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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO DE FARMÁCIA MARIA ELIZÂNGELA FERREIRA DOS SANTOS ANÁLISE DA PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS DIRETAMENTE AO CONSUMIDOR EM FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS DE FORTALEZA-CE FORTALEZA 2019

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO

CURSO DE FARMÁCIA

MARIA ELIZÂNGELA FERREIRA DOS SANTOS

ANÁLISE DA PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS DIRETAMENTE AO

CONSUMIDOR EM FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS DE FORTALEZA-CE

FORTALEZA

2019

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MARIA ELIZÂNGELA FERREIRA DOS SANTOS

ANÁLISE DA PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS DIRETAMENTE AO

CONSUMIDOR EM FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS DE FORTALEZA-CE

Artigo TCC II apresentado ao curso de Bacharel em Farmácia do Centro Universitário – UNIFAMETRO – como requisito para a obtenção do grau de bacharel, sob a orientação da prof.ª Me. Nívia Tavares Pessoa.

FORTALEZA

2019

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MARIA ELIZÂNGELA FERREIRA DOS SANTOS

ANÁLISE DA PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS DIRETAMENTE AO

CONSUMIDOR EM FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS DE FORTALEZA-CE

Artigo TCC apresentado no dia 6 de dezembro de 2019 como requisito para a obtenção do grau de bacharel em Farmácia do Centro Universitário – UNIFAMETRO – tendo sido aprovado pela banca examinadora composta pelos professores abaixo:

BANCA EXAMINADORA

_________________________________ Prof.ª Me. Nívia Tavares Pessoa

Orientadora – Centro Universitário Unifametro

_________________________________ Prof. Me. Moisés Maia Neto

Membro – Centro Universitário Unifametro

_________________________________ Prof.ª Dra. Aline Holanda da Silva

Membro – Centro Universitário Unifametro

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A professora Nívia Tavares Pessoa, que

com sua dedicação e cuidado de mestre,

orientou-me na produção deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado a oportunidade de realizar um sonho tão

almejado, por estar viva e com saúde para alcançar este propósito, pela ajuda e

proteção de todos os dias que ele sempre me deu, por me manter sempre forte

e perseverante, fazendo assim com que eu concluísse mais essa etapa de minha

vida.

А minha família, que com muito carinho е apoio, não mediram esforços

para que eu chegasse até esta etapa de minha vida, em atenção a minha filha

Tamires Guedes e a minha tia do coração Eleni Lopes por me apoiarem e que

por muitas vezes quando quis desistir, me encorajaram a prosseguir.

A minha professora e orientadora Nívia Tavares Pessoa, que compartilhou

seus conhecimentos e que teve a paciência nas horas de ansiedade de me

incentivar a dar o meu melhor. Obrigada por seus ensinamentos, paciência е

confiança ao longo das supervisões das minhas dúvidas.

Aos meus amigos José Ademir Teixeira Júnior, Jales Cavalcante, Cleriston

Feitosa, Marciane Tavares, Ana Cristina Flor Monteiro, José Elinardo dos Santos,

e em especial, a Silvia Helena Souza e Elizabete Maia de Oliveira por sempre

estarem ao meu lado, me incentivando diariamente a prosseguir em meus

objetivos, amigos da faculdade que levo para vida e a muitos outros que aqui

não cito o nome, mas que estarão sempre presente em meu coração, o meu

muito obrigada pela força e incentivo de sempre.

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“Todos os nossos sonhos podem se realizar, se tivermos

a coragem de perseguí-los”.

Walt Disney

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ANÁLISE DA PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS DIRETAMENTE AO

CONSUMIDOR EM FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS EM FORTALEZA-CE

Maria Elizângela Ferreira dos Santos1

Nívia Tavares Pessoa2

RESUMO

Sabe-se que a propaganda de medicamentos exerce uma grande

influência na compra de medicamentos pelos consumidores, por este motivo

este estudo buscou analisar se a propaganda realizada por meio de panfletos

distribuídos em farmácias comunitárias no município de Fortaleza-Ce, entre

janeiro e setembro de 2019, estaria em conformidade com as RDC’s 102/00 e

96/08 da ANVISA, que regulamentam a propaganda de medicamentos no Brasil.

