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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARA
CURSO DE MEDICINA
POLÍTICA DE SAÚDE
X
SUS
Dilma Neves
. POLÍTICA DE SAÚDE
abrange:- poder em saúde (natureza, estrutura, relações,
distribuição e lutas)- estabelecimento de diretrizes, planos e
programas de saúde.
DIRETRIZES PARA UMA NOVA POLÍTICA DE SAÚDE
1– Implantação de um Sistema Unificado de Saúde Federalizado e Democrático.
2 – Reestruturação dos serviços de saúde com valorização dos RH (salários, condições de trabalho) e
3 - participação democrática na organização das ações de saúde.
O QUE É O SUS?
QUAL A SUA LEGALIDADE? - Capítulo da Seguridade Social; Seção II - Lei 8080/90 – dispõe sobre a organização dos
Serviços de Saúde. - Lei 8142/90- dispõe sobre o controle social e
financiamento - NOB – 01/93 e 01/96 - NOAS – 01/01; 01/02
A LEGISLAÇÃO CONSTITUCIONAL
Capítulo : DA SEGURIDADE SOCIALSeção II – DA SAÚDEArt. 196 – A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Lei 8.080, de 19/09/1990 - LOS
- dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
- regula em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde
Lei. Nº 8.142 / 28- 12- 1990
“ Dispõe sobre a participação da comunidade na Gestão do Sistema Único de Saúde-SUS- e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências”
Lei 8.080, de 19/09/1990 - LOS
Art. 2 º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º . O dever do estado de garantir a saúde consiste na reformulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º . O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Princípios e Diretrizes do SUS.
Art 198 (CF) e Art 7º (LOS): I . descentralização, político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo; a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; b) regionalização e hierarquização da rede de SS.
II . Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III . participação da comunidade;
O que constitui o SUS?
- Art. 4º - O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o SUS (art 197 CF).
§ 1º - Estão incluídas as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive sangue e hemoderivados, e de equipamentos para a saúde.
§ 2º - A iniciativa privada poderá participar do SUS, em caráter complementar.
O QUE FAZ ?
Art. 6º - Estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS:I. a execução de ações:
a)de vigilância sanitária;
b)de vigilância epidemiológica;
c)de saúde do trabalhador e
d)de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
II.a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
III.a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV.a vigilância nutricional e orientação alimentar;
V.a colaboração na proteção do meio ambiente (trabalho);
A União, os Estados, o DF e os Municípios, as seguintes atribuições
- Políticas- Serviços de saúde - Ética em pesquisa- Recursos Humanos- Vigilância Sanitária- Auditoria- Vigilância Epidemiológica- Sistemas de Informação- Assistência à Saúde- Epidemiologia- Planejamento e Financiamento
Para que serve o SUS?
I – a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde
II – a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do artigo 2º desta lei;
III – a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
Como está organizado?
Capítulo III – DA ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO
Art 8o – Forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
Art 9o – A direção do SUS é única (inciso I do art 198 da Constituição)I - no âmbito da União, pelo Ministério da SaúdeII - no âmbito dos Estados e do DF, pela SESIII - no âmbito dos Municípios, pela SMS
PRINCÍPIOS ÉTICOS/DOUTRINÁRIOS
- universalidade:
- eqüidade:
- integralidade da assistência:
Princípios organizacionais/operativos
- descentralização dos serviços :- regionalização e hierarquização
da rede: - participação da comunidade:
Lei. Nº 8.142 / 28- 12- 1990
“ Dispõe sobre a participação da comunidade na Gestão do Sistema Único de Saúde-SUS- e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências”
Art 1º - Em cada esfera de governo, sem prejuízo do poder legislativo, as instâncias colegiadas:
I – a Conferência de Saúde; eII – o Conselho de Saúde.
Art 4º - Critérios para recebimento dos recursos (Estados, Municípios e Distrito Federal)
– NORMA OPERACIONAL BÁSICA, SUS/01/96 (NOB-96)
FINALIDADE - promover e consolidar o pleno exercício, do poder
municipal e do Distrito federal, da função de gestor, - com a conseqüente redefinição das responsabilidades
dos Estados, do Distrito Federal e da União, avançando
na consolidação dos princípios do SUS.
– NORMA OPERACIONAL DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE, SUS/01/2001 (NOAS/01- 2001)
CAPITULO I – REGIONALIZAÇÃO – PDR
Capítulo II - FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE GESTÃO NO SUS.
CAPÍTULO III – CRITÉRIOS DE HABILITAÇÃO E DESABILITAÇÃO DE MUNICÍPIOS E ESTADOS
– NORMA OPERACIONAL BÁSICA, SUS/01/96 (NOB-96)
CAMPO DE ATENÇÃO À SAÚDE
3 grandes campos: - o da assistência individual ou coletiva prestada no âmbito ambulatorial e hospitalar, bem como em outros espaços, especialmente no domiciliar.
