centrodeconservacaodanatureza.files.wordpress.com… · Web view5º Encontro da REDE TERRA DO MEIO. 25 a 27 de maio de 2010 . Recanto do Cardoso. Altamira, PA. 5ª Reunião da Rede

VERSÃO PRELIMINAR – ANOTAR SUGESTÕES E DEVOLVER PARA CONCLUSÃO E DISTRIBUIÇÃO

5º Encontro da REDE TERRA DO MEIO25 a 27 de maio de 2010

Recanto do CardosoAltamira, PA.

VERSÃO PRELIMINAR – ANOTAR SUGESTÕES E DEVOLVER PARA CONCLUSÃO E DISTRIBUIÇÃO Relatório da 5ª Reunião da Rede Terra do Meio, 25, 26 e 27 de maio de 2010

Recanto do Cardoso, Altamira – PA______________________________________________________________

5ª Reunião da Rede Terra do Meio25, 26 e 27 de maio de 2010

Recanto do CardosoAltamira - PA

Organização:FVPP, ISA, IPAM, EDF, ICMBio e GTZ

Instituições ParticipantesEDF, EMATER, FUNAI, FVPP, GTZ, ICMBio, IDEFLOR, INCRA, IPAM, ISA, Localidade

Maribel, MMA/ARPA, MPF, RESEX Xingu, Riozinho do Anfrísio, SAGRI, SEMA-PA, SEMAT, SEMEC, SENAR, SESPA, SEMSA, UFPA, UFPA-LAET, USP, WWF.

FinanciadoresFundo Vale de Desenvolvimento Sustentável

Fundação Rainforest Noruega, Fundação Gordon Fundação Betty & Gordon Moore/Fundo para Defesa Ambiental

FotosMarcelo Salazar/ISA.

Relatores durante a reuniãoMárcia Castro (FVPP) e Marcelo Salazar (ISA)

Elaboração do RelatórioAurelina Viana (Facilitadora) e Marcelo Salazar (ISA)

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Índice

Lista de Siglas e Acrônimos

Lista de Anexos

1. INTRODUÇÃO

2. RESULTADO DA REUNIÃO

2.1. Abertura

2.2. Mesas TemáticasA) Mesa 1 - Políticas Públicas Sociais nas Resex: Educação, Saúde, Documentação. B) Mesa 2 - Atividades Produtivas: Mercados, Experiências regionais, Arranjos produtivos Locais.C) Mesa 3 - Impacto de Belo Monte nas UCs e TIs da Terra do Meio e propostas de ação no âmbito da Rede Terra do Meio.D) Mesa 4 - Monitoramento, pesquisa, fiscalização e Regularização Fundiária nas TIs e UCs da Terra do Meio.

2.3. Alinhamento das Atividades Planejadas para 2010

2.4. Experiência da Rede de Sementes de Mato Grosso e a Articulação Xingú-Araguaia

2.5. Funcionamento da Rede Terra do Meio

2.6. Avaliação, Avisos e Encaminhamentos

2.7. Seminário Temático sobre REED

ANEXOS

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Lista de Siglas e Acrônimos

EDF Fundo de Defesa Ambiental

EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

FUNAI Fundação Nacional do Índio

FVPP Fundação Viver, Produzir e Preservar

GTZ Cooperação Técnica

ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

IDEFLOR Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará

INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

IPAM Instituto de Pesquisa da Amazônia

ISA Instituto Socioambiental

LAET/UFPA Laboratório Agroecológico da Transamazônica da Universidade Federal do

Pará

MMA/ARPA Ministério do Meio Ambiente/Programa Áreas Protegidas

MPF Ministério Público Federal

RESEX Xingu Reserva Extrativista do Rio Xingu

SAGRI Secretaria Estadual da Agricultura

SEMA-PA Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Pará

SEMAT Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo

SEMEC Secretaria Municipal de Educação e Cultura

SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

SESPA Secretaria Estadual de Saúde do Pará

SEMSA Secretaria Municipal de Saúde

UFPA Universidade Federal do Pará

USP Universidade de São Paulo

WWF Fundo Mundial de Conservação da Natureza

Lista de Anexos

Anexo I - Atividades planejadas para 2009 por eixo temáticoAnexo II - Atividades prioritárias para 2009Anexo III - Atividades realizadas em 2009Anexo IV - Programação da 5ª Reunião da Rede da Terra do Meio – 2010Anexo V - Agenda de Campo compartilhada na reuniãoAnexo VI - Lista de PresençaAnexo VII - Lista de documentos contidos no CD

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1. INTRODUÇÃO

Há cerca de 20 anos atrás os movimentos sociais da região de Altamira junto com outras entidades iniciaram debates sobre qual o destino da região entre o bloco de terras indígenas do sul da Bacia do Xingu, as terras indígenas ao norte da bacia, a Transamazônica e a BR 163. Esse grande espaço vazio, que começava a ser explorado intensamente e ilegalmente primeiramente pela retirada de madeira, principalmente o Mogno e depois pela grilagem de Terras e formação de grandes latifúndios.

Em 2001 foi lançado um edital para estudos e sugestões da destinação da área da Terra do Meio. Foi quando diversas instituições se uniram para fazer o primeiro diagnóstico socioeconômico na região. Exigindo Em 2004 essas unidades de conservação começaram a ser criadas. o tipo de desenvolvimento que esperavam para a região e a necessidade de fortalecer sua construção através da articulação dos diversos segmentos institucionalizados que atuavam no território. Naquele momento foi plantada a semente da Rede Terra do Meio que se efetivou cinco anos mais tarde.

Desde 2005, ocorre uma reunião anual na cidade de Altamira. Nesta, lideranças das Resex, instituições governamentais (municipal, estadual, federal), instituições não governamentais locais, nacionais e internacionais que atuam na região, trocam experiências e informações sobre os acontecimentos das diversas áreas protegidas da Terra do Meio e entorno compartilhando as atividades realizadas e planejamento, além de analise de contexto. Neste ano, foi também realizada uma apresentação e discussão sobre conceitos e lições aprendidas de REED.

Para atingir os objetivos, houve quatro mesas técnicas de debate: (1) Políticas Públicas Sociais nas Resex: Educação, Saúde, Documentação; (2) Atividades Produtivas: Mercados, Experiências regionais, Arranjos produtivos Locais; (3) Impacto de Belo Monte nas UCs e TIs da Terra do Meio e propostas de ação no âmbito da Rede Terra do Meio; e, (4) Monitoramento, Pesquisa, Fiscalização e Regularização Fundiária nas TIs e UCs da Terra do Meio.

À luz dos desafios e soluções discutidos nas mesas temáticas, grupos de trabalho formados ) visitaram as ações planejadas/desejadas por cada instituição e alinharam as ações planejadas para 2010.

Na tarde do segundo dia, o tema “Funcionamento da Rede” recebeu a contribuição de Rodrigo Junqueira, Coordenador Ajunto Programa Xingu do ISA, que expôs a experiência da Articulação Xingu-Aragaua (AXA) e da Rede de Sementes do Xingu. Em seguida, os presentes exercitaram o livre pensar sobre a finalidade, os princípios e estrutura da Rede Terra do Meio; avaliaram a reunião e definiram a agenda dos próximos encontros.

Finalizando a reunião, na manhã do dia 27 ocorreu o Seminário Temático de REED, coordenado por Stephan Schwartzman, representante da EDF.

2. RESULTADO DA REUNIÃO

2.1. Abertura

A Coordenadora da FVPP, Ana Paula dos Santos Souza, fez a abertura da reunião dando as boas vindas e destacando a importância do momento. Lembrou que em maio faz 10 anos que começou a discussão da Terra do Meio. Na época a idéia da criação do Mosaico da Terra do Meio foi uma mobilização grande com o objetivo de proteger a região da devastação

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sistemática que vinha sofrendo. Na época não existia ICMbio e o IBAMA não dava conta de atender a demanda. Entre outros propósitos, a Rede da Terra do Meio foi criada para articular a criação de Areas protegidas na terra do meio e garantir os direitos das populações tradicionais da região, sobretudo aquelas que hoje estão dentro das Reservas Extrativistas. . Os encontros da rede servem para socializar atividades realizadas, dialogar sobre contexto, estratégias de atuação e compartilhar planejamento de atividades. ..

Em seguida, houve a apresentação dos presentes, a exposição dos objetivos e programação. A facilitadora explicou a função e o preenchimento de dois painéis: agenda de campo e das ações realizadas em 2009/planejadas para 2010.

2.2. Mesas Temáticas

A) Mesa 1 - Políticas Públicas Sociais nas Resex: Educação, Saúde, Documentação.

Esta mesa foi coordenada por Antônia Martins, membro da FVPP, Conselho Tutelar e do Movimento de Mulheres, e composta pelos enfermeiros Nei e Lagerson da Secretaria Municipal de Saúde, professora Dalva da Secretaria Municipal de Educação, Dr. Fábio Rangel da Defensoria Publica de Altamira e Benedito da Resex do Xingú.

Pronunciamentos institucionais:

Dr. Fábio Rangel, Defensor Público – Informou que em 2009 o Ministério Público firmou parceria com o Movimento de Mulheres, FVPP e ISA para levantar dados, democratizar e facilitar o acesso das pessoas mais carentes aos direitos sociais e à justiça. As ações foram desenvolvidas através da Defensoria Agrária e do Núcleo de Defesa de Direitos Humanos. Destacou que as dificuldades se devem principalmente à demanda não suprida de promotores. As regiões de Santarém e Altamira precisam de 43 defensores, mas existem somente cinco. Mas, a expectativa é que a partir de agosto o plano estratégico comece a ser executado. Destacou entre as ações realizadas a expedição no Riozinho do Anfrísio para emissão de certidão de nascimento, separação de bens e outros atendimentos que os moradores teriam muita dificuldade de virem até a cidade para fazer, no âmbito dos projetos “Direitos da Família” e “Soldado da Borracha”. Informou que será realizado o Balcão de Direito e que no dia 11 de maio foi criado um grupo de trabalho para discutir os impactos socioambientais de Belo Monte. Finalizou sua fala solicitando à Rede que inclua os agentes de justiça nas suas ações.

Enfermeiro Nei, Secretaria Municipal de Saúde - Em sua exposição destacou que a secretaria atende as Resex dos rios do Anfrisio, Xingú e Iriri. Nas primeiras viagens perceberam que a secretaria de saúde tinha baixa atuação nas áreas enquanto outras instituições como FVPP, IPAM e ISA proviam os moradores de informações e tinham maior destaque no grau de importância. Mas, nos últimos dois anos a secretaria aumentou sua atuação de forma mais sistemática oferecendo os serviços básicos de saúde como resgates de doentes, envio de profissionais em viagens com parceiros, combate à malária e assistência na sede municipal. Para o segundo semestre está previsto: Intensificação do combate a malária; Construção de UBS; Operação Gota; Aquisição de equipamento odontológico portátil; Realização de comando ampliado; e, Formação de agentes comunitários de saúde para as Resex. Neste último item, o maior entrave é que a lei para os ACS mudou e hoje é necessário ter o ensino médio e serem concursados. Finalizou seu pronunciamento defendendo as parcerias com órgãos governamentais (IBAMA, ICMBio, SESPA) e não governamentais para enfrentar os desafios.