Buscou-se no mesmo analisar se a informação contida nos panfletos poderiam

influenciar na automedicação e no uso irracional de medicamentos. Trata-se de

um estudo descritivo de base documental, onde foram coletadas informações a

partir da classificação de medicamentos isentos de prescrição e que necessitam

de prescrição. Analisou-se através de um questionário baseado nas RDC’s

vigentes, se existe descumprimento destas leis. Foi verificado um total de 1.915

propagandas de medicamentos, onde a maioria se caracterizava por ser de

medicamentos isentos de prescrição (66%), e os que necessitam de prescrição

(34%). No que se referiu a conformidade com as RDC’s obtivemos uma maior

ênfase nos quesitos onde perguntava-se sobre as frases indutoras (42%) e a

legibilidade das propagandas (71%). Conclui-se com o estudo que as

inconformidades encontradas podem contribuir para a possível indução da

automedicação e ao uso irracional de medicamentos.

Palavras-chave: Propaganda. Medicamentos. Legislação sanitária.

Automedicação.

1 Discente do curso de Farmácia do Centro Universitário Fametro (UNIFAMETRO).

E-mail: [email protected] 2 Graduada pela Universidade Federal do Ceará. Mestre em Ciências Farmacêuticas pela

Universidade Federal do Ceará.

E-mail: [email protected]

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ABSTRACT

It is known that the advertising of medicines exerts a great influence on

the purchase of medicines by consumers, for this reason, this study sought to

analyze whether, the advertising carried out through pamphlets distributed in

community pharmacies in the city of Fortaleza-Ce, between January and

September 2019, would be in compliance with the RDC's 102/00 and 96/08 of

ANVISA, which regulate the advertising of medicines in Brazil. It sought to

analyze whether the information contained in the pamphlets could influence self-

medication and the irrational use of medicines. It is a descriptive study based on

documents, where information was collected from the classification of non-

prescription drugs and which require a prescription. It was analyzed through a

questionnaire based on the current RDC’s, if there is non-compliance with these

laws. A total of 1.915 advertisements for medicines were found, the majority of

which were characterized by non-prescription medicines (66%), and those

requiring prescription (34%). Regarding compliance with the DRC’s, we obtained

a greater emphasis on the questions where we asked about the inducing phrases

(42%) and the legibility of the advertisements (71%). The study concludes that

the non-conformities found may contribute to the possible induction of self-

medication and the irrational use of medications.

Key words: Advertising; Medicines; Health legislation; Self-medication.

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1.INTRODUÇÃO

A publicidade e a propaganda têm tido, ao longo de muitos anos, um papel

importante no mercado farmacêutico, influenciando as escolhas dos indivíduos

para a aquisição dos seus produtos (LYRA JUNIOR et al., 2010).

Diante disto, há um grande investimento por parte da indústria

farmacêutica em meios publicitários para a promoção de medicamentos.

Segundo dados da Kantar Ibope Media, em 2015, início da crise econômica

brasileira, o setor farmacêutico subiu quatro posições e chegou ao sexto lugar

no ranking de maiores investidores em propaganda. Apenas no ano de 2018,

foram R$ 8,1 bilhões aplicados em publicidade pelos laboratórios farmacêuticos.

Dessa forma, o maior número de peças publicitárias produzidas pela

indústria farmacêutica são de medicamentos isentos de prescrição (MIP), já que

são os únicos liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)

para divulgação ao grande público, tendo que cumprir como principal regra a

inclusão de frases de advertências na publicidade como: “Procure o médico ou

o farmacêutico” e “Leia a bula” (PINTO 2014; p.43).

A legislação brasileira separa os medicamentos em duas classes: os que

são vendidos sob prescrição médica, cuja propaganda deve ser restrita aos

profissionais da saúde habilitados a prescrever ou dispensar esses produtos, e

os que são isentos de prescrição, classificados como drogas que tratam

sintomas e males menores e que podem ser dispensados sem apresentação da

prescrição (ABIMIP, 2015).

A primeira regulamentação de medicamentos no Brasil foi publicada em

1976 e limitava a propaganda de medicamentos com venda sujeita à prescrição

médica, proibia o uso de nomes, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer

indicações que pudessem ter interpretação falsa, erro ou confusão quanto à

origem, procedência, natureza, composição ou qualidade, e que atribuam ao

produto finalidades ou características diferentes daquelas que realmente

possuíam (ANVISA, 1976).

