dificuldade no acompanhamento se

tenha ultrapassado, uma vez que se consegue desenvolver uma intervenção de proximidade (diária) com a

Pessoa em situação de sem-abrigo e se consegue criar uma relação de confiança mais sólida o que facilita

a intervenção e o acompanhamento desenvolvido.

A intervenção social baseia-se, essencialmente, num trabalho de motivação para a mudança de vida e para

a construção de projectos de vida. Com a continuidade de uma intervenção de acompanhamento são

efectuados acompanhamentos a outros serviços, como atendimentos noutras instituições, consultas

médicas, entre outras. Por outro lado, existe uma constante articulação entre os técnicos de

acompanhamento, ou seja, do Centro com as restantes instituições de apoio de forma a delinear

conjuntamente a intervenção, mas também porque existem serviços, nomeadamente da SCML, que

necessitam de ser os técnicos de acompanhamento da respectiva instituição a encaminhar, como é

exemplo os Centros de Acolhimento Temporário. Deste modo, foram realizados acompanhamentos aos

seguintes serviços\instituições: serviço de emergência social da SCML; Hospital; Repartição de Finanças;

CNAI e a ver quartos, o que perfaz um total de 9 acompanhamentos. Nestes acompanhamentos consegue-

se estabelecer uma relação mais próxima e conhecer melhor a Pessoa.

Noutro âmbito de intervenção, foram realizadas dinâmicas de grupo com o objectivo de reflexão pessoal

sobre algum tema; trabalhar competências. Assim sendo, foram realizadas 5 actividades: um

visionamento de um filme “Os Amigos Improváveis”; quatro visionamentos de vídeos motivacionais e

uma actividade de opinião sobre o NAL. Estas actividades foram realizadas no período do jantar (entre

refeição) e os utentes demonstram sempre receptivos, empenhados e participativos.

Relatório de Actividades | 2013

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No sentido de se disponibilizarem refeições aos utentes do NAL, foram contactadas as instituições que

habitualmente distribuíam alimentação, na hora do jantar, na rua junto à Igreja de Arroios. As instituições

contactadas foram: CASA; Associação Frei Fabiano, Comunidade Vida e Paz, Igreja Graça e Verdade;

Associação Casa Sopa Mãe Maria Nazaré; Exército de Salvação e uma família particular. Posteriormente,

foram contactadas as pastelarias Delta Q, Raio de Luz e Coríntio e o Hotel Sheraton, para assegurar as

refeições do pequeno-almoço e almoço. Foram realizadas várias reuniões com estas instituições com o

objectivo de delinear um modo de intervenção e disponibilização das refeições. Assim sendo, as refeições

são disponibilizadas aos utentes de segunda a domingo de acordo com a tabela seguinte.

Tabela n.º 36 | Refeições disponibilizadas

Os pequenos-almoços são disponibilizados pelo Delta Q, e pelas Pastelarias Raio de Luz e Coríntio. A

Delta Q disponibiliza de terça a sábado o desperdício alimentar, assim como a pastelaria Coríntio (esta

todos os dias da semana). A pastelaria Raio de Luz fornece todos os dias da semana cinco sandes. Ao

Almoço a Prorest (empresa de catering do CSPSJA) disponibiliza 17 sopas todos os dias da semana, o

Hotel Sheraton oferece cinco refeições completas de segunda a domingo e as restantes refeições, 22, são

fornecidas diariamente pelo CASA.

Ao jantar, a sopa é servida segunda, quarta-feira e sábado pela Associação Frei Fabiano, às terças e

quintas é servido pela Prorest, sexta pela Igreja Graça e Verdade e ao domingo pela Associação Casa

Segunda-

feira

Terça-feira Quarta-

feira

Quinta-

feira

Sexta-

feira

Sábado

Domingo

Pequeno-

Almoço

Pastelarias

Raio de Luz

e Coríntio

Delta Q\

Pastelarias

Raio de Luz

e Coríntio

Delta Q\

Pastelarias

Raio de

Luz e

Coríntio

Delta Q\

Pastelarias

Raio de

Luz e

Coríntio

Delta Q\

Pastelarias

Raio de

Luz e

Coríntio

Delta Q\

Pastelarias

Raio de

Luz e

Coríntio

Pastelarias

Raio de Luz e

Coríntio

Almoço Prorest

CASA

Hotel

Sheraton

Prorest

CASA \

Hotel

Sheraton

Prorest

CASA \

Hotel

Sheraton

Prorest

CASA \

Hotel

Sheraton

Prorest

CASA \

Hotel

Sheraton

Prorest

CASA \

Hotel

Sheraton

Prorest

CASA \ Hotel

Sheraton

Jantar Associação

Frei

Fabiano

CASA

Prorest

CASA

Associação

Frei

Fabiano

CASA

Prorest

CASA

CASA

Igreja

Graça e

Verdade

Associação

Frei

Fabiano

CASA

Associação

Casa Sopa

Mãe Maria

Nazaré

CASA

Relatório de Actividades | 2013

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Sopa Mãe Maria Nazaré. O segundo prato é disponibilizado terça-feira pela família particular e os

restantes dia da semana é fornecido pelo CASA.

