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CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ
MARCOS DA SILVA FERNANDES
PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE UM ORÇAMENTO DE CUSTOS PARA
PRODUÇÃO POR ENCOMENDA: UM ESTUDO DE CASO NA METALÚRGICA
ALEXANDRO MANENTE M.E.
São José
2010
MARCOS DA SILVA FERNANDES
PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE UM ORÇAMENTO DE CUSTOS PARA
PRODUÇÃO POR ENCOMENDA: UM ESTUDO DE CASO NA METALÚRGICA
ALEXANDRO MANENTE M.E.
Trabalho elaborado para a disciplina de Estágio III
do Curso de Ciências Contábeis do Centro
Universitário Municipal de São José – USJ.
São José
2010
MARCOS DA SILVA FERNANDES
PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE UM ORÇAMENTO DE CUSTOS PARA
PRODUÇÃO POR ENCOMENDA: UM ESTUDO DE CASO NA METALÚRGICA
ALEXANDRO MANENTE M.E.
Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito final para a aprovação no Curso
de Ciências Contábeis do Centro Universitário Municipal de São José – USJ.
Avaliado em: 01/12/2010. Por:
MSc. Fernando Nitz de Carvalho
Orientador
MSc. Débora Raquel Neuenfeld
Membro Examinador
MSc. Renata Brittes
Membro Examinador
Dedico este trabalho a todos que fizeram parte
desta caminhada e que a tornaram, além de
uma passagem, mas uma lição de vida.
AGRADECIMENTOS
A Deus pelo dom da vida, e tornou possível o alcance deste momento e o alcance um
grande sonho.
Aos meus pais que sempre se colocaram a disposição e deram apoio durante estes quatro
anos de caminhada.
Ao meu orientador, Fernando Nitz de Carvalho, pela atenção e apoio concedido durante a
elaboração deste trabalho.
Aos meus colegas de turma que se tornaram além de parceiros, uma nova família, dividindo
momentos únicos e especiais durante a formação acadêmica.
Ao amigo Alexandre Manente, que abriu as portas de sua empresa, permitindo o acesso aos
dados referente atividades operacionais para o estudo com a elaboração e execução deste
trabalho.
“Para realizar grandes conquistas, devemos
não apenas agir, mas também sonhar; não
apenas planejar, mas também acreditar".
(Anatole France)
RESUMO
Pode-se observar no ambiente econômico constantes mudanças, as quais interferem nas
atividades das organizações. Entretanto, estas devem estar preparadas para não sofrerem com
os impactos causados. Quando se tem conhecimento das atividades da empresa, torna-se
melhor a tomada de decisão. Dentre as atividades, a análise dos custos é fator importante que
pode resultar diretamente no resultado da empresa. Conhecendo as operações da empresa, em
caso de impactos resultante de fatores internos e externos, possibilita-se a análise e
verificação dos desvios, os quais podem ser corrigidos. Quanto maior o controle e
monitoramento dos custos, maior é a chance para maximização de resultados. Além do
monitoramento, pode-se programar quanto às atividades futuras. Com a elaboração do
orçamento, estima-se o quanto se quer produzir, e o que é necessário para o alcance da meta.
Posteriormente, verifica-se o alcance dos resultados. Em caso de variação, apontam-se as
falhas, para a execução de ações corretivas para acerto das atividades.
Palavras-chave: Análise de custos. Controle. Tomada de decisão. Orçamento.
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1: Quadro funcional ............................................................................................ 31
QUADRO 2: Serviços Prestados - Local .............................................................................. 34
QUADRO 3: Peças - Local ................................................................................................... 36
QUADRO 4: Custos Diretos e Indiretos - Serviços Fonte .................................................... 36
QUADRO 5: Custos Diretos e Indiretos – Fabricação Peças ............................................... 37
QUADRO 6: Custo Fixo e Variável - Serviços .................................................................... 38
QUADRO 7: Custo Fixo e Variável – Fabricação de Peças ................................................. 38
QUADRO 8: Custos de Produção – Primeiro Semestre de 2010 ......................................... 39
QUADRO 9: Alocação Mão-de-obra ................................................................................... 40
QUADRO 10: Custo com matéria-prima ............................................................................ 41
QUADRO 11: Rateio Custo com Energia ........................................................................... 42
QUADRO 12: Rateio Custo Materiais de uso e consumo .................................................. 42
QUADRO 13: Rateio Custo com Combustível ................................................................... 43
QUADRO 14: Depreciação – Máquinas e Equipamentos / Veículos ................................. 43
QUADRO 15: Rateio Custo Depreciação ........................................................................... 44
QUADRO 16: Rateio Custo com Aluguel .......................................................................... 45
QUADRO 17: Custo 1º Semestre 2010 – Serviços ............................................................. 45
QUADRO 18: Custo 1º Semestre 2010 - Fabricação .......................................................... 46
QUADRO 19: Correção valor custo Mão-de-obra .............................................................. 47
QUADRO 20: Correção valor custo de matéria-prima ....................................................... 48
QUADRO 21: Correção valor custo energia ....................................................................... 48
QUADRO 22: Correção valor custo material de uso e consumo ........................................ 48
QUADRO 23: Correção valor custo combustível ............................................................... 49
QUADRO 24: Custo Depreciação....................................................................................... 49
QUADRO 25: Custo Aluguel .............................................................................................. 50
QUADRO 26: Orçamento de Custo 1º Semestre 2011 ....................................................... 51
QUADRO 27: Custos de produção 2011 – Prestação de Serviço ....................................... 51
QUADRO 28: Custo de produção 2011 - Fabricação ......................................................... 51
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 13
1.2 PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS .......................................................................... 15
1.2.1 Pergunta de pesquisa ................................................................................................. 15
1.2.2 Objetivos .................................................................................................................... 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 17
2.1 Contabilidade de Custos .............................................................................................. 17
2.2 Terminologia contábil ................................................................................................. 18
2.2.1 Gasto .......................................................................................................................... 18
2.2.2 Desembolso ............................................................................................................... 18
2.2.3 Investimento .............................................................................................................. 18
2.2.4 Custos ........................................................................................................................ 18
2.2.5 Despesa ...................................................................................................................... 19
2.2.6 Perda .......................................................................................................................... 19
2.3 Classificação dos custos ............................................................................................... 19
2.4 Critério de Rateio de custos indiretos ........................................................................ 20
2.5 Materiais Diretos ......................................................................................................... 21
2.6 Mão-de-obra ................................................................................................................. 22
2.7 Métodos de custeio ....................................................................................................... 22
2.7.1 Custeio Baseado em Atividades ................................................................................ 22
2.7.2 Custeio por absorção sem departamentalização ........................................................ 23
2.7.3 Custeio por absorção com departamentalização ........................................................ 23
2.7.4 Custeio variável ......................................................................................................... 24
2.8 Produção por ordem: Custeio de Ordens e de Encomendas ................................... 24
2.9 Margem de contribuição ............................................................................................. 25
2.10 Ponto de equilíbrio ...................................................................................................... 26
2.11 Orçamento Empresarial ............................................................................................. 26
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 28
3.1 Modalidade de pesquisa .............................................................................................. 28
3.2 Coleta de dados ............................................................................................................. 29
3.3 Análise e interpretação ................................................................................................. 30
3.4 Ambiente da pesquisa ................................................................................................... 30
10
4 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 32
4.1 Serviços Prestados e Peças Produzidas ...................................................................... 32
4.2 Classificação Custos .................................................................................................... 36
4.2.1 Custos Diretos e Indiretos ......................................................................................... 36
4.2.2 Custo Fixo e Variável ................................................................................................ 38
4.2.3 Custos de produção primeiro semestre 2010 ............................................................. 38
4.3 Alocação custos diretos de produção ......................................................................... 39
4.3.1 Mão-de-Obra ............................................................................................................. 40
4.3.2 Matéria-Prima ............................................................................................................ 40
4.4 Alocação custos indiretos de produção ...................................................................... 41
4.4.1 Energia ....................................................................................................................... 41
4.4.2 Materiais de uso e consumo ...................................................................................... 42
4.4.3 Combustível ............................................................................................................... 42
4.4.4 Depreciação ............................................................................................................... 43
4.4.5 Aluguel ...................................................................................................................... 44
4.5 Custo de produção ....................................................................................................... 45
4.5.1 Custo de produção prestação de serviço .................................................................... 45
4.5.2 Custo de fabricação ................................................................................................... 45
4.6 Orçamento de custos para primeiro semestre de 2011 ............................................ 46
4.6.1 Mão-de-obra .............................................................................................................. 47
4.6.2 Matéria-prima ............................................................................................................ 47
4.6.3 Energia ....................................................................................................................... 48
4.6.4 Material de Uso e Consumo ...................................................................................... 48
4.6.5 Combustível ............................................................................................................... 49
4.6.6 Depreciação ............................................................................................................... 49
4.6.7 Aluguel ...................................................................................................................... 49
4.7 Orçamento de custos para primeiro semestre de 2011 ............................................ 50
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 53
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 64
11
1 INTRODUÇÃO
No ambiente econômico observa-se constante transformação, o que interfere
diretamente nas organizações, assim como na sociedade. Nas organizações, está cada vez
maior a busca pelo resultado de suas atividades. Entretanto, diversos são os fatores a serem
observados para que consigam maximizar seus lucros.
A mensuração e análise dos custos apresenta-se como um fator chave para o melhor
acompanhamento da evolução da empresa. Quando se tem controle dos custos, melhor será o
posicionamento dos empresários para a tomada de decisão. As empresas sofrem influência
constante de fatores internos e externos. Contudo, quando estes atingem a organização,
medidas estratégicas devem ser tomadas, pois conhecendo e obtendo o controle dos custos e
atividades, melhor será a análise para a tomada de decisões.
Este trabalho tem como objeto de estudo a empresa METALÚRGICA ALEXANDRO
MANENTE M.E., empresa produtora e prestadora de serviço, com suas atividades voltadas
para a usinagem industrial, tendo sua atuação na grande Florianópolis. No que se referem suas
atividades internas, não há controle quanto aos fatores de produção. Assim como, não existe a
análise dos custos ocorridos durante os períodos. Basicamente, suas atividades têm como foco
o atendimento imediato ao cliente, sem o devido cuidado e mensuração de seus custos e
despesas envolvidos no processo produtivo.
A pesquisa tem como característica natureza aplicada, com a abordagem qualitativa e
quantitativa. A coleta dos dados será realizada dentro da própria empresa e sua
fundamentação realizada com o auxílio de livros e artigos relacionados à área de estudo.
Neste trabalho, pode-se verificar a aplicação da pesquisa através do estudo de caso,
apresentando a forma de coleta e mensuração dos dados obtidos, com o objetivo de classificar
e identificar os custos ocorridos no processo produtivo, e assim, apontar corretamente os
custos ocorridos no processo de produção e prestação de serviço, de forma que se pode além
da análise dos custos, elaborar um orçamento de custos de modo a acompanhar o
desenvolvimento da empresa, considerando o controle e verificação dos gastos ocorridos no
processo produtivo.
Com base na classificação dos custos e despesas, busca-se alocar os mesmos nos
produtos e serviços executados durante o primeiro semestre de 2010. Após a análise dos
dados, elabora-se o orçamento de custo para acompanhamento no primeiro semestre de 2011,
12
com intuito a ser apresentado à empresa objeto de estudo para acompanhamento futuro.
13
1.1 JUSTIFICATIVA
Em uma organização não se pode observar apenas ao fato de produzir e atender os
clientes os quais movimentam e são responsáveis pelas atividades da empresa, pois deve-se
analisar todos os fatores os quais estão ligados a organização. Não se pode simplesmente
estipular determinados objetivos sem verificar as formas para alcançá-los. Contudo, fazendo
uma análise aprofundada nos custos envolvidos na produção, pode-se identificar e analisar
melhor a atividade financeira da empresa. Assim, por meio de um sistema de custos torna-se
possível gerar informações que auxiliam na utilização dos recursos lucrativamente, para
produzir serviços ou produtos que sejam competitivos.
Segundo Crepaldi, (2004, p. 21):
A contabilidade de custos, cuja função inicial era de fornecer elementos para
avaliação dos estoques e apuração do resultado, passou, nas últimas décadas, a
prestar duas funções muito importantes na contabilidade gerencial: a utilização dos
dados de custos para auxílio ao controle e para a tomada de decisões.
As pequenas e micro empresas, por serem na maioria das vezes empresas familiares,
não existe uma preocupação quanto à análise gerencial, financeira e com seu
desenvolvimento. Desta forma, suas atividades basicamente estão voltadas para obtenção de
retorno, sem se preocupar com seu processo produtivo.
Dentro do processo de produção não há controle nem a análise correta dos custos
envolvidos, assim como, não ocorre preocupação quanto aos fatores internos e externos que
podem comprometer com a atividade da empresa.
Segundo Bornia (2002, p. 36):
[...] no que se refere ao controle, os custos podem, por exemplo, indicar onde
podem estar ocorrendo problemas ou situações não-previstas, por meio de
comparações com padrões e orçamentos. Informações de custos são também
bastante úteis para fornecer subsídios a diversos processos decisórios importantes à
administração das empresas.
O ambiente econômico no qual as organizações estão inseridas ocorre uma constante
mudança. A cada nova alteração, a vida ativa das organizações sofre com os impactos, muitas
vezes inesperados. Apresentando o controle e conhecimento de todos os fatores existentes
14
dentro da empresa pode-se tomar decisões em determinadas circunstâncias, como forma de
amenizar os impactos em decorrência de fatores internos e externos.
Dentro do mercado, o poder de concorrência apresenta-se com um dos fatores que
interfere com força sobre as organizações. As formas de fornecimento de matéria-prima, a
exigência do mercado, a procura por produtos de qualidade, preços acessíveis, rapidez no
atendimento; são diferenciais que podem destacar a imagem da empresa. Quando se tem total
controle da atividade da mesma, assim como conhecimentos dos fatores existentes no
processo produtivo, oferta-se maior facilidade na tomada de ações para melhorar o
desempenho, como na redução de gastos, refletindo assim também para os clientes.
Segundo Triffany (1998, p.121) “A competição é uma força que deve ser considerada
devido ao poder dos clientes. Os clientes estão lá fora fazendo escolhas, decidindo o que
comprar e onde gastar seu dinheiro em função de suas necessidades e disposição de pagar por
elas”.
Cada vez mais, os clientes buscam produtos e serviços com preços mais acessíveis.
Contudo, para o atendimento destes, aumenta cada vez mais a competição entre fornecedores.
Busca-se oferecer produtos com valores mais baixos, sem diminuir a qualidade dos mesmos.
Entretanto, a forma de produção e atendimento são fatores que fazem a diferença neste
momento e com o controle dos processos internos, permite melhor a visão para otimização
dos gastos, refletindo na produção.
