24
Centro Universitário FAG JAQUELINE SUELEN LOEBLEIN LEVANTAMENTO DA ENTOMOFAUNA DE INTERESSE FORENSE PARA A REGIÃO SUL DO BRASIL. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA CASCAVEL 2018

Centro Universitário FAG

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Centro Universitário FAG

1

Centro Universitário FAG

JAQUELINE SUELEN LOEBLEIN

LEVANTAMENTO DA ENTOMOFAUNA DE INTERESSE FORENSE PARA A REGIÃO

SUL DO BRASIL. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

CASCAVEL

2018

Page 2: Centro Universitário FAG

2

JAQUELINE SUELEN LOEBLEIN

LEVANTAMENTO DA ENTOMOFAUNA DE INTERESSE FORENSE PARA A REGIÃO

SUL DO BRASIL. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Trabalho apresentado como requisito de conclusão da disciplina

de Trabalho de Conclusão de Curso, do curso de Perícia Forense,

do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz-FAG.

Prof. Orientador: Me. Claudinei Mesquita da Silva.

CASCAVEL

2018

Page 3: Centro Universitário FAG

3

LEVANTAMENTO DA ENTOMOFAUNA DE INTERESSE FORENSE PARA A REGIÃO

SUL DO BRASIL. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

LOEBLEIN, Jaqueline Suelen1

DA SILVA, Claudinei Mesquita2

RESUMO

Entomologia forense é a ciência que estuda a aplicação dos insetos para a resolução de crimes, diante disso, realizou-se

uma busca eletrônica de publicações da entomofauna de importância forense na região Sul do Brasil. A pesquisa incluiu

quatro bancos de dados (Scopus, Web of Science, MEDLINE e SciELO). Dos 65 artigos selecionados nas bases de dados

um total de 12 estudos atenderam aos critérios de elegibilidade, publicados entre abril de 1997 a maio de 2018. Foram

compilados 211 registros de 30 famílias alocados em sete ordens, destacando-se as ordens Diptera, Coleoptera e

Hymenoptera, consideradas de maior interesse forense. Os registros mostraram que houve um aumento do número de

estudos a partir de 2007, onde 58% foram desenvolvidos no estado do Paraná. Verificou-se que o modelo biológico mais

utilizado para avaliar a diversidade de espécies foi o coelho (Oryctolagus c. L.), diferindo das recomendações para

desenvolver este tipo de estudo. A condição experimental do modelo biológico não foi citada em nenhum dos artigos

analisados, assim como foram escassas as informações referentes aos dados climáticos durante o período experimental.

A análise dos resultados demonstra a importância da entomologia forense em investigações criminais.

PALAVRAS-CHAVE: Entomologia. Intervalo pós-morte. Modelo Biológico. Coleoptera. Diptera.

SURVEY OF THE ENTOMOFAUNA OF FORENSIC INTEREST FOR THE SOUTHERN

REGION OF BRAZIL. A BIBLIOGRAPHIC REVIEW

ABSTRACT

Forensic entomology is the science that studies the application of insects to the resolution of crimes, this study was carried

out an electronic search of publications of entomofauna of forensic importance in the southern region of Brazil. The

research included four databases (Scopus, Web of Science, MEDLINE and SciELO). Of the 65 articles selected in the

databases, a total of 12 studies was eligibilitd, published between April 1997 and May 2018. A total of 211 records were

compiled from 30 families allocated in seven orders, of which Diptera, Coleoptera and Hymenoptera, considered of

greater forensic interest. The records showed that there was an increase in the number of studies since 2007, where 58%

were developed in the state of Paraná. It was verified that the biological model most used to evaluate the diversity of

species was the rabbit (Oryctolagus c. L.), differing from the recommendations to develop this type of study. The

experimental condition of the biological model was not mentioned in any of the articles analyzed, as weel as, there is a

back-of information regarding the climatic data during the experimental period. The analysis demonstrated the importance

of forensic entomology in criminal investigations.

KEYWORDS: Entomology. Postmortem interval. Biological Model. Coleoptera. Diptera.

1. INTRODUÇÃO

A aplicação da entomologia forense em investigações criminais relacionadas a ocorrências de

encontro de cadáver é importante pelo fato de os insetos serem as primeiras espécies de animais a

encontrar um cadáver, utilizando-o como fonte proteica, sítio de cópula e estímulo a oviposição

1 Bióloga licenciada. Pós-graduanda em Perícia Forense pelo Centro Universitário Assis Gurgacz – FAG. Mestranda em

Conservação e Manejo de Recursos Naturais pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.

[email protected] 2 Farmacêutico. Mestre em Biologia Molecular. Doutorando em Ciências pela Universidade Estadual de Maringá –

UEM. Professor da FAG – curso de Farmácia e da Pós-FAG em Perícia Forense. [email protected]

Page 4: Centro Universitário FAG

4

(CATTS & GOFF, 1992). Ocorrida a morte, o tecido animal representa um recurso energético para

insetos, que são atraídos em função dos gases liberados durante o processo de decomposição

(MAGAÑA, 2001), estes estão presentes em todas as fases de decomposição e em uma sequência

previsível (DILLON, 1997).

Durante o processo de decomposição os insetos cumprem diversas funções. Os insetos de

importância forense que fazem o aproveitamento direto e indireto da carcaça são agrupados em

categorias ecológicas, sendo elas: necrófagos, que se alimentam da carcaça, predadores e parasitas,

que se alimentam de outros insetos e onívoros, que se alimentam tanto do cadáver quanto de seus

colonizadores (ROMOSER, 2004).

Este grupo de insetos que compõem a entomofauna de importância forense colonizam o cadáver

em diferentes etapas da decomposição, havendo colonização deste ambiente tanto quanto o recurso

permitir, aproveitando o recurso por um período limitado, este processo de mudança temporal é

denominado sucessão faunística, sendo este padrão constante, o mesmo pode ser altamente

informativo (CATTS & GOFF, 1992; BENECKE, 2005; MISE et al., 2007). Desta forma, o estudo

de insetos associados a cadáveres e sua sucessão faunística podem auxiliar na resolução de crimes e

compreensão de suas circunstâncias (ANDERSON & HOBISCHAK, 2004).

A entomologia forense aplica-se principalmente na estimativa do intervalo pós-morte (IPM),

calculado principalmente pelo sistema sucessional padrão de insetos na carcaça e pela idade e taxa de

desenvolvimento dos imaturos coletados (MAGAÑA, 2001; TABOR et al., 2004; WELLS &

LAMOTTE, 2010). Esta fauna é reprensentada principalmente por moscas (Diptera), besouros

(Coleoptera) e formigas (Hymenoptera) (BENECKE, 2001; CAMPOBASSO et al., 2001). Entre estes

grupos, moscas e besouros, respectivamente, são os mais estudados e utilizados na estimativa do IPM,

porém os dipteros são considerados de maior interesse forense (GOFF, 1991; GRASSBERGER &

REITER, 2001; RICHARDSON & GOFF, 2001; GRASSBERGER et al., 2003; MIDGLEY &

VILLET, 2009; VELÁSQUEZ & VILORIA, 2009, 2010; LECHETA et al., 2015).