No ano 2000, após a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA), foi publicada a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 102, com

o objetivo de regular propagandas, mensagens publicitárias e promocionais e

outras práticas cujo objetivo fosse a divulgação, promoção e/ou comercialização

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de medicamentos, de produção nacional ou importados, quaisquer que fossem

suas formas e meios de veiculação, incluindo as transmitidas no decorrer da

programação normal das emissoras de rádio e televisão.

Em 2008, sob a justificativa de atualização do regulamento técnico sobre

propaganda, publicidade, promoção e informação de medicamentos, a ANVISA

edita a RDC n° 96/2008, atualmente em vigor. Essa resolução traz algumas

mudanças quando comparada a resolução anterior pois dispõe sobre novos

itens, como: normas específicas para a publicidade de medicamentos sujeitos a

controle especial, requisitos para material informativo de medicamentos

manipulados, publicidade em eventos científicos e campanhas sociais.

Tais medidas foram tomadas devido a estudos que mostraram que a

exibição de propagandas veiculadas, principalmente aos medicamentos isentos

de prescrição ocasionava a indução de compra desta classe de drogas e

incentivava o uso irracional de medicamentos (PINTO 2014; p. 43)

Nota-se também que, apesar da existência de leis e regulamentações que

estabelecem normas para a propaganda/publicidade de medicamentos,

observa-se o descumprimento dos padrões estabelecidos pela ANVISA. Tal fato

pode estar ligado principalmente, a falta de fiscalizações, que ainda são feitas

de forma eventual e as punições pouco severas (JESUS, 2012).

Tendo isso posto este trabalho buscou verificar se as propagandas

direcionadas ao consumidor por meio de encartes e folhetos, disponibilizados

em farmácias e drogarias, estão em conformidade com a legislação vigente, e

se o conteúdo das propagandas pode influenciar a automedicação e o uso

irracional de medicamentos.

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2.METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo de base documental. Utilizou-se como

fonte de informação panfletos distribuídos pelas farmácias ao público em geral,

tratando-se, portanto, de informações de domínio público, não necessitando de

apreciação ética, de acordo com a resolução 510/16 da CONEP/CNS. Nem as

farmácias das quais se coletou os folhetos e nem os nomes de marca dos

produtos foram citados obedecendo assim os preceitos éticos em pesquisa.

Foram coletados folhetos de 3 redes de farmácias, sendo uma de grande

porte (X), uma de médio porte (Y) e uma de pequeno porte (Z), baseada na

classificação que é feita pela ANVISA. Todas estas farmácias são localizadas na

cidade de Fortaleza-Ce, com registro no CDL e filial em mais de um bairro.

As farmácias distribuíram estes panfletos no período de janeiro a

setembro de 2019, na qual se localizavam em vários bairros de Fortaleza. A

coleta dos panfletos era realizada pela pesquisadora entre o primeiro e o décimo

dia de cada mês, obedecendo aos seguintes critérios: o panfleto deveria ter data

de publicação e circulação entre os meses de janeiro e setembro de 2019 e ficar

disponível para divulgação pelo período de um mês.

Após a coleta foi avaliado se as propagandas incluídas nestes prospectos

estavam em conformidade com as RDC 102/2000 e 96/2008.

Para avaliar o cumprimento do estabelecido nessas resoluções elaborou-

se um formulário (APÊNDICE A).

As informações foram tabuladas para medicamentos isentos de

prescrição e os que necessitam de prescrição, utilizando-se do software

Statistics Open For All (SOFA), com o intuito de identificar o quantitativo de

propagandas existentes para cada um desses grupos.

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3.RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Análise geral dos medicamentos isentos de prescrição e dos que

necessitam de prescrição

Foram coletados um total de 56 folhetos, sendo que destes, somente 24

atenderam aos critérios de inclusão para a análise. Após a análise dos dados,

obteve-se um total de 1.915 medicamentos diferentes. Nas propagandas

analisadas obteve-se 66% (n=1.267) de medicamentos isentos de prescrição e

34% (n=648) de medicamentos que necessitam de prescrição.