Professora Dalva, Coordenadora de Ensino Rural da Secretaria Municipal de Educação – Após exibir um vídeo, a professora informou que em 2008 a secretaria

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atuou em duas localidades da Resex do Riozinho do Anfrísio e Rio Iriri, atendendo 49 alunos, em 2009 foram mais três localidades e em 2010 ampliou para nove localidades com um total de 190 alunos. Esse contingente conta com nove educadores com nível médio (magistério), incluídos na Plataforma Freire. A SEMEC entende que a educação do campo deve ser diferenciada e através das parcerias foi dado um passo importante para a elaboração de uma proposta para a região. Quanto à regionalização da merenda escolar a secretaria pretende comprar parte dos produtos das comunidades tendo como meta até julho para implantar essa modalidade.

Bené, morador da Resex do Xingú – Destacou a necessidade dos técnicos da SEMEC irem ao rio para verificar in loco a situação dos alunos que sofrem com a falta de escolas, professores e transporte escolar.

Comentários e perguntas da plenária:

Antonia, FVPP – Parabenizou o Ministério Público e demais instituições que realizaram a campanha de documentação no Riozinho do Anfrísio. Apesar de não ter atingido 100% dos moradores, a alegria dos beneficiados compensou o esforço de garantir esse direito básico que proporcionará o acesso dos mesmos a outros direitos e políticas públicas.

Marcelo Salazar, ISA – Parabenizou as secretarias pelo trabalho realizado nas Resex após muita pressão da sociedade civil e da justiça. Hoje é visível e há reconhecimento os avanços na educação, na merenda e na formação dos professores. Sugeriu melhorias na forma de mobilidade interna na Resex para os professores e alunos, para isso apontou que Secretaria de educação poderia estudar forma de disponibilização do combustível para professores e alunos. Informou que o ISA assinou um convênio com a SEMEC que prevê a construção de uma escola pólo em cada Resex, além de apoiar as casas de professores e escolas menores em localidades definidas pelos moradores.

Luiz, WWF - Perguntou o que a SEMEC pretende para o futuro com relação aos trabalhos nas Resex? E que tipo de ajuda o governo federal oferece à prefeitura através do ARPA? A professora Dalva respondeu que o futuro é imprevisível. Os educadores que trabalham nas Resex são temporários e da cidade. A idéia é formar moradores das Resex ao longo do tempo para garantir a continuidade do trabalho, para isso é necessário o fortalecimento e a ampliação das parceiras. Quanto ao ARPA, se o apoio existe a mesma desconhece, pois a relação da Secretaria é com o ICMBio diretamente.

Wane, localidade de Maribel - Como fica o comando médico para a Maribel, pois atualmente o município de Uruará é quem dá mais assistência mesmo sem ser de sua responsabilidade. Além disso, lembrou que essa localidade é caminho das Resex, facilitando sua inclusão nas ações da SESMA. O enfermeiro Nei respondeu que nas próximas ações a secretaria vai contemplar Maribel e que entrará em contato através da radiofonia.

B) Mesa 2 - Atividades Produtivas: Mercados, Experiências regionais, Arranjos produtivos Locais.

Esta mesa foi coordenada por Lucimar Souza, representante do IPAM, e composta por Ana Paula Souza da FVPP, Marcelo Salazar do ISA, Sérgio Cantuária da GTZ, Alexandre Luneli do IDEFLOR, Herculano Costa da Resex Rio Xingú, Carlanha do MMA/ARPA e João Batista da SAGRI.

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Ana Paula Souza, FVPP - A Fundação trabalha com o desafio de garantir a melhoria da qualidade de vida e renda das famílias que habitam as Resex como forma mantê-las nas unidades, através da segurança alimentar, do aumento da renda e diversificação da produção. Uma das estratégias foi iniciar experiência piloto fortalecendo as atividades que as famílias já fazem. A primeira voltou-se para a coleta da castanha, extração de óleos copaíba e andiroba para fins comerciais, apoiada pela Cooperação Técnica GTZ. Simultaneamente foi iniciada a discussão para incrementar e diversificar a produção de alimentos como feijão, milho, cacau, arroz e outros pelas comunidades, e deu-se continuidade à formação de lideranças.

Sergio Cantuária, GTZ – As ações da Cooperação Técnica são focadas nos programas dos governos federal e estadual, como o ARPA, e que visam a consolidação das unidades de conservação. Atualmente busca-se um arranjo produtivo para diminuir os custos, criar possibilidades de comercialização e cooperação em todas as esferas governamentais. Para isso foi contratado um estudo para avaliar o mercado e a possibilidade de fomentar arranjos produtivos locais.

Carlinha, MMA/ARPA – Informou que o Ministério do Meio Ambiente está negociando a fase 3 do ARPA onde está previsto seis milhões de euros para investir na implementação das unidades de conservação da Terra do Meio, com prioridade para demarcação, incentivo às atividades produtivas, infraestrutura e elaboração dos planos de manejo. Sua participação na reunião ajuda vai respaldar a inclusão das demandas reais da Terra do Meio no projeto.

Marcelo Salazar, ISA – Iniciou sua exposição falando da estratégia utilizada para desenvolver as cadeiras produtivas e a comercialização nas Resex da Terra do Meio: Apoio Logístico, Acompanhamento das associações, Formação em gestão territorial para populações extrativistas, Busca de mercado diferenciado, Assistência técnica e acompanhamento, Arranjo Produtivo Local para PFNM “Xingu” e Promoção da Saúde. Em seguida descreveu as ações realizadas em 2009 para operacionalizar essas

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estratégias: Reunião do grupo de trabalho da Terra do Meio para definição de modelo regional de Produção e Comercialização de PFNM; Diagnóstico da produção e certificação na Resex Rio Xingú em parceria com o IMAFLORA; Promoção da sustentabilidade econômica das populações extrativistas, através da construção de barracão de armazenamento de castanha na localidade Riso da Noite, na Resex Riozinho do Anfrísio; Apoio à retomada da Seringa, ampliação para Iriri e Anfrísio; Busca de mercados diferenciados; Levantamento do potencial e desenho produtivo de óleos nas Resex, inicialmente óleo de Babaçu na Resex do Rio Iriri; Reforma de barcos nas Resex Iriri e Anfrísio; Visita e reuniões na Feira Exposustentat em São Paulo, Cosmética (Patrícia IMAFLORA); Biofach em Nuremberg Alemanha; Reunião com empresas, governo (APL PFNM), benchmarking.

Lucimar Souza, IPAM – Fez um relato das ações realizadas 2009 como: apoio na elaboração do plano estratégico da Rede; início do projeto Oficinas Caboclas; entrega de 40 Kit de farinheiras e 16 rabetões para as três Resex no esforço de fomentar a produção, a comercialização e a segurança alimentar das comunidades; e, oficinas de associativismo dando continuidade ao processo de capacitação das lideranças locais.

João Batista, SAGRI – Apresentou as ações desenvolvidas pela secretaria em 2009: entrega das farinheiras, apoio no transporte da farinha, implantação de um centro para armazenagem da produção orgânica e outros produtos; apoio na comercialização do pescado. Destacou que todas as ações das SAGRI são feitas em parcerias com as organizações não governamentais e com quem tiver interesse em fazer parcerias.

Alexandre Lunelli, IDEFLOR – O instituto trabalha em três linhas: Reflorestamento, Extrativismo e Concessão florestal. Hoje existe a necessidade de uma rede de sementes na região para dar suporte e potencializar as iniciativas produtivas. Por isso, a partir de julho será criado o laboratório de sementes em Altamira devido ao grande potencial florestal do Pará e da região Terra do Meio em particular. Informou ainda que a secretaria está trabalhando nas Resex do Iriri e Verde para Sempre áreas permanentes de coleta de semente e que já houve conversas com o ICMbio para aquisição de equipamentos de beneficiamento de óleos, para serem instalados nessas Resex.

Herculano, Resex do Xingú – Destacou a satisfação das comunidades com a entrega dos barcos, motores e outras benfeitorias.


André Vilas Boas, ISA – Realçou a importância das iniciativas e os desafios para estabelecer uma carteira de produtos e o os arranjos produtivos e comerciais. O maior desafio continua sendo o financiamento e a sustentabilidade dos sistemas. Falou da reativação dos seringais questionando se as instituições presente estão preparadas para torná-los competitivos. Concluiu dizendo que a rede se sementes é um elemento importante para as cadeias produtivas e para as comunidades desde que seja controlada e coordenada por elas, tendo em vista a renda que gera as famílias.

Antonia, FVPP – Disse que na última visita que fez nas Resex percebeu que os esforços para melhorar a produção e promover a segurança alimentar dos moradores das Resex até o momento foram bem sucedidos, como o apoio do Governo do Estado, através da SAGRI, na entrega das farinheiras. Isso permitiu às famílias produzirem a farinha e a goma, e comercializar na cidade de Altamira. As mudanças são visíveis, mesmo que ainda tenha muito a avançar para melhorar a qualidade de vida e por isso solicitou que o governo continue apoiando as Resex para que elas se fortaleçam ainda mais.

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Galdino – Comentou que todo e qualquer projeto que se pense para as Resex é necessário um forte processo de organização social das comunidades como forma de garantir a continuidade e atender as necessidades reais das famílias. Destacou que as ações voltadas ao pescado ainda são muito tímidas frente ao problema de escassez já enfrentado pelas comunidades. Sugere controle mais rigoroso do uso do pescado nas Resex.

Max, WWF – Destacou que é necessário mudar a forma de enxergar as Resex. Hoje o olhar sobre as mesmas precisa ser diferente da época que se lutou para criá-las. É preciso que as famílias “deixem de ser extrativista e virem manejadoras dos recursos naturais”. Acha que é preciso começar trabalhar com o manejo florestal e o manejo da fauna.

Naldo, ISA – Acha necessário ampliar as ações de fortalecimento do cooperativismo nas Resex.

Elielson, EMATER – Considera que as ações voltadas para atender as populações tradicionais ainda são muito fragmentadas, o governo não disponibiliza recursos específicos à EMATER para trabalhar nas Resex, por isso a necessidade de celebrarem parcerias com outras instituições para viabilizar ações nas UCs. Se dispõe contribuir no debate dos arranjos produtivos.

Alencar - O debate sobre piscicultura nas Resex ainda é tímida, enquanto nos municípios da região está avançado. Ainda existe grande deficiência de assistência técnica por falta de pessoal técnico qualificado. Em Altamira tem apenas um engenheiro de pesca na EMATER para atender toda a demanda. Apesar dessas dificuldades já existem alguns projetos de fábrica de ração e criação de alevino em execução.