Assim, considerando a contribuição da entomologia para o campo das ciências forenses, este

trabalho teve por objetivo reunir informações para o conhecimento dos táxons que compõem a

entomofauna de interesse forense para a região Sul do Brasil. Para isso, I) foram identificados os

estudos sobre sucessão faunística da região Sul, II) identificou-se o modelo biológico mais utilizado

e III) compilaram-se os dados referentes aos táxons de importância forense. Por fim, discutiram-se as

variáveis coletadas na literatura analisada e suas aplicações na entomologia forense.

Page 5: Centro Universitário FAG

5

2. METODOLOGIA

2.1 TIPO DE ESTUDO

O presente estudo é uma revisão bibliográfica com busca de artigos completos disponíveis em

bases de dados eletrônicas definidas para a busca de dados e identificados através das palavras-chave

utilizadas na literatura científica da área forense.

2.2 PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA

Foi procedida a busca de artigos completos: identificados através das palavras-chave utilizadas

na literatura científica da área forense, disponíveis em bases de dados voltadas as áreas de ciências

forenses e criminalística e que atendiam aos critérios de elegibilidade estipulados para o presente

estudo. A tabela de táxons da entomofauna de importância forense foi baseada em dados secundários

provenientes da literatura publicada em periódicos nacionais e internacionais. Foram considerados

estudos de entomologia forense, sucessão ecológica e levantamento de entomofauna realizados na

região Sul do Brasil.

Os táxons com potencial de importância forense seguiram dois critérios: listas de famílias de

artrópodes associados a carcaças e seu hábito alimentar. Os táxons listados neste estudo são descritos

na literatura como necrófagos, predadores ou onívoros. Para isso, foram selecionarados todos os

artigos publicados nas bases de dados eletrônicas predominantemente recomendadas para estudos que

buscam evidências científicas nas áreas das ciências biológicas e forenses, sendo estas Scopus, Web

of Science, MEDLINE e SciELO, sem restrição de idioma ou data de publicação.

Para a pesquisa nas bases de dados foram utilizadas as palavras-chave sozinhas ou em

combinação para ampliar as possibilidades de obter resultados significativos referentes ao tema da

revisão, sendo elas: entomologia forense, ciências forenses, sucessão, insecta, artrópodes e carcaça,

considerando o uso das palavras-chave em língua portuguesa, inglês e espanhol, individualmente ou

em combinação.

Todas as estratégias de busca foram aplicadas entre os meses de abril e agosto de 2018. O

gerenciamento dos arquivos encontrados foi realizado através do software Mendeley, com o objetivo

de controle e identificação das referências bibliográficas utilizadas.

Page 6: Centro Universitário FAG

6

2.3 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

Para seleção das publicações foram utilizados os seguintes critérios: I) mencionar no título e

resumo pelo menos duas palavras-chave utilizadas na pesquisa, II) uso de um modelo biológico

animal para conhecer a sucessão de insetos no processo de decomposição, III) menção da lista de

espécies encontradas durante o processo de decomposição, IV) identificação de espécies de interesse

forense e/ou insetos acidentais V) estudos realizados na região Sul do Brasil.

Além disso, foram excluídos os estudos que: I) Incluíam dados referentes a entomofauna de

interesse forense obtidos apenas das demais regiões do país e II) estudos realizados exclusivamente

em condições de laboratório. Não foram incluídos na tabela os dados referentes a insetos acidentais.

2.4 SELEÇÃO DE ESTUDOS E OBTENÇÃO DOS DADOS

Os títulos e resumos dos trabalhos obtidos foram selecionados de acordo com os critérios de

elegibilidade estipulados, a partir disso um banco de dados foi construído com base em critérios

relacionados a entomofauna associada a cadáveres em processo de decomposição. O banco de dados

foi desenvolvido em planilha do programa Microsoft Excel. Dos estudos selecionados foram

extraídos os seguintes dados: ano, autor, título, revista, país, estado, região e localidade.

Para o modelo biológico animal foram utilizados os dados de espécie, condição experimental,

etapa de vida e peso. Para a entomofauna de interesse forense obtiveram-se os dados de ordem,

família, espécie e categoria ecológica. Identificou-se também se os estudos consideraram as variáveis

ambientas dos locais em que os experimentos foram conduzidos, como: altitude, temperatura,

umidade, precipitação, estação do ano, clima e cobertura da vegetação.

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 ENTOMOLOGIA FORENSE

A entomologia forense é caracterizada pela aplicação do estudo dos insetos na área criminal,

como uma ferramenta na investigação e resolução de crimes, podendo auxiliar na resolução das

causas da morte e suas circunstâncias, como o uso de substâncias tóxicas, local de crime e

principalmente sobre o tempo decorrido entre a morte e o descobrimento do cadáver, o Intervalo Pós-

Morte (IPM) (DESUÓ et al., 2010).

Page 7: Centro Universitário FAG

7

A entomologia forense é dividida em três áreas, sendo elas: urbana, onde o estudo dos insetos

é aplicado a danos em imóveis e ao ambiente; produtos estocados, que trata da contaminação de

produtos comerciais estocados e médico-legal, que refere-se ao uso dos insetos na resolução de

crimes, geralmente violentos, incluindo abuso sexual e maus-tratos (LORD & STEVENSON, 1986).

3.2 ENTOMOLOGIA FORENSE NO BRASIL

Os primeiros trabalhos desenvolvidos no Brasil relacionados a entomologia forense foram

publicados por Oscar Freire e Roquette-Pinto, em meados de 1908, nos estados do Rio de Janeiro e

da Bahia, visando desenvolver métodos adequados as condições locais do Brasil. As pesquisas foram

realizadas com cadáveres humanos e pequenos animais, entre os resultados obtidos estavam coleções

de insetos necrófagos, estudos de caso sobre a fauna cadavérica encontrada e sua diversidade em

diferentes regiões, principalmente sobre a diversidade encontrada nos trópicos (PUJOL-LUZ et al.,

2008).

As pesquisas pararam de progredir entre 1940 e 1980, após este período alguns pesquisadores

retomaram suas pesquisas e a partir do ano 2000 surgiram novos pesquisadores distribuídos em todo

o país e se passou a pesquisar outros aspectos da entomofauna forense, além das espécies com

potencial forense e sua sucessão faunística (PROÊNCIO, 2011).