Durante algum tempo o NAL teve o contributo do Exercito de Salvação que disponibilizou sopa às terças,

quintas, e sábados, e diariamente a Comunidade Vida e Paz, fornecia as ceias. Contudo, estas duas

instituições decidiram terminar a sua intervenção no NAL, alegando a primeira instituição insatisfação

dos voluntários pelo modo de intervenção. Na segunda instituição, alegou a existência de locais a

descoberto e incompatibilidade de horários que permitissem uma intervenção conjunta.

Tabela n.º 37 | Refeições disponibilizadas

Fonte:Relatórios Anuais

De acordo com as listas de presenças apoiamos ao pequeno-almoço, durante o mês de Outubro 12

pessoas, em Novembro 68 e em Dezembro 173. Ao almoço foram apoiadas 68 pessoas em Outubro, 200

em Novembro e 570 em Dezembro. Durante o jantar foram apoiadas em Outubro, 958 pessoas, em

Novembro 1137 e em Dezembro 663. Verifica-se que o número de refeições aumentou durante os meses,

confirma-se que ao jantar as refeições disponibilizadas entre Novembro e Dezembro diminuíram. Esta

diminuição é resultado da existência de pessoas que passaram a ser apoiadas pelas respostas sociais de

cantina social e banco alimentar, assim como uma percentagem que foi encaminhada para a área de

residência. Outra condicionante foi a existência de vários almoços e jantares de Natal de outras

instituições, verificando-se um baixo número de pessoas apoiadas nesses dias.

A tabela seguinte, expressa as quantidades de produtos doados pelas várias entidades que colaboram com

o NAL.

Tabela n.º 38 | Quantidade de Produtos doados

Outubro Novembro Dezembro

Pequeno-Almoço 12 68 173

Almoço 68 200 570

Jantar 958 1137 663

Outubro Novembro Dezembro

Sheraton 125 150 145

Delta Q 291,25 € 348,10 € 296,20 €

Raio de Luz 78 180 186

Prorest 399 536 727

Faprochem 29,89 € 0 21,59 €

Relatório de Actividades | 2013

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No âmbito do projecto Dar e Acordar, que luta contra o desperdício alimentar, o Hotel Sheraton

disponibilizou em Outubro 125 refeições, em Novembro 150, e em Dezembro 145, e o Delta Q doou os

desperdícios alimentar um valor de 291,25 € em Outubro, 348,10 € em Novembro e 296,20 € em

Dezembro. Através do contacto directo, o NAL, foi apoiado pela Pastelaria Raio de Luz com 78 produtos

em Outubro, 180 em Novembro e em Dezembro 186. A Prorest, entidade contactada pelo CSPSJA,

disponibilizou em Outubro 399 refeições, em Novembro 536 e em Dezembro 727. A Faprochem, empresa

que doa produtos de limpeza, forneceu em Outubro 29,89€ e em Dezembro 21,59€.

Relatório de Actividades | 2013

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AVALIAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO 2013

Acções Actividades Estado de

Execução

Observações

Consolidar a equipa de

rua existente

Desenvolver uma presença assídua e efectiva

na equipa de rua

����

Angariar voluntários para ingressar na equipa

de rua

����

(In)formar os voluntários ����

Estabelecer reuniões mensais e 3 anuais com

os voluntários

����

Apoiar na Construção de

Projectos de Vida

Articular com instituições que desenvolvam a

sua intervenção nas Pessoas em situação de

sem-abrigo

����

Encaminhar a população sem-abrigo para um

projecto de recuperação social

����

Apoiar na procura de

emprego

Elaboração do CV ����

Procura de emprego na internet ����

Responder a anúncios ����

Apoiar na procura de uma

habitação

Pesquisar ofertas habitacionais ����

Acompanhar na visita e negociação ����

Acompanhamento do

profissional de saúde

Realizar rastreios de saúde ����

Sensibilização para estilos de vida ����

Sensibilização para os

cuidados de higiene

Sensibilizar para os cuidados de higiene

pessoal

����

Sensibilizar para a limpeza da Igreja e do

Jardim após distribuição das refeições

����

Contactar a CML para disponibilização de

contentores do lixo

����

Contactar a CML/JF para disponibilização de ���� Foram cedidas as

Relatório de Actividades | 2013

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balneários públicos do Jardim Constantino instalações dos

sanitários do Jardim

Constantino, mas só

serão abertos em

2014, após o término

das obras.