Ao analisar os número de propagandas de medicamentos isentos de

prescrição, de acordo com o porte da farmácia, observou-se que a farmácia de

grande porte (X), publicou 74% (n=533) de propagandas destes medicamentos,

enquanto que na farmácia de médio porte (Y) percebeu-se um número inferior

de 58% (n=334), e na farmácia de pequeno porte (Z), 65% (n=400) GRÁFICO 1.

Gráfico 1 Comparação de medicamentos isentos de prescrição e dos que

necessitam de prescrição nos panfletos analisados de acordo com a

classificação do porte da farmácia.

Fonte: Próprio autor,2019.

74%

58%

65%

26%

42%

35%

FARM. GRANDEPORTE(X)

FARM. MÉDIOPORTE(Y)

FARM. PEQUENOPORTE(Z)

ISENTOS DE PRESCRIÇÃO SOB PRESCRIÇÃO

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Tais números podem ser atribuídos à relevância comercial que a categoria

possui dentro do setor farmacêutico. Considerando a variabilidade disponível, os

medicamentos isentos de prescrição, representam 30% de todos os produtos

farmacêuticos consumidos no país, o que resulta em 18,4% do faturamento de

grandes farmácias (GUIA DA FARMÁCIA, 2019).

Em agosto de 2016, a ANVISA publicou a RDC 98/16, que atualizou as

exigências para que um medicamento seja registrado como isento de prescrição,

onde estabeleceu regras mais claras para que as indústrias farmacêuticas

possam solicitar o reenquadramento de tarjados passíveis de se tornar

medicamentos isentos de prescrição.

Aproveitando estas novas oportunidades, as indústrias têm investido mais

do que nunca em ações para aumentar a visibilidade desses medicamentos

dentro das farmácias, que são realizadas principalmente por meio de uma

variedade infinita de estratégias de propagandas ao consumidor. (GUIA DA

FARMÁCIA, 2019).

Em relação aos medicamentos que necessitam de prescrição os

percentuais foram de 26% (n=185) na farmácia de grande porte (X), 42% (n=

243) na farmácia de médio porte (Y) e pequeno porte 35% (n= 220), na farmácia

(Z), dados também vistos no gráfico acima.

Notou-se que essa classe possui considerável número representativo nas

farmácias de médio e pequeno porte, sendo a maioria de medicamentos

genéricos.

Sabe-se que esta linha de medicamentos foi desenvolvida a partir da

preocupação com o preço de custo e venda dos medicamentos éticos (que

possuem sua divulgação restrita à classe médica). Desta forma a indústria

buscou minimizar os custos de produção, mantendo a eficácia dos

medicamentos genéricos, fazendo com que esta linha tenha um menor preço e

se torne mais acessível a população (COUTINHO,2019).

3.2. Análise do cumprimento da RDC’s 102/00 e 96/08.

Ao analisar 1.267 propagandas de medicamentos isentos de prescrição

em desacordo com a legislação vigente, comparou-se as que tinham frases

indutoras em relação as que possuíam imagens associadas ao bem-estar,

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obtendo-se respectivamente 42% (n= 531) e 10% (n=123), percentual deste

último irrisório quando analisados em relação as frases que possivelmente

poderiam ser indutoras. Ressalta-se na análise que nem sempre a frase estaria

associada a imagem.

Observou-se para essa mesma classe de medicamentos, que a farmácia

de grande porte (X) apresentou 62% (n= 329) das propagandas com frases

indutoras, e 36% (n=44) de propagandas com imagens associadas ao bem-

estar, estando em desacordo com a legislação em vigor, como pode ser

observado no GRÁFICO 2.

Gráfico 2 Comparação de propagandas que apresentam frases indutoras,

promovendo um possível uso indiscriminado de medicamentos em relação

as que possuem imagens associadas ao bem-estar contidas nos encartes

analisados.

Fonte: Próprio autor,2019.

Segundo a ANVISA, 1976, Art. 8º, incisos I e III, é vedado na propaganda

ou publicidade de medicamentos: estimular e/ou induzir o seu uso

indiscriminado, através de frases dúbias e indutoras e/ou incluir imagens de

pessoas demonstrando bem-estar aos consumidores.