3.3 FAUNA CADAVÉRICA E SUCESSÃO ENTOMOLÓGICA

Durante o processo de decomposição de um cadáver a colonização ocorre em um processo de

sucessão, em que as várias espécies de insetos chegam em diferentes intervalos de tempo,

ocasionando uma substituição ou adição de espécies (NUORTEVA, 1977; SMITH, 1986). Além

disso, o processo de sucessão entomológica ou sucessão faunística também está relacionado aos

estágios de decomposição do cadáver, pois as espécies apresentam certa preferência por determinados

estágios (CARVALHO & LINHARES, 2001; CARVALHO et al., 2004).

Este grupo de insetos que formam um complexo de espécies associadas ao processo de

decomposição podem ser alocadas em quatro categorias ecológicas segundo Smith (1986), sendo

elas: I) Necrófagos, II) Onívoros, III) Parasitas e predadores e IV) Acidentais. Os necrófagos incluem

as espécies que se alimentam dos tecidos da carcaça, estando incluídos neste grupo os principais

insetos de importância forense: as moscas e besouros. O grupo dos onívoros é composto por espécies

que podem influenciar os processos de decomposição dependendo do tamanho de suas populações

Page 8: Centro Universitário FAG

8

no cadáver, este grupo alimenta-se de mais de um tipo de matéria orgânica, incluindo ocasionalmente

a carcaça e a fauna associada, sendo composto por vespas, formigas (Hymenoptera) e besouros. Os

parasitas e predadores alimentam-se e parasitam os insetos necrófagos, podendo interferir na

estimativa do IPM, neste grupo estão inclusas algumas famílias de besouros, moscas e vespas. Por

fim, o grupo dos insetos acidentais é composto por espécies que utilizam o cadáver como uma

extensão do seu habitat usual, visitando a carcaça em busca de refúgio, microambiente favorável e

local de pouso e postura (CRUZ & VASCONCELOS, 2006).

No processo de decomposição algumas espécies não só visitam a carcaça, mas também a

utilizam como um recurso nas suas fases imaturas de desenvolvimento (KEH, 1985). Durante a

sucessão entomológica os dípteros adultos são os primeiros insetos a encontrarem o cadáver, fazendo-

se presentes minutos após a morte, portanto a ordem de maior interesse. Na sequência os coleópteros

com grande número de representantes necrófagos aumentam em número de indivíduos e espécies

durante as fases avançadas de decomposição em ambientes abertos, Hymenoptera, principalmente a

família Formicidae, sendo encontrados durante todo o processo de decomposição, podendo se

comportar como necrófagas ou predadoras de larvas de outros insetos provenientes de outras ordens

(SANTANA, 2006; URURAHY-RODRIGUES et al., 2008).

3.4 ESTIMATIVA DO INTERVALO PÓS-MORTE (IPM)

O Intervalo Pós-Morte (IPM) consiste no tempo transcorrido entre a morte e o encontro do

cadáver. Poucas horas após a morte o IPM pode ser estimado através da observação dos fenômenos

cadavéricos (livor mortis, algor mortis e rigor mortis), porém, após o decorrer de 72 horas estes

parâmetros não são mais apropriados para estimar o tempo de óbito, neste caso o método

entomológico pode ser utilizado para estimativa do IPM (CAMPOBASSO et al., 2001; MARTINEZ

et al., 2007).

A determinação do IPM utilizando a entomologia forense é realizada através de dois métodos,

o IPM mínimo e o IPM máximo. O emprego do IPM mínimo acontece quando se localiza o corpo na

fase inicial de decomposição, neste caso avalia-se diretamente a idade dos espécimes mais

desenvolvidos que forem encontrados no corpo (geralmente larvas), e os relaciona ao tempo

necessário que estes espécimes necessitam para atingir tal desenvolvimento, determinando desta

forma o período mínimo que o cadáver foi exposto (OLIVEIRA-COSTA, 2003).

Para realizar o cálculo do IPM mínimo é necessário ter como base o último estágio larval obtido

na cena de crime, pois, ele corresponderá as primeiras atividades de postura, fator este que determina

Page 9: Centro Universitário FAG

9

o tempo mínimo de exposição do cadáver (OLIVEIRA-COSTA, 2011). Determinada a idade dos

espécimes é calculado o grau-dia acumulado (GDA) comparando-se a temperatura em que as larvas

estavam expostas em campo com a idade e a temperatura que o inseto precisa para terminar o seu

desenvolvimento larval, segundo a literatura e assim determinar o IPM mínimo (OLIVEIRA-

COSTA, 2003; QUEIROZ et al., 2010).

O IPM máximo é determinado através da sucessão entomológica da fauna cadavérica,

geralmente é utilizado em situações que o corpo se encontra em estado avançado de decomposição,

neste caso, é observada a presença de pupas no local, sugerindo o término de um ciclo. Nesta situação

não são utilizados espécimes imaturos para desenvolver a biologia e o GDA, pois será encontrado

mais de um ciclo no cadáver (OLIVEIRA-COSTA, 2003).

Para a determinação do IPM mínimo e máximo também é necessário considerar os fatores

encontrados no local da morte, como o tipo do local, já que em casos de morte em ambiente fechado

o próprio local impede ou retarda a chegada dos insetos ao cadáver, podendo interferir na estimativa

do IPM, além das condições climáticas e época do ano, pois estas condições podem aumentar ou

retardar o tempo de desenvolvimento dos insetos, encurtar ou acelerar a taxa de decomposição do

cadáver ou ainda prejudicar o padrão de sucessão entomológica (OLIVEIRA-COSTA, 2003, 2011;

PINHEIRO et al., 2012; ALBERNON et al., 2015; FARRELL et al., 2015).

3.5 FASES DE DECOMPOSIÇÃO

O processo de decomposição ocorre em diferentes fases que podem variar quanto a sua divisão

e em número de acordo com o autor. Segundo Santana (2006) cinco fases compõem o processo de

decomposição, como segue:

3.5.1 Inicial

Inicia com a perda de calor até a temperatura igualar-se ao meio (algor mortis) ocorrendo a

rigidez do corpo (rigor mortis), neste período o corpo apresenta decomposição interna através da ação

de micro-organismos.

3.5.2 Inchamento

Nesta fase ocorre o aparecimento de uma mancha verde no abdome com tendência a aumentar,

consequente da formação de gases sulfurados, derivados da ação de micro-organismos. Nesta fase

Page 10: Centro Universitário FAG

10

ocorre a emergência de bolhas na pele por onde líquidos e gases são liberados e as mucosas da cabeça

e região perianal são intensamente consumidas por larvas de dípteros.

3.5.3 Deterioração

Ocorre grande perda de massa corpórea através da liquefação dos tecidos e liberação dos gases,

intensificando o odor de putrefação, marcada pela intensa atividade de larvas de dípteros e

coleópteros.