Relatório de Actividades | 2013

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CENTRO COMUNITÁRIO MADRE TERESA

O Centro Comunitário Madre Teresa, é uma resposta social da Instituição que tem vindo, ao longo do seu

desenvolvimento, a responder às necessidades sentidas pelas famílias carenciadas da Freguesia e

adaptando os apoios e serviços à realidade.

Dado o contexto socioeconómico em que se vive demarcado por constantes mutações, as famílias e

indivíduos são conduzidos a situações de maior incerteza, imprevisibilidade, instabilidade, risco e

vulnerabilidade que afectam a forma como se colocam perante a vida quotidiana, o seu bem-estar e

estabilidade.

Desta forma, constata-se que houve um aumento significativo de famílias apoiadas em 2013,

comparativamente a 2011 e 2012.

Tabela n.º 39 | Nº de Famílias Apoiadas no CCMT

Fonte: Relatórios Anuais

Tabela n.º 40 | Nº de Indivíduos Apoiados no CCMT

Fonte: Relatórios Anuais

Tabela n.º 41 | Nº de Crianças Apoiadas no CCMT

Fonte: Relatórios Anuais

Deste modo, constata-se uma variação de 39% famílias apoiadas comparativamente ao ano transacto; bem

como um aumento de 23,82% de indivíduos e 31,14% de crianças. Tem-se verificado desde 2011 um

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

977 1036 1441 563,36 39%

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

2291 2275 2817 671,13 23,82%

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

700 594 779 242,62 31,14%

Relatório de Actividades | 2013

Página 66 de 80

aumento do número de famílias apoiadas ao nível da instituição, que se justifica com a resposta de

Cantina Social se ter alargado. Ou seja, o Centro aumentou o número de refeições da Cantina Social de 80

para 100 refeições diárias e em Novembro iniciou uma nova Cantina Social, no NAL, para dar resposta

também às pessoas que se deslocavam às carrinhas de distribuição alimentar e que se encontravam em

quartos/casas alugadas.

Este aumento significativo poderá ser justificado pelo aumento do desemprego e dos empregos precários

bem como dos problemas de saúde que conduzem as famílias portuguesas a condições precárias de vida e,

por vezes, menos dignas. Dada a complexidade social, económica, cultural e política da sociedade que se

vive hoje, as famílias vêem-se obrigadas a recorrer ao CCMT de forma a verem suprimidas algumas das

suas necessidades básicas, principalmente a alimentação, adquirida através do Banco Alimentar. Por outro

lado, os apoios sociais, ao nível do RSI e dos subsídios da SCML, também têm vindo a sofrer

diminuições o que faz com que a situação socioeconómica também se dificulte.

ÁREA PSICOSSOCIAL

ATENDIMENTOS SOCIAIS

Os atendimentos sociais são realizados por Assistentes Sociais da Instituição que visam apoiar as pessoas

e/ou famílias na prevenção ou reparação de problemas gerados por situações de vulnerabilidade e

exclusão social e, intervir junto de situações de emergência/crise.

Os atendimentos às pessoas ou famílias acontecem por duas vias distintas: 1) atendimentos iniciais, o qual

se concretiza através de um pedido concreto face à situação vivenciada; 2) atendimentos de

acompanhamento realizado por meio da intervenção efectuada em áreas específicas.

Deste modo, analisando a tabela abaixo apresentada, relativa aos atendimentos iniciais, verifica-se que

houve uma variação de 25,29% atendimentos de 2012 para 2013. Este aumento está relacionado com a

situação socioeconómica vivenciada no país, em que existe uma grande taxa de desemprego que afecta a

estabilidade das famílias. Estes atendimentos correspondem a pedidos de alimentação; apoio económico;

pedido de habitação. Os pedidos de apoio, no atendimento social inicial, podem ser solicitados pela

própria pessoa ou encaminhada por outras instituições, principalmente pela Santa Casa da Misericórdia e

pela Junta de Freguesia de São Jorge de Arroios.

Tabela n.º 42| Nº Atendimentos Sociais Iniciais

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

142 174 218 55,13 25,29%

Relatório de Actividades | 2013

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Fonte: Relatórios Anuais

Salienta-se o facto dos dados apresentados na tabela referirem-se apenas a pedidos concretos para o

CCMT, não estando incluídos todos os atendimentos sociais iniciais realizados na instituição.

Face à análise do motivo dos atendimentos, reconhece-se que a incapacidade de fazer face à necessidade

de alimentação se demonstra como a principal razão para solicitarem apoio. Contudo, após uma análise

mais aprofundada, realizada posteriormente numa intervenção de acompanhamento, verifica-se a

alimentação como a razão aparente, visto a situação envolvente se demonstrar multiproblemática e

complexa o que conduz à incapacidade de fazer face à alimentação. Esta incapacidade de fazer face à

alimentação revela-se por situações de desemprego ou empregos precários; sobreendividamento e

escassos recursos económicos.