62%

36%11%

5%

27%

59%

FRASES INDUTORAS IMAGENS ASSOCIADAS AOBEM-ESTAR

FARM. X FARM. Y FARM. Z

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Os medicamentos são bens de saúde que não podem ser vendidos ou

consumidos como mercadorias comuns. Sendo assim, a regulação destas

propagandas deve estar dentro de regras de caráter diferenciado, pois trata-se

de produtos cuja a preferência ou necessidade estão associadas

primordialmente a uma demanda de tratamento ou manejo de um problema de

saúde.

Portanto, o uso de qualquer informação, imagem e outras declarações de

cunho publicitário que não estejam dentro deste propósito e que possam induzir

ao uso indiscriminado, estimulando assim, o uso destes por pessoas de faixas

etárias variadas para as quais está contraindicado, e ou, que torne banal o uso

do medicamento para qualquer situação, caracterizam a propaganda como

estimuladora do uso incorreto de medicamentos, o que é proibido pelas normas

sanitárias(ANVISA, 1976).

Mediante o comentado acima vêm-se expor propagandas que infringem a

regulamentação da lei proposta pela ANVISA, com frases citadas acima do

medicamento como: “Vale por 2”; “Alívio total 3 x mais”; “Resposta rápida contra

a dor dos gases”; “Sentindo que carregou o mundo inteiro nas costas? *** alivia

esse peso”; como podem ser observadas na FIGURA 1.

Figura 1 Propagandas de medicamentos com frases e imagem que podem

induzir a compra

Page 16: CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO DE FARMÁCIA …

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Ainda em relação ao descumprimento das normas vigentes, observou-se

nos encartes, para os medicamentos que necessitam de prescrição, a presença

de frases que induzem a compra, como: “Confira nossa lista”; “Medicamentos

com até 45% de desconto”; “Medicamentos com até 90% de desconto”;

“Respeitamos a prescrição médica”.

Pode-se observar a oferta de descontos com letras bem chamativas e

cores que ressaltam o anúncio, chamando a atenção dos clientes. Geralmente

localizados no início ou no final da página do encarte, assim como, propagandas

indiretas, que trazem a marca do laboratório ou o nome do programa de

fidelidade que proporciona uma possibilidade de um maior desconto devido a

parcerias firmadas entre os laboratórios e a farmácia como observa-se nas

FIGURA 2.

Page 17: CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO DE FARMÁCIA …

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Figura 2 Panfleto com propaganda indireta de medicamentos, onde

observou-se oferta de descontos chamativos e com incentivo a compra na

farmácia por ter convênio com indústria.

Fonte: Próprio autor,2019

Diante desse fato, o Art. 8º inciso I, ANVISA, veda na propaganda ou

publicidade de medicamentos estimulo e/ou indução ao uso incorreto de

medicamentos e ainda a propaganda indireta onde não menciona o nome dos

produtos, contudo utiliza marcas, símbolos, designações e/ou indicações

capazes de identificá-los.

A propaganda indireta pode também ser aquela que cita a existência de

algum tipo de tratamento para uma condição específica de saúde, mesmo que o

Page 18: CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO DE FARMÁCIA …

18

nome do medicamento não seja revelado, ou que traga incentivo a compra do

mesmo por ofertas ou convênios (ANVISA,2008).

Percebeu-se também nas propagandas de medicamentos analisadas

promoções do tipo: “leve 3 pague 2”, onde traziam o nome do laboratório e não

apresentavam as informações necessárias ao cliente com devida clareza e

ostensividade, como: para que serve o medicamento e a devida orientação na

qual o mesmo, só deve ser tomado sob orientação médica, como observado na

FIGURA 3.

Figura 3 Panfleto com propaganda de medicamentos com anúncio de

desconto chamativo no final da página e oferta de promoção fora da

legalidade que seria leve 3 pague 2.

Fonte: Próprio autor,2019.

Page 19: CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO DE FARMÁCIA …

19

Na RDC nº 96/08, artigo 5º; Instrução Normativa nº 05/2009, artigo 1º. a

concessão de desconto para medicamentos é permitida, dentro dos critérios

estabelecidos pela legislação.

No entanto, promoções que induzem à aquisição e ao consumo de

medicamentos de forma inadequada, como é o caso das promoções “leve 3

pague 2” ou similares, são prejudiciais, pois o usuário é induzido a adquirir

medicamentos em quantidades superiores àquelas necessárias ao atendimento

de suas condições de saúde.

Leva-os ao consumo dos medicamentos de forma exagerada e

inadequada, aumentando significativamente o risco sanitário inerente ao uso

desses produtos.