15
1.2 PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS
1.2.1 Pergunta de pesquisa
Nas pequenas empresas, na sua grande maioria, realiza-se a gerência das atividades
pelos próprios proprietários. Estes, muitas vezes, não detêm conhecimentos aprofundados
para manter de maneira segura a continuidade das entidades, seguindo seus trabalhos apenas
pelos conhecimentos básicos adquiridos ao longo de suas experiências.
Além da falta de conhecimento, ocorre também o não acompanhamento dos custos
envolvidos na empresa durante o processo produtivo. Este fato ocorre em função de serem
empresas pequenas, pois a atenção volta-se ao atendimento e fornecimento de produtos aos
clientes, e não há o cuidado sobre o quanto se gasta para o referido atendimento.
A questão a ser trabalhada e desenvolvida ao longo do estudo, realiza-se com base nos
dados a serem coletados na empresa METALÚRGICA ALEXANDRO MANENTE M.E.,
considerando seus registros de produção e realização de serviços ao longo do primeiro
semestre do ano de 2010 referente ao seu principal cliente, o qual representa grande volume
de serviços prestados e peças fabricadas pela organização.
Diante do exposto, se propõe à seguinte questão: Quais os custos ocorridos nas ordens
de produção e prestação de serviço da empresa METALÚRGICA ALEXANDRO
MANENTE M.E. no primeiro semestre do ano de 2010, correspondente seu principal cliente,
de forma a propor um orçamento de custo para a organização?
1.2.2 Objetivos
O objetivo geral consiste em: Analisar os custos envolvidos na atividade da empresa
METALÚRGICA ALEXANDRO MANENTE M.E. referente à produção e prestação de
serviços do seu principal cliente no primeiro semestre do ano de 2010, com intuito de elaborar
um modelo de orçamento de custos. Para atender ao objetivo geral, elaboraram-se os
seguintes objetivos específicos:
Verificar os produtos e serviços prestados referente ao principal cliente da empresa objeto
de estudo;
Mensurar os custos diretos e indiretos envolvidos no processo produtivo;
Identificar o custo de produção referente ao primeiro semestre do ano de 2010;
16
Elaborar o orçamento de custo considerando a produção de mercadoria e prestação de
serviço.
17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Contabilidade de Custos
Ao longo da história, a Contabilidade de Custos sofreu várias alterações até sua forma
atual. Na época anterior á revolução industrial, para a apuração do resultado de cada período,
eram levantados os valores correspondentes aos estoques, onde se verificava o valor pago por
item estocado, e dessa forma, era elaborado o preço para vendas. Contudo, para levantar os
custos, bastava utilizar o valor de o estoque inicial adicionar as compras, menos o estoque
final que se obtinha o custo da mercadoria vendida. Posteriormente, com o valor dos custos e
o lucro líquido, era possível identificar o lucro bruto das vendas.
Confrontando esse montante com as receitas líquidas obtidas na venda desses bens,
chegava-se ao lucro bruto, do qual bastava deduzir as despesas necessárias à
manutenção da entidade durante o período a venda dos bens e o financiamento de
suas atividades. (MARTINS, 2006, p. 19).
Ao passar dos anos, o método para avaliação dos estoques não acompanhava mais as
mudanças do ambiente empresarial. O contador obteve maior dificuldade para o levantamento
do balanço e apuração do resultado, pois não tinha facilmente os dados referentes aos
estoques como anteriormente, uma vez que o valor das compras estava sendo substituído por
vários fatores ligados ao processo de produção.
Segundo Horngren, (2009, p. 2):
“a contabilidade de custos fornece informações tanto para a contabilidade gerencial
quanto para a financeira. Mede e relata informações financeiras e não financeiras
relacionadas ao custo de aquisição ou a utilização de recursos em uma organização;
inclui aquelas partes, tanto da contabilidade gerencial quanto da financeira, em que
as informações de custos são coletadas e analisadas.
Já Leone, (1985, p. 14 e 15), relata que:
[...] a contabilidade de custos, quando acumula os custos e os organiza em
informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais: a determinação do
lucro, o controle das operações e a tomada de decisões.[...] a separação dos custos
em relação ao volume, isto é, custos fixos e custos variáveis, fornecerá ao contador
meios para dar melhores informações a administração em termos de controle e em
termos de auxílio ao processo decisório[...].
18
2.2 Terminologia contábil
Para que seja possível o aprofundamento em custo, faz-se necessária à definição de
algumas palavras na qual vêem a apresentar sentidos semelhantes, mas possuem definições
diferentes na Contabilidade de Custos. Na sequência, defini-se então a que se referem gastos,
desembolso, custos e despesas.
2.2.1 Gasto
Martins (2009, p. 24), refere-se a gasto sendo a “compra de um produto ou serviço
qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse
representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro)”.
Esta definição possui caráter significativo para entidade, visto que se tem gasto na
aquisição de mercadorias, matéria prima, ou serviço. O reconhecimento deste gasto se dará a
partir de seu registro contábil por meio do fato gerador. Em contra partida, o gasto reflete em
desembolso, sendo ambos com conceitos diferentes.
2.2.2 Desembolso
Quanto ao desembolso, caracteriza-se pelo pagamento da mercadoria ou serviço
adquirido, podendo este ser realizado antes, no momento, ou após a entrada da utilidade em
questão.
2.2.3 Investimento
Para Martins (2009, p. 24) “Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou
serviços (gastos) que são “estocados” nos Ativos da empresa pra baixa ou amortização
quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são
especificamente chamados de investimentos.
2.2.4 Custos
O custo é caracterizado pelo gasto originado pela produção ou prestação de serviços.
Este é reconhecido na utilização dos fatores de produção ou na execução do serviço.
Segundo Horngren (2004, p. 26) “a apropriação de custos é um termo geral que
engloba o rastreamento de custos acumulados que tem um relacionamento direto com um
19
objeto de custo e a apropriação de custos acumulados que tem um relacionamento indireto
com o objeto de custo”.
2.2.5 Despesa
Para Martins (2009, p. 25) é “bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para
a obtenção de receita”.
A despesa tem como conseqüência a redução do patrimônio da empresa, no qual sua
objetividade caracteriza-se na geração de receita para a mesma. Seja comercial, industrial ou
prestação de serviço, em seu processo administrativo resulta a geração de despesas.
2.2.6 Perda
A perda para Martins (2009, p. 26) “não se confunde com a despesa (muito menos
com o custo), exatamente por sua característica de anormalidade e involuntariedade; não é um
sacrifício feito com intenção de obtenção de receita. Exemplos comuns: perdas com
incêndios, obsoletismo de estoques, etc”.
2.3 Classificação dos custos
Dentre todos os fatores ligados à produção da empresa, estes devem ser classificados
de acordo com a sua finalidade e a sua interferência quanto a variação na quantidade de
produtos produzidos. “Os custos dever ser distinguidos das despesas e das perdas. Os custos
representam aquela porção do preço de aquisição de produtos, bens ou serviços que foi
diferida, ou seja, que ainda não foi utilizada para a realização de renda”. (BACKER, 1972. p.
4).
Segundo Martins, (2006, p. 26), “o custo representa o gasto relativo a consumo na
produção. Gastão o que se destinam as fases de administração, esforço de vendas e
financiamento será chamado de despesas”.
Quanto a sua incidência, os custos podem ser considerados como direto quando
podem ser facilmente identificados nos produtos.
Para Becker (1972, p. 9):
“Um custo direto é aquele que pode ser identificado diretamente com um processo,
produto, ordem de produção o0u outro qualquer setor operacional. Um custo
20
indireto é aquele que não pode ser relacionado diretamente com nenhum setor
operacional específico”.
Suas medidas de consumo são diretamente apropriadas aos produtos e sua mensuração
pode ser de maneira objetiva. Contudo, os custos também podem ser considerados como
indiretos uma vez quando não oferecem condição de uma medida objetiva, sua quantificação
elabora-se com base de estimativa ou arbitrariedade. Sua identificação não se apresenta
facilmente realizada nos produtos e sua mensuração e realizada por meio de rateio.
Referente ao comportamento, os custos podem ser considerados variáveis quando seu
consumo varia com o volume de produção, onde quando aumenta a quantidade produzida, em
paralelo aumenta o custo. Entretanto, os custos também podem ser considerados fixos, ou
seja, sua quantificação não varia de acordo com o aumento da quantidade produzida.
2.4 Critério de Rateio de custos indiretos
Dentro do processo produtivo, existem custos que não podem ser classificados
diretamente aos produtos. Contudo, sua quantificação se realiza por meio de rateio, para que o
mesmo seja alocado dentre os itens produzidos.
De acordo com Leone (2000, p. 58), “são debitados indiretamente por meio de taxas
de rateio ou critério de alocação. Assim, podemos generalizar identificando o custo indireto
como aquele item que precisa de um critério de rateio para sua identificação ao produto ou
objeto cujo custeio é desejado”.
Para Martins (20009, p. 79):
“Todos os custos indiretos só podem ser apropriados, por sua própria definição, de
forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio,
previsão de comportamento de custos, etc. todas essas formas de distribuição
contêm, em menor ou maior grau, certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade
sempre vai existir nessas alocações, sendo que as vezes ela existirá em nível
bastante aceitável, em outras oportunidades só a aceitaremos por não haver
alternativas melhores”.
Os critérios de rateios podem influenciar no resultado da empresa, visto que mediante
a forma de rateio aplicada, esta pode direcionar e distorcer os valores referentes aos custos
indiretos apontados. Contudo, para cada tipo de empresa faz-se necessário à análise de seus
21
custos para melhor direcionamento do método de rateio, uma vez que seus resultados podem
ser artificiais, não apresentando o real valor dos custos envolvidos no processo de produção.
2.5 Materiais Diretos
Podem ser considerados como materiais diretos, todo aquele que esta ligado
diretamente aos produtos. Assim, consideram-se como materiais diretos as matérias-primas,
embalagens, entre outros produtos utilizados no processo de fabricação.
Segundo Martins (2009, p. 116):
Podemos dividir todos os problemas existentes numa empresa com relação a
materiais em três campos:
a) avaliação (qual o montante a atribuir quando vários lotes são comprados por
preços diferentes, o que fazer com os custos do Departamento de Compras, com
tratar o ICMS, como contabilizar as sucatas, etc.);
b) controle (como distribuir as funções de compra, pedido, recepção e uso por
pessoas diferentes, como desenhar as requisições e planejar seu fluxo, ,com
fazer a inspeção para verificar o efetivo consumo nas finalidades para as quais
foram requisitados, etc.); e
c) Programação (quanto compras, quando compras, fixação de lotes econômicos
de aquisição, definição de estoques mínimos de segurança, etc.).
A identificação do valor dos materiais diretos consiste no levantamento dos custos
envolvidos até o momento em que a empresa dispõe para fornecimento o produto, sendo que
se deve considerar os tipos de empresa: industrial, serviços ou comercial.
“A regra teoricamente é simples: Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo
em condições de uso (equipamento, matérias-primas, ferramentas, etc.) ou em condições de
venda (mercadorias, etc.) incorporam o preço desse mesmo ativo”. Martins (2009 p. 117).
No processo de produção, torna-se comum o surgimento de perdas. Contudo, estas
podem ser consideradas perdas normais ou anormais. As perdas normais, já são previstas e
provisionadas onde a empresa tem conhecimento da perda, de modo que possa finalizar o seu
produto, tendo o valor correspondente incorporado ao custo de produção. Já a perda anormal
origina de falhas ou erros no processo produtivo, sendo seus respectivos valores
caracterizados como perdas, não sendo considerados no custo dos produtos.
Dependendo do tipo de produção, podem ocorrer os subprodutos, que são as sobras de
matérias primas utilizadas na produção. Estas podendo ser comerciazadas gerando receita
assim como os produtos já produzidos pela empresa. Entretanto, por se tratar de materiais
oriundos do desperdício da empresa, estas não podem ser considerados como produtos para a
empresa, caso contrário seu custo deveria ser considerado. Contudo, os valores de venda
22
destes subprodutos têm como reflexo a redução dos custos de aquisição de matéria prima dos
reais materiais produzidos pela empresa.
2.6 Mão-de-obra
Mão-de-obra direta está ligada ao pessoal que trabalha diretamente com a produção,
sendo possível à mensuração das horas aplicadas na produção. Caso exista a necessidade de
método de custeio para a alocação da mão-de-obra aos produtos, esta é considerada como
mão-de-obra indireta.
De acordo com Martins (2009, p. 133) “se surgir a possibilidade de se conhecer o
valor de mão-de-obra aplicada no produto de forma direta por medição, existe a Mão-de-obra
direta; mas se recorrer a qualquer critério de rateio ou estimativa, configura-se, para efeito
contábil, em indireta”.
A mão-de-obra pode ser dividida em duas classificações. Uma relacionada com a mão-
de-obra com menor grau de erro e arbitrariedade a ser alocada nos produtos, como por
exemplo, um operador de várias máquinas. A segunda está relacionada um maior grau de
arbitrariedade em sua alocação e só pode ser apropriada por critérios de rateio, como os
chefes de departamento.
2.7 Métodos de custeio
2.7.1 Custeio Baseado em Atividades
Para diminuir as distorções, o sistema ABC possui uma metodologia na qual a
alocação dos custos indiretos tem como base o foco no conceito de atividade e a utilização de
direcionadores de custos.
“O custeio baseado em atividades,conhecido com ABC (Activity – Based Costing), é
um método de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio
arbitrário dos custos indiretos”. (MARTINS, 2006, p. 87).
Os departamentos de produção e apoio desenvolvem atividades homogêneas. As
atividades são compostas por um conjunto de tarefas. Quanto aos direcionadores de custos,
estes servem para identificar as atividades mais relevantes e para calcular os custos das
atividades. Já o custo de atividades, serve para calcular o custo dos produtos.
23
Segundo Martins, (2006, p. 87), “a utilização do ABC como comentado, pode também
oferecer subsídios pra que se atendam as exigências legais com o mínimo de arbitrariedade no
tratamento dos custos indiretos”.
Para o direcionamento do rateio dos custos indiretos, faz-se importante o
direcionamento dos mesmos considerando a influência da atividade na produção dos
produtos, sendo o direcionador a base que aloca os custos das atividades aos produtos.
2.7.2 Custeio por absorção sem departamentalização
O custeio por absorção sem departamentalização caracteriza-se pela apropriação de
todos os custos de produção aos itens produzidos. A alocação concentra-se a todos os custos
independentes suas classificações em custo direto, indireto, fixo ou variável.
Segundo Martins, (1945, p. 41). “Consiste na apropriação de todos os custos de
produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de
fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos”.
Para Leone (2000, p. 242). “O próprio nome do critério é revelador dessa
particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou
serviço) absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados a fabricação.”
Utilizando o custeio por absorção, alocam-se todos os custos de produção aos produtos
ou serviços prestados, de modo que se alcance o valor correspondente ao custo. Visto que se
direciona o custo de sem a classificação dos mesmos, o custo final por produto pode
apresentar distorções.
