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Trabalho referente a cerveja PILSEN original, conhecida como Pilsen Urquell
no mercado internacional. É produzida com malte próprio e processo de decocção
na produção do mosto. No continente americano é o tipo de cerveja mais conhecido
e mais consumido.
3. MATURAÇÃO
3.1 LÚPULO
O lúpulo pertence à família das cannabinaceas, suas flores femininas
nascem em plantas diferentes das que produzem plantas masculinas. Nas
plantações comerciais é vantajoso o cultivo de plantas femininas não fecundadas,
que contêm lupulina. Nas plantações da Grã-Bretanha, por exemplo, cultivam-se em
média uma planta masculina para cada 200 femininas. É uma planta típica de clima
temperado, possui raízes longas. É necessário o uso de fertilizantes com presença
de nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio. (OETETERER, M.; REGITANO-D`ARCO,
M.A.B.; SPOTO, M.H.F., 2006)
Na base das plantas femininas estão pequenas glândulas douradas quase
microscópicas, as quais são ricas em resinas amargas e azeites essenciais. Existem
quatro tipos principais de lúpulo comercial: centro europeu, europeu ocidental, norte
americano e o híbrido. Esses tipos diferenciam-se entre si pela forma,
desenvolvimento, riqueza em ácidos e quantidade de azeite. (HOUGH, J.S, 1990)
Sua função inicial na produção de cerveja era de conservante, entretanto,
tem atuação em duas propriedades organolépticas da bebida, o aroma e o sabor
(proporciona amargor). Esse ingrediente é adicionado na fase final de fervura do
mosto. (OETETERER, M.; REGITANO-D`ARCO, M.A.B.; SPOTO, M.H.F., 2006)
3.2 MALTE
É o principal ingrediente da cerveja. É o resultado do cereal germinado
e seco. O cereal pode ser o milho, o trigo, o arroz, entretanto, geralmente, é utilizada
a cevada, por possuir características apropriadas a fabricação da cerveja. (HOUGH,
J.S, 1990)
Podemos analisar o grão de cevada partir de três partes principais.
Substâncias do corpo farinhoso, o qual é essencial, na elaboração do mosto, para
formação de extrato solúvel. Casca, além de sua função protetora forma uma
camada filtrante na fase de clarificação do mosto. Embrião: o qual, submetido a
condições adequadas, germina, com posterior ativação de enzimas importantes na
produção do malte. (OETETERER, M.; REGITANO-D`ARCO, M.A.B.; SPOTO,
M.H.F., 2006)
Na maltagem, a cevada passa pela maceração em água para alcançar
cerca de 45% de umidade nos grãos. Em condições controladas de temperatura,
umidade e aeração ocorre a germinação. Depois disso os grãos são secos á uma
temperatura próxima á 70º C, de forma a reduzir a umidade dos mesmos a
aproximadamente 10%.(OETETERER, M.; REGITANO-D`ARCO, M.A.B.; SPOTO,
M.H.F., 2006)
As enzimas presentes no malte são a maltase, protease, alfa-amilase e
beta-amilase. Ativadas no processo de germinação do grão essas enzimas
transformam o amido presente em açucares, os quais, pelas leveduras, são
consumidos para produção de álcool. (HOUGH, J.S, 1990)
3.3 COMPONENTES DO MALTE (ADJUNTOS)
A adição desses adjuntos é determinada pela capacidade das enzimas
do malte de hidrolisar o amido da matéria prima. São outras fontes de carboidratos,
amido principalmente. Para uma maior sacarificação necessita-se de adição de
substrato (que vem dos complementos adicionais), afim de uma concentração ideal
de açúcares. Segundo a legislação brasileira os adjuntos podem entrar na produção
na proporção de 50% da quantidade de malte para a produção da bebida
denominada cerveja. (OETETERER, M.; REGITANO-D`ARCO, M.A.B.; SPOTO,
M.H.F., 2006)
Os adjuntos mais utilizados são o arroz, o trigo, o milho e a cevada não
maltada.No Brasil, por questão de preço, utiliza-se também o gritz de milho, e ,
usualmente a quirera de arroz. Na Europa utiliza-se, geralmente, a cevada como
malte e adjunto. (HOUGH, J.S, 1990)
Como fonte de açúcar fermentescível a indústria cervejeira tem usado
xarope de alta maltose. Ele facilita o processamento, apesar do custo elevado,pois a
maltose do xarope é substrato direto para a ação das maltoses presentes no malte.