3.5.4 Seco

Ocorre a evaporação tegumentar, desidratação dos tecidos que restam (secando por fora) e o

aparecimento de fungos. Nesta fase, a atividade de espécimes imaturas de dípteros diminui e aumenta

a atividade dos imaturos de coleópteros.

3.5.5 Restos

A carcaça encontra-se apenas composta por ossos ou pele e ossos, não havendo mais a atividade

intensa de decompositores.

A velocidade do processo de decomposição pode variar devido a ação de fatores abióticos

(temperatura, umidade, precipitação e insolação) que influenciam a ação dos insetos. Além disso,

fatores bióticos como o modo de morte, local e modo de exposição também podem alterar o

sincronismo estabelecido pela literatura, sendo necessário levar em consideração que mudanças

climáticas podem alterar a distribuição de muitas espécies que compõem a fauna decompositora

(SMITH, 1986; MONTEIRO-FILHO & PENEREIRO, 1987; CARVALHO & LINHARES, 2001;

TURCHETTO & VANIN, 2001).

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Dos 65 artigos encontrados nas bases de dados, um total de 12 foram selecionados sobre os

táxons que compõem a entomofauna de importância forense da região Sul do Brasil. Os mesmos

Page 11: Centro Universitário FAG

11

foram publicados entre 1997 e 2018 obtendo um maior número de publicações a partir de 2007 com

o maior registro tendo ocorrido no ano de 2017 (Figura 1).

Figura 1 – Frequência de artigos publicados sobre entomologia forense no Sul do Brasil no período de 1997-2018.

Fonte: Dados da pesquisa.

Este recente aumento dos estudos na área da entomologia forense está relacionado ao

reconhecimento desta ciência como uma ferramenta de investigações policiais, assim como o

surgimento de manuais que detalham os procedimentos de coleta e uso de evidencias entomológicas

(GÓMEZ-GÓMEZ et al., 2007). Além disso, é possível que o aumento dos estudos de entomologia

com aplicação na medicina legal resulte da presença de um problema frequente dentro da investigação

criminal: estipular critérios de temporalidade quando se encontra um cadáver humano em processo

de decomposição (MOLINA-CHÁVEZ, 2009).

Os artigos selecionados na busca foram publicados em sete revistas, cinco delas são periódicos

nacionais. Um total de 50% dos artigos foram publicados principalmente em duas revistas:

EntomoBrasilis e Revista Brasileira de Entomologia. Observou-se que os autores levam em

consideração a cobertura das revistas para atingir o público alvo, que neste caso é a área da

entomologia (Figura 2).

Na maioria dos estudos forenses, os modelos biológicos experimentais utilizados são suínos

domésticos, por serem onívoros e devido a constituição do tegumento e fauna intestinal serem

similares, em termos de decomposição, aos seres humanos (CAMPOBASSO et al., 2001;

SCHOENLY et al., 2006). Apesar disso, o modelo biológico mais utilizado na literatura analisada foi

o coelho (Oryctolagus c. L.), correspondendo a 30% dos estudos encontrados (Figura 3). Este fato

pode estar relacionado a dificuldade em obter tais animais, transporte ao local de condução do

experimento e abate do mesmo, já que este último é realizado no local de exposição da carcaça,

Page 12: Centro Universitário FAG

12

justificando assim a escolha por um modelo biológico de menor porte ou até mesmo o uso de

armadilhas para captura da entomofauna necrófila, como ferramenta complementar para coleta de

espécimes ao longo dos estudos (MORÓN & TERRÓN, 1984).

Figura 2 – Frequência de artigos publicados por revista sobre estudos de entomologia forense na região Sul do Brasil.

Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 3 – Modelos biológicos utilizados nos estudos de Entomologia forense na região Sul do Brasil.

Fonte: Dados da pesquisa.

A maioria das publicações utilizadas para a presente revisão são provenientes de estudos do

estado do Paraná (58%), seguido pelo estado do Rio Grande do Sul (42%). Não foram encontrados

artigos publicados proveniente do estado de Santa Catarina, tal fato pode estar relacionado a própria

escassez de estudos desta área a nível de estado/país ou até mesmo a estratégia de busca e bases de

0 1 2 3

Florida Entomologist

Revista Biotemas

Memórias do Instituto Oswaldo Cruz

Brazilian Journal of Biology

Journal of Medical Entomology

Revista Brasileira de Entomologia

EntomoBrasilis

Gambá

Humano

Rato

Frango

Porco

Coelho

Page 13: Centro Universitário FAG

13

dados utilizada para a pesquisa. Outro dado interessante é o fato de nenhum dos artigos analisados

citar a condição experimental e etapa de vida do modelo biológico utilizado (vestido, nu, filhote,

adulto, etc.). Assim como foram excassas as informações referentes as condições ambientais no

decorrer do período experimental, limitando-se a registrar as espécies de insetos presentes no decorrer

do estudo.

A pesquisa realizada nos 12 artigos selecionados listou um total de 211 registros de 39 famílias

e sete ordens, alocados a dois estados brasileiros (PR e RS) (Tabela 1).

Tabela 1 – Lista compilada da entomofauna de interesse forense para a região Sul do Brasil.

COLEOPTERA

Família/Espécie Dieta/Carcaça Local de registro Referência

STAPHYLINIDAE

Aleochara bonariensis Coelho (Oryctolagus c. L.) Ribeirão do Pinhal (PR) Silva & Santos, 2012

Neohypnos aff. attenuates Coelho (Oryctolagus c. L.) Ribeirão do Pinhal (PR) Silva & Santos, 2012

Osorius sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Ribeirão do Pinhal (PR) Silva & Santos, 2012

Piestus sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Ribeirão do Pinhal (PR) Silva & Santos, 2012

Larvae of Staphylinidae sp. 1 Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2013

Larvae of Staphylinidae sp. 2 Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2013

Larvae of Staphylinidae sp. 3 Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2013

Atheta iheringi Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Athetini sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Aleochara pseudochrysorrhoa Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Dysanellus sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Xantholinini sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Staphilinini sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Coproporus sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Sepedophilus sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Aleocharinae sp. 1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Aleochara sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Ocalea sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Philonthus sp.4 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Philonthus sp.3 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Anotylus sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Aleochara sp.2 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Belonuchus sp Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Anotylus sp.2 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Echiaster sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Quedius sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Philonthus sp.2 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Lissohypnus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Philonthus sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Lepitacnus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Nacaeus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Oxypodini sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Page 14: Centro Universitário FAG

14

Carpelinus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Staphylininae sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Eulissus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Cilea sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Heterotops sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Neohypnus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Platydracus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Thoracophorus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Ocalea sp.2 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Philonthina sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Philonthus sp.5 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Philonthus sp.6 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Aleochara sp.3 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Xanthopygus sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Creophilus variegatus Mannerheim Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Gastrisus sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Capão do Leão (RS) Souza et al., 2008