2.7.3 Custeio por absorção com departamentalização
Dentre a estrutura organizacional das empresas, os modos de elaboração de seus
produtos podem interferir no custo do mesmo. Em função dos departamentos de produção
nem todos os produtos passam pelos departamentos. Contudo, os custos indiretos não
deveriam ser aplicados a este, devendo considerar apenas os departamentos pelo qual os
produtos caminham ao longo do processo de produção.
“Em outras situações podem existir diversos Centros de Custos, ou seja, nele são
acumulados os custos indiretos para posteriormente alocação aos produtos ou a outros
departamentos”. (Martins, 2006, p. 66).
24
Para a realização do custeio por departamentalização, devem-se identificar os
departamentos, seja de apoio ou de produção. Posteriormente, deverão ser transferidos os
custos alocados aos departamentos de apoio para os de produção. Quanto aos departamentos
de apoio, refere-se aos setores que não estão ligados diretamente ao processo de produção.
2.7.4 Custeio variável
De acordo com Martins (1945, p. 216). “no custeio Direto ou Custeio Variável, só são
alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados com
despesas do período, indo diretamente para o resultado; para os estoques só vão, como
conseqüência, custos variáveis”.
O custeio variável, também chamado custeio direto caracteriza-se ao custeio por meio
dos custos variáveis, onde os demais custos ocorridos no processo produtivo são lançados
diretamente no resultado como despesa. Considera-se neste método a avaliação de estoques de
produtos acabados e em elaboração.
2.8 Produção por ordem: Custeio de Ordens e de Encomendas
Dentre os processos de produção, tem-se o custeio de ordens e de encomendas ou
contínuo, sendo que muitas vezes acredita-se que suas formas de rateios são distintas, onde na
verdade a diferença entre ambos são pequenos.
De acordo com Martins (2009, p. 146):
“Existem dois fatores que determinam o tipo de Custeio, se por Ordem ou por
Processo (contínuo): a forma de a empresa trabalhar e a conveniência contábil-
administrativa. Quanto à forma, principal responsável pela distinção, basta lembrar
que se a empresa trabalha produzindo produtos iguais de forma contínua (um ou
vários), fundamentalmente para estoque, isto é, para venda, ,terá já caracterizada
sua natureza. Se produz atendendo a encomendas dos clientes ou, então, produz
também para sua venda posterior, mas de acordo com determinações internas
especiais, não de forma contínua, já se terá incluído entre as de Produção por
Ordem”.
No processo por ordem, os custos envolvidos para cada ordem ou encomenda, são
acumulados em conta única até o encerramento da ordem em questão. No caso de
encerramento do período contábil, e a ordem não tenha sido concluída, esta não é encerrada e
seu saldo permanece sobre a forma de bens em elaboração. Em sua conclusão, ocorre a
transferência de seus custos para estoque de produtos acabados ou ao próprio custo da
mercadoria vendida, variando de acordo com a situação.
25
Já na produção contínua, os custos também são acumulados, sendo em contas
representativa a cada linha de produção, estas encerradas no encerramento de cada período,
onde se avalia o custo das unidades produzidas com base no custo médio do período.
Tanto no processo de ordem quanto na produção contínua, os custo indiretos são
alocados com base no rateio dos mesmos, considerando os departamentos da empresa.
Como em toda empresa, há o risco da ocorrência de perdas e danificações de materiais
ao longo do processo produtivo. Contudo, quando ocorrem danificações de matérias-primas,
materiais diretos ou até indiretos, podem ser efetuados os reconhecimentos de duas formas.
Primeiramente, a empresa pode realizar a apropriação desta perda na ordem a que se referem
os materiais danificados. Assim como, as perdas sejam concentradas junto aos custos
indiretos, sendo estes alocados posteriormente no encerramento da ordem de produção.
Em caso de danificação de ordens inteiras, considera-se como meio mais correto
contabilmente, a baixa diretas dos custos envolvidos para perdas do período, de forma que
não acrescente novos custos a ordem de produção em questão. Quanto na visão
administrativa, o valor correspondente à perda deve ser reduzido do resultado obtido com a
finalização da ordem.
2.9 Margem de contribuição
De acordo com Martins (2006, p. 208),
“Temos utilizado o conceito de margem de contribuição como sendo a diferença
entre o preço de venda (líquido dos tributos incidentes sobre ele) e a somados custos
variáveis. Este conceito está correto, mas não completo. Já verificamos que, para o
calculo dessa margem, devem também ser consideradas as despesas variáveis, quer
de vendas, financiamento ou outras, normalmente as que predominam são as de
vendas (comissões, etc.)”.
Dentre o processo de produção, pode-se verificar a margem de contribuição dos
produtos, quando não considerados os custos fixos que não estão ligados diretamente aos
produtos. A margem de contribuição total caracteriza-se como a diferença entre o preço de
venda unitário e a soma dos custos de despesas variáveis de cada produto.
Os custos fixos não são utilizados para a identificação da margem de contribuição,
pois estes independem dos produtos e volumes de produção, onde no momento do rateio, os
valores são diferentes para cada produto.
26
2.10 Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio apresenta-se como o momento em que a resultante da soma dos
custos e despesas totais é a mesma referente à receita total do período. Contudo, até o ponto
de equilíbrio, os custos e despesas são maiores que a receita. Em contrapartida, acima do
ponto de equilíbrio, a empresa começa a obter lucro.
“O ponto de equilíbrio é uma conseqüência direta do comportamento de custos
diante do volume de atividade. Eis o conceito mais simples do ponto de equilíbrio: é
o ponto da atividade da empresa no qual não há lucro nem prejuízo, isto é, o ponto
em que a receita é igual ao custo total. Além do ponto de equilíbrio, a empresa ob
terá lucros; aquém do ponto de equilíbrio, a empresa terá prejuízos”. (LEONE,
1985, p.438).
Desta forma, após verificar o ponto de equilíbrio pode-se identificar a margem de
segurança, ou seja, a rentabilidade que a empresa apresenta a cada período.
Para Leone, (1985, p. 464). “a margem de segurança, um dos subprodutos da Análise
do Ponto de Equilíbrio, é um índice importante para controle do planejamento de lucros”.
Indica o valor de vendas que pode diminuir antes que a Cia. comece a sofrer prejuízo.
2.11 Orçamento Empresarial
O orçamento trata-se da ferramenta utilizada para controle e análise do
desenvolvimento das atividades da empresa considerando suas movimentações financeiras e
operacionais. Quando estabelecido, no orçamento apresentam os objetivos a serem alcançados
pela empresa.
Segundo Leone (2000, p. 458). “As matrizes de orçamento vão dispor dos dados
monetários e físicos planejados; dados que deverão ser alcançados se a administração desejar
atingir os objetivos preestabelecidos.”
Na verificação do desempenho, elabora-se o orçamento sendo ele operacional ou
financeiro. De acordo com Maher (1946, p. 603):
“O orçamento de uma companhia inclui orçamentos operacionais (a demostração do
resultado orçada, o orçamento de produção, o orçamento do custo dos produtos
vendidos) e orçamentos financeiros (o orçamento de caixa, o balanço orçado).
Quando a administração utiliza o orçamento no processo de controle, focaliza a
atenção em itens chaves que precisam ser controlados para que a companhia tenha
sucesso”.
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Uma vez elaborado o orçamento, controlam as atividades da empresa para o
acompanhamento se o orçamento está de acordo com o real executado, onde quase sempre
ocorrem variações. Diante das variações, analisam-se os fatos originários das diferenças para
que sejam tomadas ações corretivas, de modo que otimize o resultado para a
organização.Visto que o objeto de estudo direciona-se ao orçamento operacional, busca-se a
elaboração do orçamento de custos.
28
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 Modalidade de pesquisa
A pesquisa a ser realizada tem como natureza aplicada, pois em torno de sua
realização busca-se a descoberta de dados teóricos a serem utilizados como sugestão para
possível a aplicação dentro da empresa pesquisada. Todo estudo realizado tem como objetivo,
a mensuração dos custos ocorridos no processo produtivo, para a identificação dos mesmos
por ordem de produção.
Cervo, (1996, p. 47), diz que: “na pesquisa aplicada, o investigador é movido pela
necessidade de contribuir para fins práticos mais ou menos imediatos, buscando soluções para
problemas concretos”.
Quanto a sua abordagem, a pesquisa tem característica qualitativa e quantitativa.
Referente ao aspecto quantitativo deverá ser avaliado todas as informações a serem levantadas
na empresa METALÚRGICA ALEXANDRO MANENTE M.E., apontando os itens
produzidos, os serviços realizados ao longo do primeiro semestre do ano de 2010, referente
seu principal cliente, assim como a especificação técnica dos mesmos.
O quantitativo, conforme o próprio termo indica, significa quantificar opiniões,
dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de
recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples, como porcentagem, média,
moda, mediana e desvio padrão, até as de uso mais complexo, como coeficiente de
correlação, análise de regressão, etc; normalmente utilizado em defesa de teses.
(Oliveira, 1999, p. 115).
Levando em conta o aspecto qualitativo, “justifica-se o fato de o tratamento qualitativo
de um problema, que pode até ser uma opção do pesquisador, apresentar-se de uma forma
adequada para poder entender a relação de causa e efeito do fenômeno e conseqüentemente
chegar a sua verdade e razão”. (Oliveira, 1999, p.116). Será avaliado dentre os custos
ocorridos no processo produtivo, o quanto foi gasto para que seja possível a produção e a
prestação de serviço.
O objeto da pesquisa é de caráter exploratório, sua realização busca analisar todos os
fatores envolvidos dentro do processo produtivo para o atendimento dos clientes, visando
definir os custos existentes para o encerramento das ordens de produção.
29
Cervo, (2002, p. 69) diz, “a pesquisa exploratória realiza descrições precisas da
situação e quer descobrir as relações existentes entre os elementos componentes da mesma”.
Os procedimentos técnicos utilizados caracterizam a pesquisa como documental, “a
característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a
documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias” (Marconi,
1999, p.64), e bibliográfica, que segundo Cervo, (2002, p.66), “é o meio de formação por
excelência e constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se
busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”, onde o estudo realiza-se com
base nos registros das movimentações da empresa, ordens de serviço, registro de compras e
vendas; sendo utilizado em paralelo o embasamento teórico na definição do tema por diversos
autores.
Quanto a sua execução, realiza-se como estudo de caso, no qual apresenta a sua
elaboração sobre a empresa METARLÚRGICA ALEXANDRO MANENTE, de modo a
apontar e mensurar os custos de produção, para assim, propor o orçamento de custos para o
primeiro semestre de 2011.
Segundo Fachin, (2005, p. 43):
“sua principal função é a explicação sistemática das coisas (fatos) que ocorrem no
contexto social e geralmente se relacionam com uma multiplicidade de variáveis.
Quando assim ocorre, os dados devem ser representados sob a forma de tabelas,
quadros, gráficos estatísticos e por meio de uma análise descritiva que os
caracterizam.
3.2 Coleta de dados
A pesquisa tem como coleta de dados correspondente à análise documental, com base
na coleta de informações diretamente na empresa de estudo, efetuando o levantamento dos
registros existentes na empresa. Para a realização da pesquisa, coleta-se informações com o
proprietário da empresa referente às compras de matéria-prima, despesas e ordens de
produção correspondente ao período de janeiro a junho de 2010 de seu principal cliente.
Quanto à análise bibliográfica, levanta-se toda a base teórica a ser aplicada na
pesquisa em livros, artigos relacionados ao tema da pesquisa no que se referem ao
gerenciamento dos custos da empresa, de forma que possibilite definir os custos envolvidos
no processo produtivo.
30
3.3 Análise e interpretação
Após a coleta, os dados são analisados buscando identificar primeiramente a relação
de produtos fornecidos e serviços prestados, e assim posteriormente, a verificação da
especificação técnica destes, buscando apontar os custos ocorridos nos processo produtivo.
Com bases nos dados levantados, aponta-se como é a movimentação de mercadorias por
conseqüência da execução das atividades da empresa.
Dentre os dados colhidos referentes produtos, relaciona-se com base nos registros de
fornecimentos, quais os principais itens que são produzidos pela empresa. Em paralelo,
também se lista os serviços prestados pela empresa, visto que em seu fornecimento, a mesma
atende seus clientes sob as duas formas.
Posteriormente, após de listados produtos e serviços, verifica-se quanto a
especificação técnica destes, para que se observe e aponte quais os custos que compõem e
estão presentes nas operações da empresa.
Além dos registros a serem coletados, analisa-se a forma da realização das tarefas da
empresa, desde a compra da matéria-prima, produção ou realização do serviço, até o
fornecimento e atendimento do cliente.
3.4 Ambiente da pesquisa
A pesquisa realiza-se na empresa METALÚRGICA ALEXANDRO MANENTE
M.E., localizada na Rua Clemente Teodoro da Sil, 1259, na Fazenda Santo Antônio, São José.
Empresa atuante no ramo de fabricação de artigos de usinagem industrial, tendo sua abertura
realizada em 02/10/1995, pelo proprietário Alexandro Manente.
Quanto à abertura realizada pelo proprietário da empresa, Alexandro Manente, a
mesma ocorreu visto a ligação do mesmo com a função de torneiro mecânico. Inicialmente, o
contato com a atividade ocorreu em virtude que o mesmo tinha um irmão que já atuava na
função. Posteriormente, após a realização de curso técnico, Alexandro Manente iniciou suas
atividades como empregado em uma Metalúrgica que encerrou suas atividades por entrar em
estado de falência. Em função do vínculo criado com um dos clientes, Alexandro Manente
lançou-se ao desafio de abrir a empresa própria anos mais tarde, o que hoje, caracteriza a
31
grande influência gerada de seu principal cliente, que compreende maior parte do número de
prestação de serviços e peças fabricadas.
Quanto aos produtos fornecidos, não há uma gama de produtos específicos, visto que a
produção é realizada por encomenda. Contudo, apenas em casos isolados ocorrem repetição
na produção de alguns itens referente manutenções internas em seu cliente, assim como
ocorre fabricação de peças específicas conforme necessidade.
Os serviços prestados ocorrem da mesma forma que a produção dos itens. Estes são
solicitados de acordo com as necessidades do cliente e representa maior volume de
atendimento.
Em seu total, os clientes atendidos estão localizados na grande Florianópolis. Estes
atuam em diversas áreas: frigorífico, usina de concreto e mineração. As atividades executadas
são serviços de manutenção corretiva e preventiva. Além dos serviços são produzidos peças e
acessórios para reposição. A seguir o quadro funcional:
QUADRO 1: Quadro funcional
Fonte: Elaborado pelo autor
Por ser uma microempresa, o quadro funcional não apresenta repartições, tendo a sua
gerência ligada diretamente com a produção. A gerência realiza as compras, fechamentos de
ordens de serviço e produção, ficando por conta da produção a execução das atividades.