Como resultado dos atendimentos iniciais, há pedidos de apoio que não são admitidos na resposta social

do CCMT por não preencherem os critérios de admissão.

Tabela n.º 43 | Pessoas Não Admitidas

Fonte: Relatórios Anuais

Os principais motivos de não admissão referem-se, principalmente, ao facto de não serem fregueses de

São Jorge de Arroios. Nestas situações, é disponibilizado às famílias e pessoas a informação necessária da

Instituição de apoio na área de freguesia. Outro motivo pelo qual as famílias e pessoas possam não ser

admitidas alude ao facto de terem rendimentos superiores ao estabelecido em regulamento interno, bem

como o facto de terem idade ≥ 65 anos encaminhando nestas situações para as restantes respostas sociais

da instituição (Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário). Por outro lado, correspondem às famílias

que efectuam pedidos de apoio para os quais a Instituição não tem resposta, tal como acima referido. É

ainda de referir que foi contabilizado o número de pessoas que solicitaram apoio alimentar mas que não

entregaram documentação, após visita domiciliária, e as pessoas que não atenderam o telefone para se

agendar a visita e consequentemente não entregaram documentação.

Observando a tabela constata-se um aumento do número de não admissões comparativamente ao ano de

2012.

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

29 19 104 465,26 447,37%

Relatório de Actividades | 2013

Página 68 de 80

De modo a desenvolver uma lógica de continuidade da intervenção com as famílias beneficiárias do

CCMT realizam-se, para além dos atendimentos iniciais, os atendimentos de acompanhamento com vista

a intervir nas áreas específicas de cada situação.

Tabela n.º 44 | Atendimentos de Acompanhamento

Fonte: Relatórios Anuais

Os atendimentos de acompanhamento podem ser solicitados pelos beneficiários ou pelo técnico de

acompanhamento. Nestes momentos de intervenção pretende-se responsabilizar e implicar as famílias e

pessoas no seu projecto de vida e processo de mudança social; desenvolver nas famílias e pessoas um

processo de consciencialização da sua situação-problema; contribuir para a promoção da autonomia, auto-

estima; mobilizar recursos adequados à progressiva autonomia pessoal, social, económica e profissional.

Através dos atendimentos de acompanhamento surge a necessidade, também, de posteriormente articular-

se com os técnicos de acompanhamento de outros serviços (Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; Junta

de Freguesia de São Jorge de Arroios; Centro de Saúde de Alameda), de forma a que a intervenção social

seja concertada e planeada conjuntamente, visto estas famílias serem também acompanhadas pelos

restantes serviços. Só com a constante articulação e planeamento da intervenção se poderá desenvolver

uma intervenção junto das famílias.

Ao longo do acompanhamento, existem diversas situações adversas às famílias e pessoas que conduzem a

processos de transferência, principalmente alterações de residência. De acordo com a tabela abaixo

indicada verifica-se um aumento do número de pessoas transferidas comparativamente ao ano transacto.

Tabela n.º 45 | Pessoas Transferidas

Fonte: Relatórios Anuais

Nestas situações, é efectuada uma informação social do agregado familiar e o anexo dos documentos

existentes no processo, bem como uma articulação com a Instituição de acolhimento, de modo a

encaminhar a família e pessoa para a continuidade do apoio.

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

151 281 281 0 0%

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

23 43 76 58,33 76,74%

Relatório de Actividades | 2013

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Tabela n.º 46 | Desistências

Fonte: Relatórios Anuais

Durante o processo de acompanhamento e/ou no processo inicial de admissão, existem pessoas que

desistem do apoio disponibilizado pela Instituição. Os motivos para esta desistência referem-se a

alteração de residência sem que seja solicitado o processo de transferência; falecimento; alteração da

situação socioeconómica. Deste modo, verifica-se um aumento de 57,50% de desistências ao longo de

2013.

Tabela n.º 47 | Pessoas Excluídas

Fonte: Relatórios Anuais

As razões pelas quais as pessoas foram excluídas reportam-se, por um lado ao incumprimento dos

objectivos e acções fixadas em contexto de atendimento, visita domiciliária e definido em conjunto com

as instituições de apoio, nomeadamente com a SCML; por outro lado, por não comparência à recepção

dos cabazes alimentares duas vezes consecutivas; à não entrega da documentação solicitada para

avaliação da situação socioeconómica.