Sérgio, GTZ - Precisamos avaliar o custo do transporte dos produtos para o mercado. É preciso trabalhar com a vocação das UCs.

João Batista, SAGRI – A secretaria pretende continuar com o suporte às famílias até as mesmas terem condições de caminhar sozinhas. Todos os anos a região se reúne para colocar as ações do território e em 2009 só foram executadas 65% das ações do CODETER. Sugeriu que a Rede elabore um documento com todas as ações discutidas nesta reunião e enviado ao CODETER.

Herculano, Resex do Xingú – Falou da necessidade de diversificar e investir em novos produtos, pois os jovens não querem mais trabalhar com pescado devido ao baixo retorno financeiro. Deu como exemplo a motivação das famílias em trabalhar com a seringa e o babaçu por terem mercado garantido.

ICMBio – como preparar melhor as associações para acessar os recursos e políticas públicas como as de regularização fundiária e de fomento?

Paula, FVPP – Se dispõe contribuir nessa discussão. Comentando as sugestões de Max, ressaltou que é possível conciliar, mas não perder de vista que é necessário incrementar o que já existe e apoiar o novo, como por exemplo descobrir o que é possível beneficiar dentro das Resex.

Marcelo, ISA – É necessário estabelecer critérios e acordos para integrar, avaliar experiência e seguir em frente. Não acha eficiente começar novos experimentos antes de consolidar os atuais.

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C) Mesa 3 - Impacto de Belo Monte nas UCs e TIs da Terra do Meio e propostas de ação no âmbito da Rede Terra do Meio.

Esta mesa foi coordenada por Antonia Martins do Movimento de Mulheres e da FVPP e composta por André Villas Boas do ISA, Dr. Bruno Alexandre Gütschow do Ministério Público Federal e Janice Muriel da UFPA.


André Vilas Boas, ISA - A questão da pesca é uma questão estratégica. O empreendimento de Belo Monte irá levar à escassez do pescado e conflitos fundiários nas unidades de conservação. Com relação aos índios, o governo abandou as comunidades indígenas. Todos os indígenas mesmo os que não serão afetados diretamente se posicionam contra esse empreendimento, pois se sentem pertencentes ao Xingú. Todos os povos terão seus modos de vida impactados e não sabem o que fazer, com quem conversar. Nem o governo nem as empreiteiras definiram interlocutores para dialogar com as lideranças indígenas. Com relação à volta grande do rio, não foram feitos estudos reais dos impactos sobre as comunidades. As Resex serão afetadas, pois haverá dificuldade de regularização fundiária em função da demanda por terra, além do impacto no estoque pesqueiro o que poderá comprometer a segurança alimentar das populações ribeirinhas. Indagou ao procurador sobre o nível de obrigação no cumprimento das exigências feitas pela FUNAI.

Procurador Bruno Alexandre Gütschow, Ministério Público Federal – Falou que ainda não conhece a região pelo fato de ter vindo do Rio Grande do Sul para assumir o Ministério Público Federal e estar há pouco tempo em Altamira. Mas pelo que leu dos estudos pode perceber que serão impactados na mesma medida a flora, a fauna, as comunidades indígenas e as comunidades rurais. Informou que o MPF já recorreu para cancelar o leilão de Belo Monte. O tribunal hoje está com um novo presidente e espera-se que o recurso seja votado o mais rápido possível.

Professora Janice, UFPA - Junto com outros pesquisadores fez uma análise crítica do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) de Belo Monte e chegou-se à conclusão que a diversidade de peixes não foi avaliada de forma correta. O EIA apresenta uma relação de peixe muito obscura sobre as espécies. Todas as espécies serão afetas pelo empreendimento. A situação mais crítica é das 40 espécies de vertebrados ameaçados de extinção, que apesar de estarem protegidas por decreto federal e a construção da

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hidrelétrica foi liberada. Outro detalhe técnico importante é que nenhum estudo cientifico tem validade se nenhum museu assumiu o acervo como fiel depositário. A Terra do Meio será impactada diretamente em três aspectos: com o desmatamento para instalação da infraestrutura e pela demanda de moradia para as mais de 100 mil pessoas que migrarão para este território no início na construção; a demanda de ocupação se refletirá no assédio das lideranças das Resex e na pressão sobre os recursos naturais; e, o alagamento de várias áreas comprometendo a reprodução da fauna e a alimentação das populações tradicionais. As organizações precisam se mobilizar no sentido de solicitar uma lista com esclarecimento sobre essas situações.


Galdino – A barragem em si já vai ter uma conseqüência negativa no processo de reprodução das espécies, o alagamento das plantas que produz os frutos para os peixes. É urgente trabalhar um plano de uso para o pescado das UCs.

Max, WWF – É contra obra mal feita o que é o caso de Belo Monte. É tudo mal feito, além do agravante de inúmeros funcionários públicos terem prestado serviços às empresas privadas. Considera como grande responsável o IBAMA por ter autorizado as pesquisas. Acha que a situação está na mão dos índios na medida em que são eles que podem segurar a obra. O WWF continuará buscando recursos para apoiar o movimento Xingu Vivo Para Sempre.

Anderson, ICMbio - Para o Instituto não se envolve muito nesse debate porque as unidades de conservação foram excluídas da área de influência. Mas a Resex Verde para Sempre faz parte da bacia do Xingú. Sentiu falta também de referências e críticas mais fundamentadas do painel dos especialistas com relação aos impactos nas UCs, por exemplo quais os impactos negativos no baixo Xingú e nas UCs? quais os impactos negativos à jusante e para as populações? Essas questões não foram consideradas no estudo.

Marcelo, ISA – Cabe ao ICMbio fazer questionamentos a respeito dos impactos de Belo Monte nas UCs, porque as populações vão ter seus modos vidas atingidos ferindo um dos princípios básicos das Resex. Um dos maiores problemas identificados é que os pesquisadores do EIA usaram dados secundários e para uma pesquisa desta envergadura os dados precisam ser primários.

André, ISA – Encerrou sua participação na mesa dizendo que 40% da bacia são de terras indígenas e 50% de unidades de conservação, apesar de nenhuma UC constar do projeto das empreiteiras como área afetada, toda região sofrerá as conseqüências nocivas da hidrelétrica.

Procurador Bruno, MPF - Não há garantia de que o empreendimento serão único na região, a tendência é que mais usinas sejam construídas atingindo assim toda a bacia do Rio Xingú. Por isso, é necessário continuar com os esforços para minimizar os impactos.

D) Mesa 4 - Monitoramento, pesquisa, fiscalização e Regularização Fundiária nas TIs e UCs da Terra do Meio.

Esta mesa foi coordenada por Daniel Penteado do ICMBio e composta por Manuele, coordenadora do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio, Fábio Ribeiro, Coordenador da FUNAI Altamira, Dr. Claudio Terre do Amaral, Procurador do Ministério Público Federal de Altamira, professor Maurício Torres, pesquisador da USP, Maxmiliano Roncoleta do WWF, professor Dr. Hermes da Fonseca da UFPA e André Luiz Costa da SEMA.

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Fábio, FUNAI – Informou que a instituição foi criada em 1967 e que 95% do seu quadro vai se aposentar em 2010, por isso o Ministério da Justiça resolveu reestruturá-la estabelecendo novas diretrizes de gestão. É nesse contexto que chega à Altamira para coordenar as ações locais. Entre as diretrizes destacou a criação de um comitê deliberativo formado por representantes do governo e organizações sociais que trabalham nas terras indígenas e demais áreas protegidas. Com relação à regularização fundiária, a FUNAI atualmente tem três grandes pendências: de Altamira até a região a Cachoeira Seca, a terra perto de São Félix e a TI Araras na volta grande do Xingu. Essa situação será resolvida em etapas e para agilizar a instituição realizará um simpósio para estreitar as relações com outros órgãos governamentais e entidades civis.

Daniel, ICMBio – Se solidarizou com o Fábio e colocou à disposição da FUNAI os aprendizados do ICMBio em gestão de conflitos através da diretoria existente em Brasília. Fez votos que a parceria entre os dois órgãos seja aprofundada e reafirmou a necessidade de juntarem os esforços para solucionar as questões que envolvem as áreas protegidas e o uso de recursos por ribeirinhos e indígenas. Em 20 anos foram concedidos nove CDRU, ainda falta avançar muito e as duas instituições podem aprender muito uma com a outra.

Cláudio Amaral, Procurador Federal – Agradeceu o convite e realçou que o Ministério Público Federal está de portas aberta para a população e para receber as demandas da sociedade. Informou que o MPF criará uma vara federal em Belém especializada em questões ambientais e que todos os processos em tramitação em Altamira, Santarém e Marabá serão transferidos. A partir de 2011 e 2012 Santarém e Marabá terá varas especializadas na questão ambiental, mas não soube informar como ficará a situação de Altamira.

Maurício Torres, pesquisador da USP – Apresentou o resultado do levantamento que fez para a FVPP-ISA, a partir da solicitação do MPF. Em Juvilândia, palco de grilagem e massacres, tem uma área acima de um milhão e 200 mil hectares dividido em 205 títulos. Esses títulos não têm destacamento da União, na verdade não são títulos são

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matriculas e por isso é necessário intervenção judicial para devolver as terras ao Estado. Mas de 60 .... na Resex do Iriri estão fora da posse do ICMbio. A Fazenda do Bascari foi desocupada, mas ainda não está em posse do órgão gestor. Quanto à Estrada da Canopus, a operação boi pirata foi bem sucedida por ter retirado todo o gado, mas o órgão gestor ainda não detém dessas áreas. Ao longo do Rio Iriri existem fazendas ativas, a maioria são de pessoas de Goiás. O estudo de criação apontou um desenho, contemplando a ocupação tradicional ribeirinha, mas o decreto determinou outro excluindo da Resex a maioria da população tradicional que reside ao longo do rio. Ao fazer isso o governo os entregou à própria sorte. O abandono desses ribeirinhos foi a forma mais cruel de desapropriar, pois abandonar é uma forma de expulsar.

André Costa, SEMA – A secretaria está com sua estruturação institucional bastante avançada com sede em Belém e escritórios em 16 municípios. Criou um instrumento para controle de fiscalização e tem um normativa que orienta as suas ações. A Diretoria de Áreas Protegidas em Altamira já possui escritório e melhores condições de trabalho. A SEMA administra uma APA com mais de 60% da área localizada no município de São Félix do Xingú. Informou a realização do Cadastramento Rural (CAR) que irá trazer informações importantes sobre as propriedades rurais dentro das unidades de conservação estaduais.

Professor Dr. Hermes Fonseca, UFPA – Falou da criação do Centro de Conservação da Natureza da Bacia do Xingú pela UFPA com apoio do WWF Brasil. Essa iniciativa deve-se à necessidade de preencher lacunas de informações, criar um banco de dados da região, facilitar o acesso às existentes e contribuir para a integração das ações de pesquisa, otimizando recursos e aumentando o conhecimento sobre a região. Informou que toda infraestrutura e equipamentos adquiridos pelo WWF para realização de pesquisa ficará para o Centro. Já existe um estatuto e faltam algumas normas que devem ser feitas pela coordenação do Campus.