Gerencia
Produção
32
4 ESTUDO DE CASO
4.1 Serviços Prestados e Peças Produzidas
A empresa METALÚRGICA ALEXANDRO MANENTE M.E. apesar de atender
clientes de diversos segmentos, apresenta grande parte de suas atividades voltadas ao
atendimento do seu principal cliente, o qual possui histórico de atendimento desde a abertura
da empresa em 02/10/1995 e possui uma carteira que compreende 60% do faturamento
referente prestação de serviço e produção.
Os serviços prestados, correspondente atividades de manutenção e adaptação de peças
em função da especificidade dos equipamentos utilizados pelo cliente. Devido à urgência para
reposição, os serviços apresentam caráter emergencial de atendimento. Têm-se como serviços
prestados no primeiro semestre de 2010:
Serviços Local / Máquina
Abrir / Prensar ranhuras em bucha de bronze Prença vísceras
Abrir furo em engrenagem Chiller miúdos
Abrir furo em engrenagem Chiller pé
Abrir furo em engrenagem Digestor víscera
Abrir furo em engrenagem Embalagem secundária
Abrir furo em engrenagem Esteira 02 paletização
Abrir furo em engrenagem Esteira corte - 04
Abrir furo em engrenagem Esteira caixa cheia - 06
Abrir furo em engrenagem Esteira caixa cheia - CMS
Abrir furo em engrenagem Esteira Pé
Abrir furo em engrenagem Esteira plataforma
Abrir furo em engrenagem Esteira túnel
Abrir furo em engrenagem Máquina de moelas
Abrir furo em engrenagem Rosca da pena
Abrir furo em engrenagem Sambiquira
Abrir furo em engrenagem Esteira caixa vazia
Abrir furo em engrenagem Esteira Frango Inteiro
Abrir furo de buchas de bomba Bomba do rio
Abrir furo de polia alumínio 2 a 130 mm Transferidor nórea
Abrir furo em bases de motores Depenadeiras 2/3
Abrir furo em buchas de nylon Extrator vísceras
Abrir furo em buchas de nylon Máquina de moelas
Abrir furo em engrenagens inox Máquina de coração
Abrir furo em engrenagens inox Máquina de moelas
Abrir furo em polia Desenganchador
Abrir furo em polia alumínio Desengate Pé
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Serviços Local / Máquina
Abrir furo em polia alumínio Girassol 02
Abrir furos em bases de motores Depenadeira 02
Abrir furos em flanges 1/2” Boyler da caldeira
Abrir rosca em tubo de 3" Boyler higienização
Abrir rosca em tubos 1" Bomba limpeza
Abrir rosca em tubos de 1" Boyler higienização
Abrir rosca em tubos de 2" Escaldadeira
Abrir rosca em tubos de 3/4" Rede de ar comprimido
Abrir rosca em vergalhão inox 1/4" Boyler da caldeira
Abrir roscas em tubos de 1 1/2" galvanizado Tubulação de água
Abrir roscas em tubos de 2' Tubulação de água caldeira
Abrir roscas em tubos de 3" Higienização
Abrir roscas em tudo 4'' Escaldadeira
Aumentar rosca em parafusos Digestor pena
Cortar bucha e abrir rasgos de chaveta Prença vísceras
Preencher e usinar caracol Bomba do JET Bomba do Jet 01
Preencher e usinar eixo bomba óleo Bomba do óleo
Preencher e usinar eixo Máquina Ulma Ulma
Preencher e usinar eixo embuchar rotor bomba Bomba poço óleo
Preencher e usinar eixo mancal depenadeira Depenadeira 02
Preencher e usinar eixo roda de nórea Nórea
Preencher e usinar eixos de redutor Esteira Secundária
Preencher e usinar flange bomba Bomba do Jet
Preencher e usinar ponteiras caracol chiller Chiller Pé
Preencher e usinar tampa de bomba ETA
Rebaixar eixo de bomba Bomba do Jet 01
Rebaixar eixo inox Moela 1/2
Recuperar carcaça bomba do rio Bomba do rio
Recuperar eixo bucha de redutor Pescador Chiller
Recuperar eixo de motor Bomba
Recuperar eixo de motor Bomba de óleo
Recuperar eixo de motor Centrífuga
Recuperar eixo de motor Esteira Caixa Cheia
Recuperar eixo de motor Embalagem secundária
Recuperar eixo de motor Esteira. Cone
Recuperar eixo de motor Esteira caixa vazia
Recuperar eixo de motor Esteira plataforma
Recuperar eixo de motor Esteira secundária
Recuperar eixo de motor Esteira
Recuperar eixo de motor Filé
Recuperar eixo de motor Girassol
Recuperar eixo de motor Nórea 02
Recuperar eixo de motor Papo e traqueia
Recuperar eixo de motor Reserva
Recuperar eixo e aumentar Esteira classificação
Recuperar eixo inox de serra Máquina de moelas
Recuperar eixo máquina lavar roupas Máquina de lavar roupas
Recuperar eixo redutor Girassol 02
Recuperar eixo redutor Tambler
Recuperar eixo Smirna Esteira Smirna
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Serviços Local / Máquina
Recuperar eixo / polia / chavetas Fabrica de gelo 01
Usinar cilindro da bomba de cabeça e bucha Bomba pescoço
Usinar e recartilhar polias alumínio motor Depenadeira 01
Usinar eixo caracol Chiller moelas
Usinar eixo do esconder Nórea 01/02
Usinar luva bomba Bomba Campo
Usinar mancal Chiller Moelas
Usinar peça da balança de nórea Balança de nórea
QUADRO 2: Serviços Prestados - Local
Fonte: Elaborado pelo autor
Além da prestação de serviço, ocorre a produção de peças para reposição decorrente
manutenções realizadas. Os itens apresentam especificidade decorrente às máquinas e
equipamentos utilizados pelo cliente. Abaixo, tem-se a relação de peças produzidas no
primeiro semestre de 2010:
Peças Local / Máquina
Arruelas de aço Digestor vísceras
Arruelas inox para roda guia Nórea 02
Bases de nylon fixação balanças Balança
Bicos inox para mangueira Apoio higienização
Borrachas de acoplamento Bomba campo
Bucha aço para engrenagem Esteira saída do túnel
Bucha alumínio para roda guia Roda guia nórea 01
Bucha Bronze grafitado Evisceradora
Bucha Bronze grafitado Máquina Moelas
Bucha de aço Bomba
Bucha de bronze Máquina Coração
Bucha de bronze Máquina Moelas
Bucha de bronze Nórea 01/02
Bucha de bronze e bucha de aço Prença vísceras
Bucha de bronze para mancal Prença vísceras
Bucha de nylon Arquiadeira
Bucha de nylon Esteira Cone 2
Bucha de nylon Evisceradora
Bucha de nylon Prença pena
Bucha inox Balança de nórea
Bucha Nylon para mancal Chiller Pé
Bucha para retentor Desengate de patas
Bucha poliacetal para rodas nylon Tambler 03
Buchas bronze Máquina Moelas
Buchas para polias Depenadeira 02
Buchas poliacetal para mancais Chiller miúdos
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Peças Local / Máquina
Conexão Borbulhador
Dobradiças de inox 3/4" - 150mm Depenadeira 03
Eixo de aço Esteira Ulma
Eixo de inox Esteira 5 saída túnel
Eixo de inox Esteira cone 2
Eixo de inox Esteira Gelo
Eixo de inox Esteira resfriado
Eixo de inox Esteira secundária congelado
Eixo de inox Esteira secundária
Eixo de inox Máquina de moelas
Eixo inox Túnel encolhimento
Eixo inox Bomba pescoço
Eixo inox Carro tempero
Eixo inox - roda guia Nórea 02
Eixo inox 1""/1600mm Desengate de patas
Eixo inox 1""/1600mm Esteira gelo
Eixo inox para cilindro Bomba pescoço
Eixo inox tração Esteira sobreposta 02
Eixo ponteira aço 1045 Rosca distribuição sil
Eixo ponteira aço 1045 Rosca percurso vísceras
Eixo ponteira aço 1045 Rosca saída percurso vísceras
Eixo ponteira de bomba Bomba poço óleo
Flange aço 5/8" Diam. 150mm Escaldadeira
Flange de aço para tampa bomba de óleo Bomba de óleo
Flange de aço tubo 4" Válvula vapor
Flange para válvula Boyler da caldeira
Flanges hélice de condensadores Condensador
Fuso de bronze Esticador nórea 2
Fuso rosqueado para sacador polias Sacador polias
Gonzos inox de 1/2" Máquina cortar asas
Luva inox para Pt. 100” Regenerador
Parafusos aço 1/2"-3" c/porcas arruelas Caldeira
Parafusos de aço 1045 Prença pena
Parafusos inox Ulma
Polias de alumínio 100mm Depenadeira 02
Polia Policorte
Polia alumínio Depenadeira 02
Polia alumínio 110 mm 2 a Depenadeira 02/03
Polia alumínio 80mm 2 a Depenadeira 02
Polia alumínio 80mm 2 a Depenadeira 03
Polia desengate de patas Desengate de patas
Ponteiras de rosca tubo 3" Schedule Higienização
Porca de aço Prença pena
Porca de aço 1045 Bomba de vácuo
Porca de aço 3/4" Prença pena
Porca inox Esticador nórea 2
Porca inox Nórea 02
Rolo de nylon Esteira gelo
Suporte de serra copo Manutenção
Tampão nylon Esteira secundária
Tampão nylon Redutor esteira
36
Peças Local / Máquina
Tirantes em aço 3/4"/1000mm Prença pena
QUADRO 3: Peças - Local
Fonte: Elaborado pelo autor
4.2 Classificação Custos
4.2.1 Custos Diretos e Indiretos
Considerando a prestação de serviço, têm-se como custos de produção: Mão-de-obra,
energia elétrica, materiais de uso e consumo (broca, disco de corte, pastilhas de vídea,
oxigênio e mistura para mig, arame mig para solda, óleo para torno, óleo para refrigeração,
lixas), combustível, aluguel e depreciação (máquinas e equipamentos, veículos).
Conforme quadro abaixo se apresenta as seguintes classificações em custo direto e
indireto de produção da prestação de serviços:
CUSTOS DIRETOS: Mão-de-obra
CUSTOS INDIRETOS:
Energia
Material de uso e consumo
Broca
Disco de corte 12" e 4 1/2"
Pastilhas de vídea
Oxigênio e mistura para mig.
Arame mig. para solda
Óleo para torno
Óleo para refrigerarão
Lixas
Combustível
Aluguel
Depreciação
QUADRO 4: Custos Diretos e Indiretos - Serviços
Fonte: Elaborado pelo autor
A mão de obra considera-se como custo direto, pois a mesma pode ser alocada ao
serviço prestado diretamente, pois se sabe o tempo necessário para a execução do serviço.
Entretanto, é possível alocar corretamente o custo ocorrido referente mão-de-obra na
prestação do serviço.
Os demais custos são classificados com indiretos, pois não há como apontar o quanto é
utilizado em cada serviço. Contudo, o custeio destes deverá ser realizado por forma de rateio,
visto a imparcialidade de identificação do quanto foi gasto para execução do serviço.
37
O que se refere a produção de peças, têm-se os seguinte custos de produção: mão-de-
obra, matéria-prima (aço, bronze, aço inox, poliacetal, nylon, alumínio), energia elétrica,
materiais de uso e consumo (broca, disco de corte, pastilhas de vídea, oxigênio e mistura para
mig, arame mig. para solda, óleo para torno, óleo para refrigeração, lixas), combustível,
aluguel e depreciação (móveis e utensílios, máquinas e equipamentos). Classificam-se os
custos em direto e indireto na produção de peças conforme figura abaixo:
CUSTOS DIRETOS:
Mão-de-obra
Matéria-prima
Aço
Bronze
Aço inox
Poliacetal
Nylon
Alumínio
CUSTOS INDIRETOS:
Energia
Material de uso e consumo
Broca
Disco de corte 12" e 4 1/2"
Pastilhas de vídea
Oxigênio e mistura para mig.
Arame mig. para solda
Óleo para torno
Óleo para refrigeração
Lixas
Combustível
Aluguel
Depreciação
QUADRO 5: Custos Diretos e Indiretos – Fabricação Peças
Fonte: Elaborado pelo autor
A mão-de-obra considera-se como custo direto, já que a mesma pode ser alocada a
peça fabricada diretamente, pois se sabe o tempo necessário para a elaboração do item. Assim
como a matéria-prima, pois se sabe o quanto de insumo é necessário para a fabricação do item
em questão.
Assim como nos serviços, os demais custos são classificados com indiretos, pois não
há como apontar o quanto é utilizado em cada serviço. Contudo, o custeio destes deverá ser
realizado por forma de rateio, visto a imparcialidade de identificação do quanto foi gasto para
execução do serviço.