CARABIDAE

Bembidiini sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Ribeirão do Pinhal (PR) Silva & Santos, 2012

Omophronini sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Ribeirão do Pinhal (PR) Silva & Santos, 2012

Pogonini sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Ribeirão do Pinhal (PR) Silva & Santos, 2012

Carabidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Carabidae sp.2 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Carabidae sp.3 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Carabidae sp.4 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Carabidae sp.5 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Bradycellus sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Harpas sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Mesus sp Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Tetrarca brasiliensis (Kirky) Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Notória sp Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Odontocheila Chris (Fabricius) Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Cicindelinae sp. 1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

CHOLEVIDAE

Dissochaetus murray Reitter Rato (Rattus norvegicus) Curitiba (PR) Moura et al., 1997

CLERIDAE

Necrobia rufipes Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Necrobia ruficollis Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

CHRYSOMELIDAE

Chrysomelidae sp.1 Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Chrysomelidae sp.2 Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Chrysomelidae sp.3 Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

CURCULIONIDAE

Curculionidae sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Naupactus auricinctus (Boheman) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

DERMESTIDAE

Dermestes maculatus Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

ELATERIDAE

Page 15: Centro Universitário FAG

15

Elateridae sp.1 Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Elateridae sp.2 Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Conoderus sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Conoderus abbreviatus (Germar) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

HISTERIDAE

Aeletes sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2013

Operclipygus subterraneus Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Euspilotus nigrita (Blanchard) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Euspilotus azureus sp. Frango e Porco (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Caneparo et al., 2017

Hister sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Euspilotus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Phelister sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Omalodes foveola Erichson Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Saprinus sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Hololepta reichii (Marseul) Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

HYBOSORIDAE

Chaetodus exaratus Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Hybosoridae sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

HYDROPHILIDAE

Hydrophilidae sp.3 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Hydrophilidae sp.4 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Hydrophilidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Hydrophilidae sp.2 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Pelossoma sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Cercyon sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Dactylosternum sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2013

LAMPYRIDAE

Photinus sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

LEIODIDAE

Hydnobius sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Dissochaetus sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Dissochaetus murrayi Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Leiodidae spp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

NITIDULIDAE

Colopterus sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Ribeirão do Pinhal (PR) Silva & Santos, 2012

Nitidulidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Carpophilus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Nitidulidae sp.2 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Nitidulidae sp.3 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Stelidota sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

PTILIIDAE

Ptiliidae sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2013

RHIZOPHAGIDAE

Rhizophagidae sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

SCARABAEIDAE

Ataenius spp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Dichotomius assifer Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Corrêa et al., 2014

Page 16: Centro Universitário FAG

16

Canthon sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Canthon mutabilis (Lucas) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Scarabaeinae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Canthidium sp Rato (Rattus norvegicus) Curitiba (PR) Moura et al., 1997

Pinotus sp. Rato (Rattus norvegicus) Curitiba (PR) Moura et al., 1997

Eurysthernus sp. Rato (Rattus norvegicus) Curitiba (PR) Moura et al., 1997

Megathopa sp. Rato (Rattus norvegicus) Curitiba (PR) Moura et al., 1997

Phaenaeus saphirinus Sturm Rato (Rattus norvegicus) Curitiba (PR) Moura et al., 1997

Dichotomius sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Aphodiinae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Leucothyreus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Atenius picinus Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Dyscinetus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Ontherus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Onthophagus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Ataenius picinus Harold Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Canthidium trinodosum (Boheman) Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Canthon conformis Harold Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Canthon quinquemaculatus Castelnau Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Coprophanaeus milon Blanchard Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Coprophanaeus saphirinus Sturm Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Deltochilum sculpturatum Felsche Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Eurysternus caribaeus Herbst Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Eurysternus parallelus Castelnau Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Ontherus sulcator Fabricius Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Onthophagus tristis Harold Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Onthophagus hirculus Mannerheim Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Uroxys terminalis Waterhouse Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

Uroxys sp. Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

SCIRTIDAE

Scirtidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

SILPHIDAE

Oxelytrum spp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2013

Oxelytrum discicolle Rato (Rattus norvegicus) Curitiba (PR) Moura et al., 1997

Oxelytrum erythrurum (Blanchard) Rato (Rattus norvegicus) Santa Maria (RS) Costa-Silva et al., 2017

TENEBRIONIDAE

Lagria vilosa Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Tenebrionidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Tenebrionidae sp.2 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Tenebrionidae sp.3 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Tenebrionidae sp.4 Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

TROGIDAE

Polynoncus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

Omorgus sp. Suíno (Sus scrofa L.) Curitiba (PR) Mise et al., 2007

DÍPTERA

Família/Espécie Dieta/Carcaça Local de registro Referência

CALLIPHORIDAE

Page 17: Centro Universitário FAG

17

Calliphora vicina Robineau-Desvoidy Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Chrysomya albiceps (Wiedemann) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Chrysomya megacephala (Fabricius) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Chrysomya putoria (Wiedemann) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Cochliomyia macellaria (Fabricius) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Hemilucilia semidiaphana (Rondani) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Lucilia eximia (Wiedemann) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Hemilucilia segmentaria (Fabricius) Coelho (Oryctolagus c. L.) Capão do Leão (RS) Souza et al., 2008

Sarconesia chlorogaster (Wiedmann) Coelho (Oryctolagus c. L.) Capão do Leão (RS) Souza et al., 2008

Phaenicia eximia (Wied.) Rato (Rattus norvegicus) Curitiba (PR) Moura et al., 1997

Paralucilia pseudolyrcea Humano (Homo sapiens) Curitiba (PR) Silva et al., 2018

FANNIIDAE

Fannia sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Fannia pusio (Wiedemann) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Fannia trimaculata (Stein) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

LAUXAMIIDAE

Lauxamiidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

MUSCIDAE

Biopyrellia bipuncta (Wiedemann) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Musca domestica Linnaeus Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Ophyra aenescens (Wiedemann) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Ophyra albuquerquei Lopes Frango Pelotas (RS) Kruger et al., 2011

Ophyra solitaria Albuquerque Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Muscina stabulans (Fallén) Coelho (Oryctolagus c. L.) Capão do Leão (RS) Souza et al., 2008

Synthesiomyia nudiseta (Wulp) Coelho (Oryctolagus c. L.) Capão do Leão (RS) Souza et al., 2008

Psilochaeta pampiana Gambá-de-orelha-branca Pelotas (RS) Silva et al., 2010

Stomoxys calcitrans Gambá-de-orelha-branca Pelotas (RS) Silva et al., 2010

PIOPHILIDAE

Piophilidae sp. 1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Piophilidae sp. 2 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Piophilidae sp. 3 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

SARCOPHAGIDAE

Blaesoxipha denieri (Blanchard) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Blaesoxipha lanei (Lopes) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Microcerella halli (Engel) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Oxysarcodesia thornax (Walker) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Oxysarcodesia avuncula (Lopes) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Ravinia belforti (Prado & Fonseca) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Sarcophagidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Peckia (Pattonella) resona (Lopes) Coelho (Oryctolagus c. L.) Capão do Leão (RS) Souza et al., 2008

Sarcophaga (Lyopygia) crassipalpis Coelho (Oryctolagus c. L.) Capão do Leão (RS) Souza et al., 2008

SIRPHIDAE

Toxomerus sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

STRATIOMYIDAE

Hermetia illucens (Linnaeus) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

TABANIDAE

Tabanus sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Page 18: Centro Universitário FAG

18

Fonte: Dados da pesquisa.