(OETETERER, M.; REGITANO-D`ARCO, M.A.B.; SPOTO, M.H.F., 2006)
3.4 ÁGUA
A qualidade da água interfere diretamente na qualidade da cerveja
produzida, bem como a quantidade de minerais da mesma. A água é o componente
utilizado na produção da cerveja em maior quantidade. A proporção de sais
presentes na água, como o bicarbonato, cloreto e sulfato de magnésio sódio e
cálcio, modifica o aroma e a cor da bebida. (OETETERER, M.; REGITANO-D`ARCO,
M.A.B.; SPOTO, M.H.F., 2006)
A disponibilidade de água na região é algo que deve ser considerado para a
construção de uma cervejaria, já que o volume utilizado de água é de cerca de 4 a
10L por litro de cerveja produzida. Entretanto, com a existência de avançadas
tecnologias de tratamento de água, é fácil a indústria cervejeira contar com água de
qualidade para sua produção. Sendo assim, a instalação da indústria passa a
depender de incentivos fiscais da região e da proximidade do mercado consumidor.
A água não pode ser alcalina, deve, obviamente, se potável, levemente dura, com
cerca de 500 mg/L de sulfato de cálcio, caso não se encaixe nos padrões a mesma
deve ser tratada quimicamente. Pode ser usada água de poços artesianos na
fabricação da cerveja. Para a limpeza do chão e do maquinário pode ser usada água
represada. (OETETERER, M.; REGITANO-D`ARCO, M.A.B.; SPOTO, M.H.F., 2006)
3.5 LEVEDURAS
As leveduras são fungos microscópicos, unicelulares e eucariontes. Na
indústria cervejeira são usadas espécies do gênero Saccharomyces. No processo a
função das leveduras é consumir os açúcares do malte e dos adjuntos,
transformando-os em álcool e CO2. (HOUGH, J.S, 1990)
Existem cepas específicas de Saccharomyces cerevisiae, responsáveis pela
chamada top fermentation, são denominadas Ale (levedura alta). Outro tipo de
levedura é a Larger (levedura baixa), que se deposita no fundo das dornas de
fermentação, realiza a chamada bottom fermentation. (OETETERER, M.;
REGITANO-D`ARCO, M.A.B.; SPOTO, M.H.F., 2006)
A cultura deve produzir álcool, e também flocular e sedmentar ao fim do
processo, de modo a possibilitar a inoculação. Com mosto estéril e diluído multiplica-
se o fermento de forma eficiente. (HOUGH, J.S, 1990)
Até a mistura chegar a quatro mil L o volume de mosto aumenta na
proporção de 1:10, gradativamente. Após a propagação, o fermento forma uma
pasta compacta de células de levedura contendo de 106 a 108 células/mL.
(OETETERER, M.; REGITANO-D`ARCO, M.A.B.; SPOTO, M.H.F., 2006)
5. PROCESSAMENTO DA CERVEJA
Processo básico da formação da cerveja (OETTERER, M. ; REGITANO-
D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006) e (BOSQUIROLI, G., 1996) envolve:
5.1 ARMAZENAMENTO DA MATÉRIA-PRIMA
O malte é mantido em grandes silos e depois conduzido até os moinhos.
(OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
5.2 MOAGEM DO MALTE
Constitui um processo de preparo para a formação do mosto. Os objetivos
dessa etapa são: o rompimento da casca para exposição da porção interna do grão
(endosperma); mediante trituração, produzir a desintegração total do endosperma
para que todos os seus elementos constituintes estejam acessíveis à atuação da
ação enzimática; manter uma quantidade mínima de farinha com granulometria
muito fina para evitar o excesso de pasta dentro do mosto. (OETTERER, M. ;
REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
A moagem não pode ser muito severa, de modo a prejudicar a fase de
filtração do mosto, pois a casca do malte constituirá o elemento filtrante do processo.