O Art. 4º da RDC 96/08 diz que é proibida a publicidade, propaganda e

(ou) promoção enganosa, abusiva, indireta ou subliminar, bem como

merchandising de medicamentos.

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor - Lei nº 8.078/90, a

publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor a identifique, de

maneira fácil e imediata. Portanto, a partir do momento que o anunciante veicula

uma mensagem não declaradamente publicitária, mas com a intenção de

divulgar seu produto, ele está de alguma forma promovendo-o disfarçadamente,

o que é proibido por lei.

No quesito informações coerentes sobre os medicamentos e legibilidade

adequada nas propagandas incluindo: posologia, princípio ativo, eventos

adversos, entre outros, para os medicamentos isentos de prescrição (n=1.267),

obteve-se um total analisando as três farmácias de 71%(n=899), onde estas

propagandas encontravam-se em desconformidade com a lei.

Quando analisadas separadamente, percebeu-se que na farmácia de

grande porte (X), apresentou maior percentual com 50% (n=445) de

medicamentos com ilegibilidade nas propagandas.

Observou-se segundo as leis vigentes quanto a ostensividade (conteúdo

com informação e robustez sobre o medicamento) nas propagandas, 21%

(n=260), percentual total das três farmácias analisadas, como podem ser vistos

no GRÁFICO 3.

Page 20: CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO DE FARMÁCIA …

20

Gráfico 3 Comparação propagandas que apresentam legibilidade

inadequada, na qual o cliente não consegue obter informações precisas

sobre o medicamento ofertado e apresentação ostensiva e coerente

segundo as leis vigentes na propaganda dos encartes analisados.

Fonte: Próprio autor

Quanto ao restante dos questionamentos sobre os medicamentos isentos

de prescrição, todas as propagandas apresentaram registro na ANVISA, estando

assim em conformidade com a lei.

Já ao analisar sobre as propagandas indiretas obteve-se um percentual

quase subsequente das três redes analisadas X= 29%, Y= 38% e Z=33%, onde

demonstraram irregularidade para as regulamentações. Percebeu-se também

inadequação das leis, quando se analisou as propagandas com promoções “leve

3 pague 2”, apresentando um percentual total de 11%.

Entendeu-se nesta análise dos medicamentos isentos de prescrição que

o percentual de frases indutoras nem sempre está correlacionada a imagem, e

que apesar de apresentarem um percentual relevante na qual não se tem

legibilidade nas informações contidas nas propagandas sobre os

medicamentos, apenas a minoria das propagandas se tem ostensividade destas

informações.

50%

72%19%

15%

31%

13%

LEGIBILIDADEINADEQUADA

OSTESIVIDADE ECOERÊNCIA

FARM. X FARM. Y FARM. Z

Page 21: CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO DE FARMÁCIA …

21

Quando se fala em ostensividade na peça publicitária, fala-se de regras

que devem ser seguidas, de acordo com o que estabelece as RDC’s 96/08 e

102/00, para exibição destes medicamentos.

Onde o nome do medicamento viria a cima desta ilustração do

medicamento, e ao lado ou a baixo da ilustração viriam as informações sobre

este logo em seguida. Na análise feita pelo estudo apenas um pequeno

percentual de 21%(n=260) dos medicamentos apresentou regularidade em

relação as normas estabelecidas pelas RDC’s.

Segundo Nascimento (2019), pesquisa realizada no mesmo período em

que a Anvisa fazia a sua monitoração, diagnosticou-se que entre as principais

irregularidades encontradas em cem peças de propaganda de medicamentos

denominados de venda livre, recolhidas dos meios de comunicação no Rio de

Janeiro e Juiz de Fora em 2003, também estava o descumprimento do artigo 3º,

inciso I, da RDC 102/2000.

Que obriga que conste, na peça publicitária, de forma clara e precisa, a

contraindicação principal do medicamento anunciado, em nada menos que 94%

das peças recolhidas. Além dessa infração, a pesquisa constatou o não

cumprimento, em 52% das peças, do artigo 10º, inciso IV da mesma RDC, que

veda que a publicidade sugira ou estimule diagnóstico, aconselhando um

tratamento correspondente (ANVISA,2000).