Na Tabela 1 foram incluídos os dados referentes ao táxon (ordem, família e espécie), substrato

(dieta/carcaça), distribuição (cidade/estado) e referência onde os dados foram originalmente citados.

A Ordem Coleoptera foi a mais diversificada, contando com 21 famílias e 150 espécies identificadas,

HYMENOPTERA

Família/Espécie Dieta/Carcaça Local de registro Referência

APIDAE

Scaptotrigona bipunctata (Lepeletier) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

FORMICIDAE

Acromyrmex sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Atta sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Camponotus sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Camponotus rufipes Fabricius Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Ectatomma sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Formicidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Formicinae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Iridomyrmex sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Odontomachus sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Ponerinae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Pheidole sp. Coelho (Oryctolagus c. L.) Capão do Leão (RS) Souza et al., 2008

Solenopsis sp. Rato (Rattus norvegicus) Curitiba (PR) Moura et al., 1997

VESPIDAE Polybia sericea (Olivier) Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

HEMIPTERA

Família/Espécie Dieta/Carcaça Local de registro Referência

LYGAEIDAE

Lygaeidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

RHOPALIDAE Rhopalidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

ORTHOPTERA

Família/Espécie Dieta/Carcaça Local de registro Referência

ACRIDIDAE

Acrididae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Dichroplus sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Ronderosia sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

GRYLLIDAE Gryllidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

ODONATA

Família/Espécie Dieta/Carcaça Local de registro Referência

LIBELLULIDAE Libellulidae sp.1 Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

LEPIDOPTERA

Família/Espécie Dieta/Carcaça Local de registro Referência

NYMPHALIDAE Diaethria clymena meridionalis Suíno (Sus scrofa L.) Porto Alegre (RS) Ries & Blochtein, 2015

Page 19: Centro Universitário FAG

19

seguida por Diptera com nove famílias e 39 espécies, e Hymenoptera com três famílias e 14 espécies.

As demais ordens compuseram seis famílias e um total de oito espécies.

Os coleópteros representam o maior e mais diverso grupo do Reino Animal, com

aproximadamente 400 mil espécies mundialmente conhecidas, com vários representantes necrófagos,

sendo a maioria predadores, existindo variação de hábito alimentar entre a fase adulta e a larval

(GOFF, 1991; BOUCHARD et al., 2011). Apesar de não ser considerada a ordem de maior interesse

forense quando são encontrados cadáveres humanos na fase seca, os coleópteros tornam-se a principal

evidência entomológica para a determinação do Intervalo Pós-Morte, baseado principalmente no

padrão de sucessão faunística (GOFF, 1991; KULSHRESTA & SATPATHY, 2001). A

representatividade do número de registros de espécies de coleópteros de interesse forense disponíveis

no estado do Paraná observada no presente estudo corrobora com um levantamento de espécies de

coleópteros de importância forense para o Brasil, realizado por Almeida e colaboradores (2015).

A Ordem Diptera é considerada de maior interesse forense, devido a predominância de algumas

famílias durante os estágios iniciais de decomposição, atribuído a alta percepção de odores a grandes

distâncias da carcaça e seu uso frequente de matéria animal em decomposição como sítio de

desenvolvimento (SMITH, 1986; GOFF, 1991; STEVENS, 2003). Segundo Wells & LaMotte (2010)

no IPM superior a três dias os dados ecológicos principalmente de dipteros das famílias Calliphoridae,

Sarcophagidae e Muscidae são mais robustos que os métodos tradicionais para determinar o IPM

(SMITH, 1986).

Em relação a Ordem Hymenoptera, composta em sua maioria pela família Formicidae, são

geralmente relatadas nos estudos de sucessão faunítica como onívoros, apesar disso apresentam

importante participação em regiões tropicais na predação de ovos, larvas e pupas de dípteros, atuando

na regulação populacional de espécies de moscas (SOUZA et al., 2008). As demais ordens citadas

ocorrem com menor frequência no processo de decomposição e, por isso, são consideradas com

menor potencial para aplicação nas ciências forenses.

Apezar do limitado número de artigos científicos na área do estudo devido ao recente interesse

pelo assunto, o estudo apresenta limitado número de referências, entretanto a abordagem do tema foi

ampla e abrangente mediante o proposto.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente revisão de literatura identificou os principais táxons que compõem a entomofauna

de interesse forense na região Sul do Brasil; Apesar dos limitados estudos nesta área foi possível

Page 20: Centro Universitário FAG

20

evidenciar a importância da aplicação da entomologia forense na área civil e criminosa e seu potencial

para a resolução de crimes. Além disso, verificou-se a necessidade do registro adequado das variáveis

ambientais e condições do modelo biológico durante o período experimental em futuros estudos, para

que assim haja uma melhor compreensão do processo de sucessão faunística e suas aplicações em

investigações criminais.

REFERÊNCIAS

ALBERNON, C. et al. In Vitro Effects of Household Products on Calliphoridae Larvae

Development: Implication for Forensic Entomology. Journal of forensic Sciences, Manhattan, v.

60, n. 1, p. 226 – 232, Jan. 2015.

ALMEIDA, L.M.; CORRÊA, R.C.; GROSSI, P.C. Coleoptera species of forensic importance from

Brazil: an updated list. Revista Brasileira de Entomologia, v. 59, n. 4, p. 274-284, Oct/Dec. 2015.

ANDERSON, G.S.; HOBISCHAK, N. R. Decomposition of carrion in the marine environment in

British Columbia, Canada. International Journal of Legal Medicine, v. 118, n. 4, p. 206-209,

Aug. 2004.

BENECKE, M. A brief history of forensic entomology. Forensic Science International, v. 120,

n.1, p. 2-14, Aug. 2001.

BENECKE, M. Arthropods and corpses. In: TSOKOS, M. (Ed). Forensic Pathology Reviews, v. 2,

p. 207-240. Totowa: Humana Press, Jan. 2005.