Max, WWF – Fez uma apresentação dos alvos de conservação prioritários para o WWF na Terra do Meio e das ações realizadas na perspectiva de contribuir para a construção de uma agenda positiva da região. Destacou que a instituição investe e apóia principalmente a implementação das áreas protegidas. Em 2009, o plano estratégico para a Terra do Meio contemplou: Estação Ecológica, recursos pesqueiros, articulação para criação dos conselhos das UCs, esforços para realizar pesquisas, tabuleiro do embaubal, pecuária sustentável, fomento a atividades sustentáveis, criação do núcleo de biodiversidade da bacia do Xingú e apoio ao manejo florestal no distrito da BR 163 na Flona de Altamira.


Danilo, ICMBio – Pensando na sistematização das informações desta reunião gostaria de saber como será compartilhado o que foi produzido aqui.

Antonia, FVPP – Manifestou sua insatisfação pela transferência para Belém dos processos que tratam de questões ambientais, afirmando ser um retrocesso. Pediu que a Rede tome uma atitude, sugerindo uma moção. Para o Max, do WWF, perguntou como a instituição atuará no tabuleiro do embaubal que os pesquisadores apontam que vai ser afetado, se no dia anterior afirmou que a mesma não iria mais se envolver do debate sobre Belo Monte.

Moradora, Localidade Maribel - Perguntou ao Fábio da FUNAI quanto tempo ainda vai levar para resolver a situação da localidade. Quis saber também porque foi mudado o desenho da Resex.

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Taina, ICMBio – Perguntou ao Max sobre o apoio na logística para realização de pesquisas que subsidiará o plano de manejo do Parque e da necessidade de envolver instituições locais como a UFPA.

Tatiana, ICMBio – Como todas as UCs estão no entorno de terras indígenas, será necessário envolver os indígenas na construção dos Termos de Ajuste de Conduta (TAC) principalmente nos aspectos relacionados ao uso do pescado e da atividade dos regatões. Para isso o ICMBio e a FUNAI vão precisar conversar para afinar procedimentos e chegar aos arranjos para resolver a situação.

Steve, EDF – Perguntou ao professor Maurício se é possível saber quem é o dono do boi e quais os critérios jurídicos para desintrusão fundiária.

Max, WWF - Com relação à Belo Monte, o WWF tem uma pessoa que fica em Brasília, que trabalha a infraestrutura e certamente vai trabalhar dentro das 40 condicionantes. Sobre a pesquisa no Parque, disse que gasta 70% do seu tempo com articulação, com relação ao Parque a UFPA e o Museu Emílio já estão envolvidos com a pesquisa e que a logística será preparada para facilitar a integração das ações.

Fábio, FUNAI – De qualquer forma todas as condicionantes solicitadas pela FUNAI deverão ser atendidas. Quanto à situação da Maribel, a FUNAI vai fazer um laudo de vistoria para verificar quem vai ter o direito de indenização e publicará o “Relatório da Boa Fé” no Diário Oficial, depois disso as famílias terão 30 dias para contestar. Com relação à questão da pesca nas terras indígenas que já ocorre há muito tempo até mesmo com o consentimento dos indígenas, a idéia para combater essa pratica ilegal é fazer uma parceria com os órgãos de controle. Sobre o TAC não tem nenhuma objeção conversar com o ICMBio posteriormente.

Maurício Torres, USP – A lista com nome, endereço e telefone do dono do boi foi entregue ao MPF. É possível coletar essas informações, mas é preciso ir no lugar. Mas falta comprometimento por parte do INCRA de priorizar a regularização fundiária das unidades de conservação. É importante registrar as ações ilegais em fotografias ao longo do tempo, pois esse procedimento é exigido pelo MPF e acelera a análise documental. É preciso que todos dêem apoio, forneçam informações e dêem embasamento técnico ao MPF para conseguir avançar. Quanto às tartarugas ainda falta fundamento técnico para medir o impacto.

Daniel, ICMBio – Explicou que a criação da Resex cabe ao Ministério do Meio Ambiente e à Presidência da República o desenho final das unidades de conservação. Informou que as áreas das UCs são estaduais e que não existe previsão da regularização fundiária ser efetivada.

Manuele, ICMBio – Esclareceu que não existe nenhum morador ou colono dentro da ESEC que reivindique a condição de população tradicional. O INCRA não é obrigado a priorizar a regularização fundiária das UCs. Está em conversa um convênio para agilizar os processos.

Cláudio Amaral, Procurador Federal – Finalizou sua participação fazendo um apelo a todos e ao IBAMA em particular que as denúncias e o auto de infração tenham foto da alteração na paisagem anualmente. Se o processo não vem instruído é difícil dar continuidade, pois a justiça tem que esgotar todos os meios antes de dar o veredicto. Citou como exemplo o caso da Juvilândia que já fez dois anos e pessoas envolvidas não foram localizadas.Agradeceu o convite e colocou o MPF à disposição. Informará o desdobramento da vara ambiental à medida que for acontecendo. Pediu paciência, pois

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tudo que não se resolve no diálogo deságua na justiça, a demanda é grande. Por isso, solicitou que as instituições respondam aos ofícios para agilizar os processos.

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2.3. Alinhamento das Atividades pensadas para 2010

As atividades desenvolvidas ao longo de 2009 e as atividades planejadas/desejadas para 2010 foram sistematizadas e organizadas em um painel em cinco eixos temáticos: Rede Terra do Meio, Políticas Públicas Sociais, Áreas Protegidas, Proteção e Regularização Fundiária e Atividades Produtivas. No início da reunião foi solicitado aos presentes que não enviaram com antecedência que acrescentassem suas informações.

No segundo dia da reunião, os participantes formaram grupos de trabalho (por eixo temático) para revisitar, objetivar e agrupar as atividades planejadas/desejadas para 2010, a partir das perguntas norteadoras: O que é comum entre as ações? O que faltando?

Em seguida cada grupo apresentou o resultado, exposto nos quadros abaixo. Vale ressaltar que o eixo Rede Terra do Meio não foi discutido por nenhum grupo.

Políticas Públicas Sociais

Eixos Ações Planejadas 2010 Instituições executorasComunicação Instalação de tele centros no Iriri, Riozinho e Xingu FVPP, ISA ICMBIO

Saúde

Realização de operação gota no 2º semestre/previsão

SESPA, ISA

Parcerias em comandos de saúde sempre que solicitados

SESPA

Construir uma unidade básica de saúde (UBS) no Riozinho do Anfrísio 2010/2011

SESMA, ISA

Elaboração de projeto para captar recursos para implantar ACS população tradicional – mesa 1

SEMSA, SESPA, ISA, FVPP

Articulação com a SESMA para realização de ações de saúde na Maribel e nas Resex

Associação de Moradores

Cartão SUS - atendimento de saúde SESPA, SESMACapacitação Realizar cursos de formação e lideranças das Resex

da Terra do Meio (dirigentes, professores, monitoramento)

ICMBIO, FVPP, IPAM, ISA)

Formação dos dirigentes das associações - 2/ano ISA, FVPP, ICMBIO, IPAM)

Educação

Apoiar construção de casas para os professores das Resex

ISA, Associação de Moradores

Promover cursos de formação dos professores nas Resex

ISA, ICMBIO, FVPP

Construção de uma escola pólo em cada Resex da Terra do Meio - 2010/2011

ISA, SEMEC, ICMBIO, Associação de Moradores

Articular a garantia do transporte escolar ICMBIO, ISA, FVPP, Associação de Moradores

Articular a contratação de professores para a Resex do Xingu junto à SEMEC

ICMBIO, ISA, FVPP, CDCA, Associação de Moradores

Articular a garantia do transporte escolar ICMBIO, ISA, FVPP, Associação de

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MoradoresEnergia Elétrica

Articulação ara implementação do Programa “Luz para Todos” nas Resex e na Comunidade Maribel

ISA, ICMBIO, FVPP

Complementar cadastro das Resex Iriri e Xingu para os moradores terem acesso às ações de cidadania

ICMBIO

Áreas Protegidas

Eixos Ações Planejadas 2010 Instituições executoras

Conselho

Criação dos conselhos das UCs da Terra do Meio ICMBIO, SEMA, WWFMaior integração ICMBIO/FUNAI/SEMA/UFPAFortalecimento do conselho do Riozinho e o Xingu ICMBIOApoiar as reuniões dos conselhos deliberativos das UCs

ISA

Mosaico e Bacia

Realizar evento sobre Mosaico da Terra do Meio WWFConstrução de base cartográfica das UCs do MosaicoApoiar criação do núcleo de biodiversidade da bacia do Rio Xingu

WWF

Equipe e Infraestrutura

Instalação de base operativa no Iriri ICMBIOFortalecimento da equipe técnica e logística para gestão da APA T. Xingu

SEMA/PA

Pesquisa e Monitoramento

Realizar pesquisa e monitoramento do meio físico, biótico e socioambiental da Terra do Meio

ICMBIO, MPEG, UFPA, ISA, WWF

Realizar levantamentos bióticos/inventário e expedições científicas/midiáticas

CMBIO, MPEG, UFPA, ISA, WWF

Realizar pesquisa nas Resex sobre a capacidade de suporte e pressões de uso dos recursos naturais

ICMBIO, FPA, MEG, ISA WWF

Apoio à pesquisa no Riozinho ICMBIO

Proteção e Regularização Fundiária

Eixos Ações Planejadas 2010 Instituições executorasRegularização Assinar termo de cooperação técnica entre INCRA e

ICMBIO ICMBIO

Entendimento entre INCRA e ICMBIO a respeito da sobreposição UC e PA RDARegularização fundiária na Resex do Rio Xingú - solicitar apoio do INCRA na transferência de domínio

ICMBIO

Realizar estudo dos impactos de Belo Monte no modo de vida das populações tradicionais para subsidiar as ações do Ministério Público

ICMBIO – com apoio do empreendedor?

Aumentar adesão ao CAR nas propriedades rurais da APA T. Xingu

SEMA/PA

Realizar cadastramento de moradores da APA Triunfo

SEMA/PA

Proteção Fiscalização contra retirada de madeira ilegal no Riozinho – BR 163

ICMBIO

Execução de ordem judicial no Rio Xingu - fiscalização já iniciada

ICMBIO

Aumentar ações conjuntas de fiscalização ambiental na APA T. Xingú

SEMA/PA

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Promover discussão sobre os impactos ambientais nas UCs de grandes empreendimentos com pavimentação da rodovia e UHE Belo Monte

ICMBIO

Produzir mapas com informações de ocupação e vetores de ameaças

ISA, ICMBIO

Outros Organizar informações de outras ações de campo

Atividades Produtivas

Pressuposto – realizar diagnóstico do potencial agroextrativista.