- o das intervenções ambientais incluindo as relações e as condições do ambiente de vida e de trabalho
- o das políticas externas ao setor saúde.
Lei 8.080, de 19/09/1990 - LOS
art 3º: fatores determinantes e condicionantes da saúde. - alimentação - saneamento básico - educação - moradia - meio ambiente - transporte - trabalho - renda - lazer - acesso aos bens e serviços essenciais os níveis de saúde da população expressam a organização
social e econômica Parágrafo único - ações se destinam a garantir às
pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
Níveis de atenção à saúde:
Prevenção Primária:- promoção- proteção específicaPrevenção Secundária- diagnóstico e tratamento precoce- limitação da invalidezPrevenção Terciária- recuperação desenlace: - cura - óbito
MORBIDADEcadeia de eventos em um episódio de alteração da saúde
ALTERAÇÃO DA SAÚDE
PERCEPÇÃO DE ANORMALIDADE
DEMANDA POR ATENDIMENTO
USO DE SERVIÇOS
RESULTADO CLÍNICO
PROMOÇÃO DA SAÚDE
É o processo de capacitar pessoas para implementar seu controle sobre a saúde e melhorá-la.
Carta de Otawa, 1986
Vigilância em Saúde
X CNS(1996) - “construindo um modelo de atenção para a qualidade de vida”
XI CNS(2000) - “modelos de atenção voltados para a qualidade, efetividade, eqüidade e necessidades prioritárias de saúde”
Vigilância em Saúde x Modelo de atenção
a) modelo médico assistencial privatistasujeito : médico - especialização
- complementariedade (paramédicos)
objeto : doença ( patologia e outros)
doentes (clínica e cirurgia)
meios de trabalho : tecnologia médica (indivíduo)
formas de organização : rede de serviços de saúde
hospital
Vigilância em Saúde x Modelo de atenção
b) modelo sanitarista, campanhista sujeito : sanitarista
- auxiliares
objeto : modos de transmissão
fatores de risco
meios de trabalho : tecnologia sanitária
formas de organização : campanhas sanitárias
programas especiais
sistemas de vig epidemiológica e sanitária
Vigilância em Saúde x Modelo de atenção
c) modelo de vigilância à saúdesujeito : equipe de saúde população (cidadão)
objeto : danos, riscos, necessidades e determinantes dos modos de vida e saúde (condições de vida e trabalho) meios de trabalho : tecnologias de comunicação social, de planejamento e programação local situacional, e tecnologias médico-sanitárias
formas de organização :políticas públicas saudáveis ações intersetoriais : - de intervenções específicas (promoção, proteção e ‘recuperação) - operações sobre problemas e grupos populacionais
SAÚDE DA FAMÍLIA
Para consolidar o modelo proposto, a NOB 01/96 institucionaliza os Programas
Agentes Comunitários de Saúde - PACS e Saúde da Família - PSF como estratégias
necessárias à reorganização do modelo de atenção, -definindo percentuais de financiamento como
forma de incentivo aos gestores que aderirem a estes programas.
PACTO PELA SAÚDE
PELA VIDA;
EM DEFESA DO SUS e
DE GESTÃO.
PACTO PELA SAÚDE
As normas pactuadas nacionalmente que regulam:A) o processo de descentralização e a reorganização do modelo de
atenção na perspectiva da promoção da saúde.
B) A participação da população não somente nas instâncias formais, mas em outros espaços constituídos por atividades sistemáticas e permanentes, dentro dos próprios serviços de atendimento, favorecendo a criação de vínculos entre o serviço e os usuários.
C) As ações de saúde devem ser centradas na qualidade de vida das pessoas e no seu meio ambiente, bem como nas relações da equipe de saúde com a comunidade, especialmente, com as famílias;
Olhar Social
- Desiludido
* iatrogenia médica
“Acredito firmemente que se todos os médicos fossem atirados ao mar, seria muito melhor para a humanidade – e muito pior para os peixes”.
(Oliver Wendell Holmes – 1860)
Visão do Mundo e do Homem.
“É medíocre a idéia hoje em dia de se reformar o sistema médico, o de saúde, o educacional, o social, o político, o econômico, se não se olhar o ser humano como um ser global, intimamente relacionado ao seu meio ambiente. O alicerce onde está plantado o edifício do pensar científico atual se apresenta corroído pela visão simplória que se tem do ser humano. Chegamos a um grau de evolução tal que não se pode mais considerar a natureza fragmentada nem isolada de um contexto global, como deseja a ciência atual”.
In: J. Marques – Repensar a Ciência, 1996.