38
4.2.2 Custo Fixo e Variável
Quanto ao seu comportamento, os custos envolvidos no processo produtivo se
classificam em custos fixos ou variáveis. Abaixo, tem-se a classificação dos custos em custo
fixo e variável os custos para prestação de serviço:
CUSTOS DIRETOS: Mão de obra Custo Fixo
CUSTOS INDIRETOS:
Energia Custo Variável
Mat. De uso e consumo Custo Variável
Combustível Custo Variável
Aluguel Custo Fixo
Depreciação Custo Fixo
QUADRO 6: Custo Fixo e Variável - Serviços
Fonte: Elaborado pelo autor
Para fabricação de peças, classificam-se abaixo os custos em custo fixo ou variável:
CUSTOS DIRETOS: Mão de obra Custo Fixo
Matéria-prima Custo Variável
CUSTOS INDIRETOS:
Energia Custo Variável
Mat. De uso e consumo Custo Variável
Combustível Custo Variável
Aluguel Custo Fixo
Depreciação Custo Fixo
QUADRO 7: Custo Fixo e Variável – Fabricação de Peças
Fonte: Elaborado pelo autor
4.2.3 Custos de produção primeiro semestre 2010
Durante o período do primeiro semestre de 2010, a empresa METALÚRGICA
ALEXANDRO MANENTE M.E., teve referente ao seu principal cliente, os seguintes custos
de produção:
Custos JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL
Mão-de-obra R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 R$
9.000,00
Energia R$ 105,00 R$ 112,44 R$ 100,47 R$ 191,24 R$ 114,74 R$ 134,69 R$
758,58
Matéria-Prima
R$ -
Aço R$ 102,50 R$ 283,00 R$ 481,00 R$ 48,00 R$ 20,00 R$ 84,00 R$
1.018,50
Bronze R$ 857,00 R$ 29,00 R$ 125,00 R$ - R$ 2.712,00 R$ 175,00 R$
3.898,00
Aço inox R$ 690,00 R$ 174,00 R$ 400,00 R$ - R$ 220,00 R$ - R$
1.484,00
Poliacetal R$ 171,00 R$ 174,00 R$ 845,00 R$ - R$ 50,00 R$ - R$
39
Custos JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL
1.240,00
Nylon R$ 70,00 R$ 808,00 R$ 328,00 R$ - R$ 70,00 R$ 157,55 R$
1.433,55
Alumínio R$ 146,00 R$ 157,00 R$ 1.057,00 R$ - R$ 274,00 R$ 50,00 R$
1.684,00
Matérial de uso e consumo
-
Broca R$ 77,60 R$ 101,85 R$ 82,45 R$ 82,45 R$ 48,50 R$ 87,30 R$
480,15
Disco de corte 12" e 4 1/2"
R$ 75,00 R$ 45,00 R$ 60,00 R$ 40,00 R$ 80,00 R$ 20,00 R$
320,00
Pastilhas de videa R$ 68,80 R$ 91,20 R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 160,00 R$ 160,00 R$
640,00
Oxigênio e mistura p/mig
R$ 64,50 R$ 70,50 R$ 75,00 R$ 75,00 R$ 55,50 R$ 94,50 R$
435,00
Arame mig p/ solda R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 20,00 R$ 140,00 R$ 80,00 R$
480,00
Óleo para torno R$ 40,00 R$ 52,50 R$ 42,50 R$ 42,50 R$ 25,00 R$ 45,00 R$
247,50
Óleo para refregeração
R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 50,00 R$
300,00
Lixas R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 15,00 R$
90,00
Combustível R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 400,00 R$
2.400,00
Depreciação
-
Máquinas e equipamentos
R$ 700,00 R$ 700,00 R$ 700,00 R$ 700,00 R$ 700,00 R$ 700,00 R$
4.200,00
Veículos R$ 185,00 R$ 185,00 R$ 185,00 R$ 185,00 R$ 185,00 R$ 185,00 R$
1.110,00
Aluguel R$ 480,00 R$ 480,00 R$ 480,00 R$ 480,00 R$ 480,00 R$ 480,00 R$
2.880,00
TOTAL R$ 5.877,40 5508,49 7086,42 3909,19 7299,74 4418,04 34099,28
QUADRO 8: Custos de Produção – Primeiro Semestre de 2010
Fonte: Elaborado pelo autor
4.3 Alocação custos diretos de produção
Dentre as atividades executadas pela empresa Alexandro Manente ME – A.M.
METALÚRGICA, todas estão ligadas diretamente ao uso das máquinas e equipamentos. O
processo produtivo, seja prestação de serviço ou fabricação de peças, ocorre em torno da
utilização das máquinas e equipamentos, tendo o tempo de mão de obra como unidade para
medição do tempo necessário para execução das atividades. Uso das máquinas e
equipamentos e as máquinas se quantificam em paralelo.
Conforme classificação dos custos ocorridos no processo produtivo, tem-se na
prestação de serviço como custo direto à mão-de-obra, enquanto que a fabricação de peças
além da mão-de-obra possui matéria-prima.
40
4.3.1 Mão-de-Obra
As execuções das atividades estão restritas a apenas um funcionário. A empresa não
possui mais de um funcionário para produção. Todo o trabalho é executado pelo proprietário
da mesma. Considerando tempo necessário para a execução do serviço e fabricação de peças,
o valor correspondente à mão-de-obra, o valor será alocado de acordo com o tempo utilizado
na execução de cada atividade.
Período Horas -Serviço Horas - Fab. Peças Total Horas Valor MO
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 1.500,00
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 1.500,00
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 1.500,00
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 1.500,00
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 1.500,00
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 1.500,00
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 9.000,00
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade R$ 2.248,01 R$ 6.751,99 - R$ 9.000,00
QUADRO 9: Alocação Mão-de-obra
Fonte: Elaborado pelo autor
Com base na divisão do valor considerando o tempo de execução da atividade, chega-
se ao valor de R$ 2.248,01 referente mão-de-obra para prestação de serviço resulta em R$
6.751,99 para fabricação de peças, o que totaliza R$ 9.000,00 ocorridos no primeiro semestre
de 2010. Quanto ao valor base, considera-se o valor bruto, sem o desconto dos impostos.
4.3.2 Matéria-Prima
A matéria-prima tem utilização apenas na fabricação de peças. Estas possuem apenas
variação do tipo de material utilizado, em virtude da especificidade das peças relacionada ao
local de aplicação e uso da mesma.
Período Aço Bronze Aço inox Poliacetal Nylon Alumínio Valor MP
JANEIRO R$ 102,50 R$ 857,00 R$ 690,00 R$ 171,00 R$ 70,00 R$ 146,00 R$ 2.036,50
FEVEREIRO R$ 283,00 R$ 29,00 R$ 174,00 R$ 174,00 R$ 808,00 R$ 157,00 R$ 1.625,00
MARÇO R$ 481,00 R$ 125,00 R$ 400,00 R$ 845,00 R$ 328,00 R$ 1.057,00 R$ 3.236,00
ABRIL R$ 48,00 - - - - - R$ 48,00
MAIO R$ 20,00 R$ 2.712,00 R$ 220,00 R$ 50,00 R$ 70,00 R$ 274,00 R$ 3.346,00
JUNHO R$ 84,00 R$ 175,00 - - R$ 157,55 R$ 50,00 R$ 466,55
Total R$ 1.018,50 R$ 3.898,00 R$ 1.484,00 R$ 1.240,00 R$ 1.433,55 R$ 1.684,00 R$ 10.758,05
41
QUADRO 10: Custo com matéria-prima
Fonte: Elaborado pelo autor
Após apuração, tem-se o valor de R$ 10.758,05 referente ao custo de matéria-prima
ocorrido no primeiro semestre de 2010, devendo ser alocado ao custo correspondente a
fabricação de peças. Conforme verificado na empresa, não há registro quanto ao volume
consumido durante o período. Sabe-se apenas o valor aquisição para a produção das peças,
limitando assim as informações relativas ao custo com matéria-prima.
4.4 Alocação custos indiretos de produção
Nas atividades da empresa METALÚRGICA ALEXANDRO MANENTE M.E., tem-
se em comum na prestação de serviço e fabricação de peças, os mesmos custos indiretos de
produção. Contudo, como característica dos custos indiretos, não é possível apontar
corretamente o quanto é necessário para a produção, assim como a execução das atividades
separadamente.
Visto que em ambas as atividades, os custos indiretos estão relacionados ao uso das
máquinas e equipamentos, utiliza-se o tempo de mão de obra como variável para alocação dos
mesmos. Portanto, devido à falta de outras variáveis melhores para direcionamento da
alocação dos custos indiretos, o tempo de mão-de-obra será a referencia para realização do
rateio para alocação dos custos indiretos.
4.4.1 Energia
Para o rateio da energia, utiliza-se o tempo da mão-de-obra para alocação do custo
correspondente. A variável está relacionada ao tempo de uso das máquinas e equipamentos
para o atendimento das ordens de produção e prestação de serviço.
Período Horas - Serviço Horas - Fab. Peças Total Horas Valor Energia
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 105,00
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 112,44
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 100,47
42
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 191,24
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 114,74
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 134,69
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 758,58
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade R$ 189,48 R$ 569,10 - R$ 758,58
QUADRO 11: Rateio Custo com Energia
Fonte: Elaborado pelo autor
Com base no rateio, tem-se na prestação de serviço o valor de R$ 189,48 e na
fabricação de peças R$ 569,10 totalizando R$ 758,58 no primeiro semestre de 2010.
4.4.2 Materiais de uso e consumo
Os materiais de uso consumo estão relacionados às atividades em máquina. Contudo, o
rateio se realiza com base na hora por máquina, caracterizada pelo tempo de mão de obra para
execução das atividades.
Período Horas - Serviço Horas - Fab. Peças Total Horas Valor Materiais
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 470,90
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 506,05
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 484,95
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 404,95
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 574,00
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 551,80
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 2.992,65
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade R$ 747,50 R$ 2.245,15 - R$ 2.992,65
QUADRO 12: Rateio Custo Materiais de uso e consumo
Fonte: Elaborado pelo autor
Para os materiais de uso e consumo, tem-se o valor de R$ 747,50 para prestação de
serviço e R$ 2.245,15 para a produção de peças, referente primeiro semestre de 2010.
4.4.3 Combustível
Para a execução das atividades, utilizam-se os veículos da empresa para compra da
matéria prima e execução do serviço no atendimento imediato ao cliente. Sabe-se que serviço
e fabricação de peças, a variável de rateio utilizada é o tempo de mão de obra. Contudo, visto
43
que o combustível é utilizado em ambas as atividades, seu rateio é realizado com base no
tempo de mão-de-obra.
Período Horas - Serviço Horas - Fab. Peças Total Horas Valor Combustível
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 400,00
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 400,00
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 400,00
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 400,00
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 400,00
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 400,00
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 2.400,00
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor combustível por Atividade
R$ 599,47 R$ 1.800,53 - R$ 2.400,00
QUADRO 13: Rateio Custo com Combustível
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
Com base no rateio, tem-se o valor de R$ 599,47 para prestação de serviço e R$
1.800,53 para a fabricação de peças referente o primeiro semestre de 2010.
4.4.4 Depreciação
A empresa Alexandro Manente ME – A.M. METALÚRGICA possui como bens
Máquinas e equipamentos e veículos sendo um automóvel e uma motocicleta. O cálculo da
depreciação é realizado conforme legislação vigente, o Regulamento do Imposto de Renda
artigos 305 a 323, considerando para Máquinas e equipamentos a taxa de 10% AA no período
de 10 anos e para veículos 20% AA no período de 5 anos.
Abaixo cálculo da depreciação:
Bem Valor Taxa Tempo Dep. / ano Dep / mês
Máquinas e Equipamentos R$ 140.000,00 10% 10 anos R$ 14.000,00 R$ 1.166,67
Veículos R$ 18.500,00 20% 5 anos R$ 3.700,00 R$ 308,33
Total
R$ 1.475,00
60% R$ 885,00
QUADRO 14: Depreciação – Máquinas e Equipamentos / Veículos
Fonte: Elaborado pelo autor
Considerando o valor de depreciação apurado, aloca-se na prestação de serviço e
fabricação de peças. Referente às máquinas e equipamentos, o rateio realiza-se com base no
44
tempo de horas de uso. Quanto aos veículos, o critério utilizado é o mesmo do combustível,
onde para execução das atividades, utilizam-se os veículos da empresa para compra da
matéria prima, assim como para execução do serviço e para a sua quantificação destes é
considerado o tempo de mão-de-obra. Entretanto, a variável de rateio de máquinas e
equipamentos é a mesma para veículos.
Período Horas - Serviço Horas - Fab. Peças Total Horas Valor Depreciação
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 885,00
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 885,00
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 885,00
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 885,00
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 885,00
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 885,00
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 5.310,00
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade R$ 1.326,33 R$ 3.983,67 - R$ 5.310,00
QUADRO 15: Rateio Custo Depreciação
Fonte: Elaborado pelo autor
Com base no rateio, tem-se para prestação de serviço o valor de R$ 1.326,33 e
fabricação de peça R$ 3.983,67 referente custo de depreciação no primeiro semestre de 2010.
4.4.5 Aluguel
A execução dos serviços e fabricação de peças realiza-se no mesmo ambiente o qual é
alugado pela empresa Alexandro Manente ME – A.M. METALÚRGICA. Para cada atividade
sabe-se o tempo de mão-de-obra referente a execução da atividade dentro da empresa.
Contudo, utiliza-se o tempo de mão-de-obra como variável para rateio do valor
correspondente ao aluguel.
Período Horas - Serviço Horas - Fab. Peças Total Horas Valor Aluguel
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 480,00
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 480,00
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 480,00
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 480,00
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 480,00
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 480,00
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 2.880,00
% 0,25 0,75 1,00 -
45
Valor MO / Atividade R$ 719,36 R$ 2.160,64 - R$ 2.880,00
QUADRO 16: Rateio Custo com Aluguel
Fonte: Elaborado pelo autor
Com base no rateio, tem-se para prestação de serviço o valor de R$ 719,36 e na
fabricação de peças R$ 2.160,64 referente ao aluguel correspondente ao primeiro semestre de
2010.
4.5 Custo de produção
Após a verificação dos produtos e serviços prestados pela a empresa Alexandro
Manente ME – A.M. METALÚRGICA, apuraram-se os custos envolvidos no processo
produtivo, sendo estes classificados e alocados para cada atividade da empresa, de modo que
se consiga verificar o custo de produção no primeiro semestre de 2010.
4.5.1 Custo de produção prestação de serviço
Depois de alocado os valores, têm-se os custos de produção referente primeiro
semestre de 2010 para as atividades relacionadas a prestação de serviço:
CUSTOS DIRETOS: Mão-de-obra R$ 2.248,01
CUSTOS INDIRETOS:
Energia R$ 189,48
Mat. De uso e consumo R$ 747,50
Combustível R$ 599,47
Aluguel R$ 719,36
Depreciação R$ 1.326,33
TOTAL R$ 5.830,15
QUADRO 17: Custo 1º Semestre 2010 – Serviços
Fonte: Elaborado pelo autor
Considerando a prestação de serviço, pois a classificação dos custos chega-se ao valor
de R$ 5.830,15 correspondente ao custo de produção do primeiro semestre de 2010.
4.5.2 Custo de fabricação
Após apuração apresentam-se abaixo os custos de produção referente produção de
peças na empresa Alexandro Manente ME – A.M. METALÚRGICA:
46
CUSTOS DIRETOS: Mão-de-obra R$ 6.751,99
Matéria-prima R$ 10.758,05
CUSTOS INDIRETOS:
Energia R$ 569,10
Mat. De uso e consumo R$ 2.245,15
Combustível R$ 1.800,53
Aluguel R$ 2.160,64
Depreciação R$ 3.983,67
TOTAL R$ 28.269,13
QUADRO 18: Custo 1º Semestre 2010 - Fabricação
Fonte: Elaborado pelo autor
Tem-se o valor de R$ 28.269,13 correspondente aos custos de produção na fabricação
de peças no primeiro semestre do ano de 2010.
4.6 Orçamento de custos para primeiro semestre de 2011
Conforme mencionado no início dos trabalhos, na empresa não se apresenta sistema
para custeio no processo produtivo. Entretanto, classificaram-se os custos de produção de
forma que se obtiveram os custos de produção relacionados à prestação de serviço e produção
de peças.
Apesar de apontado o custo histórico no primeiro semestre de 2010, não se tem o
histórico de anos anteriores referentes volume de produção e prestação de serviço, de forma
que se torna inviável a estimação de ordens de produção e fabricação para o primeiro semestre
de 2011.
Em virtude da situação da empresa quanto ao controle de custos, projeta-se o
orçamento de custos para o primeiro semestre de 2011 considerando o volume de produção e
prestação de serviço do primeiro semestre de 2010, sendo os valores correspondentes a: mão-
de-obra, energia, matéria-prima, materiais de uso e consumo, combustível; corrigidos pela
taxa do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) acumulado no ano de 2010 até outubro,
mês com índice já definido, visto que o orçamento elabora-se no mês de novembro.