BOUCHARD, P. et al. Family-group names in Coleoptera (Insecta). ZooKeys, v. 88, n.1, p. 1-972,

Apr. 2011.

CANEPARO, M.F.C.; FICHER, M.L.; ALMEIDA, L.M. Effect of temperature on the life cycle of

Euspilotus azureus (Coleoptera: Histeridae), a predator of forensic importance. Florida

Entomologist, v. 100, n. 4, p. 795-801, Dec. 2017.

CAMPOBASSO, C.P.; VELLA, G.; INTRONA, F. Factors affecting decomposition and Diptera

colonization. Forensic Science International, v. 120, n.1, p. 18-27, Aug. 2001.

CARVALHO, L.M.L. et al. Observations on the succession patterns of necrophagous insects on pig

carcass in an urban área of Southeastern Brazil. Aggrawal’s Internet Journal of Forensic

Medicine and Toxicology, v. 5, n. 1, p. 33-39, Jan. 2004.

CARVALHO, L.M.L.; LINHARES, A.X. Seasonality of insects succession and pig carcass

decomposition in a natural forest area in southeastern Brazil. Journal of Forensic Science, v.46, n.

3, p. 604–608, May 2001.

CATTS, E. P.; GOFF, M.L. Forensic entomology in criminal investigations. Annual Review of

Entomology, v. 27, n.1, p. 253-272, Jan. 1992.

Page 21: Centro Universitário FAG

21

CORRÊA, R.C.; ALMEIDA, L.M.; MOURA, M.O. Coleoptera Associated With Buried Carrion:

Potential Forensic Importance and Seasonal Composition. Journal of Medical Entomology, v. 51,

n. 5, p. 1057-1066, Sept. 2014.

COSTA-SILVA, V.; THYSSEN, P.J.; DI MARE, R.A. Levantamento da fauna de Coleoptera

(Insecta) associada à carcaça de roedores na região Sul do Brasil. EntomoBrasilis, v. 10, n. 3, p.

162-169, Dec. 2017.

CRUZ, T. M.; VASCONCELOS, S. D. Entomofauna de Solo Associada à Decomposição de

Carcaça de Suíno em um Fragmento de Mata Atlântica de Pernambuco, Brasil. Biociências, Porto

Alegre, v. 14, n. 2, p. 193-201, dez. 2006.

DESUÓ, I.C. et al. Insetos e suas relações com o Homem. In: GOMES, L. Entomologia Forense:

novas tendências e tecnologias nas ciências criminais. 1 ed. São Paulo: TECHNICAL BOOKS,

2010. p. 87-120.

DILLON, L.C. Insect succession on carrion in three biogeoclimatic zones in British Columbia.

Dept. of Biological Sciences: Simon Fraser University, Burnaby B.C. Technical Report, 76 p, 1997.

FARRELL, J. F.; WHITTINGTON, A. E.; ZALUCKI, M. P.; A review of necrophagous insects

colonising human and animal cadavers in south- east Queesland, Australia. Forensic Science

International, Irlanda, v. 257, p. 149-154, Aug. 2015.

GOFF, M.L. Comparison of insect species associated with decomposing remains recovered inside

of dwellings and outdoors on the island of Oahu. Journal of Forensic Science, v. 36, n.3, p. 748-

753, May 1991.

GÓMEZ-GÓMEZ, A. et al. La entomología forense en España: pasado, presente y perspectivas de

futuro. Cuadernos de Medicina Forense, v. 13, n. 47, p. 21-32, enero 2007.

GRASSBERGER, M.; FRIEDRICH, E.; REITER, C. The blowfly Chrysomya albiceps

(Wiedemann) (Diptera: Calliphoridae) as a new forensic indicator in Central Europe. International

Journal of Legal Medicine, v. 117, n.2, p. 75–81, Apr. 2003.

GRASSBERGER, M.; REITER, C. Effect of temperature on Lucilia sericata (Diptera:

Calliphoridae) development with special reference to the isomegalenand isomorphen-diagram.

Forensic Science International, v. 120, n.1, p. 32–36, Aug. 2001.

KEH, B. Scope and applications of forensic entomology. Annual Review Entomology, v.30, p.

137–154, Jan. 1985.

KRUGER, R.F.; WENDT, L.D.; RIBEIRO, P.B. The effect of environment on development and

survival of pupae of the necrophagous fly Ophyra albuquerquei Lopes (Diptera, Muscidae). Revista

Brasileira de Entomologia, v. 55, n. 3, p. 401-405, set. 2011.

KULSHRESTHA, P.; SATPATHY, D.K. Use of beetles in forensic entomology. Forensic Science

International, v. 120, n. 1, p.15-17, Aug. 2001.

Page 22: Centro Universitário FAG

22

LECHETA, M.C.; THYSSEN, P.J.; MOURA, M.O. The effect of temperature on development of

Sarconesia chlorogaster, a blowfly of forensic importance. Forensic Science, Medicine and

Pathology, v. 11, n. 4, p. 538–543, Dec. 2015.

LORD, W.D.; STEVENSON, J.R. Directory of forensic entomologists. 2ª ed. Def. Pest Mgmt.

Info. Anal. Center, Walter Reed Army Medical Center.1986.

MAGAÑA, C. La entomologia forense y su aplicación a la medicina legal. Data de la muerte.

Revista Ibérica de Aracnologia, v. 28, n. 28, p. 49-57, enero 2001.

MARTINEZ, E; DUQUE, P; WOLFF, M. Succession pattern of carrion-feeding insects in Paramo,

Colombia. Forensic Science International, v. 166, n. 2, p. 182-189, Mar. 2007.

MIDGLEY, J.M.; VILLET, M.H. Development of Thanatophilus micans (Fabricius 1794)

(Coleoptera: Silphidae) at constant temperatures. International Journal of Legal Medicine, v.

123, n. 4, p. 103-108, July 2009.

MISE, K.M.; ALMEIDA, L.L.; MOURA, M.O. Levantamento da fauna de Coleoptera que habita a

carcaça de Sus scrofa L., em Curitiba, Paraná. Revista Brasileira Entomologia, v. 51, n. 3, p. 358-

368, July/Sept. 2007.

MISE, K.M.; CORRÊA, R.C.; ALMEIDA, L.M. Coleopterofauna found on fresh and frozen rabbit

carcasses in Curitiba, Paraná, Brazil. Brazilian Journal of Biology, v. 73, n. 3, p. 543-548, Aug.

2013.

MOLINA-CHÁVEZ, H. A. Conformación del Laboratorio de Entomologia Forense en la

Procuraduría General de Justicia del Distrito Federal (PGJDF). 2009. 62 f. Tese para

Conclusão de Curso (Licenciatura em Biologia) - Facultad de Ciencias, Universidad Nacional

Autónoma de México – UNAM, México, 2009.