Por outro lado, se a moagem for muito grosseira, não atingirá o seu objetivo de
facilitar a hidrólise do amido pela maior superfície de contato do substrato com as
enzimas do malte. Os complementos do malte devem ser moídos de maneira mais
fina, a fim de proporcionar maior superfície de contato para a ação das enzimas.
(OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
5.3 MOSTURAÇÃO
Tem por objetivo promover a gomificação e a posterior hidrólise do amido a
açúcares através da mistura do malte moído com água e a adição dos seus
complementos. O pH e a temperatura interagem no controle da degradação do
amido e das proteínas, neste caso, a mistura é gradativamente aquecida até 75°C.
Durante o processo, consegue-se extrair cerca de 65% dos sólidos totais do malte,
que, em dissolução ou suspensão em água, constituirão o mosto para a fermentação
da cerveja. Nesta etapa procede-se o aquecimento gradativo da mistura para que as
enzimas do malte entrem em ação nas respectivas ótimas de ativação.
(BOSQUIROLI, G., 1996)
Têm-se os seguintes objetivos para a mosturação: dissolver as substâncias
dos ingredientes que sejam imediatamente solúveis; solubilizar através da ação
enzimática as substâncias que são insolúveis em seu estado natural; e mudar a
estrutura química através da ação simultânea das enzimas de algumas substâncias
constituintes. Existem enzimas específicas para cada reação e, por isso, deve-se
levar em consideração que cada processo enzimático depende da temperatura, do
tempo e do grau de acidez do meio. No processo cervejeiro, as enzimas do malte
têm como função transformar o amido em açúcar diretamente fermentável e
solubilizar as proteínas. (OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO,
M. H. F., 2006)
Os aminoácidos produzidos pelas enzimas protéicas servem de nutrientes
às leveduras na fase de fermentação. As proteínas que não degradam também são
necessárias para proporcionar boa qualidade e estabilidade à espuma da cerveja.
(BOSQUIROLI, G., 1996)
Após a mosturação, procede-se a clarificação ou filtração do mosto, com a
finalidade de separar o extrato liquido da parte sólida insolúvel (bagaço). Após a
filtração, são feitas sucessivas lavagens do elemento filtrante com água a 75°C, para
recuperar a maior parte do extrato líquido que fica retido no bagaço após a filtração.
Ao final do processo, o bagaço, agora denominado torta, deve apresentar 1% de
extratos solúveis. (OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H.
F., 2006)
5.4 COZIMENTO E RESFRIAMENTO DO MOSTO
O mosto é aquecido e mantido em ebulição por duas a três horas. Durante
essa etapa, ocorre a pasteurização do mosto, inativação completa das suas
enzimas, eliminação de compostos voláteis indesejáveis e a precipitação de
proteínas, resinas e taninos. Parte em que ajusta-se também a concentração de
açúcares do mosto e procede-se a adição do lúpulo. (OETTERER, M. ; REGITANO-
D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
A concentração do teor de sólidos solúveis do mosto pela evaporação de
parte da água é responsável pela característica organoléptica do ‘corpo’ da cerveja.
O lúpulo é adicionado no final do cozimento, uma vez que, os óleos essenciais
responsáveis pelo aroma da cerveja são voláteis e podem se perder na fervura.