47
4.6.1 Mão-de-obra
Na mão-de-obra, aplica-se a taxa do IGP-M para ajuste do valor no orçamento, visto
que não há alteração no valor da Mão-de-obra, em função de alteração salarial por convenção
coletiva por parte do sindicado dos metalúrgicos, uma vez que a última convenção teve como
vigência 01 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2010, sendo a data base da categoria 01
de janeiro. Considera-se também que a empresa não tem intuito de contratação de novos
funcionários.
Período Horas - Serviço
Horas - Fab. Peças
Total Horas Valor MO Taxa
IGP- M Valor Corrigido
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 1.500,00 8,979% R$ 1.634,69
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 1.500,00 8,979% R$ 1.634,69
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 1.500,00 8,979% R$ 1.634,69
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 1.500,00 8,979% R$ 1.634,69
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 1.500,00 8,979% R$ 1.634,69
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 1.500,00 8,979% R$ 1.634,69
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 9.000,00
R$ 9.808,11
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade
R$ 2.449,86 R$ 7.358,25 - R$ 9.808,11
QUADRO 19: Correção valor custo Mão-de-obra
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
4.6.2 Matéria-prima
A matéria-prima, por sofrer influência da inflação, tem seu valor corrigido pela taxa
do IGP-M, para projeção no orçamento conforme aplicado abaixo:
Período Aço Bronze Aço inox Poliacetal Nylon Alumínio Valor MP Taxa
IGP - M Valor
Corrigido
JANEIRO R$
102,50 R$
857,00 R$
690,00 R$
171,00 R$
70,00 R$
146,00 R$
2.036,50 8,979%
R$ 2.219,36
FEVEREIRO R$
283,00 R$
29,00 R$
174,00 R$
174,00 R$
808,00 R$
157,00 R$
1.625,00 8,979%
R$ 1.770,91
MARÇO R$
481,00 R$
125,00 R$
400,00 R$
845,00 R$
328,00 R$
1.057,00 R$
3.236,00 8,979%
R$ 3.526,56
ABRIL R$
48,00 R$ -
R$ -
R$ -
R$ -
R$ -
R$ 48,00
8,979% R$
52,31
MAIO R$
20,00 R$
2.712,00 R$
220,00 R$
50,00 R$
70,00 R$
274,00 R$
3.346,00 8,979%
R$ 3.646,44
JUNHO R$
84,00 R$
175,00 R$ -
R$ -
R$ 157,55
R$ 50,00
R$ 466,55
8,979% R$
508,44
Total R$
1.018,50 R$
3.898,00 R$
1.484,00 R$
1.240,00 R$
1.433,55 R$
1.684,00 R$
10.758,05 R$
11.724,02
Taxa IGP - M 8,979% 8,979% 8,979% 8,979% 8,979% 8,979% 8,979%
Valor Corrigido
R$ 1.109,95
R$ 4.248,00
R$ 1.617,25
R$ 1.351,34
R$ 1.562,27
R$ 1.835,21
R$ 11.724,02
48
QUADRO 20: Correção valor custo de matéria-prima
Fonte: Elaborado pelo autor
4.6.3 Energia
Para energia, como não há estimação volume de serviço ou fabricação, modificando o
tempo de mão-de-obra referente produção, para o orçamento, aplica-se a correção no valor
referente o primeiro semestre de 2010 pela taxa do IGP-M:
Período Horas -Serviço
Horas - Fab. Peças
Total Horas Valor Energia Taxa
IGP - M Valor Corrigido
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 105,00 8,979% R$ 114,43
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 112,44 8,979% R$ 122,54
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 100,47 8,979% R$ 109,49
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 191,24 8,979% R$ 208,41
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 114,74 8,979% R$ 125,04
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 134,69 8,979% R$ 146,78
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 758,58
R$ 826,69
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade
R$ 206,49 R$ 620,20 - R$ 826,69
QUADRO 21: Correção valor custo energia
Fonte: Elaborado pelo autor
4.6.4 Material de Uso e Consumo
Assim como a matéria-prima, os materiais de uso e consumo sofrem influência da
inflação, onde para o orçamento terão seu valor corrigido pela taxa do IGP-M:
Período Horas -Serviço
Horas - Fab. Peças
Total Horas Valor Materiais Taxa IGP Valor Corrigido
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 470,90 8,979% R$ 513,18
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 506,05 8,979% R$ 551,49
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 484,95 8,979% R$ 528,49
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 404,95 8,979% R$ 441,31
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 574,00 8,979% R$ 625,54
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 551,80 8,979% R$ 601,35
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 2.992,65
R$ 3.261,36
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade
R$ 814,62 R$ 2.446,74 - R$ 3.261,36
QUADRO 22: Correção valor custo material de uso e consumo
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
49
4.6.5 Combustível
O combustível segue a mesma regra da matéria-prima e matérias de uso e consumo, sofrendo
correção pela taxa to IGP-M para elaboração do orçamento.
Período Horas -Serviço
Horas - Fab. Peças
Total Horas Valor
Combustível Taxa
IGP - M Valor Corrigido
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 400,00 8,979% R$ 435,92
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 400,00 8,979% R$ 435,92
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 400,00 8,979% R$ 435,92
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 400,00 8,979% R$ 435,92
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 400,00 8,979% R$ 435,92
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 400,00 8,979% R$ 435,92
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 2.400,00
R$ 2.615,50
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade
R$ 653,30 R$ 1.962,20 - R$ 2.615,50
QUADRO 23: Correção valor custo combustível
Fonte: Elaborado pelo autor
4.6.6 Depreciação
Para a identificação dos custos de produção, calculou-se o custo com depreciação das
máquinas e equipamentos, assim como móveis e utensílios. Entretanto, o valor
correspondente à depreciação mensal é reconhecido a cada mês a cada encerramento de
período. Como não há aquisição de novos imobilizados, para o orçamento, mantém-se o valor
de depreciação para a elaboração do orçamento do primeiro semestre 2011.
Período Horas - Serviço Horas - Fab. Peças Total Horas Valor Depreciação
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 885,00
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 885,00
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 885,00
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 885,00
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 885,00
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 885,00
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 5.310,00
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade R$ 1.326,33 R$ 3.983,67 - R$ 5.310,00
QUADRO 24: Custo Depreciação
Fonte: Elaborado pelo autor
4.6.7 Aluguel
O aluguel do prédio para o orçamento do primeiro semestre de 2011 manterá o valor
fixo de R$ 800,00 já considerado em 2010. Não haverá correção conforme informado pelo
proprietário da empresa METALÚRGICA ALEXANDRO MANENTE M.E.
50
Período Horas - Serviço Horas - Fab. Peças Total Horas Valor Aluguel
JANEIRO 25,83 109,33 135,16 R$ 480,00
FEVEREIRO 25,25 94,49 119,74 R$ 480,00
MARÇO 15,25 35,59 50,84 R$ 480,00
ABRIL 20,00 55,84 75,84 R$ 480,00
MAIO 30,17 67,61 97,78 R$ 480,00
JUNHO 22,00 53,13 75,13 R$ 480,00
Total 138,50 415,99 554,49 R$ 2.880,00
% 0,25 0,75 1,00 -
Valor MO / Atividade R$ 719,36 R$ 2.160,64 - R$ 2.880,00
QUADRO 25: Custo Aluguel
Fonte: Elaborado pelo autor
4.7 Orçamento de custos para primeiro semestre de 2011
Com a realização das correções, chega-se ao orçamento abaixo, apontando todos os
custos de produção para o período do primeiro semestre de 2011, considerando apenas o
principal cliente da empresa METALÚRGICA ALEXANDRO MANENTE M.E.
Custos JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL
Mão-de-obra R$ 1.634,69 R$ 1.634,69 R$
1.634,69 R$
1.634,69 R$
1.634,69 R$
1.634,69 R$
9.808,11
Energia R$ 114,43 R$ 122,54 R$
109,49 R$ 208,41 R$ 125,04 R$ 146,78
R$ 826,69
Matéria-Prima
-
Aço R$ 111,70 R$ 308,41 R$
524,19 R$
52,31 R$
21,80 R$
91,54 R$
1.109,95
Bronze R$ 933,95 R$ 31,60 R$
136,22 R$ -
R$ 2.955,51
R$ 190,71
R$ 4.248,00
Aço inox R$ 751,96 R$ 189,62 R$
435,92 R$ -
R$ 239,75
R$ - R$
1.617,25
Poliacetal R$ 186,35 R$ 189,62 R$
920,87 R$ -
R$ 54,49
R$ - R$
1.351,34
Nylon R$ 76,29 R$ 880,55 R$
357,45 R$ -
R$ 76,29
R$ 171,70
R$ 1.562,27
Alumínio R$ 159,11 R$ 171,10 R$
1.151,91 R$ -
R$ 298,60
R$ 54,49
R$ 1.835,21
Matérial de uso e consumo
-
Broca R$ 84,57 R$ 111,00 R$
89,85 R$
89,85 R$
52,85 R$
95,14 R$
523,26
Disco de corte 12" e 4 1/2"
R$ 81,73 R$ 49,04 R$
65,39 R$
43,59 R$
87,18 R$
21,80 R$
348,73
Pastilhas de videa R$ 74,98 R$ 99,39 R$
87,18 R$
87,18 R$
174,37 R$
174,37 R$
697,47
Oxigênio e mistura p/mig
R$ 70,29 R$ 76,83 R$
81,73 R$
81,73 R$
60,48 R$
102,99 R$
474,06
Arame mig p/ solda R$ 87,18 R$ 87,18 R$
87,18 R$
21,80 R$
152,57 R$
87,18 R$
523,10
Óleo para torno R$ 43,59 R$ 57,21 R$
46,32 R$
46,32 R$
27,24 R$
49,04 R$
269,72
Óleo para refregeração
R$ 54,49 R$ 54,49 R$
54,49 R$
54,49 R$
54,49 R$
54,49 R$
326,94
Lixas R$ 16,35 R$ 16,35 R$
16,35 R$
16,35 R$
16,35 R$
16,35 R$
98,08
51
Custos JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO TOTAL
Combustível R$ 435,92 R$ 435,92 R$
435,92 R$
435,92 R$
435,92 R$
435,92 R$
2.615,50
Depreciação
-
Máquinas e equipamentos
R$ 700,00 R$ 700,00 R$
700,00 R$
700,00 R$
700,00 R$
700,00 R$
4.200,00
Automóvel R$ 185,00 R$ 185,00 R$
185,00 R$
185,00 R$
185,00 R$
185,00 R$
1.110,00
Aluguel R$ 480,00 R$ 480,00 R$
480,00 R$
480,00 R$
480,00 R$
480,00 R$
2.880,00
TOTAL R$ 6.282,57 R$ 5.880,53 R$
7.600,15 R$
4.137,63 R$
7.832,62 R$
4.692,17 R$
36.425,67
QUADRO 26: Orçamento de Custo 1º Semestre 2011
Fonte: Elaborado pelo autor
Os custos correspondem à soma da prestação de serviço com a fabricação de peças.
Entretanto, considerando o total dos custos para o primeiro semestre de 2011, dividi-se o
valor entre as atividades onde se aponta para a prestação de serviço o valor de R$ 6.169,96
conforme demonstrado na tabela abaixo:
CUSTOS DIRETOS: Mão-de-obra R$ 2.449,86
CUSTOS INDIRETOS:
Energia R$ 206,49
Mat. De uso e consumo R$ 814,62
Combustível R$ 653,30
Aluguel R$ 719,36
Depreciação R$ 1.326,33
TOTAL R$ 6.169,96
QUADRO 27: Custos de produção 2011 – Prestação de Serviço
Fonte: Elaborado pelo autor
Quanto à fabricação das mercadorias, chega-se nos custos de produção abaixo:
CUSTOS DIRETOS: Mão-de-obra R$ 7.358,25
Matéria-prima R$ 11.724,02
CUSTOS INDIRETOS:
Energia R$ 620,20
Mat. De uso e consumo R$ 2.446,74
Combustível R$ 1.962,20
Aluguel R$ 2.160,64
Depreciação R$ 3.983,67
TOTAL R$ 30.255,72
QUADRO 28: Custo de produção 2011 - Fabricação
Fonte: Elaborado pelo autor
52
Como principais limitações do presente trabalho encontra-se a ausência da análise de
custo com uma maior riqueza de critérios de rateio, que se limitaram principalmente ao tempo
de mão-de-obra, além técnicas estatísticas para elaboração de orçamentos, limitadas a
aplicação de um índice inflacionário. Contudo, estas limitações mensuraram-se
principalmente em virtude dos recursos disponíveis para análise e do porte do
empreendimento.
Diante ao exposto, considerando que a empresa METALÚRGICA ALEXANDRO
MANENTE M.E. não realiza análise dos custos de produção, o orçamento elaborado tem
como finalidade de ser apresentado à organização, de modo que se possa acompanhar os
custos de seu principal cliente no primeiro semestre de 2011.
53
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo foi realizado com foco na análise de custos, com intuito de aplicar os
conceitos desta para mensuração dos custos na empresa METALÚRGICA ALEXANDRO
MANENTE M.E., para a elaboração de um orçamento de custos para o primeiro semestre de
2011.
Para o atendimento do objetivo geral, realizou-se a análise dos produtos e serviços
prestados. Com a análise, buscou-se verificar os custos ocorridos no processo produtivo,
considerando ambas as atividades no primeiro semestre de 2010.
Quando se tem o conhecimento das atividades a qual estamos envolvidos, melhor é o
desempenho, assim como é possível efetuar alterações visando o aperfeiçoamento da
execução destas. Para as organizações, quanto melhor se detém de informações quanto aos
fatores internos e externos, melhor será o posicionamento dos diretores para a tomada de
decisão.
No que se refere aos custos de produção, a organização pode verificar o quanto é
necessário para a produção, o volume necessário, onde ocorrem os maiores gastos, entre
outros fatores que compreendem a produção. Ocorrendo o acompanhamento, é possível a
realização de estudo para a otimização dos custos, visando melhorar o resultado econômico da
empresa. Além da mensuração dos custos, também é importante o acompanhamento, como
forma de verificar a evolução das atividades da empresa.
Acompanhando os processos da empresa possibilita além do auxilio na tomada de
decisão, que a empresa possa projetar seus gastos para períodos futuros. Com a análise dos
custos ocorridos no processo produtivo no primeiro semestre de 2010, foi possível projetar e
elaborar um orçamento de custo para o primeiro semestre de 2011, de modo que seja
apresentada a empresa objeto de estudo e assim, verificar a evolução das atividades,
comparando os custos originados nos períodos.
Até o momento considerava-se como custo apenas parte dos custos de produção.
Alguns não eram considerados, pois não apresentavam ligação direta com a produção.