Eixos Ações Planejadas 2010 Instituições executorasInstrumentos Definir princípios norteadores para a formação

sobre associativismo e cooperativismo Rede

Elaborar plano de uso do pescado nas ResexDiagnóstico do sistema de produção na Resex Xingú - agricultura e criação

LAET/UFPA

Monitoramento das ações de 2009 IPAM, SAGRI, FVPP

Projetos produtivos Produzir documento para o CODETER contendo as ações da Rede

Secretaria Executiva

Apoiar implantação da agroindústria de óleo??Implantação de equipamentos para extração de óleo

SAGRI

Iniciar Oficinas Caboclas no Iriri e Rio Xingú IPAM, FVPPContinuar Oficinas Caboclas no Riozinho IPAM, FVPPProjeto de arranjo produtivo local de artesanato

SEMAT

Desenvolvimento de projetos de ecoturismo e EA nas UCs da TM

SEMAT

Desenvolvimento de projetos de pesca nas Resex

SEMAT

Apoio a projetos econômicos (pesca, extrativismo)

Manejo Incorporar manejo florestal nas ações das Resex

WWF

Implementação de programa de manejo de recursos naturais e cadeias produtivas no Riozinho

ICMBIO

Manejos de produção agrícola (mandioca e SAFs/cacau)Incorporar o manejo da fauna WWF

Comercialização Implantar Central de VendasApoiar as cadeias produtivas da castanha, seringa e óleos vegetais

ISA

Organização comunitária

Construir e equipar escritórios para as associações nas Resex

ISA

Capacitação Curso de formação de cooperativismo e associativismo

LAET/UFPA

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Apoiar intercâmbios sobre associativismo e cadeias produtivas

ISA

Desenvolvimento de competências de técnicos locais no tema gestão

ARPA/GTZ

Promover cursos de artesanato para as famílias das Resex

ISA

Construir centro de formação em cada ResexLogística/Escoamento Parceria com setor empresarial – identificação

de empresas dispostas a investir em CDV diferenciadas

ARPA /GTZ

Intercâmbio sobre organização e comercialização

LAET/UFPA

As atividades planejadas, priorizadas e realizadas em 2009 constam dos anexos I, II e III deste relatório.

2.4. Experiência da Rede de Sementes de Mato Grosso e a Articulação Xingú-Araguaia

Iniciou sua exposição informando que o ISA trabalha nas cabeceiras do Xingu e desde 2004 desenvolve a campanha Y Ikatu Xingu (Salve a Água boa do Xingú), que dois terços da área estão no Pará e um terço no Mato Grosso. São 300 mil hectares de área de preservação permanentes desmatados. A campanha Y Ikatu Xingu é feita com varias parceiros tem como objetivo recuperar essas áreas degradadas.

A Rede de Sementes surgiu da necessidade de recuperar as APPs. As sementes se apresentaram como uma oportunidades de valorização de conhecimento da floresta e fonte de renda. Em 2007 teve uma processo de formação dos coletores indígenas e agricultores familiares. Em três anos a Rede chegou a 300 coletores, distribuídos em 11 núcleos, 15 municípios e dois mi hectares de mata ciliar plantados. Para participar da Rede é preciso cumprir 10 critérios estabelecidos pelos próprios coletores, como reflorestar no mínimo meio hectare por ano e apresentar a relação de sementes que pretende coletar.

Sobre a Articulação Xingu Araguaia, participa vários parceiros. A idéia dessa articulação é reunir as instituições que atuam na região para discutir um conjunto de temas comuns, como educação, formação, controle social das políticas públicas, entre outros. Isso acontece por meio virtual e mesas de reuniões periódicas três vezes ao ano. O objetivo é fortalecer as instituições, potencializar esforços, mobilizar as capacidades das comunidades locais e organizações sócias para atender as necessidades de captação e gestão de recursos, formação, assessoria e outras demandas socioambientais.

2.5. Funcionamento da Rede Terra do Meio

Após a contribuição de Rodrigo, os participantes exercitaram o livre pensar sobre a finalidade, os princípios e a estrutura da Rede Terra do Meio.

Para ajudar na discussão, a facilitadora apresentou o texto abaixo que consta do relatório da 4ª reunião da Rede:O que é a Rede Terra do Meio – é um ESPAÇO para

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Foto do Rodrigo fazendo a exposição



Troca de experiência e informações Aproximação de pessoas, instituições que atuam na região

Quem compõe a Rede - instituições atuantes na região da Terra do Meio, as que realizam ações “no chão”.

Qual seu objetivo – que HAJA Comunicação sobre os acontecimentos das diversas áreas protegidas Alinhamento de ações realizadas, planejadas Otimização de recursos humanos e financeiros aplicados na região

A partir das perguntas norteadoras: Essa finalidade continua? Quais os seus princípios? O que precisa para funcionar? chegou-se aos resultados descritos a seguir. A Secretaria Executiva ficou responsável de refinar/detalhar, colocá-los no formato desejável e submetê-los ao conjunto da Rede.

Olhares que inspiraram a articulação da Rede Terra do Meio:

Consolidação de Mosaico de Unidades de conservação da Terra do Meio;

Consolidação do Corredor de Áreas Protegidas da Bacia do Xingu;

Ordenamento Socioambiental da Bacia do Xingu como um todo.

Missão (razão de ser da Rede)

Fórum permanente de diálogo para viabilização de ações que promovam a Terra do Meio através da troca de experiências e informações, aproximação de pessoas e instituições que atuam ou tem interesse de atuar na Terra do Meio.

Visão (situação ou estado que se deseja alcançar)

Consolidação das Unidades de Conservação da Terra do Meio;

Integração das áreas protegidas da Bacia do Xingu.

Objetivos:

Compartilhamento de atividades realizadas e planejadas e alinhamento dessas ações;

Comunicação sobre os acontecimentos das diversas áreas protegidas;

Otimização de recursos humanos e financeiros aplicados na região.

Princípios:

A Rede só se manifesta publicamente no que é consensual;

Cada instituição fica de pensar e comunicar seus posicionamentos.

Território:

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O foco principal são as unidades anteriormente definidas: Resex do Rio Xingu, Resex do Rio Iriri, Resex do Riozinho do Anfrísio, ESEC Terra do Meio, Parna Serra do Pardo, TI Arara do Cachoeira Seca, TI Xypaia, TI Curuaia, APA Triunfo do Xingu, FES do Iriri.

Esse foco regional não impede que representantes de outras regiões participem das reuniões/articulações da Rede Terra do Meio. Atividades desenvolvidas na região foco podem ser exemplos de outras regiões da Bacia do Xingú. Devemos definir algumas atividades em olhar mais ampliado no âmbito da bacia.

A estratégia inicial não inviabiliza que gradualmente outras terras indígenas seram inseridas na área de análise e de atuação da Rede.

Instituições participantes:

Participam da Rede instituições que trabalham e se interessam pelos temas da Terra do Meio;

Os membros da Rede opinam sobre a pauta de atuação conjunta, a composição da Secretaria Executiva, participam da reunião anual e de grupos de trabalho;

Os animadores da Secretaria Executiva e dos Grupos de Trabalho precisam ter atuação direta nas áreas da Terra do Meio;

A Secretaria Executiva fica responsável de solicitar que cada instituição formalize a indicação de seu representante na Rede.

Secretaria Executiva

A Secretaria Executiva tem o papel de animar a Rede, será composta por três instituições que estiverem diretamente envolvidas com atividades e aplicação de recursos na região da Terra do Meio. Os participantes validaram o ISA, a FVPP e o IPAM como os atuais membros da Secretaria. Além destas, foram indicados o ICMBio e a UFPA. Por não se sentirem à vontade para decidir naquele momento, os representantes ficaram de fazer consultas internas e informar posteriormente se participarão da Secretaria.

As atribuições da Secretaria são: captar recursos, sugerir pauta, organizar processos internos da Rede, organizar encontro anual, orientar e acompanhar os grupos de trabalho, propor carta de princípios, mecanismos de comunicação, atrair outros atores que considerados importantes para a Rede.

Grupos de Trabalho (GTs)

Os grupos de trabalho serão criados conforme necessidade, podendo ser temporários ou permanentes;

A liderança/animadores dos grupos de trabalho pode ser rotativa;

Cada grupo deve produzir um documento base com estado da arte, situação atual e próximos passos. Esses documentos têm que ser atualizados sistematicamente;

É responsabilidade da liderança/animador do grupo atualizar as informações, agendas e informar a Secretaria Executiva que deverá criar um ambiente de partilhamento dessas informações (site, espaço físico UFPA?).

Foram criados cinco GTs, definidos seus membros e líderes:

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GTs Membros LíderesGT Pesquisa UFPA, WWF, ICMBio, EDF,

IPAMUFPA/Prof.Hermes

GT Atividades Produtivas ISA, IPAM, FVPP, ICMBio, LAET/UFPA, ARPA/GTZ

ISA/ Marcelo

GT Políticas Públicas Sociais FVPP, ISA, Movimento de Mulheres, ICMBio

FVPP/Antônia Martins

GT Regularização Fundiária e Proteção

ICMBio, SEMA, ISA, INCRA ICMBio/Marcos Rocha

GT Planos de Manejo e Conselhos de UCs

SEMA, WWF, ISA, ICMBio, IDEFLOR

SEMA/André

Os líderes podem ser alterados conforme decisão e necessidade das instituições.

Cada grupo deve gerar um documento base e enviar até o dia 29 de agosto à Secretaria Executiva, esta por sua vez deverá proporcionar um ambiente de colaboração para postagem dos documentos.

A Secretaria Executiva consultará outras instituições para saber o interesse e disposição de participarem dos grupos de trabalho. (Exemplo: SAGRI e IDEFLOR no GT Atividades Produtivas; ITERPA no GT de Regularização Fundiária; SESMA E SEDUC no GT de Políticas Públicas Sociais; entre outros).

Momentos presenciais

Os momentos presenciais dos grupos de trabalho serão definidos pelos mesmos e da Rede uma vez por ano, no mês de março.

Sobre o Mosaico da Terra do Meio

O ICMbio está num momento de consolidação da gestão das unidades e constituir formalmente um mosaico neste momento enfraquece a gestão das unidades. A proposta é continuar fortalecendo a Rede Terra do Meio como espaço de diálogo, troca, integração de ações e construção de alianças de diferentes instituições em torno de objetivos de consolidação das unidades de conservação da Terra do Meio.