VISITAS DOMICILIÁRIAS

As visitas domiciliárias constituem-se como uma prática profissional dos Assistentes Sociais, que

potenciam o conhecimento do quotidiano da família, no seu ambiente familiar. Estas permitem a

observação, e a entrevista semi-estruturada orientada pelo técnico, que têm como objectivo conhecer as

condições em que a família vive, e apreender os aspectos do quotidiano nas suas relações familiares,

aspectos estes que não se conseguem apreender em atendimento. Em contexto de visita domiciliária, as

pessoas tendem a enfrentar melhor as suas dificuldades, visto se encontrarem no seu “espaço de

conforto”, ou seja, no seu meio social e familiar.

As visitas domiciliárias às famílias realizam-se com base em dois fundamentos: 1) iniciais, em que se

desenvolve uma primeira abordagem à família no seu contexto familiar, conhecendo as condições em que

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

24 40 49 -13,69 -27,94%

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação %

78 68 49 -13,69 27,94%

Relatório de Actividades | 2013

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vivem; 2) acompanhamento, em que se vai estabelecendo uma relação com a família de modo a intervir

com a mesma com vista à sua autonomização pessoal e social.

Tabela n.º 48 | Visitas Domiciliárias Iniciais

Fonte: Relatórios Anuais

Tabela n.º 49 | Visitas Domiciliárias de Acompanhamento

Fonte: Relatórios Anuais

Tal como na categoria dos atendimentos iniciais, também nas visitas domiciliárias iniciais se verificou um

aumento de 27,97%. Todos os pedidos de apoio efectuados, que se enquadram nos critérios do CCMT,

são sujeitos à realização de uma visita domiciliária de avaliação. Caso a pessoa não aceite ou não permita

a realização desta visita, o pedido de apoio não terá continuidade, ou seja, será arquivado. No que respeita

às visitas domiciliárias de acompanhamento constata-se uma diminuição de visitas realizadas, sendo esta

uma variação de -54,12%. Esta diminuição deve-se ao facto das visitas iniciais e o número de utentes

terem aumentado; do aumento de burocracia técnica.

INTERVENÇÕES

Atendendo às múltiplas necessidades das famílias beneficiárias do CCMT ao longo do ano foram

disponibilizados um conjunto de apoios que permitam atenuar a sua situação.

Tabela n.º 50 | Serviços Disponibilizados

Ap.

Social

Ap. G.

Financeira

Grupos de

entreajuda

BA Cantina

Social

BBD Salas de Estudo

Acompanh.

Total 2817 2275 5 2817 32124 2275 14

2011 2012 2013 Evolução 12/13 Variação

%

44 118 151 42,23 27,97%

2011 2012 2013 Evolução 11/12 Variação %

114 85 39 -21,11 -54,12%

Relatório de Actividades | 2013

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De acordo com a tabela acima apresentada, verifica-se que todos os utentes do CCMT dispõem de apoio

social. O apoio social é um serviço que visa apoiar as pessoas e famílias na prevenção e/ou reparação de

problemas geradores ou gerados por situações de exclusão social e actuar em situações de emergência.

Este serviço tem como objectivos informar, orientar e encaminhar: assegurar o acompanhamento social

das pessoas e famílias no desenvolvimento das suas potencialidades, contribuindo para a promoção da sua

autonomia, auto-estima e gestão do seu projecto de vida; mobilizar recursos adequados à progressiva

autonomia pessoal, social e profissional; dotar as pessoas e famílias dos meios e recursos que possibilitem

a construção de um projecto de vida estruturado e autónomo.

Tabela n.º 51 | Apoios do Banco Alimentar e Produtos da União Europeia em 2009, 2010 e 2011

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

2009

B.A 1036,14 1515,68 1547,31 3007,83 2957,83 1529,28 2671,54 1913,70 420,20 585,90 903,19

U.E - - - - - - - - - 1094,90 830,05 615,05

2010

B.A 946,70 769,80 426,50 308,35 476,45 774,00 665,75 559,55 167,80 454,88 1849,89

U.E 641,55 852,20 1062,00 876,80 298,00 - - 796,20 1140,90 741,60

2011

B.A 468,55 722,41 500,15 476,55 722,40 762,20 306,22 253,00 526,30 748,75

U.E 936,50 1130,90 1028,60 630,00 40,00 1243,60 1088,70 894,30 910,70

2012

B.A 275,40 709,23 502,40 534,10 436,30 738,90 463,15 740,40 454,80 443,80 370,10 348,80

U.E 544,10 382,50 458,30 240,80 485,70 368,10 801,10 110 533 410,70 637,60 666,40

2013

B.A 430,30 337,50 418,60 546,45 549,15 550,20 614,85 350,00 457,80 702,80 609,70 880,95

U.E 259,90 462,40 266,20 350,70 - 172,60 - - 6360un 4264un

Fonte: Guias Mensais

Relativamente ao Banco Alimentar, verifica-se uma variação mensal constante na doação de alimentos.