Contudo, a empresa não obtinha do real valor de custeio das atividades. Com o estudo, foi
possível apontar os custos por atividade.
Nas pequenas empresas, é importante que ocorra a mensuração e análise dos custos,
pois na sua grande maioria, são considerados com custo apenas os custos diretos, os quais
54
podem ser apontados aos produtos ou serviços. A análise dos custos nestas organizações é
assunto que ainda não ocorrem rotineiramente. Estas poderiam buscar auxílios por parte dos
profissionais de contabilidade que os atendem.
Recomenda-se para futuros trabalhos a análise de custo com uma maior riqueza de
critérios de rateio, técnicas estatísticas para elaboração de orçamentos e comparações com
outras organizações, limitações do presente trabalho em virtude dos recursos e do porte do
empreendimento.
55
APÊNDICE A – Tempo mão-de-obra por prestação de serviço
Serviços Local / Máquina Mão de obra - (hs)
Abrir / Prensar ranhuras em bucha de bronze Prença vísceras 2,00
Abrir furo em engrenagem Chiller miúdos 0,50
Abrir furo em engrenagem Chiller pé 0,50
Abrir furo em engrenagem Digestor víscera 0,50
Abrir furo em engrenagem Embalagem secundária 0,50
Abrir furo em engrenagem Esteira 02 paletização 0,50
Abrir furo em engrenagem Esteira corte - 04 0,50
Abrir furo em engrenagem Esteira caixa cheia - 06 0,50
Abrir furo em engrenagem Esteira caixa cheia - CMS 0,50
Abrir furo em engrenagem Esteira Pé 0,50
Abrir furo em engrenagem Esteira plataforma 0,50
Abrir furo em engrenagem Esteira túnel 0,50
Abrir furo em engrenagem Máquina de moelas 0,50
Abrir furo em engrenagem Rosca da pena 0,50
Abrir furo em engrenagem Sambiquira 0,50
Abrir furo em engrenagem Esteira caixa vazia 0,50
Abrir furo em engrenagem Esteira Frango Inteiro 0,50
Abrir furo de buchas de bomba Bomba do rio 0,33
Abrir furo de polia alumínio 2 a 130 mm Transferidor nórea 1,00
Abrir furo em bases de motores Depenadeiras 2/3 0,50
Abrir furo em buchas de nylon Extrator vísceras 0,17
Abrir furo em buchas de nylon Máquina de moelas 0,17
Abrir furo em engrenagens inox Máquina de coração 0,50
Abrir furo em engrenagens inox Máquina de moelas 0,50
Abrir furo em polia Desenganchador 0,50
Abrir furo em polia alumínio Desengate Pé 0,50
Abrir furo em polia alumínio Girassol 02 0,50
Abrir furos em bases de motores Depenadeira 02 0,50
Abrir furos em flanges 1/2” Boyler da caldeira 0,25
Abrir rosca em tubo de 3" Boyler higienização 0,25
Abrir rosca em tubos 1" Bomba limpeza 0,25
Abrir rosca em tubos de 1" Boyler higienização 0,25
Abrir rosca em tubos de 2" Escaldadeira 0,25
Abrir rosca em tubos de 3/4" Rede de ar comprimido 0,25
Abrir rosca em vergalhão inox 1/4" Boyler da caldeira 0,25
Abrir roscas em tubos de 1 1/2" galvanizado Tubulação de água 0,25
Abrir roscas em tubos de 2' Tubulação de água caldeira 0,25
Abrir roscas em tubos de 3" Higienização 0,25
Abrir roscas em tudo 4'' Escaldadeira 0,25
Aumentar rosca em parafusos Digestor pena 0,33
Cortar bucha e abrir rasgos de chaveta Prença vísceras 3,00
Preencher e usinar caracol Bomba do JET Bomba do Jet 01 3,00
Preencher e usinar eixo bomba óleo Bomba do óleo 3,00
Preencher e usinar eixo Máquina Ulma Ulma 1,00
Preencher e usinar eixo embuchar rotor bomba Bomba poço óleo 3,00
Preencher e usinar eixo mancal depenadeira Depenadeira 02 6,00
Preencher e usinar eixo roda de nórea Nórea 1,50
Preencher e usinar eixos de redutor Esteira Secundária 1,50
56
Serviços Local / Máquina Mão de obra - (hs)
Preencher e usinar flange bomba Bomba do Jet 4,50
Preencher e usinar ponteiras caracol chiller Chiller Pé 4,50
Preencher e usinar tampa de bomba ETA 3,00
Rebaixar eixo de bomba Bomba do Jet 01 0,67
Rebaixar eixo inox Moela 1/2 0,50
Recuperar carcaça bomba do rio Bomba do rio 3,00
Recuperar eixo bucha de redutor Pescador Chiller 2,50
Recuperar eixo de motor Bomba 1,50
Recuperar eixo de motor Bomba de óleo 1,50
Recuperar eixo de motor Centrífuga 1,50
Recuperar eixo de motor Esteira Caixa Cheia 1,50
Recuperar eixo de motor Embalagem secundária 1,50
Recuperar eixo de motor Esteira. Cone 1,50
Recuperar eixo de motor Esteira caixa vazia 1,50
Recuperar eixo de motor Esteira plataforma 1,50
Recuperar eixo de motor Esteira secundária 1,50
Recuperar eixo de motor Esteira 1,50
Recuperar eixo de motor Filé 1,50
Recuperar eixo de motor Girassol 1,50
Recuperar eixo de motor Nórea 02 1,50
Recuperar eixo de motor Papo e traqueia 1,50
Recuperar eixo de motor Reserva 1,50
Recuperar eixo e aumentar Esteira classificação 4,00
Recuperar eixo inox de serra Máquina de moelas 1,33
Recuperar eixo máquina lavar roupas Máquina de lavar roupas 3,00
Recuperar eixo redutor Girassol 02 1,50
Recuperar eixo redutor Tambler 1,50
Recuperar eixo Smirna Esteira Smirna 1,50
Recuperar eixo / polia / chavetas Fabrica de gelo 01 5,50
Usinar cilindro da bomba de cabeça e bucha Bomba pescoço 2,00
Usinar e recartilhar polias alumínio motor Depenadeira 01 0,33
Usinar eixo caracol Chiller moelas 6,00
Usinar eixo do esconder Nórea 01/02 1,00
Usinar luva bomba Bomba Campo 1,00
Usinar mancal Chiller Moelas 2,00
Usinar peça da balança de nórea Balança de nórea 1,00
57
APÊNDICE B – Tempo mão-de-obra por peça fabricada
Peças Local / Máquina Mão de obra - (hs)
Arruelas de aço Digestor vísceras 0,25
Arruelas inox para roda guia Nórea 02 0,25
Bases de nylon fixação balanças Balança 0,25
Bicos inox para mangueira Apoio higienização 0,50
Borrachas de acoplamento Bomba campo 0,55
Bucha aço para engrenagem Esteira saída do túnel 1,00
Bucha alumínio para roda guia Roda guia nórea 01 3,00
Bucha Bronze grafitado Evisceradora 0,33
Bucha Bronze grafitado Máquina Moelas 0,33
Bucha de aço Bomba 1,00
Bucha de bronze Máquina Coração 0,33
Bucha de bronze Máquina Moelas 0,33
Bucha de bronze Nórea 01/02 0,33
Bucha de bronze e bucha de aço Prença vísceras 7,00
Bucha de bronze para mancal Prença vísceras 4,00
Bucha de nylon Arquiadeira 0,33
Bucha de nylon Esteira Cone 2 0,33
Bucha de nylon Evisceradora 0,33
Bucha de nylon Prença pena 1,00
Bucha inox Balança de nórea 2,00
Bucha Nylon para mancal Chiller Pé 1,00
Bucha para retentor Desengate de patas 0,50
Bucha poliacetal para rodas nylon Tambler 03 1.33
Buchas bronze Máquina Moelas 0,33
Buchas para polias Depenadeira 02 1,00
Buchas poliacetal para mancais Chiller miúdos 1,00
Conexão Borbulhador 0,33
Dobradiças de inox 3/4" - 150mm Depenadeira 03 1,33
Eixo de aço Esteira Ulma 1,75
Eixo de inox Esteira 5 saída túnel 4,00
Eixo de inox Esteira cone 2 4,00
Eixo de inox Esteira Gelo 4,00
Eixo de inox Esteira resfriado 4,00
Eixo de inox Esteira secundária congelado 0,33
Eixo de inox Esteira secundária 5,00
Eixo de inox Máquina de moelas 5,00
Eixo inox Túnel encolhimento 4,00
Eixo inox Bomba pescoço 1,00
Eixo inox Carro tempero 3,00
58
Peças Local / Máquina Mão de obra - (hs)
Eixo inox - roda guia Nórea 02 1,50
Eixo inox 1""/1600mm Desengate de patas 2,00
Eixo inox 1""/1600mm Esteira gelo 2,00
Eixo inox para cilindro Bomba pescoço 1,00
Eixo inox tração Esteira sobreposta 02 4,00
Eixo ponteira aço 1045 Rosca distribuição sil 1,00
Eixo ponteira aço 1045 Rosca percurso vísceras 1,00
Eixo ponteira aço 1045 Rosca saída percurso vísceras 1,00
Eixo ponteira de bomba Bomba poço óleo 2,50
Flange aço 5/8" Diam. 150mm Escaldadeira 1,00
Flange de aço para tampa bomba de óleo Bomba de óleo 1,33
Flange de aço tubo 4" Válvula vapor 1,50
Flange para válvula Boyler da caldeira 1,00
Flanges hélice de condensadores Condensador 2,00
Fuso de bronze Esticador nórea 2 1,00
Fuso rosqueado para sacador polias Sacador polias
Gonzos inox de 1/2" Máquina cortar asas 0,22
Luva inox para Pt. 100” Regenerador 1,00
Parafusos aço 1/2"-3" c/porcas arruelas Caldeira 0,17
Parafusos de aço 1045 Prença pena 1,33
Parafusos inox Ulma 1,00
Polias de alumínio 100mm Depenadeira 02 1,00
Polia Policorte 1,00
Polia alumínio Depenadeira 02 1,00
Polia alumínio 110 mm 2 a Depenadeira 02/03 0,67
Polia alumínio 80mm 2 a Depenadeira 02 1,00
Polia alumínio 80mm 2 a Depenadeira 03 1,00
Polia desengate de patas Desengate de patas 1,00
Ponteiras de rosca tubo 3" Schedule Higienização 0,17
Porca de aço Prença pena 1,00
Porca de aço 1045 Bomba de vácuo 1,50
Porca de aço 3/4" Prença pena 0,08
Porca inox Esticador nórea 2 0,17
Porca inox Nórea 02 0,17
Rolo de nylon Esteira gelo 0,33
Suporte de serra copo Manutenção 0,50
Tampão nylon Esteira secundária 0,33
Tampão nylon Redutor esteira 0,33
Tirantes em aço 3/4"/1000mm Prença pena 1,00
59
APÊNDICE C – Tempo de produção dos serviços realizados e peças fabricadas no
primeiro semestre de 2010
JANEIRO
Data Qdade Descrição Serviços Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
05/02/2010 8 Abrir furo em buchas de nylom Extrator viceras 0,17 1,33
05/02/2010 10 Abrir roscas em tubos de 1 1/2" galvanizado Tubulação de água 0,25 2,50
05/02/2010 1 Recuperar eixo de motor Reserva 1,50 1,50
13/02/2010 1 Preencher e usinar eixo embuchar rotor bomba Bomba poço óleo 3,00 3,00
13/02/2010 1 Preencher e usinar tampa de bomba ETA 3,00 3,00
15/02/2010 8 Abrir furo em engrenagem Chiller miúdos 0,50 0,50
27/02/2010 6 Abrir rosca em tubos de 2" Escaldadeira 0,25 0,25
27/02/2010 6 Preencher e usinar eixo mancal depenadeira Depenadeira 02 6,00 6,00
27/02/2010 2 Preencher e usinar eixos de redutor Est. Secundária 1,50 1,50
28/02/2010 10 Abrir rosca em tubos 1" Bomba Limpeza 0,25 0,25
28/02/2010 1 Preencher e usinar eixo bomba óleo Bomba do óleo 3,00 3,00
28/02/2010 1 Preencher e usinar tampa de bomba ETA 3,00 3,00
TOTAL 25,83
Data Qdade Descrição Peças Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
05/02/2010 1 Fuso roqueado para sacador polias Sacador polias 1,00 1,00
05/02/2010 1 Porca de aço 1045 Bomba de vácuo 1,50 1,50
06/02/2010 1 Bucha aço para engrenagem Est.saída do tunel 1,00 1,00
06/02/2010 1 Eixo ponteira de bomba Bomba poço óleo 2,50 2,50
13/02/2010 1 Eixo inox traçao Est. Sobreposta 02 4,00 4,00
15/02/2010 8 Bucha Bronze grafitado Eviceradora 0,33 0,33
15/02/2010 2 Bucha de nylom Eviceradora 0,33 2,67
15/02/2010 4 Buchas poliacetal para mancais Chiller miúdos 1,00 2,00
19/02/2010 10 Bicos inox para mangueira Apoio higienizaçao 0,50 2,00
19/02/2010 80 Parafusos aço 1/2"-3" c/porcas arruelas Caldeira 0,17 1,67
19/02/2010 20 Bicos inox para mangueira Apoio higienizaçao 0,50 40,00
20/02/2010 4 Bucha Bronze grafitado Máq. Moelas 0,33 6,67
20/02/2010 2 Eixo inox - Bomba pescoço Pescoço 1,00 4,00
27/02/2010 1 Bucha alumínio para roda guia Roda guia nórea 01 3,00 6,00
27/02/2010 3 Buchas para polias e recartilhar Depenadeira 02 1,00 1,00
28/02/2010 24 Buchas Bronze Máq. Moelas 0,33 1,00
28/02/2010 1 Flange de aço para tampa bomba de óleo Bomba de óleo 1,33 32,00
TOTAL 109,33
FEVEREIRO
Data Qdade Descrição Serviços Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
02/02/2010 1 Recuperar carcaça bomba do rio Bomba do rio 3,00 3,00
02/02/2010 1 Recuperar eixo de motor Est. Cone 1,50 1,50