2.6. Avaliação, Avisos e Encaminhamentos

As mesas ficaram muito longas, devem ter de três a quatro pessoas no máximo. Quando as conversas começavam a ficar boas já era hora de parar. Max informou que o WWF dispõe de recursos financeiros para contribuir nos encontros anuais da Rede e para publicação da história da Terra do Meio. (Max/WWF)

A região mudou muito desde que as unidades foram criadas. Forma de trabalhar em uma região que o estado não está presente é na base da parceria. A equipe de analistas é nova e não tem experiência com gestão pública, até o final do ano a mesma deve estar muito mais entrosada e o trabalho ficará mais aparente. (Daniel/ICMBio)

A SAGRI realizará de 24 a 27 de junho a FRUTAL e disponibilizou espaço para exposição de produtos da Terra do Meio como os bancos das Oficinas Caboclas, artesanatos, óleos, castanha ente outros. As organizações interessadas devem procurar o escritório da EMATER para preencher uma ficha. (João/SAGRI)

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O próximo encontro da Rede será realizado em março de 2010, após o dia 8.

A Secretaria Executiva disponibilizará o relatório da reunião até 14 de junho.

Os participantes deverão enviar até o dia 06 de junho os documentos completos que queiram compartilhar com o conjunto da Rede. A Secretaria Executiva gravará em CD e enviará junto com o relatório.

Durante o seminário sobre REED os presentes fizeram as sugestões abaixo para melhorar o funcionamento, otimizar tempo e potencializar os resultados das próximas reuniões da Rede:

Cada mesa temática deve ter um convidado-chave que faça uma apresentação mais longa e estruturada do assunto. O líder do GT temático coordena a mesa e apresenta todas as ações e os outros componentes fazem comentários e discussões. Assim ficam duas apresentações longas com curtas intervenções de outras pessoas e depois abre para dúvidas e debate na plenária.

No primeiro dia da reunião fazer um período aberto a todos com as mesas e alguns exercícios de planejamento, visualização de quadro de atividades e no segundo dia as instituições da Secretaria Executiva e os coordenadores dos GTs avaliam os trabalhos da Rede. Caso haja interesse poderão participar outras pessoas de cada instituição.

2.7. Seminário Temático sobre REED

No terceiro dia da 5ª Reunião da Rede Terra do Meio foi realizado o Seminário Temático de REED, coordenado por Stephan Schwartzman, Diretor de Políticas de Florestas Tropicais do Fundo de Defesa Ambiental (EDF).

Exposição de Stephan sobre Redução de Emissões do desmatamento e Degradação Florestal (REED) – Amazônia, Brasil, os Estados Unidos e a ONU

Há um conceito de que o clima está mudando há muito tempo. A floresta quando cresce absorve carbono da atmosfera e estoca carbono nas folhas. Os combustíveis fósseis eram florestas muito tempo atrás. A queima desses combustíveis e das florestas geraram grande

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aumento das emissões de CO2 e outros gases nos últimos 200 anos, criando um efeito estufa. É como um cobertor que segura o calor do sol.

Na Eco 92 os países criaram o primeiro painel de clima da ONU. Num primeiro momento foram determinadas metas de redução para países industrializados, os maiores contribuidores para o aquecimento global. Em 1997 foi firmado o Protocolo de Quioto e nesse protocolo os países desenvolvidos se comprometeram com a redução de suas emissões. Um dos mecanismos criados foi o de Desenvolvimento Limpo (MDL) para projetos de redução de carbono em países em desenvolvimento e investimento em tecnologias alternativas nos países desenvolvidos.

Iniciou-se uma grande discussão sobre os tipos de projetos a serem apoiados. Uma das perguntas foi se a preservação das florestas poderiam ser contabilizadas nessa conta, pois achavam que não dava para medir desmatamento e haviam diversos problemas – “se eu pago uma pessoa para não desmatar uma terra em São Paulo, o que impede dela comprar outra terra no Pará e desmatar?”. Um conjunto de ONGs questionou o fato de que se estavam previstos investimentos de recursos para implantação de florestas industriais, porque não investir na floresta em pé?

Um grupo de ONGs liderado pelo ISA e IPAM fez uma nova proposta, propondo um conceito simples: caso um país consiga reduzir as emissões nacionais abaixo de uma linha de base histórica e demonstrar que fez aquela redução usando tecnologias de sensoriamento remoto, esse país poderia ter acesso ao mercado de carbono. Usando esse conceito de redução compensada, a temática da valorização das florestas nativas entrou na pauta da ONU e desde então começaram as discussões metodológicas e técnicas que continuam até agora. Foi a 1ª vez que teve um meio voluntário para que países em desenvolvimento pudessem participar desse sistema.

Os países desenvolvidos são responsáveis pela maioria das emissões, mas nos países em desenvolvimento é que as emissões crescem mais. Para a atmosfera não importa de onde vêm as emissões.

Desde 2006, o desmatamento na Amazônia diminuiu quase 2/3. (mapa: role of Brazilian Amazon protected áreas in climate mitigation).Em 2007, o Brasil assumiu metas nacionais de redução de desmatamento, muito à revelia da política do Ministério de Relações exteriores, mas causou grande impacto, mesmo nos EUA. O recado foi “nós estamos agindo”, isso contribuiu com a discussão da adoção de um sistema nacional nos Estados Unidos. Foi criado o Fundo Amazônia.

A China tem hoje a maior reserva cambial do mundo e tem grande importância nesse contexto. Os EUA vão ter sistema de controle de emissões nos próximos anos criando um grande mercado.

Como pode funcionar?

Pensando em vários processos que estão em curso, quais seriam os princípios para REDD e mercado de carbono internacional? O que irá nortear o sistema de REED?

1 – Crédito: redução de emissões ou aumento do seqüestro de carbono.

O artigo 2 da Convenção de Clima da ONU diz que temos que estabilizar os gases de efeito estufa de maneira a evitar a intervenção humana na atmosfera. Uma empresa comprando uma terra para compensar suas emissões não reduz as emissões e nem seqüestra mais carbono. Não se pode pensar em pagar alguém para simplesmente não desmatar e sim criar princípios para mudar a matriz de produção para coisas mais sustentáveis.

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2 – Linha de base nacional ou estadual

É preciso criar reduções com metas abaixo de uma linha de base, demonstrando que atingiu uma meta a cada ano, demonstrando uma meta real. Isso consegue demonstrar redução real de desmatamento.

3 – É necessário monitoramento e verificação transparente / registro.

Há que ter um acordo internacional para o que seria suficiente em termos de critérios para a redução de desmatamento para ter um sistema reconhecido. No Fundo Amazônia não chegaram a uma forma de ligar os projetos que eles estão apoiando com metas nacionais. Tem que demonstrar que cada projeto contribui com as metas nacionais.

4 – REED não é carbono!

Quem é o dono do carbono? Quem está provendo o serviço ambiental de reduzir as emissões?É quem tome ações legitimas de reduzir as emissões ou de proteger os estoques de carbono.

Reflexões com a plenária:

Analista do ICMBio - O que é possível pensar para as UCs da Terra do Meio, Resex e outras? Quais os passos que já podem ir sendo dados, considerando as incertezas existentes ainda no REED ou valorização de serviços ambientais? No caso das Resex, considerando o que foi falado sobre REED, quem é o prestador do serviço?

Stephan, EDF - É preciso pensar de forma mais ampla sobre quem precisa participar para o sistema funcionar. O proprietário legítimo que tem direito de desmatar e abre mão de parte desses direitos e abre mão de parte desse direito tem direito a receber. Índios se encontram diante de uma negociação extremamente complexa, técnica. Como exemplos de experiências na Terra do Meio têm o Projeto FVPP/IPAM e o Projeto do Carbono Socioambiental do Xingú.

André, ISA - Neste último, foram feitas 25 reuniões informativas sobre mudanças climáticas de que o Brasil tem haver com isso, o que o mundo tem haver com isso. Levamos uma apresentação super animada com fotos e pequenos filmes e a resposta de muitos dos índios foi que finalmente nós (brancos) havíamos entendido o que eles estavam querendo dizer fazia muito tempo. Disseram: vocês são muito lentos! E agora que vocês entenderam o que estávamos tentando dizer, o que vão fazer com isso?

Anderson e resposta Steve – Como fica o REED para questões de manejo florestal? A conta do carbono no caso do manejo florestal é mais complexo, mas possível.

Prof. Fábio/UFPA - Empresas como Aracruz e outras que degradam o meio ambiente, favorecem empresas que historicamente desmataram e contribuíram com a degradação das florestas. Tem uma carta de Belém, rechaçando os mecanismos de REED, por não ser amigo da natureza.

Stephan, EDF: Nenhum desses projetos simplesmente substitui de forma direta as emissões por compra de carbono. Há inclusive simulações feitas sobre isso.

André, ISA - Reduzir as emissões é um esforço de inovação tecnológica que não é possível fazer num espaço de tempo curto. Quando assume metas, parte consegue interiorizar e parte não consegue cumprir a curto prazo. E essa parte pode ser condensada em outros projetos. Em Copenhagem não estabeleceu um regime global de metas, o que está ocorrendo são países assumindo metas. EUA está discutindo essa redução e parte pode fazer via compensação. E ao investir parte das metas em compensação, podem-se gerar inovações

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interessantes para o meio ambiente e povos de outros países e dependendo do contexto de cada país e região, os resultados podem ser muito diferentes.

Stephan/EDF - O princípio é que tudo que se faz com uma floresta colocada no chão vale mais do que manter a floresta inteira. Assim uma floresta só representa custo, nesse sentido um mecanismo de mercado que apóie a floresta em pé pode ajudar a equilibrar essa conta. Investimento na proteção florestal é um dos mecanismos de maior reconhecimento e valorização dos povos das florestas.

Marcos Rocha – Nas UCs e reservas legais já é lei e não gera nenhuma possibilidade de crédito, isso continua assim?

André, ISA - Tem que ter adicionalidade no carbono. Debruçando-se sobre o corredor de 14 mm de hectare do corredor do PIX, Kayapós e Panará pensamos na questão do quanto os índios poderiam desmatar? Eles não podem desmatar? Será que os índios não poderiam ter o mesmo direito de desmatar os 20% de floresta que qualquer proprietário pode desmatar? Nas Resex coloca-se a mesma discussão. Hoje essas questões não estão colocadas pela baixa densidade populacional dessas populações, mas pensando em perspectiva, tem que pensar em formas compensatórias. Nos indígenas, a capacidade de reprodução dos recursos florestais fica muito limitada, pois todo o entorno está desmatado. Houve um momento de abundância com a corrida de bichos para dentro das áreas, saindo de regiões desmatadas, mas quando há um equilíbrio, há diminuição da caça, de dispersão de sementes, etc. Isso gera a necessidade de tecnologias diferentes, de dependência de produtos de mercado. Coloca uma discussão: estão sendo discutidos nos contratos de concessão de uso das Resex, as populações se conseguirem se organizar, poderão acessar esses recursos dos estoques de carbono se houver essa possibilidade? Qual o destino dessas oportunidades?