MONTEIRO-FILHO, E.L.A.; PENEIREIRO, J.L. Estudo da decomposição e sucessão sobre uma

carcaça animal numa área do estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Biologia, v. 47, p.

289–295, 1987.

MORÓN, M. A.; TERRÓN, R. Distribución altitudinal y estacional de los insectos necrófilos de la

Sierra Norte de Hidalgo, México. Acta Zoológica Mexicana, v. 1, n. 3, p. 1-47, jun.1984.

MOURA, M.O.; CARVALHO, C.J.B.; MONTEIRO-FILHO, E.L.A. A Preliminary Analysis of

Insects of Medico-legal Importance in Curitiba, State of Paraná. Memórias do Instuto Oswaldo

Cruz, Rio de Janeiro, v. 92, n. 2, p. 269-274, Mar./Apr. 1997.

NUORTEVA, P. Sarcosaprophagous insects as forensic indicators. Forensic Medicine: a study in

trauma and environmental hazards. W. B. Saunders Company, v. 2, p. 1072-1095, 1977.

OLIVEIRA-COSTA, J. Entomologia Forense - Quando os insetos são vestígios. 1 ed. Campinas,

SP: Millennium, 2003.

OLIVEIRA-COSTA, J. Entomologia Forense - Quando os insetos são vestígios. 3 ed. Campinas,

SP: Millennium, 2011.

Page 23: Centro Universitário FAG

23

PINHEIRO, D, S. et al. Variáveis na Estimativa do Intervalo Pós-Morte Por Métodos de

Entomologia Forense. Revista Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v.8. n.14, p. 1442 – 1457, jun.

2012.

PROÊNCIO, V.M. O efeito da carbonização de carcaças suínas no tempo de decomposição, na

atratividade e diversidade de artrópodes de interesse forense. 2011. 94 f. Dissertação (Mestrado

em Parasitologia) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP, 2011.

PUJOL-LUZ, J.R.; ARANTES, L.C.; CONSTANTINO, R. Cem anos da Entomologia Forense no

Brasil (1908-2008). Revista Brasileira de Entomologia, v. 52, n. 4, p. 485-492, dez. 2008.

QUEIROZ, P.R. et al. Levantamento de Dípteros de Interesse Forense em uma Área de Cerrado em

Brasília. Universitas: Ciências da Saúde, Brasília, v. 8, n. 1, p. 1-16, 2010.

RICHARDSON, M.S; GOFF, M.L. Effects of temperature and intraspecific interaction on the

development of Dermestes maculatus (Coleoptera: Dermestidae). Journal of Medical

Entomology, v. 38, n. 3, p. 347-351, May 2001.

RIES, A.C.; BLOCHTEIN, B. Insect Fauna Associated with Exposed Pig Carcasses in Southern

Brazil. EntomoBrasilis, v. 8, n. 3, p. 180-188, 2015.

ROMOSER, W. Introduction to arthropods: systematics, behavior and ecology. In: ELDRIDGE,

B.F.; EDMAN, J.D. (Eds.). Medical entomology: a textbook on public health and veterinary

problems caused by arthropods. Norwell: Springer Science Business Media, 2004.

SANTANA. F. A. Dipterofauna associada a carcaças de Sus scrofa Linnaeus em área de

Cerrado do Distrito Federal, com ênfase na família Calliphoridae (Insecta, Diptera). 2006. 92

f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de

Brasília, Brasília, 2006.

SCHOENLY, K.G. et al. Recreating death’s acre in the school yard: using pig carcasses as model

corpses to teach concepts of forensic entomology & ecological succession. American Biology

Teacher, v. 68, n. 7, p. 402-410, Sept. 2006.

SILVA, A.Z.; ANJOS, V.A.; RIBEIRO, P.B.; KRUGER, R.F. Ocorrência de muscóideos

necrófagos em carcaça de Didelphis albiventris Lund, 1841 (Didelphimorphia, Didelphidae) no Rio

Grande do Sul, Brasil. Biotemas, v. 23, n. 2, p. 211-214, jun. 2010.

SILVA, R.C.; SANTOS, W.E. Fauna de Coleoptera Associada a Carcaças de Coelhos Expostas em

uma Área Urbana no Sul do Brasil. EntomoBrasilis, v. 5, n. 3, p. 185-189, 2012.

SILVA, S.M.; VAIRO, K.P.; MOURA, M.O. Description of Larval Instars To Fill a Gap in

Forensic Entomology: The Larvae of Paralucilia pseudolyrcea (Diptera: Calliphoridae). Journal of

Medical Entomology, v. 55, n. 3, p. 575-586, May 2018.

SMITH, K.G.V. A Manual of Forensic Entomology. 1 ed. Oxford: Cornell University Press,

1986.

SOUZA, A.S.B.; KIRST, F.D.; KRUGER, R.F. Insects of forensic importance from Rio Grande do

Sul state in southern Brazil. Revista Brasileira de Entomologia, v. 52, n. 4, p. 641-646, Dec. 2008.

Page 24: Centro Universitário FAG

24

STEVENS, J.R. The evolution of myiasis in blowflies (Calliphoridae). International Journal for

Parasitology, v. 33, n. 10, p. 1105-1113, Sept. 2003.

TABOR, K.L.; BREWSTER, C.C.; FELL, R.D. Analysis of the successional patterns of insects on

carrion in southwest Virginia. Journal of Medical Entomology, v. 41, n. 4, p. 785-795, July 2004.

TURCHETTO, M.; VANIN, S. Forensic entomology and climatic change. Forensic Science

International, v. 146, p. 207-209, Dec. 2001.

URURAHY-RODRIGUES, A. et al. Coprophanaeus lancifer (Coleoptera, Scarabaeidae) activity

causes the rolling movement of a 76 man-sized carcass in Amazonia, Brazil: A forensic taphonomy

report. Forensic Science International.Manaus, v. 182, p. 19–22, Sept. 2008.

VELASQUEZ, Y.; VILORIA, A.L. Effects of temperature on the development of the neotropical

carrion beetle Oxelytrum discicolle (Brulle, 1840) (Coleoptera: Silphidae). Forensic Science

International, v. 185, n. 1, p. 107-109, Mar. 2009.

VELASQUEZ, Y.; VILORIA, A.L. Instar determination of the neotropical beetle Oxelytrum

discicolle (Coleoptera: Silphidae). Journal of Medical Entomology, v. 47, n. 5, p. 723-726, Sept.

2010.

WELLS, J.D.; LAMOTTE, N.L. 2010. Estimating the postmortem interval. In: BYRD, J.H, Castner

JL (Ed.). Forensic Entomology: The Utility of Arthropods in Legal Investigations. 2 ed. Boca

Raton, Florida, USA: CRC Press, 2010. p. 367-388.