02/02/2010 1 Recuperar eixo de motor Filé 1,50 1,50
03/02/2010 2 Recuperar eixo de motor Centrífuga 1,50 1,50
04/02/2010 1 Preencher e usinar eixo roda de nórea Nórea 1,50 1,50
04/02/2010 3 Recuperar eixo de motor Cx Cheia 1,50 1,50
08/02/2010 1 Abrir furo em engrenagem Est. Secundária 0,50 0,50
08/02/2010 10 Abrir furo em engrenagens inox Máq. De Moelas 0,50 0,50
08/02/2010 1 Usinar cilindro da bomba de cabeça e bucha Bomba pescoço 2,00 2,00
60
10/02/2010 2 Rebaixar eixo inox Moela 1/2 0,50 0,50
17/02/2010 4 Abrir furos em bases de mortores Depenadeira 02 0,50 0,50
17/02/2010 1 Abrir rosca em tubos de 3/4" Rede de ar comprimido 0,25 0,25
17/02/2010 1 Recuperar eixo de motor Nórea 02 1,50 1,50
18/02/2010 2 Abrir furo em engrenagens inox Máq. De coração 0,50 0,50
18/02/2010 4 Abrir furos em flanges 1/2" Boyler da caldeira 0,25 0,25
18/02/2010 4 Abrir rosca em flanges Boyler da caldeira 0,25 0,25
18/02/2010 4 Abrir rosca em vergalhão inox 1/4" Boyler da caldeira 0,25 0,25
19/02/2010 1 Recuperar eixo de motor Est. Cx Vazia 1,50 1,50
23/02/2010 1 Abrir furo de engrenagem Est. Franto Inteiro 0,50 0,50
23/02/2010 24 Abrir roscas em tubos de 2' Tubulação de água
caldeira 0,25 0,25
23/02/2010 1 Recuperar carcaça bomba do rio Bomba do rio 3,00 3,00
23/02/2010 2 Recuperar eixo de motor Embalagem secundária 1,50 1,50
24/02/2010 1 Preencher e usinar eixo da ulma Ulma 1,00 1,00
TOTAL 25,25
Data Qdade Descrição Peças Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
02/02/2010 2 Luva inox para pt 100 Regenerador 1,00 2,00
04/02/2010 12 Bucha de nylom Prença pena 1,00 12,00
04/02/2010 10 Flanges hélice de condensadores Condensador 2,00 20,00
04/02/2010 12 Parafusos de aço 1045 Prença pena 1,33 16,00
04/02/2010 24 Porca de aço Prença pena 1,00 24,00
08/02/2010 1 Dobradiças de inox 3/4"/ 150mm Depenadeira 03 1,33 1,33
10/02/2010 4 Bucha de bronze Máq. Coração 0,33 1,32
18/02/2010 4 Flange para válvula Boyler da caldeira 1,00 4,00
19/02/2010 2 Polia alumínio 80mm 2 a Depenadeira 02 1,00 2,00
24/02/2010 8 Polia alumínio 110 mm 2 a Depenadeira 02/03 0,67 5,33
24/02/2010 3 Poias de alumínio 100mm Depenadeira 02 1,00 3,00
25/02/2010 6 Bases de nylom fixaçao balanças Balança 0,25 1,50
25/02/2010 1 Bucha inox Balança de nórea 2,00 2,00
TOTAL 94,49
MARÇO
Data Qdade Descrição Serviços Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
05/03/2010 2 Abrir rosca em tubo de 3" Boyler Higienização 0,25 0,25
05/03/2010 4 Abrir rosca em tubos de 1" Boyler Higienização 0,25 0,25
11/03/2010 2 Abrir furo em engrenagem Embalagem secundária 0,50 0,50
13/03/2010 28 Abrir rosca em tubos de 1" Higienização 0,25 0,25
13/03/2010 24 Abrir roscas em tubos de 3" Higienização 0,25 0,25
15/03/2010 1 Abrir furo em engrenagem Embalagem secundária 0,50 0,50
17/03/2010 8 Abrir furo de buchas de bomba Bomba do rio 0,33 0,33
18/03/2010 4 Abrir furo em engrenagem Máq. De Moelas 0,50 0,50
22/03/2010 1 Abrir furo de polia aluminio 2 a 130mm Transferidor nórea 1,00 1,00
22/03/2010 6 Usinar e recartilhar polias aluminio motor Depenaderira 01 0,33 0,33
23/03/2010 8 Aumentar rosca em parafusos Digestor pena 0,33 0,33
24/03/2010 2 Abrir furo de engrenagem Est. Cx Vazia e
Frangos 0,50 0,50
24/03/2010 1 Abrir furo de engrenagem Est. Franto Inteiro 0,50 0,50
24/03/2010 2 Abrir furo em engrenagem Est. Plataforma 0,50 0,50
24/03/2010 2 Recuperar eixo de motor Cone 2 1,50 1,50
24/03/2010 1 Recuperar eixo de motor Girasol 1,50 1,50
26/03/2010 1 Abrir furo em engrenagem Est. Túnel 0,50 0,50
61
28/03/2010 31 Abrir roscas em tubos de 3" - 0,25 0,25
31/03/2010 2 Recuperar eixo, polia e chavetas Fabrica de gelo 01 5,50 5,50
TOTAL 15,25
Data Qdade Descrição Peças Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
04/03/2010 2 Parafusos inox Ulma 1,00 2,00
11/03/2010 12 Bucha de bronze Máq. Moelas 0,33 3,96
17/03/2010 12 Bucha de bronze Máq. Moelas 0,33 3,96
17/03/2010 1 Eixo de inox Est. Sec. Congelado 5,00 5,00
22/03/2010 6 Gonzos inox de 1/2" Máq. Cortar asas 0,22 1,33
24/03/2010 12 Ponteiras de rosca tubo 3" Schedule Higienização 0,17 2,00
26/03/2010 4 Tampão nylom Est. Secundária 0,33 1,33
29/03/2010 2 Bucha inox Est. Cone 2 2,00 4,00
29/03/2010 1 Eixo de inox Est. Cone 2 4,00 4,00
30/03/2010 1 Eixo ponteira aço 1045 Rosca percu. Viceras 1,00 1,00
30/03/2010 1 Eixo ponteira aço 1045 Rosca saida perc. Vic. 1,00 1,00
30/03/2010 1 Eixo ponteira aço 1045 Rosca distribuiçao sil 1,00 1,00
30/03/2010 30 Parafusos 5/8"/3" aço porca arruelas - 0,17 5,00
TOTAL 35,59
ABRIL
Data Qdade Descrição Serviços Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
12/04/2010 2 Abrir furo em engrenagem Est. Túnel Cotin. 0,50 0,50
12/04/2010 1 Abrir furo em polia alumínio Girasol 02 0,50 0,50
12/04/2010 1 Abrir furo em polia alumínio Desengate Pé 0,50 0,50
12/04/2010 1 Abrir furo em polia alumínio Desengate Pé 0,50 0,50
12/04/2010 1 Preencher e usinar flange bomba Bomba do Jet 4,50 4,50
12/04/2010 2 Recuperar eixo de motor Girasol 02 1,50 1,50
15/04/2010 1 Abrir furo em engrenagem Rosca da pena 0,50 0,50
15/04/2010 2 Abrir furo em engrenagem Est. Cx Vazia 0,50 0,50
15/04/2010 4 Abrir furo em engrenagem Digestor Vícera 0,50 0,50
15/04/2010 1 Recuperar eixo de motor Est. Cx Vazia 1,50 1,50
15/04/2010 2 Recuperar eixo inox de serra Máq. De Moelas 1,33 1,33
22/04/2010 2 Recuperar eixo Maq. Lavar Roupas Maq. Lavar Roupas 3,00 3,00
23/04/2010 2 Abrir furo em engrenagem Est. Cx Vazia 0,50 0,50
23/04/2010 1 Recuperar eixo redutor Girasol 02 1,50 1,50
26/04/2010 3 Abrir furo em engrenagem Est. Túnel 0,50 0,50
27/04/2010 6 Abrir furo em buchas de nylom Máq. De Moelas 0,17 0,17
27/04/2010 1 Recuperar eixo redutor Tambler 1,50 1,50
28/04/2010 1 Abrir furo em engrenagem Máq. De Moelas 0,50 0,50
TOTAL
R$ 20,00
Data Qdade Descrição Peças Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
12/04/2010 4 Arruelas inox para roda guia Nórea 02 0,25 1,00
12/04/2010 10 Bucha de nylom Arquiadeira 0,33 3,33
12/04/2010 20 Eixo inox - Bomba pescoço Pescoço 1,00 20,00
12/04/2010 4 Eixo inox - roda guia Nórea 02 1,50 6,00
12/04/2010 4 Porca inox Nórea 02 0,33 1,33
15/04/2010 2 Flange de aço tubo 4" Válvula vapor 1,50 3,00
22/04/2010 1 Eixo de aço Est. Ulma 1,75 1,75
22/04/2010 1 Eixo de inox Túnel Encolhimento 4,00 4,00
62
22/04/2010 1 Eixo de inox Maq. Moelas Ser. 2,50 2,50
23/04/2010 1 Eixo de inox Est. Resfriado 5,00 5,00
30/04/2010 24 Bucha de bronze Máq. Moelas 0,33 7,92
TOTAL
R$ 55,84
MAIO
Data Qdade Descrição Serviços Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
03/05/2010 1 Abrir furo em engrenagem Est. Corte 04 0,50 0,50
03/05/2010 1 Preencher e usinar flange bomba Bomba do Jet 4,50 4,50
03/05/2010 1 Rebaixar eixo de bomba Bomba do Jet 01 0,67 0,67
04/05/2010 1 Abrir furo em polia Desenganchador 0,50 0,50
04/05/2010 1 Abrir furo em polia Desenganchador 0,50 0,50
05/05/2010 2 Abrir furo em engrenagem Sambiquira 0,50 0,50
05/05/2010 2 Abrir furo em bases de motores Depenadeiras 2 0,50 0,50
07/05/2010 2 Abrir furo em engrenagem Chiller Pé 0,50 0,50
07/05/2010 1 Preencher e usinar ponteiras caracol chiller Chiller Pé 4,50 4,50
11/05/2010 1 Abrir furo em engrenagem - 0,50 0,50
14/05/2010 1 Abrir furo de engrenagem Máq. De Moelas 0,50 0,50
14/05/2010 2 Abrir furo em bases de motores Depenadeiras 2 0,50 0,50
14/05/2010 1 Recuperar eixo de motor Papo e Traqueia 1,50 1,50
15/05/2010 2 Abrir furo em engrenagem Est. Cx cheia CMS 0,50 0,50
15/05/2010 1 Usinar eixo caracol Chiller Moelas 6,00 6,00
15/05/2010 1 Usinar mancal Chiller Moelas 2,00 2,00
21/05/2010 1 Usinar peça da balança de nórea Balança de nórea 1,00 1,00
26/05/2010 1 Recuperar eixo de motor Bomda de òleo 1,50 1,50
26/05/2010 1 Usinar luva bomba Bomba Campo 1,00 1,00
29/05/2010 1 Recuperar eixo bucha de retudor Pescador Chiller 2,50 2,50
TOTAL 30,17
Data Qdade Descrição Peças Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
30/04/2010 24 Bucha de bronze Máq. Moelas 0,33 7,92
05/05/2010 2 Bucha poliacetal para rodas nylon Tambler 03 1,33 2,67
07/05/2010 1 Bucha Nylon para mancal Cheller Pé 1,00 1,00
07/05/2010 3 Flange aço 5/8" Diam 150mm Escaldaderia 1,00 3,00
11/05/2010 2 Fuso de bronze Esticador nórea 2 1,00 2,00
11/05/2010 4 Porca inox Esticador nórea 2 0,17 0,67
17/05/2010 1 Bucha de bronze para mancal Prença víveras 4,00 4,00
19/05/2010 2 Borrachas de acoplamento Bomba campo 0,55 1,10
19/05/2010 7 Poias de alumínio 100mm Depenadeira 02 1,00 7,00
19/05/2010 1 Polia alumínio 80mm 2 a Depenaderia 03 1,00 1,00
23/05/2010 4 Eixo inox - Carro tempero Carro tempero 3,00 12,00
27/05/2010 2 Bucha de bronze e Bucha de aço Prença víveras 7,00 14,00
29/05/2010 24 Bucha de bronze Máq. Moelas 0,33 7,92
29/05/2010 10 Conexão Borbulhdor 0,33 3,33
TOTAL 67,61
JUNHO
Data Qdade Descrição Serviços Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
01/06/2010 1 Recuperar eixo de motor Est. Secundária 1,50 1,50
02/06/2010 1 Abrir furo em engrenagem Est. Cx cheia 06 0,50 0,50
02/06/2010 2 Abrir furo em engrenagem Est. Plataforma 0,50 0,50
63
09/06/2010 1 Abrir / Prençar hachurias em buxa de bronze Prença víceras 2,00 2,00
09/06/2010 1 Cortar bucha e abrir gasgos de chaveta Prença víceras 3,00 3,00
10/06/2010 1 Recuperar eixo de motor Bomba 1,50 1,50
14/06/2010 2 Recuperar eixo de motor Est. Plataforma 1,50 1,50
14/06/2010 1 Recuperar eixo e aumetar Est. Classificação 4,00 4,00
14/06/2010 2 Usinar eixo do enconder Nórea 01/02 1,00 1,00
21/06/2010 10 Abrir roscas em tubo 3'' galvanizado - 0,25 0,25
24/06/2010 2 Abrir roscas em tudo 4'' Escaldadeira 0,25 0,25
28/06/2010 1 Abrir furo em engrenagem Est. Pé 0,50 0,50
29/06/2010 2 Abrir furo em engrenagem Est. 02 paletização 0,50 0,50
29/06/2010 1 Abrir furo em engrenagem Embalagem secundária 0,50 0,50
29/06/2010 2 Recuperar eixo de motor Esteira 1,50 1,50
29/06/2010 1 Recuperar eixo Smirna Est. Smirna 3,00 3,00
TOTAL 22,00
Data Qdade Descrição Peças Tempo Mão de obra
Hs/Uni TOTAL Hs
01/06/2010 1 Eixo de inox Est. Secundária 4,50 4,50
01/06/2010 16 Porca de aço 3/4" Prença pena 0,08 1,33
01/06/2010 1 Suporte de serra copo Manutenção 0,50 0,50
01/06/2010 4 Tirantes em aço 3/4"/1000mm Prença pena 1,00 4,00
02/06/2010 1 Bucha para retentor Desentage de patas 0,50 0,50
02/06/2010 1 Eixo inox 1""/1600mm Desentage de patas 2,00 2,00
02/06/2010 2 Polia desengate de patas Desentage de patas 1,00 2,00
11/06/2010 2 Eixo inox 1""/1600mm Est. Gelo 2,00 4,00
11/06/2010 2 Rolo de nylom Est. Gelo 0,33 0,67
14/06/2010 2 Bucha de bronze Nórea 01/02 1,00 2,00
17/06/2010 21 Eixo de inox Est. Gelo 0,33 7,00
17/06/2010 42 Rolo de nylom Est. Gelo 0,33 14,00
23/06/2010 12 Bucha de bronze Máq. Moelas 0,33 3,96
24/06/2010 1 Eixo de inox Est. 5 saída túnel 4,00 4,00
29/06/2010 1 Bucha de aço Bomba 1,00 1,00
29/06/2010 1 Polia Policorte 1,00 1,00
29/06/2010 2 Tampão nylom Redutor esteira 0,33 0,67
TOTAL 53,13
64
6 REFERÊNCIAS
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