Daniel Penteado , ICMBio – Gostaria de relatar e também pedir ajuda. A coordenação que trata de populações tradicionais ficaria responsável por se interar do REED por conta do interesse das comunidades. A coordenação de uso público e negócios também teria que tratar do assunto REED. Isso foi discutido algumas vezes. No MMA esse assunto ficou confinado na Secretaria de Mudanças Climáticas. E as tratativas foram feitas com o SFB. Hoje tem um projeto de lei no Congresso tentando balizar esse assunto do carbono para a nação. A assessoria parlamentar provocou a direção do ICMBio para acompanhar o assunto, mas buscando entender o que é o REED, sentiram que a questão está muito incipiente ainda, num momento interessante de entrar na discussão. Há uma discussão interna sobre o assunto, mas uma das percepções até agora é que nas Resex o beneficio deve ser revertido para as populações e nas UCs de proteção integral parte para o ICMBio. Todo o contrato fica com as populações tradicionais. Outra dúvida é com relação ao mercado e as bolsas de valores.

Stepan, EDF – Esse assunto está em fluxo, mas muitas coisas estão incertas ainda. Depois que o Brasil assumiu uma meta de redução de desmatamento, há uma pressão para regulamentar um projeto de lei até o final do ano. Tem o Fundo da Amazônia que tem compromisso com a Noruega, mas está no ar a conexão disso com as áreas protegidas. O Acre já tem sistema de valoração dos ativos naturais bem desenvolvido e está montando lei que pode ser modelo para diversas coisas. A angustia é compartilhada. Vemos diversas iniciativas políticas e empresariais, mas há muito coisa ainda não respondida. Quanto à conexão com mercados, bolsas, etc. tem que ter regulamentação governamental. Se tiver sistema nacional de redução de emissões, a indústria paulista ficará muito interessada em REED. Tem modelo do IPAM para os estados. Nele está previsto que não pode vender mais crédito do que consegue reduzir num âmbito geral. O limite tem que ser a redução real comprovada dividida com os estados mais com os diversos segmentos da sociedade como as populações tradicionais e sociedade civil.

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Apresentação: Desmatamento evitado em pequenas propriedades rurais na Região da Rodovia Transamazônica – Ana Paula/FVPP e Lucimar/IPAM.

Ana Paula, FVPP - Esse tema incita uma discussão muito delicada entre os agricultores, a redução do desmatamento. A discussão do REED iniciou na região colada com a melhoria dos sistemas de produção dos agricultores e descolada das formas de produção. Nesse nível a discussão é mais tranquila de se fazer. Quando o Programa Pró-ambiente começou o objetivo era trabalhar questões de mudanças climáticas e a valorização das práticas da agricultura familiar de alguma maneira.

Não há políticas de crédito voltadas para a valorização dos serviços ambientais, por isso a discussão do Pró-Ambiente não teve muito eco. Do ponto de vista econômico fazer uma roça sem fogo é mais caro que fazer com fogo e isso precisa de linhas diferenciadas de financiamento, mas isso não ocorreu. A coisa foi murchando até que o Estado jogou uma pá de cal em cima do pró-ambiente.

Foi percebido que mesmo após o fim do pró-ambiente o desmatamento diminuiu, mesmo sem apoio nenhum. Pois houve apropriação de tecnologias diferenciadas para a produção de alimentos nas áreas já alteradas, como o uso mínimo do fogo e maior conhecimento do potencial florestal. A conclusão foi que a presença do Estado numa coisa como essa, o resultado pode ser bem melhor.

Outra reflexão necessária diz respeito aos jovens. Os filhos querem continuar com o modo de produção dos pais? O pagamento de serviços ambientais pode ajudar com o engajamento das novas gerações nessas atividades. Nesse sentido foi pensado um projeto para o Fundo Amazônia.

Lucimar, IPAM – Esse projeto foi desenvolvido para trabalhar no Pólo do Pró-ambiente com 350 famílias. O objetivo geral é estabelecer projeto de REED por meio da criação de mecanismo que compense o esforço de redução de desmatamento. A maior parte do projeto é

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a transição dos meios de produção, mas também o recebimento de benefícios diretos dos serviços ambientais pensados. O projeto era de 10 anos e foi reduzido para 5 anos.

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ANEXOS

Anexo I - Atividades planejadas para 2009 por eixo temático

Eixo temático Ações InstituiçõesRede Terra do Meio

Sistematizar informações sobre a Rede e disponibilizar impresso

Fazer reunião da Rede em São Félix do Xingu Montar agenda política para a Rede Envolver lideranças indígenas na Rede Terra

do Meio?Políticas Públicas Sociais

Buscar parceria com Médicos Sem Fronteira e outros (não foi feito)

Montar agenda de mobilização para a saúde e educação para populações das UCs (realizada)

Realizar mais diálogos com as populações que moram nas comunidades (realizada)

Áreas Protegidas Formação do conselho gestor da APA Xingu SEMA/PA Elaboração do plano de manejo da APA Xingu SEMA/PA Instalação de base física mais equipe técnica

na APA XingúSEMA/PA

Curso de associativismo IPAM, FVPP Elaborar projeto de comunicação para

populações da Terra do Meio Rever/melhorar modelo de gestão para áreas

protegidas da Terra do Meio Formação das equipes do ICMBIO e IBAMA na

questão indígenas Disponibilização de base de dados espaciais

sobre vetores de degradação e projetos de infraestrutura no Xingú

Disseminação de informações ambientais e humanas das UCs

Proteção e Regularização Fundiária

Realizar Cadastro Ambiental Rural (CAR) nas propriedades rurais da APA T. Xingú

SEMA/PA

Fortalecer ações de fiscalização ambiental na APA T. Xingú

SEMA/PA


Promover intercâmbios com experiências sustentáveis

Criar grupos de trabalho de atividades produtivas

Fortalecer estratégias econômicas para as comunidades

Ampliar ações do balcão da cidadania

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Anexo II - Atividades prioritárias para 2009

Ações Instituições envolvidas Líder da AçãoMontar proposta de educação para populações extrativistas

FVPP, UFPA, ISA, LAET UFPA/Flávio

Discutir propostas específicas para o PPCD-PA

SEMA, IDEFLOR, ICMBIO, IBAMA, FVPP

SEMA/Pedro

Montar articulação para a saúde ribeirinha

FVPP, ISA, Secretaria de Saúde

ISA/Marcelo

Contribuir na qualificação de informações para regularização fundiária nas UCs e entorno

CPT, SEMA, TNC, ISA, FVPP, ADAFAX

ADAFAX/Sema

Montar projeto de formação de liderança FVPP, UFPA, ISA, WWF FVPP/PaulaInvestir no fortalecimento da comunicação das áreas da Terra do Meio

WWF, ISA, LAET WWF/Max

Sistematizar informações sobre a Terra do Meio

WWF, ISA, ICMBIO, UFPA Max/WWF

Força tarefa para elaboração dos planos de manejo

Pesquisadores, técnicos de governo e ONGs

ICMBIO/Suiane e Daniel

Realizar seminário sobre Mosaico da Terra do Meio

TNC, SEMA, ICMBIO, ISA, WWF

ICMBIO/Suiane

Discutir elaboração de proposta para o Fundo Amazônia (Mosaico)

WWF, IPAM, ISA, FVPP, TNC ISA/Adriana Ramos

Definir estratégias de produção e comercialização de produtos extrativistas

IPAM, WWF, ISA, FVPP, SAGRI, IDEFLOR

ISA/Marcelo

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Anexo III - Atividades realizadas em 2009

Eixo temático Ações Instituições realizadoras

Rede Terra do Meio

Organização da reunião da Rede IPAM/ISA

Políticas Públicas Sociais

Organização de expedição da cidadania (saúde, educação, produção e documentação) nas três Resex

ISA, ICMBIO, FVPP, SESPA, SESMA

Diagnóstico de educação realizado no Riozinho, Iriri e Xingu

ISA

Apoio à construção de três escolas no Iriri e Anfrísio

ISA

Contratação de professores SEMEC Cadastramento das Resex do Iriri e Xingu no

INCRA ICMBIO

Áreas Protegidas Diálogo para formação do conselho do Parna ICMBIO Manutenção da base operativa do Parna ICMBIO Plano de Manejo da Resex do Rio Xingu enviado

para diretoria do ICMBIO Apoio à mobilização comunitária para criação do

conselho da Resex do Rio Xingu IPAM/WWF

Inventário de biodiversidade de anfíbios anuros na Resex do Riozinho

LAET/UFPA

Logística e organização das reuniões dos conselhos das Resex

ISA

Plano de manejo da APA T. Xingú elaborado SEMA/PA Início dos levantamentos para o plano de manejo

da Resex Verde para Sempre ICMBIO

Planejamento estratégico do Mosaico da Terra do Meio

ICMBIO

Parceria com Prefeitura de São Féliz do Xingú para instalação da base física mais equipe técnica na APA T. Xingú

SEMA/PA

Conclusão dos planos de manejo do Iriri e Anfrísio ICMBIO Realizar duas reuniões dos conselhos

deliberativos do Iriri e Anfrísio ICMBIO

Expedição para primeira etapa do conselho da ESEC Terra do Meio

ICMBIO

Levantamento biótico para subsidiar o plano de manejo da ESEC Terra do Meio e Parna

ICMBIO

Monitoramento de Áreas desocupadas no Parna Serra do Pardo

ICMBIO

Mobilização e identificação de atores sociais na APA T. Xingú

SEMA/PA

Contratação de consultor para estruturar SIG da ESEC/TM

ICMBIO

Parcerias e cooperação técnica com outros atores sociais para formação do conselho gestor e plano de manejo da APA T. Xingú

SEMA/PA

Revisão dos planos de manejo das UCs ISAProteção e Parcerias e cooperação técnica com outros atores SEMA/PA

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Regularização Fundiária

sociais para realizar o cadastro ambiental rural e fiscalização

Levantamento de informações sobre títulos de terra na ESEC/TM

ICMBIO

Operação mercúrio e instalação de placas de sinalização no Anfrísio

ICMBIO

Iniciada negociação com o ITERPA para transferência de domínio

ICMBIO

Apoio a painel de especialista da AHE Belo Monte WWF, ISA, UFPA, FVPP, Mov. Mulheres

Acompanhamento de audiências públicas de Belo Monte

ISA

Subsídios e articulação contra PL para redução do Parna e ESEC

ISA


Infraestrutura para coleta de castanha SAGRI, IPAM Distribuição de sementes SAGRI Acompanhamento técnico SAGRI/IPAM Apoio financeiro para implantação de fábricas de

farinha SAGRI

Autorizações para coleta de castanha na ESEC Terra do Meio e PARNA Serra do Pardo

ICMBIO

Intercâmbio de ribeirinhos da Terra do Meio para seringais do Acre

WWF

Estudo de oleaginosas concluído no Iriri ISA Estudo de mercado para PFNM realizado ISA Apoio para entrada de 20 novas famílias no projeto

Renascer da Seringa ISA

Legalização das associações das Resex ISA Formação em gestão para lideranças das

associações das Resex Apoio para retirada das carteiras de pesca nas

Resex FVPP, ISA

Acompanhamento dos extrativistas em reuniões com compradores de seringa, castanha e copaíba

ISA

Curso de associativismo nas três Resex IPAM, FVPP, SAGRI

Início das Oficinas Caboclas no Riozinho e Iriri IPAM, FVPP ISA, WWF

Fortalecimento dos APLS – Segurança Alimentar IPAM, FVPP, SAGRI

Fortalecimento das estratégias de transporte da produção

IPAM, FVPP, SAGRI

Capacitação: metodologia CEFE ARPA/GTZ, FVPP, ISA, IPAM, ICMBIO

Diagnóstico sobre potencial de consolidação de arranjo produtivo na TDM

ARPA/GTZ

Articulação institucional dentro do MMA buscando oportunidades para ações TDM

ARPA/GTZ

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Rede Terra do Meio

Eixos Ações Planejadas 2010 Instituições executorasFuncionamento Dar continuidade ao funcionamento da Rede ISA, FVPPDivulgação Sistematizar e divulgar resultados da Rede ISA, FVPP

Anexo IV - Programação da 5ª Reunião da Rede da Terra do Meio – 2010

Objetivo da reunião: Compartilhar desafios e soluções para a região da Terra do Meio, alinhar agendas planejadas para a região e trabalhar em proposta de organização da Rede Terra do Meio.