(BOSQUIROLI, G., 1996)
O mosto lupulado é então centrifugado em um tanque whirpool onde as
partículas sólidas do lúpulo e as proteínas coaguladas (trub) sedimentam e são
separadas do mosto. Em seguida, o mosto é resfriado em trocadores de calor a
placas até atingir a temperatura de fermentação: 14-20°C para o processo de alta
fermentação; e 6-12°C para o processo de baixa fermentação. O mosto resfriado
recebe uma aeração para estimular o crescimento das leveduras principalmente no
início do processo fermentativo. (OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.;
SPOTO, M. H. F., 2006)
5.5 FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
Expressa como um processo anaeróbio mediante o qual, a levedura
converte a glicose em etanol e dióxido de carbono:
C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2 + calor
No caso da fermentação para a elaboração de cerveja, essa reação segue
as seguintes proporções:
Maltose + Aminoácidos → Biomassa + Etanol + CO2 + Energia
Durante a fermentação, a levedura produz álcool e gás carbônico ao
dissociar os açúcares fermentáveis, alimentando-se, ao mesmo tempo, de proteínas,
sais minerais e alguns açúcares. A baixa temperatura, durante a fermentação faz
com que ela seja prolongada, permitindo a formação dos compostos responsáveis
pelo sabor e pelo aroma, bem como a estabilização da cerveja. Em temperaturas
mais elevadas, diminui-se o tempo de fermentação, porém, diminui a vitalidade das
leveduras e estimula o desenvolvimento de bactérias, além de aumentar os teores
de diacetil, ácido sulfídrico e acetaldeído na fermentação, prejudiciais à qualidade da
cerveja. A fermentação com leveduras produz inúmeros compostos. (OETTERER,
M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
A fermentação alcoólica para a produção da cerveja inicia-se com a
inoculação do fermento preparado no mosto resfriado, em geral, na proporção 1%
(v/v) de fermento em relação ao mosto. A composição do mosto influencia muito na
velocidade e extensão da fermentação, na quantidade de levedura produzida e na
qualidade da cerveja. De temperaturas baixas, originam-se fermentações de melhor
atenuação de extrato de açúcares e óleos fúseis em níveis mais altos. A presença
de sólidos suspensos, também afeta a fermentação pelo aumento do crescimento
das leveduras e alcoóis fúseis e glicerol. Atualmente, as cervejas têm sido
fermentadas, em geral, em tanques do tipo outdoor. Esses tanques de fermentação
costumam ser de aço inox, com serpentinas internas para o resfriamento do mosto
em fermentação. Durante a fermentação o pH do mosto diminui, o que favorece o
desenvolvimento da levedura. Dependendo do volume inicial de fermento e da
temperatura do processo fermentativo, após 3 a 10 dias, a fermentação principal
estará completa. No final da fermentação, a temperatura é reduzida para 2°C,
ocasionando floculação e decantação das leveduras. O produto da fermentação
principal é chamado cerveja “verde”. O CO2 se mantém solubilizado dentro da
cerveja devido à baixa temperatura, porém, conforme o movimento do mosto, o CO2
tende a se desprender. O CO2 desprendido da fermentação é captado, lavado e
reutilizado liquefeito no envase da cerveja. (OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE,
M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
Na baixa fermentação a temperatura do mosto deve estar entre 6 a 12°C.
Nos primeiros 3 a 5 dias do processo fermentativo, a temperatura do mosto é
lentamente elevada para 10 a 15 °C. Devido às mais baixas temperaturas utilizadas,
a fermentação é mais lenta, podendo durar até 10 dias. Ao final da fermentação a
temperatura do mosto é diminuída e a levedura decanta. (OETTERER, M. ;
REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
Os principais fatores que afetam a performance da fermentação são: escolha
do tipo de levedura; condição da levedura na sua adição; quantidade de levedura
adicionada ao mosto; distribuição da levedura no tanque; aeração; composição do
mosto e pH; temperatura de fermentação. (HOUGH, BRIGGS & STEVENS):
Como a cerveja ainda vai passar por uma etapa de maturação, o cervejeiro
finaliza a fermentação ainda com algum extrato fermentável presente no mosto
fermentado. Para a produção de cerveja Lager, o teor de extrato no mosto deve
estar por volta de 11-12% (m/m). (BOSQUIROLI, G., 1996)
5.6 MATURAÇÃO
Consiste no armazenamento da cerveja fermentada em tanques fechados, a
temperatura inferior, durante um período mais prolongado de tempo que a
fermentação. Após a fermentação principal, a cerveja verde, que ainda possui
leveduras em suspensão e certa quantidade de material fermentável, passa por uma