Portanto, compreende-se quando se fala de legibilidade nas peças

publicitárias e ostensividade quanto aos medicamentos ofertados nestas que

devem estar de acordo com Art. 6º da RDC 96/08.

Onde as informações exigidas neste regulamento, devem ser exibidas em

linguagem escrita e legível, devem ser apresentadas em cores que contrastem

com o fundo do anúncio, devem estar dispostas no sentido predominante da

leitura da peça publicitária e devem permitir a sua imediata visualização,

guardando entre si as devidas proporções de distância, indispensáveis à

legibilidade e destaque.

Na RDC 96/08 no Art. 8º, inciso I, comenta-se que esses tipos de anúncios

não consideram a real necessidade do uso de medicamentos, ou seja, não se

atentam para a quantidade prescrita pelo médico. Desta forma, induzem ao uso

Page 22: CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO CURSO DE FARMÁCIA …

22

do medicamento de forma não racional, proporcionando riscos à saúde dos

usuários.

Assim, a Resolução de Diretoria Colegiada 102/2000 da Anvisa, possui

regras claras sobre o que a devida lei preconiza e que deve ser cumprida, mas

infelizmente não possui capacidade de fiscalização para o mantenimento destas,

embora as RDC’s procurem regular o setor, a mesma devido a esta situação de

não inspeção, acaba constituindo um sistema que beneficia o infrator e mantém

a população sob risco.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização deste estudo, foi possível concluir que há um grande

número de propagandas veiculadas à classe de medicamentos isentos de

prescrição e que estes, na maioria das vezes, não estão em conformidade com

as leis vigentes, principalmente por não apresentarem informações devidas.

Segundo a Denominação Comum Brasileira (DCB), indicações,

contraindicações, cuidados e advertências, entre outras, devem aparecer nas

propagandas com letras de tamanhos legíveis e em cores que contrastam com

a imagem de fundo, com o objetivo de facilitar a leitura de informações

necessárias para um consumo consciente do medicamento anunciado, portanto

ao final da analise do estudo observou-se a inadequação destas regras nas

propagandas, além de possuírem frases indutoras ao consumo, estando em

desacordo com o que se preconiza a RDC’s 102/00 e 96/08.

Conclui-se que devido as propagandas não estarem em conformidade

com as RDC’s há uma possível indução a automedicação e ao uso irracional de

medicamentos. Com isto vê-se uma crescente necessidade de tornar as leis que

regulamentam as propagandas de medicamentos mais rígidas, também havendo

a necessidade de uma maior periodicidade das fiscalizações.

Então compreende-se que, é de competência da ANVISA, junto com

órgãos competentes a realização de fiscalizações e cobrança de multas para o

não cumprimento das atribuições preconizadas pelas RDC’s 96/08 e 102/00.

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23

REFERÊNCIAS

ABIMIP – Associação Brasileira de medicamentos isentos de prescrição, 2015.

Conheça o MIP Disponível em:

<http://www.abimip.org.br/site/conteudo.php?p=conheca_o_mip>. Acesso em:

01 mar.2019.

ANVISA(Brasil). Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 102/2000. Dispõe

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vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os

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26

APÊNDICE A

Parâmetros analisados nas propagandas segundo RDC’s 96/08 e

102/00:

1.Na propaganda analisada, possui frase indutora ao consumo?

2.Existe imagens associando o bem-estar das pessoas ao uso do medicamento?

3.Existe na peça publicitária a possibilidade de identificar e localizar (local onde

se encontra os dados dos produtos como posologia, eventos adversos e outros)

informações do medicamento?

4.Existe propaganda indireta no panfleto, em relação aos medicamentos

ofertados?

5.Existe produto que não possui registro na ANVISA?

6.Existe clareza, precisão e ostensividade conforme estabiliza a RDC?

7.Com relação aos descontos promocionais, que é diretamente relacionado ao

consumidor, apresenta características de vantagem ou benefício para os

mesmos e está de acordo com a RDC?

8.Na propaganda apresenta informações quanto a composição, posologia,

orientações de uso correto com base na OMS e no uso racional de

medicamentos?

9.Apresenta promoção “leva 3 pague 2” ou “leve 4 pague 3”?

10. Existe no prospecto informações legíveis (dados dos produtos como

posologia, eventos adversos e outros) sobre os medicamentos?