De uma forma geral é possível compreender que houve um aumento na quantidade de géneros

alimentares doados pelo Banco Alimentar em 2013, quando comparados com o ano anterior. Esta

condição deve-se ao aumento do número de famílias apoiadas na resposta social, sendo que de 75 vagas

alargou-se o apoio a 85 agregados familiares. No entanto, o aumento de géneros alimentares não foi

constante, apresentando-se inferior, em alguns meses. Estas irregularidades poderão estar relacionadas

com a situação sócio económica actual do nosso país, que está consequentemente interligada com o

aumento de protocolos entre instituições e o Banco Alimentar Contra a Fome, que inevitavelmente

condiciona e limita a quantidade que cada instituição recebe.

Os produtos da União Europeia estão integrados no Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a

Carenciados (PCAAC) que é promovido anualmente pela Comissão e executada pelos Estados-Membros

que, utilizando as existências de intervenção de vários produtos agrícolas, visa distribuir produtos

Relatório de Actividades | 2013

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alimentares às pessoas mais necessitadas na Comunidade Europeia (arroz, massa – esparguete, cotovelos,

macarrão, pevide, massa à bolonhesa – farinha, bolachas, cereais, leite, leite em pó, leite com chocolate,

papa láctea, tostas, manteiga, queijo). Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, o PCAAC 2013,

só foi activado no mês de Setembro de 2013, sendo que se concretizou por duas fases diferentes, a

primeira no respectivo mês de Setembro e a segunda no mês de Novembro. Estas alterações na gestão e

estrutura da distribuição devem-se essencialmente ao facto da responsabilidade do programa ter transitado

do Banco Alimentar para a Segurança Social. Daí que tenham ocorrido alterações significativas na gestão

da distribuição e respectivas questões envolventes.

O apoio do Banco Alimentar não está a conseguir responder a todas as necessidades básicas de

alimentação dos utentes. Deste modo, à semelhança do que foi realizado em anos anteriores, realizaram-

se duas campanhas anuais (em Março e Outubro de 2013) de recolha de bens alimentares junto de cinco

supermercados: Mini Preço do Jardim Constantino/ Mini Preço do Mercado de Arroios / Continente Bom

dia da Avenida Defensores de Chaves/ Pingo Doce do Arco do Cego/ Pingo Doce da Rua Carlos Mardel.

Contudo, outras empresas foram contactadas, mas não foi autorizada a realização da campanha.

Apresentam-se os resultados da campanha Ser Solidário de seguida:

Tabela n.º 52 | Resultados da Campanha Ser Solidário

2011 2012 2013

Géneros Alimentares

Arroz 721 953 1155

Massa 1145 1659 805

Leguminosas 453 485 26

Salchichas 413 403 412

Atum 521 503 623

Azeite 76 82 89

Óleo 116 980 101

Vinagre 4 1 14

Leite 1120 923 1097

Milho 7 0 12

Cogumelos 9 7 12

Ervilhas 4 0 17

Bolachas 396 550 596

Farinha 53 77 38

Açúcar 88 126 131

Bolo 13 74 43

Sal 4 0 17

Cereais 99 64 95

Farinha Láctea 29 15 16

Relatório de Actividades | 2013

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Leite com chocolate 51 86 29

Polpa de Tomate 25 25 16

Manteiga + Margarina 3 9 12

Fruta em calda 15 6 8

Doce 3 10 16

Gelatina 3 5 9

Pudim 3 4 2

Leite Creme 1 0 1

Marmelada 3 8 7

Café 7 8 15

Caldo Knor 1 7 4

Chocolate 10 14 17

Tostas 7 12 20

Sumos 30 24 16

Pão 3 7 14

Blédina 4 0 3

Mel 1 0 4

Massa de Alho 1 0 0

Fruta (peças) 41 110 13

Legumes 3 17 18

Queijo 10 7 15

Fiambre 1 0 8

Batatas 1 3 2

Iogurtes 24 25 32

Pão de hambúrguer 1 0 2

Cheeseburguer com batatas 1 0 0

Chocolate em pó 2 1 4

Ovos 6 30 24

Maionese 0 1 3

Chouriço 0 3 1

Natas 0 2 0

Tulicreme 0 3 3

Molho Bolonhesa 0 1 4

Amêndoas 0 11 1

Chá 0 8 7

Paté de Atum 0 2 2

Sopa instantânea 1 9 1

Papel Higiénico 6 4 8

Relatório de Actividades | 2013

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Produtos de Higiene Pessoal

Gel Banho 3 7 23

Sabonetes 14 24 18

Champô 4 2 21

Pasta de dentes 9 7 11

Fraldas 4 0 3

Dodot’s 9 1 5

Escova de dentes 1 0 3

Desodorizante 1 1 5

Cotonete 1 1 1

Algodão 0 3 2

Betadine 0 2 1

Tintura de Iodo 0 2 0

Produtos de Higiene Habitacional

Guardanapos/Rolo de Cozinha

3 0 8

Detergente Loiça 7 1 4

Lixívia 6 0 1

Álcool 1 2 1

Água Oxigenada 2 0 0

Outros detergentes 4 1 6

Detergente Roupa 1 2 8

Outros Comida para cão 2 0 2

Comida para Gato 1 0 2

Dado o acréscimo de instituição apoiadas e a diminuição de produtos recebidos, o Banco de Bens Doados