Dia 25 de maio (terça)

08h30 – 09h20 – Boas Vindas, Diálogo de apresentação dos participantes. Ana Paula Souza/FVPP;

09h20 – 10h20 - Apresentação de quadro de iniciativas realizadas e planejamento das instituições (a ser enviado até dia 23 de maio de 2010), Marcelo Salazar/ISA;

10h20 – 10h40 – Café

10h40 – 12h10 – Mesa 1 - Políticas Públicas de Assistência nas Resex: Educação, Saúde, Documentação. Coordenação – Antônia Martins/FVPP e Conselho Tutelar

Participantes: Profa. Maria Dalva/SEMEC; Ney/SESMA, José Ribeiro Gomes/Resex Rio Iriri; Dr. Fábio Rangel, Promotor Público de Altamira; Sr. Herculano Porto/Resex Riozinho do Anfrísio.

12h10 – 14h10 – Intervalo para Almoço

14h10 – 15h40 - Mesa 2 - Atividades Produtivas: Mercados, Experiências regionais, Arranjos produtivos Locais. Coordenação: Lucimar Souza/IPAM

Participantes: Ana Paula Souza/FVPP; Marcelo Salazar/ISA; Sérgio Cantuária/GTZ; Alexandre Luneli /IDEFLOR; Daniel Penteado/ICMBio; Herculano Costa e Silva/Resex Rio Xingu

15h40 – 16h00 – Café

16h00 – 17h30 - Mesa 3 - Impacto de Belo Monte nas UCs e TIs da Terra do Meio e propostas de ação no âmbito da Rede Terra do Meio. Coordenação: Janice Muriel/UFPA

Participantes: Antônia Melo/FVPP, André Villas-Bôas/ISA, Jabuti Arara/TI Arara, Dr. Bruno Alexandre Gütschow/Procurador do MPF, Dr. Mário Sérgio Santos Neri/Delgado de Polícia Federal.

17h30 – 18h00 – avaliação do dia

Dia 26 de maio (quarta)

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8h30 – 10h00 - Mesa 4 - Monitoramento, pesquisa, fiscalização e Regularização Fundiária nas TIs e UCs da Terra do Meio. Coordenação: Daniel Penteado/ICMBio.

Participantes: Manuele/coordenadora NGI ICMBio; Fábio Ribeiro/Coordenador FUNAI Altamira; Dr. Claudio Terre do Amaral/MPF Altamira; Maurício Torres/Pesquisador USP; Maxmiliano Roncoleta/WWF e Prof. Dr. Hermes da Fonseca/UFPA;

10h00 – 10h20 – Café

10h20 – 12h00 – Alinhamento de planejamento e iniciativas realizadas (trabalho grupos) e definição de prioridades para 2010;

12h00 – 14h00 – Intervalo do almoço

14h00 – 15h40 – Apresentação e diálogo sobre funcionamento proposto para a Rede Terra Meio (Estrutura da Rede, GTs, Secretaria, etc). Coordenação: Marcelo Salazar/ISA.

Apresentação de Experiência inspiradora: Articulação Xingu-Araguia (AXA) e Rede de Sementes do Xingu - Rodrigo Junqueira/Coordenador Ajunto Programa Xingu do ISA)

15h40 – 16h00 – Café

16h00 – 17h30 – Plano de ações da Rede Terra do Meio, com definição de datas das próximas reuniões, coordenações dos GTs e comunicação. Coordenação: Ana Paula Souza/FVPP

17h30 – 18h00 – Encerramento.

Dia 27 de maio (quinta), 9h00 a 12h00 Seminário temático de REED. Coordenação: Stephan Schwartzman/EDF

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Anexo V - Agenda de Campo compartilhada na reunião

No primeiro dia da reunião foi solicitado aos presentes que tivessem interesse de compartilhar suas agentes de campo que preenchessem o quadro abaixo. A única instituição que atendeu o pedido foi o WWF.

JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZOficina de planejamento participativo na Flona Altamira (WWF, ICMBIO, SFB)

Apoio à criação do Núcleo de Biodiversidade da Bacia do Xingú (WWF + UFPA)

Expedição científica “Avaliação Ecológica Rápida” no Parna Serra do Pardo (WWF + ICMBIO)

Pesquisa sobre uso da fauna nas Resex (WWF + UFPA)

Análise da efetividade de gestão das UCs estaduais RAPPAM (WWF, SEMA/PA)

Sistema Estadual de Unidades de Conservação (WWF + SEMA/PA)

Ida para as Resex do Iriri e Anfrisio com pauta de produção e associações (ISA, IMAFLORA, ICMBIO)

Ida para as Resex Rio Xingu com pauta de produção e associações (ISA, FVPP, IMAFLORA, ICMBIO)

Ida para as Resex do Iriri e Anfrisio com pauta de produção e associações (ISA, IMAFLORA, ICMBIO)

1º módulo do curso de formação de lideranças nas Resex (ISA, FVPP)

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Anexo VI - Lista de Presença

Nome Email Telefone Instituição Márcia Castro má[email protected] 93-9133-0398 FVPPMarcos Rocha da Silva [email protected] 93-3515-1798 ICMBio Julio Kalb [email protected] 93-9126-0112 SEMECFrancinaldo Lima [email protected] 93-9127-0222 ISARodrigo Junqueira rodrigojunqueira@socioambiental 66-8414-2605 ISALeila Maria Pereira [email protected] 93-9146-4889 SESPAWani Gonçalves Xavier 93-9151-9921Galdino Xavier [email protected] 93-9172-0784 IPAMMichele Mnteiro Pereira [email protected] 93-3515-1798 ICMBio Marcelo Salazar [email protected] 93-8119-0809 ISAAnderson Nascimento [email protected] 93-9131-9643 ICMBio Ana Paula Souza paulinhaxingu@hotmail .com 93-9139-8913 FVPPAndre Vilas Boas [email protected] 11-8415-9635 ISANeide Viana [email protected] 93-9126-0596 SMSAFábio [email protected] 93-9151-4060 UFPA-LAETElielson Farias [email protected] 93-9171-8135 EMATER Altino Pereira Neto RESEX Xingu Carla Navarro [email protected] 61-2028-2152 MMA/ARPA André Luiz Costa [email protected] 91-3184-3623 SEMA-PAAntonio José Gomes [email protected] 93-9123-6677 SEMATJanice Muriel Cunha [email protected] 93-8116-0198 UFPA Maria Lucimar Souza [email protected] 93-9188-7660 IPAMSérgio Cantuaria [email protected] 61-2028-2151 GTZAntonio Pereira Martins [email protected] 93-3515-2406 FVPPManuelle Reis [email protected] 93-93-8126-6707 ICMBio Luiz Coutro Jr [email protected] 91-8105-0588 WWF Alexandre Lunelli 93-9172-2242 IDEFLOR Fabio Ribeiro [email protected] 93-3515-4026 FUNAIMauricio Torres [email protected] 11-9999-9242 USPAntonia Melo da Silva [email protected] 93-3515-2406 FVPPSumami Casta [email protected] 93-3515-1499 INCRAsteve [email protected] 61-8172-1532 EDFClaudio Torres do Amaral [email protected] 93-3515-2526 MPFHermes Medeiros [email protected] 93-9144-9848 UFPAMaximiliano Roncoleta [email protected] 91-8207-9192 WWFDaniel Penteado [email protected] 61-3341-9296 ICMBio Ângelo Alberto Lucena 93-9171-6302 SENARJoão Batista Uchoa 93-3515-2092 SAGRI

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mailto:[email protected]




























mailto:m%C3%[email protected]



Anexo VII - Lista de documentos contidos no CD

Rede Terra do Meio

1. Relatório da 1ª Reunião da Rede Terra do Meio 2. Relatório da 2ª Reunião da Rede Terra do Meio 3. Relatório da 3ª Reunião da Rede Terra do Meio 4. Relatório da 4ª Reunião da Rede Terra do Meio 5. Relatório da 5ª Reunião da Rede Terra do Meio 6. Relatório do Seminário Perspectivas da Terra do Meio – 20067. Apresentação da SESMA na 5ª Reunião8. Vídeo da SEMEC RDA 20069. Apresentação do ISA na 5ª Reunião10. Apresentação do IPAM na 5ª Reunião11. Apresentação da SAGRI na 5ª Reunião12. Apresentação do IDEFLOR na 5ª Reunião13. Apresentação do professor Maurício Torres, pesquisador da USP, na 5ª Reunião14. Apresentação do professor Dr. Hermes Fonseca, UFPA, na 5ª Reunião15. Apresentação do WWF na 5ª Reunião16. Exposição sobre a Experiência da Rede de Sementes de Mato Grosso e a Articulação

Xingú-Araguaia17. Palestra de Steve sobre REED 201018. Apresentação do Projeto de REED da FVPP e IPAM - Programa Pró-ambiente

Documentos socializados pelo WWF

1. Memória I Seminário Mosaico2. Memória do Seminário Gestão Mosaico3. Mosaico Bacaina4. Mosaico e Corredor Capivara5. Mosaico Mantiqueira6. Mosaico Mata Atlântica Central7. Mosaico São Paulo-Paraná Portaria MMA8. Mosaico Serão Veredas9. Oficina Metodologia Padrão10. Plano de Ação para o Mosaico da Amazônia Meridional11. Portaria do Corredor Caatinga12. Relatório da III Oficina do Mosaico da Amazônia Meridional

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Documents

centrodeconservacaodanatureza.files.wordpress.com… · Web view5º Encontro da REDE TERRA DO MEIO. 25 a 27 de maio de 2010 . Recanto do Cardoso. Altamira, PA. 5ª Reunião da Rede