fermentação secundária, denominada maturação. A maturação é um reforço
prolongado da cerveja em baixa temperatura que contribui para a clarificação e a
apuração do sabor da bebida. O padrão industrial de maturação para as cervejas
comuns é de 7 dias. Durante esse processo, ocorre a precipitação de leveduras e
proteínas, aumentando sua transparência e iniciando a clarificação da cerveja. A
remoção de proteínas e taninos deve ser equilibrada para não comprometer a
qualidade da espuma da cerveja. (OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.;
SPOTO, M. H. F., 2006)
Ainda durante a maturação, o odor e sabor da bebida, são apurados por
meio do aumento dos teores de ésteres e da redução das concentrações de diacetil,
acetaldeído e ácido sulfídrico. Na maturação, o amargor do lúpulo, se atenua e o
sabor da cerveja se estabelece. (BOSQUIROLI, G., 1996)
5.7 FILTRAÇÃO
Mesmo após a maturação prolongada, a cerveja apresenta certa turvação
devido à presença de material sólido, sobretudo células de levedura, e o complexo
coloidal proteína-tanino. Esses resíduos são retirados na operação de filtração, a
qual utiliza tipos variados de filtros. O resíduo é diversas vezes aspergido com água
a 75°C, de modo que, quando o resíduo final apresenta menos de 1% de extratos
solúveis, é considerado como totalmente esgotado. Filtros de terra diatomácea e de
placas de celulose são utilizados nessa última etapa do processamento da cerveja.
Em seguida, a bebida deve ficar em repouso por 24 horas antes de ser envasada.
(OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
5.8 CARBONATAÇÃO E ENVASAMENTO
A cerveja pode ser envasada em garrafas de vidro, latas de alumínio ou
barris de madeira ou inox, sob pressão através da adição de CO2. A carbonatação é
realizada com CO2 recuperado da etapa de fermentação. Após passar por um
processo de lavagem, compressão, secagem em sílica e alumínio, desodorização
com carvão ativo, liquefação e vaporização, o CO2 é injetado na bebida.
(OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
A adição de CO2 sob pressão faz o gás ser absorvido pela cerveja em
substituição ao oxigênio, o que colabora para evitar a ação microbiana e oxidações
que possam alterar o sabor da cerveja envasada. A carbonatação pode ocorrer de
duas maneiras, em linha ou em tanque. Na carbonatação em linha, o gás carbônico
é injetado durante a passagem da bebida pela tubulação. Já na carbonatação em
tanque, é injetado na cerveja por um difusor localizado no fundo do tanque.
Alternativamente, a carbonatação em linha, a adição de CO2 pode ser feita no fundo
da garrafa, antes de se colocar a cerveja. (BOSQUIROLI, G., 1996)
A cerveja em barris, denominada chopp, não sofre pasteurização e deve ser
armazenada a baixa temperatura, em recipientes de aço inoxidável, alumínio ou
madeira, de volume variável e ainda assim, possui tempo de conservação limitado.
(OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F., 2006)
5.9 PASTEURIZAÇÃO
A pasteurização da cerveja confere estabilidade biológica à bebida,
mediante a destruição de microorganismos pelo calor. Podem ser utilizados dois
métodos de pasteurização, por trocadores de calor ou em túnel. Na pasteurização
por trocadores de calor a placas, a cerveja é pasteurizada antes do
acondicionamento na garrafa, na lata ou no barril. Nesse método, a cerveja
rapidamente aquecida a 75°C e mantida nessa temperatura por cerca de 20
segundos, sendo posteriormente resfriada e acondicionada em embalagens
esterilizadas. Já na pasteurização em túnel, a cerveja é primeiramente
acondicionada na garrafa ou lata, e depois pasteurizada. As embalagens recebem
calor mediante aspersão de água quente e a temperatura lentamente se eleva. Essa
temperatura é mantida por cerca de 20 minutos e, em seguida, a cerveja é
lentamente resfriada por água fria. (OETTERER, M. ; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.;
SPOTO, M. H. F., 2006)
6. BALANÇO DE MASSA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
FERNANDA TRUCH DA SILVA
ISADORA CAROLINE SEBBEN
LETICIA DE PAULA BUENO DE MELO
LUIZ FERNANDO CANDIDO
LUIZ GUSTAVO MARTINEZ MARTINS
NAIARA MENA BARRETO
PAULA CAROLINA RUARO SENA
PROCESSO INDUSTRIAL PARA A PRODUÇÃO DE CERVEJA
LAGER TIPO PILSEN (AMERICAN LIGHT)
TRABALHO ACADÊMICO
CURITIBA, 2012
FERNANDA TRUCH DA SILVA
ISADORA CAROLINE SEBBEN
LETICIA DE PAULA BUENO DE MELO
LUIZ FERNANDO CANDIDO
LUIZ GUSTAVO MARTINEZ MARTINS
NAIARA MENA BARRETO
PAULA CAROLINA RUARO SENA
PROCESSO INDUSTRIAL PARA A PRODUÇÃO DE CERVEJA
LAGER TIPO PILSEN (AMERICAN LIGHT)
CURITIBA, 2012
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................