concentrou os cabazes para duas entregas anuais (Maio e Novembro). Assim, na tabela abaixo

apresentada demonstra a quantidade de produtos recebidos nos anos de 2011, 2012 e 2013 pelo Banco de

Bens Doados.

Tabela n.º 53 | Apoios Concedidos em 2011 e 2012 – Banco de Bens Doados

Quantidade

Designação dos Produtos 2011 2012 2013

Prod. De Higiene Habitacional 209 339 146

Prod. De Higiene Pessoal 845 213 67

Produtos de Beleza 14 44 54

Roupa Homem 124 53 38

Roupa Senhora 168 323 85

Roupa Jovem Masculino 15 3 5

Relatório de Actividades | 2013

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Roupa Jovem Feminino 34 239 19

Roupa Criança Masculino 30 71 13

Roupa Criança Feminino 36 20 11

Roupa Bebé 21 76 24

Calçado Homem 14 2 2

Calçado Senhora 23 18 0

Calçado Bebé 22 6 0

Artigos Têxteis 201 5 9

Artigos de Decoração 2 0 0

Artigos de Festa 350 500 0

Artigos de Natal 47 38 0

Brinquedos 12 93 37

Material de Escritório 320 0 0

Material Escolar 17 168 10

Pintura Interior 20 0 0

Lâmpadas Fluorescentes 752 0 25

Outros Artigos 60 74 22

Total 3336 2285 567

A resposta Cantina Social iniciou em Julho de 2012 e que transitou para 2013, no âmbito do Programa de

Emergência Social e do Protocolo de Cooperação assinado com a Segurança Social, que permite

assegurar às famílias que mais necessitam o acesso a refeições diárias. As refeições diárias são

disponibilizadas às famílias para consumo no domicílio e não na Instituição. As refeições disponibilizadas

por norma são gratuitas, mas podem, em algumas situações (pessoas com capacidade financeira) ter o

valor máximo de 1€/refeição.

Esta resposta permite o acesso a no mínimo uma refeição confeccionada diária, inclusive o fim-de-

semana, visto verificar-se que a resposta de banco alimentar não ser suficiente para satisfazer as

necessidades de alimentação.

É de salientar que o Protocolo iniciou com 50 refeições diárias tendo alargado no início de Janeiro para

100 refeições diárias. É ainda de referir que em Novembro, foi Protocolado com a Segurança Social uma

nova Cantina Social com 50 refeições diárias, para dar resposta a mais pessoas, tendo em conta que o

Centro iria abrir uma nova resposta social, o NAL, como referido anteriormente.

Relatório de Actividades | 2013

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Tabela n.º 54 | Cantina Social

Fonte: Relatórios Anuais

De acordo com a tabela acima apresentada, verifica-se um total de 768 pessoas apoiadas, o que

corresponde a uma média de 64 pessoas mensal. No que concerne às refeições, foram cedidas 32124

refeições durante o período em análise, correspondendo este valor a 4942 refeições mensal.

Os Grupos de Entreajuda realizaram-se em parceria com a Fundação AgirHoje, tal como aconteceu nos

anos anteriores. Em 2013, o grupo existente, constituído por 5 pessoas, foi a continuidade do ano anterior.

Ao nível da gestão financeira, este é um espaço que permite um acompanhamento da situação financeira,

analisando rendimentos e despesas que conduza a uma situação financeira equilibrada. Este apoio tem

como objectivos apoiar na gestão do orçamento familiar e prevenir e saldar dívidas contraídas. Deste

modo, foram realizadas grelhas de gestão orçamental que têm por fim apoiar na gestão orçamental da

família, na qual são apurados os rendimentos e despesas de cada agregado de forma a que este tenha

percepção da sua gestão, das dívidas bem como da forma como as saldar.

As salas de estudo acompanhado são desenvolvidas em parceria com o Gabinete de Acção Social do

Instituto Superior Técnico. As salas de estudo acompanhado são desenvolvidas com as crianças que

apresentam dificuldades escolares, sendo estas individualizadas e personalizadas de forma a colmatar

essas dificuldades escolares. As salas de estudo prestaram apoio a 14 crianças. É de referir que a maioria

dos alunos continuaram a ter explicações de um ano lectivo para o outro. Nas reuniões de avaliação com

os pais e explicadores, verificou-se que os alunos melhoraram significativamente o desempenho escolar

desde que iniciaram com as salas de estudo acompanhado.

Famílias Indivíduos Crianças Refeições

2013 Total 498 768 153 32124

Média 41,5 64 13 4942

2012 Total 175 269 56 10262

Média 29 45 9 3421

Relatório de Actividades | 2013

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AVALIAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO 2013

Acções Actividades Estado de Execução Observações

Apoiar na Construção

de Projectos de Vida

Realizar um acompanhamento

integrado aos indivíduos e

famílias do CCMT

����

Efectuar atendimentos sociais ����

Efectuar visitas domiciliárias

(iniciais e de acompanhamento)

����

Encaminhar os indivíduos e

famílias para instituições de

apoio referente à sua situação

����

Informar as famílias /

indivíduos do apoio na

resolução do Sobre

endividamento

Acompanhamento às Famílias

com Créditos ao consumo /

empréstimos ou dívidas

����

Encaminhamento para os Apoios

do C.C.M.T. das Famílias com

Créditos ao consumo /

empréstimos ou dívidas

����

Acompanhamento

mensal na Gestão

Orçamental das

Famílias/ Indivíduos

Construção de uma Grelha

orçamental individual com cada

pessoa responsável pelo

agregado

����

Minimizar os

problemas sentidos

pelos indivíduos e

famílias através de um

espaço de partilha e

diálogo

Realização de grupos de

entreajuda através da parceria

com a Fundação AgirHoje

����

Reunião de Avaliação com a

parceria Fundação AgirHoje

����

Articular com o

Espaço Activo da

Apoiar na procura de emprego ����

Apoio na Elaboração de CV ����

Relatório de Actividades | 2013

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Junta de Freguesia de

São Jorge de Arroios Informar sobre cursos

profissionais/CNO

����

Apoiar na aquisição e

desenvolvimento de

competências

linguísticas

Incentivar e Consciencialização

dos utentes do CCMT da

importância da aquisição de

competências linguísticas

����

Continuidade da parceria com o

Liceu Camões

����

Articulação com o Liceu Camões

sobre o decorrer das aulas de

português para estrangeiros

����

Apoiar na aquisição

de novas

competências

informáticas

Estabelecer contactos com

possíveis parceiros

X Esta actividade não

foi realizada por não

se ter conseguido

parceiros que

desenvolvem e

colaborassem

connosco.

Reunir de forma a estabelecer

parceria

X

Efectuar levantamento dos

utentes interessados em

frequentar aulas de informática

X

Iniciação das aulas de

informática

X

Dar continuidade ao

espaço de estudo

acompanhado para as

crianças

Efectuar levantamento do

número de crianças a integrar o

espaço de estudo

����

Disponibilizar um espaço físico

para o início das salas de estudo

����

Dinamizar actividades que

promovam o conhecimento em

parceria com o Gabinete de

Acção Social do Instituto

Superior Técnico

����

Proporcionar uma

avaliação e sugestões

da intervenção

realizada

Convocar as famílias

do CCMT para uma Assembleia

Geral de Utentes

Reunir com a Assembleia Geral

Relatório de Actividades | 2013

Página 79 de 80

de Utentes

Proporcionar

acções de informação

e sensibilização sobre

diferentes temáticas

Contactar com

formadores/Peritos na área da

saúde, educação, emprego,

sobreendividamento; direitos

sociais

����

Realizar acções de (in)formação ����

Desenvolver duas

campanhas anuais de

recolha de géneros

alimentares nos

hipermercados da

Freguesia

Preparar as campanhas

de recolha de bens alimentares

����

Contactar os hipermercados

a fim de obter as autorizações

����

Angariar voluntários para

colaborarem na campanha

����

Realizar as campanhas nos

hipermercados

����

Desenvolver

campanhas de recolha

de géneros

alimentares na

comunidade

Preparar as campanhas

de recolha de bens alimentares

X Contudo, ao longo de

2012 foram doados

produtos alimentares

e de higiene pela

Comunidade.

Contactar os diversos

grupos constituídos na Paróquia

de Arroios

X

Monitorizar o Plano

de Acção 2013

Reunião de equipa técnica ����

Elaborar o Relatório

de Actividades 2013

Definição de Metodologia ����

Recolha de dados ����

Tratamento de dados ����

Análise de Resultados ����

Elaboração do documento ����

Entrega do documento ����

Diagnóstico Social

2013 e Plano de

Acção 2014

Definição de Metodologia

����

Relatório de Actividades | 2013

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O presente relatório de atividades foi aprovado em reunião ordinária de Direção no dia

30 de Abril de 2014, sendo por isso assinado pelo seu presidente.

Presidente da Direção

_____________________

(Pe. Paulo Pereira Araújo)