Trabalho acadêmico apresentado como exigência parcial para a aprovação na disciplina de Integração I, do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Paraná, aos professores Dr. Álvaro Luiz Mathias, Dra. Regina Maria Matos Jorge, Dra. Rosemary Hoffmann Ribani.
Professora Orientadora: Dra. Regina Maria Matos Jorge.
2. ISADORA...........................................................................................
3. MATURAÇÃO....................................................................................
3.1 LÚPULO......................................................................................
3.2 MALTE........................................................................................
3.3 COMPONENTES DO MALTE (ADJUNTOS)..............................
3.4 ÁGUA..........................................................................................
3.5 LEVEDURAS...............................................................................
4. FLUXOGRAMA...................................................................................
5. PROCESSAMENTO DA CERVEJA.....................................................
5.1 ARMAZENAMENTO DA MATÉRIA-PRIMA..................................
5.2 MOAGEM DO MALTE...................................................................
5.3 MOSTURAÇÃO.............................................................................
5.4 COZIMENTO E RESFRIAMENTO DO MOSTO............................
5.5 FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA......................................................
5.6 MATURAÇÃO................................................................................
5.7 FILTRAÇÃO...................................................................................
5.8 CARBONATAÇÃO E ENVASAMENTO.........................................
5.9 PASTEURIZAÇÃO.........................................................................
6. BALANÇO DE MASSA...........................................................................
7. ANEXOS.................................................................................................
8. CONCLUSÃO.........................................................................................
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................
1. INTRODUÇÃO
7. ANEXOS
8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOSQUIROLI, G., Seleção, treinamento de julgadores e caracterização da
cerveja “pilsen” nacional. 110 f. Tese (Mestrado em Tecnologia Química) –
Departamento de Tecnologia Química. Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
1996.
OETTERER, M.; REGITANO-D’ARCE, M. A. B.; SPOTO, M. H. F. Fundamento de
Ciência e Tecnologia de Alimentos. Barueri, SP, 2006.
AQUARONE, E.; LIMA, U. de A.; BORZANI, W. Alimentos e bebidas produzidos
por fermentação. Vol.5. São Paulo, SP, 1983.
HOUGH, J. S. Biotecnología de La cerveza y de La malta. Zaragoza, Espanha,
1990.
CERVESIA: O PORTAL DA CERVEJA. Disponível em:
<http://www.cervesia.com.br/biblioteca-tecnica/category/10-.html>. Acesso em: 15/05/2012
PROJETO TÉCNICO DE UMA MICROCERVEJARIA PARA A REGIÃO NORTE DO
RIO GRANDE DO SUL. Disponível em:
<http://www.ufpel.edu.br/cic/2010/cd/pdf/EN/EN_01387.pdf>. Acesso em: 15/05/2012
DENSIDADE DO MOSTO. Disponível em:
<http://forum.homebrewer.com.br/viewtopic.php?f=2&t=3694>. Acesso em: 15/05/2012
QUANTIDADE DE ÁGUA. Disponível em:
<http://forum.homebrewer.com.br/viewtopic.php?f=2&t=2077>. Acesso em 15/05/2012